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Biblioteca Digital do IPG: Conceções alternativas das crianças / Alunos e encarregados de educação

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(1)

Mestrado em Educação Pré-Escolar e

Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de Ensino

Supervisionada

Catarina Ferreira Andrade

junho | 2016

Escola Superior de

Educação, Comunicação

e Desporto

(2)

Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º

Ciclo do Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de Ensino Supervisionada

Catarina Ferreira Andrade

Junho 2016

(3)

Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do

Ensino Básico

Relatório de Estágio da Prática de Ensino

Supervisionada

Catarina Ferreira Andrade

Orientadora: Professora Doutora Rosa Branca Cameira Tracana Pereira

Relatório de Estágio da Prática de Ensino Supervisionada, apresentado à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda, para cumprimento dos

requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico.

(4)
(5)
(6)

III

Aos meus pais

(7)
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V

AGRADECIMENTOS

Ao dar por concluída esta dissertação, que é o culminar de mais uma etapa no meu percurso académico gostaria de manifestar publicamente os meus sinceros agradecimentos aqueles que direta ou indiretamente me apoiaram na sua realização.

À professora Doutora Rosa Tracana que foi um olhar atento e profissional na orientação deste projeto, pela sua disponibilidade, dedicação e sugestões que me facultou durante toda esta etapa.

À professora Teresa Paiva pelas sugestões e disponibilidade que demostrou.

Ao Jardim de Infância da Sé e à Escola Básica do Bonfim e principalmente à educadora Celeste Mendonça e à Professora Ana Margarida Cardoso, que durante o estágio foram muito prestáveis e disponíveis para que diariamente melhorasse como profissional, mas também como ser Humano, são sem dúvida duas referências para o meu futuro como profissional de educação. A todas as crianças que me retribuíram o que um pouco de mim lhes dei, uma simples palavra, gesto ou carinho que enriqueciam o meu dia só me faziam sentir concretizada e realizada e com a certeza que estava a estudar para a melhor profissão do mundo.

A todos os professores que se cruzaram em todo o meu percurso académico, todos eles contribuíram para o meu enriquecimento enquanto profissional, mas também enquanto cidadã.

Aos meus pais que foram e são a razão de todo o meu sucesso. Pelo imprescindível amor, carinho, apoio, dedicação e por todos os esforços para me darem aquilo que não puderam ter, mas sempre sonharam para mim. Por toda a força corajosa e paciência carinhosa com que sempre cuidaram de mim.

Às duas estrelinhas que agora brilham do céu, mas sempre estiveram junto de mim, orgulhosos pelo meu percurso.

Ao meu namorado que me ensinou a ser forte e lutar por aquilo que sonho, por todo o carinho que dispensou e todo o amor que me conquistou, por toda a paciência e compreensão, por acreditar em mim e nunca me deixar só.

Às minhas amigas de curso, Ana, Cátia, Filipa, Inês, Juliana, Mara e Tânia, que apenas colegas e companheiras se tornaram das pessoas mais importantes da minha vida. As confidentes de todas as vivências enquanto estudante, por todas as lágrimas que me secaram e por todas as risadas que me roubaram, pela cumplicidade que nos une.

Um agradecimento especial á minha colega de estágio, Filipa, por todos os momentos, pela ajuda preciosa, pela amizade, pela dedicação e pela atenção dispensadas ao longo de todos estes anos.

(9)

VI

À “Mãe Elsa” que foi o meu colo, abraço e beijo maternal na cidade e casa que me acolheu com todo o carinho. Por todos os momentos de amor que dispensou quando mais precisei. Por nunca me sentir a mais e por me tratar como “filha adotiva”.

Aos meus amigos e familiares que sempre foram incansáveis para o meu bem-estar. Um agradecimento especial ao Simão que despertou em mim o melhor que posso ser, por fazer aquela carinha triste por me ver ir para a “escola muito longe” lutar por um sonho.

À Cátia por ser a irmã que nunca tive e por me ensinar a olhar para as pessoas como se fossem todas seres Humanos fantásticos como só ela sabe ser.

(10)

VII

RESUMO

O presente relatório de estágio foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada, referindo-se ao relatório final de estágio, ministrado no Instituto Politécnico da Guarda.

A frequência no Mestrado de Ensino Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico implica a frequência da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada (PES), que se divide em PES I e II e é realizado durante a frequência do mestrado.

A PES I decorreu no Jardim de Infância da Sé no ano letivo de 2014/2015, num grupo de crianças com 3 e 4 anos de idade, enquanto a PES II decorreu na Escola Básica do Bonfim numa turma do 3º ano de escolaridade, no ano letivo 2013/2014, ambas localizadas na cidade da Guarda pertencentes ao Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque.

O estudo desenvolvido no capítulo III decorreu nas duas instituições de ensino. O inquérito por questionário foi aplicado a todos os pais/encarregados de educação, de todos os alunos de ambas as instituições de ensino, no entanto a intervenção em sala de aula foi realizada apenas nos grupos de estágio, quer na educação pré-escolar quer no 1º ciclo do ensino básico, contudo, foram recolhidos dados relativos ao meio ambiente, através de um inquérito por questionário, aos encarregados de educação. O tema escolhido foi Conceções Alternativas das crianças/alunos e encarregados de educação acerca do meio ambiente. As atividades desenvolvidas contribuíram para sensibilizar as crianças/alunos relativamente aos comportamentos ambientais assim como forma de prevenção à qualidade de vida no futuro.

Ao longo deste estudo constatou-se que tanto os encarregados de educação como as crianças/alunos estão conscientes das causas e consequências da poluição, no entanto, não contribuem de forma assídua para o cuidado ambiental, não incutindo nas suas rotinas diárias comportamentos adequados à preservação do ambiente.

Segundo Washington Novaes (2003) Só uma sociedade bem informada a respeito da riqueza, do valor e da importância da biodiversidade é capaz de preservá-la. (p.34) Partindo deste princípio podemos concluir que é crucial ensinar precocemente as crianças para esta problemática, no sentido de as tornarem melhores cidadãos no futuro e preservarem o ambiente e consequentemente as suas próprias vidas.

Palavras-chave: Prática de Ensino Supervisionada; Educação Pré-Escolar; Ensino do

(11)
(12)

IX

ABSTRACT

This internship report was carried out under the Course of Supervised Teaching Practice, referring to the final stage report, taught at the Polytechnic Institute of Guarda.

The frequency in Preschool Education Master and 1st cycle of basic education implies the frequency of the course of Supervised Teaching Practice (PES), which is divided into PES I and II and is performed during the frequency of the master.

The PES I held at the kindergarten Sé in school year 2014/2015, a group of children 3 and 4 years old, while the PES II held at the basic school of Bonfim in a class of 3rd grade in the year academic 2013/2014, both located in the Guard city belonging to Schools Group of Afonso de Albuquerque.

The study developed in Chapter III took place in both educational institutions, applied only in the stage of groups, both at the pre-school education either in the 1st cycle of basic education, however, data was collected for the environment, through a questionnaire survey , to parents. The theme was Alternative conceptions of children / students and parents about the environment. The activities contributed to raising awareness among children / students on environmental behaviors as a way to prevent the quality of life in the future.

Throughout this study it was found that both carers and children / students are aware of the causes and consequences of pollution, however, do not contribute assiduously to environmental care, not instilling in their daily routines appropriate behaviors to preserve environment.

According to Washington Novaes (2003) Only a well-informed society of the wealth, the value and importance of biodiversity are able to preserve it. On this basis we conclude that early is crucial to inform children of this issue, in order to make them better citizens in the future and preserve the environment and consequently their own lives.

