AMB|ENTE
v|RTuA|_
DE
APREND|zAGEM
-
UMA PRoPosTA
DE
o'r||v||zAÇÃoPELA
AÇÃO
co|_ABoRAT|vA
D|REc|oNADA
Ao
ENs|No
FUNDAMENTAL
Rosana
WippelF|_oR|ANÓPo|_|S
AMBIENTES
VIRTUAIS
DE
APRENDIZAGEM
-
OTIMIZAÇÃO
COLABORATIVA
EM
PROCESSOS
EDUCATIVOS
DA
AQUISIÇÃO
DA
LÍNGUA
PORTUGUESA
NO
ENSINO
FUNDAMENTAL
Rosana Bechtloff dos Santos Wippel
Esta Dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre
em
Engenharia, especialidade
em
Engenharia de Produção, e aprovadaem
sua forma final peloPrograma de Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção da Universidade Federal de SantaCatarina,
em
janeiro de 2002. .//Í ...__,Z
"\ \_ \ /1 ' / ¡ / ×Prof. Rizafào Ãbiizlznàa Bgróàa,
Php.
Coordenador o Çursozde Pós-Graduaçãoem
Engenharia de ProduçãoBanca Examinadora:
Prof rancisco/A Antônio
P%lra
Fialho, Dr.Ori tador
Ó
, .Prof”. Mirian Loureiro Fialho, Dra.
.álflz/ÕL
,
iP of”. z
`
ominga doy Viera, Dra. \
AMB|ENTE
v|RTuA|_
DE
APREND|zAGEM
_
UMA
PRoPosTA
DE oT|MizAçÃo PELA
AÇÃO
coi_ABoRAT|vA
DIRECIONADA
AO
ENSINO
FUNDAMENTAL.
Rosana
WippelDissertação apresentada ao
Programa
de Pós-Graduação
em
Engenhariada
Produção da
Universidade Federalde
Santa Catarina
como
requisito parcialpara a obtenção do título de Mestre
em
Engenharia da Produção.FLomANÓPous
2002
"Se a atividade dos
homens
sereduzisse, o
homem
seriaum
servo/tado exclusivamente para o
ontem e
incapaz
de
adaptar-se auma amanhã
diferente.
É
precisamente a atividadecriadora
que
faz deleum
ser projetadopara o futura,
um
serque
contribui emodifica o presente"
Este trabalho
tem
sido compartilhadocom
váriaspessoas
muito especiais, às quais gostaria
de
agradecer imensamente.Primeiro
de
tudo, agradeço a Deus, por este presente queé
a vida.À
minha
família, que,no seu
amor,sempre
acreditou, apoioue
parti/houdos
meus
sonhos;em
especial à Denise, pela alegriade
todosos momentos.
Ao
professor Fialho,amigo
e
orientador,que ensinou-me a
acreditarnos
sonhos e
buscarmeu
própriocaminho
na pesquisa.Aos
demais
professorese
professorasque
pelamagia de suas
palavras,de
alguma
forma continuam a viver comigo,na forma
como
leio e construo minha realidade.Aos
meus
amigos
de
curso pe/os mo(vi)mentos de aprender.À
UFSC
pelo apoio e incentivo na concretizaçãodo
meu
curso.À
Associação Franciscanade
EnsinoSenhor
Bom
Jesus,que
me
propicioua oportunidade
de
efetuar esse Curso de Mestrado.RESUMO
WIPPEL,
Rosana.Ambiente
Virtualde Aprendizagem -
Uma
proposta
de
otimização pela
ação
colaborativa direcionadaao Ensino Fundamental.
Florianópolis, 2002. Dissertação (Mestrado
em
Engenhariada
Produção-
Área
de
Concentração Mídia eConhecimento
-
Ênfaseem
Tecnologia Educacional)-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produçãoda
Universidade Federal de Santa Catarina.UFSC/SC,
2002.Este estudo pesquisou
dados que
justificam a elaboraçãode
um
projetode
Ambiente Virtual deAprendizagem
otimizado pelaação
colaborativadirecionado ao Ensino Fundamental. Delineado por seus objetivos específicos,
estabeleceu relações entre as
Novas
Tecnologiasde
Comunicação
e aConstrução
do
Conhecimento; revisou as Teorias deAprendizagem que
respaldam as novas Tecnologias de Educação; verificou
como
a informação,comunicação
e o conhecimentopodem
ser desenvolvidosem
Ambientes
Virtuais
de Aprendizagem
Colaborativo e propõeuma
metodologiade
aprendizagem colaborativa
baseada
em
projetosque contemplem
a práticapedagógica do Ensino Fundamental. Metodologicamente, optou optou-se pela
descrição dos
dados
coletados, refletidos e analisados, oriundosde
fontes bibliográficas diversas.Os
Ambientes Virtuais deAprendizagem
otimizado pelaação
colaborativa, criam e disponibilizam atividades educacionaisque
propiciam aos alunos observar, descobrir, refletir sobre omundo,
(re)construirseu conhecimento e interagir
com
seu semelhante, fornecendo meios flexíveispara
que
organizem e gerenciem informaçõesde
forma a ,satisfazer suasnecessidades.
No
entantohá desafios que
envolvem a utilização destes ambientes, principalmente quantoao
projeto, seu desenvolvimento e suautilização; na preparação dos professores para o envolvimento nas tarefas e
no uso
adequado
destes ambientes construtivistas de aprendizagem pelosalunos.
Palavras-Chave: Ambientes Virtuais, Aprendizagem, Otimização Colaborativa.
WIPPEL,
Rosana.Ambiente
Virtualde Aprendizagem -
Uma
propostade
otimização pela
ação
colaborativa direcionadaao Ensino
Fundamental.Florianópolis, 2002. Dissertação (Mestrado
em
Engenhariada
Produção-
Áreade
Concentração Midia eConhecimento
-
Ênfaseem
Tecnologia Educacional)-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produçãoda
Universidade Federalde
Santa Catarina.UFSC/SC,
2002.This study it searched given that they justify the elaboration of a design
of Virtual Environment of Learning optimized for the directed colaborativa action
to Basic Education. Delineated for its specific objectives, it established relations
between the
New
Technologies ofCommunication and
the Construction of theKnowledge; it revised the Theories of Learning that endorse the
new
Technologies of Education; it verified as the information, communication
and
the knowledge can be developed in Virtual Environments of Colaborative
Learning
and
consider a methodology ofbased
colaborative learning in designsthat contemplate practical the pedagogical
one
of Basic Education.Metodological search, opted
was
opted to the description of the data collected,reflected
and
analyzed, deriving of diverse bibliographical sources.The
VirtualEnvironments of Learning optimized for the colaborative action, create
and
disponibilizated educational activities that propitiate the pupils to observe, to
discover, to reflect on the world, (to re)construir its knowledge
and
to interactwith its fellow creature, supplying half flexible so that they organize and they
manage
form information to satisfy its necessities.However
it has challengesthat they involve the use of these environments, mainly
how
much
to thedesign, its development
and
its use; in the red tape of the professors for theenvolvement in the tasks and the adequate use of these construtivistas
environments of learning for the pupils.
