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Revista A Escola, 1906, Ano I, n. 5, jun., PR.

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Sfcvisía do ©Feniio dos 'Professores 'Pu&Iieos

Estado do Paraná

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EDACTOR-CHEFE .'

ebasfião Paraná

ANNOI

Curitiba, Junho de 1906

NUM. 5

Publicação Mensal *

Assignaturas:

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Semestre.

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6$000

4 $000

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Escriptorio e Redacção |§§Kua €af>ra} |iÜÜÍl

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Instrucção Publica do «Paraná

Secretario do Interior: Dr. Bento Lamenha Lins. Director Geral: Dr. Arthur Pedreira de Cerqueira.

Inspector da Capital: Dr. Sebastião Paraná. Secretario : José Conrado de Souza.

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Directoria «lo Grêmio

*

Presidente : Júlio Theodorico Guimarães. i.° Secretario: Veríssimo de Souza.

2.° Secretario : Lourenço de Souza. Thesoureiro : Brazilio Costa.

O thesoureiro do Grêmio acha-se á disposição dos srs. sócios para o recebimento de suas mensalidades, nesta Capital, á rua

Misericor-dia n.° 5.

f

Os membros da Directoria offerecem seus serviços aos srs. so-cios para o fim de receberem seus vencimentos.

Os srs. sócios que quizerem utilizar-se desses serviços queiram enviar-nos procurações devidamente legalizadas, bem como instru-cções referentes á remessa do dinheiro.

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Escolas publicas do districto da Capital, professores que as regem e logares onde iuiiccionam

;

:

Cadeiraspara o sexo masculino:

1.» Brazilio Ovidio da Costa—Gymnasio.

2.* Veríssimo de Souza—Praça Tiradentes.. • '' A

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3.» Lourenço de Souza—Rua America.

4.* Júlio Theodorico Guimarães—Escola Oliveira Bello.

5.a Lindolpho P. da Rocha Pombo—Grupo Xavier da Silva.

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Cadeiras para o sexo feminino:

i* Tulia Wanderley Petrich—Escola Tiradentes. ê

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2.a Maria da Luz Ascensão—Rua Marechal Deodoro. A 3.* JEsther Perèirâ^Rua Visconde de^Guarapüava. .

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(3)

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ANNO I —<»— Coritiba, Junho de 1906 —o— NUM. 5

A ESCOLA

Rovista do Gnmio dos Profossoros Públicos do Estads do Paraná

O TRABALHO

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iP^S^S^wf9.

Quem nào trabalha não deve comer, dizia S. Paulo.

E' no trabalho,—a lucta mais gloriosa, mais edificante da vida, que a creatura humana dilue grande parte de suas imperfeições, tor-nando-se digna, tortor-nando-se útil a si, á pátria e á Humanidade.

O seguinte excerpto de Pedro Souza Pinto,'interpretará brilhan-temente o sentimento que ora nos domina, rendendo religioso preito ao que no mundo ha de mais venera vel e sublime,—o trabalho :

< O trabalho é para a Humanidade o symbolo augusto da con-quista e do dever».

Trabalhar é banhar o corpo na urtcçao santíssima da força, que corrobora o Espirito e dá alento e consolação á Alma ; é ter erguido no coração o altar onde seja entoado o cântico supremo do amor e da victoria.

Hosannas excelsas !

Hymnos alviçareiros sejam entoados em glorificações aos athle-tas do trabalho, que têm o dorso abrazado pela luz alourecida do sol e as mãos doridas de pegar o arado que rasga as entranhas das terras produetoras !

Bemaventurados sejam para todo o sempre os apóstolos das grandes descobertas e os paladinos das grandes emprezas !

Infelizes ! para todo o sempre sejam infelizes os ociosos, — ho-mens rudes que nãocommungam na mesa da via-dolorosa da exis-tencia, o pão eucharistico do trabalho ! »

Se o argentario, apontando para os seus cofres dourados, ex-clama — eu sou a força porque represento o capital ; o operário

ar-rogante, cheio de músculo e de vida, diz altaneiro — também sou a força que colhe o linho e põe em movimento as tuas machinas.

E com effeito, sem o trabalho o capital nada adeanta, bem como ambos são frágeis sem a terra,—o elemento mais importante da pro-ducção da riqueza.

Bemditoo verbo que proclamou o trabalho.

A cabeça que não pensa, o braço que não se applica atraiçoam ao Deus que os investiu de um mandatoeá Humanidade que lhes

de-terminou um posto de honra no prelio edificante da vida. Hosannas ao trabalho !

(4)

88 A ESCOLA

.'^^^A^»,jt%^m0^m^m^¦> ¦>¦.< «m^iiaaw «<%i,ii^^^%^m%i»vn*si<m^»<^^''^'*'^

V—>*>o\x»tA^ji4«ú%AZ3t>co<#Ju ai

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Ha muito que um véo de profunda magua enniiveavao seo sem-blante, outr'ora expansivo, franco e jovial: éque os lábios não podem rir quando o coração vibra tangido pela dôr !...

Um dia, era em Setembro, as mangueiras, ao soprar da brisa, derramavam suas flores fenecidas. Calabar saíra de sua cabana, erguida no ápice de um cerro. Lentos passos, meditando, Ia se ia taciturno, machado ao hombro, cigarro á bocea e facão á cinta. Elá se ia ao longe descendo as ladeiras, vadeando os erroios em demanda de gravetos para atear o lume na cabana que deixara na coluna.

Ao passar perto de um valle, ou vio gemidos e lamentos. Parou ! oceultou-se éntie as macegas e dalli, agachado e attento, logrou ver o que se passava de extraordinário lá em baixo. Era uma scena hor-rivel: era um bando de aventureiros ávidos, nascidos no extremo Occidental da península Ibérica, que conduzia um magote de uns sessenta Índios, entre mulheres e creanças.

