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Pirataria No Mercado De Softwares: Como a Microsoft lida com cópias não legítimas do Windows

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Revista da AMDE – ANO: 2014 – VOL. 12

Pirataria No Mercado De Softwares:

Como a Microsoft lida com cópias não legítimas do Windows

Rodrigo Nobre Fernandez

Gustavo de Oliveira

Claudio Djissey Shikida

1. INTRODUÇÃO

Na tradição de Law & Economics (aqui conhecida como “Análise Econômica do Direito”), o problema das violações dos direitos de propriedade intelectual é um ponto que não se resume apenas a questões teóricas. A propriedade intelectual apresenta

Este trabalho tem como objetivo analisar a trajetória da produtora de softwares Microsoft em relação ao seu principal produto: o sistema operacional Windows, enfatizando os problemas de cópias não licenciadas (“pirataria”). Procurou-se identificar, descrever e avaliar as estratégias adotadas ao ser desafiada com a crescente utilização de cópias não devidamente licenciadas deste sistema. Embora existam evidências de que atividades de “pirataria” têm relação negativa com o nível e a variação da renda per capita dos países, o estudo de caso da Microsoft mostra evidências de que, microeconomicamente, existe um nível racional de pirataria aceita pela empresa.

Palavras Chave: Pirataria. Software. Microsoft. Windows. Bens de Informação. Análise Econômica do Direito.

Resumo

This work aims to analyze the Microsoft software producer trajectory in relation to its main product: the Windows operating system, emphasizing on unlicensed copies ("piracy"). It has attempted to identify, describe and assess the adopted strategies to be challenged with the increasing use of unlicensed copies. Although there is evidence that "piracy" activities have negative relationship with the countries GNP per capita level, the Microsoft's study of case shows evidences that microeconomically, there is a rational level of piracy accepted by the company.

Keywords: Piracy. Software. Microsoft. Windows. Information goods. Law & Economics.

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este aspecto “público” cuja discussão é apropriada no arcabouço da Análise Econômica do Direito. Por exemplo, Posner (2005) afirma:

Indeed, if the software pirate, or those who purchase the pirated software from him, could not or would not pay the price charged by the owner of the patented or copyrighted software (this assumes that the owner’s ability to price discriminate is limited, so that the owner cannot snag the poorest customers by reducing the price to them to just a shade above the owner’s marginal cost), then piracy does not cost the owner any lost sales. Indeed, piracy may increase the income of the original owner if some of the pirate’s customers purchase application programs from the owner or if expansion of the owner’s user base confers network advantages over competing software producers. However, if piracy reaches a level at which pirates are making copies of their pirated copies and selling the new copies to people who would otherwise buy the copyrighted product, the copyright owner will be hurt, maybe severely. (POSNER 2005, p.64)

O problema da pirataria de programas de computador não é um problema novo. Até o começo deste século, a forma mais comum de piratear softwares era através de intermediários. O principal Sistema Operacional dessa época, o Windows XP, lançado em 2001, custava algumas centenas de reais nas lojas brasileiras em sua versão destinada aos usuários domésticos (Home Edition). Todavia, era comum encontrar vendedores oferecendo cópias não licenciadas por um preço excessivamente inferior, aproveitando-se do baixo custo de reprodução. Com a ascensão de novas tecnologias e a integração de redes digitais, a reprodução de softwares e outros bens da informação passaram a ser feitos pelos próprios usuários que desfrutariam da mercadoria.

Software é a parte lógica que fornece instruções e regras que serão interpretadas pelo computador. Em linguagem econômica, o software pode ser enquadrado como um bem intangível, ou de forma um pouco mais estrita: um bem de informação. Conforme apontado por Shapiro e Varian (1999), o termo informação nesse caso é, em essência, qualquer coisa que pode ser digitalizada, como livros, bancos de dados, revista, filmes, músicas e páginas na web. Logo, Bens de Informação são os produtos que têm valor de mercado derivado da informação que contêm. A concepção e consumo do software são verificados em sua totalidade em um ambiente digital, portanto, ele é compreendido pela definição de bem de informação.

