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Academic year: 2021

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TÍTULO: ATUAÇÃO DE GRADUANDOS EM ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALIMENTOS DIET E LIGTH: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: ENFERMAGEM SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LARISSA LESSA ANJOS, ANDRÉA CELESTINO DA ROCHA, MARIA GORETE XAVIER DA SILVA, PRISCILA HOLANDA DA SILVA, WIRLA MARIA DA SILVA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CAIO LUISI, LAURA CRISTINA FERREIRA CUVELLO ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

Introdução: A população está cada vez mais interessada em novos e saudáveis

hábitos alimentares. Entre as varias opções disponíveis no mercado alimentício, existem os produtos diets e light que estão presentes no dia-a-dia da população, porém, nem todos conhecem a diferença entre eles. Neste cenário, o enfermeiro pode atuar como educador, orientando e conscientizando a comunidade sobre a diferença, os benefícios e aproveitamento dos produtos diets e light, para que sejam consumidos de forma correta, de acordo com as necessidades nutricionais de cada um. Objetivo: relatar uma experiência vivenciada pelo grupo de graduandos de Enfermagem em uma ação educativa sobre alimentos diet e light em um evento acadêmico interdisciplinar. Metodologia: trata-se de um relato de experiência de um grupo de graduandos do curso de Enfermagem do 6° período, durante a Semana de Saúde que ocorreu no primeiro semestre de 2017, para toda comunidade universitária de um Centro Universitário, localizado na região sul de São Paulo.

Resultados: A experiência relatada agregou conhecimento, melhorando o

relacionamento e comunicação dos acadêmicos. O grupo elaborou as atividades por meios de estratégias de educação em saúde a fim de promover interação, esclarecimentos, reflexão crítica e novos aprendizados. Considerações Finais: O evento contribuiu para enriquecer a trajetória na vida acadêmica, preparar e conscientizar os graduandos sobre a responsabilidade em atuar como educadores na promoção da saúde da sociedade.

Palavras-chave: diet; light; educação; saúde.

INTRODUÇÃO

Com o avanço da vida moderna, o aumento na prevalência de doenças crônicas e a busca pela saúde e estética, a população está cada vez mais, se interessando por alimentos que possam atender às suas expectativas, e o mercado não tem desapontado. Existe uma série de produtos para todos os perfis de consumidores, dentre eles estão os produtos diets, light. (GARCIA et al., 2014).

Desse modo, a demanda no atendimento nutricional cresce

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tratamento nutricional é comprovadamente eficaz no tratamento isolado ou auxiliar de várias doenças (FISBERG et al., 2009).

Segundo Oliveira e Assumpção (2000), “produtos dietéticos” surgiram pela primeira vez no Brasil, em 1965, como medicamentos, e somente em 1988 passaram a ser classificados como alimentos, ganhando relevância no mercado e a necessidade de adequações na legislação.

De acordo com RDC nº 54, de 12 de novembro de 2012, a mais recente regulamentação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os alimentos para fins especiais são definidos como alimentos que tenham seu conteúdo de nutrientes modificados, ajustados para sua utilização em dietas, atendendo as necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas. E os classificam em: alimentos para dietas com restrição de nutrientes, conhecidos popularmente como alimentos diets; alimentos para ingestão controlada de nutrientes; e alimentos para grupos populacionais específicos. Dentre os alimentos para ingestão controlada de nutrientes, estão os alimentos que utilizam o termo light. São alimentos considerados de “baixo teor” ou “teor reduzido” de nutrientes ou valor energético. Esta redução deve respeitar uma diferença mínima de 25% para menos no valor energético ou no conteúdo de nutrientes, em relação ao mesmo alimento similar tradicional.

Quanto ao consumo de produtos diets e lights, alguns consumidores desconhecem a diferença entre eles. Entretanto, a informação nutricional complementar impressa nos rótulos dos produtos, tem a função de informar o consumidor dos nutrientes presentes nos alimentos, a fim de que possam escolhê-los melhor. (MACHADO et al. 2006).

O artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, da Lei 8078/90, afirma que é direito do consumidor o acesso à informação de forma clara e adequada, sobre diferentes produtos e serviços.

