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Relatórios de Estágio realizado na Farmácia Moderna e no Centro Hospitalar do Porto - Hospital Geral de Santo António

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Academic year: 2021

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Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Farmácia Moderna

junho de 2014 a outubro de 2014

Qiamin Lin

Orientador : Dr. Fernando Bastos

___________________________

Tutor FFUP: Prof. Doutora Maria Irene de Oliveira Monteiro Jesus

_____________________________________________________

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Declaração d e in tegridad e

A aluna Qiamin Lin, n.º 200906926, aluna do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declara ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste relatório de estágio.

Nesse sentido, confirma que NÃO incorreu em plágio (acto pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declara que todas as frases que retirou de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, ____ de ______________ de ______

Assinatura:

_______________________________________________ (Qiamin Lin)

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Ordem dos Farmacêuticos, à comissão de estágios da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e ao Diretor Técnico da Farmácia Moderna, Dr. Fernando Bastos, pela oportunidade de estagiar nesta área da atividade farmacêutica.

Esta foi uma experiência bastante enriquecedora, que me permitiu entrar em contacto com a rotina na farmácia comunitária e ganhar conhecimentos que só vêm com experiência.

Um muitíssimo obrigada também a todos os profissionais da Farmácia Moderna por tudo o que me ensinaram, por ajudarem a completar a minha formação.

Por fim, agradecimentos à Prof. Dra. Irene Jesus pelo seu apoio durante o estágio.

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Índice

Parte I - Atividades desenvolvidas durante o estágio ... 1

1. Organização da farmácia ... 1

 Instalações e equipamento ... 1

 Sistema informático ... 1

2. “Circuito do Medicamento” ... 2

 Aprivisionamento ... 2

 Receção e conferência de encomendas ... 3

 Preço de venda ao público ... 3

 Prazos de validade ... 4

 Armazenamento ... 4

 Devoluções ... 4

3. Atendimento ... 5

 Dispensa de medicamento com receita médica ... 5

 Dispensa de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica e outros produtos ... 7

 Sistema de crédito ... 8

4. Receituário ... 8

5. Outras tarefas ... 9

6. Formação... 9

7. Cronograma de atividades... 10

Parte II – Trabalhos desenvolvidos durante o estágio ... 11

8. Medicamentos de Uso Veterinário – Tabela Resumo... 11

9. Novas funções para velhos conhecidos - Probióticos ... 14

10. Fórmulas de Medicina Tradicional Chinesa – composição e efeito terapêutico ... 18

 CHIEN PU WAN (10109K) ... 18

 FANG JI FU LING NANG (10273K) ... 20

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 AN SHEN WAN (10137K) ... 22

 TIAN WANG BU XIN DAN (10069K) ... 23

 GUI PI WAN(10061K) ... 25

 BAN XIA HOU PO WAN (10052K) ... 26

Conclusão ... 27

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Índice de Figuras

Figura 1 – Embalagem de Chien Pu Wan ... 18

Figura 2 – Embalagem de Fang Ji Fu Ling ... 20

Figura 3 – Embalagem de Yao Tong Ling Wan ... 21

Figura 4 – Embalagem de An Shen Wan ... 22

Figura 5 – Embalagem de Tian Wang Bu Xin Dan ... 24

Figura 6 – Embalagem de Gui Pi Wan ... 25

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Índice de Tabelas

Tabela 1 – Medicamentos usados em animais de raça canina ... 11

Tabela 2 – Medicamentos usados em animais de raça felina ... 12

Tabela 3 – Efeitos dos probióticos e as espécies estudadas para o efeito ... 16

Tabela 4 – Principais constituintes de Chien Pu Wan ... 18

Tabela 5 – Principais constituintes de Fang Ji Fu Ling Nang ... 20

Tabela 6 – Principais constituintes de Yao Tong Ling Wan ... 21

Tabela 7 – Principais constituintes de An Shen Wan ... 22

Tabela 8 – Principais constituintes de Tian Wang Bu Xin Dan ... 23

Tabela 9 – Principais constituintes de Gui Pi Wan ... 25

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Abreviaturas

AFP - Associação de Farmácias Portuguesas AINE - anti-inflamatório não esteróide ALT - alanina aminotransferase CNP - código nacional de produto COX - ciclo-oxigenase

CTT - Correios e Telecomunicações DCI - denominação comum internacional DT - diretor técnico

FEFO – First Expire First Out GABA - ácido gamma aminobutírico

HPLC - cromatografia líquida de alta performance IFN - interferão

Ig - imunoglobulina IL - interleucina

iNOS - óxido nítrico sintetase indutível IVA - imposto sobre valor acrescentado

MEP - medicamentos estupefacientes e psicotrópicos MHC II - complexo de histocompatibilidade maior II MMP-1 - metaloprotease da matriz

MTC - medicina tradicional chinesa

NADPH - nicotinamida adenina dinucleótido fosfato NMDA - N-Metil-D-aspartato

NO- óxido nítrico

NOS - óxido nítrico sintetase PAF - fator ativador de plaquetas

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PGE2 - protaglandina E2

PPAR - recetores ativados por prolierador de peroxissomas PT - Portugal Telecom

PVF - preço de venda à farmácia PVP - preço de venda ao público ROS - espécies reativas de oxigénio

SAMS - Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários SÃVIDA - EDP-Medicina Apoiada, S.A

SNC - sistema nervoso central SNS - Sistema Nacional de Saúde SOD - superóxido dismutase TNF - fator de necrose tumoral

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Parte I - Atividades desenvolvidas durante o estágio

1. Organização da farmácia

Instalações e equipamento

As instalações da farmácia obedecem às recomendações da legislação em vigor, devendo assim garantir a segurança, conservação e adequada preparação do medicamento e a segurança, comodidade e privacidade dos utentes e do pessoal. O interior deve dispor de área de atendimento ao público, armazém, laboratório e instalações sanitárias. Além destas áreas existem também o gabinete do diretor técnico (DT), a área de processamento de encomendas, o gabinete de atendimento personalizado e gabinetes médicos, permitindo ao utente usufruir de diversas consultas. (1)

A área de atendimento ao público dispõe de quatro postos de atendimento, dispondo de equipamento necessário à dispensa de medicamentos. Neste espaço, encontram-se cadeiras para os utentes aguardarem a sua vez para serem atendidos e uma zona lúdica para as crianças. Os vários lineares de dermocosmética, artigos de puericultura, fitoterapia e homeopatia estão também presentes nessa área.

Na área de armazenamento, os produtos encontram-se organizados por forma farmacêutica (FF) e dispostos por ordem alfabética. No armazém existe uma área de reforço de stock para os excessos de produtos e existe ainda um frigorífico para o armazenamento dos produtos a uma temperatura entre os 2 e os 8 ⁰C. Os produtos homeopáticos, de fitoterapia, dermocosméticos e suplementos alimentares encontram-se armazenados em estantes próprias, organizados por marca, fornecedor ou fabricante.

As áreas de atendimento, armazenamento e laboratório bem como o frigorífico estão monitorizados quanto à temperatura e humidade, através de termohigrómetros.