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remete à sua origem que se deu na pilhagem de navios dos séculos XVI à XVIII. O significado mais comum atribuído à pirataria nos últimos anos é o ato de criar cópias não legítimas de determinado bem e distribuí-las sem ter a licença adequada para isso. Basicamente, pirataria é a apropriação indevida de propriedade intelectual por uma parte que não seja a proprietária por direito, resultando na produção de cópias não autorizadas do produto (MCDONALD e ROBERTS, 1995). Por mais que a pirataria atual possa surgir no mercado de bens tangíveis, com exemplares piratas frequentes de roupas, óculos, remédios e até hardwares, é no campo de bens de informação que ela se faz mais presente e, portanto, é nesse domínio que este trabalho visa ocupar-se, mais especificamente, sobre o mercado de softwares, sobretudo, softwares de base. Softwares de base são os que permitem a operação e a programação do computador bem como, Sistemas Operacionais (Windows, Linux, Mac OS, etc.) e linguagens de programação (Java, C++, PHP, etc.). Há, também, Softwares aplicativos que viabilizam a realização de tarefas por clientes finais, bem como, programas multimídia, jogos, processadores de texto e planilhas, etc.

A estrutura de custos de um fornecedor de bens de informação como os softwares é incomum e se difere notoriamente da estrutura de produtores de outros tipos de bens. Como afirmam Shapiro e Varian (1999): “A informação é cara de produzir, mas barata para reproduzir”, ou seja, “o custo de produzir a primeira cópia de um bem da informação pode ser substancial, mas o custo de produzir (ou reproduzir) cópias adicionais é desprezível”. Assim, a produção de um bem de informação abrange altos custos fixos, mas baixos custos marginais.

O inconveniente para os produtores de informação é que a maior acessibilidade da tecnologia aos consumidores finais (ou aos vendedores ilegais) foi um evento, excepcionalmente, facilitador para que a reprodução dessa informação ocorresse por agentes não autorizados se aproveitando do custo marginal próximo de zero, característico desse tipo de produto. Isso ocorre, especialmente, com a ascensão do uso da internet na última década e a popularização de programas de compartilhamento.

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meios físicos já eram bastante pirateados como os softwares. Com a crescente escala da tecnologia e o aumento das vendas dos conteúdos por meios digitais, houve uma expansão desse tipo de pirataria. De acordo com um estudo do Ipea (2012), 41% dos internautas no Brasil preferem baixar conteúdo de mídia pirata ao original, detectando o grande número de produtos de informação piratas, desde mídias audiovisuais, softwares de base quanto aos softwares aplicativos.

Dentro deste contexto, este trabalho propõe um estudo de caso dos impactos da pirataria no principal produto de uma das maiores fornecedoras de softwares: o Windows, produzido pela Microsoft Corporation. Principalmente, tentará identificar, descrever e analisar as estratégias adotadas por essa empresa para lidar com os níveis de pirataria, à luz dos conceitos propostos por Shapiro e Varian (1999) como Discriminação de Preços, Aprisionamento Tecnológico e Efeitos de Rede.

Desenvolver um software é caro, mesmo para uma empresa de grande porte, como a Microsoft. O alto número de cópias piratas do Windows causa uma grande redução do faturamento da companhia, devido às compras legítimas que deixam de ser feitas pelos usuários que optam pela versão não licenciada. Além disso, a pirataria acaba por culminar em um aumento de custos, pois força, a princípio, a Microsoft a reverter parte de seus recursos financeiros na tentativa de proteger seu software e garantir a experiência dos compradores legítimos. A Microsoft, no entanto, encontrou alternativas melhores para lidar com a pirataria ao tolerar certa quantidade dela. Ao fazer isso ela conseguiu manter o Windows com a maior parcela do mercado de sistemas operacionais e então licenciar os computadores de empresas públicas ou privadas, sendo esses mais fáceis de fiscalizar. Além disso, adotou estratégias educacionais e de adição de valor, assim como preços estratégicos de penetração para grupos de consumidores mais propensos a piratear o Windows.

Há muito que se pleitear sobre pirataria, inclusive no âmbito econômico, visto que ela repercute nos níveis e formas de produção desses tipos de bens, além de ter um forte efeito nas agendas políticas que são pressionadas pelos fornecedores de bens de informação a dar mais ênfase na proteção dos direitos de propriedade intelectual. É

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notável a quantidade de relatórios emitidos com a intenção de revelar os prejuízos que a pirataria causa à indústria. Este estudo contribui com uma pequena recapitulação da literatura da área, de forma a aplicá-la na análise da conduta de uma das maiores provedoras de informação.

