GI
'A6
Marcos Pacheco
o
ex-técnico
de
vôlei
da
Cimed fala da
suasaída
da vitoriosa
equipe
que
pode
estar
com osdias
contados
Sobrecarga
no
internato
Rotina exaustiva
dos estudantes de
Medicina,
comaulas
eplantões, antecipa
cotidiano
agitado
da
profissão
o que esperar
de
Roselane?
Nova reitora da
UFSC
toma posse
nopróximo
dia
10,
ecomunidade
uníversrtáría.
aguarda
osprimeiros
movimentos
EDITORIAL
DIRETO
DAREDAÇÃO
Estamos
de olho
no
futuro de
Florianópolis:
de
ponta
a
ponta
/
E
do
jornalista
Leandro Fortes, um dos
palestrantes
do2°SeminárioBrasil-Ar
gentina
dePesquisa
eInvestigação
emJornalismo,
realizado em abril naUFSC, adefi
nição:
"Ogrande
risco dojornalismo
noBrasiléode
perdermos
apercepção
sobreaimportância
e ovalor daprofissão
queestamosexercendo. Temos uma
função
muito nobreeachoque nenhuma outra
profissão
tem tantainserção
nasociedade".Desde sua
criação,
háquase 30anos, o Zero tem sido um espaço
dedicado à
formação
dos futurosjornalistas,
simulando o mercado sem seconfundircom suanatureza,privilegiando
a reportagem e experimentando
linguagens.
Origor
do deadlinee o sabor da aventurapedagógica
estão presentes em maisesta
edição
quechega
agoraem suasmãos,caríssimo leitor.
Ofuturo da
capital
doscatarinen-sesestánocentrodessa
edição:
asdiferenças
entre NorteeSul da Ilha deSanta Catarinae os rumosdo
projeto
envolvendoaPontado
Coral,
foramobjetos
danossareportagem. Ojor
nal segue suaintenção de
dialogar
com o
público
jovemuníversítárío,
Retratamos
sustentabilidade,
caos no
trânsito
e
regras para
ocupação
urbana
contemplando
temascomo aformação
dosjovens
médicosafetadospela
jornada
excessivadesdeosbancos dafaculdadee a
polêmica
daduplicação
darua
Deputado
AntônioEduVieira, no entornodaUFSC. Oentrevistadoéoex-treinadorda
Cimed/Florianó
polis,
MarcosPacheco,
quedirigiu
otime de vôlei
supercampeão,
agorasem
patrocinador
ecorrendooriscode
extinção.
Deolhonomomento
especial
queaUFSC viveráem10demaio,com a
possedaprimeirareitoradesuahis
tória,
aprofessora
RoselaneNeckel,
nossareportagemfoiouvirosprotagonistas
da comunidade universitá riaesentirqual
aexpectativa
quantoà posse das
professoras
Roselane eLúcia Pacheco. Nocontraponto,traz
tambémumasíntese dopensamento
crítico à
própria
universidade comoinstituição
fundamental àprodução
deconhecimentoe
inovação.
Esse
cardápio
informativo foipreparado
com a mesmadedicação
,e zelo
profissionais.
Esperamos
suacrítica
pelos
canaisdecontatocom aredação: pelas
redessociaisouviae-mail. Sua
opinião
éimportantíssima
paraaqualificação
donossoprojeto.
Redação
do Zero iniciao fechamentodaedição,
oscilando entre a tensãoe o bom humorPINIÃO
ONDE
O LEITOR TEM VOZParabéns
pela
primorosaedição
deabril, acompanhada
com aromasdeumexcelente Cabernet
Sauvignon,
frutado
com asensacionalentreoistacomMárioPratae amatéria do descasocomomagistério
e seuvergonhoso
"piso
salarial".A
partir
destaedição,
esteselo doZeroConvergência
mostramatériasdoZerocomconteúdoextranaweb PARTICIPE!
Mande
críticas, sugestões
ecomentários-zeroufsc@gmail.com
Telefone
-(48)
3721-4833 Twitter-@zeroufsc
ValterF.
Bustos,
Joinville
.1110
3°melhorJornal-laboratório do Brasil EXPOCQM 1994
OMBUDSMAN
BERNARDO
KUCINSKI
JORNAL
LABORATÓRIO
ZEROAno XXX- N° 6- Maio de 2012 REPORTAGEMAmandaMelo,Ana CarolinaPad,AriannaFonseca,CarolinaFranco,OanielGiovanaz, EdianeMattos,José
Fontenele,Juliana Ferreira, lucas Pasqual, Mafla Diamante, Manuela Lenzi, Mariana Pitasse,Mariane Ventura, Marina Empinotti, Matheus Lobo Pismel, Milton Schubert,MireneSá,
Nathale EthelFragnani, Nathan MattesSchafer,Rafaela Blacutt, RafaellaCoury, RodrigoChagas, Sendyda Luz,ThoméGranemanneVictor HugoBittencourt
EDiÇÃO
AlécioClemente,Bárbara Lino,CamilaGarcia, Carolina Dantas,RodolfoConceição, RosielleMachado,Tulio Krusee Wesley Klimpel
DIAGRAMAÇÃO
LucasPasqual, Patricia Pamplona, RafaellaCouryeViniclus SchmidtFOTOGRARAAndré Mariani,MarinaEmpinotti,SendydaLuz, Thomé Granemann,VictorHugoBittencourteWesley
Kiimpel
CAPAThoméGranemannILU�TRAÇÂO
AndréMarianiPROFESSORES
RESPONSÁVEIS
RogérioChristofolettiMTb/SP25041eSamuelLimaMTb/SC00383MONITORIAFelipeFigueira,PatriciaPamplonaeVinicius SchmidtIMPRESSÃODiárioCatarinenseTIRAGEM5 milexemplares
DISTRIBUiÇÃO
Nacional FECHAMENTO3 de maio�
�
Melhor'JornalLaboratório- IPrêmio Foca
SindicatodosJornalistasdeSC2000
ZERO
Sobre
jovens
e
jornalismo
Fui
diretoà matériadecapa. O pesodos
jovens
nas urnas.Títulointerno e olho
reforçam
apromessada manchete:Jovempode
decidiras
eleições.