Sistema informático

O sistema informático (SI) usado na Farmácia Moderna corresponde ao Logitools. O SI é essencial para o funcionamento da farmácia, tanto na gestão e receção de encomendas, como na realização e regularização de devoluções, processamento do receituário e faturação, elaboração de inventários, controlo de prazos de validade, dispensa de medicamentos com e sem comparticipação, entre outros. Durante o atendimento permite o acesso rápido a informações úteis sobre os medicamentos (grupos homogéneos, contraindicações, posologia, interações). Permite ainda saber o histórico de vendas por

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2 produto ou utente, permitindo dar continuidade ao tratamento de um utente mesmo que este não se lembre, por exemplo, de que laboratório era o medicamento genérico que habitualmente tomava.

2. “Circuito do Medicamento”

Aprivisionamento

A seleção de fornecedores rege-se por vários critérios de modo a permitir uma resposta atempada ao utente. A rapidez e qualidade do serviço de entrega, o tipo de produtos disponibilizados e a sua fiabilidade, o preço praticado e as condições comerciais são fatores essenciais à negociação. As encomendas podem ser realizadas diretamente aos laboratórios, no caso de compras de grande volume e produtos de grande rotatividade, podendo neste caso trazer vantagens financeiras.

Recorre-se a um distribuidor grossista para encomendas diárias em menores quantidades de cada produto, permitindo uma resposta rápida às necessidades dos utentes e evitando a acumulação de produtos de baixa rotatividade.

Na Farmácia Moderna os distribuidores grossistas principais são a Cooprofar, a Plural e a Alliance, com diferentes frequências de entrega. A vantagem da existência de mais do que um fornecedor é a de conseguir produtos não comercializados ou esgotados noutro fornecedor. As encomendas a laboratórios ou respetivos representantes legais são essencialmente de medicamentos éticos de grande rotatividade, suplementos alimentares, produtos cosméticos e de higiene corporal (PCHC), entre eles, alguns produtos exclusivos não comercializados pelos grossistas.

A realização de encomendas resulta de uma gestão de stocks que é influenciada por variados fatores como, por exemplo, o perfil de utentes da farmácia, sazonalidade, promoções de produtos e a disponibilidade financeira. O SI fornece informação que permite auxiliar a gestão de encomendas mediante os stocks mínimos e máximos de cada produto e ponto de encomenda definidos, comunicando a encomenda final ao fornecedor. Podem realizar-se também encomendas urgentes via telefone ou pelo gadget informático do distribuidor grossista, que permite verificar a disponibilidade do produto e fazer encomenda de forma rápida. Os pedidos feitos diretamente aos laboratórios realizam-se mediante negociação do DT com os delegados comerciais.

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3 Durante o estágio, pude compreender de que forma a Farmácia Moderna faz a gestão de encomendas e por conseguinte, a gestão de stock. Tive a oportunidade de realizar encomendas por telefone, e verificar a sua disponibilidade nos fornecedores, encomendar produtos através do gadget do distribuidor e por telefone. Para além disso, tendo em conta que é permitida a gestão de stocks conjunta de farmácias com o mesmo proprietário, foi possível recorrer, por vezes, ao stock da Farmácia Nova (do mesmo proprietário) para conseguir um produto esgotado ou escasso no fornecedor.

Receção e conferência de encomendas

A receção de encomendas é fundamental para gerir eficazmente o stock da farmácia evitando roturas ou acumulação. Inicialmente no estágio, procedi a conferência, receção e armazenamento de encomendas, permitindo a familiarização com os nomes comerciais dos diversos medicamentos e a sua localização na farmácia.

Cada encomenda vem acompanhada da respetiva fatura ou guia de remessa, emitida em duplicado, na qual constam: número e data da fatura, identificação do fornecedor e da farmácia, descrição do produto e quantidade pedida e enviada, preço de venda à farmácia e Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA), condições comerciais e financeiras. Aquando da receção da encomenda, deve-se conferir se os produtos encomendados correspondem aos recebidos, bem como as condições acordadas (confere-se o nome comercial ou Denominação Comum Internacional (DCI), Código Nacional de Produto (CNP), dosagem e quantidade de embalagens recebidas, a sua integridade, Prazo de validade, preço de venda à farmácia (PVF) e preço de venda ao público (PVP), condições de conservação e eventuais bonificações, terminando com a conferência do número e valor total dos produtos recebidos de acordo com a fatura.

Concluída a receção, os produtos em falta são pedidos a outro fornecedor.

Preço de venda ao público

A lei n.º 25/2011 de 16 de junho, estabelece a obrigatoriedade da indicação do PVP na rotulagem dos medicamentos. (2) O preço dos medicamentos comparticipados é fixado pela autoridade reguladora e vem impresso na embalagem. Nos produtos de venda livre, o preço é definido pelo DT, havendo a diferenciação entre produtos de IVA a 6% e 23% e entre produtos de alta e baixa rotação.

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4  Prazos de validade

O controlo dos prazos de validade é fundamental para garantir que não são fornecidos aos utentes produtos com prazo de validade curto ou expirado. Neste sentido os prazos de validade devem ser atualizados na receção de encomendas caso o stock do produto seja nulo ou o prazo de validade do produto rececionado seja inferior ao prazo do stock já existente. A arrumação segue o princípio First Expire First Out (FEFO) e a listagem para controle de validades é emitida com cerca de dois meses antes do prazo de validade expirar, sendo os produtos separados para escoamento.

A emissão da listagem de controlo é fundamental para permitir o escoamento dos produtos e/ou a sua posterior devolução. Durante o estágio, dada a curta antecedência com que a listagem era emitida, tive a oportunidade de contribuir para emissão da listagem com maior antecedência, aumentando de dois meses para quatro meses. Assim, os produtos com prazo a terminar têm um intervalo de tempo maior para escoamento, potencialmente diminuindo a quantidade de produtos a devolver e o possível prejuízo da farmácia caso o laboratório se recuse a emitir nota de crédito ou a trocar o produto.

Armazenamento

Após a receção das encomendas, os produtos são armazenados de forma a garantir todas as condições para uma conservação adequada, respeitando sempre o princípio do FEFO. A temperatura deve ser inferior a 25⁰ C e a humidade inferior a 60%, com exceção dos produtos que necessitam de conservação no frio. (3)

Devoluções

Devoluções podem ser necessárias devido a medicamentos fora de validade ou cujo PV expire brevemente, produtos danificados, produtos não encomendados ou ainda lotes de medicamentos cuja recolha foi ordenada pelo Infarmed ou laboratório fornecedor. Durante o estágio, tive a oportunidade de realizar devoluções devido à situações descritas. Com os produtos a devolver, deve seguir o original e duplicado da nota de devolução contendo a identificação dos produtos a devolver, respetiva quantidade, preço, número da fatura original, identificação da farmácia e data. O triplicado é arquivado na farmácia. A nota de devolução pode ser regularizada através de uma nota de crédito, trocada por produtos de igual valor ou ser considerada não aceite. No caso de rejeição, os produtos são remetidos novamente à Farmácia, sendo posteriormente devidamente inutilizados.