Keywords: Supervised Teaching Practice; Preschool Education; Education 1ºCEB;

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(14)

XI

ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ... V RESUMO ... VIIII ABSTRACT ... IX ÍNDICE DE FIGURAS ... XIIIIII ÍNDICE DE TABELAS ... XVIII ÍNDICE DE GRÁFICOS ... XIXX ÍNDICE DE ANEXOS ... XIXXI ÍNDICE DE APÊNDICES ... XXIII SIGLAS E ABREVIATURAS... XXV

INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO I: ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR ... 3

1.1. Enquadramento Institucional – Administração Escolar ... 5

1.1.1. Caraterização do meio envolvente ... 5

1.1.2. Caraterização do Jardim de Infância da Sé... 7

1.1.2.1. Organização do ambiente educativo ... 11

1.1.2.2. Caraterização da sala de atividades ... 15

1.1.2.3. Instrumentos de Operacionalização ... 19

1.1.3. Caraterização da Escola Básica do Bonfim ... 20

1.1.3.1. Organização do ambiente educativo ... 24

1.1.3.2. Caraterização da sala de aula ... 26

1.1.3.3. Instrumentos de Operacionalização ... 30

1.2. Enquadramento Institucional – Organização Escolar... 31

1.2.1. Educação Pré-Escolar ... 31

1.2.2. Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico ... 39

1.3. Caraterização Socioeconómica e Psicopedagógica dos grupos de estágio ... 45

1.3.1. Caraterização do grupo de crianças do Jardim de Infância da Sé ... 45

1.3.2. Caraterização do grupo de alunos da Escola Básica do Bonfim ... 48

CAPÍTULO II: DESCRIÇÃO DO PROCESSO DA PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA I e II ... 59

2.1. Enquadramento... 61

2.2. Experiência de Ensino e Aprendizagem na Educação Pré-Escolar ... 65

(15)

XII

CAPÍTULO III: CONCEÇÕES ALTERNATIVAS: IDEIAS DAS CRIANÇAS/ALUNOS E

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO ACERCA DO MEIO AMBIENTE ... 95

3.1. Enquadramento Teórico ... 97

3.1.1. Educação Ambiental ... 97

3.1.1.1. Marcos temporais da Educação Ambiental ... 99

3.1.1.2. Evolução da Educação Ambiental em Portugal ... 101

3.1.1.3. Educação Ambiental no meio Educativo ... 104

3.2. Conceções alternativas e a sua importância ... 107

3.3. Metodologia ... 111

3.3.1. Técnicas de recolha de dados ... 112

3.3.1.1. O inquérito por questionário... 112

3.3.1.2. Intervenção em sala de aula... 113

3.3.2. Resultados e Discussão ... 114

3.3.2.1.Inquérito por questionários ... 114

3.3.2.2.Intervenção em sala de aula... 126

3.3.2.2.1. Educação Pré-Escolar ... 126

3.3.2.2.2. Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico ... 133

CONCLUSÃO ... 149

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ... 153

ANEXOS... 159

(16)

XIII

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 Brasão da cidade da Guarda ... 5

Figura 2 Mapa de Portugal ... 5

Figura 3 Distrito da Guarda... 5

Figura 4 JI da Sé visto da frente ... 7

Figura 5 JI da Sé visto de trás ... 7

Figura 6 Sala do piso 1 ... 7

Figura 7 Sala do Piso 2 ... 7

Figura 8 Sala do Piso 3 ... 7

Figura 9 Casas de banho do refeitório ... 8

Figura 10 Casa de banho dos adultos ... 8

Figura 11 Sala de Reuniões ... 8

Figura 12 Arrecadação e cabide dos adultos ... 8

Figura 13 Biblioteca ... 8

Figura 14 Cabide ... 9

Figura 15 e 16 Refeitório ... 9

Figura 17 e 18 Salão Polivalente ... 9

Figura 19 Sala dos 5 anos... 10

Figura 20 cabide das crianças da sala dos 5 anos ... 10

Figura 21 Sala do 4º Piso ... 10

Figura 22 corredor do 4º piso ... 10

Figura 23 e 24 Recreio Exterior ... 11

Figura 25 Equipa pedagógica ... 12

Figura 26 Gavetas onde as crianças guardam os trabalhos ... 15

Figura 27 Quadro das presenças ... 16

Figura 28 Área da Biblioteca ... 17

Figura 29 Mesas de trabalho ... 17

Figura 30 e 31 Área da casinha das bonecas ... 17

Figura 32 Área da pista ... 18

Figura 33 e 34 Área das construções ... 18

Figura 35 Área do computador ... 18

Figura 36 Vista geral da sala de atividades ... 19

Figura 37 Espaço internet... 20

(17)

XIV

Figura 39 Sala de auxiliares ... 21

Figura 40 Polivalente ... 21

Figura 41 Material da Reprografia ... 21

Figura 42 Fotocopiadora ... 21

Figura 43 Entrada para as casas de banho dos alunos ... 22

Figura 44 Sala 1 - 1º ano ... 22

Figura 45 Sala 2 - 2º ano ... 22

Figura 46 Sala 3 - 4º ano ... 22

Figura 47 Sala 4 - 3º ano ... 22

Figura 48 Sala de informática ... 23

Figura 49 Sala de professores ... 23

Figuras 50, 51, 52, 53 e 54 Sala de aula do 3ºano ... 27

Figura 55 Placard alusivo à Primavera ... 28

Figuras 56 e 57 Jogo de mímica ... 71

Figura 58 e 59 Jogo da venda ... 71

Figura 60, 61 e 62 Pintura livre ... 73

Figura 63 e 64 jogo da Joaninha ... 79

Figura 65 e 66 Fichas das formas geométricas ... 79

Figura 67 e 68 Jogo das formas geométricas ... 80

Figura 69, 70 e 71 Locais onde foram colocados os recipientes ... 81

Figura 72 Maquete das formas de relevo ... 84

Figura 73 Maquete do vulcão ... 86

Figura 74 Tabela das unidades de medida de capacidade ... 89

Figura 75 Cartaz dos tipos de meios de transporte ... 92

Figura 76, 77, 78, 78 e 80 Fantoches utilizados na dramatização da história da Carochinha .... 93

Figura 81 Tear do museu de tecelagem na aldeia dos Meios ... 94

Figura 82 Mapa Conceptual da Educação Ambiental ... 98

Figura 83 Fontes de Energia ... 118

Figura 84 Percurso de transformação da energia ... 119

Figura 85 Imagem de um ambiente puro ... 126

Figura 86 Imagem de um ambiente poluído... 127

Figura 87 e 88 Construção do Puzzle da imagem do Ambiente Puro ... 129

Figura 89 e 90 Construção do Puzzle da imagem do Ambiente Poluído ... 129

Figura 91 e 92 Resultado final das construções ... 129

(18)

XV Figura 94, 95, 96 e 97 Registo Fotográfico da atividade da reciclagem ... 131 Figura 98 e 99 Realização da atividade experimental nº1 ... 146 Figura 100 e 101 Realização da atividade experimental nº2 ... 146

(19)
(20)

XVII

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 Rotinas diárias das crianças da sala dos 3 e 4 anos ... 14

Tabela 2 Horário de Funcionamento da escola e das atividades letivas ... 24

Tabela 3 Horário da Turma C14 ... 25

Tabela 4 Componentes do Currículo ... 40

Tabela 5 Género das crianças ... 45

Tabela 6 Género dos alunos ... 49

Tabela 7 Alunos que frequentam a educação Pré-Escolar ... 50

Tabela 8 Frequência em atividades extra curricular ... 51

Tabela 9 Marcos temporais na Educação Ambiental ... 101

Tabela 10 Mudança Conceptuais das CA ... 109

Tabela 11 Categorização das conceções relativas às imagens do ambiente ... 134

Tabela 12 Categorização das conceções relativas às imagens do ambiente poluído ... 139

Tabela 13 Categorização das conceções relativas às imagens do ambiente puro ... 142 Tabela 14, 15, 16 e 17 Anotações das práticas experimentais dos alunos ... 147 e 148