Eleitoresde16a24anosrepresentam 16% doeleitorado.Masareportagemnãoé sobreopesodovoto
jovem
nas
próximas eleições.
É
sobresuavisãodapolítica,
seuativismo,filiação
apartidos.
E eis que sobreessaparticipação
vem aimportante
revelação:
umterçodosjovens
catarinensesestáfiliado aalgum partido
político.
Uauuu....sutptise.
Santa Catarinasuperaoprimeiro
mundo.Duvidam?AfonteéoTribunal
Regional
Eleitoral do Estado. Mesmoassim, duvideiefui àinternet.Preguiçoso,
navegueisemmuitoempenho,
pesqui
sas
várias,
nenhumarespostaprecisa,
mastodas desenhandoumquadro
de
descrença
dojovem
napolítica.
Háalgum
ativismojuvenil
em associações culturais, esportivas,
religiosas
eambientais,
mastraçosapenas departicipação
empartidos políticos.
Umadessaspesquisas
é resumidanumboxsobreo
papel
dasmídiassociaisnascampanhas
e ossonhos dojovem,
que omiteodesencanto da
juventude.
Outra surpresa: maisdecemmil alunosde
graduação
vãoreceber bolsasdo governo paraestudar noexterior.Um programa tão
importante
eignorado
de modotãoabsolutopela grande
imprensa,
queanotíciapode
riatersido tratadacomofuro.Ditoisso,convinhamergulhar
maisfundonasfalhas do programa,
apontadas,
masnãocomenergia.
Ficou uma
primeira impressão
deque falta contundência aojornal,
menos natemática,
maisnalinguagem,
contida.A escritaéamarrada,
não sesolta,
não hávôos,
não hátrocadilhos oujogos
depalavras.
Ostítulos,
parecemosda Folha:sujeito
verbocomplemento.
Índio
querapito.
Nãofosseafala doMário Prataeuachariaqueestavalendoum
jornal
doRotary
Clube,
nãode alunos deumauniversidadede terceiromundo,
com8 oshormôniose sensores
supostamenteàflor da
pele.
Um poucode ousadiai I
não fariafaltaàreportagemsobreossaláriosinfames dosprofessores
do '" Estado.Porque
essaápalavra
paraos saláriosquesepagamnoBrasila¥
I
professores.
i Estátudo
politicamente
correto,asreportagens
sobre os autistas,osI
soro-positivos,
oSUS,asmodalidadesdebolsas queauniversidadeoferece,
oNobelqueesteve
aqui,
amemóriadoprimeiro
Zero,tudonosconformes,
- mas careta.Tambémna
diagramação
senticonservadorismo e escassacriatividade. Coma
exceção
dacapa, bemdesenhada,
edoperfil
doNobel,
não hádesenvolturano usodosespaços.
Compare-
se com adiagrama
ção
doEstadãoou daFolha,
elesjá
estão lánafrente,
usando os recur sosgráficos
danovatecnologia, rompendo
margenselinhas,
enquantoo IZerose
auto-aprisiona
nosquadradinhos
deumadiagramação
àantiga.
[Resumindo:
eufemismos,
fotosanódinas,
títulos emlíngua
de índio-e
não venhammedizer queestousendo
politicamente
incorretoaofalarem"língua
de índio."Oeditorial do
jornal
faladeequilíbrio
entredinamismoeserenidadeentre
ímpeto
ebomsenso,arrojo
econhecimento. Talvezoproblema
esteja
aí.Porque
essascategorias
só são conflitantes-parcialmente
-no
calordofechamento deum
jornal
diário,
quando
épreciso
decidirentredarumadenunciaainda não totalmente
apurada
ouarriscarserfuradopelo
concorrente. Numjornal
mensalnão épreciso
limitararrojo
nemconhecimento. Não é
questão
deequilíbrio.
Ambos-assim creio-podem
serlevadosaomáximo.
Físicoejornalista,é doutorepós-doutoremComunicação.LecionounaUniversidade deSãoPaulo,ondeseaposentouhá cincoanos.Éprofessorvisitante da UFSC.
---_ ...._..._--_._..._---'
������
Melhor
.peça
Gráfica SetUniversitário/ PI.JC-RS 1988, 1989. 1990, 1991, 1992e.:1.998Uma
redação
de
caras-pintadas
Em
1992,
cobertura do
impeachment
misturou
jornalismo
e
militância
Nos
primeiros
anosda décadade
1990,
quando
se falava nacassação
do entãopresidente
Fernando Collor e
jovens
comrostos
pintados
participavam
de
passeatas
portodooBrasil,
nãoeraincomumseescutarnocorredor docurso
de
Jornalismo
daUFSC:"Vaiterquecortarotexto,matériacom20laudasnãotemcomo".
Naquele período,
todos sofreramcom oconfis co das cadernetas depoupançaeoutrasmedidas_econômicas doPlano Collor.No dia29 desetem
bro de1992,
quando
maisdecincomil pessoassereuniramemfrenteàCatedral
Metropolitana
para assistir àvotação
do processodeimpeachment,
oZeroestavalá fazendoacobertura para
publicar
naedição
de outubro.Amatéria descrevia a movimentação
nocentrodeFlorianópolis
e tambémcomofoiodiano
Hospital
Universitário duranteaPÁGINAZERO
PRIMEIRAS LINHAS
apuração
dosvotos.Com a
organização
do Diretório Central dosEstudantes
(DCE),
váriosalunosda UFSCtambémparticiparam
dasmanifestações
domovimentocara-pintada
nacapital.
Omomentoeradedescontentamentoe o
jornallaboratório publicava
oquepodia
sobreasituação.
"Cobriroimpeachment
do Collorfoiumdesafio paraumaestudante deJornalismo que,semmuita
prática,
tevequetranscreveras
emoções
daqueles
jovens
estudantescom a carapintada
engajados
numacampanha
quedefiniria os rumos dopaís",
comentaajornalista
RobertaSandreschi,
integrante
daequipe
daépoca.