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3. Atendimento

Dispensa de medicamento com receita médica Prescrição médica

A prescrição médica deve incluir a DCI da substância ativa, a FF, a dosagem, a apresentação e a posologia. A prescrição por DCI pode não ser cumprida em três casos específicos: exceção a, para medicamentos com margem ou índice terapêutico estreito; exceção b, para intolerância ou reação adversa prévia do utente a um medicamento com a mesma substância ativa; exceção c, para continuidade de tratamento superior a 28 dias. Cada receita pode conter no máximo quatro medicamentos diferentes com até duas embalagens por medicamento, exceto os medicamentos em embalagem unitária ou injetáveis, que podem ser prescritas até 4 embalagens por receita.

A prescrição deve ser feita por via eletrónica. A prescrição manual pode ser feita em caso de falência do sistema informático, inadaptação fundamentada do prescritor, prescrição ao domicílio ou prescrição até um máximo de 40 receitas por mês.

Na validação da prescrição deve-se verificar o número da receita e local de prescrição, identificação e assinatura do médico prescritor, identificação do utente, regime de comparticipação e entidade financeira responsável, o despacho que estabelece o regime de comparticipação especial quando aplicável, data da prescrição e os elementos relativos ao medicamento referidos acima. (4)

Dispensa

Durante a dispensa o utente tem o direito de opção, sendo informado da existência de medicamentos genéricos ou de marca equivalentes ao prescrito, comparticipados pelo Sistema Nacional de Saúde (SNS), e do seu preço. Quando não existir na farmácia o medicamento escolhido pelo utente encomenda-se por telefone ou pelo gadget, caso o utente assim o pretenda.

Aquando da dispensa do medicamento, o farmacêutico deve fornecer informação oralmente ou por escrito acerca das precauções a ter durante a sua utilização, posologia e duração do tratamento, contraindicações e interações medicamentosas. (3)

As interações medicamentosas mais frequentes que encontrei durante o estágio são por exemplo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) com outros medicamentos de natureza acídica, podendo exacerbar os efeitos adversos gastrointestinais; associação de antiácidos com medicamentos absorção gástrica, levando a uma menor biodisponibilidade.

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6 Medicamentos estupefacientes e psicotrópicos

Os medicamentos estupefacientes e psicotrópicos (MEP) são aqueles cujas substâncias ativas exercem ação estimulante ou depressora diretamente sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). Dado o seu potencial risco de induzir habituação, ou dependência, quer física, quer psíquica, a dispensa de MEP está sujeita a controlo mais apertado e procedimentos diferenciados. Os MEP têm de ser prescritos em receitas eletrónicas identificadas com as letras RE (Receita especial). No momento da dispensa deve-se proceder ao preenchimento de dados como: nome do médico prescritor; nome e morada do utente; nome, morada e número do bilhete de identidade ou número do cartão do cidadão e idade do adquirente. Após a dispensa, é necessário arquivar uma cópia da receita na farmácia até cinco anos após a dispensa, e é enviada ao Infarmed uma lista das receitas aviadas com os dados do adquirente. (5)

Regimes de comparticipação

Os regimes de comparticipação garantem a acessibilidade do medicamento na população. O SNS é a entidade de comparticipação responsável pelo maior número de utentes, possuindo dois regimes de comparticipação, o geral e o especial. Os medicamentos são comparticipados de acordo com os escalões: A, onde há comparticipação de 90%; B, de 69%; C, de 37% e D, de 15% do PVP, que é pago pelo Estado. No regime especial, incluem-se os pensionistas, podendo usufruir de comparticipação superior, sendo as receitas marcadas com letra R. Os medicamentos utilizados no tratamento de determinadas patologias ou por grupos especiais de utentes, devem ser selecionados pelo prescritor, sendo identificáveis na receita pela menção de despachos, diplomas ou portarias que definem a sua comparticipação. (6) Medicamentos manipulados, produtos destinados ao autocontrolo da diabetes mellitus e produtos dietéticos com caráter terapêutico usufruem também de comparticipações especiais. (7)

Para além da comparticipação pelo SNS, existem outras entidades que realizam comparticipação complementar ou isolada como o Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários (SAMS); EDP-Medicina Apoiada, S.A. (SÃVIDA); Portugal Telecom (PT), e Correios e Telecomunicações (CTT), diversos seguros de saúde; entre outros. Nestes casos é necessária a apresentação do cartão de beneficiário válido e quando há complementaridade ao SNS, este deve ser fotocopiado no verso da cópia da receita, como o número de utente visível, sendo a cópia da receita enviada para o subsistema. No ato da dispensa, ao escolher o subsistema de comparticipação, o SI aplica automaticamente a comparticipação correspondente.

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7 Venda suspensa

Existem algumas situações onde há a possibilidade de colocar uma venda em suspenso. Uma das situações é quando o utente não pretende levantar todos os produtos da receita no momento, ficando a venda em suspenso para que possa levantar posteriormente a restante medicação. A outra é quando o utente pretende comprar um medicamento sujeito a receita médica sem a receita médica no momento da compra por esquecimento ou por não ter conseguido marcar consulta médica. A medicação pode ser facultada a doente que seja utente frequente e conhecido da farmácia, se for medicação crónica, como anti-hipertensores, antidiabéticos orais, pagando o medicamento na totalidade no ato da compra, sendo reembolsado a diferença quando este trouxer a receita.

Dispensa de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica e outros produtos

Os medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) são medicamentos não comparticipáveis sendo a sua dispensa realizada sob aconselhamento farmacêutico ou em automedicação.

No aconselhamento, o farmacêutico avalia a situação e as queixas do utente por observação e questionário. Após a avaliação, o farmacêutico responsabiliza-se pela seleção de um ou vários produtos de saúde, sejam MNSRM, dispositivos médicos, cosméticos ou outros, de forma a aliviar ou resolver um transtorno menor de curta duração, caráter autolimitante e que não impeça o paciente de realizar as suas funções normais. Deve ter-se em atenção possíveis contraindicações, reações adversas, alergias e se os sintomas manifestados poderão estar relacionados com alguma condição clínica pré-existente, sendo neste último caso necessário alertar para consultar o médico. O mesmo acontece para quando os sintomas persistem ou agravam.

No caso da automedicação, o farmacêutico deve avaliar se os medicamentos usados são adequados ao quadro clínico apresentado, e aconselhar alternativa ou consulta médica caso não o sejam. Deve-se ter em atenção se os medicamentos usados poderão estar a mascarar sintomas de um quadro clínico mais grave. Também se deve alertar para o período durante o qual a medicação pode ser usada sem assistência médica própria, evitando algumas situações como por exemplo do abuso dos laxantes.

Durante o estágio, as situações mais comuns de aconselhamento solicitados foram para sintomas gripais, afeções da pele e úlcera bucal. São também frequentes a solicitação de

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8 recomendações de protetores solares, aconselhamento em produtos de cosmética e higiene para um determinado tipo de pele ou para determinada condição dermatológica.

De entre os outros produtos de venda permitida em farmácia, destacam-se os PCHC e suplementos alimentares, alvos mais frequentes de aconselhamento.