O discurso publicitário influencia fortemente as escolhas do consumidor, fortalecendo a tendência de priorizar alimentos diet e light em detrimentos dos convencionais. Esta escolha não é realizada necessariamente de forma plenamente consciente, devido às estratégias de fomento ao consumo. O uso de palavras em outro idioma pode representar não só obstáculos na compreensão das informações vinculadas pela rotulagem ou nas peças publicitárias, mas também a sugestão de um produto de superior qualidade (MARINS, 2011).

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O documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em 1986, conhecido como Carta de Ottawa, denomina Promoção da Saúde como um método de capacitar a comunidade para trabalhar na melhoria da qualidade de vida e saúde, abrangendo uma maior atuação no comando deste método. Sendo assim, é possível afirmar que Educação em Saúde se integra a este método, atuando como estratégia na promoção da saúde.

O ato de educar é usado como um instrumento para à conscientização e a liberdade do indivíduo, sendo parte integrante da ação dos enfermeiros em qualquer local de atuação (SILVA et al. 2013).

Pinheiro (2011) relata que a educação em saúde faz parte da atuação da enfermagem, e é utilizada como uma ferramenta para estabelecer uma relação de diálogo entre enfermeiro e cliente, proporcionando a uma reflexão sobre sua situação de saúde-doença e consciência da responsabilidade em transformar sua própria vida.

O enfermeiro como educador em saúde, precisa perceber a relevância do verdadeiro foco da educação em saúde e atuar sob o aspecto de uma educação crítica e transformadora para atender as necessidades biopsicossociais em ações individuais e coletivas (SOUZA et al. 2010).

OBJETIVO

Relatar uma experiência vivenciada pelo grupo de graduandos de Enfermagem em uma ação educativa sobre alimentos diet e light em um evento acadêmico interdisciplinar.

METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, vivenciada por um grupo de graduandos do curso de Enfermagem do 6° período, que ocorreu durante a Semana da Saúde, no primeiro semestre de 2017, destinada a toda comunidade universitária de um Centro Universitário, localizado na região sul de São Paulo. Neste evento, o grupo expôs o tema através da explanação, materiais teóricos e ilustrativos (banner) e de degustação.

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Para manifestar o ponto de vista dos acadêmicos em relação ao evento realizado, foram utilizados, no corpo do texto, alguns fragmentos da fala dos alunos na íntegra. As falas dos sujeitos foram nomeadas como o nome de Acadêmico, seguido de um número.

Cabe salientar que o trabalho apresentado se trata de um relato de experiência e os próprios indivíduos do estudo também são autores, e todos eles manifestaram seu consentimento para participar do mesmo, assim como divulgar os resultados.

RESULTADOS

A Semana da Saúde é composta por vários eventos acadêmicos que proporcionam conhecimento e contribui para o aprendizado, com palestras, workshops, simpósios, ações sociais entre outros.

O evento acadêmico em questão ocorreu no ginásio da instituição, onde todos os graduandos de Enfermagem, do período noturno participaram, sendo que os respectivos do 6° período, divididos em grupos, foram responsáveis em expor uma atividade sobre o tema: Edulcorantes e Adoçantes. O grupo, autor do relato, explanou sobre a educação em saúde a respeito dos alimentos diet e light, buscando informar, orientar e educar os visitantes do evento.

As atividades foram elaboradas e organizadas por meio de estratégias de educação em saúde a partir do conhecimento prévio, pesquisas sobre o tema através de artigos científicos e sob a orientação da Professora Responsável pelo evento, além de visitas ao comércio para aquisição dos produtos alimentícios a serem expostos no evento, a fim de promover interação, esclarecimentos, reflexão crítica e novos aprendizados relacionados aos alimentos diets e light. Tais reflexões podem ser percebidas nas falas abaixo:

“Este tipo de evento nos ajuda a familiarizar-nos com a vida profissional e compreender o papel do enfermeiro”. (Acadêmico 1)

“... além de cuidar, o enfermeiro tem o dever de educar”. (Acadêmico 2) “... o segredo da saúde está na promoção da mesma”. (Acadêmico 3)

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“Foi gratificante ver o interesse dos visitantes e esclarecer os conceitos básicos, porém importantes, do nosso dia a dia, integrando e interagindo de forma dinâmica e, principalmente, promovendo saúde”. (Acadêmico 4)

“Nosso objetivo em incentivar uma alimentação adequada e ensinar a diferença entre produtos diets e lights aos visitantes, foi alcançado com sucesso. As pessoas estão buscando cada vez mais novos e saudáveis hábitos alimentares”. (Acadêmico 5)

Com a abertura do evento, os visitantes foram abordados com a entrega de panfletos explicativos, contendo o conceito, conscientização sobre o uso correto, benefícios e o diferencial entre produtos diet e light, e convidados a visitar o “stand”.