A
jornalista
MartaSchererexplica: "Finalmente,
podíamos participar
deummovimentoestudantil,
como nossos
pais,
tioseaté irmãos maisvelhos.Ahistória da ditadura militareramuito
presente
e osdebates
políticos
faziamparte da vidaacadêmica,
certamenterefletindona
produção
doZero".Primeiradécada rendeureconhecimento e
elogios
ao Zero, '
Maio de 2012
:eI'1
Poucos
recursos
e
muitos
prêmios
Nosdez
primeiros
anosdeprodu
ção,
ojornallaboratório,
criadoem1982, foi cinco vezes consecutivas
premiado
noConeSulcomomelhorpeça
gráfica.
Alémdisso,
ganhou
elogios
do Diário Catarinensee darevista
Playboy,
que o citouno seubalanço
anual das melhores faculdadesdo Brasil.O ZeroZine,
produ
zidoem 1992,
chegou
acircularnaBienal Internacionalde
Quadrinhos.
Nestaépoca,
eraimpresso
em off-setnoextinto
jornal
OEstado,
comtiragemde3 mil
exemplares
quinzenais.
Noinício dosanos90, osalunos faziamsuasreportagensem
máqui
nas de escrever ediagramavam
deforma
artesanal,
utilizandograndes
folhas depapel, lápis
verdeerégua
de
paicas
parafazeroprojeto
gráfico.
Acalculadora tambémera umafer
ramenta
indispensável
para os diagramadores:
"Paraexpandir letras,
aumentarentrelinhasoucalcularas
colunas,
tínhamosquedesenharnamãoefazer mil cálculosmeio incer
tos",lembraMartaScherer.Elaconta
queo
primeiro
computador
docurso era umamáquina
solitáriacomtela preta eletras verdes que, "ao invésde
facilitar,
dificultava aindamaisoZERO
Alunosmobilizados foram às
passeatas
Há 20anos:
máquinas
de escrever e canetasesferográficas
nossotrabalho". crever, Nunestinha que cobrireven
tos ao
vivo,
queexigiam
mudança
detextoatodomomento."Erapura
adrenalina,
mas apaixão
pela
reportagemfazia valerotrabalho."
Dentre as históriasquea
produ
ção
guardou,
está adas estudantesCristiane Fonti
nha Miranda e
Adriane Canan,
queforam atéo
centro da cida de para cobrir
uma greve ge
ral. A
população
e dezenas de
Aprender
desta maneira foi importante para o exercício da
profis
sãoanosmais
tarde,
avaliaajorna
listaAnaPaula Lückman.Como não
haviainternetnem
celular,
orepór
tertinhaquefazerasentrevistaspre
sencialmente
ouportelefone
fixo. "Isto era
"A
vantagem
de
muito bom e é um hábito que a
tecnologia
fez osjornalistas
dehoje
perderem",
reco nhece AndressaFabris,
atual diretoradaAlfaComunicação
Empresarial.
A assessora Claudine Nunes as
segura que a
experiência
foi fundamentalparasua
formação
e queasdificuldades
encontradas, principal
mente com a infraestrutura para
produzir
ojornal,
não interferiramno
aprendizado:
"Você tem queaprender
a escrever com o recursoquetem, colocando a
cabeça
parafuncionar". Numa
máquina
dees-não haver internet
ou
celular
era
ter
que entrevistar
pessoalmente"
policiais
esta-vam nas ruas e
Fontinha ten-tava
fotografar
perto dos focos de tumulto: "Fomos avistadas porum PMe tivemos que
fugir
àscarreiras. Entramosem umafarmáciapara dar um tempo e de
pois partimos,
com ofilmeinteiroe asinformações
nacabeça",
recordaCristianeFontinha.
AriannaFonseca
aariannaf@gmail.com.br
\
ZERO
ENTREVISTA
MARCOS PACHECO
/
"Quando
a
Cimed foi derrotada
nas
quartas
de
final,
perdeu
também financeiramente"
Treinador analisa
sua
saída do vôlei de
Florianópolis
e
fim do
apoio
da empresa farmacêutica
Confiraum
especial
sobreofim dotimede vôleida Cimedemais
imagens
daentrevistaem:
zeroconvergencia.
ufsc.br•
casamento acabou.
Apesar
disso,
você aindadeseja
felicidadesao
ex-cônjuge
eesperamanteraamizade.Foi com esseclimaqueoex-técnico da
Cimed/SKY
MarcosPachecoconversou com areportagemdoZero.GaúchocomSüanosdevoleibol,
comoatleta,
auxiliaretreinador,
Pachecopassouaúltima décadatrabalhandoem
Florianópolis.
Emjaneiro,
depois
da derrota paraoVoltaRedondaem casa
pela
Superliga,
Pachecosentiuquesuasverdades "nãoerammaisconsideradas absolutas"eresolveuterminarociclocom a
equipe
dacapital
catarinense,porrazões nãoesclarecidas.Foram sete anosde relacionamento,queainda fazemotreinadorusar a
expressão
"nossotime". OcasamentoPacheco-Cimed rendeu a
alegria
dequatrotítulosnacionaise atristezada
eliminação
nasquartasde final da últimatemporada,
resultado queserepetiu
em2012,
já
sem apresença dotécnico.Depois
da saída deMarcosPacheco,
tantoSKYquanto Cimedanunciaram ofim do
patrocínio
paraotime,quetemseufuturoincerto. Prestesaassumira
equipe
deCampinasjMedley,
otreinadorjá
tememmentealguns
dos atletascom os
quais
deseja
contar.Alguns
dessesnomestrabalhamcomPachecodesdeocomeço do
projeto
do vôlei deFlorianópolis.
Naentrevista.,ele analisaovoleibol
brasileiro,
oprotagonismo
dopaís
noesporte atéasOlimpíadas
deLondres,
suasperspectivas
decarreiranosudesteedesmente oburburinho de quesuademissãoestavarelacionadacom achegada
dopatrocínio
daoperadora
de televisãoacaboSKYedoscampeões olímpicos
GibaeGustavo.
