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Avaliação do sucesso dos mini-implantes quando utilizados como alternativa no tratamento ortodôntico

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

REBECA SÁ LEITÃO DE SOUSA FREITAS

AVALIAÇÃO DO SUCESSO DOS MINI-IMPLANTES QUANDO UTILIZADOS COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO

NATAL/RN 2019

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AVALIAÇÃO DO SUCESSO DOS MINI-IMPLANTES QUANDO UTILIZADOS COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à coordenação do curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte integrante dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Odontologia.

Orientador: Prof. Dr. Wagner Ranier Maciel Dantas Coorientadora: Profª Dra. Hallissa Simplício Gomes Pereira

NATAL/RN 2019

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Odontologia Freitas, Rebeca sá Leitão de Sousa.

Avaliação do sucesso dos mini-implantes quando utilizados como alternativa no tratamento ortodôntico / Rebeca sá Leitão de Sousa Freitas. - 2019.

50f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Wagner Ranier Maciel Dantas.

Coorientador: Profa. Dra. Hallissa Simplício Gomes Pereira.

1. Implante - Trabalho de Conclusão de Curso. 2. Técnicas de movimentação dental - Trabalho de Conclusão de Curso. 3.

Procedimentos cirúrgicos menores - Trabalho de Conclusão de Curso. 4. Ortodontia corretiva - Trabalho de Conclusão de Curso. I. Dantas, Wagner Ranier Maciel. II. Pereira, Hallissa Simplício Gomes. III. Título.

RN/UF/BSO BLACK D74

Elaborado por Hadassa Daniele Silva Bulhões - CRB-CRB 313/15

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Trabalho de conclusão de curso apresentado à coordenação do curso de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte integrante dos requisitos para obtenção do título Bacharel em Odontologia.

Aprovado em: ___/___/_____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Prof. Dr. Wagner Ranier Maciel Dantas

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Orientador

________________________________________________ Prof. Dr. André Luiz Marinho Falcão Gondim Universidade Federal do Rio Grande do Norte

________________________________________________ Prof. Dr. Arthur César de Medeiros Alves

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Agradeço a minha família, em especial meus pais, Mona Lisa Freitas e Alexandre Freitas, que se dedicaram e não mediram esforços para que meu sonho de cursar Odontologia se tornasse realidade. Ao meu noivo, José Augusto Fonsêca, que esteve presente em cada momento, oferecendo seu apoio aos desafios vividos. Com certeza eles foram fundamentais para a minha chegada até aqui.

Ainda aos meus irmãos espirituais que me conduziram nessa caminhada, me auxiliando na tomada de decisões e à energia criadora que permitiu que tudo isso acontecesse em minha vida.

Aos meus amigos de universidade, em especial Fernanda Soares, Sarah Thayse, Winnie Lourdes e Welson Amancio, que foram fundamentais e permitiram uma jornada mais leve. À minha dupla, Darah Barreto, com quem compartilhei alegrias e tristezas e aprendi muito com o convívio. Entre nós ficará apenas um até logo e a certeza que contribuímos no crescimento uns dos outros.

Aos meus orientadores, Prof. Dr. Wagner Ranier Maciel Dantas e Profª Drª. Hallissa Simplício Gomes Pereira que estiveram prontamente me auxiliando no desenvolver deste trabalho, compartilhando comigo experiências e se dispondo a apoiar meu crescimento profissional.

Ao Prof. Dr. Pedro Paulo de Andrade Santos por todas as orientações desde a época de monitoria, compartilhando seus conhecimentos e sendo um apoio nos desafios enfrentados. E ainda pela oportunidade da iniciação científica, que se configurou uma experiência única para meu crescimento acadêmico.

Ao doutorando Rodrigo Mafra que foi muito importante neste trabalho e se dedicou prontamente ao meu auxílio, me orientando no melhor caminho a seguir.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em especial ao Departamento de Odontologia, que me permitiu desempenhar as atividades acadêmicas e foi a minha segunda casa durante esses quatro anos e meio.

Por fim, agradeço a todos os docentes que contribuíram não somente com conteúdos, mas experiências de vida e puderam me guiar na carreira acadêmica.

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Introdução: Os sistemas de ancoragem esquelética têm sido utilizados na Ortodontia devido à

possibilidade de se obter movimentações dentárias mais eficientes, com menor incômodo para o paciente e colaboração do mesmo. Objetivo: Analisar a eficácia dos mini-implantes no tratamento ortodôntico, com base na experiência clínica dos participantes da pesquisa, de forma a auxiliar o profissional nos protocolos utilizados. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de formulários Google®, composto por 12 questões objetivas, enviado pelo Conselho Regional de Odontologia

(CRO) aos ortodontistas de Natal/RN. Foram respondidos 35 questionários pelos profissionais e esses dados foram analisados de forma descritiva e estatística, a fim de buscar a associação das variáveis dependentes e independente, chegando a um melhor entendimento eficácia dos mini-implantes como alternativa ao tratamento ortodôntico. Resultados: As respostas dos ortodontistas indicaram um perfil de sucesso na instalação de mini-implantes, com base em suas experiências clínicas. Considerações finais: De acordo com os achados desse estudo pode-se concluir que os mini-implantes dependem de uma gama de fatores que influenciam no seu sucesso. Porém, eles se mostram, em geral, como uma boa alternativa na ancoragem ortodôntica.

Palavras – Chave: Implante. Técnicas de movimentação dental. Procedimentos cirúrgicos menores. Ortodontia corretiva.

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Introduction: Skeletal anchorage systems have been used in orthodontics due to the possibility of obtaining more efficient tooth movements, with less patient discomfort and collaboration. Aim: To analyze the effectiveness of mini-implants in orthodontic treatment, based on the clinical experience of the research participants, in order to assist the professional in the protocols used. Methodology: The study was conducted using Google® forms, composed of 12 objective questions, sent by the

Regional Council of Dentistry (CRO) to the orthodontists of Natal / RN. Thirty-five questionnaires were answered by professionals and these data were analyzed descriptively and statistically in order to seek the association of dependent and independent variables, reaching a better understanding of the effectiveness of mini-implants as an alternative to orthodontic treatment. Results: Orthodontists' responses indicated a successful profile of mini-implant installation based on their clinical experience. Final considerations: According to the findings of this study, it can be concluded that mini-implants depend on a range of factors that influence their success. However, they are generally a good alternative for orthodontic anchorage.

Keywords: Implant. Dental handling techniques. Minor surgical procedures. Corrective orthodontics.

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Tabela 1 - Análise das respostas obtidas para questões relacionadas à experiência e conhecimento dos ortodontistas quanto ao uso de mini-implantes...14

Tabela 2 - Análise das respostas obtidas para as questões relacionadas ao diagnóstico e tratamento com mini-implantes...15

Tabela 3 - Análise das respostas obtidas para questões relacionadas às características dos mini-implantes...16

Tabela 4 - Análise das respostas obtidas para as questões relacionadas aos parâmetros clínicos de proservação dos pacientes com mini-implantes...17

Tabela 5 - Associações entre variáveis relacionadas a condutas clínicas e a taxa de sucesso na terapia com mini-implantes...18

Tabela 6 - Associações entre características dos mini-implantes e a taxa de sucesso no tratamento...19

Tabela 7 - Associações entre parâmetros clínicos de proservação e a taxa de sucesso no tratamento com mini-implantes...20

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1 INTRODUÇÃO...9

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...11

2.1 Sistemas de Ancoragem...11

2.2 Características dos mini implantes...11

2.3 Técnicas de Instalação...12

2.4 Locais para Instalação...13

2.5 Aplicação da Força...14 2.6 Sucesso do mini-implante...14 3 OBJETIVOS...15 3.1 Geral...15 3.2 Específicos...15 4 HIPÓTESES...16 5 METODOLOGIA...17 5.1 Considerações Éticas...17 5.2 Natureza do Estudo...17 5.3 Cenário de Estudo...17 5.4 Tamanho da Amostra...17 5.5 Critérios de inclusão...18 5.6 Critérios de exclusão...18 5.7 Coleta de Dados...18