Os infelizes oatochtones iam constrangidos, tocados a chicotes, os mais fortes amarrados como se fossem pavorosos delinqüentes !

O destino que os esperava Calabar bem o previa : seriam ven-didos como cousas vulgares, peça por peça, aos grandes das nobres cortes portuguesa e hespanhola.

Um turbilhão de idéas passou como um relâmpago pelo seu ce-rebro agitado em face de tamanha crueldade ! Estremeceo convulsivo; teve ímpetos sem duvida de atirar-se colérico contra a matilha caça-dora de seos desditosos conterrâneos. Mas refkctiu e recuou, lem-brando-se de que não havia fogo na cabana e que a querida esposa e a prole morreriam de fome e de frio.

Digno e patriota, Calabar insurgiu-se contra a sórdida traficam cia dos filhos da metrópole. Seo coração de brazileiro altivo sangrou em presença do quadro triste que avistara em plena matta de sua terra querida, transformada em calvário de seos próprios filhos !

*

Decorrido algum tempo, Portugal passa corn todos os seos do-minios para o jugo hespanhol.

Trava-se a lueta entre as duas figadaes contendoras: Hollanda e Hespanha.

Os valentes filhos da Batavia heróica atacam o Brazil.

Eis o momento opportuno : chegou finalmente a occasião alme-jada por Calabar que jurara vingança contra os algozes de seos er-mãos. E assim pensando, despede-se da esposa amada, imprime um osculo na bocea de cada filho e parte para o sitio onde troava a arti-lheria hollandeza.

Coadjuvados pelo valor guerreiro, pela coragem indomita de Calabar, os hollandezes dão surtos formidáveis e ganham terreno, e vencem e vão de victoria em victoria.

(5)

A JfcLoCOLA 89 A ousadia do guerreiro expunha-o em perigo em todas as invés-tidas contra as armas da peninsula. Num dia de temeroso ataque o brilho de sua estrella apagou-se. Em Abril de 1635 Domingos Fer-nandes Calabar cáeás mãos de Mathias d'Albucjuerque, que o man-dou enforcar cruelmente.

*

Para os portugueses, Calabar foi um infame, um traidor ; para nós brazileiros, porem,elle foi um digno, mais do isso,-- foi um vi-dente do futuro da Pátria.

Anhelavaa grandeza do Brazil sem a perseguição do indioe sem ocaptiveiro do africano.

Atilado, perspicaz como era, prévio que sob o domidio hollan-dez a sua terra seria mais feliz. Esse povo que lucta com as vagas e vence o oceano, venceria tambem a.s distancias em nossa Pátria, fazendo a locomotiva silvar no interior dos sertões, onde ainda hoje estão despresados os mais faustosos thesouros, devido á incúria de quem herdamos a falta de emprehendimento,de audácia e mesmo de civismo.

Elvira F. Paraná'.

SYNTAXILOGIA

....

(Continuado do n.° 1 — 1* série—No n.° 4 saiu, por engano, den.°8 a 16)

8—Escolhe-se, geralmente, um trecho curto de sentido relati-vãmente completo e independente, assignalado por um ponto final ou outra notação syntáctica (A) subjectiva, apropriado ao sentido proposional, sentenciai ou phraseológico.

9—E' ou deve ser a analyse, integralmente considerada, um

(A ) — Logo explicaremos porque dizemos e escrevemos syntaxilogia e não syn-taxiologia, tirando ao vocábulo c o euphônico.

0 eximio grammatico e philólogo Dr. Maciel, em sua excellente Gram. Descrip-tiva, chama a esse e outros signaes de pontuação—notação syntáctica subjectiva e obje-ctiva : taes são—a vírgula, o ponto e vírgula, os dois pontos, o ponto final, o de in-terrogação e de admiração, a reticência, o travessão — , o parenthesis etc.

No resumo dessa grammatica ou Lições Elementares de Língua Portuguesa, que merece ser lido, estudado e adoptado, (2* edição—1906—) á pag. 16, o abalizado grammatico e mestre collocou sob o titulo Notações Graphicas;

1.°—As notações léxicas ; 2.o as syritáticas- objectivas : — , — ; - j — . — () • as subjectivas : — ?—! — ... — as distinctivas « » — " „ ,

O erudito grammatico e philólogo Dr. João Ribeiro, em seu utilissimo Dicc.° Grammatical (ultima edição—1906), exprime-se assim :

« Notações Syntácticas. — Expressão ao meu vêr insufficiente, para designar os signaes ou notações orthographicas da pontuação.

Esses signaes alguma relação têm com a syntaxe; servem principalmente á es-cripta, á figuração material dos pensamentos, expressos de modo adequado á leitura.» De facto, a pontuação pertence antes á interpretação do pensamento e, por isso, parece que seria preferível dizer-se—notação semântica.

(6)

90 A ESCOLA

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processo racional e, consequentemente, methodico, qual meio pra-tico indispensável a quem lê, ouve, escreve nu estuda, afim de lhe facilitar o poder fazêl-o com inteligência, methodo, esthetica e pro-veito.

TKzemos—«integralmente considerada*, porque nao a limita-mos só á lexilogia (ou lexiologia) ou á syntaxe, mas estendemol-a até a semântica etc. (B)

io—Nào se trata, pois, somente do decompor a torto e a direito, sinão racional e n.ethodicamente;sm..../..• servandis, quanto a dif-ferenciação essencial, pôde comparar-se esse processso com o da anatomia, do mesmo modo porque, comparativamente coma phy-siologia, classificamos a proposição como um organismo, e orgams os elementos constitutivos de seus termos essenciaes, já próximos ou em funcção, já remotos ou em si mesmos, isoladamente.

ii—Tornemos á applicaçào pratica, relativa ao nosso caso ou objectivo.

