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Caracterização dos lanches e do pequeno-almoço de crianças do Município da Maia sob o ponto de vista alimentar e ambiental

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Caraterização dos lanches e do pequeno-almoço de crianças do Município da Maia sob o ponto de vista alimentar e ambiental

Food and environmental characterization of snacks and breakfast of children from the Municipality of Maia

Joana Catarina Inocêncio Morais

Orientado por: Prof.ª Doutora Bárbara Beleza de Vasconcelos Monteiro Pereira Coorientado por: Dr.ª Marta Alexandra Monteiro Sampaio

Trabalho de Investigação

1.º Ciclo em Ciências da Nutrição

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto Porto, 2018

(2)
(3)

Resumo

Introdução: os lanches escolares (LE) e o pequeno-almoço (PA) constituem um

possível alvo de intervenção para a promoção de refeições saudáveis e sustentáveis.

Objetivo: caraterizar, sob ponto de vista alimentar e ambiental, os LE e o PA de

uma amostra de crianças do ensino Pré-escolar e 1º. Ciclo do Município da Maia.

Metodologia: neste estudo participaram um total de 425 crianças. Os dados foram

obtidos através de dois questionários, um preenchido pelos Encarregados de Educação (EE) e outro pelos Docentes.

Resultados: os alimentos mais frequentemente adquiridos pelas famílias para o

PA e LE foram: fruta em natureza (90,4%); água (85,6%); iogurte (76,9%); bolachas Maria/ Torrada (74,8%) e manteiga/ margarina/ creme vegetal (72,2%). A maioria das crianças transportava o seu LE em lancheira (80,1%), utilizando guardanapo de papel (58,8%). A comparação entre os dados reportados pelos Docentes versus EE revelou, quer na componente alimentar quer na ambiental, valores estatisticamente superiores nos EE, com exceção da compra de leite branco ou achocolatado. A frequência de compra de purés e boiões de fruta 100%, iogurtes e leite simples foi significativamente superior em agregados familiares com crianças em idade pré-escolar versus agregados com crianças a frequentar o 1.º e os 2.º anos de escolaridade.

Conclusões: O PA e os LE são, frequentemente, constituídos por alimentos ricos

em açúcar e/ ou gordura, bastante processados, implicando consequências negativas na saúde e ambiente. Os projetos de educação alimentar são uma ferramenta essencial para a mudança destes hábitos. No entanto, a sua aplicação

(4)

e manutenção depende do trabalho contínuo e conjunto entre múltiplos intervenientes, nomeadamente, as autarquias, Docentes, EE e crianças.

Palavras-Chave: Lanches Escolares; Pequeno-almoço; Crianças; Avaliação

(5)

Abstract

Background: school snacks (SS) and breakfast (BR) constitute a possible target of

intervention for the promotion of healthy and sustainable meals.

Objective: to characterize, in terms of food and environmental components, SS and

BR of sample of children from pre-school and 1st Cycle of the Municipality of Maia.

Methodology: a total of 425 children were included in this study. Data were

obtained from two questionnaires, one filled out by the parents (PT) and the other by the Teachers.

Results: the foods more often acquired by the families for the BR and SS were: fruit

in nature (90,4%); water (85,6%); yogurt (76,9%); “Maria” cookies (74,8%) and

butter/ margarine/vegetable cream (72,2%). Most of the children carried their SS using a lunchbox (80,1%) and paper napkin (58,8%).

The comparison between data reported by the Teachers versus PT revealed, in both components (food and environment), statistically higher values in PT, except for the purchase of white or chocolate milk. The frequency of purchase of 100% fruit purées and jars, yogurts and plain milk was significantly higher in households with pre-school children versus households with children attending the 1st and 2nd years of schooling.

Conclusions: BR and SS often include processed foods with high sugar and / or

fat content, with negative consequences on health and environment. Food education projects are an essential tool for changing these habits. However, its application and maintenance depends on the continuous and joint work between multiple actors, namely, municipalities, teachers, PT and children.

Keywords: School Snacks; Breakfast; Children; Food evaluation; Environmental

(6)

Lista de abreviaturas

CMM – Câmara Municipal da Maia

EB1 – Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico EE – Encarregados de Educação

JI – Jardim de Infância LE – Lanches escolares

MRS&S – “Maia Refeições Saudáveis e Sustentáveis” PA – Pequeno-almoço

(7)

Sumário

Resumo em Português ... i

Resumo em Inglês ... iii

Lista de abreviaturas ... iv Introdução... 1 Objetivos... 3 Metodologia ... 4 Resultados ... 7 Discussão e Conclusões ... 12 Agradecimentos ... 16 Referências ... 17 Anexos ... 20

(8)
(9)

Introdução

Nas últimas décadas tem-se assistido a uma progressiva transição para a “dieta ocidental”, a qual é caraterizada pela elevada ingestão de alimentos processados e ultraprocessados ricos em hidratos de carbono refinados, com adição de açúcar, gordura e sal e que apresentam, regra geral, elevada densidade energética e baixa densidade nutricional; esta dieta é também caraterizada por uma baixa ingestão de fruta, hortícolas e cereais integrais. (1-3)