Key-Words:
Virtual Environments, Learning, Colaborative Optimization.sun/|ÁR|o
RESUMO
... ._ viABSTRACT
... .. vii|NTRoDuÇÃo
... .. 1cAPiTu|.o
1O
USO DAS
NOVAS
TECNOLOGIAS
NO PROCESSO
DE
AQU|s|çAo
Do
coNHEc|MENTo
... .. 16CAPITULO
2As TEoR|As
no
coNHEc|MENTo
E
As
NovAs
TEcNo|.oG|As
.... .. 36cAPiTuLo
3|NFoRMAÇÃo,
coMuN|cAÇÃo
E
coNHEc|MENTo ATRAVÉS
DE
AMBIENTES
VIRTUAIS
DE
APRENDIZAGEM
COLABORATIVO...
51coNs|DERAçoEs
F|NA|s
... _.70
RE|=ERÊNc|As
B|BL|oGRÁF|cAs
... ..76
No
iníciode
um
novo milênio omundo
assiste o desabrocharde
um
novo
ciclo de evolução/revoluçãodo
conhecimento científico,baseado
nainformática, na teoria dos sistemas, nos novos materiais e nas ciências
da
comunicação
e informação,onde não
só osmodos
de
produção estãosendo
modificados,
como
também
as mentalidades e as práticas sociais ehumanas
estãomudando,
transformando-se.As
perspectivas demudanças
que
estão transformando a primeiradécada
deste século éde que
algunscampos
da
ciência sofram transformações ainda mais profundas, tendo
em
vista o usode
novas e complexas tecnologias na sociedade.
Atualmente vive-se o
começo
do
tempo
deuma
terceira Era,que
inicioucom
o desaparecimento das fronteiras, o futuro, tão distante para os nossosantepassados, passou a ser ontem.
As
fronteirasdo passado
e futuro semisturam.
Todos
os sereshumanos
constituem parte do futuro e precisam vertudo
de
maneira nova,ou
sejazprecisam olhar omundo
com
novos
olhos.As
transformações nonovo
modo
de ver e entender omundo,
fazcom
que
as instituiçoes educacionais redimensionem os seus objetivos para poderacompanhar
tantasmudanças.
A
educação
deve transmitir, de fato,de
forma2
civi izaçao cognitiva, pois sao as
bases
das competências do futuro.Simultaneamente. compete-lhe encontrar e assinalar as referências
que
impeçam
as pessoas de ficar submergidas nasondas de
informações,que
invadem os espaços públicos e privados e as levem a orientar-se para projetos
de
desenvolvimento individuais e coletivos. `Aeducação
cabe fornecer,de
algum
modo, osmapas
de
um
mundo
complexo
e constantemente agitado e,ao
mesmo
tempo, a bússolaque
permite navegar através dele.Nesta visão prospectiva, para melhor entender-se o tipo
de educação
exigida pela
chamada
"Sociedadedo
Conhecimento", torna-se necessário entenderque
uma
bagagem
escolarcada
vez mais quantitativa, jánão
épossível
nem
mesmo
adequada.Não
bastaque cada
um
acumule
nocomeço
da
vidauma
determinada quantidadede
conhecimentosde que
possaabastecer-se indefinidamente.
É
antes, necessário estar a alturade
aproveitarÕ explorar, do
começo
ao fimda
vida, todas as ocasiões de atualizar,aprofundar-se e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a
um
mundo
em
mudança.Para poder dar resposta
ao
conjunto das suas missões, aeducação
deve
organizar-seem
torno,de quatro aprendizagens fundamentais que,ao
longo de toda a vida, serãode algum
modo
para cada indivíduo, os pilaresdo
conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos
da
compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente;
aprender a viver juntos, a fim
de
participar e cooperarcom
os outrosem
todastrês precedentes.
É
claroque
estas quatro viasdo
saber constituemapenas
uma,
dado que
existem entre elas múltiplos pontosde
contato,de
relacionamento e
de
permuta.Em
regra geral, o ensino formal orienta-se, essencialmente, senão
exclusivamente, para o aprender a conhecer e,
em
menor
escala, para oaprender a fazer.
As
duas outras aprendizagensdependem,
a maior partedas
vezes,
de
circunstâncias aleatóriasquando não são
tidas, de algummodo,
como
prolongamento natural das duas primeiras.Cada
um
dos
"quatro pilaresdo
conhecimento"deve
ser objetode
atenção igual por parte do ensinoestruturado, a
fim
de que
aeducação
apareçacomo uma
experiência global alevar a cabo
ao
longode
toda a vida, no plano cognitivocomo
prático, para oindivíduo enquanto
pessoa
emembro
da
sociedade.Segundo
os estudiososem
educação, para enfrentar os desafios desteséculo, deve-se assinalar novos objetivos à
educação
e, portanto,mudar
aidéia
que
setem da
sua utilidade.Uma
novaconcepção
ampliadade educação
deve
fazercom
que
todospossam
descobrir reanimar e fortalecer o seupotencial criativo. lsto
supõe que
se ultrapasse a visão puramente instrumentalda educação, considerada
como
a via obrigatória para obter certos resultados(saber-fazer, aquisição
de
capacidades diversas, finsde
ordem
econômica), ese passe a considerá-la
em
toda a sua plenitude: realizaçãoda
pessoa que, nasua totalidade, aprende a ser.
Aprender a conhecer é o tipo
de
aprendizagemque
visa não tanto a4
próprios instrumentos do conhecimento
pode
ser considerado, si-multaneamente,
como
um
meio ecomo
uma
finalidade da vidahumana.
Meio,porque se pretende
que
cadaum
aprenda acompreender
omundo
que
orodeia, pelo
menos
namedida
em
que
isso lhe é necessário para viverdignamente, para desenvolver as suas capacidades profissionais, para comunicar. Finalidade, porque seu
fundamento
é o prazerde
compreender,de
conhecer, de descobrir.
O
aumento
dos saberes,que
permitecompreender
melhor o ambiente sob os seus diversos aspectos, favorece o despertar
da
curiosidade intelectual, estimula o sentido critico e permite
compreender
o real,mediante a aquisição
de
autonomia na capacidadede
discernir.Aprender para conhecer supõe, antes tudo, aprender a aprender,
exercitando a atenção, a
memória
e o pensamento.Desde
a infância,sobretudo nas sociedades
dominadas
pela imagemtelevisiva, o serhumano
deve
aprender a prestar atenção às coisas e às pessoas.A
sucessão muitorápida de informações mediatizadas, prejudicam o processo de descoberta,
que
implica duração e aprofundamentoda
apreensão. Esta aprendizagemda
atenção pode revestir formas diversas e tirar partido de várias ocasiões
da
vida(jogos, estágios
em
empresas, viagens, trabalhos práticosde
ciências, entreoutros).
