HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
CURSO DE
MESTRADO
EM
CIÊNCIAS
MÉDICAS
NÓDULO
DE
TIRÓIDEz
PUNÇÃO
COM
AGULHA
FINA”
DISSERTAÇÃO
Mestranda:
Maria
HeloisaBusi
da
Silva CanalliOrientador: Dr. Sérgio
Ossamu
IoshiiFLORIANÓPOLIS
MARIA
HELOISA
BUSI
DA
SILVA
CAN
ALLI
NÓDULO
DE
TIRÓ1DEz
PUNÇÃO
coM
AGULHA
F1NA
Dissertação apresentada
como
requisito parcialà obtenção
do
grau deMestre no Curso
deMestrado
em
CiênciasMédicas
da
Universidade Federal
de
Santa Catarina.Orientador: Dr. Sérgio
Ossamu
Ioshii_ Universidade Federal
do Paraná
Florianópolis
Mestrado
em
Ciências
Médicas
Darasà
Púsucà
na
nlssi-zaràção
ni-:Masraàno
No
dia trezede
abrilde
milnovecentos e noventa e
oito,às nove
horas,no
Anfiteatro
do
Hospital Universitárioda UFSC,
a
alunado
Curso
de Pós-Graduação
(Mestrado)
em
CiênciasMédicas
- MARIA HELOISA
BUSI
DA
SILVA
CANALLI,
submeteu-se à defesa
de
sua
Dissertaçãode
Mestrado
intitulada "NÓDULO DE
TIRÓIDE:
PUNÇÃO
COM
AGULHA
FINA
", ocasiãoem
que
foram
emitidos os seguintesconceitos pela
Banca
Examinadora:
8NOME
CONCEITO
Prof. Sérgio
Ossamu
loshii 1A_.í_(CÕuProf.
Hans
Graf"'jL
a
a“) OC':'>`/
A
_'
(mk
[pu
Prof.
Newton
Macuco
CapellaCg
\~%
A
C2áu
02'"Profa. Marisa
Helena
César
Coral f)/3×7QV¿,‹¿_›_,Q_4
¿C
/
~@‹J»(»‹/lz¿U>)coNcErro
i=|NA|_z'4
¿wzwz
@‹.Mz\z\,u1סFlorianópolis,
13
de
abrilde
1998.Ouaøza
*7a4Á‹'¿Presidente
da
Comissão
Examinadora
f§íz:ã*':zl;<*_z
Hospital Universitário -Andar T érreo - Campus Universitário
CEP
88040-970 Fiorianópolis -SC
- BrasilUniversidade
Federal
de
Santa Catarina
Centro
de
Ciências
da Saúde
Mestrado
em
Ciências
Médicas
.am
mz
nai-'1-:sixna
nlssxamção
CANDIDATA:
MARIA HELOISA
BUSI
DA
SILVA
CANALLI
'
A
partirdas nove
horasdo
dia trezede
abrilde
milnovecentos e noventa e
oito,no
Anfiteatrodo
Hospital Universitárioda
Universidade Federalde
Santa
Catarina,a
Comissão
Examinadora,
constituída pelos Professores SérgioOssamu
loshii,Hans
Graf,Newton
Macuco
Capella, MarisaHelena
César
Corale
João
Périclesda
Silva Júniorcomo
suplente,procedeu
ao
exame
da
Dissertaçãode
Mestrado apresentada
pela Dra.MARIA HELOISA
BUSI
DA
SILVA CANALLI,
intitulada"NÓDULO
DE
TIRÓIDE:
PUNÇÃO
COM
AGULHA
FlNA".Após
explanação
feita pela candidata,a
mesma
foiargüida pela
Comissão
Examinadora,sendo
JÊÊÊ.-.QYñ*.ÊÊÉ...com
os seguintesconceitos,
nos termos da Resolução 010/CUnI97 e Regimento Intemo do Curso
de
Pós-
Graduação
em
Ciências Médicas.NOME2
ASSINATURA
CONCEITO
Prof. Sérgio
Ossamu
Ioshii ...Prof.
Hans
Graf ... ...“W
Prof.
Newton
Macuco
Capella ... .. ... ...C/
uam
'
Profa. Marisa
Helena
César
Coral ... '¿'H'W¿'b“*\
JÁ
coNcE|To
i=|NA|_z ... ...°
.... ` . ”“ ... ã .... ' ... .. Florianópolis,13
de
abrilde
1998. S›‹×›¿¡\,z øz.,;.s‹»z.,é»o«.z..«zraéâi
Presidente
da
Comissão
Examinadora
É
. à , .
Hospital Universitário - Andar Térreo - Campus Universitário
CEP
88040-970 Florianópolis -SC
- Brasilum
ano
esão
melhoras;existem aqueles
que
lutam
muito mais
e sãomuito
bons;porém
existem osque
lutam
toda a
vida,esses são imprescindíveis.”
Dedico
esta DissertaçãoAo
meu
filho, Jonathan,que
desdecedo aprendeu
a
sercompreensivo,
amigo
e amoroso.Ao
meu
marido, Albino,fiel
companheiro,sempre ajudando a
tornarAo
Dr. SérgioOssamu
Ioshii, pela sua amizade,confiança
eestímulos constantes à pesquisa e por seu apoio permanente durante a realização deste
trabalho,
mesmo
à distância.Um
exemplo
a ser seguido por suas qualidades profissionais ehumanas.
_
Ao
Dr. Horácio Shigueru Chikota, pela sua amizade,ensinamentos e interesse especial
em
citopatologiade
tiróide,com
dedicação plena nas análisescitopatológicas das
punções
de tiróide e nos diagnósticos histopatológicos.Ao
Dr. PauloCampos
Carneiro, pela sua contribuiçãona
revisão
de
casos selecionados.À
Dra. Teresa Cristina Santos Cavalcanti, pelaamizade
eincentivo científico, especialmente
em
citopatolo giade
tiróide.Ao
Dr.Waldomiro
Dantas, à Dra. ElianaTemes
Pereira eao
Dr.Mário
Sérgio Coutinho, coordenadoresdo
Cursode Mestrado
em
CiênciasMédicas da
Universidade Federal
de
Santa Catarinaem
suas várias etapas, pela cooperação,bom
senso eoporttmidade
de
realizar este trabalho.Ao
Prof. Sérgio de Carvalho eà
Divisão de ClínicaMédica do
Hospital Universitário Polidoro
Emani
São
Tiagoda
Universidade Federal de Santa Catarina,pela
compreensão
e liberaçãode
meus
encargosmédicos na
rotina endocrinológica duranteo
periodo
dos
créditosdo
Mestrado, à conquista desta etapaem
minha
formaçao profissional epessoal.
A
todos os médicosdo
ambulatóriode
nosso Hospital eda
Sociedade Brasileira
de
Endocrinologia e Metabologia - Regionalde
Santa Catarina, peloencaminhamento de
pacientes econfiança
neste trabalho.A
todos os residentesde
cirurgia geral emédicos
cirurgiõesgerais e específicos
de
cabeça e pescoço de nosso Hospital, especialmenteao
Dr.Newton
Capella, ao Dr. Gilberto
Vaz
Teixeira,ao
Dr. AlvinLaemmel
e ao Dr.Wilmar de Athayde
Gerent, pelo assíduoempenho
e destrezana
realizaçãodos
procedimentos cirúrgicosnos
pacientes estudados acreditando,em
todos osmomentos, na
execução deste trabalho.À
Profa. MarisaHelena
César Coral,à
Dra.Mara Eda
Kowalski, à Dra. Lireda
Meneses
Silva e ao Dr.Urubatan
Collaço Alberton, pela amizade,compreensão
ecompanheirismo
constanteque
ajudaram a vencer todos os desafios que,em
muitas vezes, pareciam intransponíveis.