A próxima seção apresenta a revisão de literatura com referencial teórico sobre economia de informação e resultados empíricos sobre pirataria de softwares. A seção seguinte ilustra a relação entre o nível de pirataria e o desenvolvimento econômico. Na sequência, faz-se um breve relato da trajetória da companhia Microsoft, com foco em seu sistema operacional Windows. A quinta parte detalha o conjunto de decisões que esta empresa tomou ao longo dos anos ao desenvolver seu sistema operacional, ao mesmo tempo em que a pirataria se popularizava cada vez mais. Por fim, o último segmento conclui.

2. REVISÃO DE LITERATURA

Em “A Economia da informação”, Shapiro e Varian (1999) apresentam conceitos interessantes à análise do comportamento das firmas em relação à pirataria. São dois os principais conceitos: “Versões da Informação” e “Aprisionamento tecnológico”. O primeiro nada mais é que uma forma de discriminação de preços na qual se oferece versões talhadas para as necessidades dos diferentes clientes. Já o segundo consiste em tornar clientes dependentes de um fornecedor por haver substanciais custos de trocas ao decidir mudar de um tipo de tecnologia para outra.

Apesar do efeito mais evidente da pirataria ser a diminuição da receita destes produtores, esta pode ser um importante meio de agregar mais valor ao produto utilizando-se das Externalidades de Difusão que ela pode causar. Essa dualidade consiste em um tradeoff que as empresas devem levar em conta ao decidir lidar com cópias não licenciadas de seus produtos. Também pode ser um dos principais motivos de alguns estudos empíricos em Economia da Pirataria apresentarem resultados contraditórios (CASTRO, BALKIN E SHEPHERD, 2005).

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dois tipos de custos aos consumidores associados à utilização não-licenciada de softwares. O custo de reprodução é a quantidade que o consumidor paga no mercado paralelo pelo software e é considerado igual para todos os consumidores. Cada vez mais, este custo passa a ser, nominalmente, zero, pois com a popularização das tecnologias digitais de compartilhamento, os utilizadores conseguem ser autossuficientes no ato de piratear, excluindo intermediários. No entanto, ainda assim há o custo de conseguir encontrar a cópia e fazê-la funcionar sem suporte apropriado para instalação. O custo de degradação é proporcional à valoração que cada usuário confere ao software. Este custo é composto por vantagens complementares do uso do software original, como suporte para uso online e manuais explicativos que acompanham o disco de instalação, por exemplo. Os autores providenciaram estrutura teórica para demonstrar que os efeitos da pirataria dependem crucialmente da natureza destes custos.

A solução mais imperante e intuitiva contra a pirataria é o reforço da garantia dos direitos de propriedade, ou seja, o método legal de combater à pirataria. Todavia, a pirataria pode ser evitada mais eficientemente através de outras táticas. Campanhas educacionais voltadas aos agentes pirateadores, adição de valor ao produto, e estratégias de preços mais baixos de penetração tendem a funcionar melhor (JEONG E KHOUJA, 2013).

Além disso, há várias contribuições à literatura empírica sobre o tema. Djekic e Loebbecke (2007) examinam a eficácia da aplicação de DRMs nos softwares com a intenção de protegê-los da pirataria, mostrando que essa tecnologia falha no seu principal objetivo. Bibby, Gantz e White (2008) mensuraram a externalidade negativa, quando um software da Microsoft é pirateado para outras empresas do ecossistema envolvido, como revendedores e prestadores de serviço que usam o ambiente Windows. Em suma, os autores concluíram que para cada dólar que recebido pela Microsoft com a redução da pirataria em 2008 o ecossistema recebia em torno de $4.37.

Os efeitos provenientes da pirataria sobre o crescimento econômico no médio prazo foram confirmados por Andrés e Goel (2011), utilizando um modelo padrão de crescimento e cruzando dados disponibilizados pela BSA sobre o nível de pirataria

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entre países. De acordo com esses autores as cópias ilegais de software reduzem o crescimento econômico no médio prazo. Ainda, os autores reforçam que a relação entre essas duas variáveis é não linear e que em países em desenvolvimento a pirataria contribui numa maior magnitude para a redução do crescimento do produto.

O impacto que o ambiente de negócios tem nos níveis de pirataria é estudado por Yang (2007), avaliando em termos de política econômica, cultura social e tecnologia. Um dos principais aspectos ressaltados pelo autor é que o ambiente macroeconômico exerce uma forte influência na pirataria de software. Em suma, boas condições macro favorecem o ambiente de negócios e incentivam o ingresso de novas empresas, ampliando a competição e reduzindo os custos ao consumidor.