Comovocê recebeuanotícia sobre ofim do
patrocínio
da Cimed?Foiem duasetapas. Primeiro,com a
saída da
SKY,
que não continuarianoprojeto.
Vamos voltarumpouquinho:
no anopassado,
antesdatemporada
2011-2012,se não tivesseessaparceriacom a
SKY,
aequipe
não seria tãocompetitiva.
Perderíamosjogadores
como Bruno, como
Éder,
tampoucopoderíamos
trazerGiba,
Gustavoeetc.Aideiaerafazerumrecomeço, como
foi láno
início,
mas avinda da SKYviabilizoua
permanência
dosjogado
res e aindatrouxeos
reforços.
Comasaída daSKY, o time da Cimed sabia
que não teriaumvalordeinvestimen
to alto para
competir
no mercado.Comoeu
disse,
aideiaerafazerumrecorneço,pegarjogadoresjovens,
comofoi na
primeira temporada.
Por urnaestratégia
demarketing,
aCimedficouseteanos,masagoraaempresatornou
ZERO
até agora eram da
região
Sul,
eagora
você
vai para o Sudeste.É
umaoutrarealidade do vôlei?
outro rumo,queé investiremoutras
áreas.Foi meiodesurpresaa
decisão,
mastem que entenderemfunção
doposicionamento
da empresa.
Ago-"O
patrocinador
ra, se isso quer
dizerque não vai
mais ter
equipe
de voleibol em
Florianópolis,
aí eujá
não posso afirmar nada. Então a Cimed para deinvestir novôlei,
devez?É,
a Cimed não vai mais investir novoleibol.ASKYficou sócom otimefe
mininodoRio deJaneiropor
questão
decontrato,e aCimed mudouoplano
de
marketing.
Talvez a maior
diferença
é que eles têm um estadual
forte,
quenão temos em
Santa Catarina
ou noRio Gran
de do Sul. Láem
São Paulo tem
quatro, cinco
equipes
alta-mente
competi
tivas, então talvez
seja
essa agrande
diferença.
Existe, além daSuperliga,
uma
disputà
anteriormuitoforte.mudou
o
plano
de
marketing
e
não
vai mais investir
no
voleibol"
Todosostimesque você trabalhou
Você
pretende
levar paraCampinas
algum jogador
com quem trabalhouem
Florianópolis?
Euvou tentarlevar
alguns jogadores
daqui
sim. O Renato éum nome que eugostaria,
oEder,
entre outros.Oscaras
já
estão háseteanoscomigo
enão é poracaso.Mas vaisermuitodifícil.OÉder
vaiterpropostaatédoLiraTênis Clubeaqui! Já
oRenatotem uma característicade passe.
Hoje
temmuitosatacantes, tem muita gente pra· dar
porrada,
fazero ponto, característicado brasileironé!? Mas quemviabiliza isso, que é o Renato, muito bom na
recepção,
tempouquíssimos.
[Nota
doZero: opontaRenatofechou contra tocom o
Campinas
nodia 13 de abrilenquantoque central
Éder
acertou,nodia
seguinte,
suasaídaparaoSesi-SP]
E
pretende
levaralguém
dacomis sãotambém?Da comissão técnicavou tentarlevar
uns
dois,
três.Você
participou
doprojeto
da Címed desde o começo. A
parceria
com a SKY na última
temporada
interferiu no
projeto
que sempreexistiu?
Não. A SKY veio efez a
parceria.
Emnenhum momento teve
qualquer
influência.Apropostaerameioameio,
repartiu
o nome,repartiu
acamiseta, mas emmomentoalgum
houve umainfluência,
nempositiva
nemnegativa.
Nemnaforma de trabalhar?
Emmomento
algum.
A SKYqueria
sejuntar
a umaequipe
que tinha umhistórico vencedor.E nãohouve influ
ência
alguma
quanto a isso. Nenhuma.
Alguma
interferênciaaomontaracomissão técnica?
Houve um caso, mas não foi influ
ência daSKYnão, tá? Eu tinha uma
comissão técnica eaíveio o
Douglas
Chiarotti. Elenãofoium
pedido
meu.A
partir
domomento queeleveiopracá,
trabalhoumuitobem,
foiextrema mente competente e leal. Ehoje
perguntam:
"Pacheco,
você contratariao
Douglas?"
Contrataria, nãotenha dúvidas disso. Sóa
ma-neira
pela qual
eleentrouno
projeto
que eu nãoconcordei.
E como foi feita a
contratação
doDouglas?
Via uma
reu-Maio
de 2012
nião quetevee
chegaram
àconclusãoque,por"ser
campeão
olímpico
epelo
trabalho que ele tinha feitono
VIVO/
Minas,seria interessantetero
Douglas
nogrupo. Ele foiumaimposição
pramim.
Naquele
momento,eunão gostei,
coloquei
meudescontentamento,
mas eunãoposso falar nada dele.Asuasaída deixaa
sensação
de dever
incompleto?
Não.
Fiquei
quasesete anosaqui
emFlorianópolis.
Fizemos umnegócio
muito
bacana,
só quechegou
um momentoque...porqueassim,àsvezesé
uma
virtude,
àsvezeséumproblema,
mas eunãotenhojogo
decintura paraalgumas
coisas. Echegou
um momentoemqueeu acrediteiqueasminhas verdadesnãoestavamsendoasverda des absolutas.Então,domeupontode
vista, o maiscorreto era sair.
Queria
ter
lembranças
maravilhosas da Ci medo Eu nãoqueria
brigar
oudiscutir.Não
queria.
Foi fácil? Foi extrema mentedifícil. Talvez amaneiracomo eutrabalhavahaviasaturado.Não sei. Maseunãoestavamesentindo confortável
naquela
situação.
Nãovaleriaapenairatéofim des sa
temporada?
Não. Eu não
conseguiria.
Você falou que
"parece
que não acreditavam mais nas suas verdades absolutas". Isso vinha da
direção
do time ou dospróprios
jogadores?
Como um todo. Teve uma reunião
que eu não
gostei...