À
Dra.Maria
Léa
Campos,
pelos gestosde
estímulo e amizade.Aos
profissionaismédicos
e técnicosdo
Serviçode
Anatomia
Patológica
de
nosso Hospital, pela imensa cooperação,compreensão
e oportunidadede
realizar este trabalho. _
Aos
Laboratóriosde
Anatomia
PatológicaMacro
e Micro,IDAP
eAP,
em
Florianópolis, eao
Instituto Adolfo Lutz,em
São
Paulo, pelo apoio e interessecientífico
sempre
presentes. _Ao
Serviçode Medicina
Nuclear/Radioisótopos eao
Laboratório de Análises Clínicasde
nosso Hospital, pelo auxíliona
realização dasdosagens
hormonais e dos anticorpos antitiróideos.
À
Clínicade Medicina
Nuclearda Casa São
Sebastião Ltda.,em
especial ao Dr. Juciliode Albuquerque
Fernandes eao
Dr. LuizHemique
Silva, pelacolaboração
na
realização das cintilografias. `Ao
Serviço de Radiologiada
Clínica Radiológica Dr. CarlosCorrêa, pela cooperação
na
realização das ultrassonografias,em
particularao
Dr. VictorFreitas.
Ao
Serviçode
Radiologia ede
Otorrinolaringologia ede
Cabeça
e Pescoço, pela grande ajuda nosexames
radiográficos e laringoscópicos, respectivamente.À
secretária TâniaRegina
TavaresFemandes,
pela valiosadedicação às atividades relativas ao nosso
Curso
de Mestrado.À
MarliNeves
de Almeida, àMaria
GoreteMonteguti
Savi,à
Sigrid Karin
Weiss Dutra
e àMaria Raquel de
Souza, pela presteza e dedicação nas referênciasbibliográficas.
À
Dra. GisahAmaral de
Carvalho, pelo estímulo científico eauxílio
na
revisão bibliográfica.À
minha
família,em
especial aosmeus
pais, José Ricardo eMarília, aos
meus
avós, Djanira e João (inmemorian)
e aosmeus
irmãos, João Ricardo, JoséMauro
e Márcio, pela confiança, carinho e cooperação constantes.Aos
pacientes,que
tornaram este trabalho possível e aos quaisdevo
todoo
meu
aprendizado.SUMÁRIO
LISTA
DE ABREVIATURAS
E
SIGLAS
... .. xiiLISTA
DE
FIGURAS
... .. xivLISTA
DE
TABELAS
... .. xviRESUMO
... ..SUMMARY
... .. xix1.
JUSTIFICATIVA
... .. 012.
REVISÃO
DE
LITERATURA
... ._07
2.1Doença
Nodular
da
Tiróide ... ..07
2.2
Bócio Nodular
eCâncer
de
Tiróide: Prevalência. ... ..07
2.3
Doença
Nodular
de TiróideBenígna
e Maligna: Generalidades e Patogênese ... .. 112.4
Nódulo
de Tiróide: Diagnóstico Diferencial ... .. 132.5
Nódulo
de
Tiróide: Selecionandoa
Malignidade.A
História e oExame
Físico ... .. 152.6
Nódulo
de
Tiróide: Selecionandoa
Malignidade.O
Laboratório ... ..20
2.7
Nódulo
de
Tiróide: Selecionandoa
Malignidade.Os
Métodos
de
Imagem
... .. 212.8
Nódulo
de
Tiróide: Selecionandoa
Malignidade.A
Terapia Supressiva ... ..25
2.9
Punção de
Tiróidecom
Agulha
... ..28
2.9.1 Generalidades Técnicas e Nomenclaturas ... ..
28
2.9.2
Punção de
Tiróidecom
Agulha
Fina:O
Histórico ... ..30
2.9.3
Punção de
Tiróidecom
Agulha
Fina:O
Presente ... ..38
2.9.3.1
Seu
Irnpactona
Prática Clínica: Selecionando a Malignidadena
Doença
Nodular
da
Tiróide ... ..38
2.9.3.2
Os
Critérios Citopatológicos ea
Distribuição dos Resultados ... ..40
2.9.3.3
As
Limitaçõesdo Estudo
Citopatológico pelaPAF
... ..43
2.9.3.4
Estudo
Citopatológico:A
Amostra Adequada.
... ..47
2.9.3.5
Complicações da
PAF
... ... ..49
2.9.3.6
Métodos
Complementares
e Utilidades Diversas:Rumo
ao Futuro ... ... ..50
2.10
Acompanhamento
Clínico dos Pacientes Portadoresde
Nódulos de
Tiróide eRe-
petidasPunções
... ..52
3.
OBJETIVOS
... ..58
4.
METODOLOGIA
... ..59
4.1 Considerações Gerais e
Desenho do Estudo
... ..59
4.2 Coleta de Informações ... ..
59
4.2.1
Da
Condução
Principal ... ..59
4.2.1.1
Amostra
Total ... ..59
4.3 Técnica
da
Punção
com
Agulha
Fina(PAF)
-
Preparação dos Esfiegaços,dos
Blocos Celulares e
do
Material Histopatológico ... ._62
4.4 Critérios Citopatológicos para o Material Obtido pela
Punção
com
Agulha
Fina ... ..68
4.5 Estudo Histopatológico ... ..
72
4.6 Processamento dos
Dados
e Análise Estatística ... _.73
5.RESULTADOS
... ..76
5.1 Considerações Gerais ... ..-. ... ..
76
5.2 Características
da
PopulaçãoSubmetida ao Estudo
Citopatológico atravésda
PAF
78
5.3Comparação
da
Clínicados
Pacientes eda
Citopatologiacom
a Histopatologiados
Nódulos
- Os
Casos
com
Estudo
I-Iistopatológico apósa
PAF1c
... ..89
5.4 Resultados das Repetidas
PAFc
nos Pacientes sobSeguimento
Clínico ... .. 1056.
DISCUSSAO
... ..119
7.
CONCLUSÕES
... .. 141REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..142
ANEXOS
... ..169
LISTA
DE ABREVIATURAS
E
SIGLAC
Ac E
AcuráciaAd.
FolicularE Adenoma
FolicularAd.
HürthleE Adenoma
de
célulasde
HürthleB
E
benigno(s)Ca
AnaplásicoE
Carcinoma
AnaplásicoCa
FolicularE
Carcinoma
FolicularCa
Medular
E
Carcinoma
Medular
Ca
PapilarE
Carcinoma
PapilarE
E
EspecificidadeE.U.A.
E
EstadosUnidos
da América
do Norte
FN
E
Falso(s) Negativo(s)FP
E
Falso(s) Positivo(s)G
E
Gauge
E
Padrão demedida
para agulhasH.E.
E
Hematoxilina - EosinaA
I-Iisto
E
HistopatologiaI
E
indeterminado(s)IC
95%
E
Intervalode
Confiança
de95%
[FN E
Índice de Falso NegativoIFP
E
Índice de Falso PositivoIS
E
insatisfatório(s)L. Folicular
E
Lesão
FolicularL. Oxifilica
E
Lesão
OxifilicaM
E
maligno(s)M.G.G.
E
May-
Grünwald
-Giemsa
'N
E Número
de casos,número
de nódulosou
número
de pacientesObs.