Por estas razões, estes alimentos são responsáveis, entre outras, pelo aumento do risco de doenças cardiovasculares e cancro, bem como pelo aumento da

prevalência de obesidade e morte prematura.(3) Para além disso, implicam na sua

produção uma grande quantidade de embalagens que são depois descartadas no ambiente, muitas não biodegradáveis, que desfiguram a paisagem e requerem o uso crescente de novos espaços e de novas e dispendiosas tecnologias de gestão

de resíduos. (4) Portanto, esta transição apresenta não só desafios para a saúde da

população, mas também para a sustentabilidade ambiental. (1)

A nossa realidade cria, assim, a necessidade de pensar não só numa alimentação

saudável, mas também sustentável - as chamadas “dietas sustentáveis”, que

segundo a FAO (2010) são definidas como dietas que têm baixo impacto ambiental e contribuem para a segurança alimentar e nutricional da população, assim como para o seu estado de saúde, tanto no presente como no futuro. As dietas sustentáveis protegem e respeitam a biodiversidade e o ecossistema, além de permitirem otimizar os recursos naturais e humanos. Para além disso, uma dieta sustentável é culturalmente aceite, nutricionalmente adequada, acessível pela

(10)

Os governos e os sistemas de saúde devem encorajar e facilitar dietas sustentáveis

e fornecer orientação a indivíduos e comunidades – educação comunitária.(3)

A escola constitui o local ideal tanto para implementar ações de sensibilização e de educação, ensinando às gerações mais novas a importância de conservar a nossa

saúde e a do nosso ambiente, como para regular a oferta alimentar.(7) O ambiente

escolar tem, assim, um amplo potencial de impacto nas escolhas alimentares dos alunos e na qualidade da dieta. (8)

Os LE tornam-se num possível alvo de intervenção para a promoção de refeições saudáveis e sustentáveis, pois é na escola que os jovens passam um elevado

número de horas e onde consomem uma parte substancial de alimentos.(7)

Nas crianças, os lanches da manhã e da tarde, são recomendados para potenciar o funcionamento cerebral e consequentemente o rendimento escolar, e regular o apetite nas refeições principais.(9, 10) Estes devem constituir cerca de 10-15% do

valor energético (VET) diário e ser compostos por um alimento pertencente a pelo

menos um dos seguintes grupos: cereais e derivados, laticínios ou fruta. (11)

Se nestas refeições intercalares se consumirem alimentos de baixa densidade nutricional e de elevada densidade energética, as consequências são negativas, podendo aumentar, entre outras, o risco de excesso de peso/obesidade e doenças cardiovasculares. (12, 13)

Para além da promoção de hábitos saudáveis e sustentáveis nos LE é essencial também incluir a primeira refeição do dia: o PA. Esta refeição é realizada, normalmente, em casa antes das crianças iniciarem as aulas, pelo que se torna fundamental na reposição dos níveis de energia após o jejum noturno, indispensáveis para a concentração e desempenho escolar. O consumo do PA

(11)

poderá influenciar a ingestão alimentar ao longo do dia promovendo a saciedade e permitindo um controlo do peso.(14-20)

Este trabalho propõe caraterizar, sob ponto de vista alimentar e ambiental, os LE e o PA de uma amostra de crianças do ensino Pré-escolar e 1º. Ciclo do Município da Maia no âmbito do programa alimentar e ambiental “Maia Refeições Saudáveis e Sustentáveis” (MRS&S).

Objetivos Objetivo geral

Este trabalho teve como principal objetivo a caraterização, sob ponto de vista alimentar e ambiental, dos LE e do PA de uma amostra de crianças do ensino Pré-escolar e 1º. Ciclo do Município da Maia.

Objetivos específicos

Foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos:

1) Determinar a percentagem de crianças que apresenta um lanche com as caraterísticas recomendadas sob ponto de vista alimentar;

2) Determinar a percentagem de crianças que leva LE e se este é adequado sob ponto de vista ambiental;

3) Perceber se os dados ambientais e alimentares reportados pelos EE são semelhantes aos reportados pelos Docentes;

4) Perceber se existem diferenças na frequência de compra de géneros alimentícios, destinados ao consumo nas refeições do PA e LE, pelos agregados familiares de crianças em idade pré-escolar versus agregados de crianças do 1.º e 2.º ano de escolaridade;

(12)

5) Avaliar se houve evolução nos comportamentos alimentares e ambientais dos alunos após implementação do projeto MRS&S da Câmara Municipal da Maia (CMM).

Metodologia

Este trabalho de investigação resultou dos dados recolhidos no projeto MRS&S da CMM no ano letivo 2017/2018, que decorreu entre os meses de fevereiro e maio. Este projeto teve como público-alvo crianças da rede pública de ensino Pré-escolar [Jardins de Infância (JI)] e do 1.º Ciclo de Ensino Básico (EB1) do Município da Maia e envolveu também os EE e os Docentes destas Escolas.

Para operacionalizar o projeto neste ano letivo, foi divulgado o programa do mesmo e as turmas das diferentes escolas interessadas em participar realizaram a sua inscrição. As inscrições são limitadas a 25 turmas (aceitando-se até um máximo de 27) e foram tratadas pelo Gabinete de Saúde da CMM (Tabela 1, Anexo A). De um total de 38 escolas, foram inscritas no Projeto 10 escolas da rede pública, as quais eram constituídas por 27 turmas, das quais 12 (44,5%) eram das EB1 e as restantes dos JI. No total, o projeto contemplou 616 crianças, sendo que 334 (54,2%) frequentavam o JI e 282 (45,8%) frequentavam o 1.º ciclo.