O trecho que se vai ou quer analysar (C) é ou pôde conside-rar-se um todo syntactico, que pôde ser examinado sob diversos aspectos e pontos de vista.

Esse todo pôde constar de uma só proposição, ou de mais de uma, isto é, de sentenças constituindo uma phrase, etc.

(B ) — Ralevem os leitores da A Escola mais algumas notas, aliás necessárias a comprovar este trabalho.

« Grammatical (analyse) — Eis o que escreve o douto grammatico e philólogo Dr. João Ribeiro.

- « Nome applicado á analyse individuada de todas as partes do discurso que oc-correm em qualduer trecho literário. A analyse grammatical refere-se apenas á taxi-nomia, morphologia e phonologia, com exclusão da syntaxe. A analyse syntâctica ou das proposições, complementos, tinha o nome de analyse lógica. Actualmente no Brasil, está preferidamente adoptado o systema de analyse relacionai de Moson. A analyse grammatical consiste na descripção e classificação léxica ; é exercicio útil, e que não deve ser desprezado no estudo elementar da lingua etc.» (Dicc.o Grammatical, 1906).

Vejamos como se exprime a illustre commissão de lentes do Gymnasio Nacional, em seu Programma de ensino, formulado de aceordo com o Regulamento approvado pelo decreto n. 3251 de 8 de Abril de 1899, para os annos de 1899, 1900 e 1901.

A commissão de línguas 6 composta dos snrs. lentes Fortunado D., relator, Dr. Guilherme Affonso, Fausto 3arreto, M. Said Ali, A. Alexandre, Dr. Magalhães Castro.

—Na de sciencias figuram os doutores João Ribeiro, Sylvio Romero, etc.

«Portuguez— 1.° anno. «... Grammatica Expositiva : explicação, pelo processo intuitivo, das regras essenciaes : analyse léxica e syntáctica.»

« 2.° anno. «... analyte léxica e syntáctica.» « 3.° anno. «... analyse léxica e syntâcttca, »

No 4.° anno somente é que trata da analyse etymologica especialmente, após a analyse syntáctica.

$.° anno. — Nota — « Os alumnos farão exercícios de composição e analyse lite-raria, etc.«

Quem, pois, terá razão ?

(C ) — Não se confunda esse se apassivante synthetico e como aqui mesmo, tor-nando indeterminada o expressão verbal passiva, equivalente semanticamenfe da ex-pressão verbal passiva analytica—aa* sét analymdo ou analysar é querido, com o se sujeito, como em se trata de, onde não ha oiqra palavra ou expressão em funcção

(7)

A ESCOLA gt 12— Expliquemos summariamente a tüeoria da classificação syntactica da proposição, para melhor se comprehender nosso modo de pensar.

A esse todo syntáctico, conforme a sua constituição, fôrma ou estructura, posição e f uneção, chama-se phrase, sentença, cláusula ou, geralmente, proposição.

Proposição é o gênero syntáctico, de que são espécies a clau-sula, a sentença e a phrase.

Proposição é a expressão verbal de um juizo em seus dois uni-cos termos essenciaes. Sào esses termos :

i.°—o sujeito, e 2.0—o predicado.

Pôde, pois, a proposição ser sentença on cláusula. E' senten-ça, quando de sentido syntacticamente completo e independente; o que se reconhece por meio de característicos positivos e especiaes. E' cláusula, quando de sentido dependente e syntacticamente incompleto. Também se reconhece por seus característicos

espe-ciaes.

A phrase compõe-se de duas ou mais sentenças coordenadas; e composta de sua mesma natureza.

Para evitar equívocos, não dizemos proposição complexa, mas sentença complexa ; nem proposição composta, senão phrase.

Expliquemo-nos.

13—A complexidade ou composição é material ou aparente, real ou formal, implicita ou explicita, conforme um dos termos es-senciaes da proposição (ou ambos) é complexo ou composto appa-rente ou formalmente.

Ora, o termo, por mais ampliado que seja, mediante appostos eadjunetos, exprimindo mesmo implicitamente um juizo mental, não é complexo quando não vem expresso o verbo fundamental da as-serção.

Não se confunda o caso com o das proposições contractas. A complexidade é matariai, e nào formal, naquelle caso. (D)

O termo é materialmente composto e formalmente simples quando os seus elementos constitutivos apparentam uma composi-ção que não existe na mente de quem fala ou escreve, porque o sen-tido proporcional ou phraseologico ( quando são sujeito 2 ou mais

( D) — Eis o que já ensina o erudito Dr: João Ribeiro :

« Accessorios. - « As palavras que servem de accessorios facilmente se resolvem em orações incidentes.

« Nos ex.os seg. facilmente se verifica esta regra : Lisboa, cidade de mármore e de granito, rainha do Oceano, tu és a mais formosa entre as cidades do mundo etc.

« Quando os accessorios não vêm expressos por orações incidentes, podem ser considerados como mcxdentes implícitas, por isso que se podem resolver em orações do relativo qae ; zx°—os ultimas lagrimas do orvalho, pérolas congeladas (incidente implicita) ou—que são pérolas congeladas (incidente explicita, tremiam scintillando nas pontinhas das flores.* (Escol. 17).

(8)

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proposições ou sentenças figurando um só sujeito) é in diviso. Con-seguintemente, a proposição é irreduetivel.

Pelo contrario, é materialmente simples e formalmente

com-posta, quando os seus elementos, segundo o sentido propocional

(ou phraseologico ), se devem tomar em sentido diviso. A conse-quencia é que, sendo composta real e implicitamente a proposição, delia resultam tantas outras quantos forem os elementos formaes, isto ó, os orgams que incorporados e vivificados pelo verbo

consti-tuam novas asserções.

Relevem-nos os leitores essas explicações necessárias, como preliminares indispensáveis á nossa argumentação.

Parece que não vivemos mais nos bons tempos do magister dixit, sinão que cumpre raciocinar c fazer que raciocinem os que estudam.

