• Nenhum resultado encontrado

Crescimento inicial de Moringa oleifera Lam. (Moringa) em plantios homogêneos com diferentes adubações

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Crescimento inicial de Moringa oleifera Lam. (Moringa) em plantios homogêneos com diferentes adubações"

Copied!
44
0
0

Texto

(1)

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL

ROMÁRIO FELIPE DE HOLANDA

CRESCIMENTO INICIAL DE Moringa oleifera Lam.

(MORINGA) EM PLANTIOS HOMOGÊNEOS COM

DIFERENTES ADUBAÇÕES

Macaíba - RN

Novembro de 2019

(2)

CRESCIMENTO INICIAL DE Moringa oleifera Lam.

(MORINGA) EM PLANTIOS HOMOGÊNEOS COM

DIFERENTES ADUBAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de graduação

em

Engenharia

Florestal

da

Universidade

Federal

do

Rio

Grande do Norte, como requisito

parcial para obtenção do título de

Engenheiro Florestal.

Orientadora: Profa. Dra. Juliana

Lorensi do Canto

Macaíba - RN

Novembro de 2019

(3)
(4)
(5)

Dedico aos meus pais, Tânia e Mário, por todo o esforço que fazem e sempre fizeram para me mostrar o caminho certo a seguir, e aos meus avós, vovó Novinha, vovó Nilza e vovô Mário, tenho certeza que de onde vocês estão, estão me olhando, e torcendo por mim.

(6)

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida, por estar sempre me abençoando em todos os momentos, pela família que me deu.

A meus pais, por estarem sempre ao me lado me apoiando e não me deixando desistir nunca.

A todos os professores pelos ensinamentos, em especial a professora Juliana, por toda a paciência, oportunidades, dedicação, ensinamentos e orientação, obrigado por tudo, e ao professor José Augusto, por todos os ensinamentos, conselhos, histórias contadas, e pelas melhores aulas de campo, que Deus abençoe vocês infinitamente.

Aos meus parceiros, Jairo Cesar e Ewerton Gato, por toda a ajuda na coleta dos dados desse trabalho.

Obrigado a todos que de alguma forma me ajudaram nesses anos de faculdade, que Deus os abençoe infinitamente.

(7)

A Moringa oleifera (Lam.) tem sido cultivada em vários países devido ao seu potencial de uso múltiplo. É uma árvore de grande potencial econômico com diversas aplicações na indústria, na medicina, sendo também usada como forrageira. Com isso este trabalho tem como objetivo avaliar o crescimento da moringa em plantios homogêneos com três anos de idade, estabelecidos em espaçamento de 3 m x 3 m, submetidos a diferentes adubações, localizados no município de Macaíba, RN. Foram avaliados quatro tratamentos: (1) Adubação Mineral (131 kg/ha de Superfosfato Triplo), (2) Composto Orgânico + Adubação Mineral (7 t/ha de composto orgânico + 131 kg/ha de Superfosfato Triplo), (3) Biochar + Adubação Mineral (3 t/ha + 131 kg/ha de Superfosfato Triplo) e (4) testemunha (sem adubação). A coleta de dados compreendeu a mensuração das circunferências (na base a na altura do peito) e da altura de todos os indivíduos. Foi avaliada a sobrevivência da espécie, em percentual, e foram estimados os volumes cilíndricos por unidade de área. Os tratamentos adubados apresentaram maior sobrevivência, crescimento e produtividade em relação à testemunha (sem adubação). Dos tratamentos avaliados, aquele adubado com composto orgânico apresentou os melhores resultados de crescimento (DB médio de 16,2 cm; DAP médio de 7,9 cm e altura média de 5,87 m) e produtividade (volume cilíndrico de 72,5069 m³/ha e IMA de 24,16 m³/ha.ano).

(8)

Moringa oleifera (Lam.) has been cultivated in several countries due to its potential

for multiple use. It is a tree of great economic potential with various applications in industry, medicine, and is also used as a forage. Thus, this study aims to evaluate the growth of moringa in homogeneous three-year-old plantations, established in spacing of 3 mx 3 m, submitted to different fertilizers, located in Macaíba, Rio Grande do Norte State, Brazil. Four treatments were evaluated: (1) Mineral Fertilization (131 kg/ha of Triple Superphosphate), (2) Organic Compound + Mineral Fertilization (7 t/ha of organic compound + 131 kg/ha of Triple Superphosphate), (3) Biochar + Mineral Fertilization (3 t/ha + 131 kg/ha of Triple Superphosphate) and (4) control (without fertilization). Data collection comprised the measurement of the circumferences (on the basis of chest height) and the total height of all trees. The survival of the species was evaluated as a percentage and the cylindrical volumes per unit area were estimated. Fertilized treatments showed higher survival, growth and yield compared to control (without fertilization). Among the evaluated treatments, the fertilizer with organic compost presented the best growth results (average DB 16.2 cm; average DBH 7.9 cm and average height 5.87 m) and yield (cylindrical volume 72.5069 m³/ha and IMA of 24.16 m³/ha.year).