Ademais, o estudo de Yang (2007) relata que em média, nações em desenvolvimento possuem uma alta taxa de pirataria de software. Nesse sentido, o autor indica que as políticas adequadas para a redução de pirataria deveriam estar concentradas na garantia do direito de propriedade intelectual e na educação dos usuários.

Sob esse prisma, a pirataria de software está bastante relacionada com as instituições econômicas e com a garantia dos direitos de propriedade. A análise econômica do direito pode direcionar os formuladores de políticas públicas no sentido de como gerar incentivos adequados para a redução da pirataria de software. Na próxima seção, discute-se como o desenvolvimento econômico está relacionado com a excessiva reprodução de software ilegais.

3. PIRATARIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

A disseminação de cópias ilegais de softwares gera um impacto conhecido nas receitas das desenvolvedoras destes softwares. Menos licenças legítimas, significam menos vendas reais e, portanto, menor faturamento da produtora deste bem de informação. No entanto, as companhias criadoras de softwares têm realizado um esforço para publicar estudos que identificam efeitos menos óbvios da pirataria. Estes estudos, em sua maior parte publicados pela BSA - aliança da qual a Microsoft faz parte,

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apresentam dados sobre a pirataria em todo o mundo e evidenciam como ela pode prejudicar o desenvolvimento econômico.

Conforme relatam Shapiro e Varian (1999), o aumento do licenciamento regular não beneficia apenas o proprietário intelectual do produto, mas também gera um efeito em cadeia na economia. A diminuição de índices de pirataria gera ganhos, por exemplo, para as empresas de serviços e distribuição relacionadas à tecnologia de informação de uma economia local. De modo que a redução da pirataria proporciona um ganho substancial nessa cadeia, quanto mais rápida for a sua atenuação, maior será o retorno econômico.

De acordo com BSA (2013), o software regularmente licenciado gera um efeito positivo na atividade da economia nacional 365% maior comparado ao software pirateado. Um aumento global de 1% no uso do software legítimo, ceteris paribus, injeta $73 bilhões na economia mundial contra $20 bilhões, caso este mesmo aumento fosse sobre um software pirata, associando uma vantagem de $53 bilhões ao uso de software original como ilustrado no gráfico 1.

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Tabela 1- O Impacto na Elasticidade Renda de 1% de Aumento no Uso de Software Sobre o PIB

Classificação Software Licenciado Software Não Licenciado

Alta Renda 0,13%

Média Renda 0,06%

Baixa Renda 0,07%

Todos 0 a 0,03%

Fonte: BSA (2013)

Em outro estudo da mesma instituição, BSA (2011), classificou-se as principais regiões do mundo em termos de quantidade de software pirateado (ver gráfico 2). É interessante notar que níveis mais altos de pirataria podem ser associados as regiões emergentes. Leste e Centro Europeu (64%), América Latina (64%), Ásia-pacífico (60%), Oriente Médio e África (58%) estão acima da média mundial de 42%. Enquanto regiões desenvolvidas como União Europeia (35%), Oeste Europeu (33%) e América do Norte (21%) possuem níveis menores que a média.

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Além destes estudos, Andrés (2006) encontrou, para uma amostra de países europeus, que a proteção ao software e a renda per capita do país seriam os fatores mais importantes na determinação do grau de pirataria . McLenan e Le (2011), utilizando um painel de 71 países no período 1996-2006 encontraram que o resultado de que atividades de pirataria (“violações aos direitos de propriedade intelectual”) levariam a uma taxa de crescimento econômico mais baixa. Finalmente, Andrés & Goel (2012) encontram, para o período 2000-2007, que a pirataria diminui o crescimento econômico no médio prazo de forma não-linear (a pirataria diminuiria o crescimento, mas de forma decrescente).

Os estudos acima nos mostram evidências de que a pirataria tem impactos macroeconômicos. É razoável supor que existam também impactos microeconômicos. Assim, na próxima seção, analisa-se o caso da pirataria para o principal produto da Microsoft, o sistema operacional Windows.

