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IPE
391
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nv r
RAQUEL CAMPOS GALVAO
DE
QUEIROS
INSENSIBILIDADE
ANDROGÊNICA
COMPLETA
E
HÉRNIA
INGUINAL.
RELATO
DE
3
CASOS.
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.
FLQRIANÓPOLIS
RAQUEL CAMPOS GALVÃQ
DE
QUEIRÓS
INSENSIBILIDADE
ANDROGÊNICA
COMPLETA
E
HÉRNIA
INGUINAL.
RELATO
DE
3
CASOS.
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão
no Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Edson José Cardoso
Orientador: José Antonio de Souza
Co-orientadora: Marilza Leal Nascimento
FLQRIANÓPOLIS
AGRADECIMENTOS
Ao
meu
pai-
Dr. Luís CésarGalvão
de Queirós-
peloexemplo
de sabedoria,inteligência, honestidade, honradez e coragem,
além do
modelo
de amor,dedicação irrestrita e constante culto à família.
A
minha
mãe ~
Esther Luiza-
pelos infindáveis estímulos e por ter sido aminha
grande
companheira
nosbons
emaus momentos
deminha
vida.A
minha
avó
-
Sylvia Moreirada
Silva ( InMemoriam)
pela grande dedicação eamor
sempre dada
aos seus saudosos sobrinhos-filhos e sobrinhos-netos.Ao
meu
namorado
~
Dr.Edson
José Schneider-
peloamor
que
mudou
minha
vida, pela amizade, pela paciência e pelo
comprometimento
em
prolda
consecução deste
humilde
trabalho.i
Aos meus
irmãos-
Leonardo
eMarcelo
-
pelo carinho, compreensão, atenção edisponibilidade a
mim
dedicados.Ao
meu
tio-
Mestre
Prof. SílvioGalvão
de Queirós (lnMemoriam)
-
peloexemplo
de cultura, sabedoria e intelecto.Ao
meu
orientador-
Dr. J oséAntonio
deSouza
-
pela grandeamizade na
relaçãoMestre-Aluno, pelo grande interesse e pelos múltiplos ensinamentos científicos a
mim
lecionados,com
grande competência e humildade.A
minha
amiga
- Gabriela Balbinot-
pela importante colaboração neste trabalho.As
minhas
fiéisamigas
- Gisele, Júlia e Cíntia - por fazerem parteda
minha
vida.1JNTRoDUÇÃO
... ._2.LITERATURA
... ..3.oBJET1Vo
... ..4.RELATO
DE CASOS
... ..5.DISCUSSÃO
... ..ÍNDICE
u 0 Q Q Q Q Q o o O 0 ou Q o Q 0 O O Q o o Q o ao o o o Q a Q o o o ø o o aoó.REFERÊNc1As
... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..RESUMO
... ..SUMMARY
... .. III1
.1NTRonUÇÃo
A
síndrome de insensibilidade androgênica (IA),também
denominada
síndrome de feminização testicular,
ou
ainda síndromedo
testículo feminilizantefoi inicialmente descrita por Morris 1
em
1953 que,em
um
estudo de 82 casos,sugeriu o
termo
"feminização testicular" para descrever pacientescom
fenótipofeminino
porém
com
sexo genético e gonadal masculino.Sua
prevalência varia de l:l0000 a 1164000 nascimentos de criançasdo
sexo masculino 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9,
com
baixa incidência
em
negros 3°1°.Nebril et al.
H
e Esclapes et al. 8 referiram-nacomo
a causa de pseudo-hermafroditismo de
maior
interesse clínico, sendo considerada a mais freqüentede acordo
com
alguns autores 8° 9° 12° 13° 14° 15.Esclapes et al. 8
afinnaram
representar
aproximadamente
20%
de todos os casos de intersexualidade.É
caracterizada por se apresentarem
indivíduos que, apesar de teremtestículos,
reproduzem
parcialou completamente
um
fenótipo feminino 1° 2° 3° 4° 5° 7° 8° 11° 12° 15° 16° 17° 18° 19° 2°.É
originada de
um
transtomona
ação androgênicaperiférica devido a
um
defeito nos receptores teciduais de androgênio 2° 3° 4° 5° 8° 11°12,13,14,1s,19
A
inoperância periférica da testosterona, essencialmenteno
tubérculogenital,
impede
o processo de virilização levando ao desenvolvimento degenitais externos femininos.
Dessa
maneira, o recém-nascido é identificadocomo
do
sexo feminino eeducado
como
tal 2°4° 7° 11° 15° 19.Essa
síndrometem
caráter familiar,com
herança autossômica recessiva eligada ao
cromossomo
X,
descritacomo
urna alteraçãoem
um
genedo
braço2 3 5 12 3 -
longo deste
cromossomo
° °4° °6° 7° 11° ° 1 ° 15° 16° 18° 19° 20° 21° 22,›
2
receptores androgênicos.
Assim,
asmutações que
porventura ocorrerem nesse_, . . , . , . 3
gene serao totalmente expressas nos individuos
com
cariotipo46
XY
.Diáz
et al. 2 eShah
et al. 4 relataram queem
1/3 dos casosnão
existerelação histórica familiar.
Tem
sido sugerida a possibilidadeda
ocorrência denovas mutações
genéticas 2° 4° 13.A
IA
é classificadaem
completaou
incompleta de acordocom
o grau de~ . 2
533192023
virilizaçao da criança °4° °1°1° ° ° .
A
forma
completa caracteriza-se pela total insensibilidade aosandrogênios testiculares, levando à ausência de genitália intema e externa
masculina.
Os
pacientespossuem
fenótipo feminino e,na
puberdade,apresentam escassos pêlos pubianos e ausência de pilificação axilar.
Os
caracteres sexuais secundários são femininos,
com
desenvolvimentomamário
normal, genitália
extema
feminina normal, clitóris nonnal,mas
corn vaginacurta
em
fundo
cego 1° 2° 3° 5° 6° 7° 8° 11° 12° 13° 15.Os
genitais internos femininos sãogeralmente ausentes devido à presença
do
fator inibidor mülleriano (FI1\/I) 5° 6°11° 12° 13° 15° 16° 20° 21° 24
_ Esses pacientes
possuem
testículos,na
maioria dos casoslocalizados
no abdome,
dentrodo
canal inguinalou
mesmo
na
região dosgrandes lábios 2° 3° 6° 9° 12°18°2°.
Geralmente
omédico
é procuradoem
função de amenorréia primáriaou
pela presença de
hémia
inguinal, sendoum
achado
comum em
criançasem
fasepré_pubera¡2,4,s,ó,7,11,1s,1s,1ó,17,1s,2o_
A
forma
incompleta é mais rara 9° 12° 2°,com
uma
incidênciaaproximada
de
10%
dos casos deLA
13°19°2°.O
quadro clínico émenos
especifico e demais
dificil manuseio.
O
fenótipopode
variar desdeuma
mulher
virilizada atéhomens
não
virilizados,com
pênis curto e hipospádia (genitáliaambígua)
2° 3° 4° 9°16°18°2°.