O projeto MRS&S desenvolveu-se em três fases: fase 1 – apresentação e

diagnóstico situacional; fase 2 – intervenção e fase 3 – avaliação final. Para facilitar a descrição das diferentes fases, apresenta-se informação agregada relativa à avaliação (fases 1 e 3).

Fase 1 – Apresentação e diagnóstico situacional: previamente ao início do

(13)

respetiva turma. A cada criança foi fornecido um questionário e uma carta informativa acerca do projeto, para entrega aos EE (Anexo B). O diagnóstico situacional encontra-se descrito na “Avaliação”.

Fase 2 – Intervenção: o MRS&S desenvolveu-se em três sessões de educação

alimentar, em contexto de sala de aula, nas diferentes turmas abrangidas. Paralelamente, foram também dinamizadas atividades lúdicas nos períodos de intervalo escolar.

Nas sessões, que decorreram em contexto de sala de aula com duração aproximada de 15 minutos cada, explicou-se a importância do PA e dos LE.

Avaliação (Fases 1 e 3): realizou-se a avaliação dos comportamentos alimentares

e ambientais dos alunos. Na fase 1 esta avaliação foi realizada pelos Docentes e EE; na fase 3 foi feita uma nova avaliação apenas pelos Docentes.

Para a realização da avaliação foram entregues dois questionários distintos, mas ambos continham uma parte destinada à avaliação alimentar e outra destinada à avaliação ambiental.

A cada Docente foi entregue um questionário para avaliação dos lanches da sua turma, questionários para entrega aos EE e uma carta explicativa com informação relativa ao preenchimento do seu questionário e contextualização do projeto (Anexo C). O questionário dos Docentes continha uma componente alimentar e uma componente ambiental dos lanches e teria que ser preenchido na semana anterior

ao início do projeto e uma semana após o seu término, durante 5 dias úteis

consecutivos.

Em termos de componente ambiental, era pedido ao Docente que indicasse, entre outros, o n.º de alunos da turma que levava garrafas descartáveis para a Escola, lanches em unidoses, etc. Na componente alimentar, era pedido que identificasse,

(14)

entre outros, o número de alunos da sua turma que não levava lanche e que levava fruta em natureza para a Escola (Anexo D).

Do total de 27 turmas, foram excluídas da análise da avaliação inicial 3 das EB1 e 2 turmas de JI. Após o término do projeto, foram excluídas as turmas mencionadas anteriormente e mais 4 turmas, por falta de dados: 2 EB1 e 2 JI. Assim, no total, foram elegíveis para análise no presente trabalho 22 turmas antes do arranque do projeto e 18 turmas após o seu término. A análise comparativa incidiu nas 18 turmas para as quais havia dados iniciais e finais.

O questionário destinado aos EE foi aplicado no mesmo período do questionário dos Docentes. Continha um grupo de perguntas de caráter ambiental, que pretendiam avaliar o modo de transporte do LE e um outro grupo de caráter alimentar para avaliar quais os alimentos comprados com maior frequência para o PA e LE (Anexo E). A análise destes questionários contemplou 425 crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e 8 anos, visto que foram excluídas 191 (do total inicial de 616) por preenchimento incorreto do questionário. Deste total, 241 (56,7%) eram crianças do pré-escolar e 184 (43,3%) crianças do 1.º e 2.º anos.

Análise Estatística

O tratamento estatístico foi realizado no programa SPSS versão 25.0 para Windows. A estatística descritiva consistiu no cálculo de frequências absolutas (n) e relativas (%), da média e do desvio-padrão. Utilizou-se o teste do qui-quadrado e em dois casos (para os alimentos Kéfir e Bebida vegetal) utilizou-se o teste exato de Fisher para avaliar a dependência entre pares de variáveis.

Testou-se a normalidade da variável diferença entre o reportado pelos EE e o reportado pelos Docentes através da aplicação do teste de Shapiro-Wilk.

(15)

Posteriormente, para variáveis com distribuição normal aplicou-se o teste t para amostras emparelhadas e para variáveis que não seguiam uma distribuição normal aplicou-se o teste de Wilcoxon. Rejeitou-se a hipótese nula quando o nível de significância crítico para a sua rejeição (p) foi inferior a 0,05.

Resultados

Na fase 1, registou-se uma taxa de resposta de 88,9% (58,3% turmas do JI) nos questionários dos Docentes. Uma vez que os questionários de duas turmas continham registos com irregularidades, estas foram excluídas, pelo que a análise incidiu sobre 22 turmas, perfazendo uma taxa de resposta de 81,5% (59,1% turmas do JI e 40,9% turmas do EB1).

Na fase 3 a taxa de resposta foi de 74,1% (55,0% turmas do JI). Foram excluídas da análise duas turmas por irregularidades no preenchimento do questionário. A taxa de resposta final foi de 66,7%, 18 turmas (61,1% turmas do JI).

Cerca de 92,7% dos EE recebeu questionário para preenchimento na fase 1. Não foi incluído na análise o conjunto de questionários de uma turma pela irregularidade dos mesmos. Analisou-se um total de 184 (43,3%) questionários preenchidos pelos EE das EB1 e 241 questionários (56,7%) no caso dos EE do JI.