14—Por isso é que classificamos assim os termos da proposição, sujeito ou predicado :

a) simples, não ampliado, incomplcxo ; b) simples ampliado, incomplexo ;

c ) simples ampliado, complexo ;

d) composto on múltiplo, não ampliado ; e) composto, ampliado, incomplexo ;

f) composto, ampliado, complexo ;

g) Apparentementesimples e formalmente composto; h) Apparentemente composto e formalmente simples;

Essas distincções, além de realmente lógicas, tornam-se neces-sarias para o estudo de sciencias, literatura, etc,; na linguagem do Direito são de toda importância.

Conego Braga.

(Continua)

Aprendei a eurvar~vos

Quando Benjamin Franklin era menino, fui visitar um certo doutor, seu amigo.

Ao retirar-se, o doutor conduziu-o pela porta do fundo da casa. Caminhavam ao longo de um corredor escuro, quando lhe dis-se o doutor : «Abaixa-te, meu amigo».

i Ignorando qual a razão do conselho, Benjamin Franklin deu

mais nm passo e bateu, em cheio, com a testa contra uma trave, que cruzava o corredor.

«Meu menino», disse-lhe, então, o doutor, «és ainda muito novo e tens o mundo diante de ti.

1 Aprende a curvar-te para o atravessares incólume, sem o que

terás de dar muita cabeçada».

Benjamin Franklin nunca esqueceu esse conselho. Va

Aprender, porém, a curvar-se com graça e opportunidade, não, é muito fácil.

(9)

A ESCOLA 93 Si, diante de nós, surgir um homem, espumando de raiva, ainda que estejamos convencidos de que nenhuma razão lhe assiste, con-sideremos como uma tolice fazer-lhe frente, bater-lhe o pé e fallar-lhe mais alto do que elle.

Si o fizéssemos, seriamos dois malucos, um em frente do outro. Cumpre, então, que nos curvemos, como si um furacão passasse. Não é vergonha curvar-nos diante de um vento impetuoso. E' tão inútil responder aos mugidos de um touro bravo como aos bramidos de um homem colérico.

Em taes occasiões, devemos curvar-nos, e, de permeio ás in-termittencias da tempestade, esgueirar, em tom brando, palavras delicadas, que desviem a cólera.

Quando formos censurados por um erro, que commettermos ; por um mal, que fizermos; por urna negligencia de que nos accu-sem—curvemo-nos. Não é de bom conselho justificar um erro pai-pavel ou attenual-o. Isso o que logra é aggravar a culpa. O que de-vemos é curvar-nos.

Si, respeitosomente, dissermos: «Sei que não tive razão: per-dôe-me», não só procederemos ajuizadamente, como tiraremos áque-lie a quem offendemos grande parte do seu justo resentimento. Cur-vámo-nos, é verdade, mas curvámo-nos ante a magestade da justiça. Ha occasiões, todavia, em que curvar-se é baixeza e crime.

Quando urgidos pelo interesse ou pelos maus companheiros a proceder mal, a desviarmos do caminho do bem, devemos res-ponder ao convite com um—Não—franco, insistente e constante. Nesse caso, não nos devemos curvar : fiquemos firmes e deixemo-nos matar de preferencia a consentir que se macule a deixemo-nossa integri-dade.

'S*<*»«*«.«**.»N.»S.«%^^^>^>«*. «».*"*

^

Rcnjamin Constant Botelho dc Magalhães

^ patriarcha da Republica é um dos maiores beneméritos da ins-trucção no Brazil.

0 magistério foi a sua vocação, a carreira que elle preferio e em que mostrou a pujança do seu talento e a grandeza do seu coração.

Para falar de perto á imaginação dos jovens eetudiosos, não ha em todo o nosso passado um nome tão suggestivo.

0 mestre, que elle soube tão vantajosamente ser, era ao mesmo tempo o cidadão exemplar, o homem de princípios, o patriota sem jaca, o soldado brioso.

Das virtudes privadas era também um espelho, tão bom filho como tão bom esposo, como era pae, irmão e amigo.

(10)

Oá A FSPOI A

No grande espirito do sábio a alma do justo len-brava

Socra-tos, demonstrando eloqüentemente que a verdadeira sciencia é a mais

solida baso do caracter.

Vejamos, em traços rápidos, o quo a historia nos conta desse

brazileiro illustre entro os illustros.

Nasceu no porto do Meyor, freguezia de S. Lourenço, do

munici-pio do Nicthoroy, a 15 de Outubro de 1836.

Seu pae era o portuguez Leopoldo I .enrique Botelho de Magalhães,

militar que, achando-so no Brazil, na epochada indcpendeneia,abraçara

a nova pátria. Casara-se com a brazileira D. Bernardina Joaquina da

Silva Guimarães, mãe do fundador da Republica.

ü Io tenente Leopoldo Henrique, nfto contando, no posto que

exercia, os vencimentos bastantes para manter a familia, dedicou-se

ao ensino particular.

Em 1849 lallecia, deixando viuva e cinco filhos, dos quaos o mais

velho era Benjamim

Aos 14 annos, o nosso biographado já estava na cidade do Rio, a

luetar heroicamente contra a adversidade, no firme e inabalável

pro-posito de continuar os seus estudos.

Matriculou-se na Escola Militar a 28 de Fevereiro de 1852,

as-sentando praça no Io regimento de eavallariaal de Abril de mesmo

anno.

Em 1854 encetava a sua querida profissão de mestre como

expli-cadorde mathematicas aos seus condiscipulos, contribuindo assim para

o sustento de sua familia.

Prototypo do homem perseverante no dever, quaesquer que sejam

os obstáculos a vencer, Benjamin apresentou-se cinco vezes a

con-curso para o magistério publico, não desanimando com outros

tan-tos insuecessos, apezar das provas brilhantes que em todos elle dera

de seu talento e de seu preparo.