5.8 Análise dos dados...18

5.9 Variáveis do Estudo...19

5.10 Análise Estatística...20

6 RESULTADOS...21

6.1 Análise descritiva...21

6.1.1 Experiência e conhecimento dos ortodontistas quanto ao uso de mini implantes...21

6.1.2 Diagnóstico e tratamento com mini implantes...22

6.1.3 Características dos mini implantes...24

6.1.4 Parâmetros clínicos de proservação dos pacientes com mini implantes...24

6.2 Análise estatística inferencial...25

6.2.1 Condutas clínicas e a taxa de sucesso na terapia com mini implantes...25

6.2.2 Características dos mini-implantes e a taxa de sucesso no tratamento...27

6.2.3 Parâmetros clínicos de proservação e a taxa de sucesso no tratamento com mini-implantes 27 7 DISCUSSÃO...29

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APÊNDICE A...36 APÊNDICE B...38 ANEXO...40

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1 INTRODUÇÃO

Os dispositivos de ancoragem ortodôntica têm sido utilizados devido à possibilidade de resultados satisfatórios com menor incômodo para o paciente e sem a necessidade de colaboração do mesmo. Esses sistemas podem substituir recursos extra e intrabucais, apresentando-se com uma técnica simples e pouco invasiva, sem necessidade da utilização de terapia medicamentosa prévia ou após sua inserção. Essa ancoragem é indicada para o paciente que possui número insuficiente de dentes para a aplicação de recursos convencionais, como alternativa à cirurgia ortognática e em vários outros casos complexos da Ortodontia, visando minimizar efeitos colaterais (SQUEFF et al., 2008; KITAHARA-CÉIA et al., 2013; NISHIGAWA et al., 2017).

Os mini-implantes são geralmente confeccionados de liga de titânio e variam quanto à forma, design e medidas, de acordo com o fabricante. Possuem três porções distintas: cabeça (área para instalação de dispositivos ortodônticos), perfil transmucoso (região existente entre a porção rosqueável e a cabeça) e porção rosqueável (parte ativa do mini-implante) (KITAHARA-CÉIA et al., 2013; ROMANO; CONSOLARO, 2015; ASSAD-LOSS et al., 2017).

O principal mecanismo relacionado à retenção de mini-implantes é a sua adaptação mecânica a estruturas ósseas previamente mineralizadas, enquanto que a osseointegração é secundária e tardia. A osseointegração pode dificultar a remoção do mini-implante e aumentar o risco de fratura. A fim de resistir à fratura utiliza-se mini-implantes em forma de cone e fios perfurantes. Essas características auxiliam na dissipação das forças de compressão exercidas pelas estruturas ósseas ao redor do mini-implante enquanto ele está sendo instalado (RUELLAS; PITHON; SANTOS, 2013; CONSOLARO; ROMANO, 2014; ASSAD-LOSS et al., 2017).

O sucesso do mini-implante depende da habilidade do cirurgião, condição do paciente, local adequado de colocação, estabilidade inicial, mecânica ortodôntica, tipo de mini-implante e higiene bucal. As complicações e acidentes frequentemente estão relacionadas com falhas mecânicas, além do contato entre as raízes dentárias adjacentes, mucosite e contaminação (KYUNG et al., 2003 apudCONSOLARO; ROMANO 2014; SQUEFF et al., 2008; TEPEDINO et al., 2017).

Os sítios de instalação diferem quanto ao maxilar envolvido, pois, na maxila, devem ser instalados na área abaixo da espinha nasal, no palato, no processo alveolar, na crista infra-zigomática, devendo o mini-implante ser colocado em ângulo oblíquo e em direção apical. Na mandíbula, as áreas de escolha para a colocação do mini-implante são o processo alveolar, a área retromolar e a sínfise mandibular, devendo a inserção ser feita paralelamente às raízes, quando na presença de dentes. O mini-implante transcortical pode ser utilizado para dar mais estabilidade à área edêntula, onde o osso trabeculado é geralmente escasso (SQUEFF et al., 2008). Deve ser

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evitado colocar um mini-implante na gengiva livre, pois isso impede que o tecido mole se mova sobre o mini-implante, diminuindo, assim, o risco de trauma (ROMANO; CONSOLARO, 2015).

A força ortodôntica utilizada no mini implante pode formar um tecido necrótico que é lentamente removido por células semelhantes a macrófagos. Isso vai gerando uma reabsorção radicular que se extende até onde não haja mais necrose, criando lacunas ósseas e diminuindo a pressão exercida pela aplicação de força. Logo, quanto maior a força aplicada, maior o processo de reabsorção, possibilitando maior dano à raiz. Técnicas que levem a uma menor agressão ao ligamento periodontal e a movimentação correta dos dentes são desejáveis, promovendo uma menor reabsorção dentária (RUELLAS; PITHON; SANTOS, 2013; CONSOLARO; ROMANO, 2014; SUGII et al., 2018).

A instalação dos mini-implantes pode ser realizada por qualquer profissional da Odontologia, porém o ortodontista deve participar da escolha do posicionamento desse dispositivo, pois é ele quem realizará o movimento e entende os vetores de força que podem ser gerados pela localização da ancoragem. As técnicas utilizadas podem ser da transmucosa, em que a broca perfura a mucosa e realiza diretamente a perfuração, ou a técnica da cirurgia a retalho, em que é feita uma incisão e é levantado um retalho mucoperiosteal para visualização do osso (JANSON; SANT´ANA; VASCONCELOS, 2006).

Devido a pouca existência de trabalhos, até então publicados, relacionados à eficácia dos mini-implantes como ancoragem ortodôntica, há necessidade de uma melhor compreensão deste assunto. Assim, esta pesquisa objetiva contribuir com o meio científico acerca deste tema, buscando auxiliar o ortodontista na escolha de protocolos mais eficazes, no intuito de diminuição dos casos de insucesso.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Sistemas de Ancoragem

Os mini-implantes são dispositivos temporários e fixos em algum dos maxilares que servem de ancoragem para a movimentação ortodôntica. Esses sistemas de ancoragem esquelética estão sendo utilizados em Ortodontia, pois possibilitam resultados satisfatórios com procedimentos minimamente invasivos, uma alternativa que gera menor incômodo para o paciente e pouco influenciada pela colaboração do mesmo. São uma alternativa para substituição da utilização de recursos extra e intrabucais, que, por dependerem mais da colaboração do paciente, às vezes não causa o efeito desejado com eficácia. Por isso, os mini-implantes apresentam-se como uma técnica simples e pouco invasiva, sem necessidade da utilização de terapia medicamentosa antes ou após sua inserção (SQUEFF et al., 2008; KITAHARA-CÉIA et al., 2013; NISHIGAWA et al., 2017).

O controle de ancoragem é um fator decisivo para o sucesso de tratamentos ortodônticos longos e estão sendo feitos esforços para desenvolver métodos apropriados. Todos os aparelhos intraorais apresentam alguma perda de ancoragem e os aparelhos extra orais dependem da colaboração do paciente (KITAHARA-CÉIA et al., 2013). O principal mecanismo relacionado à ancoragem de mini-implantes ortodônticos é sua adaptação mecânica a estruturas ósseas previamente mineralizadas. Após algumas semanas ou meses, a osseointegração, representada pela colonização celular e formação óssea na superfície dos mini-implantes ocorrerá, momento este que os mini-implantes podem ser removidos após cumprir seu papel de ancoragem ortodôntica (RUELLAS; PITHON; SANTOS, 2013; CONSOLARO; ROMANO, 2014).

Esses sistemas são indicados para o paciente que possuem número insuficiente de dentes para a aplicação de recursos convencionais, como alternativa à cirurgia ortognática e em vários outros casos complexos da Ortodontia (NISHIGAWA et al., 2017).

2.2 Características dos mini-implantes

Os mini-implantes são geralmente confeccionados de liga de titânio grau V (6% alumínio e 4% de vanádio) e variam quanto à forma, design e medidas, de acordo com o fabricante. Suas dimensões variam de 1,2 a 2 mm de diâmetro e 6 a 12 mm de comprimento. Possuem três porções distintas: cabeça (área para instalação de dispositivos ortodônticos), perfil transmucoso (região existente entre a porção rosqueável e a cabeça) e porção rosqueável (parte ativa do mini-implante)

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(NAMIUCHI JUNIOR et al., 2013; KITAHARA-CÉIA et al., 2013; ROMANO; CONSOLARO, 2015; ASSAD-LOSS et al., 2017).