1) Caraterização alimentar e ambiental do PA e dos LE

1.1. Caraterização alimentar do PA e dos LE

Os alimentos mais frequentemente adquiridos pelas famílias para o PA e LE foram: fruta em natureza (90,4%); água (85,6%); iogurte natural/ de aroma/ natural açucarado (76,9%); bolachas Maria/ Torrada (74,8%) e manteiga/ margarina/ creme vegetal (72,2%). Os alimentos com menor frequência de compra foram:

(16)

Kéfir/ skryr (1,2%); bebida de soja/ amêndoa/ aveia (2,4%); frutos secos/ oleaginosos (5,6%) e pão tipo biju integral (7,5%).

Dentro dos alimentos mais saudáveis, a fruta em natureza foi reportada como a mais frequentemente adquirida nas compras familiares para estas refeições (Tabela 2, Anexo F).

Segundo os Docentes, em média, 81,4% das crianças trazia no seu LE, pelo menos, dois alimentos pertencentes a um dos seguintes grupos: fruta, laticínios, cereais e derivados, enquanto que, em média, cerca de 16,9%, incluía um alimento muito rico em açúcar e/ ou gordura (Tabela 3).

Tabela 3 - Dados reportados pelos Docentes na caraterização alimentar dos LE.

1.2. Caraterização Ambiental dos LE

Verificou-se, segundo os dados reportados pelos EE, que um total de 422 (99,3%) das crianças levava lanche para a escola, sendo que a maioria o fazia utilizando lancheira (80,1%) e guardanapo de papel (58,8%) (Gráfico 1 e Tabela 4).

Quanto ao modo de transporte do LE, 4,0% dos EE assinalaram a opção “outro”, descrevendo as seguintes alternativas: saco de plástico com fecho reutilizável; saco térmico; saco de papel na mochila; mochila; saco de pano. No caso do modo de

acondicionamento, 9,2% dos EE assinalaram a opção “outro”, descrevendo as

seguintes alternativas: saco de plástico reutilizável; saco de plástico; saco de papel e lancheira.

Caraterização alimentar dos lanches Média Desvio-padrão Máximo Mínimo

O lanche inclui dois grupos preconizados 81,4 21,5 100,0 19,5

(17)

Tabela 4 - Modo de acondicionar lanche.

Gráfico 1-Modo de transporte do lanche.

Segundo os Docentes, a maioria das crianças trazia o LE acondicionado em guardanapo de papel (em média, 39,7%) e fazia a separação de resíduos após esta refeição (em média, 96,8%) (Tabela 5).

Tabela 5 – Dados reportados pelos Docentes na caraterização ambiental dos LE.

2) Dados reportados pelos Docentes versus dados reportados pelos EE

Em termos de caraterização alimentar foram comparados os seguintes dados: trazer fruta em natureza versus compra de fruta em natureza; trazer pão de mistura de cereais/ escurinho versus compra de pão tipo biju integral, tipo forma integral ou outros de mistura de cereais/ com sementes; beber leite escolar versus compra de leite branco ou achocolatado; trazer um alimento muito rico em açúcar e/ ou gordura versus compra de refrigerantes, néctares de fruta/ sumos de fruta com adição de açúcar, pasteis de pastelaria, doces embalados, bolos de pastelaria, batatas fritas, bolachas açucaradas/ amanteigadas/ com chocolate, bolachas tipo digestiva, cereais açucarados ou barras de cereais (Tabela 6).

Acondicionamento do lanche n (%) Guardanapo de papel 250 (58,8%) Caixa de plástico 161 (37,9%) Papel de alumínio 84 (19,8%) Película aderente 45 (10,6%) Outro 39 (9,2%) Guardanapo/saco de pano 19 (4,5%)

Caraterização ambiental dos lanches Média Desvio-padrão Máximo Mínimo

Q1: Trazer garrafas descartáveis (usadas um dia) 16,0 17,7 51,8 0,0 Q2: Trazer o lanche embrulhado em papel de alumínio 12,2 8,9 35,4 0,0 Q3: Trazer o lanche embrulhado em guardanapo de papel 39,7 20,6 100,0 6,2 Q4: Trazer o lanche em saquetas individuais (unidose) 23,8 19,9 82,4 3,6 Q5: Trazer o lanche em saco de plástico descartável 18,4 23,0 90,4 0,0 Q6: Fazer separação de resíduos do lanche 96,8 9,5 100,0 60,0

(18)

Na parte ambiental foram comparados os seguintes dados: trazer água em garrafa descartável versus modo de levar água para a escola (garrafa descartável); trazer o LE embrulhado em alumínio, guardanapo de papel, saco de plástico descartável versus modo de levar o LE (acondicionado em alumínio, guardanapo de papel ou saco de plástico descartável); fazer separação de resíduos do LE versus fazer separação de resíduos em casa (Tabela 7).

Tabela 6 – Dados comparativos das questões alimentares.

Tabela 7 - Dados comparativos das questões ambientais.

Na parte alimentar foram encontradas diferenças significativas para todas as questões avaliadas, exceto para o leite. Em todos os casos os EE reportaram uma maior frequência de compra relativamente à frequência de consumo reportada pelos docentes (Tabela 6).