Aos 13 de Agosto cio 1862 era nomeado lente de mathemoticas

do Instituto dos Meninos Cegos, e, a 9 de Junho do anno seguinte, lente

do Instituto Commercial.

A 2 de Setembro de 1866 embarcava com destino ao Paraguay,

onde se portou, em muitas acções, com bravura inexcedivel e

com-petencia invejável.

Em 1869, tendo regressado á Prtria. em conseqüência do seu

es-tado de saúde, foi nomeado direetor interino do Instituto de Meninos

Cegos, que lhe deveu o melhor dos seus esforços e o período mais

florescente de útil existência.

Em 1875 fazia parte, como coadjuvante, do corpo docente da

Escola Militar.

Na phase mais ardente da agitação abolicionista, Benjemin

salien-tou-se entre os devotados á santa causa da redempção dos escravos.

As ideas liberaes do graudo cidadão não podiam ficar ahi. A sua

influencia, mormente no seio da mocidade escolastica, foi posta ao

serviço do movimento republicano.

(11)

A ESCOLA

95

't^^S^^*****^*^^^*^^*^*^**^^^*****'*!^*^'-*

Travou-se suprema lueta entro os dois princípios. A monarchia,

pelos abusos do ministério Ouro Preto, resolveu exterminar o

pensa-monto republicano.

U exercito foi perseguido. E a ancora de ferro que*as

institui-çOes tinham na força armada, foi sacudida pela consciência dos

desti-nos da Pátria na classe mais conservadora da sociedade politica.

Foi então que, dirigindo entre os sons companheiros as

tenden-cias ainda vacillantes para a revolução, animando os tímidos,

conven-cendo os indecisos, fo/.-so Bcnjamin o centro da progressiva agitação

republicana, generoso movimento que teve como resultado a

memo-ravel data do 15 de Novembro.

Fazendo parte do Governo Provisório, mnito se empenhou e

muito conseguiu cm prol da Ínstrucção, sobretudo no que respeita á

ampla liberdade espiritual, á emancipação do ensino, segu:ido'ko espirito

do novo regimen político.

Obra prima de senso philosophico foi o seu cRegulamento para

ns escolas do exercito.»

O que nelle avultava, como benemérito da inslrucção, não é,

entretanto, a sua iniciativa em reformas do ensino, é o seu exemplo

de mestre illustrâdo e apto, fazendo da sua profissão um sacerdócio,

e deixando mais a saudade de seu valente coração de apóstolo do

que mesmo do seu pujante e fecundo talento de professor

Por isso, a juventude brazileira, ao fazer a idéa do mestre, eomo

elle deve ser, não tem mais que lançar mão desse exemplo, que foi a

mais brilhante personificação do magistério.

CP.

Comnranicado

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ÍNSTRUCÇÃO E EDUCAÇÃO

Para o Trajano Stgwa/t.

Entende-se por Instmcção a acção de instruir alguém nos

ru-dimentos necessários á vida, e por educação uma ínstrucção mais

elementar, mais necessária muitas vezes que a própria Ínstrucção,

porque ella se adquire no lar, onde impera o amor, onde impera a

obediência, onde impera a religião—a base de mutuo respeito.

Sem educação nao ha instracção, e esta por mais solida que

se queira tornar, cahepela base, porque o homem vê-se impotente

para viver e não sabe «como ha de proceder em todas as

circum-stancias e situação da vida».

Li algures que hoje é geral a «queixa dos pães, porque nas

aulas hodiernas pouco se adianta nas sciencias, mas muito nos

vi-cios e na insubordinação».

(12)

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Onde está, pois, o principal factor dessa causa ?

Não estará nos pães que não educam convenientemente seus filhos, de modo que com a educação que recebem no lar, possam nas aulas completar essa mesma educação com estudo das sciencias, que

é a instrucçâo ?

«A culpa principal,disse alguém, 6 do systema moderno, que poz para um canto a educação religiosa, para não occupar-se da ins-trucção scientífica.» Isto não será bastante para não culpar os pães do máo resultado da educação de seus filhos.

Nas escolas publicas é impossível hoje, por motivos que são desnecessários especificar aqui, obterem os meninos os princípios da instrucçâo religiosa.

E'no lar, junto á familia, nesse oásis sagrado, nessa escola do coração, nessa escola do amor que esses entes pequeninos devem aprender os rudimentos necessários para uma bôa educação religiosa. «O primeiro cuidado, portanto, dos pães deveria ser : começar muito cedo a educação religiosa do coração, de modo que, os filhos ao entrarem para escola, já estejam embebidos de santos princípios, de boas máximas.

«Ahi, porem, não deve parar a tarefa dos pães. Elles devem pensar que as primeiras impressões das creanças são vivíssimas, e

que por mais que trabalhemos, é quasi impossível, especialmente nas cidades grandes, impedir que funestas impressões, não calem naquellas mentes virgens, sempre ávidas de saberem tudo, de tudo conhecerem.»

E', portanto, no lar, que deve começar a educação que tem de ser concluída nas escolas.

Na escola se a istrucção, ao passo que em casa recebe-se a educação.

E seria para desejar que os pães, em geral, procedessem de uma maneira diversa do que a que procedem, deixando ao cuidado do

professor somente a instrucçâo de seus filhos.

O professor, pae espiritual, é certo que sacrifica-se á instrucçâo de seus alumnos, mas nào pôde, de nenhuma maneira completar a educação delles se o pae e a mãe de seus alumnos não vem em seu auxilio,

E' na escola que o espirito começa a desenvolver-se, a habi-tuar-se ás fadigas que provém do estudo, fonte perenne onde bebe-se o liquido sagrado da sciencia.