E
observação(ões)PAAF1c
E
primeiraPAAF
c *PAAF2c
E
segundaPAAFc
PAAF3c
E
terceiraPAAF
cPAF
E
punção
com
agulha fina,combinando a
técnica aspirativa enão
aspirativa;ou
sem
aspiração;
ou
incertezado
usoda
técnica aspirativaPAF
cE
citopatologiaou
estudo citopatológico atravésdo
material obtido ,pelaPAF
PAF
lcE
primeiraPAFc
PAF2c
E
segundaPAFc
PAF3c E
terceiraPAF
cS
E
SensibilidadeT3
totalE
Triiodotironina totalT4
livreE
Tetraiodotironinaou
tiroxina livreT4
totalE
Tetraiodotironinaou
tiroxina totalT.L.
E
Tiroidite LinfocíticaA
TSH
E
Thyroid StimulantHormone
E
hormônio
estimulanteda
tiróideT. Subag.
E
TiroiditeSubaguda
VPP
E
Valor Preditivo PositivoVPN
E
Valor Preditivo NegativoX2
E
qui-quadradoLISTA
DE
FIGURAS
FIGURA
1-
PROCEDIMENTO
NA
PUNÇÃO
ASPIRATIVA
COM
AGULHA
FINA...65
FIGURA
2_
TRANSFERÊNCIA,
DO
MATERIAL
ASPIRADO,
DA AGULHA
PARA
A
LÂMINA
... ..66
FIGURA
3-
PROCEDIMENTO
DA
PUNÇÃO
NÃO
ASPIRATIVA
... ..67
FIGURA
4
-
TÉCNICA
DE CONFECÇÃO Dos
ESFREGAÇOS
... ._6s
FIGURA
5-
FLUXOGRAMA
DA ABORDAGEM
Dos
379
PACIENTES SUBMETI-
Dos
À
PAF16
DURANTE
O
ESTUDO
... ..; ... ..77
FIGURA
6_
TEMPO
Dos
NÓDULOS
DE
TIRÓIDE
... ..S0
FIGURA
7- DISTRIBUIÇÃO
DAS
PAE
REALIZADAS
POR
NÓDULO
DE
TIRÓIDE
SEGUNDO
O
ANO
... ..S2
FIGURA
S-
NUMERO
DE
PUNÇÕES
REALIZADAS
PARA
CADA
NÓDULO
DE
TIRÓIDE
À
PAF1
... S3FIGURA
9-
NÚMERO
DE
LÁMINAS
TOTAIS E
REPRESENTATIVAS
EFETU-
ADAS
À
PAF1
... ..S4
FIGURA
10-
IDADE
DOS
PACIENTES
E
A
HISTOPATOLOGIA
DOS
NÓDULOS
92
FIGURA
11-
COMPARAÇÃO
DA
DISTRIBUIÇÃO
DOS
PACIENTES
EM
RELA-
ÇÃO
AO
TEMPO
DOS
NÓDULOS
E
A
IIISTOPALOGIA.
... ..93
FIGURA
12-
TAMANHO
DOS
NÓDULOS
À
PALPAÇÃO
E
O
DIAGNÓSTICO
PIISTOPATOLÓGICO
... ..96
FIGURA
13- SENSIBILIDADE,
ESPECIFICIDADE
E
ACURÁCIA
DOS
VÁRIOS
DETERMINANTES DE
RISCO
PARA
DIAGNÓSTICO
DE
NÓDULOS
MALIGNOS,
INCLUINDO-SE
As CITOPATOLOGIAS
INDETERMI-
NADAS
COMO
MALIGNAS
... _.100
FIGURA
14_ SENSIBILIDADE,
ESPECIFICIDADE
E
ACURÁCIA DOS
VÁRIOS
DETERMINANTES DE
RISCO
PARA
DLAGNÓSTICO
DE
NÓDULOS
MALIGNOS, EXCLUINDO-SE
AS
CITOPATOLOGIAS
INDETERMI-
NADAS
... .. 101FIGURA
15-
VALOR
PREDITIVO POSITIVO
E
NEGATIVO
DOS
VÁRIOS DETER-
MINANTES
DE
RISCO
PARA
DIAGNÓSTICO
DE
NÓDULOS
MALIG-
NOS,
INCLUINDO-SE
As CITOPATOLOGIAS
TNDETERMINADAS
COMO
MALIGNAS
... ..102
FIGURA
16-
VALOR
PREDITIVO POSITIVO
E
NEGATIVO DOS
VÁRIOS DETER-
MINANTES
DE
RISCO
PARA
DIAGNÓSTICO
DE
NÓDULOS
MALIG-
NOS,
EXCLUINDO-SE AS CITOPATOLOGIAS
INDETERMINADAS...
102
FIGURA
17-
PORCBNTAGEM DE NÓDULOS
MALIGNOS
IDENTIFICADOS
POR
CATEGORIA
CITOPATOLÓGICA
NOS
95
PACIENTES
COM
ESTU-
DO
I-IISTOPATOLÓGICO
APÓS
A
PAF16
... .. 103FIGURA
Is-
FLUXOGRAMA
DO
SEGUIMENTO DOS
PACIENTES E REPETIDAS
PAFz
... .. 106NA
ÚLTIMA
PAF
FIGURA
21- cO1\zfi>ARAÇÃO
ENTRE
O
NÚMERO
DE
LÁMINAS
TOTAIS
REALI-
ZADAS
NA
18E
ÚLTIMA
PAF
... ..¿ ... .. 111FIGURA
22
-
COIVIPARAÇÃO
ENTRE
O
NÚIVIERO
DE
LAMIN
AS
REPRESENTATI
VAS
REALIZADAS
NA
1”E
ÚLTIMA
PAF
... _.~ r
FIGURA
23
-
PORCENTAGEM DE
ALTERAÇOES
ÇITOPATOLOGICAS
VERIFI-
CADAS
EM
PAF REPETIDAS
NOS
NODULOS
COM
PAF
lcBENIG-
NA
... -.FIGURA
24
-
PORCENTAGEM
DE ALTERAÇÕES
CITOPATOLÓGICAS
VERIFI-
CADAS
EM
PAF REPETIDAS
... ..LISTA
DE TABELAS
TABELA
1-
IDADE
DOS
PACIENTES
À
PAF1¢
... ..78
TABELA
2
_
CARACTERÍSTICAS
DA
ANAMNESE
Dos
379
PACIENTES
À
PAF1z
... ..79
TABELA
3-
CARACTERÍSTICAS
Dos SINTOMAS
LOCAIS
À
PAF1¢
... ._So
TABELA
4
-
CARACTERÍSTICAS
DO EXAME
FÍSICO
Dos
NÓDULOS DE
T1-RÓIDE
E
DA
REGIÃO CERVICAL
À
PAF1‹z ... .. S1TABELA
5-
TAMANHO
DOS
NÓDULOS DE
TIRÓIDE
AO EXAME
FÍSICO
À
~
PAF1¢
... _.
S2
TABELA
ó-
RESULTADOS
DA
PAF1‹zDE
NÓDULOS
DE
TIRÓIDE
NOS
379
PACIENTES
(JANEIRO/93
A
OUTUBRO/96)
... .. S5TABELA
7- CLASSIFICAÇÃO
CINTILOGRÁFICA
E
CATEGORIAS
CITOPATO-
LÓGICAS
DOS
NÓDULOS
À
PAF1z
... ..só
TABELA
S-
CARACTERÍSTICAS
ULTRASSONOGRÁFICAS
E
CATEGORIAS
CITOPATOLÓGICAS
DOS
NÓDULOS
À
PAP1¢
... _.S7
TABELA
9-
DIAGNÓSTICO PALPATÓRIO
E
ULTRASSONOGRÁFICO
DOS
.