4. HISTÓRICO

4.1 Início Da Microsoft

Em meados de 1975, ao ver a capa da revista “Popular Eletrocnics”, Paul Allen comprou esse exemplar e a mostrou para seu amigo Bill Gates. Ambos jovens na época, eram interessados por programação de computadores e já tinham realizado pequenos trabalhos. Viram no Altair 8880 uma boa oportunidade de aplicar suas técnicas e programar softwares para a máquina. Algum tempo depois, Gates entrou em contato com a MITS , empresa criadora do Altair 8880, e informou que ele e Allen poderiam desenvolver um software interpretador de ações em linguagem BASIC para o Altair. Poucas semanas depois o código desenvolvido por Allen e Gates é testado no Altair 8800 e funciona bem, a MITS concorda, então, em distribuir o computador com o sistema denominado Altair Basic. Para fechar o negócio, os novos desenvolvedores usaram o nome Micro-Soft (uma combinação das palavras microcomputer e software, que eram basicamente os objetos de trabalho deles).

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em Albuquerque - Novo México, cidade onde era localizada a sede da MITS. Nos próximos anos a Microsoft passou a produzir variantes do software feito para o Altair BASIC, os chamados Microsoft BASIC. A empresa ganhou real destaque quando a IBM , gigante da indústria de computadores, procurava um software para lançar com seu primeiro computador pessoal em 1980 e acabou negociando com a Microsoft. A empresa de Allen e Gates, no entanto, não tinha nenhum sistema operacional adequado quando fecharam negócio com a IBM, então compraram um sistema operacional pronto, o QDOS produzido pela Seattle Computer Products, e depois de algumas alterações e melhorias licenciaram para a IBM com o nome MS-DOS .

4.2 Windows

Na primeira metade da década de 80, Bill Gates trabalhou em um projeto com a Apple Computers para desenvolver aplicativos que seriam utilizados no Macintosh, computador pessoal da Apple. Como resultado disso, alguns aspectos da interface gráfica do Macintosh interessaram Bill Gates, e o levou a aplica-los no seu sistema operacional MS-DOS que rodava na maioria dos computadores da IBM. Foi a partir disso que foi criado o Windows em 1985, uma espécie de extensão para o MS-DOS que trazia uma interface gráfica mais amigável, colorida, capaz de realizar multitarefas e fazer uso de um mouse. O MS-DOS que antes operava através de uma única linha de comando, passou a trabalhar com a tela inteira e de várias formas. Além disso, foram incluídos vários aplicativos que hoje são considerados triviais, como relógio, calculadora, bloco de notas e o criador de desenhos simples e editor de imagens Paint. O nome Windows (Janelas em inglês) foi atribuído pelo departamento de marketing da Microsoft, devido ao modo que as multitarefas eram administradas no sistema operacional por meio de caixas que lembravam janelas, cada uma com uma vista diferente.

Em 1987 foi lançado o Windows 2.0, uma versão melhorada do Windows que veio com mais aplicativos de produtividade como Word, Excel e PowerPoint e também apresentou os conceitos de maximizar e minimizar janelas no ambiente operacional. O Windows 2.0 foi, consideravelmente, mais popular que a primeira versão por permitir

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fácil alternância entre o ambiente de janelas e o ambiente de linha de comando do MS-DOS.

No ano de 1990, a Microsoft experimentou verdadeiro sucesso com o Windows 3.0, novo sistema operacional que conseguiu competir de igual para igual com a principal concorrente Apple. O Windows 3.0 acompanhando o salto de tecnologia que ocorria na época com a introdução de placas gráficas potentes, trazia um sistema com uma interface gráfica muito mais bonita, botões polidos e traçado que tornava mais fácil executar comandos e manusear arquivos através de pastas.

A Microsoft, então, tornou o Windows um sistema operacional instalado por padrão no MS-DOS em 1995, diferente das versões anteriores que eram instaladas separadamente. De 1995 a 2000 o Windows teve versões destinadas ao usuário final nomeadas de acordo com o ano de lançamento. Os principais são o Windows 95, uma grande evolução se comparado ao Windows 3.0, sendo o que estabeleceu a Microsoft como principal distribuidora de Sistemas Operacionais. O Windows 98, não muito diferente do Windows 95, mas com ênfase na conexão de internet que começava a se difundir e apresentou o navegador Microsoft Internet Explorer, do qual passou a vir pré-instalado nos sistemas Windows e por isso se tornou muito popular.