Lauro Vannier. Superaguy

(13)

A ESCOLA

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_.__-il Noticiário

«S^t^qç. •^^.«s-^s.»-*-_, O maiot' .lia

Os dias não são iguas para as diversas latitudes; nas seguin-tes cidades, a 21 de Junho o dia tem:

S. Luiz (Senegambia) 13 horas Agadir (Marrocos) ... 14 > Gibraltar 14 1/2 » Madricl 15 » Turim 15 1/2 _> Paris 16 _> Londres 16 1/2 » Kiel (Allemanha) 17 » Copenhague 17 1/2 » S. Petersburgo 18 1/2 » Uleaborg (Rússia) 21 »

A 23 de Dezembro é o inverso : a noite é que tem aquella du-ração.

De 67 graus de latitude em diante os dias são de mezes: assim, em Tromsóe (norte da Noruega) os dias sâo de dois mezes.

Nos pólos os dias e as noites sao de seis mezes; o que eqüivale a dizer que o anno só tem um clia e uma noite ! (Extr. d'« A Escola» de Belém).

Larapio

Larapio é nome genuinamente romano. Na idade áurea de Roma havia um pretor, chamado Lucius Amarus Rufos Apius, que era um grande tratante, e contra quem o povo nada podia.

Como elle costumasse assignar L. A. R. Apius, o povo vin-gou-se, formando a palavra larapius, que passou a designar os ga-tunos, e que 50 annos mais tarde já era encontrada em grammaticá.

Dor de ouvidos

Tomem-se algumas folhas de rosas ou flores de abóbora efer-va-se em azeite doce e vinagre forte ; deste óleo deitem-se três ou quatro gottas no ouvido doente e tape-se com algodão humedecido em tintura de macella.

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Ivs«*olas tia Capital

Tem augmentado satisfactor iam ente a freqüência cie alumnos nas escolas publicas da Capital, graças ao interesse e á dedicação dos respectivos preceptores, todos diplomados pela Escola Normal, excepçãj feita de alguns que funccionam na região suburbana.

Nos estabelecimentos de ensino particular tambem é animador o movimento de alumnos de ambos os sexos, que os procuram com visível sofreguidào, certos de que a myopia do espirito é um dos maiores males que mais rebaixam as creaturas humanas.

São já numerosos os collegios e escolas particulares que estão prestando reaes beneficios á instrucção e á educação da mocidade coritibana. Os directores de alguns desses templos de luz e de pro-gresso são dignos dos mais cordiaes encomios e louvores, não só da collectividade como tambem do agregio poder dirigente do Estado. Todos os que concorrem para a mantença de uma escola parti-cular de ensino contribuem efficazmente para a desenvolução geral da humanidade, para o conseguimento de um grande fim social, para a satisfação de uma necessidade publica e privada.

Quem abre uma escola procura em primeiro logar altear o nivel intellectiuil de sua pátria, illuminando o espirito da infância, emanei-pando-o dos prejuisosque o anniqailam, taes como a superstição, o fanatismo, o orgulho, a inveja e tantos outros.

A instrucção interessa em igual grau ao indivíduo e á socie-dade.

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« Na familia o zelo dos pães olha attentamente para a educação e instrucção da prole. Não escapa á vigilante solicitude paterna a superioridade manifesta do homem instruído e bem educado sobre aquelle que vegeta nas trevas da ignorância. A fortuna não vale a sciencia: aquella está sujeita a accidentes que a destróem, esta é im-perecível, A sciencia é o primor do entendimento, cresce com o tem-po e com a experiência e lança fulgores sobre a pátria. E' arrimo na adversidade e escudo contra a miséria. Passou felizmente o tempo em que os pães cobiçavam para os filhos a vangloria de um titulo scientifico, tendo em menor apreço a posse dos conhecimentos que o justificam e o ennobrecem. A realidade substituiu a apparencia. As lantejoulas perderam a seducção de suas illusorias miragens. Tambem a ornamentação nào tem prestimo se o edifício é sem base. Esta salutar tendência dos chefes de familia para que tenham instru-cção solida e real aquelles que a natureza collocou sob a sua prote-cção, se fôr mantida com constância efirmesa, ha de produzir con-seqüências proveitosas.»

Instrucção! instrucção para todos que seja o nosso brado, a nossa bandeira regeneradora.

(15)

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EXPEDIENTE OFFICIAL

-CO

Snsíiíuto (fommereial

Por decreto n. 52 de 7 de Fevereiro, o Presidente do Estado, para execução da lei n. r>87 de 48 dc Março de 1005. que creou em Coritiba o Instituto Commercial Paranaense, para o qual foi nomeado o respectivo pessoal por decrelo n. 11 de 13 de Janeiro, baixou o se-guinle Regulamento para reger provisoriamente o referido eslabele-cimento de ensino :

CAPITULO I

Art. I.°0 Instituiu Commercial Paranaense destina-se ao ensino pratico das disciplinas indispensáveis aos que se dedicam ás lides do commercio.

Art. 2? O Instituto é um externato decurso nocturno, devendo funecionar das sete ás dez horas da noite.

Art. 3.° ü curso do Instituto Commercial constará, de accôrdo com a lei que o creou, do ensino de escripturação mercantil, contabilida-de, redacção commercial e noções de legislação commercial, e do

en-sino pratico das lingoas franceza, ingleza, italiana eâllemâ,

Art. 4.° As referidas matérias serão distribuídas por cb is annos de estudo com o respectivo numero de horas de aula por semana pelo Director do Instituto.

Art. 5.° O cargo de Director do Instituto será, no fôrma do dis-posto no Dec. n. 11 de \'.\ de Janeiro de 4 906, provisoriamente exer-cido pelo professor de escripturação mercantil.

CAPITULO II

Art. 6.° Para a admissão á matricula basta u simples requerimen-to dos candidarequerimen-tos, feirequerimen-to e assignado pelo próprio punho, sellado e acompanhado da autorisação dos pais ou tutores, se forem menores.