NÓDULOS
À
PAF1
... ..ss
TABELA
Io_
VARIÁVEIS
DA
ANAMNESE
E DISTRIBUIÇÃO
CITOPATOLÓ-
GICA
CATEGÓRICA
(A) ... ..ss
TABELA
Io-
VARIÁVEIS
DA
ANAMNESE
E
DISTRIBUIÇÃO CITOPATOLÓG1-
CA
CATEGÓRICA
(13) ... ..S9
TABELA
11_
VARIÁVEIS
DO EXAME
FÍSICO
DO NÓDULO
E
DA
REGIÃO
CERVICAL
E DISTRIBUIÇÃO
CITOPATOLÓGICA
CATEGÓRICA...
90
TABELA
12-
COMPARAÇÃO
DAS
VARIÁVEIS
DA
ANAMNESE
ENTRE
OS
PACIENTES
COM
NÓDULOS
DE
TIRÓIDE
BENIGNOS
E MALIG-
NOS
... .. 91TABELA
13_
COMPARAÇÃO
DAS
VARIÁVEIS
DO EXAME
FÍSICO
DO
NÓDU-
LO
DE
TIRÓIDE
E
DA
REGIÃO
CERVICAL
ENTRE
Os PACIENTES
COM
NÓDULOS
DE
TIRÓIDE
BENIGNOS
E
MALIGNOS
... ..95
TABELA
14-
COMPARAÇÃO
DA
CITOPATOLOGIA
COM A
HISTOPATOLOGIA
NOS
95PACIENTES
COM
ESTUDO
ANATOMOPATOLÓGICO
APÓS
A
PAF1z
... ._97
TABELA
15-
COMPARAÇÃO
ENTRE
AS
PAF1‹zE
A
I-IISTOPATOLOGIA
DOS
NÓDULOS
DE
TIRÓ1DE,1NCLU1NDO-SE
Os
LAUDOS
CITOPATO-
LÓGICOS
INDETERMINADOS
COMO
MALIGNOS
... ._98
TABELA
Iô-
COMPARAÇÃO
ENTRE
A
PAF1z
E
A
1¬1ISTOPATOLOGIA
DOS
NÓDULOS
DE
TIRÓIDE,
EXCLUINDO-SE OS
LAUDOS
CITOPA-
TOLÓGICOS
INDETERMINADOS
... ._93
TABELA
17-
ANÁLISE
ESTATÍSTICA
DA COMPARAÇÃO
ENTRE
A
PAF1¢
E
A
HISTOPATOLOGIA
DOS
NÓDULOS
DE
TIRÓIDE
... ..99
PATOLOGIA)
... ._TABELA
19-
PREDIÇÃO
CLÍNICA
DE
MALIGNIDADE
Nos
NÓDULOS
COM
CITOPATOLOGIA
INDETERMINADA
SEGUNDO
O
MODELO
DE
REGRESSÃO
LINEAR LOGÍSTICA
...TABELA
20
-
PREDICÃO
CLÍNICA
DE MALIGNIDADE
Nos
NÓDULOS
COM
CITOPATOLOGIA
INDETERMINADA
SEGUNDO
O
SEXO
... ..TABELA
21-
CARACTERISTICAS
DA
AMAMNESE
DOS
PACIENTES SUBME-
TIDOS
A
REPETIDAS PAFc
... ..TABELA
22
_
CARACTERÍSTICAS
DO
EXAME
FÍSICO
E
ULTRASSONOGRÁ-
FICO
DOS
NÓDULOS
SUBMETIDOS
A
REPETIDAS
1>AE‹z ... ._TABELA
23
-
RESULTADOS DAS
REPETIDAS CITOPATOLOGIAS
(PA1=z)NOS
CASOS
COM
CITODIAGNOSTICO
INICIAL
BENIGNO
E
COMPA-
RAÇÃO
COM A
HISTOPALOGIA
NOS
CASOS OPERADOS
... ._TABELA
24
-
RESULTADOS DAS
REPETIDAS CITOPATOLOGIAS
(PAFc)
NOS
CASOS
COM
CITODIAGNOSTICO
INICIAL
INDETERMINADO E
COMPARAÇÃO
COM A
HISTOPATOLOGIA
NOS
CASOS
OPERA-
. . . - . - . . . ‹ . z . . - . ~ › - ¢ . . . ‹ ¢ ‹ . ‹ . ~ ~ ¢ ‹ . . . z . . . z - . . . ..
TABELA
25
_
ANÁLISE
ESTATÍSTICA
DA
COMPARAÇÃO
ENTRE
A
ULTIMA
PAFÇ
E
A
HISTOPATOLOGIA
DOS
NÓDULOS
DE
TIRÓTDE
... ..RESUMO
O
objetivodo
estudo foi avaliar aPAFc
(citopatologiado
material obtidopela
punção
com
agulha fina)na
investigaçãode
nódulosde
tiróide atóxicos, únicosou
dominantes,
em
nosso meio. Analisaram-se os valores diagnósticos clínicos ecitopatológicos nos casos
com
histopatologiaapós
a primeiraPAFc
(PAFlc). RepetidasPAFc
foram
efetuadasde
rotinano
seguimento clínico, excetuando-se os nódulos quentes,com
PAF1c
insatisfatórias enão
mais palpados.Um
único operador realizou todas aspunções, à palpação, e as avaliações clínicas.
Os
laudos cito e histopatológicosforam
fornecidos pelomesmo
patologista,sem
conhecimento préviodos
casos. Análisesdos dados
clínicos
foram
efetuadas por testesde
qui-quadrado, t de. Student e regressão linearlogística. Várias etapas de regressão linear logística
foram
efetuadas,com
esem
osresultados citopatológicos, e
comparações do
diagnóstico pelaPAF
lc, pela clínica ePAF
lc+
clínicaforam
realizadas, incluindo-seos
casoscom
PAF1c
indetenninadascomo
malignosou
excluindo-os das análises.As
repetidasPAFc
foram
comparadas.No
presente estudo,379
pacientes realizaram,em
média, 4,6 punções/nódulo e 9,0 lâminas representativasà
PAF
lc, obtendo-se73,6%
dasPAF1c
benignas,13,7%
indeterminadas,7,4%
malignas e5,3%
insatisfatórias.Noventa
e cinco pacientes realizaram estudo histopatológicodos
nódulos após
PAF
lc satisfatórias, sendo67
benignos e28
malignos.À
análise univariada,sexo masculino; sintomas constitucionais; consistência dura, superficie irregular, nódulo
fixo
às estruturas cervicais adjacentes; e linfonodomegalia cervical
foram
os parâmetrossignificativos para malignidade
do nódulo de
tiróide.À
análisede
regressão linear logística,apenas
o
sexo masculino e a consistência duraforam
os determinantes clínicosde
malignidade.
A
sensibilidade, especificidade e acuráciada
PAF
lc (casos indeterminadoscomo
malignos),da
clínica eda
PAF1c +
clínica foram, respectivamente,96,4%,
61,2%
e71,6%; 85,7%,
79,1%
e81,1%; 85,7%,
94%
e91,6%.
Excluindo-se os casoscitopatológicos indeterminados, os valores diagnósticos para
a
PAF1c
foram,respectivamente,
95,8%,
97,6%
e97%;
sendo superiores àquelesda
clínica e inalteradoscom
acombinação da mesma.