Nãogostei
doRedonda,
maspra um time com tn vestimento menor.Foi aprimeira
vez em seteanos. Então, foipensado
quetinha que fazer um acontecimento, umfato...
alguma
coisa. Bom, o fato foi feito.Existia
algum tipo
dedisputa
deinfluência,
de gruposque fizeramas suasverdades
não serem mais
absolutas?
Não houve ne
nhum
problema
com os
jogado
res. Foisituação
de . cima, sabe?Divergências
de comando. Eu não me senti mais confortável nessasituação. Porque
como eudigo: hoje
eudavaum chutenaporta.Amanhã:"poxa,
Pacheco,
tu temquequebrar
aporta". Pô,
quebrar
aporta? É
muitodifícileu
explicar.
Porque
éassim,umfato representa 10%. Esses 10% não
fazemeu
pedir
demissão.Ai acontece outrofato,
sãooutros1O%?Não,
já
são 20%.Aqueles
10%eunãoesqueci.
Podeter
passado
um ano,pode
terpassado
dois meses,
pode
terpassado
um dia.Aqueles
10% tãoaqui,
naminha cabeça. Esses 20% não vãomefazer
pedir
demissão.Mas
daqui
apoucoacontecemais
alguma
coisa. São ainda mais 10 %. Não, para umpouquinho: já
são 30%! E 30%
já
é meulimite,
nãodámais.Então,nãoéumfato
isolado,
sabe?
oara
colocar
os
ogadores
da
SKY
tom,não
gostei
dealgumas
situações,
algumas
imposições,
algumas
sugestões
que eunão concordei.Assim,nãofoi nadacom os
jogadores
porquedepois
queeusaí, surgiu
muita coisa:"Ah! Foiporqueo Gustavotánoban
co". Mas por que o Gustavotava no
banco?
Porque
ele voltou daCopa
do Mundo doJapão
lesionado.Quando
ele estava quase�:
rec����:��
'Nunca recebi
de novo e ficou
fora. "Ah! Então
renhurna
ordem
foi
problema
com o Giba!" O
Giba nem en
trouem
quadra.
O Gibateve esse
tempo todo
lá,
�m
quadra"
foi
parceiro,
eleajudava
no quepodia.
Mas moeramelena
Copa
doJapão.
Elechegou
machucado e decidiu-se fazer uma re
cuperação
maisconservadora,
sem acirurgia.
Arecuperação
nãoteveefeitoe ele foi
obrigado
a fazer acirurgia.
Então oGiba também não tevenada
a ver.Nemosoutros
jogadores,
nada.Não era uma
obrigação
que osjogadores
da SKY estivessem emquadra?
Não,nuncafoi
passado
paramimqueos
jogadores
contratados daSKYprecisavamestarem
quadra.
Mesmoporque elesnãotinham
condições.
Agora,
não posso dizer se eles estariam em
quadra
ounão.Você comentou de uma reumao
que teve, de
algumas sugestões
que vocênãoconcordou.Eramdo pontodevistaesportivo?
Sim. "Ah! Vamos criar um fato." O
fato que era pra ser
criado,
eu nãoconcordei.Ai eudisse
"ó,
vocês que rem o fato?Eu tô fora!É
um baitafato,
entãoobrigado,
tchau." Simples.
Porque
é o que eu falei antes:tenhopouco
jogo
decintura praalgumas coisas. Nãogosto,não
admi-.
to.Nãoabromãodoqueeupenso.
Umfato paramexer comtime?
Não, não para mexer, pra dar
uma...
Porque
nósperdemos
para o Volta Redonda. Foia
primeira
vez que nósperdemos
paraumtime,nada contra o Volta
ZERO
30%noano? Ouna
temporada?
De uma
temporada,
se não, não dá.Não tem como você trabalhar assim
em um grupo, com o investimento
e a
responsabilidade
que tem.O projeto
Cimed foi feito pra vencer, não praparticipar.
Avitória,
o sucessote trazfelicidade,
te trazbonscontratos,tetraz certezas.Aderrotanãote traz
bons contratos, te traz incertezas, te traz
frustrações,
te traz um montedecoisa. Obomé
ganhar.
Então,sempreacontecem
divergências
numa situação
dessas.A
geração
doourode 2004já
está no fim de carreira. Como é quevocêvêa
seleção
brasileira?As possibilidadespraLondres?
Eu acho que a
seleção
ainda é umadasfavoritas.ARússiacresceumuito, a Polônia sempre
respeitou
muito oBrasile
hoje
éumtimemuito competitivo.Cubatavano
encalço
doBrasil,
mas tevetrêsjogadores
quetentaramfugir
dopaís
equehoje
estãoafasta dos daseleção.
E tem um adversárioquemepreocupamuito,eparece que
estánahora de
ganhar
do Brasil:essepaís
éaArgentina.
OBrasiltemganho
deles,
mas comoganhava
da Rússiaantes:3a2,19a17no
tiebreak,
umabolinha que foiatrásdo
bloqueio,
queumanimallánãofoinabolalNão ad
versáriomuitodifícil.Ano
passado
elesganharam
o MundialJuvenil,
aLiga
Mundial,
aCopa
do Mundoeatéofutebol deareiaaRússia
ganhou.
É
umadversário
perigoso.
Existiram outras propostas além do
Campinas?
Sim, recebi outras
sondagens,
até dealgumas
equipes
de fora.Equipes
daBélgica,
doJapão,
da Itália.Eu aindavou trabalhar
fora,
tenho umavontadede ir paraoutro
mercado,
ver se eu tenhocapacidade,
se tenho condições
de trabalhar. Mas acredito queaté2016oBrasiléo
lugar,
emfunção
da
Copa
de 2014edasOlimpíadas
de2016.
Depois
dosJogos
deLondres,
emtermos deesportes,só vai se falarno
Brasil. Entãonósvamosviverno rní
nimo quatro anos de
"Brasil,
Brasil,
Brasil".Então,talvez,
apesardaminhavontade,
apesardetudoque,euacho quehoje
não seriaomomentodesairdo
país.
Etrabalharna
seleção?