O
exercício dopensamento ao
qual a criança é iniciada,em
primeirolugar, pelos pais e depois pelos professores,
deve
comportar avanços e recuosentre o concreto e o abstrato.
Também
sedevem
combinar, tantono
ensinoantagônicos: o
método
dedutivo porum
lado e o indutivo por outro.De
acordocom
as disciplinas ensinadas,um
pode
ser mais pertinentedo que
outro,mas
na maior parte das vezes o
encadeamento do pensamento
necessitada
combinaçao
dos dois.O
processode
aprendizagemdo
conhecimentonunca
está acabado, epode
enriquecer-secom
qualquer experiência. Neste sentido, liga-se cada vezmais à experiência
do
trabalho, ãmedida que
este se tornamenos
rotineiro.A
educação
básicapode
ser considerada bem-sucedida se conseguir transmitiràs pessoas o impulso e as bases
que façam
com
que
continuem a aprenderao
longo de toda a vida, no trabalho,
mas também
fora dele.Aprender a conhecer e aprender a fazer são,
em
larga medida,indissociáveis.
A
segunda
aprendizagem esta mais estreitamente ligada àquestão da formação profissional:
como
ensinar o aluno a porem
prática osseus conhecimentos e,
também,
como
adaptar aeducação
ao trabalho futuroquando
não sepode
prever qual será a sua evolução.Convém
distinguir, a este propósito, o caso daseconomias
industriaisonde domina
o trabalho assalariado do das outraseconomias onde
domina,ainda
em
grande escala, o trabalho independente ou informal.De
fato, nassociedades assalariadas
que
se desenvolveramao
longodo
século XX, a partirdo modelo
industrial, a substituiçãodo
trabalhohumano
pelasmáquinas
tornou-o cada vez mais imaterial e acentuou o caráter cognitivo das tarefas,
mesmo
na indústria, assimcomo
a importância dos serviçosna
atividade6
O
futuro das economias industriais depende, aliás, da sua capacidadede
transformar o progresso dos conhecimentosem
inovações geradorasde
novas
empresas
ede
novos empregos. Aprender a fazernao
pode, pois,continuar a ter o significado simples
de
prepararalguém
parauma
tarefa materialbem
determinada, para fazè-lo participar no fabricode alguma
coisa.Como
conseqüência, as aprendizagensdevem
evoluir enao
podem
mais serconsideradas
como
simples transmissãode
práticas mais oumenos
rotineiras,embora
estas continuem a terum
valor formativoque não
éde
desprezar.Ao
se juntar estas novas exigências a buscade
um
compromisso
pessoal
do
trabalhador, consideradocomo
agente demudança,
torna-se evidenteque
as qualidades muito subjetivas, inatas ou adquiridas, muitasvezes
denominadas
"saber-ser" pelos dirigentes empresariais, se juntamao
saber e
ao
saber-fazer paracompor
a competência exigida - oque
mostrabem
a ligação
que
aeducação
deve manter, entre os diversos aspectosda
aprendizagem. Qualidades
como
a capacidade de comunicar, de trabalharcom
os outros,
de
gerir e de resolver conflitos, tornam-secada
vez maisimportantes.
Aprender a viver juntos, aprender a viver
com
os outros,sem
dúvida,representa hoje
em
dia,um
dos maiores desafios da educação.O
mundo
atualé, muitas vezes,
um
mundo
de
violênciaque
seopõe
à esperança posta poralguns no progresso da humanidade. A' história
humana
sempre
foi conflituosa,extraordinário potencial
de
autodestruição criado pelahumanidade
no decorrerdo século XX.
r _.
E de
louvar a idéiade
ensinar a não-violéncia na escola,mesmo
que
apenas
constituaum
instrumento, entre outros, para lutar contra ospreconceitos geradores
de
conflitos.A
tarefa é árdua porque, muitonaturalmente, os seres
humanos
têm
tendência a supervalorizar as suasqualidades e as
do
grupo aque
pertencem,e
a alimentar preconceitos desfavoráveisem
relação aos outros. Por outro lado, o clima geralde
concorrência
que
caracteriza, atualmente, a atividadeeconômica no
interiorde
cada
país, e sobretudoem
nível internacional,tem
tendência de dar prioridadeao espírito
de
competição e ao sucesso individual.De
fato, esta competiçãoresulta, atualmente
numa
guerraeconômica
implacável enuma
tensão entre osmais favorecidos e os pobres, que divide as
nações do
mundo
e exacerba asrivalidades históricas.
É de
lamentarque
aeducação
contribua, por vezes, paraalimentar este clima, devido a
uma
má
interpretaçãoda
idéiade
emulação.A
experiência prova que, para reduzir o risco,não
basta porem
contatoe
em
comunicação
membros
de grupos diferentes (através de escolascomuns
a várias etnias ou religiões, por exemplo). Se,no
seuespaço comum,
estesdiferentes grupos já entram
em
competição ou se o seu estatuto é desigual,um
contato deste gênero pode, pelo contrário, agravar ainda mais as tensões
latentes e degenerar
em
conflitos. Pelo contrário, se este contato se fizernum
8
e
a hostilidade latentepodem
desaparecer e dar lugar auma
cooperação maisserena e até à amizade.
A
educação deve
utilizar duas vias complementares.Num
primeironível, a descoberta progressiva
do
outro.Num
segundo
nível, e ao longode
toda a vida, a participação
em
projetos comuns,que
parece serum
método
eficaz para evitarou
resolver conflitos latentes.Passando
à descobertado
outro, necessariamente, pela descobertade
si
mesmo,
e por dar à criança eao
adolescenteuma
visão ajustada domundo,
a educação, seja ela
dada
pela família, pelacomunidade ou
pela escola,deve
antes
de
maisnada
ajudá-los a descobrir-se a simesmos.
SÓ
então poderão,verdadeiramente, pôr-se
no
lugar dos outros ecompreender
as suas reações.Desenvolver esta atitude
de
empatia, na escola,é
muito útil para os compor-tamentos sociais
ao
longode
toda a vida. .Quando
se trabalhaem
conjunto sobre projetos motivadores e forado
habitual, as diferenças e até os conflitos interindividuais
tendem
a reduzir-se,chegando
a desaparecerem
alguns casos.Uma
nova
forma de identificaçãonasce destes projetos
que fazem
com
que
se ultrapassem as rotinasindividuais,
que
valorizam aquiloque
écomum
enão
as diferenças.A
educação
formal deve, pois, reservartempo
e ocasiões suficientesem
seus programas para iniciar os jovens
em
projetosde
cooperaçãona
práticaletiva diária, a participação
de
professores e alunosem
projetoscomuns
pode
uma
referência para a vida futura dos alunos, enriquecendo a relaçãoprofessor/aluno.