A forma do mini-implante permite a ancoragem mecânica através da área de contato entre o implante e o osso, permitindo a distribuição da força sem prejudicar a fisiologia do tecido. O seu formato é um dos fatores que permitem a estabilidade primária e também deve limitar o trauma cirúrgico no ato da inserção (SQUEFF et al., 2008; KITAHARA-CÉIA et al., 2013).

Quanto aos parafusos, a forma e a largura são fundamentais para sua fixação, além disso, uma quantidade maior de roscas garante mais resistência ao deslocamento e maior estabilidade primária. Nesse contexto, essas características estão relacionadas com as propriedades mecânicas dos mini-implantes, especialmente os torques de retenção e inserção (KITAHARA-CÉIA et al., 2013; ROMANO; CONSOLARO, 2015).

O diâmetro externo reduzido do mini-implante é um fator de risco para fratura no momento da inserção ou remoção, porém, mini-implantes de grande diâmetro podem causar necrose óssea devido à microfraturas (KITAHARA-CÉIA et al., 2013; CONSOLARO; ROMANO 2014).

2.3 Técnicas de Instalação

A instalação dos mini-implantes pode ser realizada por qualquer profissional da Odontologia, porém o ortodontista deve participar da escolha do posicionamento desse dispositivo, pois ele quem realizará o movimento e entende os vetores de força que podem ser gerados pela localização da ancoragem (JANSON; SANT´ANA; VASCONCELOS, 2006).

A perfuração prévia deve ser realizada com baixa rotação e irrigação, pois esses são fatores importantes para diminuição do risco de aquecimento e necrose óssea que prejudicam a estabilidade primária. Porém, esse passo não é necessário para mini-implantes autorosqueáveis. A inserção do miniparafuso deve ser realizada sem vibrações da mão ou contra-ângulo, pois estas oscilações geram fraturas no osso cortical e medular, prejudicando a estabilidade (ROTHIER; VILELLA, 2009).

Uma das técnicas utilizadas pode ser a transmucosa, em que a broca transpassa a mucosa e realiza diretamente a perfuração. Ela é mais recomendada para regiões de mucosa queratinizada, mas com a prática também pode ser desenvolvida em mucosa alveolar. É uma técnica menos invasiva, com pouca sensibilidade pós-operatória e rápida cicatrização (JANSON; SANT´ANA; VASCONCELOS, 2006).

A cirurgia a retalho é outra manobra, que é feita uma incisão de aproximadamente 5 mm e é levantado um retalho mucoperiosteal para visualização do osso, seguindo com a perfuração do

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mesmo. Depois de colocado o parafuso o retalho é suturado e deixada exposta a cabeça do mini-implante. Esta técnica tem sua maior indicação em mucosa alveolar, que, por ser muito móvel e pouco resistente, pode enroscar na broca e dificultar o procedimento, caso escolhida a técnica transmucosa. Além de casos com limitação de espaços, devido a necessidade de visualização da conformação das raízes e formato do rebordo. Como desvantagens ela apresenta maior tempo clínico, de cicatrização e desconforto pós-operatório, além de chances de inflamação gengival. (JANSON; SANT´ANA; VASCONCELOS, 2006; ROMANO; CONSOLARO, 2015).

2.4 Locais para Instalação

Os sítios de instalação diferem quanto ao maxilar envolvido, pois, na maxila, deve ser instalado na área abaixo da espinha nasal, o palato, o processo alveolar, a crista infra-zigomática, devendo o mini-implante ser colocado em ângulo oblíquo e em direção apical. Na mandíbula, as áreas de escolha para a colocação do mini-implante são o processo alveolar, a área retromolar e a sínfise mandibular, devendo a inserção ser feita paralela às raízes, quando na presença de dentes. O mini-implante transcortical pode ser utilizado para dar mais estabilidade à área edêntula, onde o osso trabeculado é geralmente escasso (SQUEFF et al., 2008).

A espessura do osso cortical e densidade óssea trabecular são fatores a serem considerados na determinação do local de colocação de mini-implante, além do material, a técnica cirúrgica, os cuidados de higiene do paciente e o controle do mesmo realizado pelo cirurgião-dentista (CONSOLARO; ROMANO 2014).

Quanto mais apical um mini-implante é colocado, mais resistentes são as estruturas disponíveis, com placas corticais mais densas e mais volumosas e osso esponjoso. Além disso, mini-implantes colocados perto de locais de extração dentária recente apresentam dificuldades técnicas e riscos de perda devido ao baixo volume e baixa quantidade de osso. Outro fato que devemos ter em mente é que os mini-implantes colocados na gengiva livre podem causar inflamação ou edema como resultado da movimentação do tecido (CONSOLARO; ROMANO, 2014; ROMANO; CONSOLARO, 2015).

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De acordo com estudos prévios, as forças sobre os mini-implantes podem ser aplicadas 3 dias após a instalação, enquanto outros protocolos preconizam um período de espera de 21 ou 40 dias. Quanto ao carregamento imediato para mini-implantes de ancoragem absoluta, o tempo de espera é menor e pode ser imediatamente aplicado, se observada estabilidade primária (CONSOLARO; ROMANO, 2014).

Embora os mini-implantes possam ser colocados com forças relativamente padronizadas, eles podem sofrer sobrecarga por pressão excessiva aplicada pelo operador durante o procedimento. O excesso de forças no intertravamento mecânico de mini-implante com estruturas ósseas subjacentes e peri-implantar pode levar a microfraturas trabeculares, micro - hemorragia periférica e necrose, causada pela morte de osteoblastos e osteócitos. Para evitar essas consequências, o especialista deve aplicar uma leve pressão, promovendo o intertravamento inicial, e posteriormente ele deve girar a chave seguindo a direção do fio até a plataforma do mini-implante tocar o tecido gengival (SQUEFF et al., 2008; CONSOLARO; ROMANO, 2014).

A tenacidade à fratura dos mini-implantes varia de acordo com o fabricante e o tipo, portanto o operador deve entender as características desses dispositivos que influenciam os valores de torque de fratura antes da escolha, assim, o torque máximo pode ser utilizado com segurança clinica para a inserção (ASSAD-LOSS et al., 2017).

2.6 Sucesso do mini-implante

O sucesso do mini-implante depende da habilidade do cirurgião, condição do paciente, local adequado de colocação, estabilidade inicial, mecânica ortodôntica, tipo de mini-implante e higiene bucal. As complicações mais frequentes são relacionadas com falhas mecânicas, além do contato entre as raízes dentárias adjacentes, mucosite e contaminação. (SQUEFF et al., 2008; KYUNG et al., 2003 apudCONSOLARO; ROMANO, 2014; TEPEDINO et al., 2017).

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3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Analisar a eficácia dos mini-implantes no tratamento ortodôntico, com base na experiência clínica dos participantes da pesquisa, de forma a auxiliar o profissional nos protocolos utilizados.

3.2 Específicos

I. Investigar parâmetros específicos na instalação do mini-implante; II. Relacionar a instalação com a movimentação ortodôntica; III. Analisar as principais indicações para uso de mini-implantes; IV. Investigar as características dos mini-implantes utilizados; V. Avaliar a taxa de sucesso no tratamento ortodôntico.