No início do milênio em 2001, era anunciado o Windows XP, revelando uma das mudanças mais drásticas do sistema operacional da Microsoft, com um visual mais limpo e menus mais elaborados que deixavam a experiência de usar um computador muito mais amigável a iniciantes. O Windows XP tornou-se muito popular, sendo dificilmente substituído pelas futuras atualizações da Microsoft.

Apenas em 2007 a Microsoft lança uma nova versão, o Windows Vista, trazendo mais efeitos visuais do que funções essenciais. Não foi muito popular deixando O Windows XP como sistema operacional mais usado ainda por um longo tempo.

Em 2009, é anunciada a sétima versão regular do sistema operacional, o Windows 7 que continuou com qualidade visual semelhante ao Windows Vista, ainda introduzindo estruturas transparentes e barra de tarefas mais intuitivas entre outras

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funcionalidades mais úteis e melhor performance.

A Microsoft demorou a notar o mercado móvel e tentou competir nele criando o Windows 8 em 2012. O sistema conta com uma interface dupla, uma destinada a dispositivos com tela sensível ao toque no lugar do tradicional menu iniciar e outra com a tradicional área de trabalho das versões anteriores.

O mais recente sistema operacional da Microsoft, o Windows 10, lançado no segundo semestre de 2015. Foi construído e é atualizado levando fortemente em conta o feedback dos usuários. No Windows 10 o menu iniciar aparece novamente, mas ainda com o suporte a telas sensíveis ao toque. A intenção da Microsoft é integrar vários dispositivos que usam este sistema operacional ao mesmo tempo. A partir desse momento a Microsoft diz que tratará o Windows como um serviço e fará atualizações menos significantes, porém mais frequentes. O Windows 10 então, se prenuncia (até o momento) como a versão definitiva do sistema operacional.

4.3 Outros Produtos

Ao longo de sua trajetória a Microsoft predominantemente focou no desenvolvimento de softwares. Além do sistema operacional Windows ela desenvolveu aplicativos de produtividade como o editor de textos Word, o editor de planilhas Excel e o editor de apresentações gráficas PowerPoint. Todos estes fazem parte de um pacote de serviços chamado de Microsoft Office.

A Microsoft também é reconhecida por realizar várias aquisições e integrá-las ao estilo da empresa. Como o serviço de e-mail Hotmail e o Skype, um software que oferece comunicação de áudio e vídeo pela internet.

O interesse por desenvolvimento de hardware é relativamente recente, tendo como destaque a criação dos consoles de videojogos da linha Xbox, iniciando em um mercado em sua maioria dominado por empresas japonesas como Sony, Sega e Nintendo. Mais recentemente há a construção de computadores tablets visando a integração com seus mais novos sistemas operacionais com foco em mobilidade.

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5. PRÁTICAS DA MICROSOFT RELATIVAS À PIRATARIA

A pirataria é inerente ao mercado de softwares, e às vezes, é polemizado de forma superficial. A Microsoft, como se espera, é oposta ao uso de software não licenciado, afinal, como ela é uma das maiores desenvolvedoras de softwares, a companhia é uma das que mais poderiam sair prejudicadas em um ambiente de negócio com altas taxas de pirataria. No entanto, diferente de muitas corporações, dominantemente da indústria fonográfica ou audiovisual que ao verem suas produções sendo copiadas ilegalmente buscaram mais rigidez na proteção de propriedade intelectual, a Microsoft recorreu também a outras alternativas e até tolera certo grau de pirataria.

É incontestável que dado uma quantidade de usuários do Windows, quanto mais deles forem cópias legítimas, melhor é a situação da Microsoft. Porém, empregar todos os esforços em garantir que a lei funcione pode não ser a melhor estratégia e a Microsoft percebeu isso. Como notado por Jeong e Khouja (2013), campanhas educacionais, adição de valor ao produto, e estratégias de preços diferentes podem ser opções melhores.