Mais do que
nunca
aeducação
parece ter,como
papel essencial,conferir a todos os seres
humanos
a liberdade de pensamento, discernimento,sentimentos e imaginação
de
que
necessitam para desenvolver os seustalentos e permanecerem, tanto quanto possível,
donos
do seu próprio destino.Num
mundo
em
mudança, de que
um
dos principais motores parece sera inovação tanto social
como
econômica, deve serdada
importância especial àimaginação e à criatividade; claras manifestações
da
liberdadehumana
elaspodem
vir a serameaçadas
poruma
certa estandardização doscomportamentos
individuais.O
século XXI necessita desta diversidadede
talentos e de personalidades, mais ainda
de
pessoas excepcionais, igualmente essenciais ern qualquer civilização.Convém,
pois, oferecer às crianças e aosjovens todas as ocasiões possiveis
de
descoberta ede
experimentação -estética, artística, desportiva, científica, cultural e social,
que
venham
completara apresentação atraente daquilo que, nestes dominios, foram
capazes de
criaras geraçoes
que
os precederamou
suas contemporâneas.Na
escola, a arte ea poesia deveriam ocupar
um
lugar mais importantedo que
aqueleque
lhes éconcedido,
em
muitos países, porum
ensino tornado mais utilitarista doque
cultural.
A
preocupaçãoem
desenvolver a imaginação e a criatividade deve-se,também,
revalorizar a cultura oral e os conhecimentos retiradosda
experiência10
O
desenvolvimentotem
por objeto a realização completa dohomem,
em
toda a sua riqueza e na complexidade das suas expressões
e dos
seuscompromissos: indivíduo,
membro
de
uma
família ede
uma
coletividade,cidadão e produtor, inventor
de
técnicas e criador de sonhos. Estedesenvolvimento
do
serhumano, que
se desenroladesde
o nascimento até ãmorte, é
um
processo dialéticoque
começa
pelo conhecimentode
simesmo
para se abrir,
em
seguida, à relaçãocom
o outro. Neste sentido, aeducação
éantes
de
maisnada
uma
viagem interior, cujas etapas correspondem àsda
maturação continua da personalidade.
Na
hipótese deuma
experiencia\
profissional de sucesso, a
educação
como
meio parauma
tal realização é,ao
mesmo
tempo,um
processo individualizado euma
construção social interativa.Numa
alturaem
que
os sistemas educativos formaistendem
a privilegiaro acesso
ao
conhecimento,em
detrimentode
outras formas de aprendizagem,importa conceder a
educação
como
um
todo. Esta perspectiva deve, no futuro,inspirar e orientar as reformas educativas, tanto
em
nível de elaboraçãode
programas
como
da
definição de novas políticas pedagógicas, entre elas ada
construção de
um
Ambiente Virtua/de Aprendizagem
como
propostade
otimização pela
ação
colaborativa direcionada ao Ensino Fundamental.Mediante os aspectos levantados questionou-se: qual o referencial
teórico capaz de nortear a estrutura
de
um
projeto de Ambiente Virtualde
Aprendizagem
otimizado pelaação
colaborativa,que
contempleum
novo
acontecendo no
mundo
das ciências e permita a construção e re-construçãodo
conhecimento?
Mediado
por esta perspectiva este estudo objetiva coletardados que
justifique a elaboração
de
um
projetode Ambiente
Virtualde Aprendizagem
otimizado pela
ação
colaborativa.Dentro
da
problemáticada
aprendizagem colaborativacom
tecnologias,é urgente
que
se aborde o assuntode
forma multidisciplinar, tanto do pontode
vista tecnológico
como
do
ponto de vista pedagógico.Nesse
sentido, percebe-se
que não há
um
trabalho coeso dentrodas
instituiçõesde
ensinonesse
sentido e
nem
literatura científicaque
tratedo tema
em
questão, pois trata-sede
uma
áreado
conhecimentoeminentemente
multidisciplinar envolvendo aPedagogia, Psicologia, Informática, design e outras. -
Numa
visão mais pragmática, este estudo supre as necessidadesdo
mestrado
em
Mídia eConhecimento
e oferece subsídios para a construçãode
um
Ambiente Virtualde Aprendizagem
Colaborativoque
certamente serárelevante para os professores e alunos
do
Ensino Fundamental, aliados àsnovas tecnologias;
sendo
que, o intuitodo
processo educativo nesta propostaencaminha
o aluno para a participação, a colaboração, o espíritode
entre ajudae a produção individual e coletiva
do
conhecimento.A
necessidadede
produziruma
metodologia inovadora e diferenciada,advém
do
fatode que
acreditoque
as coisasnão
mudam
na escola, principalmente, pelas dificuldades enfrentadas por todos aquelesque
nela12
cultura
de
trabalho, que, por sua vez, requeruma
profunda revisão na maneirade
ensinar e aprender.Embora
quase
todospercebam que
omundo
ao
redor está se transformando de forma bastante acelerada, aeducação
continuaapresentando resultados cada vez mais preocupantes
em
todo omundo
e agrande maioria dos professores ainda continua privilegiando a velha maneira
como
foram ensinados, reforçando o velho ensino, afastando o aprendizdo
processo de construção do conhecimento, conservando
um
modelo de
sociedade que produz seres incompetentes, incapazes
de
criar, pensar ereconstruir conhecimento.
A
formacomo
aeducação
é desenvolvida traduz a percepção e oconhecimento
de
teorias de aprendizagem implícitas e subjacentes àspropostas utilizadas,
com
sérias conseqüências nodesencadeamento da
prática pedagógica, independentemente
do
tipo de tecnologia intelectualutilizado.
Em
nosso cotidiano,aprendemos que não
semuda
um
paradigmaeducacional
apenas
colocandouma
nova
roupagem, camuflando velhasteorias, pintando a fachada
da
escola, colocando telas e telões nas salasde
aula, se o aluno continua na posição
de
mero
espectador, de simples receptor,presenciador e copiador, e se os recursos tecnológicos
pouco fazem
para ampliar a cogniçãohumana.
Na
tentativa demudanças
buscou-se construirum
projetode Ambiente
Virtual
de Aprendizagem
otimizado pelaação
colaborativaem
que
o alunofosse compreendido
em
sua'multidimensionalidadecomo
um
ser indivisoem
formas
de
resolver problemas.Um
ambienteque
levasseem
consideração asdiversas
dimensões do fenômeno
educativo, seus aspectos físico, biológico,mental, psicológico, cultural e social.