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4 HIPÓTESES

H0 Não existe uma gama de fatores que influenciam no tratamento com mini-implante

H1 É necessário entender a pluralidade dos fatores que influenciam no tratamento com

mini-implante

H0 Independentemente do método ou localização a instalação vai ter o mesmo nível de sucesso

H1 Existem vários métodos e localizações de instalação de mini-implantes que geram um nível de

incerteza do sucesso

H0 Independentemente da colaboração do paciente o mini-implante terá o mesmo nível de sucesso

H1 A colaboração do paciente é um fator primordial no sucesso do mini-implante

H0 A instalação do mini-implante é padrão a qualquer tipo de movimentação ortodôntica

H1 O tipo de movimentação ortodôntica influencia na instalação do mini-implante

H0 A taxa de sucesso não está relacionada ao acessório apoiado ao mini-implante

H1 O acessório apoiado ao mini-implante influencia na sua taxa de sucesso

H0 Qualquer mini-implante, independentemente de suas características, possui a mesma taxa de

sucesso

H1 As características do mini-implante estão diretamente relacionadas com sua taxa de sucesso

H0 A espessura e qualidade óssea não são fatores que interferem no tratamento com mini-implantes

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5 METODOLOGIA

5.1 Considerações Éticas

Em consonância com a resolução 466/2012-CNS, foram preservados os direitos do participante durante todo o processo da investigação científica. Desse modo, os mesmos receberam o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), conforme modelos disponíveis no site do Comitê de Ética da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) (Apêndice A). Foi enviada uma carta de anuência ao CRO (Conselho Regional de Odontologia), no intuito de formalizar e esclarecer os objetivos e metodologia da pesquisa. Antes do início da pesquisa, o projeto foi encaminhado ao comitê de ética e pesquisa da UFRN, para as formalidades legais e apenas teve início após aprovação.

5.2 Natureza do Estudo

O estudo caracteriza-se por ser de ordem observacional, tendo como unidade de análise os mini-implantes instalados, avaliando se há associação entre um determinado fator e desfecho, sem intervenção na relação analisada. No que se estabelece na dimensão temporal, o estudo é caracterizado como seccional, uma vez que a produção do dado é realizado em um único instante. Por fim, o tratamento dos dados coletados caracteriza um estudo analítico, em que a relação causa-consequência é investigada e fornecido um retrato da situação.

5.3 Cenário de Estudo

O estudo foi realizado por meio de envio de questionários para o e-mail dos cirurgiões-dentistas cadastrados no Conselho Regional de Odontologia como ortodontistas atuantes em Natal/RN.

5.4 Tamanho da Amostra

A amostra se constituiu por 35 cirurgiões-dentistas especialistas em ortodontia e cadastrados no Conselho Regional de Odontologia (CRO) com atuação em Natal/RN que se dispuseram a responder o questionário enviado por e-mail. Não foi realizado cálculo amostral e a amostra se configurou por conveniência.

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5.5 Critérios de inclusão

Foram incluídos todos os profissionais cadastrados no Conselho Regional de Odontologia, com atuação em Natal/RN e concordaram com o TCLE e se dispuseram a responder o questionário.

5.6 Critérios de exclusão

Foram excluídos da amostra os profissionais que não estão cadastrados no CRO, ou que estão cadastrados como outra especialidade. Ainda aqueles ortodontistas que não atuem em Natal/RN. Além daqueles que não concordarem com o TCLE e/ou não puderem responder o questionário.

5.7 Coleta de Dados

Os dados foram coletados por meio de um questionário, não validado, do tipo formulário Google®, composto por 12 perguntas objetivas, desenvolvido nesta pesquisa (Apêndice B). Eles

foram enviados aos ortodontistas cadastrados no CRO em Natal/RN que após responderem cada questionário foi enviado automaticamente para o banco de dados da pesquisadora.

5.8 Análise dos dados

Os dados foram analisados de forma descritiva, em função das informações obtidas nos questionários, buscando a associação das variáveis dependentes e independente, alcançando o entendimento da eficácia dos mini-implantes no tratamento ortodôntico.

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5.9 Variáveis do Estudo

VARIÁVEL DEPENDENTE Nome da

variável Definição Categorias Tipo

Sucesso do

mini-implante Sucesso dos mini-implantes corresponde àmanutenção do mesmo antes ou durante a aplicação de força. (Janson& Sant’Ana & Vasconcelos, 2006)

Sim ou Não Categórica Ordinal VARIÁVEIS INDEPENDENTES

Localização Anatômica

Local de instalação do mini-implante que formará uma linha de ação da força. (Marassi & Marassi, 2008)

Espinha nasal, Palato duro, Processo alveolar, Crista

infra-zigomática, Área retromolar, Sínfise mandibular Categórica nominal Tipo de mini-implante

A escolha do parafuso deve levar em consideração o espaço mésio-distal existente entre as raízes, a densidade e a profundidade do osso e a espessura da mucosa. É interessante que, ao posicionar o mini implante haja pelo menos 1mm de osso ao seu redor, para evitar injúrias aos dentes e também facilitar sua instalação. (Janson& Sant’Ana & Vasconcelos, 2006)

Cabeça: Universal ou Braquete

Tipo de Rosca: Auto perfurante ou Auto rosqueante

Anatomia da rosca: Cilíndrica ou Cônica Giro da rosca: Direita ou Esquerda Categórica nominal Técnica utilizada para instalação de mini-implante

Ato cirúrgico realizado por um cirurgião dentista em que se instala o mini-implante para ancoragem e estabilidade ao longo do tratamento.(Janson& Sant’Ana & Vasconcelos, 2006)

Transmucosa ou

Cirurgia a retalho Categóricanominal

Tipo de movimentação

ortodôntica

A movimentação dentária induzida por aparelhos ortodônticos constitui-se em procedimentos terapêuticos utilizados na clínica odontológica com intuito de correção da oclusão do paciente. (Consolaro et. al, 2011)

Intrusão de dentes anteriores, Intrusão de dentes posteriores, Fechamento de Espaços, Distalização de dentes posteriores Categórica nominal Tempo para

Tratamento Intervalo de tempo entre o aparecimento desintomas e o recebimento da terapia. (DeCS)

Quantidade de meses Quantitativa contínua Espessura e

Qualidade Óssea

Quantidade de osso que suportará os dispositivos para ancoragem esquelética. (Jr. & Ladeia, 2012)

Boa, regular, insatisfatória

Categórica ordinal

Arcada

Curva formada pela fileira de dentes em sua posição normal na arcada osseodentária. O arco dental é formado pelos dentes mandibulares, e o superior, pelos dentes maxilares. (DeCS)

Maxila e Mandíbula Categórica nominal

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5.10 Análise Estatística

Após a realização dos questionários, os dados obtidos foram registrados em planilhas eletrônicas Excel (Microsoft Office 2016 ®) e exportados para o programa Statistical Package for

the Social Sciences ® (versão 22.0, SPSS Inc., EUA), no qual foram realizadas as análises

estatísticas. Os resultados foram descritos na forma de frequências absolutas e relativas. O teste Exato de Fisher foi aplicado com o intuito de investigar possíveis associações entre as variáveis estudadas. Foi adotado nível de significância de 5%, sendo considerados significativos os valores de p < 0,05.

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6 RESULTADOS

6.1 Análise descritiva

Nesta seção, serão apresentados os resultados de forma descritiva referentes à experiência clínica dos ortodontistas (Tabela 1), diagnóstico e tratamento com mini-implantes (Tabela 2), características dos mini-implantes instalados (Tabela 3) e aspectos de proservação dos pacientes em quem foram instalados os mini-implantes (Tabela 4).

6.1.1 Experiência e conhecimento dos ortodontistas quanto ao uso de mini-implantes

Quanto ao quesito instalação de mini-implantes, os ortodontistas responderam, em sua maioria, que instalavam esses dispositivos (62,8%). Dentre estes, 51,4% (n=18) afirmaram instalar em qualquer situação clínica, enquanto que 11,4% (n=4) instalam apenas em alguns casos. A justificativa para os que não instalavam, ou que só instalavam em casos específicos, foi a preferência dada aos cirurgiões bucomaxilofaciais ou implantodontistas (25,7%; n=9) ou dificuldades técnicas (17,1%; n=6) (Tabela 1).

Em relação à arcada que promove maior dificuldade de manutenção do dispositivo, a maxila se destacou (60%; n=21) em relação à mandíbula (40%; n=14). No que se refere aos sítios de instalação, o processo alveolar e a área retromolar estiveram como principais locais que geram necessidade de recolocação do dispositivo (42,9% e 28,6%, respectivamente) (Tabela 1).

Relacionada à finalidade ortodôntica em que os mini-implantes são mais utilizados, a intrusão de dentes posteriores é a movimentação mais trabalhada por esses profissionais (31,4%; n=11). Seguida da distalização de dentes posteriores (28,5%; n=10) e fechamento de espaços (22,8%; n=8) (Tabela 1).