Pode
ocorrer,
também,
em
alguns casos de esterilidade masculina 2° 10° 12. -No
que diz respeitoà
forma
completa, o diagnóstico é baseadona
3
num
exame
pélvico adequado. Este último, seja por ultra-sonografia(USG)
ou
outros
métodos
deimagem,
é essencialnão
só para determinar a localização dasgônadas
mas também
para o rastreamento de remanescentes müllerianosna
cavidade pélvica.
O
exame
anatomopatológico das gônadas deve ser realizado 4°5,ll,l5, 16,18 '
O
tratamento consistena
exérese das gônadas seguida de reposiçãohormonal.
Porém, quando
deve ser a operação realizada, seno
momento
do
diagnóstico 4°7°12°22
ou
após o término dapuberdade
2”5”9*13”14”15°17°19°2°, ainda édiscutido
na
literatura.É
consenso entre os autoresque
estas pacientes, fenotipicamentefemininas,
devem
continuar a ser tratadascomo
tais após o diagnóstico,uma
vezque
seu desenvolvimento inicial foino
sexo feminino, tanto fenotipicamentequanto nos aspectos honnonal, legal e psicossocial 2” 3”4° 6” 8, H” 19.
A
IA
pode
seruma
doença
de dificilmanuseio
para o médico,porém
trazproblemas complexos
e traumatizantes para o indivíduo e sua família.Por
estemotivo
um
melhor conhecimento da doença
e de suaabordagem
correta é desuma
importância 4.A
possibilidadedo
diagnóstico precoceda
IA
em
decorrência da presençade
gônada no
saco herniário durantehemiorrafias
inguinaisem
meninas motivou
a realização
do
presente trabalhono
intuito de alertar os profissionais para estafl
2
.LITERATURA
Foram
relatados,no
século passado, casosda forma
completa de IA,mas
foi
Lawson
que
reconheceu a etiologiaem
1950
quando
uma
pacientecom
amenorréia e
sem
pêlos pubianos e axilaresconfirmou
ser irresponsiva à terapiacom
testosterona 6. Morris (1953) 1descreveu 82 casos
da
forma
completa deIA.
Prevalências variadas de
IA
foram
relatadas,como
de l:60000nascimentos de crianças
do
sexo masculino 2” 3” 4° 1°,com
baixa ocorrência
em
negros 3” 1°. Outras
foram
referidas por
Koren
et al. 5 e Styne 6 (l:2000O a1zó4ooo),BangSb011era1. 7 (izioooo a 1zó24oo),Es¢1zpes er al. 8 (izzoooo a
1150000) e Velidedeoglu et al 9 (l:50000). Parera 12 sugeriu a prevalência
l:20000 para a
forma
completa.O
fenótipo masculinoou
feminino é determinado pelo sexo gonadal,diretamente relacionado ao genótipo 2” 15
e aos
hormônios
produzidos pelasgônadas
2.O
sexocromossômico
é estabelecidono
momento
da
fecundação,mas
a diferenciação sexual é desencadeadasomente
em
tomo
da
8asemana
degestação 2.
Os
genitais internos são derivados de estruturas embriológicas diferentes,presentes
no
estágio de indiferenciação gonadal.Os
ductos de Müller sãoprecursores
da
genitália interna feminina (útero, trompas uterinas e terçosuperior da vagina) e os ductos de
Wolff da
masculina (epidídimos, ductosdeferentes, ductos ejaculadores e vesículas seminais) 2* 11” 12” 13.
As
estruturas embrionárias, primitivamente indiferenciadas e onginadorasdas
gônadas
e órgãos genitais,têm
tendência inata à expressão fenotípica5
indiferenciadas
evoluem
a ovários e os derivados müllerianos serão formados,as estruturas
wolffianas
regridem 2 e os genitais externos adotarãouma
morfologia feminina. Isto acontece
quando
o genótipo é feminino esem
apresença
do
cromossomo
Y
2° “°21.Entretanto,
quando
o fetotem
genótipoXY,
a diferenciação gonadal efenotípica feminina
não
ocorre devido principalmente a dois fatores codificadosno
cromossomo
Y: o fator determinante testicular (FDT),que
promove
adiferenciação
da
gônada
primitivaem
testículo 11° 12, eo
antígenoH-Y,
intimamente ligado à espermatogênese 11.
O
testículo fetaluma
vez diferenciado é o responsável pela elaboração dedois
hormônios no
processoda
determinação sexual masculina.O
primeiro,o
FIM,
é produzido pelas células testiculares de Sertoli etem
como
funções ainibição específica e a regressão dos ductos de Müller entre a 6” e a lla
semana
de gestação 13.
O
segundo, a testosterona, produzida pelas células testiculares deLeydig, que, sob o estímulo
da gonadotrofina
coriônicahumana
(GCH)
produzida pela placenta, estimula os ductos de
Wolff
no
seu processo dediferenciação, detenninando assim a virilização da genitália
intema
2” U' 12” 1121.A
testosterona é o principal androgênio secretado pelos testículos.Age
nos órgãos-alvo pela penetração
na
membrana
celular por difusão passiva e suaunião a receptores específicos intracelulares,
ou
pela sua conversão adehidrotestosterona
(DHT)
por ação daenzima
oc-5-redutase, unindo-seposteriormente a estes receptores 4° 12” 13” 19” 21.
O
complexo
hormônio-receptor,uma
vez formado, penetrana
membrana
nuclear unindo-se a zonas específicasdo
ácido desoxirribonucléico(DNA),
onde
se realiza a transcrição a ácidoribonucléico
(RNA)
mensageiro,que
por sua vez leva a informação genética aocitoplasma para a
fonnação
denovas
proteínas 2.A
DHT
é amediadora
da ação androgênicana
maioria dos tecidos e=e
do
seio urogenital e tubérculo genital 2” 11° 12' 13” 19 .É
considerada porChávez
etal. 19 o
mais
potente androgêniohumano.
Desta maneira, ocorre a virilização
da
genitália interna e externamasculinas sob o controle
da
testosterona eDHT,
respectivamente, processo esteque
se completano
1° trimestreda
gestação 2° 13.A
patogêneseda
IA
decorre deum
transtomona
ação androgênicaperiférica devido a
um
defeito nos receptores teciduais de androgênio,que
pode
ser tanto qualitativo, por alteração estrutural
do
receptorou
mesmo
alteraçãona
seqüência pós-receptor,
ou
quantitativo, por diminuiçãoda
quantidade dereceptores
ou
ausência dosmesmos
2° 14” 5° 8° 11° 12” 13° 14° 15° 19.Este distúrbio é
gerado por
uma
anomaliado
gene codificador destes receptores queimpede
aativação
da
transcriçãodo
mesmo,
interferindona
resposta tecidual aosandrogênios. Isto causa bloqueio da diferenciação sexual masculina 5* 12° 15
por
resistência periférica à atividade biológica da testosterona e
DHT
14'12”15°19.A
alteração celularpode
localizar-seem
qualquer dos 3 sítios maiores deação androgênica, seja
no
pré-receptor (por alteraçõesna
enzima
or-5-redutase),no
receptor androgênico intracitoplasmáticoou no
pós-receptor (nas fasessubseqüentes
da
ação androgênica) 2° 3” 13.Diaz
et al. 2 descreveramque
as alterações dos receptores protéicosandrogênicos
podem
ser encontradas tantona
IA
completa quanto nassíndromes de Reifensten (pseudohermafroditismo parcial masculino) e
da
infertilidade masculina (azospermia e oligoespennia).