(21)
(22)

XIX

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Idade das Crianças ... 45 Gráfico 2 Idade dos Alunos ... 49 Gráfico 3 Atividades de enriquecimento curricular existentes na escola. ... 51 Gráfico 4 Habilitações Literárias do Pai dos Alunos ... 51 Gráfico 5 Habilitações Literárias da Mãe dos Alunos ... 52 Gráfico 6 Estado civil dos pais dos alunos ... 52 Gráfico 7 Com quem vivem os alunos ... 53 Gráfico 8 Encarregados de Educação dos alunos ... 53 Gráfico 9 Números de irmãos dos alunos ... 54 Gráfico 10 Avaliações Finais do 1º Período ... 55 Gráfico 11 Avaliações Finais do 2º Período ... 56 Gráfico 12 Avaliações Finais do 3º Período ... 56 Gráfico 13 Estudo diário dos alunos ... 57 Gráfico 14 Tempo de estudo dos alunos ... 57 Gráfico 15 Género ... 114 Gráfico 16 Idade ... 114 Gráfico 17 Zona de Residência ... 114 Gráfico 18 Profissão ... 114 Gráfico 19 Faço a separação dos resíduos em casa ... 116 Gráfico 20 A separação dos resíduos que faço tem consequências na preservação do ambiente ... 116 Gráfico 21 O lixo dos contentores vai ser separado para as fábricas de reciclagem e produtos ... 116 Gráfico 22 A água potável é um recurso que pode acabar ... 117 Gráfico 23 Lavar os dentes de torneira aberta não prejudica o ambiente ... 118 Gráfico 24 Sei várias maneiras de poupar a água que consumo em casa ... 118 Gráfico 25 Poupar energia é estar a preservar o ambiente ... 120 Gráfico 26 Utilizo lâmpadas de baixo consumo em casa ... 120 Gráfico 27 A energia que vem do petróleo é pior para o ambiente que as outras ... 120 Gráfico 28 A intensidade do tráfego nas cidades diminui a qualidade do ar que respiramos .. 121 Gráfico 29 Quando reutiliza as embalagens dos produtos que compro, estou a preservar o ambiente ... 122 Gráfico 30 Os detergentes que utilizo em casa prejudicam a qualidade da água dos rios ... 123

(23)

XX

Gráfico 31 Os peixes podem morrer se utilizarmos produtos químicos na limpeza da casa .... 123 Gráfico 32 O bom estado do meu carro permite-me prejudicar menos o ambiente ... 123 Gráfico 33 Respeitar as indicações das áreas naturais é importante para preservar os animais e as plantas ... 124 Gráfico 34 A alteração do território onde habitam certos animais e plantas põe-nos em perigo ... 124

(24)

XXI

ÍNDICE DE ANEXOS

Anexo 1 Projeto Curricular do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque

... 161

Anexo 2 Plano Anual de Atividades da Educação Pré-Escolar

... 165

Anexo 3

Power Point da história “Uma Joaninha Diferente”

... 175

Anexo 4 Quadras das Figuras Geométricas

... 181

Anexo 5

Power Point da história “Gotinha de Água

... 185

Anexo 6 Inquérito por Questionário ... 189

(25)
(26)

XXIII

ÍNDICE DE APÊNDICES

Apêndice 1 Plano de Atividades 12 novembro ... 197

Apêndice 2 Plano de atividades do dia 3 de novembro de 2014 ... 201

Apêndice 3 Plano de Atividades da semana de 26 a 28 de janeiro de 2015 ... 205

Apêndice 4 Lenda relativa ao feriado municipal da Guarda

... 209

Apêndice 5

Ficha de Leitura da Obra “Mercador de coisa nenhuma”, do conto “Um

relógio diferente dos outros.”

... 211

Apêndice 6 Power Point sobre a formação dos planetas e a Origem dos Vulcões ... 217

Apêndice 7 Power Point relativo à Revolução de 25 de abril de 1974 ... 221

Apêndice 8 Plano de aula de Estudo do Meio ... 225

Apêndice 9 Ficha dos Processos de Orientação da Atividade do Paddy Paper ... 229

Apêndice 10 Pistas e questões do Paddy Paper ... 233

Apêndice 11 Plano de aula (Unidades de Medida de Capacidade) ... 239

Apêndice 12 Ficha de revisões de Matemática sobre as Unidades de Medida de

Capacidade

... 243

Apêndice 13 Planificação da aula de Expressão Musical

... 251

Apêndice 14 Power Point sobre o feriado 10 de junho ... 253

Apêndice 15 Ficha de Gramática ... 255

Apêndice 16 Planificação dos conteúdos gramaticais

... 261

Apêndice 17 Plano de Aula de Matemática ... 263

Apêndice 18 Ficha de Revisões de Estudo do Meio ... 267

Apêndice 19

Power Point da História da Carochinha da obra “Robertices”

... 277

Apêndice 20 Ficha Orientadora para a Realização das Atividades Experimentais... 281

(27)
(28)

XXV

SIGLAS E ABREVIATURAS

PES - Prática de Ensino Supervisionada CEB - Ciclo do Ensino Básico

ESECD - Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto DL - Decreto-lei

JI - Jardim de Infância

ATL - Atividades de Tempos Livres

OCEPE - Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar ME - Ministério da Educação

EA – Educação Ambiental

INAMB - Instituto Nacional do Ambiente LPN - Liga Proteção da Natureza

LBSE - Lei de Bases do Sistema Educativo IPAMB - Instituto da Promoção do Ambiente

ASPEA - Associação Portuguesa da Educação Ambiental CA - Conceções Alternativas

UDI - Unidade de Investigação para o desenvolvimento do interior REN - Reserva Ecológica Nacional

(29)
(30)

1

INTRODUÇÃO

O presente relatório de estágio foi realizado no âmbito da unidade curricular Prática de Ensino Supervisionada (PES), do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB), lecionado na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

Este curso confere a aquisição do grau de mestre em educação pré-escolar e ensino do 1º CEB, considerado o disposto nos termos do Decreto-Lei (DL) nº 43/2007 de 22 de fevereiro. O Despacho nº 4208/2010 de 9 de março procede à alteração do Despacho nº 4896/2009 de 10 de fevereiro, republicando o plano de estudos para a atribuição do grau de mestre.

A Prática de Ensino Supervisionada (PES) é um estágio que permite colocar em prática os conteúdos teóricos tratados durante a parte curricular do Mestrado, constituindo-se como uma experiência única na formação do professor e proporcionando o complemento prático dos conhecimentos científicos, pedagógicos e didáticos, entendidos no sentido geral de competências, capacidades, valores e atitudes que permitem ao futuro professor ser eficaz com os seus alunos. Permite também conhecer uma realidade até então mal conhecida, refletir sobre o que de melhor poderá usar no futuro e traçar vários objetivos para a sua vida profissional.

É ainda importante referir que o estágio foi realizado nos dois níveis de educação básica, na educação Pré-Escolar (PES I), e no ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico (PES II).

O presente relatório final de estágio é um trabalho individual, onde é apresentada a informação pertinente para explicitar todo o trabalho realizado ao longo da PES.

Tendo em conta que o relatório deve proporcionar uma visão alargada das diferentes componentes do trabalho pedagógico desenvolvido ao longo da PES, este encontra-se dividido em três capítulos.

No Capítulo I, intitulado de Enquadramento Institucional: Organização e Administração Escolar, procedemos ao enquadramento institucional e suporte legislativo, onde são referidas as caraterísticas do meio envolvente e dos estabelecimentos de educação e ensino, bem como a caraterização socioeconómica e psicopedagógica do grupo e da turma onde desenvolvemos a PES I e II.