A
PAF1c
foi concordantecom
a
histopatologiaem
93,7%
dos
casos.Dos
163 pacientes sob seguimento clínico e repetidasPAFc
a intervalos de,em
média, 12,4 meses,
152
tinhamPAFlc
benignas e 11 indeterminadas. Concordânciade
92,6%
foi observadano
total dasPAFc
repetidas eem
95,4%
das previamente benignas. Alteraçãoda
PAF1c
indeterminada para benigna ocorreuem
5 casos.Dos
28
pacientesoperados após repetidas
PAFc,
malignidade foiconfirmada
em
1 casode 2
com
citodiagnóstico benigno inicial alterado para maligno, e
em
2
casos persistentemente indeterminados.A
PAFc
foium
método
prático, seguro ebem
aceito pelos nossospacientes. Inclusão
de dados
clínicosmelhora
a acurácia diagnósticada
PAFc,
especificamente
quando
se consideraram os nódulos indetermínados; contudo,o achado de
90,9%
de
neoplasias nestes nódulos alerta-nosà
consideração cirúrgica.A
PAFc
foium
instrumental diagnóstico de grande precisão,
devendo
ser utilizadana
avaliação inicialdos
nossos pacientes portadores
de
nódulos de tiróide e repetidano
seguimentosomente
em
casos selecionados.
Unitermos:
punção
com
agulha fina; nódulode
tiróide.`
The
purposeof
the studywas
to evaluate the useof
fine-needle puncture oraspiration cytopathology
(FNPc)
in non-toxic, solitary or dominant thyroid noduleinvestigation in our environment.
The
valuesof
cytophatologicaland
clinical diagnoseswere
evaluated in cases with histopathological study alter the first
FNPc
(FNPlc).Repeated
FNPc
were
carried out in the follow-up routine, except for casesof
hot nodules, inadequateFNPlc,
and nodulesno
longer palpable.A
single operator carried out- all punctures,by
palpation,
and
clinical evaluations. Cytophatologicaland
histopathological resultswere
performed
by a same
pathologistwho
had no
previousknowledge of
the cases. Clinical datawere
analyzedby
chi-square testsand
Student's t - testand
logistic linear regression.Several stepwise logistic linear regression
were
performed, withand
withoutcytopathological results,
and
diagnostic comparisonsbetween
theFNPlc,
clinical dataand
clinical data
+ FNPlc
were
performed, including cases withFN?lc
indeterminate as malignant or excludedfiom
the analysis.Repeated
FNPc
were
compared. In current study,379
patients performedan
averageof
4.6 punctures/noduleand
9.0 representative glassslides to
FNPlc,
obtaining73,6%
benignFNPlc, l3.7%
indeterminate,7.4%
malignantand
5.3%
unsatisfiactory. Ninetyfive
patients realized hystopathological study of the nodulesafter adequate
FNPlc,
being67 and 28 of
them
benignand
malign, respectively.By
univariate analysis,
male
sex; constitucionalsymptoms;
hard consistency, irregular surface,tissue fixation
of
the nodule;and
cervicallymphadenopathy were
the significant parametersto establish the malignancy
of
the thyroid nodule.By
logistic linear regression analysis, onlymale sex
and
hard consistencywere
the clinical determinantsof
malignancy.The
sensíbility,specificity
and
accuracyofFNP1c
(nodules indeterminate included as malignant nodules)of
clinical
and
FNPlc
+
clinical were, respectively,96.4%, 6l.2%, and 7l.6%; 85.7%, 79.1%,
and 8l.l%; 85.7%,
94%,
and
91.6%. Excluding the indeterminate cytopathological cases,the diagnostic values for
FNPlc
were, respectively,95
.8%,97.6%, and
97%;
being superiorto those
of
clinical valuesand
rmalteredwhen
combined
to them.FNPlc
was
concordant with the histopathology in93.7%
of
the cases.From
163 patients submitted to follow-upand
repeatedFNPc,
atmean
intervalsof
12.4 months, 152had
benignFNPlc
and
llindeterminate.
A
concordanceof
92.6% was
observedfiom
the totalof
repeatedFNPc
and
in
95.4%
of
the previously benign ones. Alterationfi'om
indeterminateFNPlc
to benign occurred in 5 cases.From
the28
patients operated after repeatedFNPc,
malignancywas
confirmed
in 1 case outof
2 with initial benign cytodiagnostic altered to malignant,and
in2
persistently indeterrninate cases.
The
FNPc
was
a simpleand
safe method,and
wellaccepted
by
our patients.The
inclusionof
clinical dataimproved
diagnostic accuracyof
FNPc,
specificallywhen
indeterminate noduleswere
considered; however, the findingof
neoplasm
in90.9%
of
these noduleswarn
us to consider surgery.The
FNPc
was
a
diagnostic instrumental
of
great accuracyand must be
utilized in the initial evaluationof
patients with thyroid nodules
and
repeated in clinical follow-up onlyon
selected cases.Keywords: fine
needle aspiration cytology; thyroid nodule.1.
JUSTIFICATIVA
Médicos
necessitam conhecer e tratar adoença
nodular de tiróidelpor
diversasrazões.
O
nódulo tiróideo éum
problema
clínicocommn,
compreendendo
um
grandenúmero
de moléstias
com
diferentescomportamentos
biológicos, desdeum
simples bócio colóide atéum
câncer indiferenciado e agressivo(CROCKFORD
eBAIN,
1974;FAGIN,
1992;MAZZAFERRI,
1992;BURCH,
1995;HURLEY
eGHARIB,
1995).Assim
sendo,como
abordar tais pacientes?
O
medo
da
existênciade
malignidadeem
nódulosda
tiróide existe,mas
não
éfundamentado
pelas estatísticas mundiais, as quaisacusam
predominânciade
patologias benignas(TAN
eGHARIB,
1997).Além
do
mais, muitos pacientescom
nódulos malignos, seforem
diagnosticados precocemente, poderão ser curados.Na
última década, a mortalidadeprovocada
por estes tumores malignos sofreu significativo declínio, decorrentedo
diagnósticoprecoce associado à terapêutica efetiva .
O
bócio nodular muitas vezes éum
achado
deexame
fisico ea
suaabordagem
é muito variada, sendo importantea
consideraçãodo
valorda
acuráciados
diferentesmétodos
diagnósticos
(ASHCRAFT
eVAN
HERLE,
1981a, b;JONES
et al., 1990;MAZZAFERRI,
1992;
RIDGWAY,
1992;JONES,
1995;SINGER
et al., 1996). Antesdo
desenvolvimentoda
cintilografia e
da
ultrassonografiade
tiróide, apenas as características clínicaseram
utilizadaspara os pacientes candidatos à cirurgia.