Ainda sobre a relação entre o dispositivo apoiado ao mini-implante e a sua necessidade de recolocação, 51,4% (n=18) dos profissionais afirmaram que não existe interferência. Porém, dos que afirmaram haver a interferência (48,6%; n=17), o elástico foi o acessório mais citado entre eles (37,1%; n=13) (Tabela 1).

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Tabela 1 - Análise das respostas obtidas para questões relacionadas à experiência e conhecimento dos ortodontistas quanto ao uso de mini-implantes. Natal-RN, 2019.

Questões Frequência

absoluta (n)

Frequência relativa (%) Você instala mini-implantes?

Sim 18 51,4

Apenas em alguns casos 4 11,4

Não 13 37,1

Se não ou em alguns casos, por qual motivo?

Dificuldade técnica 6 17,1

Preferência por CBMF ou implantodontista 9 25,7

Não se aplica 18 51,4

Não respondeu 2 5,7

Em qual arcada a instalação promove maior dificuldade de manutenção dos mini-implantes?

Maxila 21 60,0

Mandíbula 14 40,0

Qual o posicionamento com maior necessidade de recolocação? Palato duro 3 8,5 Processo alveolar 15 42,8 Crista infrazigomática 5 14,2 Área retromolar 10 28,5 Não respondeu 2 5,7

Para qual finalidade ortodôntica você mais utiliza mini-implantes?

Intrusão de dentes posteriores 11 31,4

Intrusão de dentes anteriores 5 14,2

Distalização de dentes posteriores 10 28,5

Fechamento de espaços 8 22,8

Não respondeu 1 2,8

Existe relação entre o acessório apoiado no mini-implante e o sucesso no tratamento?

Sim 17 48,5

Não 18 51,4

Em caso afirmativo, qual acessório?

Elástico 13 37,1

Fio ortodôntico 3 8,5

Mola 1 2,8

Não se aplica 18 51,4

Fonte: Dados da pesquisa.

Legenda: CBMF, Cirurgião bucomaxilofacial.

6.1.2 Diagnóstico e tratamento com mini implantes

A maior parte dos profissionais da pesquisa avaliam a espessura e qualidade óssea por meio de radiografias periapicais (68,6%; n=24), e uma parcela menor, por tomografia computadorizada (20%; n=7) ou radiografia panorâmica (8,6%; n=3) (Tabela 2).

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Quanto à técnica cirúrgica mais utilizada, a abordagem transmucosa foi praticamente unânime entre os profissionais, tendo em vista que apenas um (2,9%) dos trinta e cinco respondeu que utilizava a cirurgia a retalho para instalar seus dispositivos (Tabela 2).

Com relação à conduta dos profissionais, quando há necessidade de recolocação do miniparafuso, a maioria deles realiza a própria instalação (57,1%; n=20), alguns encaminham para outro cirurgião (28,5%; n=10) ou mudam o planejamento ortodôntico (14,2%; n=5) (Tabela 2).

Foi evidenciado que o tempo médio de tratamento com mini-implantes se configura de três a oito meses (57,1%; n=20), ao passo que um percentual menor de profissionais realiza o tratamento por um período superior a nove meses (31,4%; n=11) (Tabela 2).

A taxa de sucesso com a utilização do mini implante, com base na experiência clínica de cada profissional, foi em geral alta (77,1%; n=27) e os profissionais não relataram baixas taxas de sucesso (Tabela 2).

Tabela 2 - Análise das respostas obtidas para questões relacionadas ao diagnóstico e tratamento com mini-implantes. Natal-RN, 2019.

Questões Frequência

absoluta (n)

Frequência relativa (%) Como avaliar a espessura e qualidade óssea no local

da instalação dos mini-implantes?

Tomografia computadorizada 7 20,0

Radiografia panorâmica 3 8,5

Radiografias periapicais 24 68,5

Não respondeu 1 2,8

Qual a técnica cirúrgica mais utilizada para a instalação de mini-implantes?

Transmucosa 34 97,1

Retalho 1 2,8

Qual a conduta em necessidade de recolocação de mini-implantes?

Encaminhamento 10 28,5

Nova instalação 20 57,1

Mudança de planejamento 5 14,2

Qual o tempo médio de tratamento com mini-implantes?

3 a 8 meses 20 57,1

Mais de 9 meses 11 31,4

Não respondeu 4 11,4

Qual a taxa de sucesso obtido com a instalação dos mini-implantes?

Alta (> 60%) 27 77,1

Média (> 31% < 60%) 8 22,8

Baixa (até 30%) 0 0,0

Fonte: Dados da pesquisa.

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Conforme os profissionais entrevistados neste estudo, os mini-implantes mais utilizados por eles possuíam cabeça do tipo universal (54,2%; n=19), rosca auto perfurante (65,7%; n=23), anatomia cônica (42,8%; n=15) e giro de rosca direita (42,8%; n=15). Porém, grande parte dos participantes não respondeu a essas questões específicas (Tabela 3).

Tabela 3 - Análise das respostas obtidas para questões relacionadas às características dos mini-implantes. Natal-RN, 2019.

Questões absoluta (n)Frequência relativa (%)Frequência

Qual o tipo de cabeça mais utilizado?

Universal 19 54,2

Bráquete 8 22,8

Não respondeu 8 22,8

Qual o tipo de rosca mais utilizado?

Auto rosqueante 6 17,1

Auto perfurante 23 65,7

Não respondeu 6 17,1

Qual a anatomia da rosca mais utilizada?

Cilíndrica 7 20,0

Cônica 15 42,8

Não respondeu 13 37,1

Qual o giro da rosca mais utilizado?

Rosca esquerda 6 17,1

Rosca direita 15 42,8

Não respondeu 14 40,0

Fonte: Dados da pesquisa.

6.1.4 Parâmetros clínicos de proservação dos pacientes com mini implantes

Após 30 dias da instalação do dispositivo, os profissionais afirmaram que, na maioria dos casos, a mucosa oral do paciente se encontrava sem alterações clínicas (57,1%; n=20), o mini implante estava bem posicionado (68,5%; n=24) e apresentava boa estabilidade (80%; n=28) (Tabela 4).

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Tabela 4 - Análise das respostas obtidas para questões relacionadas aos parâmetros clínicos de proservação dos pacientes com mini-implantes. Natal-RN, 2019.

Questões Frequência

absoluta (n)

Frequência relativa (%) Após 30 dias da instalação dos mini-implantes, como

está a mucosa oral, na maioria dos pacientes?

Inflamada 9 25,7

Sem alterações 20 57,1

Não respondeu 6 17,1

Após 30 dias da instalação dos mini-implantes, como está o seu posicionamento, na maioria dos pacientes?

Bom 24 68,5

Alterado 1 2,8

Não respondeu 10 28,5

Após 30 dias da instalação dos mini-implantes, como se encontra a sua estabilidade, na maioria dos pacientes?

Estável 28 80,0

Instável 1 2,8

Não respondeu 6 17,1

Fonte: Dados da pesquisa.

6.2 Análise estatística inferencial

Nesta seção serão abordadas as associações estatísticas analisadas entre as variáveis independentes e a taxa de sucesso com a utilização de mini-implantes.

6.2.1 Condutas clínicas e a taxa de sucesso na terapia com mini implantes

Conforme verificado pelo teste Exato de Fisher, não houve associação estatisticamente significante (p=0,433) entre a instalação dos mini-implantes e a taxa de sucesso afirmada pelo ortodontista. Entretanto, foi evidenciada maior proporção dos ortodontistas que instalam o dispositivo (n=18; 81,8%) quando comparado com aqueles que não instalam (n=9; 69,2%) (Tabela 5).

No que se refere ao método de avaliação da espessura e qualidade óssea, também não houve significância estatística na associação entre o tipo de exame imagenológico escolhido pelo profissional e a taxa de sucesso (p=1,000). Porém, foi observada maior frequência do uso das radiografias panorâmicas e periapicais

(

n=21; 77,8

%

) quando comparado à tomografia computadorizada (n=5; 71,4%) (Tabela 5).

No tocante à escolha da técnica cirúrgica de instalação dos mini-implantes, quase todos os ortodontistas declararam optar pela abordagem transmucosa, havendo somente um profissional com

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preferência pela cirurgia a retalho. Dessa forma, não foi possível a realização de teste estatístico para verificar a associação da técnica cirúrgica com a taxa de sucesso (Tabela 5).