Na Farmácia Moderna existe uma grande variedade de marcas de PCHC, cada uma com linhas de produtos diferentes. Certas marcas como Lierac e Roc têm produtos orientados para os efeitos antirrugas e para celulite ao invés da Bioderma e Roche-Posay, por exemplo, com mais produtos orientados para acne, rosácea e cuidado da pele atópica. Assim, o aconselhamento adequado destes produtos requer conhecimento e experiência.

Os produtos de fitoterapia e medicinas alternativas e complementares são outro desafio dada a sua variedade e constante atualização. Tive a oportunidade de desenvolver um pouco mais o meu conhecimento do fórmulas compostas de fitoterapia da medicina tradicional chinesa (MTC) disponíveis na farmácia (ver Parte II) e entrar em contacto com fórmulas de fitoterapia da medicina ayurvédica. Durante o estágio pude também conhecer e aconselhar fórmulas simples de fitoterapia e homeopatia para alguns transtornos menores. Entrei pela primeira vez em contacto com medicamentos e outros produtos de uso veterinário, sendo os mais solicitados os desparasitantes internos e externos. Desenvolvi ao longo do estágio uma tabela resumo com as caraterísticas dos produtos mais usados (ver Parte II) para facilidade de futura consulta.

Sistema de crédito

Existe um sistema de crédito na farmácia, no qual os utentes com ficha registada no SI podem levar um produto ou aviar uma receita sem fazer o pagamento no ato da compra. Assim, os dados da venda ficam registados no sistema para quando o utente pretender pagar. Alguns utentes têm a preferência de pagar todas as compras no final do mês e este sistema permite-lhes uma maior margem de manobra financeira.

4. Receituário

O pagamento do valor da comparticipação dos medicamentos é feito mediante envio mensal do receituário e faturação à entidade responsável. O documento de faturação é impresso no verso das receitas aquando do aviamento da prescrição e contém a identificação da farmácia e do DT, data da dispensa dos medicamentos, código do organismo comparticipante, tipo e número de lote, número da receita,e da série, número da

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9 venda e código bidimensional e toda a informação relativa aos medicamentos dispensados (nome, código de barras correspondente, dosagem, FF, tamanho da embalagem).

Após dupla conferência, as receitas são agrupadas por organismo comparticipante e por ordem numérica, em lotes de 30 receitas, ao qual é anexado o verbete de identificação correspondente, contendo o nome da farmácia e respetivo código atribuído pelo Infarmed, código e designação do organismo comparticipante, mês e ano de faturação, tipo e número sequencial do lote, valor total, explicitado em PVP, parte paga pelo utente e pela entidade comparticipante. Depois dos lotes estarem todos fechados, o SI emite a Relação de Resumo de lote que inclui o nome e código da farmácia, o mês e ano e os dados informativos da totalidade dos lotes, transcritos dos respetivos verbetes. Os lotes de receitas comparticipadas pelo SNS são enviados para o Centro de Conferência de Faturas e os lotes referentes aos restantes organismos são enviados à Associação de Farmácias Portuguesas (AFP), como intermediário entre a farmácia e os organismos comparticipantes. Caso as entidades comparticipantes detetem incorreções que determinem a invalidação de algumas receitas, estas são devolvidas à farmácia, juntamente com o documento de justificação do motivo de devolução. Nestes casos a farmácia pode corrigir as receitas, entrando estas na faturação do mês em que foram corrigidas.

5. Outras tarefas

Para além da dispensa de medicamentos e outros produtos de saúde, na Farmácia Moderna também são realizadas medição de tensão arterial, determinações de glicémia, colesterol total e triglicerídeos. Existe também uma balança eletrónica disponível para medição de altura, peso e cálculo do índice de massa corporal e índice de massa gorda. Estas medições são uma boa oportunidade de aconselhamento no sentido de orientar o utente para uma rotina mais saudável, alertar para o caráter hereditário de algumas situações e incentivar ao rastreio e monitorização frequente.

Tive ainda a oportunidade de realizar curativos simples, recorrendo a compressas, adesivos e pensos rápidos para pequenas feridas e queimaduras ligeiras.

6. Formação

A formação contínua constitui uma parte importante do estágio principalmente na preparação para o aconselhamento farmacêutico. Tive a oportunidade de assistir a várias

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10 formações durante o estágio, destacando-se a formação realizada pela Zurc e Etraud na sua gama de produtos de fitoterapia da medicina ayurvédica.

7. Cronograma de atividades

16 - 29 de Junho

• Familiarização com a organização da farmácia • Receção e conferência de encomendas

• Reposição de stocks

30 de Junho - 13 de Julho

• +Inventário de produtos • +Realização de devoluções

• +Familiarização com os diversos produtos de venda livre

14 - 27 de Julho

• +Atendimento ao balcão

• +Medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos

28 de Julho - 17 de Outubro

• +Conferência de Validades • +Conferência de receitas

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Parte II – Trabalhos desenvolvidos durante o estágio

8. Medicamentos de Uso Veterinário – Tabela Resumo

Os medicamentos de uso veterinário vendidos nas farmácias são muitas vezes alvos de perguntas por parte dos utentes. Entre os mais vendidos estão os desparasitantes internos e externos. Tendo em conta o pouco contacto que temos ao longo do curso com os medicamentos de uso veterinário, foi organizado uma tabela resumo recorrendo ao folheto informativo e dossier informativo do Espaço Veterinário da Companhia Portuguesa Consumer Health.

Assim, foi possível conhecer melhor os medicamentos de uso veterinário, em especial aqueles que são sujeitos a mais questões. A tabela resumo é então uma forma rápida de consultar informação relevante e agilizar o atendimento envolvendo estes produtos.

Tabela 1 – Medicamentos usados em animais de raça canina

Função Substância Ativa Observações Marca

comercial Desparasitante interno (céstodes, nemátodes) Praziquantel 5 mg/kg Pirantel 5 mg/kg Febantel 15 mg/kg Dose única

Não usar em cães com menos de 6 semanas de idade e 5 kg Drontal™, Cazitel™ Praziquantel 5 mg/kg Milbemicina (oxima) 0,5 mg/kg Dose única

Não usar em cachorros com menos de 1 kg

Milbemax™

Desparasitante interno (nemátodes)

Pirantel 5 mg/kg Pode ser administrado em cães de todas as idades e cadelas em gestação ou lactação

Strongid™

Recomendação geral para desparasitantes externos: aplicar após o banho, assim que o pêlo secar

Desparasitante externo (só pulgas)

Nitenpiram 57 mg (oral) Todos os dias ou de 2 em 2 dias de acordo com a severidade da infestação Não utilizar em cães com menos de 11 kg

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12

Desparasitante externo (pulgas, carraças, piolhos)

Fipronil Previne reinfestação por pulgas durante 8 semanas e por carraças durante 4 semanas Frontline™, Eliminall™ Metaflumizona 20 mg/kg Amitraz 20 mg/kg

Previne reinfestação por pulgas durante 8 semanas e por carraças durante 4 semanas Promeris™ Desparasitante externo (pulgas, carraças, piolhos, mosquito flebótomo, mosca do estábulo) Imidacloprida 10 mg/kg Permetrina 50 mg/kg

Previne reinfestação durante 4 semanas

Usar em cães com mais de 7 semanas de idade ou 1,5 kg

Advantix™

Antiemético

(Prevenção de vómito, enjoo de movimento)

Mapropitant 8 mg/kg Não usar em cães com menos de 8 semanas de idade

Cerenia™

Pílula

(prevenção do cio)

Megestrol 0,5 mg/kg Uma dose todos os dias durante 32 dias um mês antes da data prevista para o cio.