Como
objetivo geral, o estudo pesquisoudados que
justificaram aelaboração
de
um
projeto de Ambiente Virtualde Aprendizagem
otimizado pelaaçao
colaborativa.Especificamente estabeleceu relações entre as
Novas
Tecnologiasde
Comunicação
e a Construçãodo
Conhecimento; revisou as Teoriasde
Aprendizagem que
respaldam as novas Tecnologiasde
Educação; verificoucomo
a informação,comunicação
e o conhecimentopodem
ser desenvolvidosem
Ambientes Virtuais' deAprendizagem
Colaborativo; propôsuma
metodologia
de
aprendizagem colaborativabaseada
em
projetosque
contemplem
a prática pedagógicado
Ensino Fundamental.Metodologicamente o estudo realizou
uma
abordagem
geraldo
tema,justificando o
mesmo,
estabelecidos os objetivos da pesquisas,coube
caracterizar o estudocomo
sendo
uma
pesquisa bibliográfica, a qual dizrespeito ao conjunto
de
conhecimentoshumanos
reunidos nas obrasexistentes.
A
escolha pela pesquisa bibliográfica tevecomo
base fundamentalconduzir o leitor
ao tema
em
questão e a utilização ecomunicação
dasinformações coletadas para o
desempenho
da pesquisa.Na
trajetóriada
pesquisa as obras consultadas constituíram o atode
ler,selecionar, organizar e arquivar tópicos
que
viessemde
encontrocom
os propósitosda
elaboraçãode
um
Ambiente
Virtualde
Aprendizagem, atravésde
14
uma
propostade
otimização pelaação
colaborativa direcionada ao EnsinoFundamental. t
Entendeu-se por levantamento bibliográfico o material constituído por
dados
primáriosou
secundáriosque
pudessem
ser utilizados pelospesquisadores.
Como
as fontes primárias (literaturade
referências, revistas,resumos, artigos, bibliografias, entre outros) representaram importantes guias antes
e
durante o estudo.De
posse das obras consultadas, iniciou-se aredação da pesquisa, observando-se
que
qualquer falha tendia a contribuirpara seu descrédito.
Acrescenta-se
que
a pesquisa bibliográficaé
um
manancial inesgotávelde
sabedoriahumana
e para omáximo
aproveitamentodesse
manancial foinecessário
uma
leitura cuidadosa, alémda
análisee
redação dos textos.Na
buscade
um
referencial teóricoque
fossecapaz
de nortear aestrutura de
um
projetode
Ambiente Virtualde Aprendizagem
otimizado pelaação colaborativa, a estrutura
do
trabalho organizou-seem
quatro capítulos.O
primeiro capítulo estabeleceuuma
relação entre as novas tecnologiase o processo
de
aquisiçãodo
conhecimento.O
segundo
ressaltoucomo
se processa o ensino e a aprendizagemque
direta
ou
indiretamente, influenciam na utilização das novas tecnologiasda
comunicação
e informação.O
terceiro abordou a informação,comunicação
e conhecimento atravésde
Ambientes Virtuaisde Aprendizagem
Colaborativo etambém,
apresentou, apartir de todo o referencial teórico pesquisado,
um
projetode
Ambiente VirtualcAPiTuLo
1O
USO DAS NOVAS TECNOLOGICAS
NO PROCESSO
DE AQUISIÇÃO
DO
coNi-iEciiviENTo
`
Se
há ainda alguma revoluçãoem
curso na sociedade contemporânea,essa é,
sem
dúvida,uma
revolução cognitiva.No
núcleodesse
processo está aimpactante erupção de novas tecnologias mediadoras
de
conhecimento einformação.
Os
desdobramentos das transformações tecnológicas, sobretudoas informacionais, são percebidos através
da
aceleração eda
instantaneidadecom
que
as novas tecnologiasimprimem na
percepçãodo espaço
edo
tempo,inscrevendo no tecido social novas formas
de
deslocamento e apreensãode
informaçoes.
Nesse
sentido, o serhumano
diantedo
estabelecimentode
uma
(re)leitura do significado do conhecimento,
com
mudanças
profundas noestatuto do paradigma
moderno
de ciência que, estruturado no estatutoda
verdade-realidade, conferia autoridade às instituiçõesde
ensino.A
sensibilização daeducação
frente às transformações evidenciadas atualmente revela uma. incapacidadede
pensar a complexidade dessasciência. Existe, portanto,
uma
constataçãode que
a velocidade dasmudanças
sociaisnão
pode
seracompanhada
pelaeducação
talcomo
está estruturada.É
horade
problematizar, portanto, o deslocamento da escolacomo
espaço
privilegiado do saber e aprendizagem frente às novas percepções'da
"realidade", noutras palavras, o lugar
da educação
frente ã crisedo
conhecimento modern.
A
históriada educação
revela diversas crises e transformações sofridas pela instituiçãode
ensino moderna,mas
revelatambém
que essastransformações
não
tiraram da escola o estatutodo espaço
do saber, o lugarinformativo, a centralização do conhecimento e, portanto, a sua autoridade
social.
Para
LEVY
(1998, p.52) a Internet éuma
tecnologia que facilita amotivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis
de
pesquisa
que
oferece. Essa motivaçãoaumenta
se o professor a fazem um
climade
confiança, de abertura, de cordialidadecom
os alunos.RIPPER
(1996, p.110) salientaque
ensinar utilizando a Internet exigeuma
fortedose de
atençãodo
professor. Diante de tantas possibilidadesde
busca, a própria
navegação
se torna mais sedutora doque
o necessáriotrabalho
de
interpretação.Os
alunos -tendem a dispersar-se diantede
tantasconexões possíveis, de endereços dentro
de
outros endereços,de imagens
etextos
que
sesucedem
ininterruptamente. Tende-rn a acumular muitos textos,lugares, idéias,
que
ficamgravados, impressos, anotados.Colocam
osdados
18
em
seqüência maisdo
que
em
confronto.Copiam
os endereços, os artigos unslado a lado
com
outros,sem
a devida triagem,mas
mesmo
assim, os alunosdesenvolvem a
aprendizagem
cooperativa, a pesquisaem
grupo, a trocade
resultados.
A
interaçãobem
sucedidaaumenta
a aprendizagem.DEUTOUZOS
(1998, p.19) salientaque
a aquisiçãoda
informação, dosdados
dependerácada
vezmenos
do
professor.As
tecnologiaspodem
trazer hoje dados, imagens,resumos de
forma rápida e atraente.O
papeldo
professor
-
o papel principal-
é ajudar o aluno a interpretar esses dados, arelacioná-los, a contextualizá-los.