Na parte ambiental foram encontradas diferenças significativas para todas as questões avaliadas. Os EE reportaram maior frequência no transporte de água em garrafa descartável, LE acondicionado em folha de alumínio e em guardanapo de papel e uma menor frequência utilizando plástico descartável e na realização de separação de resíduos (Tabela 7).

Questões alimentares Reportada pelos Docentes (%) Reportada pelos EE (%) p

Fruta 37,2 90,5 p < 0,005

Pão de mistura de cereais/escurinho 11,3 32,8 p = 0,001

Leite 59,0 64,9 p = 0,415

Alimento rico em açúcar e/ou gordura 16,9 77,0 p < 0,005

Questões ambientais Reportada pelos Docentes (%) Reportada pelos EE (%) p

Água em garrafa descartável 16,0 29,7 p = 0,007

Lanche embrulhado em alumínio 11,6 19,4 p = 0,001

Lanche embrulhado em guardanapo de papel 41,8 58,4 p = 0,007 Lanche embrulhado em saco de plástico descartável 22,6 5,7 p = 0,007

(19)

3) Frequência de compra de alimentos, por grupos, para as refeições do PA e LE e a sua relação com o ano de escolaridade

Foram encontradas diferenças significativas na frequência de compra entre agregados familiares com crianças em idade pré-escolar versus agregados com crianças a frequentar o 1.º e o 2.º anos de escolaridade nos seguintes alimentos: purés e boiões de fruta 100% (FreqCompra_Pré= 25%; FreqCompra_1.º e 2.ºanos = 12%; p=0,001); iogurte natural/ de aroma/ natural açucarado (FreqCompra_Pré= 81,3%; FreqCompra_1.º e 2.º anos = 71,7%; p=0,021); iogurte de pedaços (FreqCompra_Pré=15,0%; FreqCompra_1.º e 2.ºanos=7,1%; p=0,011) e leite simples (FreqCompra_Pré=49,6%; FreqCompra_1.ºe2.ºanos =38,6%; p=0,024). Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas no que diz respeito à frequência de compra de leite achocolatado, notou-se uma tendência para uma maior frequência de compra em agregados familiares de crianças mais velhas. Verificou-se a existência de um baixo número de agregados a reportar compra de queijinhos açucarados (FreqCompra_Pré =15%; FreqCompra_1.ºe2.ºanos= 9,8%). Relativamente às bebidas, constatou-se que a maioria dos agregados familiares adquire água para consumo nas refeições intercalares e no PA (Tabela 8, Anexo G).

4) Evoluções após implementação do projeto

Quanto à parte ambiental, aplicando o teste t e o teste de Wilcoxon, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis analisadas antes e após a implementação do projeto, no entanto, verificaram-se melhorias em todos os critérios avaliados (Gráfico 2, Anexo H).

(20)

Em relação à parte alimentar, aplicando os mesmos testes, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para Q3, Q4 e Q6 (Gráfico 3, Anexo I). Ou seja, com a intervenção houve uma evolução positiva no consumo de fruta em natureza e pão escurinho/ de mistura e negativa na Q6 com a diminuição no consumo de alimentos ricos em açúcar e/ ou gordura.

Discussão e Conclusões

Este estudo teve como principal objetivo a caraterização do PA e LE, sob o ponto de vista alimentar e ambiental, de uma amostra de crianças do ensino Pré-escolar e 1º. Ciclo do Município da Maia.

A análise da frequência de compra de alimentos para incluir no PA e nos LE, revelou uma elevada presença de alimentos pertencentes ao grupo dos cereais e derivados e ao grupo dos laticínios. Estes resultados são concordantes com outros estudos

já realizados em Portugal acerca da caracterização da composição dos LE. (21-24)

A comparação entre os dados descritos pelos Docentes e os dados dos EE revela dados semelhantes no consumo de leite escolar e de compra de leite. Estes resultados podem ser explicados pelo facto da escola fornecer apenas uma unidade de leite por criança, que geralmente é consumida no LE da manhã, o que pode

levar à compra deste alimento pelos EE para o LE da tarde e PA.(25) Quanto ao pão,

o assinalado como mais frequentemente adquirido foi o tipo biju branco e de facto o consumo de pão de mistura/ escuro nos LE, segundo os Docentes, é baixo. Deve ser promovido o consumo de pão de mistura/escuro pelo seu teor de fibra mais

elevado e consequente efeito mais prolongado na saciedade.(12)

Verificou-se uma frequência de compra relativamente elevada de certos alimentos ricos em açúcar e/ ou gordura, nomeadamente bolachas amanteigadas/ recheadas/

(21)

com chocolate; pães doces; cereais de PA açucarados; leite achocolatado/ aromatizado e néctares de fruta/ sumos de fruta com adição de açúcar. Estes dados revelaram-se mais elevados quando reportados pelos EE relativamente aos Docentes, o que pode significar a presença destes alimentos em refeições como o PA, realizado em casa, e nos LE da tarde no qual, na maioria das turmas, o Docente não está presente. Estes resultados têm sido analisados noutros estudos que comprovam uma tendência para o aumento do consumo destes tipos de alimentos entre as refeições principais, os quais são pobres sob o ponto de vista nutricional e com elevada densidade energética contribuindo assim para o aumento da

obesidade e de doenças cardiovasculares.(12, 26)

Quanto à ingestão de fruta em natureza, foi reportado pelos EE a compra frequente deste alimento. No entanto, segundo o reportado pelos Docentes a percentagem de crianças a consumir fruta em natureza no LE revelou-se baixa. De facto, os dados dos Docentes estiveram mais concordantes com outros estudos realizados

em Portugal que também analisaram este consumo de fruta. (21-23)

Os Docentes reportaram uma elevada percentagem (superior a 80%) de crianças que possuíam um LE com, pelo menos, dois dos seguintes grupos alimentares: cereais e derivados, laticínios e fruta. Conforme referido anteriormente, visto que as percentagens de compra mais elevadas foram as de alimentos do grupo dos cereais e derivados e dos laticínios, conclui-se, que estes grupos seriam os mais frequentes nos LE.