No âmbito educacional, a Microsoft financiou integral ou parcialmente (através de instituições como a BSA, a qual ela se inclui juntamente com outras produtoras de software) vários estudos que procuram mensurar os prejuízos da pirataria, não somente para a produtora, mas também aos consumidores do software em questão e ainda outros agentes econômicos envolvidos. Por exemplo, um estudo de 2008, feito pela IDC , com o objetivo de evidenciar os prejuízos que a pirataria causa à economia, demonstra que, em uma escala global, para cada U$1 que a Microsoft deixava de receber devido à pirataria, outras companhias no ecossistema envolvido, como desenvolvedores de aplicativos para Windows, perdiam no total U$5,50, sendo U$4,37 devido a uma menor receita e U$1,13 a um aumento de custos. Em 2013, a IDC também realizou uma análise sobre o impacto do nível de pirataria na segurança digital. Encontrando-se uma alta correlação positiva entre os níveis de software não licenciado e as ocorrências de malware , o que resulta em custos para identificar, reparar, recuperar os dados e lidar

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com o roubo de identidade por infecção. Este último estudo ajudou a Microsoft a conceber a campanha “Play it safe”, que produziu cartilhas educacionais acerca dos malefícios do software não-licenciado para os usuários, sobretudo empresas.

Em relação a adição de valor ao Windows, a Microsoft focou numa estratégia de integração de seus outros produtos com o sistema operacional. O Windows legítimo interagirá de forma mais eficiente com o serviço de computação em nuvem Onedrive que passou a vir instalado por padrão e de forma integrada ao sistema a partir do Windows 8.1. Por meio de streaming , jogos do Xbox podem ser jogados no computador com Windows 10 instalado. Atualizações com melhorias de desempenho e segurança são frequentes para quem tem o software legítimo, donos de Windows licenciados recebem suporte adequado, entre outras ações que fazem o custo de degradação descrito por Bae e Choi (2006) diminuir e tornar o software original mais atraente.

A Microsoft adota também estratégias de preços menores para determinados grupos de consumidores. Estudantes acadêmicos, por exemplo, podem conseguir preços menores na loja online da Microsoft ao comprovar que frequentam uma instituição de ensino superior. Um preço menor de penetração em um grupo estratégico é interessante para a Microsoft, pois é uma maneira de popularizar o software em um meio que influencia outras pessoas a usar o mesmo sistema, ajudando a formar uma base instalada de pessoas usando o Windows.

Outra ação da empresa que atenua a pirataria é o licenciamento em massa para distribuição do Windows em máquinas novas. Uma fabricante de computadores compra um lote de licenças do Windows a um valor menor por unidade e pré-instala nas máquinas que colocará à venda. O computador com o software original é homologado pela Microsoft e tem vantagem competitiva em relação aos computadores semelhantes sem o sistema. Essa prática é tão comum, que dificilmente se encontra um computador montado a venda sem sistema operacional já instalado. Dessa forma a aquisição do Windows é feita juntamente com o hardware, de forma semelhante aos computadores desenvolvidos pela Apple (principal concorrente da Microsoft no mercado de

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computadores de mesa que pouco sofre com pirataria), com a diferença que a Microsoft se foca em produzir apenas o software e a Apple, além do sistema operacional, produz também o hardware.

Apesar da Microsoft obviamente desejar que todas as cópias do Windows sejam originais e incentivar ações que garantam que os direitos de propriedade intelectual sejam cumpridos, ela poupa boa parte dos esforços que seriam gastos para atacar a pirataria existente em computadores pessoais e foca em regularizar os softwares utilizados em empresas. Fiscalizar empresas é mais fácil do que identificar todos os computadores pessoais com Windows pirata instalado, e a legislação de proteção de propriedade intelectual, em geral, é melhor aplicada a corporações do que a pessoas físicas. Em 2012, por exemplo, a Microsoft detectou que a Embraer estava utilizando cópias piratas do Windows em alguns computadores da empresa. O caso terminou em um acordo milionário em que a Embraer pagou cerca de U$10 milhões para a Microsoft. Conforme notícia publicada na Folha de São Paulo em abril de 2013:

Além de notificar a Embraer, a Microsoft fez uma denúncia à Procuradoria Geral de Washington, Estado que em 2011 aprovou o "Unfair Competition Act", lei que pune empresas que utilizam softwares pirateados ou sem licença proibindo-as de fazer negócios em seu território. Caso tivesse ido aos tribunais e fosse condenada, a firma brasileira estaria sujeita a pagar multas e ser proibida de vender aeronaves em Washington e possivelmente em outros 37 dos 50 Estados americanos, que assinaram carta de concordância sobre o tema. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2013)

Ao exercer com mais facilidade a proteção dos direitos de propriedade nos softwares usados por companhias empresariais, a Microsoft consegue realizar um tipo de discriminação de preços vendendo o sistema operacional por um valor mais elevado as empresas. Isso é feito a partir de criação de versões diferentes do Windows. De acordo com Shapiro e Varian (1999) uma ampla linha de produtos de informação maximiza o valor total da informação fornecida. O atual sistema da Microsoft conta com as versões Home e Pro, sendo a primeira destinada a usuários domésticos e a segunda destinada a empresas acentuando funções que podem ser úteis no ambiente corporativo e cobrando quase o dobro do preço. Aliada a essa estratégia, a Microsoft disponibiliza alguns tipos de licenciamento por volume que facilita a ativação das

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licenças em empresas com muitos computadores ao mesmo tempo que garante que a empresa será padronizada usando softwares da Microsoft.