Pilusoft™, Piludog™

Tabela 2 – Medicamentos usados em animais de raça felina

Função Substância Ativa Observações Marca

comercial

Desparasitante interno Pirantel 5 mg/kg

Dose única.

Strongid™ pode ser administrado durante gestação e lactação

Drontal™, Strongid™

Recomendação geral para desparasitantes externos: aplicar após o banho, assim que o pêlo secar

Desparasitante externo (só pulgas)

Metaflumizona 40 mg/kg

Previne reinfestação por

pulgas durante 6 semanas Promeris™ Imidacloriprida 10

mg/kg

Não usar em gatos com menos de 8 semanas de idade

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13 Previne reinfestação durante

4 semanas

Desparasitante externo

(pulgas, carraças) Fipronil 50 mg

Previne reinfestação por pulgas durante 8 semanas e por carraças durante 4 semanas Frontline™, Eliminall™ Desparasitante interno e externo (pulgas, ácaros, nemátodes) Imidacloriprida 10 mg/kg Moxidectina 1 mg/kg

Não usar em gatos com menos de 9 semanas de idade

Pode ser usado em gestação e lactação

Advocate™

Pilula Megestrol 5 mg/kg Uma dose de 15 em 15 dias

Pilusoft™, Piludog™, Megecat™, Pilucat™

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14

9. Novas funções para velhos conhecidos - Probióticos

Probióticos, segundo a OMS, são definidos como “micro-organismos vivos que quando administrados em quantidade adequada confere benefícios à saúde do hospedeiro.” (8) Os benefícios dos probióticos no equilíbrio e regulação do trânsito intestinal são largamente conhecidos, sendo frequentemente indicados em situações de desconforto intestinal como inchaço, gases, dores, para melhorar a digestão e assimilação de nutrientes e minerais, nomeadamente a lactose, irritação do cólon, tratamento e prevenção da diarreia e outros distúrbios do trânsito intestinal. A proliferação de bactérias não patogénicas compete com as patogénicas por espaço e nutrientes, evitando que estas proliferem e produzam toxinas, aumentando a resistência do intestino contra as infeções. Para além disso, as estirpes probióticas produzem muitas vezes substâncias inibidoras do crescimento de outras bactérias, funcionando como antibiótico natural. No caso da intolerância à lactose, algumas estirpes probióticas têm a capacidade de hidrolisar a lactose através das β-glucosidases, evitando episódios de dores abdominais e diarreia. (9; 10; 11)

O que não é tão conhecido são as suas outras propriedades. Estas incluem normalização de níveis de colesterol, cicatrização de feridas, propriedades anticancerígenas, prevenção de cárie dentária, fotoproteção, melhorar infeção do trato urinário, diminuição da tensão arterial, entre outros. (12; 13; 14)

Também é conhecido a sua função imunomoduladora. Bifidobacterium longum, Lactobacillus acidophilus, L. casei rhamnosum e L. helveticus foram descritos como tendo capacidade de reforçar o sistema imunitário. Aumento da fagocitose, secreção de citoquinas e aumento de células secretoras de imunoglobulinas são as respostas típicas produzidas pela toma de probióticos. Estudos referem ainda a capacidade de aumentar imunidade não específica, efeito adjuvante em imunidade específica e modulação do balanço Th1/Th2 na produção de citoquinas anti-inflamatórias. A suplementação de probióticos é de particular interesse em idosos tendo em conta que a função imunitária tem tendência a enfraquecer com a idade. (12)

Mais recentemente, tem-se procurado estudar que outros efeitos benéficos os probióticos podem trazer. Ao nível da pele, foi mostrado que a suplementação oral de probióticos em lactentes teve melhorias significativas em dermatite atópica. Os probióticos na flora intestinal parecem conseguir afetar o sistema imunitário de forma sistémica modulando a ativação de subgrupos de células T. A aplicação tópica de probióticos ainda está a ser estudado dada a difícil viabilidade e colonização da pele pelas estirpes probióticas, no

(25)

15 entanto, Vitreoscilla filiformis via tópica parece ter algum efeito benéfico na dermatite seborreica e dermatite atópica. Esta bactéria de Gram-negativo encontra-se presente na água termal da La Roche-Posay que atualmente tem sido usada para tratamentos dermatológicos. (13) B. Longum também parece exercer efeito anti-inflamatório ao nível da pele reduzindo a vasodilatação, edema, desgranulação de mastócitos e libertação de TNF-α, tendo potencial para futuras aplicações. (14)

As estirpes de bactérias probióticas são boas fontes de nutrientes e componentes celulares que podem ser úteis no hospedeiro. A capacidade natural de produzir ácido hialurónico de algumas estirpes, como Streptococcus zooepidemicus, faz com que possam ser úteis na cicatrização de feridas e queimaduras. (14) Foram também feitos alguns estudos com L. bulgaricus e Streptococcus thermophilus na melhoria da firmeza da pele e como agente condicionador do cabelo após aplicação tópica, tendo sido já comercializado um produto, Yogurtene®, para esses efeitos. (15)

O consumo oral de probióticos pode ainda vir a ser uma nova abordagem na proteção solar. L. johnsonii revelou ter efeitos protetores do sistema imunitário da pele contra a imunossupressão induzida por radiação ultravioleta B. Para além disso, os probióticos suplementados via oral parecem reforçar a função barreira da pele, reduzindo a perda transepidérmica de água. (13)

Ao nível do trato gastrointestinal, para além dos efeitos reguladores do trânsito intestinal, os probióticos diminuem a incidência do cancro colorretal. Estudos sugerem que o mecanismo pelo qual ocorre relaciona-se com a inibição da conversão de procarcinogénios em carcinogénios por enzimas produzidas pelo hospedeiro ou por bactérias intestinais, como a nitrorredutase. Por exemplo, algumas estirpes de probióticos conseguem neutralizar a aflatoxina B1, um mutagénio conhecido. (12)

As doenças cardiovasculares continuam a ser uma das maiores causas de morte em adultos. Os probióticos parecem exercer efeito benéfico na redução do colesterol e contribuir para a diminuição da tensão arterial. Vários estudos indicam que algumas estirpes probióticas como L. acidophilus e Bifidobacterium spp. têm a capacidade de assimilar colesterol, tendo potencial na redução do colesterol. Outros mecanismos possíveis são a ligação do colesterol às paredes bacterianas ou a redução da biossíntese de colesterol. (12) Na tensão arterial, componentes da parede bacteriana e tripéptidos resultantes da ação de peptidases no leite têm capacidade de inibir a enzima conversora da angiotensina, ajudando no controlo da hipertensão. (16)