Quanto à conduta em casos de necessidade de recolocação do dispositivo, não foi encontrada significância estatística (p=0,390) pelo teste Exato de Fisher para a associação entre essa variável e a taxa de sucesso no tratamento. Entretanto, foi observada uma maior frequência de encaminhamentos do paciente (90,0%), quando comparada à realização de nova instalação pelo profissional ou mudança do planejamento ortodôntico (72,0%) (Tabela 5).

No que se refere ao tempo de tratamento, observamos uma maior proporção de três a oito meses de duração (n=15; 75,0%), quando comparado com mais de nove meses (n=8; 72,7%). Não foi encontrada significância estatística (p=1,000) na associação entre o tempo de tratamento e a taxa de sucesso (Tabela 5).

Tabela 5 - Associações entre variáveis relacionadas a condutas clínicas e a taxa de sucesso na terapia com mini-implantes. Natal-RN, 2019.

Variáveis Taxa de sucesso p Média n (%) Alta n (%) Instalação de mini-implantes

Sim ou apenas em alguns casos 4 (18,2) 18 (81,8) 0,433a

Não 4 (30,8) 9 (69,2)

Avaliação da espessura e qualidade óssea

Tomografia computadorizada 2 (28,6) 5 (71,4) 1,000a

Radiografias (panorâmica ou periapicais) 6 (22,2) 21 (77,8) Técnica cirúrgica

Transmucosa 8 (23,5) 26 (76,5)

Retalho 0 (0,0) 1 (100,0)

Conduta em necessidade de recolocação

Encaminhamento 1 (10,0) 9 (90,0) 0,390ª

Nova instalação ou novo planejamento 7 (28,0) 18 (72,0)

Tempo médio de tratamento

3 a 8 meses 5 (25,0) 15 (75,0) 1,000a

9 a 12 meses 3 (27,3) 8 (72,7)

Fonte: Dados da pesquisa.

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6.2.2 Características dos mini-implantes e a taxa de sucesso no tratamento

Conforme verificado por meio da aplicação do teste Exato de Fisher, as relações do tipo de cabeça e das características da rosca (tipo, anatomia e giro) dos mini-implantes com a taxa de sucesso não apresentaram significância estatística (p>0,05) (Tabela 6).

Tabela 6 - Associações entre características dos mini-implantes e a taxa de sucesso no tratamento. Natal-RN, 2019. Características Taxa de sucesso p* Média n (%) Alta n (%) Tipo de cabeça Cabeça universal 4 (21,1) 15 (78,9) 1,000 Cabeça bráquete 2 (25,0) 6 (75,0) Tipo de rosca Auto rosqueante 2 (33,3) 4 (66,7) 0,612 Auto perfurante 5 (21,7) 18 (78,3) Anatomia da rosca Cilíndrica 2 (28,6) 5 (71,4) 1,000 Cônica 3 (20,0) 12 (80,0) Giro da rosca Rosca esquerda 2 (33,3) 4 (66,7) 0,598 Rosca direita 3 (20,0) 12 (80,0)

Fonte: Dados da pesquisa.

Legenda: * Teste Exato de Fisher.

6.2.3 Parâmetros clínicos de proservação e a taxa de sucesso no tratamento com mini-implantes

Dentre os ortodontistas que declararam constatar ausência de alterações clínicas na mucosa oral, a maioria apresentou altas taxas de sucesso no tratamento. Entretanto, na amostra do presente estudo, não foi encontrada significância estatística na associação entre este parâmetro e a taxa de sucesso (p=0,158). No que se refere ao posicionamento do mini implante e à sua estabilidade, não foi possível realizar teste estatístico, tendo em vista que, dentre os ortodontistas que afirmaram ter taxa média de sucesso, nenhum deles mencionou alterações no posicionamento ou na estabilidade do mini-implante (Tabela 7).

(30)

Tabela 7 - Associações entre parâmetros clínicos de proservação e a taxa de sucesso no tratamento com mini-implantes. Natal-RN, 2019.

Parâmetros Taxa de sucesso p Média n (%) Alta n (%) Mucosa oral Sem alterações 3 (15,0) 17 (85,0) 0,158ª Inflamada 4 (44,4) 5 (55,6)

Posicionamento dos mini-implantes

Bem posicionado 5 (20,8) 19 (79,2)

Alterado 0 (0,0) 1 (100,0)

Estabilidade dos mini-implantes

Estável 6 (21,4) 22 (78,6)

Instável 0 (0,0) 1 (100,0)

Fonte: Dados da pesquisa.

Legenda: a Teste Exato de Fisher; --- Não foi possível realizar teste estatístico.

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7 DISCUSSÃO

Os dispositivos de ancoragem temporária são mecanismos utilizados na Ortodontia no intuito de minimizar efeitos indesejados dos sistemas convencionais. A mecânica ortodôntica leva em consideração diversos fatores, e essa complexidade envolve movimentos indesejados de dentes compreendidos no aparelho. Por conseguinte, esses sistemas buscam resultados mais eficazes, com menor tempo de tratamento e incômodo ao paciente (SQUEFF et al., 2008; ROMANO; CONSOLARO, 2015; TEPEDINO et al., 2017).

A instalação dos miniparafusos pode ser feita por qualquer Cirurgião-Dentista capacitado, porém é de fundamental importância o acompanhamento do ortodontista na escolha do posicionamento, pois ele aplicará a força e entenderá as particularidades biomecânicas de cada caso (JANSON; SANT´ANA; VASCONCELOS, 2006). Neste trabalho, a maior parte dos ortodontistas declarou instalar mini-implantes. Este é um fator favorável, tendo em vista que esses profissionais conseguem associar a correta localização anatômica com a mecânica ortodôntica desejada. Já para os demais profissionais, que não são especialistas em Ortodontia, há uma limitação nessa instalação, pois eles não possuem o entendimento da mecânica de movimentação desejada, buscando na abordagem cirúrgica apenas baseada na localização anatômica correta.

No tocante à localização anatômica, devemos compreender que os diferentes sítios de inserção possuem características próprias e, desta forma, a taxa de sucesso se torna variável, bem como as técnicas utilizadas. Segundo Rothier e Vilella (2009), as taxas de sucesso no objetivo do dispositivo são maiores em regiões anteriores de maxila e mandíbula, em comparação às localizações anatômicas mais posteriores. Os resultados da nossa pesquisa corroboram esta afirmação, considerando que os participantes referiram-se à região retromolar e ao processo alveolar como as localizações mais difíceis de manutenção do miniparafuso. Esses resultados podem ser justificados pela menor espessura cortical, técnicas de instalação mais difíceis e controle da higiene mais deficiente.

O intertravamento mecânico com uma boa ancoragem para um mini-implante deve ser realizado em regiões ósseas com placa cortical espessa (ROTHIER; VILELLA, 2009; CONSOLARO; ROMANO, 2014). Logo, a maxila mostra-se uma arcada mais propensa ao insucesso na instalação desses dispositivos, uma vez que se trata de um osso menos denso. Os resultados dessa pesquisa encontram-se em consonância com a literatura, tendo em vista que os entrevistados afirmaram que a maxila é o local de maior dificuldade na manutenção do dispositivo.

Os miniparafusos podem ser utilizados para diversas finalidades ortodônticas como retração anterior, distalização, mesialização, verticalização de molares, fechamento de espaços, entre outros.

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Porém a sua principal indicação são movimentações de segmentos difíceis, sem resultado dos métodos de ancoragem tradicionais ou casos que queremos evitar os efeitos colaterais existentes (BARBOSA; OSÓRIO; OSÓRIO, 2010; MARASSI; MARASSI, 2008). Quando perguntados sobre com qual mecânica mais utilizavam os mini-implantes, os ortodontistas desta pesquisa afirmaram que trabalham mais com esse mecanismo para movimentação de dentes posteriores, tanto intruindo, como distalizando. Podemos compreender com este fato que, possivelmente pela região posterior apresentar maior dificuldade de execução de mecânica ortodôntica, comparada à região anterior, os ortodontistas utilizem mais esses sistemas para tais objetivos.