Juntamente a outras medidas anteriormente apresentadas, tolerar cópias piratas em computadores pessoais faz com que a base instalada de usuários de Windows cresça, diferente do que poderia acontecer se a Microsoft se comprometesse em punir estes usuários, o que provavelmente levaria a evasão desses para outro sistema operacional. A princípio, evasão de consumidores que não pagam pelo seu produto não parece algo negativo, no entanto o crescimento da base instalada, independentemente se é feito via pirataria ou não, causa o que Shapiro e Varian (1999) chamaram de aprisionamento. O aprisionamento acontece quando o custo de trocar o software é muito alto. Por exemplo, uma empresa (esta sim bastante suscetível a sanções se usar software pirata) pode usar Windows em seus computadores ou escolher outro sistema operacional mais barato ou até grátis como o Unix. No entanto, a Microsoft tendo sucesso ao criar uma grande base instalada de usuários Windows, faz com que os funcionários já estejam familiarizados com o sistema e impõe a empresa um alto custo de troca se optar por outro software (como um novo treinamento de funcionários para utilizar o novo sistema).

Um usuário de Windows também gera outros usuários de Windows. O fato de uma pessoa usar determinado aplicativo para Windows, por exemplo, que gera arquivos com determinadas extensões que funcionam melhor no sistema da Microsoft pode levar a outras pessoas demandarem o sistema operacional para interagir com a primeira pessoa. Isso se chama Efeitos de Difusão e tem grande impacto sobre o tamanho do aprisionamento - tolerar mais pirataria ajuda a estender estes efeitos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho constituiu em analisar as principais estratégias adotadas pela Microsoft ao lidar com pirataria de Software. Ao longo de sua trajetória a companhia sempre apresentou ótimos resultados alcançando um valor de mercado em outubro de 2015 de cerca de U$380 bilhões, figurando entre as maiores empresas do mundo. Não significa, necessariamente, que a crescente receita é devido a uma

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decrescente pirataria. Os fatos observados mostram que a Microsoft usa de estratégias para combater a pirataria, bem como, discriminação de preços, aprisionamento tecnológico e efeitos de difusão. Em termos econômicos, a empresa considera a variável “pirataria” na maximização de seus lucros e essas táticas permitem que o montante de receitas seja superior aos custos de softwares não licenciados, ou seja, há um nível de pirataria considerado “ótimo”, ou tolerável.

Desse modo, observa-se que a melhor estratégia não é focar-se somente no efeito impeditivo em todos os usuários de software pirata. Há de se cogitar também efeitos preventivos. Projetos educacionais, para conscientizar sobre os malefícios do software ilegítimo é uma alternativa viável; adicionar valor ao software genuíno fazendo com que ele seja mais interessante ao consumidor também pode ser mais eficiente que insistir em medidas legais; projetar diferentes versões de modo a destacar as necessidades de diferentes grupos de clientes; enfatizar as diferenças permite extrair mais valor do software criado, à medida que é possível cobrar mais caro do grupo que precisa de mais funções e no caso é mais passível de usar software original. O efeito impeditivo, neste caso, deve ser focado a apenas um determinado grupo de mais fácil fiscalização de forma que uma base instalada possa ser formada a partir do grupo pouco fiscalizado.

Por fim, esse trabalho fornece uma súmula de ações da companhia que mais gera receita a partir do desenvolvimento de um sistema operacional para computadores em relação a cópias piratas, sejam elas erroneamente ativadas ou apenas uma licença acionada em mais de uma máquina. Para uma nova agenda de pesquisa, torna-se interessante avaliar quantitativamente o efeito dessas práticas da Microsoft no combate a pirataria.

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Tabela 1- O Impacto na Elasticidade Renda de 1% de Aumento no Uso de Software  Sobre o PIB

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