A
inoperância periféricada
testosterona, essencialmenteno
tubérculogenital,
impede
o processo de virilização, levando, portanto, ao desenvolvimento de genitais externos femininos. Assim, o recém-nascido é identificadocomo
do
sexo feminino e
educado
corno tal 2°4”7° 11” 15” 19.A
carência de atividade biológicada
testosterona eda
DHT
na
hipófise e“Y
folículo estimulante
(FSH) que estimulam
os testículos àmaior produção
detestosterona.
Apesar
de níveis androgênicos elevados, a retroinibiçãonão
seprocessa pela insensibilidade tecidual
mantendo-se
níveis constantementeelevados de
FSH
eLH
3. Perpétua-se, desta forma,um
processo deretroalimentação
sem
repercussão nos tecidos por defeitodo
receptor 2” 19.Ocorre, secundariamente,
uma
hiperplasia das células deLeydig
e níveisgeralmente elevados de testosterona
na puberdade
12.Há
uma
produção adequada
de testosteronabem
como
sua conversãoperiférica a
DHT,
mas
os receptores das células-alvonão respondem
(formacompleta)
ou respondem
apenas parcialmente (forma incompleta) à sua ação 3.O
desenvolvimento dos ductos deWolff
e a espermatogênese são ausentesou
mínimos
nos portadores dessa síndrome jáque
esses processos são androgênio-dependentes
mo.
Esses níveis elevados de
FSH
eLH
estimulamtambém
oaumento da
secreção de estrogênios pelos testículos 2” 19. Aliado a isto,
há
o processo deconversão periférica
da
testosteronaem
excesso a estrogênios, principalmentenos tecidos gordurosos, processo este responsável por
75%
da
produção destehormônio no
sexo masculino 2.A
presença destes estrogênios leva aodesenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos, caracterizando-
os
como
meninas
2.Segundo
Aguilar Martinez, citado porDiaz
et al. 2, os fatores pré-nataisque
podem
influirna
gêneseda
IA
não
estãobem
estabelecidos, porém, o usode drogas
como
a clorpromazina, as crises hipertensivasna
gestação e o retardode crescimento intra-uterino
poderiam
originar quadros de alteraçõesmetabólicas e endócrinas resultando
em má
nutrição fetal edesencadeando
a IA.Esta síndrome
tem
caráter familiar,com
herança autossômica recessiva eligada ao
X,
descritacomo
uma
alteraçãoem
um
genedo
braço longo desteas
história familiar de casos semelhantes 2.
É
sugerido por alguns autoresque
haja,no
terço restante dos casos, a ocorrência denovas mutações
genéticas 2”4° 13.Chávez
et al. 19 preconizaramque
o aconselhamento genético deve basear-se
no
entendimentodo
mecanismo
de transmissãoda
síndrome e referiramque
amãe
que
tem
2
filhoshomens
afetados é portadora obrigatóriado
gene anômalo,e
que
suas filhas (46XX)
teriam50%
de risco deserem
portadoras de tal gene.Parera 12
recomenda
que se realize o diagnóstico molecular nos casos deresistência total
ou
parcial aos androgênios, para que se possa estabelecerum
estudo familiar
que
permita a detecção de mulheres portadorasdo
cromossomo
X
anômalo, possibilitando atémesmo
o diagnósticoem
período pré-natal.O
estudo
da origem
do
cromossomo
portadorda
anomaliatem
permitidoestabelecer
que
onúmero
denovas mutações
é elevado e mais freqüenteno
estágio
da
meiose
masculina. Assim, amutação
é transmitida às filhas, que setornam
portadoras.Vilanova et al. 13 observaram
em
sua casuísticaque
as formas completa eincompleta
da
síndromenão ocorrem
em
urnamesma
família.Há
vários relatos de casosda
forma
completada
síndromecom
história familiar:Chávez
et al. 19 descreveram 2 casosem
mn
total de 6 irmãs.Swanson
e Coronel 24 relataram 1 caso de paciente
com
1 irmãcom
queixa de amenorréiaprimária e infertilidade para os quais
nenhuma
investigação foi realizada. Helleret al. 21 descreveram 1 caso que, apesar de ter 1 irmã normal,
com
cariótipo46
XX,
tinha história de 2 primas, filhas de sua tiamatema,
portadorasda
síndrome. Vilanova et al. 13 descreveram 2 séries de 3 irmãs. Velidedeoglu et al.
9
relataram a
IA
completaem
3 innãs.Já Oliveira et al. 2°,
num
relato de 5 casosda forma
incompleta, encontrou1 irmã
com
afecção semelhanteem
apenas 1 caso.Koren
et al. 5 descreveram 1caso de paciente corn 1 tia materna e 1 innã
com
diagnóstico de IA. Bangsboll et'9
irmãs e 1 sobrinha das
mesmas). Shah
et al. 4 descreveram 5 casos de pacientesque
tiveram seu diagnóstico realizado devido à presença de história familiarda
síndrome.
McNeill
et al. 25 relataramtambém
1 casocom
história familiarpositiva. Viner et al. 16 encontraram história familiar ein
50%
dos casos daforma
completa.
A
IA
completa foi anteriormentedenominada
de síndromedo
testículofeminilizante -
forma
completa -ou
síndrome de Morris 3.É
a 33 causa maisfreqüente de amenorréia primária depois
da
disgenesia gonadal e da ausênciacongênita de vagina 2° 6° 14
e, de acordo
com
Obianvvu et al. 14, é responsável por10%
de tais casos e representa a total insensibilidade aos androgêniostesticulares
com
intenupção completa da virilização. Ocorre ausência degenitálias interna e externa masculinas, fenótipo feminino e,
na
puberdade, apresença de escassos pêlos pubianos e ausência de pilificação axilar.
Os
caracteres sexuais secundários são femininos,
com
desenvolvimentomamário
normal, genitália externa feminina normal, clitóris normal,
mas
com
vaginacurta
em
fundo
cego 1° 2° 3° 5° 6° 7° 8° 11° 12° 13° 15.As
glândulasmamárias
estãopresentes devido à hiperestimulação testicular
com
níveisaumentados
deestrogênios e testosterona, e o
tamanho da
vagina geralmente é suficiente pararelações sexuais 12.
Os
genitais internos femininos são geralmente ausentesdevido à presença
do
Fm/I 5,6,11,12,13,15,1ó,2o,21,24.Os
testículos são distópicos e se localizamna
maioria das vezesno
abdome,
dentrodo
canal inguinalou
mesmo
na
região dos grandes lábios 2° 3° 6° 9°12° 18° 2°.