Usando
somente
a clínica, cercade
9%
dos
pacientes
com
nódulo de tiróideforam
falsamente considerados portadoresde
patologia benigna, culminandoem
atrasono
diagnósticode doença
maligna(GRANT
et al., 1989).Os
determinantes clínicos de malignidadeem
nódulo de tiróide são controversosna
literatura edependentes
da
experiênciado médico
assistente, das características pertinentesda
população 1Em dicionários de termos médicos e de língua portuguesa eem
artigos médicos nacionaisobservamos várias formas gráficas para a palavra tiróide e suas correlatas, como: tiróide, tireóide; tiróideo,
tiroidiano, tireoidemo, tireoidiano, tiroidemo. Estudos de etmologia da palavra são controversos quanto à
grafia correta, contudo
em
dicionários de lingua portuguesa e de termos médicos nota-se tendência à formagráfica tiróide e tiróideo. Assim, optamos pela utilização da grafia tiróide e, para as suas correlatas, tiróideo (a,
sob estudo e
da
prevalência regionalde
câncerde
tiróide(ASHCRAFT
eVAN
HERLE,
1981a;
HAMMING
et al., 1990;BELFIORE
et al., 1992;LAYFIELD
et al., 1992;ONGPHIPHADHANAKUL
et al., 1992;BURCH,
1995).Atualmente,
na
presença deum
pacientecom
nódulo tiróideoo médico
requisitauma
sériede exames
complementares,não
percebendoo
incrementonos
custosda
investigação
(ROMALDINI,
1993;HAMBERGER
et al., 1982;VAN
HERLE
et al., 1982;WARD
et al., 1993;GHARIB
eGOELLNER,
1993;GHARIB,
1994;WOEBER,
1995;MAXWELL
et al., 1996).Em
muitos hospitais, quase todos os pacientes portadores de bócio nodular,sem
nenhuma
das características clínicas sugestivasde
câncer, são selecionados para tiroidectomiasomente
mediantea
análiseda
cintilografiaou
da
ultrassonografiade
tiróide.Cuidadosa
análise destes últimos
exames
tem
indicadouma
pobre relaçãocom
a
etiologiada doença
nodular de tiróide
(ASHCRAFT
eVAN
HERLE,
1981b;BORGES
ePAULA,
1981;SCHWARTZ
et al., 1982;VAN
HERLE
et al., 1982;BURCH,
1995).As
dosagenshormonais e
a
avaliaçãodo
títuloou dosagem
dos
anticorpos antitiróideospodem
esclarecer acercado
metabolismoda
glândula tiróide eda
presençade
tiroiditede Hashimoto,
respectivamente. Entretanto, estes procedimentos
não
são suficientes para se estabelecer averdadeira etiologia
do
nódulo, pois muitas vezes existe concomitânciade
doenças benignas emalignas
(RIDGWAY,
1992;BURCH,
1995).A
terapiacom
hormônio
tiróideo'com
finalidade diagnóstica,
buscando
encontrar diminuiçãode
um
nódulo benigno, enquantoo
maligno cresce
ou
não
responde, é muito controversana
literatura(BURCH,
1995).O
dilema é: trata-sede
câncer? Quais destes nódulos deverão ser operados?A
introduçãoda
PAFc
foio
marco na abordagem
das doenças de tiróide.A
PAFc
transformou-se, hoje,
na
pedrafimdamental do
diagnósticode
nódulosda
tiróide.Antes do
seu advento, a excisão cirúrgica
de
qualquer nódulo tiróideovagamente
suspeito eraa
regra(CRILE
JR. eDEMPSEY,
1949;CERISE,
RANDALL
eOCHSNER,
1952;HOFFMAN,
THOMPSON
eHEFFRON,
1972;SOLOMON,
1993).A
prevalênciade
neoplasias malignasem
produtos de tiroidectomia é muitovariável
na
literatura esegundo
FIALHO
et al. (1978) oscila entre1,6%
e17%
(valormédio
3
2%
a
28%
(ABU-NEMA,
AYYASH
eTIBBLIN,
1987), fato muito relevantequando
sepreconiza
0
tratamento cirúrgicode
todos os casos.A
técnicada
PAF
conforme
abordadana
literatura éde
fácil aplicabilidade, sendode uso ambulatorial e
com
raras complicações.Mesmo
aindanão
sendoum
método
perfeito,vários estudos
vêm
revelando notáveis resultadosde
sensibilidade, especificidade e acurácia,permitindo classificar o material obtido
do
nódulo tiróideo,em
geral,como:
maligno, suspeito (indeterminado), benignoou
insatisfatório(VAN
HERLE
et al., 1982;CARUSO
eMAZZAFERRI,
1991;GHARIB
eGOELLNER,
1993;SOLOMON,
1993;GHARIB,
1997).Seu
usonão
se limita à diferenciação entre processos benignos e malignos,mas
determinasempre que
possível, a naturezado
processo patológicoem
estudo(CARNEIRO,
1988; BISI,CAMARGO
eLONGATTO
FILHO,
1992).Apesar
da
longa experiênciados
centros europeus e ameriçanoscom
a
utilizaçãoda
PAFc,
estemétodo tem
recebidopouco
reconhecimentono
Brasil, principalmenteno
nossoEstado. Infelizmente
a
PAF
cde
tiróideem
poucos
centros é consideradamn
exame
de
rotina,apesar de sua excelente relação custo-beneficio
(ROMALDINI,
1993;WARD
et al., 1993).Antes
da
introduçãoda
PAFc
no
diagnóstico pré-operatório a incidênciade
câncerde
tiróideno
material cirúrgico variava de1%
a
30%
(MILLER,
HAMBURGUER
eKINI,
1979;COLACCHIO,
LOGERFO
eFEIND,
1980;REEVE
et al., 1986;WARD
et al., 1993).Com
0 emprego
rotineiroda
PAF
cno
diagnóstico pré-operatório, a incidênciade
câncerpassou
a
variar
de
17%
a51%
(HAMBERGER
et al., 1982;GHARIB
eGOELLNER,
1993),valorizando
o
papelda
PAF
cna
seleçãode
pacientesencaminhados
à
cirurgiapor
suspeitade
malignidade
(MAZZAFERRI,
1993;GHARIB,
1994).Tendo
em
vista as características médicas assistenciais de nosso Hospital (HospitalUniversitário Polidoro Ernani
São
Tiagoda
Universidade Federalde
Santa Catarina),o
usorotineiro
da
PAFc
de
tiróidepode
aprimorar e aceleraro
diagnósticodos
pacientes portadoresde bócio nodular. Simultaneamente,
pode
permitiruma
melhor
seleção dos candidatos àcirurgia, minimizando a ansiedade
dos médicos
e a angústia dos pacientesem
relaçãoà
conduta a ser tomada.
A
partirdo
final de 1989,aproximadamente
após40
anosda
introdução suecado
método, incorporamos
o
uso sistemáticoda
PAFc
de tiróideno
Serviçode
Endocrinologia e Metabologia integrado ao Serviçode
Anatomia
Patológica deste Hospital. Anteriormente, aPAF
era esporadicamente realizada por algunsde
nossos cirurgiões.De
1989
até 1993,a
PAF
foi efetuada
no
Ambulatóriodo
Serviço de Endocrinologia eo
materialencaminhado ao
Serviçode Anatomia
Patológica.No
iníciodo ano de
1994, criou-se o Ambulatóriode
Punção
com
Agulha
Finano
Serviçode Anatomia
Patológica, mantendo-sea
integraçãocom
o
Serviçode
Endocrinologia e Metabologia. Trabalhou-se essencialmentecom
a.PAFc
como
o
primeiro passona
abordagem
dos
pacientes portadores de bócio nodular palpável aliadaao
julgamento clínico (baseado
nos
detemúnantesde
malignidade dos nódulos relatadosna
literatura).