Relativamente ao Capítulo II, descrevemos o processo da PES, onde são refletidas as experiências de ensino e aprendizagem na educação pré-escolar e no 1º CEB. Este capítulo é mais descritivo e reflexivo, uma vez que nele explicitamos as intencionalidades educativas, as experiências de aprendizagem e os procedimentos de observação, planificação, intervenção e avaliação da ação educativa postos em prática nas diferentes áreas curriculares da educação pré-escolar e do 1º CEB.

(31)

2

Para além da descrição de toda a prática pedagógica, este relatório contempla ainda outro capítulo relativo à investigação-ação.

A integração da investigação na formação de professores é crucial para ajudar a construir conhecimento relativamente ao ponto de vista da prática profissional; favorecer a compreensão da própria aprendizagem, investigando sobre ela, e consequentemente possibilitar a compreensão desse processo nos alunos; desenvolver competências e valores decisivos, tais como o espírito crítico e a autonomia dos professores relativamente ao discurso das áreas disciplinares, nomeadamente das Ciências; e constituir um paradigma de trabalho que pode servir de base a uma prática refletida (Serrazina et al, 2002). Esta componente reflexiva sobre a prática profissional que a investigação suscita é essencial para uma completa formação do futuro professor.

Assim sendo no Capítulo III é apresentado o estudo da investigação ação Conceções Alternativas: das crianças/alunos e encarregados de educação acerca do meio ambiente. O mesmo é constituído pela contextualização, pelo enquadramento teórico e pela experiência pedagógica.

No enquadramento teórico é abordado em que consiste a Educação Ambiental, os marcos temporais; a Evolução da educação ambiental em Portugal e como esta é tida em conta no meio educativo, quer em educação pré-escolar, quer no ensino do 1º Ciclo do ensino básico.

Relativamente à experiência pedagógica, explicitamos a problemática, os objetivos, a caraterização da amostra, a metodologia, as atividades práticas-experimentais desenvolvidas, a análise e discussão dos resultados e, por último, as considerações finais emergentes no decurso desta investigação-ação.

Após os três capítulos, está presente a conclusão, bem como a bibliografia, a legislação consultada e os apêndices que serviram de suporte à elaboração deste Relatório de Estágio.

(32)

CAPÍTULO I:

ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL:

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

(33)
(34)

5 1.1. Enquadramento Institucional – Administração Escolar

1.1.1. Caraterização do meio envolvente

O processo de Prática de Ensino Supervisionada foi realizado no Jardim de Infância da Sé e na Escola Básica do Bonfim, na cidade da Guarda.

1

Guarda (figura 1) a cidade mais alta de Portugal, enaltecida por poetas e artistas. Cidade, sede de concelho e capital de distrito. Localiza-se na Região Centro (Nut II) e na Beira Interior Norte (Nut III). É a cidade mais alta de Portugal Continental (figura 2) com 1056 metros de altitude, tornando-se assim uma das mais altas da Europa. O concelho da Guarda abrange uma área de 7 ��2 incluindo 55 freguesias.

O distrito (figura 3) faz parte da província da Beira Alta e é limitado a norte pelo distrito de Bragança, a sul pelo distrito de Castelo Branco, a oeste pelos distritos de Viseu e Coimbra e a este por Espanha. Todo o território é muito montanhoso, formado por elevações de diversas altitudes. 2 1Fonte : http://www.meuportugal.com.br/2011/01/01/cidade-da-guarda/ 2 Fonte: https://www.google.pt/search?q=mapas+de+portugal+e+distritos&espv=2&biw=1093&bih=534&source=lnms&tbm=isch&sa=X& ved=0ahUKEwjXx6W9_7bNAhUCQBoKHc_VAFIQ_AUIBigB

Figura 1: Brasão da cidade da Guarda

(35)

6

O distrito compreende 14 concelhos: Almeida, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. A Guarda faz parte da Comunidade Urbana das Beiras da qual é capital. Possui acessos rodoviários importantes como a A25 (considerada a segunda via mais importante de Portugal) que liga Aveiro à fronteira dando ligação direta a Madrid, a A23 que liga a Guarda a Torres Novas, bem como o IP2 que liga a Guarda a Bragança. A nível ferroviário a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa e a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada permitindo a circulação de comboios regionais e internacionais. No concelho existe a Barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um polo de atração turística.

A Guarda é conhecida como a cidade dos 5 F’s: Farta, Forte, Fria, Fiel, Formosa.  Farta, pois desde sempre os vales do Mondego a enchem do necessário.

 Forte, porque da sua fortaleza falam os troços e portas das muralhas, bem como a Torre de Menagem e a Torre dos Ferreiros.

 Fria, devido ao seu clima tipicamente montanhoso.

 Fiel, esta designação advém-lhe do séc. XIV, porque o alcaide Álvaro Gil Cabral durante a crise de 1383-85, negou-se a entregar as chaves ao Rei de Castela. Ainda relativamente a esta qualidade é de salientar a Gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha) em forma de “traseiro” em claro tom de desafio e desprezo.

 Formosa pela beleza natural que a envolve.

O ar historicamente reconhecido pela sua salubridade e pureza foi distinguido pela Federação Europeia de Bio climatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira “Cidade Bioclimática Ibérica”.

É também importante realçar alguns aspetos sobre a história da Guarda. Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Sendo que o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao rio Mondego, o Castro do Tintinolho, identificada como a Ward visigótica.

Diz a História que em novembro de 1199 D. Sancho I – O Povoador, 2º Rei de Portugal concede Foral à Guarda, visando o seu desenvolvimento e prosperidade. Assim como a organização e defesa da fronteira da beira contra os Reinos da Meseta do Centro da Península Ibérica, primeiro, o Reino de Leão, depois Castela e finalmente Espanha. Foi este propósito que lhe deu o nome de Cidade da Guarda.

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7 1.1.2. Caraterização do Jardim de Infância da Sé

O jardim-de-infância (JI) da Sé (figuras 4 e 5) localiza-se no bairro do Bonfim, na rua S. João de Deus, da freguesia da Sé, concelho da Guarda. Este é um estabelecimento de Educação Pré-escolar da rede pública do Ministério da Educação e pertence ao Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque da Guarda, o mais antigo na cidade. Frequentam este jardim-de-infância 30 crianças dos três aos 6 anos.

Foi em 1992 que as instalações passaram a efetivas no Bairro do Bonfim. Este foi um edifício construído de raiz para o efeito de JI. Este é um Jardim que para além de acolher crianças das famílias residentes nas proximidades, também aceita crianças que residem a uma grande distância, porque os pais trabalham na cidade.

O JI é constituído por 4 pisos, com uma sala de atividades em três deles. Neste momento estão apenas a decorrer atividades em duas salas: no 1ºe no 3º piso (figuras 6, 7 e 8). Todas as divisões estão equipadas com aquecimento central devido às baixas temperaturas que afetam a cidade. É um jardim-de-infância que possui bastante luz natural devido ao elevado número de janelas espalhadas pelo espaço.

Figura 4 JI da Sé visto da frente Fonte Própria

Figura 5 JI da Sé visto de trás Fonte Própria

Figura 6 Sala do piso 1 Fonte Própria

Figura 7 Sala do Piso 2 Fonte Própria

Figura 8 Sala do Piso 3 Fonte Própria

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8

Existem quatros instalações sanitárias para crianças (figura 9), uma em cada sala de atividades e no refeitório. E ainda existe também uma instalação sanitária para os adultos (figura 10), situada no 1º piso.

No 1º piso do jardim existe uma sala de atividades, uma sala de reuniões da educadora e atendimento aos pais (figura 11), uma arrecadação (figura 12), onde se guardam materiais, roupas, produtos de limpeza, trabalhos antigos, entre outros, uma biblioteca (figura 13), é neste espaço que as crianças dormem a sesta no final do almoço e é também aqui podemos encontrar uma variedadede livros, jogos e materiais como cartolinas, tintas, fantoches, e um espaço de cabides para os adultos (onde os adultos colocam as suas coisas mais pessoais) e outro para as crianças da sala (neste cabide as crianças colocam os brinquedos que trazem de casa) (figura 14), a casa de banho dos adultos e um hall de entrada que é composto por cadeiras e um placar com informações.