Como
qualquer profissional,
eu gostariade
participar
deumaOlimpíada,
deum Mundial. Gostaria muito. Mas
em
contrapartida
eu achoquehoje
apessoa certaestá lá. Os técnicos das duas
seleções
brasileiras são os carascertospara estarem lá. Eu tenho um
sonho,
tenhoumavontadegrande
departicipar
de umaOlimpíada.
Neces sariamentecomotécnico?Não, talvez numacomissão técnicatambémseriabeminteressante. AmandaMelo amandacdmelo@gmail.com EdianeMattos edimattos@gmail.com Thomé Granemann granemannrosa@gmail.com
VictorHugoBittencourt
bittencourt.victorhugo@gmail.com
•
PASSAPORTE
PARA ACARREIRAInternato
sobrecarrega
estudantes
Futuros
médicos
se
habituam
com
carga horária cheia
antes
da formatura
mercado éassim". O co
ordenador do curso de
Medicina da UFSC Carlos Eduardo Pinheiro fala
com naturalidade sobre
a rotina dos internos na universi
dade.
Nela,
estão incluídosperíodos
integrais
detrabalho, começando
por volta das 8heterminandoentre 17he
18h,
muitasvezescomplementados
por
plantões
das 20h às 8h.Logo
depois
doplantão,
atividades normais;o descanso é na parte da tarde. "A cargahorárianãoé muito
pesada,
namedicinaissoétradicional.Agenteé
diferente de todo mundo
[da
universidade
l", complementa
Pinheiro.Internato éum
estágio
curricularobrigatório
paragraduação
médica. Durante o
período,
que deve terduração
mínimade 2700 horas- aomenos 35% da carga horária total
da
graduação
-, estudantes fazemum treinamento
supervisionado
porprofissionais
em áreas como Clínicamédica, Cirurgia
ePediatria.Nastrêsmaiores universidades catarinenses
que oferecemocurso,
UFSC,
UnivalieUnisul,
aduração
é de doisanos.Quando chegam
nessa etapa, osalunos passaram por quatro anos
decurso
majoritariamente
teórico ecomeçamasededicaraostrabalhos
práticos
emhospitais,
maternidadesepostosdesaúde. Aindahá discussões
decasosclínicose
aulas,
mas asDire trizes Curriculares Nacionaisdo Mi nistério daEducação (MEC)
exigem
que
pelo
menos 80% do temposeja
investidonosatendimentos.Atualmente,
a carga horária semanal do internato deve ser de 40
horas.Essaéuma
exigência
daLeideEstágio
(Lei
11.788,de25 desetembro de
2008),
masque,segundo
Pinheiro,
nãofoi feitaparaamedicina."Essaleinoscriouum
problema.
Antigamente,
eram 60horassemanais.Durante muitos anos foi
padrão.
Agora
temosque diminuir horassemdiminuira
qualidade
daformação,
oquenãoéfácil.Precisamosde44 ho
rassemanais,
pelo
menos",
justifica.
Para ocoordenador da Medicina
da
Unisul,
JoãoGhizzoFilho,
alimitação
da cargahorárianão compromete a
formação
dos estudantes.Osalunos da universidade têm aulasem
período integral
e cumpremplantão
semanal das 18h às 24h- sem
perí
odos de 12h como na UFSC -, mais
umavisitaemfins desemanasalter nados. "Formamosa
primeira
turmano campus'Pedra
Branca,
com 24alunos. 80% fizeram provasde resi dência e foram
aprovados,
emboranemtodos chamados para trabalhar.
Esseéotermômetroque temos".
Ainda que estruturalmente
adap
tadosà
lei,
naprática,
os estudantesafirmam que muitos
estágios
ultrapassam40 horassemanais."A
pedia
triadanonafasetem52 horas
sema-Ido
(P,Ve
er
40 h
ras
emanare,
rna
rofessor
diz que
é insuficiente
nais,
tranquilamente.
Entramos noambulatório às7h30edas 11hàs 12h
temaula. Para
almoçar,
temosque irem
duplas,
para não deixaroserviço
descoberto.Atardeé inteirana emer
gência
e uma vezporsemanatemosplantão
de doze horasnoHU,das 20hàs 8h.Nessecasoda
pediatria
nãohápós-plantão,
queéatarde livre paradescansar. Não há nenhum
período
livre",
relataumalunodaUFSC,quepediu
para nãoseridentificado.Paraos
estudantes,
se as40h semanaisfossem bem
aproveitadas,
seriamsuficientesparao
aprendizado
pleno.
Partedajornada
noshospitais
é
cumprida preenchendo
papeis.
Emhorários em que há mais de uma
turma de internos, os mais velhos
assumem a maioria das
funções
e os outrosficam livres. "Estasemanafiquei
atarde inteiranamaternidade e fiz duas consultas. Foram quatrohorasem que,
efetivamente, aprendi
duranteuma",contaoutroaluno.
Por não se tratar tecnicamente
de
trabalho,
e sim de atividade acadêmica,
alegislação
trabalhistanãoregula
o internato. Oadvogado
do Sindicado dos Médicos de Santa Catarina,
Ângelo
Kniss,explica
que sehá
algum
problema,
a universidadeé
responsável.
"Alguns
estudantesentram emcontato conosco
questio
nando as
jornadas
diáriasacimado razoáveloudo programapedagógico
do curso,além da
questão
do traba lho informal entre osestudantes,
já
que
praticam
o ato médico no quediz
respeito
aalguns
pontos[os
internos
consultam,
examinamelevamodiagnóstico
aosresponsáveis
1
". Mesmoreconhecendoosexcessos, osestudantes daUFSCacreditamquearotinacheiaénaturalizadaporeles
e
pelos
professores.
"É
como sehou vesse umavia crucis parasetornarmédico. Você
já
estudou muito paraentrarnafaculdadeeé muito
exigi
do do
primeiro
ao último semestre.Você não se alimenta nem dorme
bem,
mas osprofessores,
emgeral,
insistem que são nessas
condições
quevocêvaiviver",relataumaluno da nona fase. "A
lógica
parece ser: vamosprecarizar
o ensinojá
que oserviço
estáprecarizado", completa.