(9)

1. INTRODUÇÃO ... 8 2. OBJETIVOS ... 9 2.1. Objetivo geral ... 9 2.2. Objetivos específicos... 9 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 10 3.1. Moringa oleifera ... 10

3.1.2. Principais utilizações da Moringa ... 11

3.2. Biomassa ... 18

3.3. Adubações ... 21

4. MATERIAIS E MÉTODOS ... 24

4.1. Área de estudo ... 24

4.2. Coleta e análise de dados ... 26

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 28

6. CONCLUSÕES ... 32

(10)

1. INTRODUÇÃO

A Moringa oleifera Lam. (Moringa) é uma espécie arbórea exótica de importância econômica significativa, com diversas aplicações de usos. A planta apresenta potencial para utilização forrageira (folhas, frutos e sementes); culinária e medicinal (todas as partes da planta); na indústria de cosméticos (óleo extraído das sementes); melífera (flores); e como combustível (madeira e óleo) (FERREIRA et al., 2008; KAFUKU e MBARAWA, 2010; RASHID et al., 2011).

As sementes de moringa têm sido usadas, ainda, no tratamento de água e efluentes por coagulação-floculação-sedimentação, substituindo o sulfato de alumínio em processos depurativos (FRIGHETTO et al., 2007; PRITCHARD et al., 2010; SÁNCHEZ-MARTÍN et al., 2010; LO MONACO et al., 2013).

Além da multiplicidade de seus usos, a espécie apresenta excelente adaptação em solos pobres e clima semiárido (FRIGHETTO et al., 2007; FERREIRA et al., 2008; VIEIRA et al., 2008). A espécie tem se adaptado satisfatoriamente às condições edafoclimáticas do semiárido do Nordeste brasileiro e vem sendo difundida na região para o tratamento de água para uso doméstico (GALLÃO et al., 2006), principalmente em áreas rurais onde recursos hídricos adequados não estão disponíveis (FERREIRA et al., 2008).

Por ser uma planta perene resistente à seca, pouco exigente quanto ao solo e tolerante a pragas e doenças (SILVA e KERR, 1999), a moringa também é uma alternativa para recuperação de áreas degradadas, plantio em sistemas com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e silvicultura (CASTRO, 2017).

Nesse sentido, a silvicultura no Nordeste tem sido proposta por vários motivos: compensar ou evitar o desmatamento da Caatinga, substituir o uso de madeira nativa, gerar emprego e renda na zona rural. Apesar dos benefícios, as áreas plantadas com espécies arbóreas ainda são muito pequenas, apesar da grande demanda da região por lenha (RIEGELHAUPT e PAREYN, 2010).

A lenha é um dos principais insumos energéticos utilizados na região Nordeste do Brasil. O Estado do Rio Grande do Norte, assim como o Nordeste em geral, possui uma elevada dependência por lenha e carvão vegetal, utilizados para

(11)

geração de energia no setor industrial, principalmente no segmento de cerâmica vermelha. Nesse estado, a lenha representa 47,4% da energia consumida no setor industrial (RIO GRANDE DO NORTE, 2006).

Diante disso, estudos voltados para a silvicultura de espécies com potencial econômico e possibilidade de adaptação na região Nordeste são de grande importância, principalmente para o suprimento da demanda de múltiplos produtos, incluindo madeireiros e não-madeireiros, como é o caso da Moringa oleifera. Além disso, no âmbito social, a silvicultura da moringa pode significar geração de trabalho e renda na zona rural.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Este trabalho teve como objetivo geral avaliar o crescimento da Moringa

oleifera em plantios homogêneos com três anos de idade, submetidos a diferentes

adubações.

2.2. Objetivos específicos

- Avaliar a sobrevivência,

- Avaliar o crescimento em diâmetro, - Avaliar o crescimento de altura,

(12)

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1. Moringa oleifera

A Moringa oleífera, popularmente conhecida como moringa, pertence à família

Moringaceae, sendo composta de apenas um gênero e quatorze espécies

conhecidas. Nativa do norte da Índia, ela cresce em vários países dos trópicos (BEZERRA et al., 2004), sendo amplamente distribuída na Índia, no Egito, nas Filipinas, no Ceilão, na Tailândia, na Malásia, em Burma, no Paquistão, em Singapura, na Jamaica e na Nigéria (RAMACHANDRAN et al.,1980; PIO CORRÊA, 1984).