No
entanto, o aprenderdepende
do aluno,de
que
ele esteja pronto, maduro, para incorporar a real significaçãoque
essa informaçãotem
para
ele, para incorpora-la vivencialmente, emocionalmente.Enquanto a informação
não
fizer partedo
contexto pessoal-
intelectual eemocional
-
não
se tomará verdadeiramente significativa,não
será aprendidaverdadeiramente.
Segundo
MORAN
(1998, p.86) a maior parte dos projetos na Intemetconfirma a riqueza de interações
que
surgem, os contatos virtuais, asamizades, as trocas constantes
com
outros colegas, tanto por partede
professores
como
dos alunos.Os
contatos virtuais se transformam,quando
épossível,
em
presenciais.A
comunicação
afetiva, a criaçãode
amigosem
diferentes paises se transforma
em um
grande resultado individual e coletivo, isto porque o professorpode
criaruma
página pessoal na Intemet,como
espaço virtual
de
encontro e divulgação,um
lugarde
referência paracada
professor, de divulgação
de
suas idéias e propostas, de contatocom
pessoasfora da universidade
ou
escola.Num
primeiromomento
a página pessoal é importantecomo
referência virtual,como
pontode
encontropermanente
entre ele e os alunos.A
páginapode
ser aberta a qualquerpessoa
ou só para osalunos, dependerá de cada situação.
O
importante éque
professor e alunostenham
um
espaço, alémdo
presencial,de
encontro e visibilização virtual.O
professor, tendouma
visão pedagógica inovadora, aberta,que
pressupoe a participação dos alunos,
pode
utilizaralgumas
ferramentassimples da Internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos.
Em
relação à Internet, o professor deve procurarque
os alunosdominem
as ferramentas da
WEB,
que aprendam
a navegar eque
todostenham
seuendereço eletrônico (e-mail).
Com
os e-mai/sde
todospodem
criaruma
listainterna de cada turma ou
um
fórum.A
lista eletrônica interna ajuda a criaruma
conexão
virtual permanente entre o professor e os alunos, a levar informações importantes para o grupo, orientação bibliogrãfica, de pesquisa, a dirimirdúvidas, a trocarmos sugestões, envio de textos,
de
trabalhos.A
lista eletrônica éum
novocampo
de
interaçãoque
se acrescentaao
que
começa
na sala de aula, no contato físico eque
depende
dele.Se
houverinteração real na sala, a lista acrescenta
uma
nova dimensão, mais rica.Se
no presencial houverpouca
interação, provavelmentetambém
não
a haveráno
virtual.
Segundo
MORAN
(1998, p.62) pode-se transformaruma
partedas
aulas20
sendo
construído o conhecimento equilibrando o individual e o grupal, entre oprofessor-coordenador-facilitador e os alunos-participantes ativos. Aulas-
informação,
onde
o professor mostra alguns cenários, algumas sínteses, oestado
da
arte, as coordenadasde
uma
questãoou
tema.Aulas-pesquisa,
onde
professores e alunos procuram novas informaçõesacerca
de
um
problema, desenvolveruma
experiência, avançarem um
campo
que não
se conhece.O
professor motiva, incentiva, dá os primeirospassos
para sensibilizar o aluno para o valor
do
que
vai-se fazer, para a importânciada
participação
do
aluno neste processo. Aluno motivado ecom
participação ativaavança
mais, facilita todo o trabalho.O
papeldo
professor agoraé
ode
gerenciador
do
processode
aprendizagem, é o coordenadorde
todo oandamento,
do
ritmo adequado,o
gestordas
diferenças e das convergèncias.Na
visãode
MORAN:
"O
professor deve procurar ajudar a contextualizar, a ampliar o universoalcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados
no conjunto das informações trazidas.
Esse caminho de
ida e volta,onde
todos se envolvem, participam -
na
sala de aula, na lista eletrônica ena
home
page
- é fascinante, criativo, cheiode
novidades e de avanços.O
conhecimento
que
é elaborado a partirda
própria experiência se tornamuito mais forte e definitivo entre professores e alunos" (1998, p.64).
A
Internet favorece a construção cooperativa, o trabalho conjunto entreprofessores e alunos, próximos fisica
ou
virtualmente.Podemos
participarde
uma
pesquisaem
tempo
real,de
um
projeto entre vários grupos,de
uma
Para
MORAN
(1990, p.78)uma
das
formas mais interessantesde
trabalhar hoje colaborativamente é criaruma
página dos alunos,como
um
espaço
virtualde
referência,onde
vamos
construindo e colocandoo
que
acontece
de
mais importante no curso, os textos, os endereços, as análises, aspesquisas.
Pode
serum
site provisório, interno,sem
divulgação,que
eventualmente poderá ser colocado a disposição
do
público externo.Pode
sertambém
um
conjuntode
sites individuaisou de pequenos
gruposque
sevisibilizam
quando
os alunosacharem
conveniente.Não
deve ser obrigatória acriação
da
página,mas
incentivar aque
todos participem e a construam.O
formato, colocação e atualização
pode
ficar a cargode
um
pequeno
grupode
alunos.
O
importante é combinar oque
podemos
fazer melhorem
salade
aula:conhecer-se, motivar-se, reencontrar-se, enfatiza
MORAN
(1999, p.32)com
oque
pode-se fazer a distância pela lista - comunicar-nosquando
for necessárioe
também
acessar os materiais construídosem
conjuntona
home
page,na
horaem
que cada
um
achar conveniente.Neste processo dinâmico de aprender pesquisando, deve-se utilizar
todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por
cada
instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais
com
asinovadoras, a escrita
com
o audiovisual, o texto seqüencialcom
o hipertexto,o
encontro presencial
com
o virtual.Com
o usode
novas tecnologiasmuda
a relação de espaço,tempo
e22
o virtual.
O
tempo de
enviar ou receber informações se amplia para qualquerdia da semana.
O
processode
comunicação se dána
salade
aula, na internet,no e-mai/, no chat.
É
um
papelque combina
algunsmomentos
do
professorconvencional - às vezes é importante dar
uma
bela aula expositiva -com
maismomentos
de gerentede
pesquisa,de
estimuladorde
busca,de
coordenadordos resultados.
É
um
papel deanimação
ecoordenação
muito mais flexível econstante,
que
exige muita atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) edomínio tecnológico.
Segundo
MORAN
et all (2000, p.62)com
a Internet os processos decomunicação
tendem
a ser mais participativos.A
relaçäo professor-aluno maisaberta, interativa.
Há
uma
integração profunda entre a sociedade e a escola,entre a aprendizagem e a vida.
Os
cursos são híbridos no estilo, presença, tecnologias, requisitos. Existem muito mais flexibilidadeem
todos os sentidos.Uma
parte das matérias é predominantemente presencial e outrapredominantemente virtual.