A
comparação
dasPAFc
em
lesões tiróideascom
as suas respectivas histopatologias (adotadascomo
padrão ouro)tem
sido analisadaem
vários trabalhos(HAMBURGER
eHAMBURGER,
1986;CARUSO
eMAZZAFERRI,
1991; BISI,CAMARGO
eLONGATTO
FILHO,
1992;GHARIB
eGOELLNER,
1993;MANDREKER
et al., 1995). Tais estudos
sempre
enfatizamque
cada centro hospitalardeva
avaliar a suaexperiência
com
aPAFc
nas patologias tiróideas.BOEY,
HSU
eCOLLINS
(1986)afirmaram
que
os resultadosda
PAAFc
devam
ser interpretados juntoscom
as informações clínicas.SANDERS
et al. (1996)também
foram
concordantescom
esta atitude e salientarama
necessidade de
cada
serviço avaliar os seus resultadoscom
contínuo controle de qualidade.Quando
o
resultado citopatológico é maligno, a cirurgia é indicada equando
insatisfatório, a repetição
da punção
é mandatória. Existem controvérsias quantoà conduta
nos casos de citopatologias suspeitas (ou indeterminadas,
como
as lesões foliculareshipercelulares,
com
atipias celulares,ou
quando
as características citopatológicasdeterminantes
de
uma
malignidade nãopodem
ser estabelecidas), principalmentena
ausênciade fatores de risco para malignidade
da
lesão(MILLER,
HAMBURGER
eKINI,
1979;BLOCK, DAILEY
eROBB,
1983;GHARIB
et al., 1984;GOELLNER
et al., 1987;MAZZAFERRI,
DE
LOS
SANTOS`e
KEYI-LANI,
1988;SUEN,
1988;HARACI-I,
1989;DE
JONG
et al., 1990;HAMBURGER,
KAPLAN
eHUSAIN,
1991;BUSSENIERS
eOERTEL,
1993;
CERSOSIMO
et al., 1993;GARDNER,
DUCATMAN
eWANG,
1993;GHARIB,
1994). Nestes casos, vários autores postulam diretamente a cirurgia (l\/HLLER,
HAMBURGER
eKINI,
1979;BLOCK,
DAILEY4
eROBB,
1983;GHARIB
et al., 1984;GOELLNER
et al., 1987;MAZZAFERRI,
DE
LOS
SANTOS
eKEYI-LANI,
1988;DE
5
recomendam
uma
triagemcom
terapia supressivade
6a
8meses
e repetiçãode
PAAFc
na
tentativa
de
melhor definir estas lesões, antes de se considerara
indicação cirúrgica(OERTEL,
1996). Outrosrecomendam
repetirPAAFc,
com
ou
sem
terapia supressiva, para aprimoraro
diagnóstico antesda
decisão cirúrgica(FROST
eSIDAWY,
1995).Na
presençade
citopatologias benignasem
pacientescom
suspeita clínica de malignidade (pacientejovem,
sexo masculino, história de exposição à irradiação, paralisia
de
cordas vocais,linfonodomegalia suspeita, nódulo duro,
de
superficie irregular e/ou fixo), alguns autoresindicam a cirurgia
sem demora
(CUSICK
et al., 1990;~G
et al., 1990;GHARIB,
1994) pois,
mesmo
nasmãos
de citopatologistas muito experientes,uma
taxa de falso negativode
5%
a10%
(excluindo-se os carcinomas ocultos) é relatada(MANDREKER
et al., 1995).Estudos de seguimento
de
pacientes portadoresde
nódulosde
tiróidecom
citodiagnóstico benigno,
com
média de
acompanhamento
variandode 6
a 11 anos,vêm
confirmando
a segurançado
método
na
triagem dos candidatos à cirurgia(GRANT
et al.,1989;
KUMA
et al., 1994). RepetidasPAFc,
como
reforçoao
citodiagnóstico inicial,têm
demonstrado
consistênciaem
seus resultados(ASTORGA
et al., 1985;HAMBURGER,
1987;MoL1Ns
er al., 1987;DURÁN
GARCÍA
ez al., 1988;SANTAMARÍA
SANDI
ef al., 1939;REEVE
et nal., 1992;DWARAKANATHAN
et al., 1993;LUCAS
et al., 1995;MOROSINI
et al., 1996),embora
alguns autorespreconizem
esta conduta para a reduçãode
casoscitopatológicos falsos negativos independentemente
de dados
clínicos sugestivosde
malignidade
do
nódulo tiróideo(ASTORGA
et al., 1985;HAMBURGER,
1987;DWARAKANATHAN
et al., 1993) ou,na
dependênciada
avaliação clinica duranteo
seguimento
(GHARIB,
1997;LUCAS
et al., 1995;MOROSINI
et al., 1996).WIERSINGA
(1995) propõe,
em
seu serviço, repetira
palpação e apuncão dos
nódulos tiróideosapós
um
ano.
do
citodiagnóstico benigno inicial e interroga seuma
terceirapunção
é capazde
corrigirsubstancialmente as taxas
de
falsos negativos.A
combinação da
PAFc
com
osdados
clínicostem
garantido significativa redução nos custos para detecçãode
nódulos malignosde
tiróide.Um
estudona
Mayo
Clinic estimouque
quinze milhões de dólarespoderiam
serpoupados
anualmente se os pacientessem
consideráveis fatores de risco ecom
citopatologia benigna recebessemuma
abordagem
principalmente
porque observamos que
é grande a fieqüência de bóciosem
certas regiõesde
nosso país e baixo 0
poder
aquisitivo de nossa população.Tal fato reforça a nossa idéia
de
desenvolver a avaliação -do estudo citopatológicopela
PAF
aliado aos determinantes clínicosde
malignidadeem
nossos pacientes portadoresde
nódulos
de
tiróide,com
a análise das repetidasPAF
no
seguimento clínico, faceao
valorque
2.
REVISÃO
DE LITERATURA
2.1
Doença Nodular da
TiróideO
termodoença
nodularda
tiróide é utilizado para caracterizar a glândula tiróideque
apresentaum
ou
maisnódulos
em
seuparênquima
(GHARIB
eGOELLNER,
1988;GHARIB,
1997). `A
origem
latinada
palavra nódulo énodus
e, tradicionalmente, era interpretadacomo
tuna complicaçãoque
requer intervenção divina(HOFFMAN,
THOMPSON
eHEFFRON,
1972).Na
língua portuguesa significaum
pequeno
nó,mas
no
vocabuláriomédico
seria
uma
massa
circunscrita de tecido diferenciadol.Do
pontode
vista clínico,o nódulo
tiróideo é
um
termo genérico, correspondendo à tumefação naglândula.Esta
pode
ser a manifestação deuma
gama
de moléstias, desdeuma
patologiabenigna a
um
câncer agressivo e letal. Tal condiçãopermanece
como
um
problema
clínicocomum
e controverso(GHARIB
eGOELLNER,
1988;GREENSPAN,
1991;MAZZAFERRI,
1992;
GHARIB,
GOELLNER
eJOHNSON,
1993;BURCH,
1995;GHARIB,
1997).2.2
Bócio
Nodular
eCâncer
de
Tiróide: PrevalênciaA
prevalênciade
nódulos de tiróidedepende da
população sob estudo eda
sensibilidade
do
método
de detecção(MAZZAFERRI,
DE
LOS
SANTOS,
ROFAGHA-
KEYHANI,
1988;GREENSPAN,
1991;GHARIB,
1994;BURCH,
1995). Estudosepidemiológicos nos E.U.A.
estimam que
4%
a7%
dos
adultostenham
nódulos palpáveisna
1
STEDMAN
DICIONÁRIO
IvIÉDIco. 23. ad. Rio da Janaifaz Guanabara Kaagan, 1979. v. 2, p.
tiróide
(ASHCRAFT
eVAN
HERLE,
1981a;VAN
HERLE
et al., 1982;ROJESKI
eGHARIB,
1985).MORTENSEN,
WOOLNER
eBENNETT
(1955) estudaram 821 necrópsiasde
indivíduossem
história prévia dedoença
tiróidea, encontrandoum
ou
mais nódulosde
tiróidepalpáveis
em 21%
dos
casos.Os mesmos
autores, à histopatologia, observaram nódulosem
49,5%
desses indivíduos.A
prevalência de nódulosem
tiróide clinicamente normalaumentava
com
o avançarda
idade, e maisdo que
50%
dos
pacientesportavam
nódulosem
tomo
dos
50
anos
de
idade.Em
estudo realizadoem
5.127 indivíduosna
cidade deFramingham
(Massachusetts), nódulos tiróideos palpáveis (de 1 a 3
cm) foram
encontradosem
218
adultos(4,2%) entre
30
e59
anos, sendo6,4%
em
mulheres e1,5%
em
homens.Aproximadamente,
três quartos
dos
indivíduos tinham nódulo solitário e,um
quarto, múltiplos nódulos(V
ANDER,
GASTON
eDAWBER,
1968).BRANDER
et al. (1991), utilizandoo
método
ultrassonográfico,encontraram
nódulos tiróideos
em
21,3%
de
indivíduos adultos assintomáticos.Dos
77
nódulosbem
visualizados à ultrassonografia de alta resolução,43 não
foram
percebidosao
exame
fisicoda
tiróide, sendoque
14 destesmediam
maisdo que 2
cm
em
diâmetro(BRANDER
et al., 1992).WITTERICK
et al. (1993)ao
estudarem pacientes submetidosà
cirurgia para nódulos clinicamente solitários, verificaramque
a palpaçãonão
havia detectado58%
e78%
de
nódulos adicionais nas peças cirúrgicas, respectivamente de tiroidectomia parcial e total.