Quanto ao acessório apoiado no mini-implante, os participantes afirmaram em maioria que não há relação entre ele e o sucesso no tratamento, corroborando com a literatura que não afirma se existe algum tipo mais indicado.

A cabeça do mini-implante é a parte mais utilizada pelo ortodontista, pois é o local onde se apoiam os acessórios para executar a movimentação. Ela deve ser pequena, ter uma superfície polida e arredondada, mas ter retenções para apoiar os acessórios ortodônticos (JANSON; SANT ´ANA; VASCONCELOS, 2006). Sendo assim, a cabeça tipo universal atende a todos os quesitos acima citados, diferentemente da cabeça tipo braquete, cuja superfície é capaz de ferir o paciente e dificultar a sua higiene. Nesta pesquisa, observamos que os ortodontistas dão preferência à utilização de dispositivos com cabeça tipo universal. Inferimos que isso ocorre possivelmente devido ao menor desconforto para o paciente e consequente colaboração do mesmo, sem grandes interferências no tratamento.

Segundo Rothier e Vilella (2009), ao comparar mini-implantes autoperfurantes com autorosqueáveis, verifica-se, no primeiro tipo, maior estabilidade, remodelação óssea e osseointegração, apesar dessa última característica não se apresentar como uma completa vantagem. Em acordo com a literatura os ortodontistas entrevistados afirmaram utilizar principalmente o tipo autoperfurante.

A anatomia da rosca pode ser cilíndrica – possui o mesmo calibre do começo ao fim com um pequeno afinamento na ponta para entrada da rosca – ou cônica – espessa na área próxima à cabeça do mini-implante, tornando-se mais estreita na ponta (JANSON; SANT´ANA; VASCONCELOS, 2006). A rosca cônica mostra-se mais vantajosa, pois assegura o efeito de condensação do osso e previne a destruição indesejada causada por inserção excêntrica, o que permite que a habilidade do operador ou local de inserção não interfiram na estabilidade do miniparafuso (SQUEFF et al., 2008). Isso se confirma na rotina clínica dos ortodontistas da pesquisa que, em sua maioria, afirmaram utilizar o mini-implante de rosca cônica.

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O giro de rosca é um mecanismo que contribui para evitar o auto-desrosqueamento do mini-implante, principalmente quando são utilizados fios ortodônticos. A rosca direita possui o giro no sentido horário e a esquerda no sentido anti-horário (SQUEFF et al., 2008). O estudo apresentado mostrou o maior uso de roscas direitas, porém não foi evidenciada na literatura nenhuma predileção quanto ao giro de rosca, podendo ser uma característica preferencial de cada ortodontista.

As técnicas cirúrgicas são simples, mas devem ser criteriosas. Fatores como habilidade do operador, acesso ao sítio de instalação e estabilidade primária obtida são primordiais no sucesso dessa instalação. Conforme Rothier e Vilella (2009), a taxa de sucesso é maior quando a cirurgia é realizada com a visualização do osso ou total rebatimento do retalho. Neste trabalho apenas um ortodontista afirmou realizar cirurgia a retalho na instalação dos mini-implantes em seus pacientes, porém, os demais, que afirmaram realizar instalação transmucosa, não tiveram taxas de sucesso tão distintas deste. Podemos então compreender que o tipo de abordagem cirúrgica escolhida é muito importante, mas pode não se configurar determinante na taxa de sucesso.

No que se refere ao tempo médio de tratamento, os profissionais questionados afirmam que se configura em torno de três a oito meses. Na literatura não há um padrão de tempo indicado para tratamento com mini-implante, sendo determinado a partir das características de cada caso. Porém, casos mais complexos demandam maior tempo de uso do dispositivo, quando comparados a casos mais simples.

A colaboração do paciente não é completamente descartada quando utilizamos tais dispositivos tendo em vista que a má higiene é um dos principais fatores de insucesso desses sistemas, pois a inflamação no local pode gerar perda de estabilidade, de posição ou ainda comprometer estruturas vizinhas (BRANDÃO; MUCHA, 2008; ROTHIER; VILELLA, 2009). Porém, nesta pesquisa, foi identificado um número muito baixo de profissionais que encontraram mucosa oral alterada, mini-implante fora de posição ou sem estabilidade. Isso pode ser explicado pelo bom nível de colaboração dos pacientes que recebem esses dispositivos.

A conduta dos ortodontistas desta pesquisa, quando questionados sobre a necessidade de recolocação de mini-implantes, foi, em grande parte, a realização de uma nova instalação. Isso pode nos indicar a confiança desses profissionais na utilização desses sistemas e a eficácia do mesmo. Segundo Barbosa, Osório, Osório (2010) esses dispositivos permitem uma maior previsibilidade no tratamento ortodôntico, bem como auxiliam na simplificação da mecânica, dispensa do laboratório de prótese, custo pouco elevado e diminuição de efeitos colaterais gerados pela mecânica convencional.

Apesar do principal mecanismo de ancoragem dos mini-implantes ser a adaptação mecânica às estruturas ósseas e de alguns sofrerem osseointegração, dependendo do tempo programado para

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seu desempenho, é necessário avaliar e espessura e a qualidade óssea antes da instalação no local programado (RUELLAS; PITHON; SANTOS, 2013). A radiografia convencional evidencia tecidos com diferença de densidade de no mínimo 10%, enquanto que a tomografia computadorizada detecta diferenças de 1% ou menos e evita sobreposição de estruturas (BONTRAGER, 2003 apud MELO et al., 2012; VITRAL; SANTIAGO; CERRONE JÚNIOR, 2009). Dessa forma, a densidade óssea pode ser mais precisamente determinada através de tomografias. Neste trabalho, apenas 20% dos ortodontistas afirmaram solicitar esse tipo de exame imagenológico antes da instalação dos mini-implantes. Fatores como custo mais elevado, maior incidência de radiação, baixa disponibilidade de tomógrafos na cidade podem justificar o menor uso desse tipo de exame.

Por fim, a taxa de sucesso é um fator determinado por uma gama de outros fatores, que vão desde a escolha da utilização do mecanismo até a manutenção do mesmo e mecânica ortodôntica desempenhada (ROTHIER; VILELLA, 2009). Em geral a taxa de sucesso deste trabalho foi alta (mais de 50% dos casos), não sendo relatada nenhuma taxa de sucesso baixa (inferior a 30% dos casos).

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os achados desse estudo pode-se concluir que os mini-implantes dependem de uma gama de fatores que influenciam no seu sucesso. Porém eles se mostram em geral como uma boa alternativa na ancoragem ortodôntica, minimizando efeitos indesejados de forças durante a realização do tratamento.

Porém afirmamos que são necessários mais estudos com amostras maiores relacionando ainda a taxa de sucesso com as demais variáveis, para o melhor entendimento da eficácia desse tipo de ancoragem e sua melhor aplicabilidade clínica.

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REFERÊNCIAS

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BARBOSA, REGINA CÉLIA MARCON; OSÓRIO, SUZIMARA DOS REIS GÉA; OSÓRIO, AGENOR. Uso de mini-implantes na ortodontia. REVISTA UNINGÁ, v. 26, n. 1, 2010.

BRANDÃO, Larissa Bustamante Capucho; MUCHA, José Nelson. Grau de aceitação de mini-implantes por pacientes em tratamento ortodôntico-estudo preliminar. Revista Dental Press

Ortodontia Ortopedia Facial, Maringá, v. 13, n. 5, p. 118-27, 2008.

CONSOLARO, Alberto; ROMANO, Fábio Lourenço. Reasons for mini-implants failure: choosing installation site should be valued!. Dental Press Journal of Orthodontics, Maringá v. 19, n. 2, p. 18-24, 2014.

JANSON, Marcos; SANTANA, Eduardo; VASCONCELOS, Wilfredo. Ancoragem esquelética com miniimplantes: incorporação rotineira da técnica na prática ortodôntica. Revista Clinical Ortodontia Dental Press, Maringá, v. 5, n. 4, p. 85-100, 2000. KITAHARA-CÉIA, Flávia Mitiko Fernandes et al. Morphological evaluation of the active tip of six types of orthodontic mini-implants. Dental Press Journal of Orthodontics, Marigá v. 18, n. 2, p. 36-41, 2013.