O
importante é aprender enão
imporum
padrãoúnico de ensinar.
Com
oaumento
da velocidade ede
largurade
banda, ver-se e ouvir-se adistância é corriqueiro.
O
professorpode
daruma
parte das aulasda
sua sala eser visto pelos alunos
onde
eles estiverem.Em
uma
parteda
telado
alunoaparece a
imagem
do
professor, ao ladoum
resumo
doque
está falando.O
aluno
pode
fazer perguntas nomodo
chatou sendo
visto,com
autorizaçãodo
professor, por este e pelos colegas. Essas aulas ficam gravadas e os alunos
Haverá
uma
integraçao maiordas
tecnologias e das metodologiasde
trabalhar
com
o oral, a escritae
o audiovisual.Não
se precisaabandonar
asformas já conhecidas pelas tecnologias telemáticas, só porque estão na
moda.
Integrar-se as tecnologias novas e as já conhecidas. Utilizá-las-emos
como
mediação
facilitadorado
processode
ensinar e aprender participativamente.Através
da
Intemet existeuma
mobilidade constantede
gruposde
pesquisa,de
professores participantes
em
dados momentos,
professores damesma
instituição e de outras.
Pode-se ensinar a aprender
com
programas que
incluemo
melhorda
educação
presencialcom
asnovas
formasde comunicação
virtual,há
momentos
em
que
vale apena
encontrar-se fisicamente,no
começo
eno
finalde
um
assuntoou de
um
curso.Há
outrosem
que
aprende-se mais estandocada
um
no seuespaço
habitual,mas
conectadoscom
osdemais
colegas eprofessores, para intercâmbio constante, tornando real o conceito
de
educação
permanente.
MORAN
et all, referindo-seao
equilíbrioque
deve se ter entre opresencial e o virtual, ressaltam que:
"Se
temos
dificuldadesno
ensino presencial,não
as resolveremoscom
ovirtual.
Se
olhando-nos, estando juntos,temos
problemas sériosnão
resolvidos no processode
ensino-aprendizagem,não
será espalhando-nos e conectando-nos
que
vamos
soluciona-los automaticamente.Podemos
tentar a síntese dos doismodos
de
comunicação: o presenciale o virtual, valorizando o melhor
de cada
um
deles. Aproveitar o melhordos dois
modos
de
estar. Estar juntos fisicamente é importanteem
dados
momentos
fortes: .conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto.Conectados, para realizar trocas mais rápidas,
cömodas
e práticas.Realizar atividades
que fazemos
melhor no presencial: comunidades,criar grupos afins (por
algum
critério específico). Definir objetivos,24
Traçar cenários, passar as informações iniciais necessárias para situar-
nos diante
de
um
novo assuntoou
questão a ser pesquisada.A
comunicação
virtual permite interações espaço-temporais mais livres;a
adaptação a ritmos diferentes dos alunos; novos contatos
com
pessoas
semelhantes, fisicamente distantes; maior liberdade
de
expressão adistancia. Certas formas
de comunicação
asconseguimos
fazer melhora
distância, por dificuldades culturaise
educacionaisde
abrir-nosno
presencial" (2000, p.101).
MORAN
et al/ (2000. P.152)afirmam
que estamos
numa
fasede
transição
na educação
a distância. Muitas organizações estão limitando-sea
transpor para o virtual adaptações
do
ensino presencial (aula multiplicadaou
disponibilizada).
Há
um
predomíniode
interação virtual fria (formulários,rotinas, provas, e-mai/) e
alguma
interaçãoon
line.Começamos
a passardos
modelos
predominantemente individuais para os grupais.A
educação
adistância
mudará
radicalmentede
concepção,de
individualista para maisgrupal,
de
utilização predominantemente isolada para utilização participativa,em
grupos.Das
midias unidirecionais,como
o jornal, a televisão e o rádio,caminhamos
para mídias mais interativas.Da
comunicação
off line evoluímospara
um
"mix"de comunicação
off eon
line(em tempo
real).A
educação
a distâncianão
é sóum
"fast food"onde
o aluno vai láe
seserve
de
algo pronto.Educação
a distância é ajudar os participantes aque
equilibrem as necessidades e habilidades pessoaiscom
a participaçãoem
grupos - presenciais e virtuais -
onde
se avançar rapidamente, trocamosexperiências, dúvidas e resultados.
Uma
parte dos cursos a distânciadeve
serfeita
de
forma presencial ou virtual-presencial, períodosde
pesquisa maisEm
síntese a Internet estácaminhando
para ser audiovisual, paratransmissão
em
tempo
realde
som
eimagem
(tecno/ogy streaming).Cada
vezserá mais fácil fazer integrações mais profundas entre
TV
eWEB.
Enquanto assiste adado
programa, o telespectadorcomeça
a poder acessarsimultaneamente as informações
que
achar interessantes sobre o programa,acessando
o siteda
programadora na Internetou
outrosbancos de
dados.As
possibilidades educacionaisque
seabrem
são fantásticas.Com
oalargamento
da banda
de transmissãocomo
acontecena
W
a cabo torna-semais fácil poder ver
e
ouvir a distância. Muitos cursospodem
ser realizados adistância
com som
e imagem, tem-se aulas a distânciacom
possibilidadede
interação on-linee
aulas presenciaiscom
interação a distância.O
ensinopode
ser
um
"mix"de
tecnologiascom
momentos
presenciais, outrosde
ensino on- line, adaptaçãoao
ritmo pessoal, mais interação grupal, avaliação maispersonalizada
(com
níveis diferenciadosde
visão pedagógica).O
processo é mais lento doque
se espera.As mudanças
ocorrem aospoucos, tanto no presencial quanto
no
ensino a distância.Há uma
grandedesigualdade econômica,
de
acesso,de
maturidade,de
motivação daspessoas. Alguns estão prontos para a
mudança,
outros muitos não.É
dificilmudar
padrões adquiridos (gerenciais e atitudinais) das organizações,governos, dos profissionais e
da
sociedade.Ensinar
com
as novas mídias éuma
revolução,mudam-se,
simultaneamente, os paradigmas convencionais
do
ensino,que
mantêm
distantes professores e alunos.Caso
contrário conseguir-se-à darum
vernizde
26
modernidade,
sem
mexer no
essencial.A
Internet éum
novo meiode
comunicação, ainda incipiente,
mas
que pode
ajudar a rever, a ampliar e amodificar muitas das formas atuais
de
ensinar eaprender.2.1
A
AQUISIÇAO
DO
CONHECIMENTO
E
A
INTERNET
Educar é colaborar para
que
professores e alunos - nas escolas eorganizações - transformem suas vidas
em
processos permanentesde
aprendizagem.