Uma elevada percentagem de EE afirmou comprar água para inclusão nos LE. Uma boa hidratação pode contribuir para melhorar a memória, os níveis de atenção e para um bom desenvolvimento cognitivo das crianças. Por esta razão e pelo facto das crianças terem elevado risco de desidratação devido à imaturidade do

(22)

mecanismo da sede que possuem, é de extrema importância o incentivo do

consumo de água durante esta idade. (27, 28)

Quanto ao modo de acondicionamento e transporte, verificou-se que, a maioria das crianças realizava o transporte do seu LE em lancheira, mas acondicionava-o em guardanapo de papel, pouco sustentável a nível ambiental. Deveria ser incentivado o uso de caixa hermética ou saco de pano uma vez que estes podem ser reutilizados não aumentando a produção de resíduos.

Relativamente ao modo de transporte de água, cerca de 1/3 das crianças utilizava garrafa descartável. Atendendo que a água para consumo humano em Portugal continental apresenta uma excelente qualidade e mantém o nível de excelência com o indicador de água segura na ordem dos 99% e que, do total de resíduos urbanos, em 2015, 20% eram referentes a resíduos de plástico, torna-se essencial

implementar medidas de promoção para o consumo de água da torneira.(29, 30)

A separação de resíduos provenientes do LE parece ser uma prática comum nas várias turmas em análise. Estes resultados poderão ser elevados pelo facto de serem referentes apenas a uma refeição ou devido à implementação de outros projetos escolares no âmbito ambiental, os quais fornecem contentores de reciclagem. Visto que a separação de resíduos tem inúmeras vantagens, nomeadamente, poupança de energia; preservação de matérias-primas e redução de resíduos, torna-se uma outra medida que deve ser divulgada e trabalhada de modo a aumentar a sua prática não só na escola mas nas casas das diferentes

famílias (no presente estudo, 1/5 dos EE revelou não fazer separação).(31)

Após a implementação do projeto MRS&S verificaram-se melhorias em termos de caraterização alimentar dos LE. Estas melhorias ocorreram ao nível de aumento do consumo de fruta, aumento do consumo de pão de mistura/ escuro e diminuição do

(23)

consumo de alimentos ricos em açúcar e/ ou gordura. Estes resultados estão de acordo com estudos já realizados em Portugal. (32-34) A nível ambiental o projeto

parece não ter tido um impacto tão favorável como teve a nível alimentar. Pode inferir-se que a pequena evolução ambiental positiva verificada poderá ter sido resultante da melhoria em termos alimentares, mais especificamente, a diminuição do consumo de alimentos ricos em açúcar e/ ou gordura. Isto porque, alimentos mais processados tendem a ser menos sustentáveis a nível ambiental pois gastam mais energia para serem produzidos e utilizam maior quantidade de embalagens

no seu acondicionamento. (3, 4)

Para que estas mudanças positivas se tornem num hábito é essencial a manutenção do trabalho de promoção de uma alimentação saudável. Esta manutenção depende da criação de ambientes favoráveis na escola por parte dos Docentes, visto ser um local de aprendizagem onde as crianças passam grande parte do seu tempo, e em casa, por parte dos EE, os quais devem promover a disponibilidade e o acesso a alimentos saudáveis, possuir hábitos de frequência de realização das refeições adequados e constituir um exemplo a seguir pelos seus educandos.(35-37)

Este trabalho apresenta algumas limitações, nomeadamente nos instrumentos de recolha de informação utilizados, que não permitiram, entre outros, a recolha de dados sociodemográficos, antropométricos, nem a quantificação dos alimentos descritos. Adicionalmente, a avaliação dos LE deveria ter sido realizada por um nutricionista. No entanto, destacam-se como pontos fortes o bom tamanho amostral e a utilização de dados provenientes de duas fontes: os EE e Docentes.

(24)

Agradecimentos

A realização deste trabalho não teria sido possível sem a ajuda, incansável, da minha orientadora, a professora Bárbara Pereira, à qual agradeço pela grande disponibilidade e ótima orientação.

Um agradecimento especial, também, para a minha coorientadora Dr.ª Marta Sampaio, que me acompanhou durante a recolha e análise de dados do projeto e se mostrou disponível para eventuais necessidades aquando da realização deste trabalho.

Por último, mas não menos importante, deixo o meu agradecimento:

A todos os Docentes e Encarregados de Educação que colaboraram no preenchimento dos questionários.

À minha família e amigas por toda a motivação e apoio durante esta etapa do meu percurso académico.