De
acordocom
Oliveira et al. 2°,em
21%
dos casos localizam-sena
região de ovários,
19%
nos grandes lábios eem
cerca de 50 a60%
nas regiõesinguinais, simulando hémias.
O
diagnóstico é baseadona
anamnese,exame
fisico, avaliaçõesendocrinológica e citogenética e, por
fim,
num
exame
pélvico adequado. Este“IG
detenninar a localização das gônadas
mas também
parao
rastreamento deremanescentes inüllerianos
na
cavidade pélvica.O
exame
anatomopatológicoA - 5 ó
das gonadas deve ser realizado 4° 5 ° 11° 1 ”1 °18.
A
maioria dos casos é diagnosticada durante apuberdade
devido à queixa.. . , . s ió iv s zo -
de amenorreia priinaria 2° 4° 5” 6° 7' 11' 13' 1 ” ” ” 1 ”
sendo
pouco
habitual odiagnóstico
em
idades mais avançadas, condiçãoque
ocorreem
pacientescom
baixo nível
econômico
e cultural,como
relatado por Nebril et al. “_ Nestes casosa
tomografia
computadorizadaou
a ressonância nuclear magnética constituemum
elemento diagnóstico útil para a visualização de testículos criptorquídicos epara a pesquisa de órgãos genitais intemos U.
Esclapes et al. 8 referiram dispareiuiia ao início
da
vida sexual ativacomo
queixa.
Na
infância, aIA
completapode
passar desapercebida.No
entanto, deveser investigada
em
ineninas pré-púberescom
hérnia inguinal emassa
palpável 3*13.
A
presença dehémia
inguinal éum
achado
comum em
crianças portadorasda forma
completa desta sindromeno
período pré-puberal 2° 4” 5” 6° 7” 11° 13” 15”16”17”18”20
Koren
et al. 5 e Viner et al. 16 sugeriramque
aproximadamente
l a 2%
dasmeninas
com
hémias
inguinais são portadoras de IA. Bangsboll et al. 7associaram esta síndrome à
hémia
inguinal feminina, referindoque
cerca de50%
dos pacientescom
a síndrome são inicialmente investigadosem
decorrência
da
presença dehémia
inguinal.Assim, o cirurgião deve estar
sempre
alerta à possibilidadeda
presençadesta síndrome durante a prática de
hemiorrafia
inguinalem
meninas
em
idadepré-puberal.
Handa
et al. 17 preconizaram que, durante este ato, seja realizadaVilanova et al.
B
descreveram a presença dehémia
inguinal bilateralem
54%
dos casos estudados.A
presença dehémia
foi omotivo
de investigaçãoem
60%
daqueles diagnosticadosna
infância.Shah
et al. 4,numa
análise de 21 pacientes referiramque
62%
(13pacientes)
eram
portadoras deIA
completa e apresentavam genitália externafeminina e hérnia inguinal.
A
hémia
foi diagnosticadana
infânciaem
9 casos.Em
10, as gônadaseram
palpáveisna
região inguinal.Viner et al. 16 descreveram
em
seu estudo a presença de hérnia inguinalem
90%
dos pacientescom
aforma
completada
síndrome,31%
unilateral e59%
bilateral, eem 80%
destes casos havia a presença de testículos palpáveisna
região inguinal.
Todas
essas pacientes apresentavam genitália externa femininanormal, sendo consideradas
do
sexo feminino.O
achado
dessa alta freqüência dehémias
inguinaisna forma
completada
IA, unilateraisem
cerca demetade
doscasos, enfatiza a importância de se considerar a suspeita de insensibilidade
androgênica
em
qualquer criançado
sexo femininocom
hémia, sugerindoque
em
todos esses casos seja realizadoum
estudo citogenético para determinaçãodo
cariótipoda
criança.Bangsboll et al. 7 estudaram
um
total de28
pacientes portadores de IA,dez dos quais
foram
investigados primariamente porhémia
inguinal. Destes, 5eram
menores
de 1 anoquando
primeiramente investigados, e os outros 5casos,
menores
de 5 anos(média
de idade de 2,7 anos).Heller et al. 21 relataram o caso de 1 paciente
da
raça negra que, aos 19anos, foi submetida à orquiectomia,
mas
que
já tinhaum
diagnóstico definitivode
IA
desde os 3meses
de idade, descoberto duranteuma
hemiorrafia
inguinalbilateral.
Esclapes et al. 8 encontraram 1 caso
no
qual havia 2massas
palpáveis e'12
paciente de
20
anos de idadeque
consultouno
setor de ginecologia por,. . ,.
amenorreia primaria.
O
perfilhormonal da
IA
completa é clássico 2.De
acordocom
Vilanovaet al. 13 o perfil
gonadotrófico da
IA
caracteriza-se por níveis elevados deLH
(enquanto o
FSH
pode
se encontrarnormal ou
elevadoquando
comparado
aohomem
normal), fato justificado provavelmente pelo fato deo
eixo hipotálamo-hipofisário
poder
ser parcialmente sensível ao feedback negativoda
testosterona,ou porque
estenão
ocorre, já queo
eixo hipotálamo-hipofisário,como
os outrosórgãos, é insensível aos androgênios 2° 13.
Conseqüentemente
o controledo
feedback
do
LH
seria parcialmente exercido pelo estradiol secretado pelostestículos.
A
testosterona é elevadacomo
resultado dos altos níveis de secreção deLH
enquanto o estradiol é elevado paraum
indivíduo masculinonormal
2° 6,mas
inferior ao
normal
para mulheres 6. Estes níveis elevados de estrogênios sedevem
à secreção testicular de estrogênios elevada e à conversão periféricade
testosterona
em
estrogênios 2° 6.De
acordocom
Diaz
et al. 2 estes estrogêniostambém
intervêm nosmecanismos
reguladores de retroalimentaçãona
secreçãodo
LH
cuja secreçãoaumenta
imediatamente após agonadectomia
ou
ao seadministrar
medicamentos
anti-estrogênicos.Segundo
Parera 12 a exploraçãohormonal no
lactente e durante a fase pré-puberal deve ser realizada
em
condições basais e sob a estimulaçãocom
GCH.
A
testosterona basal deve estar elevadano
lactente nos primeiros 3 meses.A
resposta de secreção de testosterona à administração de
GCH
deve sernormal
ou
mesmo
elevada e seus precursores, nonnais.A
secreção de gonadotrofinasparece estar elevada durante o 1°
ano
de vida.A
partirda
puberdade, eno
adulto, as concentrações de testosterona e estradiol são normais
ou
elevadas, os'13
também,
que
na
forma
completada
LA
as gonadotrofinas e a testosteronanão
são suprimidas
com
a administração de androgêniosexógenos
12_Nebril et al.
U
relataram o caso de 1 paciente de 45 anos,na
qualforam
detectados níveis elevados de testosterona (7.2 pg/ml),
FSH
(26.7mUI/ml)
eLH
(35.8 mUI/ml).