(26)

16 Na diabetes, tem sido documentada o papel da flora intestinal na resistência à insulina e estado inflamatório ligeiro. Os probióticos representam uma forma de modular a flora intestinal, e através disso, evitar resistência à insulina. Estudos em modelos animais revelam que a suplementação de estirpes específicas de Lactobacili e Bifidobacteria retardam a progressão da obesidade e diabetes. No entanto, ainda se desconhece o seu mecanismo de ação. (12)

Relativamente ao potencial para tratamento de infeções urogenitais, Lactobacillus rhamnosus GR-1 e Lactobacillus fermentum RC-14 revelam capacidade de colonizar a vagina após ingestão. A competição por nutrientes e espaço, à semelhança do que ocorre no trato gastrointestinal, inibe o crescimento de outras bactérias. Outras propriedades como a produção de ácidos, bacteriocinas e biossurfatantes parece também conferir proteção ao hospedeiro. (16; 17; 18)

Tabela 3 – Efeitos dos probióticos e as espécies estudadas para o efeito

Efeitos Probióticos

Reforço do sistema imunitário Bifidobacterium longum Lactobacillus acidophilus Lactobacillus casei rhamnosum Lactobacillus helveticus

Anticarcinogénico Bifidobacterium longum

Bifidobacterium breve Lactobacillus acidophilus Lactobacillus confusus Lactobacillus gasseri Lactobacillus GG Streptococcus thermophilus

Redução do colesterol Lactobacillus acidophilus Lactobacillus reuteri Bifidobacterium spp.

Fotoproteção Lactobacillus johnsonii

Melhoria de afeções da pele Vitreoscilla filiformis Bifidobacterium longum

Cicatrização de feridas Pasteurella multocida Streptococcus zooepidemicus

(27)

17 Melhoria de infeções urogenitais Lactobacillus rhamnosus GR-1

(28)

18

10. Fórmulas de Medicina Tradicional Chinesa – composição e efeito

terapêutico

Atualmente muitas pessoas recorrem a terapias alternativas em complemento de um tratamento convencional ou na manutenção da saúde e bem-estar. Têm surgido cada vez mais evidência dos resultados obtidos por estas terapias, e o número de pessoas a aderir a este tipo de terapias também tem vindo a aumentar. (19) Dentro destas modalidades, inclui-se a acupuntura e a fitoterapia chinesa. Muitas vezes, uma é usada para complementar a outra. No entanto, a formação obrigatória dos profissionais de saúde pouco os informa sobre os fundamentos, efeitos e/ou contraindicações destas modalidades. Assim, numa tentativa de transpor os fundamentos da medicina popular para a medicina convencional, explorei brevemente os efeitos farmacoterapêuticos dos componentes de algumas fórmulas mais vendidas na Farmácia Moderna e no fornecedor, Ben Cao, Lda.

CHIEN PU WAN (10109K)

Tabela 4 – Principais constituintes de Chien Pu Wan

Figura 1 – Embalagem de Chien Pu Wan “Passos com saúde”, é o significado de Chien Pu Wan, um produto da medicina tradicional chinesa. O produto é conhecido para o tratamento de problemas hepáticos e renais, dores neuropáticas e articulares.

Segundo métodos de medicina convencional, a fórmula de Chien Pu Wan revela propriedades estimuladoras do crescimento neuronal e vascular após dano nestes. (20) A raiz de Rehmanniae foi estudado em úlceras do pé diabético. O extrato revelou capacidade de estimular a expressão de fator de crescimento vascular endotelial (VEGF) com formação de novos capilares. As úlceras tratadas com o extrato diminuíram em área, e

Principais constituintes Rehmanniae preparata, raiz Cyathula officinalis, raiz Angelica sinensis, raiz

(29)

19 revelam melhor epitelialização e cicatrização. (21) Para além disso, retarda o progresso da nefropatia diabética, com melhoria de lesão histopatológica. (22) Os oligossacarídeos que compõem as substâncias maioritárias da raiz aumentam a proliferação de mioblastos, induz diferenciação de células mesenquimais da medula óssea e reduz níveis de glucose sérico. (23) Para além disso, tem propriedades antifadiga, aumentando a resistência a esforço físico, aumentando os níveis glicogénio hepático e diminuindo os de ácido lático sérico. (24)

A raiz de Cyanthula officinalis Kuan é muito usada em condições inflamatórias, dada a sua propriedade inibitória da metaloprotease da matriz (MMP-1) (25). Para além disso, também é um diurético leve, vasodilatador, melhora a deformabilidade dos glóbulos vermelhos e diminui a agregação plaquetária. (26)

Angelica sinensis tem revelado efeitos inibitórios em reação inflamatória através da supressão da síntese e libertação de prostaglandinas, reduzindo também a atividade hemolítica ativada pelo complemento. (27) No entanto, esta planta aumenta a imunidade específica através da proliferação de linfócitos e expressão de interleucina 2 (IL-2), interleucina 4 (IL-4), interleucina 6 (IL-6) e interferão gamma (IFN-γ). Para além disso, os polissacarídeos extraídos da raiz revelam propriedades antioxidantes e efeitos protetores contra dano hepático causado por paracetamol, regularizando os níveis de alanina aminotransferase (ALT), óxido nítrico sintetase (NOS), aumentando também os níveis de superóxido dismutase (SOD). A nível ósseo, Angelica sinensis aumenta a capacidade hematopoiética da medula óssea e do baço e estimula a renovação óssea aumentando a atividade da fosfatase alcalina e o número de precursores osteogénicos. (28)

A raiz espécies de Phellodendri mostra efeitos anti-inflamatórios num modelo de rato, numa reação inflamatória induzida, reduzindo os níveis de espécies reativas de oxigénio (ROS) e evitando a peroxidação lipídica. (29; 30) Para além disso, diminui a infiltração de células inflamatórias e a libertação de mediadores inflamatórios. (31) Nesta planta, um dos compostos ativos maioritários é a berberina podendo este ser detetado por cromatografia líquida de alta performance (HPLC) e usado como parâmetro de controlo de qualidade de produtos contendo extrato desta planta. (32)

(30)

20

FANG JI FU LING NANG (10273K)

Tabela 5 – Principais constituintes de Fang Ji Fu Ling Nang

Figura 2 – Embalagem de Fang Ji Fu Ling Este produto é maioritariamente usado para indivíduos femininos, para a anemia, fadiga, obstipação, acumulação de líquidos, estados inflamatórios e sintomas de menopausa. Astragalus membranaceus na medicina tradicional é usada para aumentar a resistência à fadiga, reforçar o sistema imunológico, também é usado como agente cardiotónico e como tratamento em hemorragias uterinas. A sua função vem dos polissacarídeos presentes na raiz que tem propriedades imunoestimulantes, através do aumento da atividade do IL-2 e a atividade de células fagocíticas e tem revelado efeitos positivos na reversão da imunossupressão causada por ciclofosfamida. Tem também a capacidade de aumentar níveis séricos de imunoglobulinas M e E (IgM e IgE) em consumo contínuo. A nível cardíaco, as saponinas presentes podem ter algum efeito na contratilidade e amplitude da contração do músculo cardíaco. (33) A nível metabólico, Astragalus membranaceus possui isoflavonas que são ativadores potentes de recetores ativados por proliferador de peroxissomas alfa e gamma (PPAR-α e PPAR-γ), podendo ter efeito na correção de dislipidémia e regulação da glicemia. (34)