É
ajudar os alunos na construçãoda
sua identidade,do
seucaminho pessoal
e
profissional -do
seu projetode
vida,no
desenvolvimentodas habilidades
de
compreensão,emoção
e comunicação que
lhes permitamencontrar seus
espaços
pessoais, sociais e profissionais e tornar-se cidadãosrealizados e produtivos.
Na
sociedade da informação todos estão reaprendendo a conhecer, acomunicar-se, a ensinar e a aprender; a integrar o
humano
e o tecnológico;a
integrar o individual, o grupal e o social.
LIPMAN
(1992, p.22) dizque
uma
mudança
qualitativano
processode
aquisição do conhecimento acontece
quando
seconsegue
integrar dentrode
uma
visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, astextuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais, o
que
fazcom
que
o professorde organizar sua
comunicação
com
os alunos, de introduzirum
tema,de
trabalhar
com
os alunos, presencial e virtualmente,de
avalia-los.Para
LEVY
(1993, p.48) cada docentepode
encontrar sua forma maisadequada
de integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos.Mas
também
é importanteque
amplie,que
aprenda a dominar as formasde
comunicação
interpessoal/grupal e asde comunicação
audiovisual/telemática.Não
se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas.É
importante
que cada
docente encontre oque
lhe ajuda mais a sentir-se bem, acomunicar-se bem, ensinar
bem
, ajudar os alunos aque aprendam
melhor.É
importante diversificar as formas
de
dar aula,de
realizar atividades, de avaliar.Segundo
PAPERT
(1994, p.9)com
as novas tecnologias pode-semodificar mais facilmente a aquisição
do
conhecimento, tanto nos cursospresenciais,
como
nos a distância.São
muitos os caminhos,que dependerão
da
situação concretaem
que
o professor se encontrar:número
de alunos, tecnologias disponiveis, duração das aulas, quantidade total de aulasque
o professor dá por semana, apoio institucional. Algunsparecem
ser atualmente,mais viáveis e produtivos.
No
começo
deve-se procurar estabeleceruma
relação empáticacom
osalunos, procurando conhece-los, fazendo
um
mapeamento
dos seusinteresses, formação e perspectivas futuras.
A
preocupaçãocom
os alunos, aforma
de
relacionar-noscom
eles é fundamental para o sucesso pedagógico.Os
alunos captam se o professor gostade
ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender.28
Segundo
COOL
(1994, p.39) vale apena
descobrir as competências dosalunos
que temos
em
cada
classe,que
contribuiçõespodem
dar aonosso
curso.
Não vamos
imporum
projeto fechadode
curso,mas
um
programacom
as grandes diretrizes delineadas e
onde
vamos
construindo caminhosde
aprendizagem
em
cada
etapa, estando atentos - professor e alunos - paraavançar da forma mais rica possível
em
cada momento.
É
importante mostrar aos alunos oque vão
ganharao
longo-do
semestre, por
que
vale apena
estarem ‹juntos. Procurar motivá-los para aprender, para avançar, para a importânciada sua
participação, para oprocesso
de
aula-pesquisa e para as tecnologiasque
irão ser utilizadas, entreelas: a Internet.
O
desenvolvimentoda
informáticatem
acarretado significativastransformações nas formas
de
conhecer,de
pensar,de
trabalhar e nas própriasrelações sociais. Essas
mudanças
têm profundas implicações eimpõem
importantes desafios para o
campo
da educação
escolar eda
pesquisanas
mais diversas áreas
de
conhecimento.A
idéia é levar o aluno a aprendersempre, saber pensar, ler construtivamente, analisar hipóteses, lançar olhares
sobre todos os âmbitos do conhecimento.
Pensar sobre a
educação contemporânea
é revelarum
tempo-espaço,onde
o sabernão
mais se centraliza nas instituiçõesde
ensino. Falar sobreeste tempo, é revelar mais
do que
problemas,é
também
vislumbrarum
novo
tempo
que
coabita ou hoje,um
tempo que não
corre retilineamente,como
O
modelo
que fundamentou
a escolamoderna tomou-se
refratário frenteàs novas formas
de
conhecimento e percepçãodo mundo,
fazendocom
que
associedades
contemporâneas
vivamuma
transformação aceleradade
suapercepção
de
espaço-tempo.Não
se vive mais otempo
das horase
minutos,como
décadas
do
século passado.Não
se vive maisuma
época que
prometeum
futuro,como
propunham
as utopiashá pouco
fragilizadas. Vive-seuma
época do
presente,uma
época da
velocidade,de
diminuir oespaço
esubordiná-lo
ao
tempo.Uma
época da
informação,da
imagem,do
ecrã,da
virtualidade e
da
Internet.2.2
CONHECENDO
A
INTERNET
Uma
nova maneirade
produzir conhecimentovem
se instalando.O
computador coloca a possibilidade de aprender-fazendo.
A
simulação surge,logo,
como
uma
potencial práticade
ensino.A
dimensão
lúdicaganha cada
vezmais espaço.
O
educando
assume
uma
postura ativa, interage, dialoga e,sobretudo, vê-se diante
do desafio de
selecionar informações e atribuir-lhessignificados através
da
Internet.Segundo
LÉVY
(1999, p.17), onome
Internetvem
de
internetworking (ligação entre redes). Para ele, a Internet éum
conjuntode
meios fisicos(linhas digitais
de
alta capacidade, computadores, roteadores) e programas30
primeiro
nome
foiARPANET
(Advance Research ProjectsAgency
Network-
Rede
de
Agênciade
Projetosde
PesquisasAvançadas)
criada pelodepartamento
de
Defesa dos estados Unidosda
América para ligar centrosmilitares americanos no objetivo
de
colocar os cientistasem
contato unscom
os outros, para
que
elespudessem
trocar informações e compartilhar idéias,potencializando os resultados
de
suas pesquisas.A ARPANET
logo se amplioupara incluir pesquisadores
da
Universidade ede
diversas Faculdades.A
partirdesse
grupode
usuários, a Intemet cresceu para servir milhõesde
pessoasao
redor
do
mundo.De
lá para cá essa redenão
paroude
crescer e nos últimosseis
anos
disseminou-se por todos os continentes, contando atualmentecom
milhões de usuários e, certamente seu crescimento será exponencialna
primeiradécada do
século XXI.MORAN
(1998, p.46) enfatizaque
o segredodo
atual sucessoda
Internet está principalmente,
em
dois aspectos cruciais: o usoda
redede
telefonia disponível no
mundo
inteiro e a facilidadede navegação
promovidapelo
uso
de
hipertextos e mais recentemente pela hipermídia.Partindo dessa
concepção
a Intemet é essencialmenteuma
rede virtualde
interligaçãode
computadores, aque
outrostêm
acesso.SOBRAL
(1999,p.21) explicando sobre o uso da Intemet salienta
que
a ligação entrecomputadores