Chen
15,
num
relato deIA
completaem
gêmeas
de20
anos deidade,
mostrou
níveis deLH
de 20.1 e 17.5mUl/ml,
FSH
de 13.2 e 10.5mUI/ml,
estradiol de 24.4 e 27.7 pg/ml (normal para mulheres=
30
a300
pg/ml)e testosterona de 5.68 e 5.39 ng/ml (nonnal para mulheres
=
0.08 ng/ml).Esclapes et al. 8 mostraram,
em
2 mulheres de20
e 19 anos, níveiselevados de testosterona, de 1.6 ng/ml e 0.9 ng/ml respectivamente,
mostrando
níveis
também
elevados deFSH
(5.6mUI/ml
e 2.6mUI/ml)
e deLH
(104
mUI/ml
e 12.6 mUI/ml).Koren
et al. 5em
seu relato de paciente de20
anoscom
a síndromedetectaram níveis de testosterona de
985
ng/dl (normal=30
a70
ng/dlem
mulheres adultas e
300
a 1000 ng/dlem
homens
adultos),FSH
de 13mUI/ml
(normal
=
5 a20
mUI/ml
em
mulheresna pré-menopausa)
eLH
de 37mUI/ml
(normal
=
5 a25
mUI/ml
em
mulheresna pré-menopausa ou
em
períodonão
ovulatório).
Diaz
et al. 2 mostraram,em
uma
paciente de 17 anos, perfilhormonal
com
elevação dos androgênios
acima
dos valores normais masculinos,com
gonadotrofinas hipofisárias dentro da normalidade.
Após
a gonadectomia, foirealizado
acompanhamento
destes valores,sem
terapia de reposiçãohormonal
por
um
período de 5 meses, observando-se diminuição total dos androgênios eestrogênios e grande
aumento
das gonadotrofinas hipofisárias.Apesar da
síndrome deIA
completa ter sido descrita detalhadamentena
literatura e ser
amplamente
conhecida,somente
poucos
casos de pacientescom
acoexistência de estruturas remanescentes müllerianas
têm
sido publicados 15” 16”'M
Sabe-se que a ação
do
FIM
resultana
ausência de estruturas müllerianas,pois os derivados dos ductos de Müller só se
desenvolvem na
ausência destefator 5° 6° 11° 12” 13” 15” 16” 2°” 21° 24. Esta substância é produzida pelos testículos e,
durante a vida embrionária, determina a regressão
do
sistema ductal müllerianono
homem.
Como
os portadores desta síndrome são geneticamentedo
sexomasculino,
o
FIM
determina a ausência de trompas, útero e porção superiorda
vagina 5° 2°.
Devido
ao fato de que aIA
e a degeneração destas estruturasrequerem
mecanismos
totalmente diferentes sua coexistênciano
mesmo
pacienteé rara 24.
Conforme
Styne 6 cistos deorigem
müllerianaou wolffiana
podem
aparecer
em
60%
dos casos, remanescentes uterinosem
80%
(geralmenteanexos aos testículos) e
em 33%
trompas uterinaspouco
desenvolvidas. Istoocorre provavelmente devido a defeitos
na
açãodo FIM.
De
acordocom
Parera 12 eSwanson
e Coronel 24 , omecanismo
paraexplicar este fato ainda é desconhecido, pois ainda
não
foidemonstrado
se osandrogênios
tem
ou não algum
papelna
regulaçãoda
secreçãodo
FIM
ou
sobreo
mecanismo
de açãodo
mesmo.
Parera 12 sugeriuque
possa ser devido àregulação
da
expressãodo
gene codificador deste fator.Conforme Swanson
e Coronel 24, a descida testicular precoceno
condutoperitônio-vaginal tende a
remover
as estruturas müllerianasdo
campo
de açãodo FIM. Apesar da
proximidade necessária para a açãodo
FIM em
humanos
serdesconhecida, referiram
que
estetem
ação local e unilateral.Mas
esta teoriaainda é controversa.
Devido
ao constanteaumento do
número
de pacientescom
esta associação, sugeriram
que
exames
histológicos minuciosos dos tecidospélvicos
podem
resultarna
conclusão deque
elapode
sermais
comum
do que
previamente reconhecida.
Algumas
teoriastêm
tentado explicar esta associação: a exposição“P5
pode
bloquear a açãodo
FIM em
ratos 27; a exposição a altos níveis deestrogênio nas fases precoces
do
desenvolvimento embrionário, interferindocom
a açãodo
FIM num
mecanismo
análogo aoda
exposição aoDES
24; e, porfim,
uma
deficiênciana
síntese, secreçãoou
funcionamentodo
FIM
26. Essedefeito funcional envolveria
uma
mutação
genética separada,o
que pareceimprovável 21° 24.
Chávez
et al. 19 descreveram 2 casos de irmãscom
aforma
completada
síndrome,
onde
encontraramtrompa
uterinaem
apenasuma
delas. Viner et al. 16detectaram vestígios de útero
em
apenas l de29
pacientes portadoresda
forma
completa.
Swanson
e Coronel 24 relataram 1 caso deum
grau infreqüente depersistência destes remanescentes,
no
qual foi detectada durante a laparotomia apresença de útero rudimentar,
sem
cavidade endometrialou
colo, e l trompa,sem
história de exposição pré-natal aoDES.
Oliveira et al. 2°,
num
relato de 5 casos daforma
incompleta, encontraramútero rudimentar e trompas
em
apenas 1 caso. Heller et al. 21 relataram 1 casono
qual
observaram
um
nódulo de tecidofibroso
contendouma
trompa
completamente
formada, sugerindoque
a presença destes remanescentesnão
seja
um
achado
tão infreqüente quanto previamente proposto.Chen
15 descreveua concomitância de
LA
e remanescentes müllerianosem
gêmeas,com
oachado
de úteros bicornos conectados a estruturas tubulares, bilateralmente,
em
ambas
esugeriu
que
esta condiçãopode
resultar deuma
deficiência concomitante deFIM.
Na
histologia gonadal oachado
maiscomum
é de estrutura testicular,com
ausência de espermatogênese
(com
túbulos seminíferos desprovidos deelementos espermatogênicos e diminuição
do
diâmetro tubular) 2' 3” 12 associada auma
hiperplasia das células deLeydig
produtoras de testosterona 2,com
1%
Nebril et al.