Poria cocos (ou Wolfiporia extensa) é um fungo muito usado em fitoterapia chinesa e em particular como suplemento para mulheres. Foram identificados neste fungo triterpenos derivados de lanostano que revelaram ser ativos como anti-inflamatórios, (35) sendo inibidores potentes da produção de óxido nítrico (NO) e libertação de prostaglandinas. Para além disso, com pré-tratamento, inibe a expressão induzida da ciclo-oxigenase (COX), óxido nítrico sintetase indutível (iNOS), IL-1β e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). (36)

Principais Constituintes

Astragali, raiz

Poria cocos, esclerodios

(31)

21 A Glycyrrhiza uralensis, também conhecida como alcaçuz chinesa, é usado com elevada frequência como antitússico devido à ação demulcente da glicirrizina. Para além disso, são descritos também a sua utilização como laxante, para tratamento de hemorroidas, perda de apetite e mordedura de serpente. A sua raiz tem compostos que estimulam a secreção gástrica, tendo o potencial de proteger a mucosa contra úlceras induzidas por AINEs. In vitro, mostrou capacidade inibitória contra o crescimento de Staphylococcus aureus, Candida albicans, Mycobacterium tuberculosis, entre outros. Glycyrrhizae é no entanto, contraindicado em doentes com hipertensão, problemas de fígado, insuficiência renal, em hipocalémia e durante a gravidez. (37)

YAO TONG LING WAN(10144K)

Tabela 6 – Principais constituintes de Yao Tong Ling Wan

Figura 3 – Embalagem de Yao Tong Ling Wan Esta fórmula é usada para padrões dolorosos que se agravam à noite, com frio e humidade. É indicada para lumbago (agudo, crónico ou de origem traumática), dores ciáticas, artrite, parestesia não ciática, dor nos membros inferiores, entorses e distensões.

Notopterygii é uma planta medicinal muito usada não só na medicina chinesa como na medicina tradicional japonesa (medicina Kampo) como anti-inflamatório natural. O rizoma de Notopterygii revelou capacidade de suprimir expressão de moléculas do complexo de histocompatibilidade maior II (MHC II) e ativação de células dendríticas, sendo o seu principal componente ativo o falcarindiol. Para além disso, em modelo de hipersensibilidade induzida por ovalbumina, o falcarindiol mostrou efeitos supressores, revelando potencial como anti-alérgico. (38)

Principais constituintes

Notopterygii, raiz e rizoma

Angelicae Pubescentis, raiz Piperis futokadsura, caules

Rehmanniae preparata, raiz (ver CHIEN PU WAN) Gentiana macrophylla, raiz

(32)

22 A raiz de Angelica pubescentis é usada em medicina tradicional no tratamento de trombose. O extrato apresenta atividade antiarrítmica e induz relaxamento do músculo liso vascular. (39; 40)

Piperis futokadsura possui kadsurenona, que apresenta atividade antagonista do fator ativador de plaquetas (PAF). Sendo o PAF um mediador importante na desgranulação de leucócitos numa reação inflamatória, especialmente em situação de alergia. (41)

Gentiana Macrophylla tem propriedades anti-inflamatórias inibindo a produção de NO, prostaglandina E2 (PGE2) por macrófagos, e de TNF-α e IL-6. reduzindo também o edema e número de células infiltradas. Para além disso, em modelo de artrite reumatoide, mostrou ser eficaz na diminuição na circunferência da articulação. A sua potência, é comparável ao da prednisolona no mesmo modelo experimental. (42; 43)

O extrato de Spatholobi possui propriedades analgésicas, que em conjunto com o resto das plantas com propriedades anti-inflamatórias são frequentemente usadas no tratamento da dor. (44)

AN SHEN WAN (10137K)

Tabela 7 – Principais constituintes de An Shen Wan

Figura 4 – Embalagem de An Shen Wan “Calmante de espírito” é o significado de An Shen Wan. Tradicionalmente, é usado como ansiolítico e calmante, com melhorias também na função cardíaca. Esta fórmula é indicada para insónias, ansiedade, palpitações e também em angina de peito e complicações cardiovasculares.

A raiz de Salviae miltiorrhizae é um dos componentes mais importantes da fórmula. Esta erva medicinal contém vários compostos hidrofílicos capazes de sequestrar radicais livres e

Principais constituintes

Rehmanniae, Raíz (ver CHIEN PU WAN)

Salviae miltiorrhizae, raiz Zizyphi spinosi, semente

Junci, medula Nelumbinis, semente Polygalae, raiz

(33)

23 inibir a expressão de moléculas de adesão no endotélio vascular e leucócitos, para além de proteger contra os danos vasculares induzidos pela homocisteinémia, possuindo propriedades angiogénicas. (45) Os componentes lipofílicos, por outro lado, inibem a agregação plaquetária, a desgranulação de mastócitos e a enzima NADPH oxidase. Em conjunto, estes componentes conseguem diminuir as consequências do fenómeno de isquémia-reperfusão e distúrbios na microcirculação. (46) A capacidade de dilatar artérias coronárias faz com que seja maior o aporte de sangue ao coração, melhorando a função cardíaca, sendo indicado em casos de angina de peito, tratamento de manutenção após enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral. (47)

Da semente de Zizyphi spinosi foi isolado um alcaloide, a sanjoinina A, que apresenta propriedades ansiolíticas, sem, no entanto, efeito na atividade locomotora nem no relaxamento muscular como o diazepam. (48) Por outro lado, diminui o aumento de cálcio citosólico e geração de ROS, induzidos por N-Metil-D-aspartato (NMDA), revelando propriedades protetoras contra dano neuronal. (49)

A medula da erva Juncus effusus, à semelhança de Z. spinosi, tem propriedades ansiolíticas, que deriva da capacidade de aumentar o fluxo de cloro ativado pelos recetores de ácido gamma aminobutírico (GABA), não se ligando, no entanto, no local de ligação das benzodiazepinas. (50)

A semente de Nelumbinis é habitualmente considerado um alimento. Foi revelado que este possui propriedades antidepressoras ainda mais potentes que o hipericão (Hypericum Perforatum). (51)

A raiz de Polygalae, à semelhança da semente de Nelumbinis, tem propriedades antidepressoras e neuroprotetoras, que é indicado no tratamento a longo prazo de quadros de ansiedade. (52) Para além disso, a nível cardíaco, tem o potencial de proteger o miocárdio de arritmias, através de efeito inibitório em canais de cálcio, suprimindo pós despolarizações precoces e tardias. (53)

TIAN WANG BU XIN DAN (10069K)

Tabela 8 – Principais constituintes de Tian Wang Bu Xin Dan

Principais constituintes

Rehmanniae, raíz (ver CHIEN PU WAN)

(34)

24 Figura 5 – Embalagem de Tian Wang Bu Xin Dan

Este produto é uma fórmula muito semelhante a An Shen Wan, tanto no efeito como na composição. No entanto, a sua fórmula é mais um pouco mais complexa, contendo mais ingredientes herbais.