Figura 9 Casas de banho do refeitório

Fonte Própria Figura 10 Casa de banho dos adultos Fonte Própria

Figura 12 Arrecadação e cabide dos adultos

Fonte Própria Figura 11 Sala de Reuniões

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9 No 2º piso encontramos outro cabide para as crianças, neste cabide colocam-se de manhã os casacos e a lancheira com o lanche da tarde;

O Jardim de Infância conta ainda com um refeitório (figuras 15 e 16), onde as crianças desfrutam de todas as refeições do dia, a cozinha e o salão polivalente (figuras 17 e 18) . Este salão polivalente destina-se à prática de atividades socioeducativas, à realização de atividades de expressão motora, para além de responder à realização de manifestações de caráter cultural e recreativo, abertas à comunidade e é aí onde decorrem grande parte das atividades incluídas na componente social e apoio à família. Funciona também como recreio interior em dias de chuva ou frio. É também o local onde as crianças podem assistir a eventos em que se verifique a presença mais alargada de crianças e de adultos (ex: festa de Natal). É de salientar ainda que o salão polivalente possui uma iluminação natural, contendo várias janelas que permitem à criança ter contacto visual com o exterior.

Figura 14 Cabide Fonte Própria Figura 15 e 16 Refeitório Fonte Própria

Figura 17 e 18 Salão Polivalente Fonte Própria

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10

No 3º piso existe uma sala de atividades (figura 19), onde se encontram as crianças de 5 anos, uma arrecadação e um cabide das crianças da sala (figura 20). É o piso mais pequeno do Jardim-de-infância.

Finalmente, no 4º piso existe uma sala de atividades (figura 21) que atualmente é utilizada para arrumos, tal como no corredor (figura 22). Esta sala não está a ser utilizada devido à falta de crianças.

Existe ainda um espaço exterior (figuras 23 e 24) que integra uma área considerável, de superfície plana, toda ela vedada por um muro com grades, de forma a possibilitar uma maior segurança para as crianças. Este espaço encontra-se organizado de modo a potenciar uma diversidade de atividades, com espaços amplos, onde estão fixas algumas estruturas e equipamentos de recreio, amplo e com boas condições para as crianças brincarem livremente e sem perigos. É crucial que num jardim de infancia exista um espaço livre para as crianças brincarem, pois tal como ressalta Freud (1908) a importancia do brincar como um meio de

Figura 19 Sala dos 5 anos Fonte Própria

Figura 20 cabide das crianças da sala dos 5 anos Fonte Própria

Figura 21 Sala do 4º Piso Fonte Própria

Figura 22 corredor do 4º piso Fonte Própria

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11 expressão da criança, contexto no qual esta elabora os seus conflitos e demostra os seus sentimentos, ansiedades, desejos e fantasias. E espaço exterior é também utilizado em atividades de expressão fisico-motora.

1.1.2.1. Organização do ambiente educativo

Este jardim-de-infância encontra-se inserido na rede pública do Ministério da Educação, funciona atualmente com 29 crianças, distribuídas por duas salas de atividades. Relativamente à equipa pedagógica, esta é constituida por:

 duas educadoras titulares de grupo;  uma educadora auxiliar;

 duas assistentes operacionais;  duas animadoras;

 uma assistente técnica do quadro de pessoal da Câmara Municipal da Guarda. Todos estes membros (figura 25) estabelecem uma relação aprazível e acolhedora, proporcionando um ambiente propício ao desenvolvimento de todas as crianças e adultos, pois é num ambiente acolhedor em que se criam relações de amizade, respeito e confiança. Por esta razão, esta interação é benéfica para toda a comunidade educativa. É de destacar que, como referem Hohmann e Weikart (2009,p.130), o trabalho em equipa é um processo de aprendizagem pela acção que implica um clima de apoio e respeito mútuo.

Figura 23 e 24 Recreio Exterior Fonte Própria

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12

Um jardim de infância para que tenha as condições necessárias para que as crianças possam aprender, brincar e descobrir necessita de dispor de variadissimos recursos. Por exemplo, a existência de uma biblioteca é fundamental para que as crianças possam observar livros, desenvolver o gosto pela leitura e procurar os seus preferidos. Nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, o documento oficial que orienta a prática pedagógica dos educadores de infância, preconiza, entre outras coisas, que o contacto com as bibliotecas pode começar já nestas idades, caso as crianças tenham a […] oportunidade de utilizar, explorar e compreender a necessidade de as consultar e de as utilizar como espaços de recreio e de cultura. (p. 72).

Considerando-se que o contexto institucional de educação pré-escolar se deve organizar como um ambiente que facilite o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças tentou-se proporcionar ao grupo um ambiente atraente, promovendo relações agradáveis, fomentando descobertas e atividades diversificadas, de forma a motivar as crianças para a aprendizagem. Tal como refere Gandini (2008,p.157), se o ambiente é visto como algo que educa a criança, ele deverá ser flexível, adaptando-se às necessidades e aos interesses de cada criança.

Procurando enveredar por pedagogias de participação, a criança foi encarada como um ser ativo no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem, em que através da sua acção sobre os objectos e da sua interacção com pessoas, ideias e acontecimentos, pode construir novos entendimentos (Hohmann & Weikart, 2009, p.22). Organizou-se o ambiente educativo de modo a possibilitar o desenvolvimento de diversas experiências de aprendizagem, o contacto com diversos materiais e recursos, uma boa organização do tempo e interações com diferentes intervenientes. A manipulação de jogos lúdicos que permitam desenvolver aprendizagens, também é crucial para o crescimento cognitivo das crianças e, neste Jardim de Infância existem inúmeros jogos educativos que as motivam para a aprendizagem mesmo que seja inconscientemente. A importância dos jogos e as suas caraterísticas fazem com que este seja uma

Figura 25 Equipa pedagógica Fonte Própria

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13 ferramenta de aprendizagem e de comunicação ideal para o desenvolvimento da personalidade da criança. (Alarcão, 2008). O jogo tem uma presença dominante na educação pré-escolar e a interação social é um aspeto importante do jogo. Por isso, é razoável partir do princípio de que os primeiros anos pré-escolares constituem um período em que as crianças são, particularmente, sensíveis ao desenvolvimento da competência social (Formosinho, Katz, McClellan & Lino, 1996).

A distribuição dos diversos espaços da sala foi pensada consoante a idade e o nível cognitivo das crianças. Considerando-se a organização do ambiente educativo o suporte do trabalho curricular do educador (Silva et al., 1997, p.31), importa mencionar de forma explícita a organização das dimensões que o compõem. Desta forma, passamos a debruçar-nos sobre as mesmas.

Na perspetiva de Silva et al. (1997) a sucessão de cada dia ou de cada acontecimento tem um certo ritmo, existindo desta forma uma rotina educativa que é planeada pelo educador e pelas crianças. Neste sentido, considerámos pertinente que existam rotinas diárias, que favorecesse uma melhor compreensão da organização do tempo, nomeadamente, que existem momentos repetidos diariamente (como por exemplo a higiene pessoal e a marcação das presenças).

As rotinas diárias apresentadas a seguir na Tabela 1 permitem às crianças uma tomada de consciência daquilo que podem ou não fazer nos vários momentos do dia e prever a sucessão dos acontecimentos, bem como a construção da noção do desenrolar do tempo, o que a tornou cada vez mais capaz e independente do adulto (Hohmann & Weikart, 2009).

Para que a criança assimile a noção de regras, a criação de rotinas é uma estratégia essencial, pois estas começam a compreender que há momentos para tudo. Contudo, as rotinas são sempre flexíveis na medida em que se considere pertinente ou necessário alterar.