U
observaram
tecido testicularcom
escasso parênquima,formado
por túbulos seminíferosmarcadamente
atróficos e atapetados porcélulas de Sertoli e ausência de elementos
da
série genninal. Foi observadotambém
estromaedemaciado
efibroso
e vasos de paredes grossas.Bangsboll et al. 7 encontraram,
na
histologia de20
pacientesgonadectomizados, estruturas semelhantes a testículos, tipicamente imaturas,
com
poucas
ou
sem
células germinativas, e ausência de neoplasias.O
tratamento requer correto diagnóstico etiológico. Se, classicamente,esperava-se até a
puberdade
por seus efeitos feminizantes, agora érecomendável
a extirpação dos testículos, seja por laparotomia
ou
laparoscopia 15, devido àgrande tendência de degeneração e transformação neoplásicas a partir
da
3adécada
de vida 2° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 11° 12° 13° 14° 15° 17° 19° 20° 22.Secundariamente,
pode
serrealizada a vaginoplastia nos casos de dispareunia para permitir
uma
vida sexualfeminina
normal
6° 8.Alguns
autoresrecomendaram
que
agonadectomia
seja realizadaem
idades precoces, tanto por razões psicológicas (trauma pela intervenção cirúrgica
em
idades púberes posteriores) quanto práticas, pela grande eficácia dostratamentos
hormonais
substitutivos a partir da idade puberal 4° 7° 12° 22.Outros
autores preconizaram
que
seja aguardado o final dapuberdade
para a realizaçãoda
orquiectomia, poisalém
do
risco de malignização ser consideravelmentebaixo
em
idades pré-puberais (apesar de carcinoma in situ ter sido encontradoem
pacientes pré-púberes) 6, permitetambém
que
se atinjauma
feminizaçãomais
fisiológicacom
estrogêniosendógenos
gonadais ao invés da administraçãoexógena
2° 5° 7° 9° 13° 14° 15° 17° 19° 2°.Nestes casos, é
recomendado que
sejam feitasbiópsias seriadas até o
momento
de realização da orquiectomia 2° 7.Damiani
eSetian 3 referiram
que
o desenvolvimentomamário,
que ocorre pela conversãode testosterona
em
estrogênios,tem
sido outra justificativa para se extirpar os1?
estradiol
na
fase pré-puberal 3, porém,não
consideram esta justificativa válida jáque
a terapia substitutivanão
oferece dificuldades, obtendotambém
um
adequado
grau de feminização.Na
forma
incompleta, agonadectomia
precoce deve ser indiscutivelmenterealizada precocemente, pois é essencial para impedir a virilização durante a
puberdade
5.Chen
15 preconizouque
seja associada aremoção
dosremanescentes müllerianos.
O
problema
em
se escolher omomento
ideal dagonadectomia
envolve anecessidade de explicar ao paciente a razão para a realização
do
ato,no
casoda
fase puberal 6.
Bangsboll et al. 7 analisaram
20
pacientes: 12foram gonadectomizados
no
momento
do
diagnóstico, 8eram menores
de 5 anos, 1 tinha 17 anos e 3apresentavam
massa
pélvica palpável.Os
9 pacientes restantes tiveram suasgônadas removidas
de 2 a 18 anos após terem o diagnóstico.A
idademédia da
orquiectomia, nos casos
em
que não
haviatumor
palpável, foi de 7,5 anos.Se
os testículosforem
removidos
precocemente, a estrogenioterapia deveser instituída
quando
apuberdade
iniciar-se e a dosehormonal
deve ser baixanos primeiros anos,
como
no
tratamento dehipogonadismo hipogonadotrófico
6.Diaz
et al. 2 descreveram o uso de cerca de 1,25mg
ao dia após a orquiectomiaem
uma
paciente de 17 anos.A
evolução desta doença, durante apuberdade
e idade adulta, leva àausência de espennatogênese e a hiperplasia das células de Leydig, produzindo
incidência
aumentada
de neoplasias benignas e malignascomo
o carcinoma insitu, o
seminoma
e oadenoma
de células de Sertoli eLeydig
12.Para
Koren
et al. 5 , os testículos distópicos são mais susceptíveis de sofreralterações
do
que os tópicos, já que o criptorquidismo masculino desenvolveneoplasias 3 a 14 vezes mais freqüentemente,
com
3 picos de incidência: abaixoT8
por definição, os testículos são retidos, a incidência de neoplasias é rara antes
dos
30
anos,mas
aumenta
significativamente após esta idade 5_O
alto risco de malignização já havia sido publicado por Morris 1em
seusprimeiros relatos sobre a síndrome.
Em
50
pacientescom
IA
e idade superior a30
anos, foi encontrada incidência de tumores malignos (seminomas, teratomasmalignos e tumores de células de Leydig) de
22%
1° 2° 5.Manuel
et al., citadospor
Diaz
et al 2 eKoren
et al 5, calcularamum
risco de malignização de3,6%
entre 25 e
30
anos,aumentando
para33%
entre30
e 50 anos.Estimou-se, para as transformações malignas,
uma
incidência de5%
doscasos de
IA
7° 8.Os
adenomas
de células de Sertoliocorrem
em
25%
dos casos 6°7, e tumores malignos
em
cerca de10%,
geralmente após a puberdade 6.De
acordo
com
Bangsboll et al. 7, oseminoma
é otumor mais
freqüentementeassociado à
IA
e, apesar deconfrmarem
o risco de neoplasia,não
encontraramnenhum
caso de malignizaçãoem
seu estudo.Esclapes et al. 8 descreveram a ausência tubular de espermatogônias e a
presença de proliferação de células de Sertoli, assim
como
abundantes célulasintersticiais de Leydig,
com
infiltração linfocitária difusa compatívelcom
adenoma
de células de Sertoli-Leydig à biópsia testicular de duas portadoras dasíndrome
com
19 e20
anos de idade.Apesar
de elevado, o risco de malignizaçãona
IA
completa ainda émenor
do que na
disgenesia gonadal,na
qual agonadectomia
deveindiscutivelmente ser realizada
no
momento
do
diagnósticosem
interessaroutros fatores 2.
Por
estaremem
geral fenotipicamente identificadas, pessoal esociahnente,
com
o sexo feminino, por terem conduta psicossocial jádeterminada 8 e por haver resistência periférica a androgênios
endógenos
eexógenos
3° 6,énonna
geralque
estes casosdevem
ser orientados para o sexofeminino 2° 3° 4° 6° 8° 11° 12° 19. Para
19
terapia
hormonal
estrogênica, devido à importante diminuição dos estrogêniosendógenos
após amesma.
Isto é indispensável para evitar crises de identidade ealterações emocionais, existindo o risco,
mesmo
assim, dealgum
destespacientes
virem
a serem
certomomento
de seu desenvolvimento profissionalrevelados
cromossomicamente
(atletas, por exemplo), apresentando, então,conflitos psicossociais graves 2.
Deve-se
explicar a estas pacientes a causa de sua esterilidadeporém
não
está indicada a orientação quanto a seu verdadeiro sexo gonadal e genético 8° U,
para que sua
boa
adaptação aocomportamento
femininonão
seja prejudicadapor ambigüidades e desorientações psicológicas 8.
Diaz
et al. 2,em
seu relato, referiram ter sido necessario tratamento psicológicoespecializado para explicar à paciente sua impossibilidade fisicobiológica para a
maternidade
sem
revelar, entretanto, a alteração sexual genética para se evitarum
dano
psicológicomaior
tanto à paciente quanto à sua família.Mas
deve serdeixado claro para seus familiares a sua incapacidade de procriação
podendo
ao
3.