Neste
mesmo
estudo, a ultrassonografia pré-operatóriatambém
não
diagnosticou41%
e58%
dos
nódulos presentes
quando
analisados à histopatologia, respectivamente de tiroidectomia parciale total.
No
trabalhode
PRICE,
HORVATH
eMOORE
JR. (1993),um
ou
mais nódulosadicionais
foram
encontradosem
40%
e54,5%
de pacientescom
nódulos solitáriosao
exame
fisico, respectivamente utilizando
a
ultrassonografia eo
exame
anatomopatológico(tiroidectomia total).
EZZAT
et al. (1994)compararam
o
método
palpatórioda
glândula tiróidecom
o
ultrassonográfico
de
alta resoluçãoem
100
pacientes assintomáticos encontrando nódulos9
Em
1995,TOMIMORI
et al. realizaramuma
pesquisa ultrassonográficade
anormalidades tiróideas
em
547
indivíduos (380 mulheres e 167 homens), entre27
a58 anos
de idade,
sem
história familiarou
prévia de patologia de tiróide e provenientesde
áreaurbana
com
relativa baixa ingestãode
iodo.Os
autores encontraram tiróidenormal
à
ultrassonografiade alta resolução
em
240
indivíduos (44%),mas
detectaramdoença
tiróidea nodularem
90
casos(17%)
e outras anormalidades ecográficasno
restante (39%).Em
18 casos, os nódulostiróideos
mediram
entre 1,5 a 1,8cm
à ultrassonografia; 11 destesnão foram
evidenciados àpalpação.
TAN,
GHAREB
eREADING
(1995) analisaram a acuráciada
palpaçãocom
osachados ultrassonográficos, concluindo que: a palpação é
menos
sensível para identificarnódulos múltiplos;
um
nódulo solitário à palpação representauma
glândula multinodularem
cercade
50%
dos pacientes; a palpação garanteo
diagnósticode
nódulosquando
estespossuam, ao
menos,
1cm
em
diâmetro.Em
1997,TAN
eGHARIB
efetuaramuma
extensa revisão bibliográfica a respeitode
“incidentalomas” de tiróide (nódulosnão
palpáveis,mas
visualizados aosexames de
imagem).
A
prevalência para tais nódulos varioude
30%
a60%
em
estudosde
necrópsia;de
19%
a67% em
trabalhos prospectivosde
pacientes selecionados randomicamente; ede
13%
a
50%
em
estudos comparativos entre a palpação e a ultrassonografia. Interessantemente,o
risco para a malignidade
em
nódulos assintomáticos e situadosem
tiróide não irradiada foide
0,45%
a13%
(média=
3,9%). Diantede
tal fato, os autores postularamuma
condutamais
conservadora para estes nódulos.
No
global, estudos de necrópsia e ultrassonografiamostram
índicesde
até50%
de
nódulos tiróideos
na
população geral,uma
fieqüência
dez vezes maiordo
que na
palpação(GHARIB
et al., 1987;MAZZAFERRI,
1993;GHARIB,
1994).A
prevalênciade
nódulos tiróideosaumenta
linearmentecom
o
avançarda
idade,sendo mais elevada nas mulheres, notoriamente entre
49
a58
anos,com
a
razão sexofeminino/masculino variando de 1,2/ 1
a
4,3/1(MORTENSEN,
WOOLNER
eBENNETT,
1955;
VANDER,
GASTON
eDAWBER,
1968;CHRISTENSEN
et al., 1984b;BRANDER
et al., 1989;
MAZZAFERRI,
1993).Os
nódulos são,também,
maiscomuns
em
pessoasde
regiões
com
deficiente aporte de iodo(BELFIORE
et al., 1992), ede
mais baixa prevalênciaNos
E.U.A., a prevalência anual de nódulos tiróideos palpáveis éde
aproximadamente
0,1%,o
equivalente a250.000 novos
nódulos por ano(GHARIB
eGOELLNER,
1988;GHARIB,
1994).~ ~
A
exposiçaoà
irradiaçao cérvico facialaumenta a
incidência de nódulos benignos emalignos. Anormalidades tiróideas palpáveis
ocorrem
em
20%
a
30%
da
população expostaà
irradiação
(ROIESKI
eGHARIB,
1985;TAN
eGHARIB,
1997).A
prevalência anual de câncerde
tiróidena
população geral nos E.U.A. é0,004%
(GHARIB,
1994;BELFIORE
et al., 1995;JONES,
1995;BEHNIA
eGHARIB,
1996).No
ano de
1996,a
estimativa paranovos
casos de câncer de tiróide foide
15.600 (4.000em
homens
e 11.600em
mulheres),com
cercade
1.210 óbitos (440em
homens
e770
em
mulheres) decorrentes desta
doença
nosE.U.A.
(PARKER
et al., 1996).Apenas
5%
a15%
dos nódulos tiróideos detectados clinicamente são malignos.
Porém,
muitas estimativas sãooriundas de séries cirúrgicas
que
selecionam pacientescom
maior
potencial de malignidade,ou
seja, a verdadeira incidência de câncer
de
tiróide deve sermenor
(ROGERS,
ASPER
eWILLIAMS,
1947;CRILE
JR. eDEMPSEY,
1949;CERISE,
RANDALL
eOCHSNER,
1952;
HALL
et al.; 1989;CARUSO
E MAZZAFERRI,
1991;MAZZAFERRI,
1992;RIDGWAY,
1992;GHARIB,
1994).Nódulos
hipofuncionantes (fiios) operadospossuem
uma
taxade
1,5 a38,1%
de
malignidade,a
qualdepende de
diferentes critériosde
seleçãodos
pacientesà
cirurgia e a fatores genéticos e ambientais determinantesdo
riscode
câncerem
pacientes
com
nódulo tiróideo(KATZ
eZAGER,
1976;ABU-NEMA,
AYYASH
eTIBBLIN,
1987). Muitas pessoas
têm
carcinomasde
tiróide clinicamente silenciosos: até35%
dasglândulas removidas
em
autópsiaou
à cirurgiacontêm
carcinomas ocultos (menoresdo que
1,5
cm
de diâmetro e geralmente papilares),de
importância clínicanão
inteiramente definida(ROJESKI
eGHARIB,
1985;LANG,
BORRUSCH
eBAUER,
1988;MAZZAFERRI,
DE
LOS
SANTOS
eROFAGHA-KEYHANI,
1988;PELIZZO
et al., 1990;MAZZAFERRI,
1993).
Alguns
trabalhos relatamque
óbitos por carcinoma de tiróide.ocorrem
com
menor
freqüência
em
áreascom
alta incidência de carcinoma oculto de tiróide(ROJESKI
eGHARIB,
1985;
MAZZAFERRI,
DE
LOS
SANTOS
eROFAGHA-KEYHANI,
1988). Hoje, existeum
consenso