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Tabela 1 Rotinas diárias das crianças da sala dos 3 e 4 anos

Horário/Dia da semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira 9h-9:30m Jogos de mesa livres. Jogos de mesa livres. Natação: 3 anos. Jogos de mesa livres. Jogos de mesa livres. 9:30m-10h Diálogo sobre o

fim-de-semana. Escolha do chefe Marcar as presenças. Ir à casa de banho. Formar comboio. Escolha do chefe Marcar as presenças. Ir à casa de banho. Formar comboio.

Natação: 4 anos. Escolha do chefe Marcar as presenças.

Ir à casa de banho. Formar comboio.

Aula de expressão físico motor.

10h-10:30m Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche

10:30m-11:30m Atividades do dia Atividade do dia Brincar Atividade do dia Aula de expressão dramática Escolha do chefe Marcar as presenças. Brincar 11:30-12h Arrumar. Ir à casa de banho. Formar comboio Arrumar. Ir à casa de banho. Formar comboio Arrumar. Ir à casa de banho. Formar comboio Arrumar. Ir à casa de banho. Formar comboio Arrumar. Ir à casa de banho. Formar comboio

12h-14h Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço

14h-15h Continuação da atividade. Continuação da atividade. Continuação da atividade. Continuação da atividade. Continuação da atividade. 15h-16h Aula de música. Formar o comboio. Brincar Arrumar. Formar o comboio Aula de inglês: 4 anos Brincar Arrumar Formar o comboio Brincar livremente Arrumar. Formar o comboio

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15 1.1.2.2. Caraterização da sala de atividades

O Jardim de Infância é um espaço de aprendizagens que possibilita à criança descobrir e explorar o mundo que a rodeia, sendo que é na sala de atividades onde esta desenrola momentos importantes e agradáveis de aprendizagens. Este espaço contribui para uma melhor socialização das crianças, facilitando a partilha de saberes, conhecimentos e valores culturais.

Tal como nos elucida o modelo de Reggio Emilia o ambiente é visto como algo que educa a criança (Gandini, 2008, p.157). Nesta linha de pensamento, implicámo-nos na organização de um ambiente educativo no qual as crianças tivessem a oportunidade de assumirem um papel ativo no processo de construção do seu conhecimento e aprendizagem.

Relativamente ao espaço da sala, esta está organizada de modo a que as crianças desenvolvam os seus interesses e necessidades, seguindo uma orientação socio construtivista. É uma sala bem iluminada, usufruindo de janelas amplas, o que permitia às crianças o visionamento do exterior. O pavimento é confortável, resistente, lavável, antiderrapante e pouco refletor do som, garantindo um bom isolamento térmico e acústico. Possuí placares onde são afixados os trabalhos das crianças, aspeto que se considera bastante importante, no sentido de dar a conhecer as produções das crianças e poder contribuir para a construção da autoestima, pois as crianças gostam de olhar para os seus trabalhos e dizerem: “ aquele é meu”. Conforme vão sendo realizados novos trabalhos, os anteriores são armazenados na gaveta (figura 26) de cada criança que estão devidamente identificadas de forma a que cada um consiga reconhecer a sua.

Desde o início do ano que foram sendo disponibilizados novos materiais às crianças, para lhes proporcionar oportunidades de aprendizagem pela ação, pois é fundamental que os espaços sejam devidamente equipados, escolhendo materiais que obedeçam a critérios de seleção tais como a variedade, funcionalidade, durabilidade, segurança e valor estético (Silva et al, 1997, p.38). A organização dos materiais facilita a proposta de actividades por parte do educador e, sobretudo, promove a escolha da criança. (Oliveira-Formosinho 1996,p.68). O espaço de uma

Figura 26: Gavetas onde as crianças guardam os trabalhos Fonte Própria

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16

sala de educação pré-escolar tem de ser adaptado e pensado consoante o grupo, assim foi o que aconteceu na sala onde decorreu o estágio, que teve a participação das estagiárias para a sua organização.

Diariamente existem instrumentos a serem utilizados pelas crianças que fazem parte das suas rotinas diárias. Um dos instrumentos utilizado pelo grupo diariamente é o quadro das presenças (figura 27). Este tem várias funções, pois além de servir para as crianças marcarem a sua presença, serve também para verificarem quantos elementos do grupo estavam presentes e quantos estavam ausentes, desenvolvendo-se conceitos matemáticos. Este quadro encontra-se exposto numa parede junto ao tapete verde onde nos reuníamos todas as manhã a conversar.

Para estimular diferentes tipos de diversão, é necessário organizar o espaço por áreas de interesse, pois esta disposição faz com que as crianças desenvolvam a iniciativa, a autonomia e estabeleçam relações sociais. É crucial que existam espaços com finalidades diferentes para que as crianças desenvolvam diversas aprendizagens. Assim, nas primeiras sessões de intervenção foram identificadas as áreas da sala e alterada a sua disposição. Começámos por discutir, negociar e decidir o número de elementos a integrar nas áreas. Através deste processo criaram-se regras para um bom funcionamento e interações entre as crianças e equacionaram-se formas possíveis de utilizar esses mesmos espaços. (Hohmann & Weikart, 2009)

A sala está organizada em diferentes áreas sendo estas: área da biblioteca, área dos desenhos e da pintura, área da casinha das bonecas, área da pista, área das construções, área do computador e área dos jogos de mesa.

A área da biblioteca (figura 28) conta com vários livros de diferentes temáticas. Existe um puff para quem quiser desfolhar um livro confortavelmente. Esta área contém também um pórtico para as crianças poderem utilizar fantoches como meios de expressão e recriação.

Figura 27: Quadro das presenças Fonte Própria

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17 A área dos desenhos e da pintura (figura 29) integra atividades com a utilização dos lápis de cor, marcadores e folhas brancas. As crianças podem fazer desenhos, pintar desenhos ou ambas as coisas. Estas atividades são realizadas na mesa. Cada criança é possuidora de um lugar próprio devidamente identificado.

A área da casinha das bonecas (figura 30 e 31) é um local apelativo às brincadeiras do faz de conta, permitindo à criança associar esta casa a uma casa verdadeira. Esta área é composta por duas divisões de uma casa, a cozinha e o quarto. Em cada um destes espaços existem materiais em quantidade suficiente e diversificados, permitindo-lhes representar diferentes papéis sociais e familiares.

Figura 28 Área da Biblioteca Fonte Própria

Figura 29 Mesas de trabalho Fonte Própria

Figura 30 e 31 Área da casinha das bonecas Fonte Própria

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A área da pista (figura 32) é um sítio em que as crianças podem brincar com animais, carros e uma pista de carros. Aqui têm diversos brinquedos lúdicos. Visto que estas brincadeiras eram no chão, existe um tapete adequado às brincadeiras, para tornar o espaço mais confortável.

A área das construções (figura 33 e 34), desde o início do ano que foi muito requisitada pelo grupo. Esta área continha diferentes materiais para que as crianças, livremente, pudessem fazer diferentes atividades como, por exemplo, construções em três dimensões. Continha diversos materiais de encaixe, sólidos geométricos, legos de diversos tamanhos e formas, entre outros materiais.

A área do computador (figura 35) está disponível apenas para duas crianças de cada vez, sendo muito requisitada tem de ser utilizada com regras rígidas.

Figura 32 Área da pista Fonte Própria

Figura 33 e 34 Área das construções Fonte Própria

Figura 35 Área do computador Fonte Própria

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19 Na área dos jogos de mesa, as crianças jogam na mesa e podem fazê-lo sozinhas, a pares ou em grupos, desde que tenham atitudes corretas e que não haja desentendimentos. Esta era uma área muito requisitada pelo grupo e continha material muito diversificado, desde puzzles, enfiamentos, encaixes, dominós, blocos lógicos, entre outros jogos.