O rizoma de Acorus gramineus é um ingrediente herbal muito usado em fórmulas para tratamento de sintomas cardiovasculares. O seu rizoma mostrou efeito em modelo de isquémia induzida em ratos, na prevenção da diminuição da pressão de perfusão, fluxo arterial, fluxo coronário e débito cardíaco durante o fenómeno de isquémia. Para além disso, reduziu também o tempo necessário para a recuperação. (54) Alguns estudos revelaram ainda o seu potencial no tratamento da doença de Alzheimer, protegendo as células do efeito tóxico do péptido β-amilóide, melhorando a memória. (55; 56)Por outro lado, o óleo essencial tem propriedades inibitórias do sistema nervoso central tanto ingerido como inalado. O óleo tem propriedades preventivas de convulsões, aumenta também a concentração cerebral de GABA e diminui a do glutamato, tendo ainda efeito protetor contra peroxidação lipídica. (57)

A raiz de Platycodi é frequentemente usada como antitússico e expetorante, no entanto, para além desta indicação, ela também apresenta propriedades anti-inflamatórias ligeiras e propriedades protetoras contra úlceras gástricas. A nível cardiovascular, Platycodi consegue diminuir os níveis de colesterol total e triglicerídeos, inibindo a absorção de gordura proveniente da dieta. A sua administração não deve ser feita via injetável dado o seu potencial hemolítico. (58)

Ophiopogonis tem sido usado na medicina tradicional no tratamento de condições isquémicas. Os polissacarídeos provenientes do tubérculo mostraram ser protetores das células do miocárdio e do endotélio vascular contra os danos do fenómeno de

isquémia-Poriae cocos, esclerodios (ver FANG JI FU LING NANG)

Polygalae, raíz (ver AN SHEN WAN)

Acori graminei, rizoma

Platycodi, raiz

Salviae miltiorrhizae, raíz (ver AN SHEN WAN)

Glycyrrhizae uralensis, raíz (ver FANG JI FU LING NANG)

Ophiopogonis, tubérculo

(35)

25 reperfusão e dano induzido por privação de oxigénio e glucose, prevenindo ainda morte celular. (59)

GUI PI WAN(10061K)

Tabela 9 – Principais constituintes de Gui Pi Wan

Figura 6 – Embalagem de Gui Pi Wan Esta fórmula é usada para estimular o sistema imunitário, e quando se sente tonturas, palpitações e pertubações de sono.

O rizoma Atractylodis macrocephala possui propriedades anti-inflamatórias em modelos de inflamação aguda e crónica. (60) Tem também a capacidade de aumentar a secreção de IL-2 por linfócitos, aumenta a fagocitose em macrófagos e melhora a imunidade não específica do organismo, inibindo ainda o crescimento de células cancerosas. (61; 62) Euphoria longana ou longan é um fruto muito apreciado em várias partes do mundo. Muitos dos efeitos protetores dos vegetais e frutos contra doenças crónicas são atribuídas às suas propriedades antioxidantes, tal acontece com Euphoria longana. Longan tem ainda potencial como despigmentante natural dada a capacidade de inibir a tirosinase. (63) Adicionalmente, o extrato tem propriedades potenciadoras do pentobarbital na indução do sono através da interferência com recetores GABA. (64)

Principais Constituintes

Atractylodis macrocephala, rizoma

Poria cocos, esclerodios (ver FANG JI FU LING NANG ) Zizyphi spinosi, semente (ver AN SHEN WAN)

Euphoria longana, arilos

Astragali membranaceae, raiz (ver FANG JI FU LING

NANG )

Angelica sinensis, raíz (ver CHIEN PU WAN)

Polygalae, raíz (ver AN SHEN WAN)

(36)

26

BAN XIA HOU PO WAN (10052K)

Tabela 10 – Principais Constituintes de Ban Xia Hou Po Wan

Figura 7 – Embalagem de Ban Xia Hou Po Wan Esta fórmula é principalmente indicada para globus sensation, situações de dispepsia, como mucolítico e outra afeções da laringe. Atualmente, com os métodos de investigação em medicina convencional, mostrou-se que estes produtos têm efeito antidepressor semelhante a Prozac® e que este efeito melhora a ansiedade e sintomas depressivos que os doentes com globus sensation apresentam. (65) Em pacientes com dispepsia, funciona como agente procinético, aumentando a velocidade de esvaziamento gástrico. (66)

Rizoma Pinelliae Preaparatum resulta do processamento do rizoma crú de Pinelliae em solução alcalina e alcaçuz. Este preparado tem sido usado para tratamento de insónias na medicina tradicional. Estudos mostram que este preparado tem propriedades inibitórias de atividade locomotora, potencia efeito sedativo e hipnótico do pentobarbital e mostra ser protetor contra convulsões. (67)

Magnolia officinalis apresenta efeito antialérgico em reações de hipersensibilidade imediata reduzindo o nível plasmático de histamina, e inibe a sua libertação por mastócitos. (68) Dos seus constituintes bioativos, encontra-se o magnolol que possui propriedades anti-inflamatórias diminuindo a produção tanto de prostaglandinas como de leucotrienos. (69) Para além destes efeitos, foram observados efeitos antidepressores que foram atribuídos ao magnolol e a honokiol. (70)

Perillae contém ácido rosmarínico que é um dos responsáveis pela atividade antidepressora desta planta e desta fórmula. Apesar de o mecanismo de ação ainda não estar totalmente esclarecido, pensa-se que poderá envolver o estímulo da neurogénese. (71)

Principais constituintes

Pinellia ternata preparata, rizoma

Poria cocos, esclerodios (ver FANG JI FU LING NANG) Magnolia officinalis, cortex

(37)

27

Conclusão

Neste estágio, tive a oportunidade de integrar e aplicar todos os conhecimentos adquiridos até ao momento, incluindo aqueles adquiridos no estágio em farmácia hospitalar, que ocorreu antes deste. Deparei-me com produtos dos quais não tinha conhecimento, de entre os quais destaco os produtos de veterinária, a grande variedade de suplementos alimentares e dispositivos médicos, sendo de grande importância a formação contínua nesta profissão. Este estágio contribuiu para reforçar a noção da importância do papel do farmacêutico como profissional de saúde, contribuindo, não só para a aquisição de experiência profissional, mas também para o desenvolvimento de aptidões sociais, completando a formação até ao momento.

Os projetos desenvolvidos, vêm neste sentido, auxiliar e facilitar essa necessidade de constante atualização científica e penso será uma mais-valia tanto para os profissionais como para os utentes.

Tive também a oportunidade de desenvolver as minhas capacidades linguísticas dado o grande número de turistas nesta época do ano, resultando num benefício inesperado.

Penso que estes quatro meses foram cruciais e um ponto de partida para a vida profissional futura, contribuindo para uma melhor prestação de cuidados de saúde.

(38)

28

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Referências

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