Além da distribuição de panfletos, foi apresentado banner para exposição do tema e oferecidos produtos dietéticos e similares tradicionais para degustação, o que causou satisfação aos visitantes.

Assim como já foi citado por Machado et al. (2006) e relatado em outros estudos, verificaram-se durantes as explicações, que alguns visitantes não conheciam a diferença entre os produtos diet e light. Acreditavam que produtos diets eram considerados produtos livre de açúcar e produtos lights livre de gordura, além de serem produtos destinados apenas para fins de emagrecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Semana da Saúde é um evento de grande importância para todos os envolvidos, docentes, acadêmicos e visitantes. É uma ferramenta estratégica usada para conscientizar, educar e alertar a todos da importância do cuidado à saúde, além de promover uma interação entre os participantes e engajamento com o objetivo do evento.

Notou-se uma carência de conhecimento sobre o assunto por parte dos visitantes, paralelamente percebeu-se uma satisfação em relação às orientações

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que estavam recebendo, o que despertou ainda mais interesse no assunto abordado. Diante da interação através de questionamentos, podemos valorizar a importância da educação em saúde.

A experiência vivenciada possibilitou ao grupo uma evolução no desenvolvimento do aprendizado e da comunicação, estabelecer um vínculo através da interação interpessoal contribuindo com o desempenho das atividades, além de proporcionar troca de experiências.

Assim sendo, constatamos que tais atividades enriquecem a trajetória da vida acadêmica, prepara e conscientiza os graduandos sobre a responsabilidade em atuar como educadores na promoção da saúde da sociedade.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada n. 54, de 12 de novembro de 2012. Dispõe sobre o regulamento técnico sobre Informação Nutricional Complementar. Diário Oficial da União, Brasília, 12 de nov. 2012, n. 219, seção 1, p. 12.

BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor. Diário Oficial da União, Brasília, 12 de set. 1990, p. 1.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. As Cartas da

Promoção da Saúde. Brasília, 2002. 56 p.

FISBERG, R. M.; MARCHIONI, D. M. L.; COLUCCI, A. C. A. Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica. Arquivos Brasileiros de

Endocrinologia e Metabologia, v.53, n.5, p. 617-624, 2009.

GARCPIA, P. P. C.; SOUZA, B. C. C.; ALMEIDA, A. G. de. Análise do conhecimento dos consumidores de um supermercado de Taguatinga-DF acerca de produtos diet e light. Anuário da Produção Acadêmica Docente, Brasília, v. 7, n. 17, p. 59-79, 2013.

MACHADO, S. S.; SANTOS, F. O.; ALBINATI, F. L.; SANTOS, L. P. R.

Comportamento dos consumidores com relação à leitura de rótulos de produtos alimentícios. Revista Alimentos e Nutrição. Araraquara, v. 17, n. 1, p. 97-103, 2006.

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MARINS, B. R.; ARAÚJO, I. S. de.; JACOB, S. C. A propaganda de alimentos: orientação, ou apenas estímulo ao consumo?. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 9, 2011.

OLIVEIRA, S. P. de.; ASSUMPÇÃO, B. V. Alimentos dietéticos: evolução do

conceito, da oferta e do consumo. Revista Higiene Alimentar, v. 14, n. 76, p. 36-42, 2000.

PINHEIRO, A. K. B. Enfermagem e Práticas de Educação em Saúde. Revista Rene, Fortaleza, v. 12, n. 2, p. 225, 2011.

SILVA, A. L. Q. C. da.; ARAÚJO, L. S. SILVA, Z. S. S. B. da.; MERCÊS, P.L. Práticas Educativas mais utilizadas pelos Enfermeiros na Atenção Básica: Uma revisão bibliográfica. Revista Científica do ITPCA, Araguaína, v. 6, n. 4, pub. 6, 2013.

SOUZA, L.B.; TORRES, C. A.; PINHEIRO, P. N. C.; PINHEIRO, A. K. B. Práticas de Educação em Saúde no Brasil: Atuação da Enfermagem. Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 55-60, 2010.

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