Tal como referem Hohmann e Weikart (2009) na organização do espaço deve-se ter em conta a disposição das várias áreas de interesse, de forma a criar um espaço central amplo para a realização de atividades coletivas. Considera-se, assim, importante dar a devida importância ao espaço (figura 36), pois é nele que as crianças experimentam situações que lhes permitem desenvolver competências ao nível do desenvolvimento físico, da comunicação, das interações sociais e também ao nível cognitivo (Post & Hohmann, 2007). Outra das dimensões essencial para o ambiente educativo é o modo de como organizamos o tempo, tendo também um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem da criança.

1.1.2.3. Instrumentos de Operacionalização

As educadoras, titulares de grupo, dispõem de instrumentos operacionalizadores, para orientarem a planificação das suas atividades, ao longo do ano letivo, em função dos mesmos. São eles:

i) Projeto Curricular do Agrupamento

O Projeto Curricular do Agrupamento é um documento orientador, de propostas de ação pelo Agrupamento de Escolas, tendo em conta os interesses e necessidades de aprendizagens das crianças. Este documento é considerado como apoio para a organização dos projetos curriculares de grupo, sendo o tema principal “Crescer…Para Ser”. (Anexo 1)

ii) Plano Anual de Atividades

O Plano Anual de Atividades é o documento de planificação elaborado pelos Órgãos de Administração e Gestão do Agrupamento. Este documento define as atividades a desenvolver ao longo do ano letivo, assim como a sua organização e os recursos a utilizar. (Anexo 2)

Figura 36 Vista geral da sala de atividades Fonte Própria

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1.1.3. Caraterização da Escola Básica do Bonfim

A Escola Básica do Bonfim, pertencente ao Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, localizada no Bairro do Bonfim começou a ser construída em 1941 na Rua Santos Lucas, quase em frente ao portão do Seminário Maior. A obra demorou três anos a ficar concluída e abriu em 1944.

O edifício do tipo Plano dos Centenários Urbano foi profundamente remodelado em 2002/2003. Neste ano letivo devido às obras, as aulas funcionaram nas salas de apoio das bancadas do Estádio Municipal da cidade da Guarda.

Atualmente a escola está organizada em 3 pisos. No primeiro piso localiza-se a biblioteca Escolar Adriano Vasco Rodrigues, uma sala polivalente, a sala das auxiliares, casas de banho dos meninos, das meninas e outra para portadores de deficiência motora, uma reprografia e ainda duas salas de aula.

A biblioteca escolar, como nos apresenta Motta (1999, p. 21) deve estar bem definida quanto à sua organização e funcionamento para que venha facilitar o ensino e a aprendizagem. Nesta escola, a biblioteca foi inaugurada no ano letivo 2003/2004, sendo aprovada a sua candidatura à Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, havia necessidade de escolher um patrono que lhe emprestasse o nome. Os critérios de seleção eram de acordo com o prestígio da personalidade, a sua ligação às letras e a relação com a cidade da Guarda. Foi proposto o nome de Adriano Vasco Rodrigues, pois tinha sido professor primário no início da sua carreira como docente. As suas obras, entre livros e separatas, ultrapassam a centena, desde a História Geral da Civilização, passando por As Guerras Lusitanas, acabando na Monografia Artística da Guarda.

Para além dos alunos da escola, as crianças do Jardim de Infância da Sé recorrem com frequência a este espaço. A biblioteca escolar veio ainda servir de motor ao Plano Nacional de Leitura (PNL), pois tornou viável a leitura orientada na sala de aula, graças ao reforço de títulos que recebemos, prática que se tornou habitual nesta escola.

Neste seguimento são apresentadas algumas fotografias da Biblioteca Escolar Adriano Vasco Rodrigues (figuras 37 e 38).

Figura 37 Espaço internet Fonte Própria

Figura 38 Interior da Biblioteca Fonte Própria

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21 Relativamente à sala de auxiliares (figura 39), é uma sala pequena onde existe um micro-ondas, frigorífico, caixa dos primeiros socorros, a campainha, rádio e ainda os pertences das auxiliares.

Logo à entrada da escola existe uma sala polivalente (figura 40) destinada às atividades de expressão físico-motora e dramática. É nesta sala que os alunos se recolhem quando o tempo não é favorável para andarem no recreio, nos momentos de intervalo, antes das aulas começarem e depois, no final do dia. Também é nesta sala que as turmas festejam o aniversário dos colegas, quando estes levam bolo e bebidas para a escola.

Os materiais de trabalho assim como uma fotocopiadora encontram-se organizados na reprografia (figuras 41 e 42).

Figura 39 Sala de auxiliares Fonte Própria

Figura 40 Polivalente Fonte Própria

Figura 41 Material da Reprografia Fonte Própria

Figura 42 Fotocopiadora Fonte Própria

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É ainda no primeiro piso que se encontram as casas de banho de ambos os sexos (figura 43), à direita a das meninas e à esquerda a dos meninos (seguindo a imagem), assim como a de portadores de deficiência motora. É importante referir que, este ano, nenhum aluno portador de deficiência motora frequenta esta escola. Esta casa de banho é utilizada pelos professores e funcionárias.

Para além de todos estes recursos, ainda existem duas salas de aula no primeiro piso. Estas duas salas são destinadas às turmas do 1º e 2º ano (figuras 44 e 45). Todas as salas estão numeradas de 1 a 4. De dois em dois anos, as turmas trocam de sala para que as do piso inferior sejam sempre para os alunos mais novos.

No segundo piso apenas existem duas salas de aulas, a 3 e a 4 destinadas ao 3º e 4º ano (figuras 46 e 47).

Figura 43 Entrada para as casas de banho dos alunos

Fonte Própria

Figura 44 Sala 1 - 1º ano Fonte Própria

Figura 45 Sala 2 - 2º ano Fonte Própria

Figura 46 Sala 3 - 4º ano

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23 Por sua vez no terceiro piso encontra-se a sala de informática (figura 48), utilizada também para as aulas de atividades extracurriculares e ainda para o apoio educativo. A sala de professores (figura 49), neste momento é pouco utilizada para o efeito, uma vez que os docentes se reúnem na biblioteca. No último piso existe ainda uma casa de banho destinada aos docentes.

A escola do Bonfim, segundo a professora cooperante e todas as auxiliares de ação educativa, é aquela que melhores recursos e equipamentos tem, tais como: quadros interativos, retroprojetor, videoprojector, computadores com internet, manuais escolares, material de desporto diversificado, material didático diversificado, material escolar, etc.

Em todas as salas de aula existe um computador com ligação à internet, um videoprojector, telefone e muito material didático de acordo com o ano de escolaridade de cada sala, para todas as áreas de ensino, mas principalmente destinadas ao ensino da matemática, visto ser a área que os alunos apresentam mais dificuldades. Para o matemático Dienes (1976) o uso de materiais concretos e jogos, principalmente os jogos lógicos, favorecem a aprendizagem da criança, pois estimula o desenvolvimento mental e as habilidades favorecendo o desempenho escolar mediante a observação desses objetos. Como ele cita em uma de suas obras. É por meio de suas próprias experiências e não das de outros que as crianças aprendem melhor. Por isso as relações que quisermos que as crianças aprendam, deverão concretizar-se por relações efetivamente observáveis entre atributos fáceis de distinguir, tais como cor, forma, etc. (Dienes, 1976, p. 04).

Todos os compartimentos da escola são equipados de aquecimento central.

Relativamente ao espaço exterior, este é bastante grande e amplo. É utilizado para as crianças brincarem nos intervalos assim como para algumas atividades de expressão físico-motora. Como o descreve Schiller (cit por Chateau, 1987, p.13) o homem só é completo quando brinca. É fundamental que nas escolas exista um espaço onde as crianças possam brincar para saírem um pouco do ambiente formal que é a sala de aula.