Art. 7.° Não podem ser admillidos á matricula menores de 15 annos de idade.

Art. 8." E'condição essencial para a matricula a exhibição de do-cumentos que provem ter o candidato prestado exame de portuguez, arithmelicae geographia, matérias que nâo fazem parle do curso do

Instituto.

Art. 9.° As certidões dos referidos exames serão validas quando provindas de estabelecimentos officiaes de ensino federaes ou esla-doaes, ou estabelecimentos particulares a elles equiparados.

Art. 10 A matricula será gratuita e nenhuma taxa será cobrada para prestações de exame no Instituto.

Art. 41 O prazo para matricula é de 4o á 15 de fevereiro, na sede do Instituto.

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CAPITULO III

Art. 12 As aulas começarão a 16 do Fevereiro o serão encerra-das a 31 ile Dezembro.

Art 13 A duração de cada aula será de uma hora.

Art" 14 Só serão considerados feriados e domingos e dias de festa nacional estabelecidos em lei, ou determinados pelo Presidente do

Estado. . .

Art. lõ Os meios disciplinares serão os seguintes . Notas nas cadernetas das aulas;

Ueprehensâo com exclusão da aula ;

Kvrlimilo temporária cio Instituto. . .

Em casodor" incidência ,1o delicio correspondente áull.ma pena. será annlicada a de exclusão definitiva do curso.

Arim Ksia pena será applicada por deliberabão do conselho dos professores, com recurso voluntário da parte para o Presidente

do EStaArt.'l7

o alumno que faltar as aulas por mais de trinta dias será eliminado da respectiva matricula se nâo justificar a talta.

Ari8 Se durante o anno lectivo o numero de falas do; alumno fôr leoa U terça parte do numero das aulas dadas pelo professor da

2, não poderá o alumno ser admittido ao respectivo exame. CAPITULO IV

Art. 19. Encerradas as aulas terão começo os exames, que serão nrpstados em uma só epocha. ,

P

Art; 'O Para completar as bancas de exame solicitara o Director do Instituto do Direcior Geral do Instrucção a indicação de examina-dores aue forem necessários. .

Art íl Os exames de lindas terão caracter eminentementepra-lico e serão prestados no próprio idioma sobre que versar o exame

Art 22. O alumno que for reprovado duas vezes consecutivas na mesma matricula não a poderá repetir.

CAPITULO V

Art 23 Ao Director do Intituto Compete :

Observar e fazer executar este Regulameuto

II Representar ao Director Geral de Instrucção Publica contra os professores que nâo attenderem ás suas admoestaçoes .

III Apresentar annualmente a esse funecionario um relatório >oore n movimento do estabelecimento. , ,

IV RemVlter aos pais ou tutores dos alumnos MOreufflW-tim bimensal, dando conta do comportamento e applicação dos me=-m°VResolver,

submettendo á approvacão do Director£™>™»» Publica todas às duvidas que oceorrerem no presente Regulamento.

(17)

A ESCOLA ioi

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capitulo vi

Art. 24. Os professores do Instituto sao os creados pelo Decreto ,n. 14 de 13 de Janeiro já citado. .

Ari. 2.5. Compete-lhos agir de accordo com as disposições d este Regulamento e com as determinações do Director do Instituto.

Art. 20. Em tudo quanto lhes poder ser applicavel ficarão sujei-tos ás disposições do Uegulamenlo que baixou com o Decreto n. 93, de 14 de Março de 1901. , __

Palácio da Presidência do Estado do Paraná, em 7 de tevereiro de 1906.

Vicente Machado da Silva Uma. lienlo José Lamenha Lins.

O art. 8o deste Regulamento foi alterado pela lei seguinte n. «13 de 5 Março do corrente anuo :

Art. único. Eiea o Poder Executivo auetorisado a rever o Regu-lamento do Instituto Commercial Paranaense, afim de, alterando o disposto no art. 8o do referido Regulamento, determinar que para a matricula no mesmo Instituto sejam exigidos attestados de habilita-ção, firmados por dois professores públicos ou particulares, sobre elementos de portuguez e arithmetica ou em exame de admissão

re-lativo ás mesmas matérias; revogadas as disposições em contrario. MEZ DE MAIO

Decreto n. 177

O 1° Vice-Presidente do Estado do Paraná, attendendo ao que requereu a professora da escola promiscua do povoado «Restinga Secca», município de Palmeira, d. Maria .Joanna da Costa Lobato, e tendo em vista as certidões que apresentou e a informação prestada pelo Director Geral da Instrucção Publica, resolve passal-a para ase-gunda classe, de accordo com os arts. 9 i e 90 do regulamento

res-pectivo.

A essa professora serão abonados os vencimentos corresponden-tes aquella classe a contar de 4 o do corrente em diante.

Decreto n. 178

O Io Vice-Presidente do Estado do Paraná, attendendo ao que requereu a professora da escola para o sexo feminino da cidade do Tibagy, d. Julieta da Silva Carrão, resolvo removel-a para a escola promiscua da colônia Antônio Prado, município de Colombo, que acha-se vaga em virtude de ter sido aposentada a respectiva profes-sora, d. Paulina Carolina Alves.

Decreto rs. 170

O 4o Vice-Presidente do Estado do Paraná, attendendo á repre-sentação feita pelos moradores do povoado «Pacutuba», município de Tamandaré, relativamente ao preenchimento da escola promiscua que se acha vaga naquelle povoado, e tendo em vista a informação

(18)

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prestarja pola Directoria Geral da instrucção Publica, resolve nomear a professora d. Acácia de Macedo Costa para reger eftectivaraente a

referida escola.

Decreto n. 181 *

O 1° Vice-presidente do listado do Paraná remove a professora d. Gertrudos Maria Ribeiro i.opes, da escola promiscua aa colônia Antônio Olynlho, município üa Lapa. para a do igual cathegoria da colônia Wirmond. do mesmo município e que está vaga.