OBJETIVO
Relatar 3 casos de insensibilidade androgênica completa associada à
hémia
4
.RELATO
DE
CASOS
CASO
1: criança pré-escolar, feminina, negra, procurou o serviço de cirurgia pediátricado
Hospital Infantil Joana deGusmão
(HIJG)
aos 3 anos de idadecom
queixa deaumento
devolume
em
regiões inguinais aos esforços desde o 1°mês
de vida.Nascida
de parto nonnal, a termo, esem
intercorrências.Após
avaliação foiconfirmada
a presença dehémia
inguinal bilateral. Foirealizada a herniorrafia inguinal bilateral, durante a qual
foram
encontradasgônadas
em
ambos
os sacos hemiários e, então, submetidas à biópsia.O
exame
histológico
comprovou
serem
estruturas testiculares imaturas. `A
paciente foiencaminhada
ao serviço de endocrinologia pediátrica para ainvestigação de síndrome de insensibilidade androgênica.
Ao
exame
fisico,apresentava genitália externa feminina nonnal.
O
seu cariótipo era46
XY,
eUSG
com
ausência de úteroou
trompas.Sendo
confinnado
o diagnóstico deIA
completa, foi submetida àorquiectomia bilateral aos 6 anos de idade e, por
fim,
iniciadoacompanhamento
clínico ambulatorial. Seus níveis
hormonais
1ano
após a orquiectomiaeram
superiores aos normais 28,
com
FSH
de 24.7mUI/ml,
LH
de 6.46mUI/ml.
22
CASÚ
22 lactentedo
sexo feminino, branca,com
30
dias, foiencaminhada
aoserviço de cirurgia pediátrica
do
HIJG com
diagnóstico dehémia
inguinalbilateral desde o nascimento e episódios de encarceramento freqüentes.
Nascida
a termo, de parto cesáreo,
com
circular de cordão,sem
intercorrênciasgestacionais
ou
neonatais.Tinha
história familiar de tiospatemos
inférteiscom
azospennia e oligospermia.
Apresentava, ao
exame
fisico,aumento
devolume
em
região inguinal,bilateralmente. Foi então submetida à herniorrafia inguinal bilateral,
verificando-se a presença de
gônada
em
ambos
os sacos hemiários.Foram
realizadas biópsias e o
exame
anatomopatológicomostrou
tratar-se de estruturastesticulares.
A
paciente foiencaminhada
ao serviço de endocrinologia pediátrica.Na
avaliação,
com
5meses
de idade, apresentava genitáliaextema
feminina normal.Seu
cariótipo (Figura 1) era46
XY
e aUSG
(Figura 2) mostrava útero de7xl3xl4
milímetros(mm),
com
volume
de 1,3 centímetros cúbicos (cm3) egônadas
direita e esquerda de lcm3
e 0.8 cm3, respectivamente.Com
o diagnóstico deM
completa, foi realizadonovo
procedimentocirúrgico, de exérese bilateral das gônadas,
no
qual foitambém
encontrada apresença de trompas uterinas.
O
estudo histológicoconfirmou
tratar-se detestículos.
Na
avaliação endocrinológica pós-operatória, apresentava índiceshormonais adequados
para a idade 28,com
LH
de 0.4mUI/ml
,F
SH
de 1.6mUI/ml,
estradiol inferior a 0.05 mnol/l e testosterona total de 0.34 ng/dl.Nova
avaliaçãohormonal
foi realizada aos 5 anos de idade,mostrando
níveis elevados de
LH
eFSH
28, de 0.46mUI/l
e 29.54 mUI/l, respectivamente,e estradiol inferior a 0.05 nmol/l.
0191:) opmmsoul egmâouos-eum - z mnâ1_._[
.z-24
CASÚ
32 criançacom
8 anos de idade, feminina, branca, foiencaminhada
aoserviço de endocrinologia pediátrica para a investigação de
LA
por apresentaruma
innãcom
este diagnóstico(caso 2).Tinha
história familiar de 2 tiospatemos
inférteiscom
azospennia e oligoespermia.Era
a primeira de 3 irmãs, nascida a termo, de parto nonnal, portadora deluxação congênita de quadril.
Aos
10meses
foi submetida àhemiorrafia
inguinal bilateral,
na
qualnão
foi notada a presença degônadas
nos sacosherniários.
Foi realizada investigação clínica que, ao
exame
físico, mostrava genitáliaexterna feminina normal.
A
avaliação laboratorialmostrou
níveis de estradiol de0,06 mnol/l testosterona total de 0.36ng/dl,
ambos, adequados
para a idade 28, eíndices elevados de
F
SH
eLH,
de 7.3 e l.3mUI/ml, respectivamente 28,indicativos de
hipogonadismo
hipergonadotrófico.A
USG
(Figura 3)não
identificava útero e as gônadas direita e esquerdaapresentavam
volumes
de l.5cm3 e 0.9 cm3, respectivamente.O
estudo citogenético (Figura 4)mostrou
um
cariótipo46
XY
econfirmou
o diagnóstico deIA
completa. Foiencaminhada
à cirurgia pediátricapara ser submetida à gonadectomia.
No
ato cirúrgicoforam
identificadasgônadas
com
aspecto macroscópico de testículos, eo
exame
histológicoconfirmou
serem
estmturas testiculares.Aos
9 anos foi submetida ànova
avaliação clínica, encontrando-seuma
menina
de 44.5 quilogramas (kg) e 161cm
(alta estatura para a idade)28,com
telarca e pubarca grau I.
A
avaliaçãohormonal
mostravaFSH
de 93.25mUI/ml,
LH
de 8.14mUl/ml,
ambos
elevados 28, e estradiol inferior a 0.05nmol/l. Foi instituída terapia de reposição
hormonal
com
estrogêniosconjugados,
com
dose inicial de 0,3mg
via oral, ao dia.¡- 3, """-ç_..-2"'
mí
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. F; _; '___5
.DISCUSSÃO
A
IA
completatem
sido descritacomo
a total resistência periférica à açãode androgênios testiculares 2” 3° 4” 5” 8° 11” 12” 13° 14° 15° 19
em
um
indivíduocom
cariótipo
46
XY,
impedindo
aformação
de estruturas internas e externasmasculinas e levando à
formação
de genitáliaextema
e caracteres sexuais, . . . 2 is 9
secundários femininos 2”
M”
17” 8° 11° 1 ° 15° 16” 17° ” 1 ”2°.Nesse
estudo os 3 casosapresentavam história clínica, apenas, de hérnia inguinal e ao
exame
físicofenótipo feminino nonnal,
porém
avaliação citogenética46
XY,
compatívelcom
o
sexo gonadal masculino.Por
gerarum
fenótipo feminino normal, aLA
completapode
passardespercebida por anos, sendo
somente
investigada duranteou
após apuberdade
devido à queixa de amenorréia primária,
ou
ser diagnosticadaem
períodosprecoces da infância devido à sua associação
comum
com
hérnia inguinal 2”4' 16”v,11,13,1s,1ó,1v,1s,2o
Bangsboll et al. 7 referiram
que
cerca de50%
dos pacientescom
asíndrome são investigados
em
decorrênciada
presença de hérnia inguinal.Vilanova et al. 13 descreveram a presença de
hémia
inguinal bilateralem
54%
dos casos estudados.