Existe ainda um minicampo polivalente destinado a desportos coletivos, o pavimento é apropriado para não magoar e existe em toda a volta uma vedação alta para não deixar sair as bolas.

Figura 48 Sala de informática Fonte Própria

Figura 49 Sala de professores Fonte Própria

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1.1.3.1. Organização do ambiente educativo

A Escola Básica do Bonfim encontra-se inserida na rede pública do Ministério da Educação, funciona atualmente com quatro turmas, uma em cada ano de escolaridade do 1º ao 4º.

Relativamente aos recursos humanos, nesta escola colaboram:  Quatro professores titulares de turma;

 Uma professora de apoio de ensino especial;  Duas professoras de apoio;

 Duas assistentes operacionais;  Uma bibliotecária.

A gestão do horário dos tempos letivos é delineada pelo agrupamento no início do ano letivo. Segundo a Lei de Bases do Sistema Educativo, a estrutura dos edifícios escolares, deve ter em conta, para além das atividades escolares, o desenvolvimento de atividades de ocupação de tempos livres e o envolvimento da escola em atividades extraescolares. (Diário da República, 1986, art. 39.º 2) Na tabela seguinte (tabela 2), apresenta-se o horário de funcionamento da escola e das atividades letivas.

Tabela 2 Horário de funcionamento da escola e das atividades letivas

Após analisarmos a tabela, apercebemo-nos que a escola tem um horário alargado, o que permite aos pais e/ou encarregados de educação conciliar o horário de trabalho com os horários de abertura e encerramento da escola. Da parte da manhã, as atividades letivas, iniciam-se às 9h e terminam as 12h, tendo uma interrupção de 30 minutos, entre as 10h30 e as 11h. Na hora de almoço a maioria dos alunos dirigem-se para os ATL, outros vão almoçar a casa. Retomam as aulas as 14 e terminam as 16h. Depois desta hora funcionam na escola atividades extracurriculares que só os alunos autorizados as podem frequentar.

Escola Entrada Saída Manhã 8h30 12h30 Tarde 13h30 18h Atividades Letivas Entrada Saída Manhã 9h 12h Tarde 14h 16h Intervalo 10h30 às 11h

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25 A tabela abaixo representa o horário semanal da turma C14, turma onde ocorreu o estágio.

Horas Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

9h / 10h30

Português Matemática Matemática Português Português

10h30 / 11h

Intervalo

11h / 12h Matemática Português Português Estuo do Meio Matemática 12h / 14h Almoço 14h / 15h Estudo do Meio Estudo do Meio

Português Matemática Estudo do

Meio 15h / 16h Expressão Dramática / Musical Educação para a Cidadania Expressão Plástica Matemática Expressão Físico-Motora

Tabela 3 Horário da turma C14

Ao longo das semanas de estágio, houve sempre a tentativa de respeitar o horário de cada área curricular, no entanto, nem sempre conseguido. Por vezes eram prolongadas as horas, para que as atividades iniciadas ficassem concluídas.

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1.1.3.2. Caraterização da sala de aula

Seguidamente surge a planta da sala de aula, com a respetiva legenda, correspondente à turma C14.

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27 Porta da sala de aula

Quadro magnético Secretária da professora Secretária do computador

Armários de arrumações Placard

Bancada com 2 lavatórios Janelas

Mesas dos alunos Cadeiras dos alunos Estante da biblioteca da turma

Cabides Sacos de reciclagem

Figuras 50, 51, 52, 53 e 54 Sala de aula do 3ºano Fonte Própria

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O critério que a docente utilizou para organizar os alunos, nos respetivos lugares foi o comportamento destes em sala de aula. Sendo a turma constituída por 24 alunos existem três filas de carteiras. Em duas filas estão sentados 8 alunos a pares e na outra fila existem 5 carteiras, em que duas delas estão dois alunos sozinhos por serem um pouco perturbadores.

A docente optou por juntar na fila junto à sua secretária os alunos que apresentam mais dificuldades de aprendizagem.

A decoração da sala é composta pelos recursos utilizados como auxiliares de ensino e ao fundo encontra-se um placard (figura 55) decorado conforme a estação do ano. Neste caso sobre a Primavera.

Na sala existe um computador, com impressora, colunas e retroprojetor. São utilizados apenas pelas professoras como facilitador no processo ensino e aprendizagem.

A cada dia, o computador vem-se tornando um elemento ativo nas nossas escolas, não tem o papel de ensinar, mas sim de criar condições de aprendizagem, ou seja, as tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções. Tavares (2001, p.41) preconiza que o estudante do futuro será cada vez mais interativo e participará na construção do próprio saber, utilizando as novas tecnologias.

Para promover o gosto pela leitura, ao fundo da sala existe um armário com vários livros que podem ser consultados, pelos alunos, para os lerem sempre que a professora der autorização para o fazerem. Normalmente, isto acontece quando terminam algum exercício antes da hora estipulada pela professora ou quando ficam no intervalo dentro da sala de castigo. A leitura é importante, não só para praticar, mas também porque permite ao indivíduo:

- Alargar horizontes; - Estimular a criatividade;

- Conhecer-se melhor a si mesmo e aos outros;

- Aprofundar os conhecimentos numa determinada área de especialidade; Figura 55 Placard alusivo à Primavera

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29 - Penetrar nas ideais e sentimentos de um dado autor;

- Mobilizar os conhecimentos pessoais para a interpretação do que lê e consultar outros documentos sempre que for preciso;

- Detetar criticamente os aspetos positivos e negativos do que se lê;

- Articular as novas ideias com a experiência anterior, consolidando, assim, a sua personalidade no sentido de poder adaptar o ritmo de leitura pessoal às necessidades do momento. (Silva, 2000, p.20)

Outro aspeto de extrema importância que também está presente na sala é a reciclagem. Existem três sacos com as cores respetivas, verde para o vidro, amarelo para o papel e cartão e azul para o plástico, onde os alunos depositam tudo o que é lixo no respetivo saco. Para além de estarem a consolidar os conteúdos adquiridos em Estudo do Meio, estão a aprender novos hábitos para poderem incuti-los aos pais em casa.

De acordo com o Decreto-Lei 73/2011, de 11 de Junho, reciclagem é: (…) Qualquer operação de valorização, incluindo o reprocessamento de materiais orgânicos, através da qual os materiais constituintes dos resíduos são novamente transformados em produtos, materiais ou substâncias para o seu fim original ou para outros fins mas que não inclui a valorização energética nem o reprocessamento em materiais que devam ser utilizados como combustível ou em operações de enchimento.

Os armários disponíveis na sala servem para guardar o material da professora e dos alunos. Cada aluno tem uma caixa onde guarda algum material que não utiliza no dia-a-dia e lenços de papel. Os dossiês pessoais, também se encontram expostos num expositor, à medida que realizam as fichas de trabalho e a docente as corrige, coloca-as no dossier. Os processos dos alunos estão guardados num armário com chave pois são sigilosos.

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1.1.3.3. Instrumentos de Operacionalização

Os professores do 1º Ciclo do Ensino Básico trabalham em grupo na preparação e planificação das aulas, contudo obedecem a alguns instrumentos operacionalizadores, tais como:

i) Projeto curricular do Agrupamento

O Projeto Curricular do Agrupamento é um documento orientador, de propostas de ação pelo Agrupamento de Escolas, tendo em conta os interesses e necessidades de aprendizagens das crianças. Este documento é considerado como apoio para a organização dos projetos curriculares de grupo, tendo sido o tema principal “Reciclar Recordações”.

ii) Plano Anual de Atividades

O Plano Anual de Atividades é o documento de planificação elaborado pelos Órgãos de Administração e Gestão do Agrupamento. Este documento define as atividades a desenvolver ao longo do ano letivo, assim como a sua organização e os recursos a utilizar.

Referências

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