TO
287
JOÃO
ALEX ALVES
INÇIDÊNÇIA
DE GRAVIDEZ
NÃO
PLANEJADA, SUAS
RELAÇÕES
COM
ESTADO
CIVIL,
ESÇOLARIDADE,
IDADE,
MÉTODO
ÇONTRAÇEPTIVO
E
ORIENTAÇÃO MEDICA
REÇEBIDA
PARA
ÇONTRAÇEPÇÃO
NUM
GRUPO
DE
35
MULHERES
ATENDIDAS
No
ÇS
_
IIDA
LAGOA
DA
CONCEIÇÃO
EM
FLORIANÓPOLIS,
Sc.
Trabalho
apresentado
à
Universidade Federal
de Santa
Catarina,
para
a
conclusão
do
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
JOÃO
ALEX ALVES
INCIDÊNCIA
DE
GRAVIDEZ
NÃO
PLANEJADA,
SUAS
RELAÇÕES
COM
ESTADO
CIVIL,
ESCOLARIDADE,
IDADE,
MÉTODO
CONTRACEPTIVO
E
ORIENTAÇÃO MEDICA
RECERIDA
PARA
CONTRACEPCÃO
NUM
GRUPO
DE
35
MULHERES
ATENDIDAS
NO
CS
_
IIDA
LAGOA DA
CONCEIÇÃO
EM
FLORIANÓPOLIS,
SC.
Trabalho
apresentado
à
Universidade Federal
de Santa
Catarina,
para
a
conclusão
do
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Coordenador
do
Curso:
Prof.” Dr.EDSON
CARDOSO
Orientadora:
Prof.” Dr.”LIGIA
ANTUNES CALDEIRA
DE
ANDRADE
FLORIANÓPOLIS
ALVES, 1030 Alex. Incidência de gravidez não planejada, suas relações
com o estado civil, escolaridade, idade, método contraceptivo e orientação médica recebida para contracepção num grupo de 35
mulheres atendidas no CS - ll da Lagoa da Conceição em
Florianópolis, SC. Florianópolis, l999.
32 p.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina para a
conclusão no Curso de Graduação em Medicina.
I. Giavidez não planejada 2. Planejamento Familiar 3.R‹-:produção
AGRADECIMENTOS
À
minha
família.À
minha
namorada.
1. Introdução 2. Objetivo ... ._ 3.
Método
... .. 4. Resultados ... .. 5. Discussão ... ._ 6.Conclusão
... _. 7. ReferênciaResumo
... _. Summary
... . _Apêndice
... ._ - . ‹ . - - . . . . . . . ‹ . . . . . . . . ¬ z.ÍNDICE
. . . . . . . . . . . . . . ...1.
INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende abordar a gravidez
não
planejada (sua incidência, relaçãocom
métodos
contraceptivos, escolaridade, estado civil e idade) junto àsmulheres gestantes atendidas
no
Centro deSaúde da
Lagoa
da Conceição
em
Florianópolis
no
período de 7 de janeiro a 7 de abril de 1999, o que constituía a totalidade das gestantes atendidas naquela unidade de saúdeno
referido ano.O
interesse pelotema
foimotivado
pelo internatoem
saúde pública desenvolvido naquelacomunidade,
como também
paramelhor
conhecer as gestantes atendidasno
centro de saúde.Ao
estudarmos essas gestações dentroda
dinâmica socialprocuramos
abordar aspectos
que
segundo
MALDONADO
(l976`_)4devem
ser considerados: a história pessoal da grávida; o contexto existencial dessa gravidez (se dentroou
fora deum
vínculo estável cornum
homem);
o contexto social (escolaridade, idade).Lagoa
da
Conceição, assim échamada
essacomunidade
da ilha de SantaCatarina
onde
se encontraem
funcionamento
um
Centro de Saúde-CS
II,que
contacom
uma
equipeformada
pormédicos
(clínico geral, pediatra, psiquiatra, ginecologista e homeopata), dentistas, enfenneiros e pessoal técnico administrativo.Procurando
tratar dosproblemas
que
possam
afetar a saúde7
coletiva, os centros de saúde
promovem
desdecampanhas
de
vacinação até assistência ao planejamento familiar. Este faz partedo
Programa
de Assistência Integral àSaúde da
Mulher,PAISM,
um
programa mais amplo do
governo,criado
na década
de 80quando
a saúdeda mulher
entrouno
debate das políticas de saúde.O
PAISM
surgiuda preocupação da
varios grupos de mulheresem
terassegurada
uma
política de saúde clara para a população femininadando
prioridade ao controle de doenças sexualmente transmissíveis, assistência pré e
pós natal e planejamento familiar.