Shah
et al. 4 referiram incidência de62%
paraIA
completa,todos
com
genitália externa feminina ehémia
inguinal e,em
cerca de50%
doscasos estudados as gônadas
eram
palpáveisna
região inguinal.Viner et al. 16 detectaram a presença de
hémia
inguinalem 90%
dospacientes
com
aforma
completada
síndrome,31%
unilateral e59%
bilateral, eem
80%
destes casos havia a presença de testículos palpáveisna
região inguinal.No
presente relato, a suspeita diagnóstica de IA,em
2 casos , surgiu ahemiorrafia
inguinalem
crianças. Esse achado esteve de acordocom
os relatosda
literatura, ratificando a importância de o cirurgião conhecerbem
a IA,realizando a biópsia da
gônada
eventualmente presenteno
saco herniário.A
IA
é transmitidacomo
herança autossômica recessiva e ligada ao9 2o 2 - -
cromossomo
X
2° 14° 5”6”7° 11” 12” 13” 15” 16° 18” ' ”21'2, e
tem
sido sugerida a presençade história familiar positiva
em
2/3 dos casos 2.Nesse
estudo,em
l caso odiagnóstico foi realizado, posterionnente à
hemiorrafia
inguinal bilateralsem
apresença de
gônadas
nos sacos herniários,em
decorrênciada
história familiar,corroborando os achados
da
literatura pesquisada.Dentre os casos relatados neste trabalho, 2 pacientes
eram
irmãs e tinhamhistória familiar de tios
patemos
com
infertilidade, fato esteque
inicialmentepoderia sugerir a presença da
forma
incompletada
síndromeem
outrosmembros
da
família 2” 1°” 12.Porém,
isto foi contestado por Vilanova et al. 13, que referiramque
as formas completa e incompletanão
ocorreriamem
uma mesma
família.Esse fato,
também,
estáem
desacordocom
Chávez
et al. 19, que afirmaramque
amulher que
tem
2 filhos afetados seria portadora obrigatóriado
gene anômalo, oque
sugeririaque
nos 2 casos referidos amãe
seria a transmissorado
distúrbio,divergindo
do achado
familiarno
lado paternoda
família. Poder-se-ia tentarexplicar a relação
com
a infertilidade dos tios a partirda
ocorrência denovas
mutações, que, de acordo
com
Parera 12,ocorrem
em
geral durante ameiose
masculina.
Mas,
para isto amutação
teriaque
ter sido originada a partirdo avô
materno,
que
teria transmitido o gene à sua filha que, sendo então a portadora, otransmitiria a seus filhos
com
cariótipoXY,
o quetambém
não
explica a história familiar dos 2 casos.Dessa
maneira, é provávelque
a infertilidade dos tiospaternos
não
seja relacionada à IA.No
caso l,não
havia a história familiarda
síndrome, o que poderia sugerir a ocorrência de mutação.
Na
literatura pesquisada era referidoque
o diagnóstico é baseadona
num
exame
pélvico adequado,em
geral porUSG
eno
exame
histológico dasgônadas
4° 5° U” 15” 16° 18.Estes
exames foram
realizados nos 3 casos durante ainvestigação clínica
da
síndrome.Na
histologia gonadal dos portadores desta síndrome oachado mais
comum
é o deuma
estrutura testicular 2” 3° 12. Biópsia gonadal foi realizadaem
2casos durante a
hemiorrafia
inguinal, e,em
l caso, após ter-se detectado ahistória familiar positiva.
Em
todos os casos, foi confirmado tratar-se de testículos. Esse fato está de acordocom
os relatosda
literatura,confirmando
aimportância
do
exame
histológico das gônadas encontradasno
saco herniário demeninas.
Avaliação
hormonal
anterior à orquiectomia foi realizada apenasno
3°caso e mostrava taxas de gonadotrofinas aumentadas, o que confere
com
o perfilhormonal da
síndrome descritona
literatura 2” 5” 8” H” 12” 13” 15.Somente poucos
casos de pacientescom
a coexistência de remanescentesmüllerianos
têm
sido publicados 15” 16* 19” 2°” 21” 24. Neste relato foi realizadaUSG
pélvica nos 3 casos a
fim
de se identificar tais estruturas,mas
foi detectada apresença de útero e trompas apenas
no
caso 2.Alguns
autoresrecomendaram
que
agonadectomia
seja realizadaem
idades precoces, tanto por razões psicológicas quanto práticas, já que os
tratamentos
hormonais
substitutivos a partirda
idade puberal são de grandeeficácia 3° 4” 7° 12° 22.
Outros autores preconizaram o final
da puberdade
para arealização
da
orquiectomia, pelo baixo risco de malignizaçãoem
idades pré-puberais 6 e para se atingir
uma
feminizaçãomais
fisiológicacom
estrogêniosendógenos
gonadais ao invés de se tentar a administração de formas exógenas 2*17” 9” 13* 14* 15” 17” 19° 2°.
Nos
3 casos relatados optou-se pela orquiectomia precoce,pois sabe-se
que
testículos distópicos são mais susceptíveis a alteraçõesdo que
os tópicos, já que
no
criptorquidismo masculino desenvolvem-se neoplasiasabaixo dos 10 anos 5 e,
além
disso, estima-seque
as transformações malignastesticulares
ocorram
com
uma
incidência de5%
dos casos deIA
7* 8.Bangsboll
et al. 7 referiram o
seminoma
como
otumor mais
freqüentemente associado àIA.
A
avaliaçãohormonal
realizada após a orquiectomiamostrou
altas taxasde
F
SH
eLH.
No
caso 3,onde
foi realizada avaliaçãotambém
no
pré-operatório, observou-se
um
considerávelaumento
das gonadotrofinashipofisárias,
concordando
com
os achados deDiaz
et al. 2, que referiramaumento
dasmesmas
após a exérese cirúrgica das gônadas.De
acordocom
Styne 6 , se os testículosforem removidos
precocemente,a estrogenioterapia deve ser instituída
quando
iniciar-se apuberdade
e a dosehormonal
deve ser baixano
inícioda
mesma,
sendoque Diaz
et al. 2descreveram o uso de cerca de 1,25
mg
ao dia após a orquiectomia.A
reposiçãohonnonal
estrogênica foi instituídasomente no
3° caso, inicialmenteem
baixadosagem
(0,3mg
ao. dia), pois foi a única paciente que, atéo
momento,
atingiu apuberdade.
É
consenso entre os autoresque
esses casosdevem
ser orientados para osexo feminino 2° 3” 4” 6” 8” U” 12” 19.
Diaz
et al. 2 preconizaramque
deve seresclarecido aos familiares dos pacientes a sua incapacidade de procriação
podendo
contudo preservaruma
vida sexual normal. Neste trabalho, por teremsido inicialmente identificadas fenotípica e socialmente