(25)

Referências

1. Conrad Z, Niles MT, Neher DA, Roy ED, Tichenor NE, Jahns L. Relationship

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(28)

Índice de Anexos

Anexo A – Tabela 1: Descrição das escolas inscritas no projeto ... 21

Anexo B – Carta informativa para os EE ... 22

Anexo C – Carta informativa para os Docentes ... 23

Anexo D - Questionário para os Docentes ... 24

Anexo E – Questionário para os EE ... 25

Anexo F – Tabela 2: Frequência de compra de alimentos, por grupos, para as refeições do PA e LE ... 26

Anexo G – Tabela 8: Frequência de compra de alimentos, por grupos, para as refeições do PA e LE e a sua relação com o ano de escolaridade ... 27

Anexo H – Gráfico 2: Evolução Ambiental após implementação do projeto ... 28

(29)

Anexo A

Tabela 1: Descrição das escolas inscritas no projeto.

Agrupamento Escola Turmas JI Turmas EB1

Agrupamento Vertical de Gueifães Centro Escolar de Gueifães ─ 3

EB1/JI Gueifães ─ 2

Agrupamento Levante da Maia

EB1/JI Barroso 3 ─

EB1/JI Folgosa ─ 1

EB1/JI Sta Cristina 1 ─

Agrupamento Pedrouços EB1/JI Enxurreiras 2 ─

Agrupamento Gonçalo Mendes da Maia

EB1/JI Cidade Jardim 2 3

EB1/JI Currais 1 ─

EB1/JI D.Manuel II 3 3

Agrupamento Águas Santas JI Moutidos 3 ─

(30)
(31)
(32)
(33)
(34)

Anexo F

Tabela 2: Frequência de compra de alimentos, por grupos, para as refeições do PA e LE.

Grupos alimentares Alimento n (% )

Maria/ Torrada 318 (74,8%)

Água e sal/ Cream-cracker 203 (47,8%)

Amanteigadas/ Rechedas/ Com chocolate 114 (26,8%)

Milho/ arroz 56 (13,2%)

Tipo digestivas 39 (9,2%)

Tipo biju branco 281 (66,1%)

Pão de leite/ pão de Deus/ pão doce 161 (37,9%)

Tipo forma branco 141 (33,2%)

Outros de misturas de cereais/ com sementes 98 (23,1%)

Tostas/ Palitos de pão 53 (12,5%)

Tipo forma integral 47 (11,1%)

Tipo biju integral 32 (7,5%)

Frutos oleaginosos 114 (26,8%)

Frutos secos 24 (5,6%)

Açucarados 190 (44,7%)

Papas e farinhas lácteas 118 (27,8%)

Trigo/ milho simples 116 (27,3%)

Barras de cereias 51 (12%) Doces embalados 62 (14,6%) Bolos de pastelaria 60 (14,1%) Batatas fritas 39 (9,2%) Pásteis de pastelaria 35 (8,2%) Em natureza 384 (90,4%)

Purés e boiões de fruta 100% 82 (19,3%)

Hortícolas Alface/ cenoura/ tomate 185 (43,5%)

Manteiga/ margarina/ creme vegetal 307 (72,2%)

Queijo 283 (66,6%)

Fiambre 280 (65,9%)

Compotas/ mel/ marmelada/ geleia 93 (21,9%)

Creme de chocolate para barrar 59 (13,9%)

Chouriço/ mortadela/ salpicão 35 (8,2%)

Iogurte natural/ de aroma/ natural açucarado 327 (76,9%)

Leite simples 190 (44,7%)

Leite achocolatado/ aromatizado 165 (38,8%)

Queijinhos açucarados 54 (12,7%)

Iogurte com pedaços de fruta/ cereais/ frutos secos 49 (11,5%)

Iogurte tipo grego 48 (11,3%)

Iogurte com cereais de chocolate ou mel/ pepitas açucaradas 35 (8,2%)

Kéfir/ skryr 5 (1,2%)

Água 364 (85,6%)

Néctares de fruta/ sumos de fruta com adição de açúcar 141 (33,2%) Sumos 100% fruta, sem adição de açúcar 112 (26,4%)

Refrigerantes 41 (9,6%)

Bebida de soja/ amêndoa/ arroz/ aveia 10 (2,4%) Recheios para pão

Lacticínios

Bebidas Bolachas

Pão

Frutos secos/ oleaginosos

Cereais de Pequeno-almoço e Farinhas

Doces e salgados

(35)

Anexo G

Tabela 8: Frequência de compra de alimentos, por grupos, para as refeições do PA e LE e a sua relação com o ano de escolaridade.