Falta de
acompanhamento
é
problema
Deacordocom
pesquisa
realizadaentreosalu nospelo
CentroAcadêmicoLivrede Medicina(CA
LIMED)
daUFSC, aprincipal
defasagem
dointernatoestána
preceptoria,
oacompanhamento
querecebem de
profissionais.
Alunos relatamsituações
graves em que estavam sozinhos na
emergência
cirúrgica
doHospital
Universitário(HU):
"Aconteceudeeuestarsem
staff (médico experiente)
nemresidentee
chegar
umpaciente
politraumatizado.
Erameu
primeiro
estágio cirúrgico,
nãopodia
fazernadaalémde chamar
alguém qualificado
paralidarcom o caso.
Fiquei
muito nervoso,masfelizmentenãofoiumcasodevidaoumorte".
Segundo
os
alunos,
afalta deacompanhamento, principal
mentenos
estágios
cirúrgicos,
érecorrenteebem conhecida dentro docurso,sóque porenvolver figuras
importantes
nahierarquia
dohospital
éumhospital-escola
daforma que achamos quedeve riam. Nem sempreosprofessores
estão lá. Então,contamoscom os médicosem
serviço,
quepodem
nãotervínculocom a
universidade,
mastêmobrigação
denosajudar
justamente
pelo
statusdeescolaque o estabelecimento
possui.
Mas eles nãorecebemnadaamaisporisso,nãotêm
motivação
alguma"
relataapresidente
doCentroAcadêmico de MedicinaProfessor Edison Villela(CAPEVI)
daUnivali, Lygia
Cruz. O CentroAcadêmico da Unisulnãofoi encontrado paracomentara
situação
e osalunoscontatadosnão
quiseram
semanifestar.problema
que permanecesemsolução.
Hátambém relatos de casosdefavorecimento
ou
retaliação
nasavaliações
dosalunos,
quemuitasvezesé feitaporresidentes oumédicos recém
formadosqueforam
colegas
decursodosinternose por isso não utilizam somente critérios
profis
sionais nas
atribuições.
Na Maternidade Carmela Dutra, porexemplo,
são os residentes que fazem asavaliações.
"Naenfermaria,
temumaprescrição
padrão
que damos àspacientes
que estãobemapós
daraluz.É
sóimprimir
e levarparao residentecarimbar.
Alguns
sãonossosconhecidoseassinamtudosemchecar.
É
umaflexibilidadeque nãodeveria acontecer"conta outroestudante.
NaUnivali adificuldademaioré
pelos
alunosnãocontaremcom um
hospital
universitáriopara trabalharem. "Os internos não são recebidos noZERO
Carolina Franco carol.limafranco@gmail.com MarinaEmpinotti marinaempinotti@gmail.comMaio de
2012
---�--�---��--��---��--���---Duplicação
da
Edu
Vieira
é
saída
provisória
ESPAÇO
OCUPADO E TRANSFORMADOPrefeitura,
universidade
e
moradores não
se
entendem
na
polêmica
sobre
o
trânsito
na
UFSC
oúltimo 13de março,osmembros do Conselho Universitário
(CUn)
daUFSC votaram contra a cessãode18milmetros
quadrados
deárea da universidade paraaduplicação
darua
Deputado
Antônio EduVieira, noPantanal,
propostapela
PrefeituraMunicipal
deFlorianópolis
(PMF).
Oprojeto,
analisadoporumacomissão
especializada
desde setembro de2010,
foi consideradoincompleto
emváriosaspectos.
Alémdisso,
ovetoéumaformadeapoio
aos moradores da
região,
que seriam os maisprejudicados
com a obra.Adiscussão, porém,
teveinício hámais de dezanos com o
projeto
delei n°
088/2001,
duranteomandato daprefeita
Angela
Amin(PP).
Aprimeira proposta,
elabo radapela
empresa Prosulem2003,foi reduzida devidoaoscustoselevados.Areforma agora
deveserfeitaemapenasum
trecho,
masaindadepende
deconsensoentreaspartes,o queestálonge
deexistir.De um
lado,
aprefeitura alega
queé umaforma dereduzir otrânsito da cidadeem um
deseuspontosmaiscríticos. Aobra é também
necessária para a
implementação
do sistemaPropost,
está sendo
id:
Ol-
'de
o
houv
,ClilS
nso
t:n re
.nvolvidas
de transporte coleti
vo BRT
(Bus
Rapid
Transit, trânsito rá
pido
deônibus),
similar ao
já
existenteemCuritiba.
A UFSC contesta. Deacordocom opro
fessor
João
Fagundes,
presidente
da comissão, "a
duplicação
vai minimizar,enão
resolver o
problema
do
tráfego.
Sua validade se esvairá em
cinco anos."
Quanto
ao BRT, não há ne
nhuma
menção
noprojeto
apresentado.
Para os membros .
do
conselho,
hámais Pordia,
22mil carrospassampela principal
ruadoPantanal,
o quecomplica
otráfego
naregião
lacunas em outras
questões,
como emumestudo ambientale em um estudo de fluxos.Osmoradores,
representados
pelo
Conselho Comunitário do Pantanal(CCPAN),
apresentamcríticasparecidas
e acrescentamque as
alterações
propostas emalguns
pontosdo
projeto
não estãosendo levadasemconta."A
impressão
que passaé que tudoissoestá sendofeitoàs
pressas."
Já
segundo
ovice-prefeito
e secretário detransportes,
João
Batista Nunes,pré-candidato
a
prefeito pelo
PSDB,
a PMF sempre esteveabertaàdiscussão.ComaUFSC,por
exemplo,
"já
tentamos fazer umaapresentação
para osmembrosda comissãoedoCUn,semsucesso".
Ironizandooqueédito
pela
maioriadosrepre-Uma das maiores
mudanças
viria com a implementação
dotráfego
binário entrea Edu Vieirae a ruaCapitão
RomualdodeBarros,na Carvoeira. Pordia, passam em média 22 mil carros na
primeira
e 18 mil nasegunda.