Decreto n. 2I3

O Io Vice-Presidente do Estado do Paraná remove o professor Seraphim Pinto da Silva, da escola da villa do Ipyrar.ga para a de S. João do Triumpho, e desta para aquella o professor respectivo João

Baptista Guimarães.

Oulrosim, resolvo converter em promiscua a escola para o sexo masculino do povoado «Ressaca)), município de Colombo, e remover para ella a professora normalista da escola da cidade da Palmeira, d. Cecília Pereira.

Decreto n. 215

O Vice-Presidente do listado do Paraná, tendo em vista o que re-quereu a professora de terceira classe, d. Luiza Netto Correia de Frei-tas, e attendendo a que conta vinte e quatro annos, sete mezes e vinte e seis dias de exercicio effectivo no magistério publico, e acha-se soffrendo moléstia que a inhibe de continuar no exercicio de seu car-go, conforme o parecer da junta medica que a inspeccionou de sau-de ; resolve aposental-a com o orsau-denado proporcional sau-de um conto, quinhentos e doze mil réis por anno (1:51231)00), de accordo com o calculo feito na Secretaria de Finanças.

E assim, pois, expeça-se-lhe o competente titule, nos termos do art. 9o da Lei n. 244 de 29 de Novembro de 1897.

Decreto n. 216

O 1o Vice-Presidente do listado do Paraná, attendendo ao que requereu a professora d. Maria Leocadia Alves Correia, e tendo em vista que conta dezoito annos, tres mezes e quinze dias de exercicio de seu cargo, por motivo de moléstia, conforme o parecer da junta medica que a inspeccionou de saúde ; resolve aposental-a com o or-denado proporcional de novecentos e vinte e seis mil, setecentos e sessenta e cinco reis annualmente (926S765), de accordo com o cal-culo feito na Secretaria de Finanças.

E nesta conformidade expeça-se-lhe o competente titulo, nos termos do art. 8o da Lei n. 244 de 29 de Novembro de 1897.

Decreto n. 2I8

O Io Vice Presidente do Estado do Paraná, altendendo ao que requereu a professora normalista d. Maria Angela Franco, resolve no-meai a para reger eífectivamente a escola promiscua do povoado Juvêvê, município de Coritiba, que acha-se vaga pela

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¦ . .. . ¦: SFCCÃO PFRMANFNTE - . i :;.¦;¦¦ -:7;;.4.:7í4y:-...- ^ 5B ¦ -«tj^^iAWWÍW*»^^ —¦¦ v:*«---T**» -má

Cadeiras promiscuas:

'' ¦'.'¦ .-¦'..' 4.

* Josephina Rocha —Escola Carvalho. 2.* Elvira Faria Paraná—Rua Cabral.

3* Olivina Caron—Grupo Xavier da Silva. 4.1 Carolina Moreira » » * »

5.* Maria Ritta de Oliveira—Rua Silva Jardim. 6.° Antonia Reginato—Rua Barão do Serro Azul. 7.* Maria do Carmo Gomes—Escola Tiradentes. 8.a Maria Rosa Bittencourt—Rua da Liberdade. 9.ft Julia Seiler—Alto de S. Francisco.

io.a Izabel Guimarães Schmidt—Rua Saldanha Marinho. n.a Maria Correia de Miranda—Jardim da Infância.

Escolas suburbanas:

«

Luiza N. Correia de Freitas—Juvevê. Etelvina Taborda—Cajurú.

Julia Martins Gomes—Uberaba.

Julia Alyce Loyola—Santa Quiteria. Maria da Luz Miro—Colônia Dantas.

Vicentina Pinheiro—S. Nicoláo. Helena Xavier—Taquatuva.

Alice Cornelia Daniel—Batei.

Maria da Luz Mello—Colônia Morgenau.

Guilhermina Lisboa Gomes—Alto do Schaffer.

«

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Estabelecimentos de ensino particular

4.4 ¦ .*'•

¦ ., -**:<.¦ ¦-¦:'.'

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«/

Escola Americana—Rua Commendador Araújo.

» Nocturna Republicana—Rua Marechal Deodoro. » Municipal—Travessa do Riachuelo.

de Artes e Industrias—Praça Tiradentes. José Carvalho—Praça Zacarias.

Dánte Alighiere—Praça Santos Andrade. Allemã—Praça 19 de Dezembro.

» Particular—Rua 13 de Maio. Conceição—Rua do Rosário.

S. José—Rua Aquidaban.

Bom Jesus—Praça da Republica. Parochial Polaca—Rua 13 de Maio

Collegio Santa Julia—Rua Conselheiro Barradas. » Teuto Brazileiro—Rua do Rosário. : > » Santos Dumont—Avenida Luiz Xavier.'

||í§ Paranaense—Rua Commendador Araújo. 7 » Vianna—Rua Loureiro. 7

|j| Cleto—Rua Aquidaban.

4» Santos Anjos—Rua 15 de Novembro. 7 Seminário S. José—Batei. ^ :^ ^ í!" » » » » V'44f,.. f . '¦'..¦ -* « ¦J *' ."..'*-. • -4^7. -,-.s ? *.- 7 ' i I ¦ ;~r. .4.4.,.''''' .:;.:.' ''.*.í/-' ¦ ¦- ,4 4.' . ¦ '*'"¦. 4-' 4-44' ¦'•' -'345 47;4 ^474,77 ••.•¦.-;¦;. 4h:44.7 !'V 7.'.'.'"•¦;7t,?, ^7444: . : ¦¦ !¦'* . , «..¦• C.-í.-<W9»'Vy,*"*: ':v 4í: y :""\<:'. .•'¦'.<¦* 4;'4f4 ¦>>#?•' . :í?í ¦h.i-WX .'.; —,;¦; smJtsn '%¦,

Referências

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