Grupos alimentares Alimento Pré-escolar 1º e 2º anos

n (%) n (%)

Maria/ Torrada 180 (75,0%) 138 (75,0%) 1,000 Água e sal/ Cream-cracker 112 (46,7%) 91 (49,5%) 0,569 Amanteigadas/ Rechedas/ Com chocolate 64 (26,7%) 50 (27,2%) 0,907 Milho/ arroz 25 (10,4%) 31 (16,8%) 0,053 Tipo digestivas 18 (7,5%) 21 (11,4%) 0,167 Tipo biju branco 154 (64,2%) 127 (69,0%) 0,295 Pão de leite/ pão de Deus/ pão doce 86 (35,8%) 75 (40,8%) 0,300 Tipo forma branco 79 (32,9%) 62 (33,7%) 0,866 Outros de misturas de cereais/ com sementes 58 (24,2%) 40 (21,7%) 0,557 Tostas/ Palitos de pão 27 (11,3%) 26 (14,1%) 0,374 Tipo forma integral 26 (10,8%) 21 (11,4%) 0,851 Tipo biju integral 18 (7,5%) 14 (7,6%) 0,967 Frutos oleaginosos 64 (26,7%) 50 (27,2%) 0,907 Frutos secos 17 (7,1%) 7 (3,8%) 0,145 Açucarados 106 (44,2%) 84 (45,7%) 0,760 Papas e farinhas lácteas 72 (30,0%) 46 (25,0%) 0,255 Trigo/ milho simples 72 (30,0%) 44 (23,9%) 0,163 Barras de cereias 28 (11,7%) 23 (12,5%) 0,794 Doces embalados 35 (14,6%) 27 (14,7%) 0,979 Bolos de pastelaria 36 (15,0%) 24 (13,0%) 0,567 Batatas fritas 24 (10,0%) 15 (8,2%) 0,514 Pásteis de pastelaria 21 (8,8%) 14 (7,6%) 0,672 Em natureza 216 (90,0%) 168 (91,3%) 0,649 Purés e boiões de fruta 100% 60 (25,0%) 22 (12,0%) 0,001

Hortícolas Alface/ cenoura/ tomate 110 (45,8%) 75 (40,8%) 0,297

Manteiga/ margarina/ creme vegetal 172 (71,7%) 135 (73,4%) 0,697 Queijo 161 (67,1%) 122 (66,3%) 0,866 Fiambre 153 (63,8%) 127 (69,0%) 0,256 Compotas/ mel/ marmelada/ geleia 52 (21,7%) 41 (22,3%) 0,879 Creme de chocolate para barrar 33 (13,8%) 26 (14,1%) 0,911 Chouriço/ mortadela/ salpicão 17 (7,1%) 18 (9,8%) 0,317 Iogurte natural/ de aroma/ natural açucarado 195 (81,3%) 132 (71,7%) 0,021 Leite simples 119 (49,6%) 71 (38,6%) 0,024 Leite achocolatado/ aromatizado 86 (35,8%) 79 (42,9%) 0,137 Queijinhos açucarados 36 (15,0%) 18 (9,8%) 0,110 Iogurte com pedaços de fruta/ cereais/ frutos secos 36 (15,0%) 13 (7,1%) 0,011 Iogurte tipo grego 32 (13,3%) 16 (8,7%) 0,135 Iogurte com cereais de chocolate ou mel/ pepitas açucaradas 23 (9,6%) 12 (6,5%) 0,256 Kéfir/ skryr 3 (1,3%) 2 (1,1%) 1,000

Água 208 (86,7%) 156 (84,8%) 0,581

Néctares de fruta/ sumos de fruta com adição de açúcar 79 (32,9%) 62 (33,7%) 0,866 Sumos 100% fruta, sem adição de açúcar 56 (23,3%) 56 (30,4%) 0,100 Refrigerantes 25 (10,4%) 16 (8,7%) 0,552 Bebida de soja/ amêndoa/ arroz/ aveia 5 (2,1%) 5 (2,7%) 0,752

Bebidas

p

Bolachas

Pão

Frutos secos/ oleaginosos

Cereais de Pequeno-almoço e Farinhas

Doces e salgados

Fruta

Recheios para pão

(36)

Anexo H

Gráfico 2: Evolução Ambiental após implementação do projeto.

Legenda

Q1: Trazer garrafas descartáveis.

Q2: Trazer o lanche acondicionado em papel de alumínio. Q3: Trazer o lanche acondicionado em guardanapo de papel. Q4: Trazer o lanche em saquetas individuais (unidose).

Q5: Trazer o lanche acondicionado em saco de plástico descartável. Q6: Fazer separação de resíduos do lanche depois do mesmo.

8 ,1 0 % 6 ,0 % 1 1 ,7 % 7 ,8 % 3 7 ,2 % 3 1 ,6 % 2 4 ,9 % 1 3 ,4 % 1 8 ,1 % 1 2 ,2 % 9 5 ,2 % 9 9 ,2 %

AM BIENTAL

(37)

Anexo I

Gráfico 3 – Evolução Alimentar após Implementação do projeto

2 ,3 % 0 ,0 % 7 4 ,8 % 85,0 % 3 5 ,5 % 5 2 ,2 % 1 3 ,2 % 2 1 ,0 % 4 6 ,6 % 5 1 ,6 % 1 7 ,0 % 1 4 ,0 %

ALIM ENTAR

Legenda

Q1: Não trazer lanche.

Q2: O lanche ser constituído por 2 dos seguintes grupos: laticínios, fruta, cereais e derivados.

Q3: Trazer fruta em natureza.

Q4: Trazer pão de mistura de cereais/ escurinho. Q5: Beber leite escolar.

Imagem

Tabela 3 - Dados reportados pelos Docentes na caraterização alimentar dos LE.
Tabela 5 – Dados reportados pelos Docentes na caraterização ambiental dos LE.
Tabela 6 – Dados comparativos das questões alimentares.
Tabela 1: Descrição das escolas inscritas no projeto.
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