Na
intenção
de transformaressefluxo para20mil em cada, elasseriam transformadas
em vias desentidoúnico para otrechoCen
tro_ UFSC
e UFSC- Centro.
Essa parteda
obra não está
prevista
noprojeto
de 2010,queé apenas uma partedo quefoi proposto
em 2001.A
prefeitura
fezaredução
porquenãotem recursossuficientes. "Esse
pedaço
exige desapropriação
porpartedos rnoracores.Só isso, custa mais de R$20 milhões",
observa o
vice-prefeito
João Batista Nunes. Oúnicoconsensoentreas partes équeosmoradores serãoos maisafetados. "Não há dúvidas.A
prefeitura
fará um novo postodesaúde de
'presente'
para acomunidade",ironiza. O postodeve ocupardois mil metros
quadrados
do terrenocedidopela
UFSC.A
presidente
doCCPAN, AlbertinaSouza,chama
atenção
para oprojeto
daduplica
ção.
"Obrasplanejadas
têm resultadosalongo
prazo.É
importantepensarna cidadeMaio de 2012
sentantesda universidadeedos
moradores,
quea
instituição
incentiva odebate, João
Batistatentaprovar."Vamostentar
ligar
agoraparaoreitor
(Alvaro)
ToubesPrata".Ele discaonúme ro,mas aligação
cainacaixapostal.
Albertina da Silva de Souza,
presidente
doCCPAN,
sabecomoéasensação
denãoseratendida. "A universidade tambémnãoestabeleceu
um
diálogo
coma comunidadeemvários momentos,como aofazero
primeiro
relatório."Ovice-prefeito
afirma que "a comunidadepartici
pouem
2001,
quando
foifeitooprojeto
delei",
masdesdeentãoacomunicação
vemdiminuindo.O
professor Fagundes
tema mesmaopinião.
"Esse
projeto
foiapresentado
à UFSCem2010,apara nomínimo 50 anos." Amesma
posição
é defendida
pela
universidade. "Tem quesepensar em escalade
mobilidade,
não noimediatismo de uma obracomoessa", de
fendea
professora
SôniaAfonso, chefedodepartamento
deArquitetura
e Urbanismo. Somadoaosproblemas
encontradosnoprojeto pela
comissão, afaltade confian-ça na obrafezoCUn adiaradecisão até outubro. A universidade e a CCPAN esperam quea PMFfaça
osajustes
pedidos.Sebastiany,
responsável
da Prosul, nãovêfalhastécnicas. Nunessentencia, "seelesacham queo
projeto
éruim, eles queapresentemum melhoraté lá".
A
duplicação,
com custoavaliadoem cercade R$ 6 milhões,
depende
da concessãodaUFSCpara acontecer. Caso asterras
sejam
cedidasaobra, e otranstorno queela acarreta, estão
planejados
para durardoze meses,fora otemponecessário àlicitação.
A
urgência
para o início das obrasainda em2012 nãocombina nadacom a
paciência
de mais de umadécadade
planejamento.
Maisumasolução provisória
a caminho.ZERO
leiédenove anosantesesóaos45do
segundo
tempoaspessoas
quiseram
opinar".
As
opiniões
sãodivergentes
até no mesmolado. A maioria dos moradores é contrária
porque a
duplicação
traria maiscarrosparaoPantanalearredores. "Não éuma
solução
para oproblema
de mobilidade deFlorianópolis",
acredita Souza,da CCPAN. O
engenheiro
civil RobsonSebastiany,
responsável
pelo
projeto
elaboradopela Prosul,
admite queaobranão édefinitiva."É
umamedida decurtoprazo quedeveseraliadaaoutras maiseficazes- emais difíceis de serem realizadas." De acordo com
Sebastiany,
o trânsito tendeadiminuircom aduplicação.
Comunidade
pede
participação
Florianópolis
cresceu de maneira desenfreada ao
longo
dos anos.De acordo com a
professora
SôniaAfonso,
acapital
sedesenvolveusem a contratação de um instituto deplanejamento
forte. "Apolítica
passoupor cimadas
questões técnicas,
fazendocomque acidadenãofun
cionecomo umsistema."A
professo
radestacaanecessidade desepensar a
questão
damobilidadeemescalamunicipal.
Apesar
da promessaoficial,
oprojeto
deduplicação
daruaDeputado
Antônio Edu Vieira não é o único
capaz de atenuarotransitocaótico.
Umapropostaalternativa estásendo
desenvolvida
pelo
Grupo
de Estudos de Mobilidade Urbana(Gemurb)
há trêsanos.Umdos membrosepresi
dente do Conselho Comuntário
Jar
dim Cidade Universitária
(Conjar
dim),
Hélio CarvalhoFilho,
garante queoobjetivo
éprojetar
opções
paraa
inserção
deFlorianópolis
nalógi
cametropolitana.
A últimaplanta
feitapelo
Gemurbseriaapresentada
fórum do
plano
diretorparticipativo
da
cidade,
nofinal de abril.O
projeto
prevê
aimplantação
deumtúnel que fariaa
ligação
dailha ao continente,
passando
sobomaciço
doMorrodaCruz. Oscarrosteriam uma forma
rápida
de atravessar a
ilha,
sem causartranstornosaos
pedestres
emoradores locais.Já
aEduVieira seriaqualificada
paraotransportedemassa,dando exclusi vidade da
pista
central aosônibusedafaixa lateral aosautomóveis. As
sim,a
priorização
beneficiariaa mobilidade,
já
que nãoexcluiapossível
utilização
do túnelparaoscoletivos;
nemdaruaporcarros.Morador do
Pantanal,
Carvalho ressaltaopedido
departicipação
dacomunidadenos
projetos
da cidade."A
prefeitura
não nos reuniu paradesenvolverumaproposta,veiocom opratofeito.Nãoqueremosserape nas
espectadores,
esimmontarequi
pes paratrabalharem
conjunto."
AnaCarolinaPaci
ac_paci@hotmail.com
Mariana Pitasse
mariana.pitasse@gmail.com
•