MARASSI, Carlo; MARASSI, Cesar. Mini-implantes ortodônticos como auxiliares da fase de retração anterior. Revista Dental Press Ortodontia Ortopedia Facial, v. 13, n. 5, p. 57-75, 2008

NISHIGAWA, FÁBIO YUJI et al. Biprotrusão e retração da bateria anterior com utilização de mini-implantes: relato de um caso clínico. Revista Uningá Review, Maringá v. 29, n. 1, p.86-89, 2018.

NAMIUCHI JUNIOR, Oswaldo Kiyoshi et al. Utilização do mini-implantes no tratamento ortodôntico. RGO. Revista Gaúcha de Odontologia (Online), Porto Alegre, v. 61, p. 453-460, 2013.

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ROTHIER, Eduardo Kant Colunga; VILELLA, Oswaldo de Vasconcellos. Ancoragem ortodôntica com mini-implantes: fatores de sucesso. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de Janeiro, v. 66, n. 2, p. 177, 2010.

RUELLAS, Antônio Carlos de Oliveira; PITHON, Matheus Melo; SANTOS, Rogério Lacerda dos. Maxillary incisor retraction: Evaluation of different mechanisms. Dental Press Journal of Orthodontics, Maringá, v. 18, n. 2, p. 101-107, 2013.

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SQUEFF, Luciana Rougemont et al. Caracterização de mini-implantes utilizados na ancoragem ortodôntica. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial,,Maringá v. 13, n. 5, p. 49-56, 2008.

SUGII, Mari Miura et al. Extruded upper first molar intrusion: Comparison between unilateral and bilateral miniscrew anchorage. Dental Press Journal of Orthodontics, v. 23, n. 1, p. 63-70, 2018. TEPEDINO, Michele et al. Average interradicular sites for miniscrew insertion: should dental crowding be considered?. Dental Press Journal of Orthodontics, Maringá v. 22, n. 5, p. 90-97, 2017.

VITRAL, Robert Willer Farinazzo; SANTIAGO, Rodrigo César; CERRONE JÚNIOR, Giovanni. Densidade mineral óssea de sítios específicos da maxila para a inserção de mini-implantes. Revista

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APÊNDICE A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE (Para Cirurgiões-Dentistas Ortodontistas)

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: AVALIAÇÃO DE SUCESSO DOS MINI IMPLANTES QUANDO UTILIZADOS COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO,que tem como pesquisador responsável Wagner Ranier Maciel Dantas.

Esta pesquisa pretende analisar as falhas que ocorrem na instalação do mini implante e que prejudicam o tratamento ortodôntico, no intuito de minimizar esses erros com a elaboração de um protocolo mais adequado.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é contribuir com o meio científico acerca dos possíveis problemas gerados no mini implante que causam seu insucesso. Bem como facilitar um protocolo para instalação dos mesmos a partir da observação de casos clínicos desta pesquisa.

Caso decida participar serão feitas algumas perguntas sobre o uso do mini implante nos seus pacientes e características do material e da técnica de instalação. Isso será feito a partir de um questionário com 11 (onze) perguntas objetivas e 01 (uma) discursiva que são respondidas em 10 minutos.

A pesquisadora garantirá a realização da pesquisa em ambiente adequado e reservado para assegurar a sua privacidade. Durante a realização da pesquisa poderão ocorrer eventuais desconfortos e possíveis riscos como não compreensão das questões e exposição de alguma informação sigilosa ou constrangedora do tratamento. Esses riscos poderão ser minimizados na aplicação do questionário em local reservado, sem acompanhantes e sem obrigatoriedade para responder as questões.

Como benefícios da pesquisa você estará colaborando com o meio científico em relação ao uso do mini implante. Em caso de algum problema que você possa ter relacionado com a pesquisa, você terá direito à assistência gratuita que será prestada pelo responsável da pesquisa e a instituição UFRN, através dos serviços ofertados aos usuários.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Wagner Ranier Maciel Dantas, Av. Senador Salgado Filho 1787 – Lagoa Nova, Natal/RN, e-mail: wagnerranier@yahoo.com.br, telefone para contato: (84) 99987-9600.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.

Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, sempre de forma anônima, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

(39)

Impressão datiloscópica do participante

Se você sofrer qualquer dano decorrente desta pesquisa, sendo ele imediato ou tardio, previsto ou não,você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa – instituição que avalia a ética das pesquisas antes que elas comecem e fornece proteção aos participantes das mesmas – da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, nos telefones (84) 3215-3135 / (84) 9.9193.6266, através do e-mail cepufrn@reitoria.ufrn.brVocê ainda pode ir pessoalmente à sede do CEP, de segunda a sexta, das 08:00h às 12:00h e das 14:00h às 18:00h, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Av. Senador Salgado Filho, s/n. Campus Central, Lagoa Nova. Natal/RN.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável Wagner Ranier Maciel Dantas.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisaAVALIAÇÃO DE SUCESSO DOS MINI IMPLANTES QUANDO UTILIZADOS COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal (RN),____ de _________________ de 2019.

Assinatura do participante da pesquisa

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo AVALIAÇÃO DE SUCESSO DOS MINI IMPLANTES QUANDO UTILIZADOS COMO ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO,declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo. Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal (RN),___ de _________________ de 2019.

(40)

APÊNDICE B

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

Avaliação de sucesso dos mini implantes quando utilizados como alternativa no tratamento ortodôntico Questionário direcionado ao cirurgião – dentista sobre procedimentos na utilização de mini implantes. Questão 1.Você instala mini implantes?

Sim ( ) Não ( )

Em caso negativo, por que?_____________________________________________________

Questão 2. Qual posicionamento do mini implante tem maior necessidade de recolocação?

Espinha nasal ( ) Palato duro ( ) Processo alveolar ( ) Crista infra-zigomática ( ) Área retromolar ( ) Sínfise mandibular ( )

Outro:______________________________________________________________________

Questão 3. Em qual arcada a instalação do mini implante promove maior dificuldade de manutenção? Maxila ( ) Mandíbula ( )

Questão 4.Qual a finalidade ortodôntica que você mais utiliza mini implante?

Intrusão de Dentes Posteriores ( ) Extrusão de dentes posteriores ( ) Intrusão de dentes anteriores ( ) Extrusão de dentes anteriores ( ) Distalização de molares ( ) Fechamento de espaços ( )

Questão 5. Existe relação entre o acessório que fica apoiadono mini implante e sua taxa de insucesso no tratamento ortodôntico?

Sim ( ) Não ( ) Em caso afirmativo, qual acessório?

(41)

Questão 6. Quais tipos de mini implante você mais utiliza?

Cabeça: Universal ( ) Braquete ( ) Outro:________________________________________ Tipo de Rosca: Auto rosqueante( ) Auto perfurante ( ) Outra:________________________ Anatomia da Rosca: Cilíndrica ( ) Cônica ( ) Outra:_______________________________ Giro da Rosca: Rosca esquerda ( ) Rosca direita ( ) Outro:__________________________

Questão 7. Qual a técnica cirúrgica de instalação é mais utilizada?

Retalho ( ) Transmucosa ( )

Outra:_______________________________________________________________________

Questão 8. Qual a média de tempo de tratamento com mini implante? ______________ meses

Questão 9. Nos retornos após 30 dias da instalação do mini implante, quais os aspectos observados na maior parte dos pacientes?

Mucosa: Sem Inflamação ( ) Inflamada ( ) Outro:________________________________ Mini implante: Posicionado ( ) Alterado ( ) Outro:________________________________ Estabilidade: Estável ( ) Instável ( ) Outro:_____________________________________

Questão 10. Qual sua conduta quando há necessidade de recolocação do mini implante?

Encaminho ( ) Faço nova instalação ( ) Mudo o planejamento ortodôntico ( ) Outro:____________________________________________________________________

Questão 11. Como você avalia espessura e qualidade óssea do local da instalação dos mini implantes? Tomografia Computadorizada ( ) Panorâmica ( ) Periapicais ( ) Outro:_______________

Questão 12. Qual a taxa de sucesso no planejamento ortodôntico com a instalação do mini implante? Alta ( ) Média ( ) Baixa ( )

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Referências

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