(MANUAL
DE
ASSISTÊNCIA
AO
PRE
NATAL-
l986)5 .Ainda
em
relação ao planejamentoda
gestação e saúdepública encontramos: infertilidade e contracepção são questões de
competência
dos serviços públicos de saúde,segundo
NORMAS
PARA
ASSISTÊNCIA
AO
PRÉ
NATAL
E
PUERPÉRIO
(19s4)6.Sob
essa ótica a gravidez éum
fatoque
ultrapassa adimensão
biológica eobstétrica.
Aspectos
sociais aliados a fatores psicológicosalém
de incluiro
diagnóstico clínico o ultrapassamna compreensão
de condutas e sintomasda mulher
grávida.
LEMOS
(1984)3. Fique claroporém
que
aspectos psicológicosda
gestaçãonão
foium
tema
abordado
nessa pesquisa.Apesar
de,na
prática profissional encontrarmos mulheresque
solicitam informações sobre o planejamentoda
gravidez e sobre osmétodos
contraceptivos, grande ainda éo
número
que não
solicitaporque
ignora o problema,ou
porvergonha
(MORETTI,
1994)?Nossos
questionamentos nosderam
subsídios para caracterizar oproblema
pesquisado: das variáveis sociais estudadas qual
ou
quais se relacionamcom
o planejamentoda
gestação?-
(odado
planejamentoou não da
gestação foi obtidoda
gestante mediante entrevistaque
será abordadaadequadamente no
capítulo2.
OBJETIVO
v
Detmimos como
objetivo geral desse estudo determinar a incidência degravidez
não
planejada nas gestantes atendidasno
CS-
IIda
Lagoa da Conceição
em
Florianópolisno
períodocompreendido
entre 7 de janeiro e 7 de abril de1999.
Como
objetivos específicos forinulamos duas perguntas básicas:l- Existe
alguma
relação entre as variaveis estudadas (idade, escolaridade, estado civil) e o planejamentoda
gestação nas mulheres gestantes atendidasno
CS-
IIda
Lagoa
no
período de realização desse estudo?II-A orientação
médica
recebida por aquelas mulheres para o uso demétodos
de contracepção econsequentemente
planejamento familiar semostrou
3.
MÉTODO
As
gestantes atendidasno
CS-
IIda
Lagoa
foram
eleitas objeto e sujeito deste trabalho por considerarmos que a gravidezpode
sermelhor
entendidacom
o olhar dequem
a vivência: a própria mulher.Para a realização dessa pesquisa optou- se pelo estudo exploratório quantiqualitativo, o qual por suas características apresentou- se
como
a alternativa metodológica adequada.A
principal caracteristicada
pesquisa qualitativa é estar voltada parao
processo enão
simplesmente para resultados estatísticos.Assim
a construçãocientífica
do
pesquisador qualitativo está voltada para a participaçãodo
sujeito visando a interação pesquisador- pesquisado.TRIVINOS
(l987)12.A
pesquisa foi realizada diretamentecom
as gestantes atendidasno
Centro deSaúde
IIda
Lagoa
da Conceição
definidascomo
a população alvodo
estudo.Não
houve amostragem,
a pesquisa limitou- se aonúmero
de gestantes atendidasno
CS-Il,ou
melhor, àquelasque
realizavam seu pre natal naquela unidade desaúde
no
períodocompreendido
entre 7 de janeiro e 7 de abril de 1999.O
instrumento utilizado para a coleta de dados constituiu- se
num
questionárioNo
questionárioque
utilizamos existiram perguntas dicotômicas-que
admitem
apenas duas altemativas- e as perguntas de raciocínio aberto,onde o
entrevistadofica
livre para dar a respostaque mais
apropriada lhe pareça.No
enfoque qualitativo, a entrevista semi estruturada éum
dos principaismeios
de que dispõe o pesquisador para realizar a coleta de dados.EZPELETA
(r9s4)“.Podemos
entender por entrevista semi estruturada,em
geral, aquelaque
parte de certos questionamentos básicos, apoiados ein teorias e hipóteses
que
interessam a pesquisa e que,
em
seguida,oferecem
amplo
campo
de interrogativas, fruto denovas
hipótesesque vão
surgindo amedida
que
serecebem
as respostasdo
informante.Desta maneira
o informante, seguindo espontaneamente a linha de seupensamento
e de suas experiências dentrodo
foco principal colocado pelo investigador,
começa
a participarna
elaboraçãodo
conteúdoda
pesquisa,TRIVINOS
(l987)l2.Os
dados foram
analisados e seu significado discutidoem
comparação
àliteratura encontrada sobre
o
tema.Desta forma
a analise foi respaldada peloconhecimento
teóricona produção
deum
processonovo
deconhecimento
e interpretaçãoda
realidade.Um
aspecto estudadomas
quenão
serviu auma
análise foi a renda familiarpor ter sido alto o indice de gestantes
que não
a declararam (31,43%).
Assim
não
foi possível determinarem
qual faixa salarialestavam
as gestantes analisadas.Devido
aotamanho
da
amostranão
foi realizado o tratamento estatístico dosdados
obtidos.Os mesmos
foram
analisadosem
números
absolutos e percentuais.4.
RESULTADOS
A
partirda
tabulaçãoda
pesquisa decampo
passaremos
a apresentar osresultados
na fonna
de tabelas. Inicialmentemostraremos
os dados obtidossem
cruzá- los (tabelas I a VI), posteriormente eles serão confrontados (Tabelas VII aTabela I.
A
gravidezda
gestante atendidano
CS-
Ilda
Lagoa
da Conceição
em
Florianópolis
no
período de realização desse estudo.GRAVIDEZ
TOTAL
PERCENTAGEM
Planejada 15 42,
86%
Não
Planejada20
57,14%
13
Tabela II. Idade
(em
anos)da
gestante atendidano
CS-
IIem
Florianópolisno
período de realização desse estudo.
IDADE
TOTAL
PERCENTAGEM
17 a
20
21 a24
25 a28
29
a32
32 a. 37 Total 5 14,28%
11 31,42%
5 14,28%
ó 17,14%
8 22,85%
35100%
Tabela III. Estado civil
da
gestante atendidano
CS-
IIda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.ESTADO
CIVIL
TOTAL
PERCENTAGEM
Solteira 7 20,
00%
Casada
2 880,00%
15
Tabela IV.
Grau
de escolaridadeda
gestante atendidano
CS-
IIda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.
ESCOLARTDADE
TOTAL
PERCENTAGEM
l.° grau incompleto 3 8,
57%
1.° graucompleto
3 8,57%
2.° grau incompleto 7 20,00%
2.° graucompleto
l3 37,l4%
3.° grau incompleto 6 17 ,54%
3.° graucompleto
3 8,57%
Total 35100%
Tabela V.
Método
contraceptivo utilizado pela gestante atendidano
CS-
llda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.MÉTODO
CONTRACEPTÍVO
TOTAL
PERCENTAGEM
Camisinha
9 Pílula l9
Tabela 3Temperatura
basal lNao
usa 3 Total 3525,71aó
54,29@â
s,57aô
2,8696
s,57®â
iooaô*
As
gestantesque
planejaram a gravidezpararam
de usar seumétodo
l7
Tabela VI. Orientação
médica
para uso de contraceptivo recebida pela gestante atendidano
CS-
IIda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.OEUENTAÇÃO
TOTAL
PERCENTAGEM
Sim
17 48,57%
Não
l8 51,43%
Tabela Vll.
Cmzamento
da
variáveis idade(em
anos), gravidez planejada e gravideznão
planejada nasmulheres
gestantes atendidasno
CS-
Ilda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.IDADE
GRAVIDEZ
GRAVIDEZ
TOTAL
PLANEJADA
NÃO
PLANEJADA
17 zz
20
1 (2,86%)
4
(11,42%)
5(14,28%)
21 a24
4(11,42%)
7 (20,00%)
11 (31,42%)
25 828
2 (5,72%)
3 (8,56%)
5 (14,28%)
29
a 32 3 (8,56%)
3 (8,56%)
6 (17,14%)
32 a 37 5(14,28%)
3 (8,56%)
8 (22,85%)
T6161 15( 42,86%)
20( 57,14%)
35(100%)
19
Tabela VIII.
Cruzamento
das variáveis estado civil, gravidez planejada egravidez
não
planejada nas gestantes atendidasno
CS-
IIda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.ESTADO
CIVIL
GRAVIDEZ
GRAVIDEZ
TOTAL
PLANEJADA
NÃO
PLANEJ
ADA
solteira 2(
5,72%)
5( 14,28%)
v(20,00%)
casada
13(37,14%)
1s( 42,só%)
2s(30,00%)
Total 1s(42,36%)
20157,
14%)
351100%)
Tabela IX.
Cruzamento
das variáveis escolaridade, gravidez planejada e gravideznão
planejada nas gestantes atendidasno
CS-
llda
Lagoa
no
período de realização desse estudo.ESCOLARIDADE
GRAVIDEZ
GRAVIDEZ
TOTAL
PLANEJ
ADA
NÃO
PLANEJ
ADA
l.° grau incompleto 1.° grau
completo
2.° grau incompleto 2.° graucompleto
3.° grau incompleto 3.° graucompleto
Total 1(2,86%)
0 4(11,44%)
7(2o,oo%)
1(2,86%)
2(5,72%)
15(42,86%)
2(5,72%)
3(8,57%)
3(8,57%)
6(17,14%)
5(14,28%)
1(2,86%)
2o(57,14%)
3(8,57%)
3(8,57%)
7(20,00%)
13(37,14%)
6(17,14%)
3( 8,57%)
35(100%)
21
Tabela X.
Cruzamento
das Variáveis gravidez planejada, gravideznão
planejada emétodo
eontraceptivo utilizado pela gestante atendidano
CS-
llno
período de realização desse estudo (as mulheres que
engravidaram
sem
planejar relataram estarusando
Ométodo
contraceptivo referidoquando
engravidaram).MÉTODO
GRAVIDEZ
GRAVIDEZ
TOTAL
PLANEJADA
NÃO
PLAN EJADA
Camisinha
1(2,86%)
8(22,85%)
9(25,7l%)
Pílula l l( 3l ,42°/o)8(22,85%)
l9(54,29%)
Tabela 1(2,86%)
2(5,72%)
3(8,57%)
Temperatura
basal 1 (2,86%) 0 l(2,86°/0)Não
usa 1(2,86%)2(5,72%)
3(8,57%)
Totall5(42,86%)
20(57,'l4%) 35(100%)
Tabela XI. Orientação
médica
para uso demétodo
contraceptivo recebida pela gestante atendidano
CS-Ilda
Lagoa
no
período de realização desse trabalho.~
ORIENTAÇAO
GRAVIDEZ
GRAVIDEZ
TOTAL
PLANEJADA
NÃO
PLANEJADA
sim
9(25,71%)
9(25,71%)
1s(51,43%)
Nâo
ó(17,14%)
11131,42%)
17(4s,57%)
5.
DISCUSSÃO
Quando
não
se planejaum
filho, a gravidezpode
tomar- se problemática e amaternidade penosa. Para que a maternidade
não
sejaum
acidente faz- Se necessário a escolha deum
método
contraceptivoque
evitecom
eficáciauma
gravideznão
planejadaou
involuntária.Ainda
não
existeum
contraceptivo100%
seguro e eficazque
aomesmo
tempo
não produza
efeitos colaterais, contudo sua utilização é imprescindível paraquem
tem
uma
vida sexual ativa(PINTO NETO-1993)”.
A
forma
como
amulher
usao
anticoncepcional está intimamente relacionadacom
a motivação, disciplina e conhecimento, e a assistência preventiva àmulher além
de detectar doenças constitui- seno
caminho mais
curto para que todas as mulherestenham
acesso amétodos
e técnicas de contracepção(VESSEY-
1988
)13.No
nosso estudo as variáveis sociais analisadas (idade, estado civil,escolaridade) configuram
um
perfilda
gestante atendidano
Centrode Saúde
IIda
Lagoa
da Conceição.Após
a análise dosdados
obtidosobservamos que
a gravideznão
planejada éum
fatocomum
respondendo
pormais
dametade
(57,14%)
dos questionários aplicados.Das
35 gestantes incluídasno
estudo, a maioria- 31,42%-
encontrava-sena
28%-Das
35 gestantes incluídasno
estudo, a maioria- 31,42%-
encontrava-sena
faixa etária de 21 a24
anos,observamos
aindaque
apenas 5 mulheres- 14,28%-
tinham idade entre 17 e
20
anos oque
nos remete àum
estudo realizado porFEINHOLZ-19942,
no
qual entre as gestantes estudadas apenas7%
eram
menores
de20
anos.Constatamos que 28
das 35 mulheres entrevistadas- oque
corresponde a80%-
eram
casadasou
faziam parte de uniõesnão
oficializadas antes de engravidarem.Podemos
então fazerum
paralelocom
MORETTI-
19948que
encontrou
numa
pesquisa realizadano Rio Grande do
Sul apercentagem
de70%
casadasou
“juntas”numa
análise semelhante.De
forma
isolada, a pílula foi apontadacomo
o
método
anticonceptivomais
utilizado- 54,
29%-
pelas gestantes atendidasno
CS
IIda
Lagoa
da
Conceição.Houve
predominância
percentual quanto a escolaridade das gestantescom
seguindo grau completo- 37,14%.
Não
houve
variação significativano que
diz respeito à orientaçãomédica
recebida pela gestante para a utilização demétodos
contraceptivos: 48,57%
receberam
orientação contra 51,43%
que não
receberam.OBWAKA9
(1997) observouque
o risco de falhado
método
contraceptivoaumenta
com
a faltade
orientação
médica
para o seu uso.Em
nosso estudo issotambém
foi constatado, das 17 inulheresque não receberam
orientaçãomedica
para contracepção ll engravidaramsem
planejar.Quando
amulher
édevidamente
esclarecidatem
maior
possibilidade de se prevenir deuma
gravideznão
planejadaalém
dediminuir a distância entre eficácia teórica e pratica dos
métodos
contraceptivos(WHEBLE-
1987)”.Assumir
a anticoncepção é assumir a própria sexualidade e reafirmarcotidianamente a escolha por
uma
vida sexual ativa,mas
mesmo
assim amulher
corre o risco de
uma
gravideznão
planejadaou
por falhado
método ou
por falha25
Não
se estabeleceu relação significativa entre o grau de escolaridade eo
planejamentoda
gestação.Quanto
ao estado civilobservamos
que as solteirasproporcionalmente incorreram
mais que
as casadasnuma
gestaçãonão
planejada(5- 71,
4%
das mulheres gestantes solteiras engravidaramsem
planejar).Dos
contraceptivos utilizados por aquelasmulheres
a camisinha apresentou- secomo
o
mais relacionadocom
gravideznão
planejada, 8( 22,85%)
das 9(25,71%)
mulheres que
utilizavam essemétodo
engravidaramsem
planejar.Em
contrapartidall(31,42%)
dasl9(54,29%)
mulheres que utilizavam contraceptivo oral planejaram a gestação.A
camisinha éum
contraceptivo utilizadono
momento
do
coito e deve ser colocada defonna
corretaem
todas as relações sexuais,além do que
éum
método
cercado de tabus queacabam
portomar
seu usocomplicado
paraalgumas
pessoas(PENDERGRAST-
1992)”.Um
número
significativo de mulheresque
relataramnão
terem planejado a gestação a consideraram indesejada. Este fato deve ser analisado sobuma
perspectiva de medicina preventiva, pois as fiituras repercussões
no
relacionamentomãe-
filho ainda são obscuros epodem
sewir detema
para futuros estudos.Particularmente
em
relação à gravideznão
desejada acreditamosnão
ser possível dissociá- lado problema que
nosmoveu
a realizar esse estudo.ó.
CONCLUSÕES
~ ~
l.
Nao
observamos
neste estudo relaçao entre grau de escolaridade e planejamento da gestação; isto se aplicoutambém
para a variável estado civil.2.
A
respeitoda
variável faixa etáriaverificamos que
agravidez
não
planejada nas mulheres estudadas teveuma
incidênciaproporcionalmente
maior
entre as gestantescom
idade entre 17 e20
anos e 21 e24
anos.3.
As
práticas deeducação
sexual,no que
diz respeito aosmétodos
contraceptivos,não
semostraram adequadas
pois 0 uso dessesmétodos
foi apontado
como
responsável pela gestação pormais da metade
dasmulheres
l 2 3 4 5 6 7 8 7.
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12.TRIVINOS,
Augusto
N.S. Introdução à Pesquisaem
Ciências sociais: a pesquisa. Qualitativaem
educação.São
Paulo: Atlas. 1987.13.VESSEY,
MP;
VILLARD
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McKintosh,
L;McPHERSON,
K
&
YEATS,
D
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Factor influencing use effectiveners of thecondom.
Brit J.Family
Planning13:40
-
45,1987.
l4.WHEBLE,
AM;
STREET, P
&
WHEBLE,
SM
-
Contraception: failure inRESUMO
INCIDÊNCIA
DE GRAVIDEZ
NÃO
PLANEJADA, SUAS
RELAÇÕES
COM
ESTADO
CIVIL,
ESCOLARIDADE,
IDADE,
MÉTODO
CONTRACEPTIVO
E
ORIENTAÇÃO
MÉDICA
RECEBIDA
PARA
CON
TRACEPÇÃO
NUM
GRUPO
DE
35
MULHERES
ATENDIDAS
NO
CS
-
II
DA
LAGOA
DA
CONCEIÇÃO
EM
FLORIANÓPOLIS,
SC.
.1oÃo
ALEX
ALVES
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
Foram
estudadas 35 gestantes atendidasno
CS
-
Ilda
Lagoa
da
Conceição
em
Florianópolisno
período de 7 de Janeiro a 7 de Abrildel999
com
o objetivo de verificar a incidência de gravidez
não
planejada, suas relaçõescom
algumas
variáveis sociais (idade, escolaridade, estado civil) ecom
orientaçãomédica
para uso de contraceptivos.Os
dados
obtidosforam comparados
aliteratura encontrada.
Não
encontramos
relação entre escolaridade estado civil e planejamentoda
gestação.Verificamos que
a gravideznão
planejada teve indices maiores nas gestantes entre 17 e20
anos e 21 a24
anos.O
mau
uso demétodos
de contracepção foi apontadocomo
responsável pela gestaçãoem
maisda metade
SUMMARY
INCIDENCE
oi)
NoT
PLANNED
PREGNANCY
1T°s
RELAT1oNH11>s
WHIT MARITAL
STATUS,
s‹:HooLiNG,
AGE,
CONTRACEPTIVE
METHoDs
AND
MEDICAL
oRiENTATioN
To
USE coNTRAcr:PTivEs
IN
A GROUP
or
35
PREGNANTY
WoMi‹:M
TREATED
AT
LA(;oA
DA
coNcEIÇÃo
IN
FLoR1ANÓ1>oL1s,
sc.
JOÃO ALEX
ALVES
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
A
group of 35 pregnantwomem
were
studied thatwhere
treated atLagoa
in Florianópolisfrom
Jan 7 to April 07, 99.The
aim
of Thiswas
determinate the incidence of not plannedpregnancy
and
it°s relations whith age, schooling, marital statusand
medical orientation to use contraceptive methods.The
significance of the data obtainedwas compared
to the literature available.
We
noticed a relatiomishipbetwen
notplanned
pregnancy and
lack of medical orientacion to use contraceptives.APÊNDICE
PROTOCOLO
1. Iniciais: 2. ldade: 3. Estado Civil: 4. Escolaridade: 5 _Renda
Familiar:6. Para evitar
uma
gravidez quemétodo
contraceptivovocê
usa?7.
De
quemaneira você
começou
a utilizar essemétodo
para evitar a gravidez?Houve
orinetaçãomédica?
8.
O
método
contraceptivoque
você usanormalmente
mostrou-seeficaz?
9.
A
sua gravidez atual foi resultado deum
planejamento familiarou
aconteceupor falha
no
método
contraceptivo?10.Durante a gravidez
você costuma
fazer Oacompanhamento
pré-natal?1l.Os serviços de saúde que você procura
têm
prestadoum
acompanhamento
pré-natal satisfatório?.JOÃO
ALEX
ALVES
RUA DELMINDA
sILvE1RA,
235
-
APTO.
202 /O
RESIDENCLAL
BAÍA
DO
SOL
_
AGRONÔMICA
FLORIANÓPOLIS
-
sc
88025-500
TCC
UFSC
TO
0287 EXJ NCMHI TCC UFSCTO
0287Autor Alves, João Alex
Tltulo Incldencla de gravldez não plane
972813057 Exl UFSC BSCCSM