A Moringa oleifera é apresenta altura entre 5 m e 12 m, com uma copa aberta em forma de sombrinha, tronco ereto, com casca esbranquiçada, esponjosa. As folhas têm formam de pena, cor verde-pálido, compostas, tripinatas, de 30 cm a 60 cm de comprimento, com 3 a 9 folíolos nas pinas terminais. Cada folíolo tem de 1,3 cm a 2,0 cm de comprimento e 0,3 cm a 0,6 cm de largura. As folhas laterais são quase elípticas, enquanto que as terminais são obovatas e ligeiramente maiores que as laterais. As flores são aromaticamente perfumadas, brancas ou cremes medindo 2,5 cm de diâmetro com estames amarelos, que nascem perpendiculares, marrons, triangulares, achatados nas duas extremidades, com 30 cm a 120 cm de comprimento e 1,8 cm de largura (RANGEL, 1999).

Os frutos, quando secos, abrem-se longitudinalmente em três partes, contendo de 15 a 20 sementes. As sementes são marrons escuras com três asas e aspecto de papel e normalmente germinam no prazo de duas semanas. São árvores que apresentam raiz pivotante, tuberosa, com poucas raízes laterais, pois se desenvolve profundamente. A arvore floresce e produz frutos e sementes durante todo o ano (RAMACHANDRAN et al., 1980, RADOVICH, 2011, LAHJIE e SIEBERT, 1987).

Seu fruto é uma espécie de vagem com três faces (diferentes de uma vagem normal, que tem duas faces) e grande número de sementes (BEZERRA et al., 2004),

(13)

que tem sido amplamente utilizado para diversas finalidades. Por isso, é sempre caracterizada como planta de uso múltiplo.

Utilizada atualmente como fonte de prevenção para cerca de 300 doenças, a moringa possui muitas aplicações, considerada por muitos como uma planta multiuso, principalmente por ser rica em nutrientes como vitaminas e proteínas, incluindo também ferro e cálcio (JESUS et al., 2013).

No Brasil, foi introduzida como planta ornamental, também conhecida como lírio branco e acácia branca, por volta de 1950, no Maranhão, e desde então, tem sido difundida devido ao seu alto valor nutricional, principalmente em relação às folhas, que são importantes fontes de vitamina A, C e ferro (BARRETO et al., 2009).

Essa espécie cresce em regiões subtropicais secas e úmidas e tropicais secas e nas florestas úmidas, suporta temperaturas altas, na faixa de 25-35°C, aguentando até 48°C por períodos limitados, e ainda há registro de que a mesma sobrevive em temperaturas que variam de -1 a 3°C a 38 a 48°C (ALVES et al., 2010; ANWAR, 2007; DUKE e YOUNG, 1978; JESUS et al., 2013).

Adapta-se a uma ampla faixa de solos, porém se desenvolve melhor em terra preta bem drenada ou em terra preta argilosa, preferindo solo neutro a levemente ácido (DALLA ROSA, 1993).

A sua facilidade de adaptação e seu potencial tem atraído a atenção de pesquisadores e produtores rurais em diversas partes do mundo que a consideram uma cultura agrícola de potencial sócio ambiental, podendo ser cultivada sem grandes obstáculos pelo agricultor familiar (CASTRO, 2017).

3.1.2. Principais utilizações da Moringa

A Moringa oleifera é cultivada devido ao seu valor alimentar (folhas, frutos verdes, flores e sementes torradas); forrageiro (folhas, frutos e sementes); medicinal (todas as partes da planta); condimentar (principalmente as raízes); culinário e industrial, na produção de cosméticos (óleo extraído das sementes); melífero

(14)

(flores); combustível (madeira e óleo); e no tratamento de água para o consumo humano (cotilédones e tegumento das sementes) (WARHURST et al., 1996; WARHURST et al., 1997; MATOS, 1998; SILVA e KERR, 1999; OLIVEIRA et al., 1999).

A moringa vem sendo utilizada como alternativa para diversas regiões, podendo a mesma ser aplicada na agricultura familiar como fonte de suplemento alimentar devido ao seu alto valor nutricional, como purificador de água e como fonte de óleo presente em suas sementes (FOIDL et al., 2001; PHIRI e MBEWE, 2010; BAKKE et al., 2010).

É utilizada também em ornamentação de parques, suas folhas são fornecidas aos animais como forrageira, as sementes são usadas na produção de óleo sendo bastante útil na culinária, pode ser introduzida na composição de sabão, indústria de cosméticos e farmacêutica. Sua madeira serve para a produção de papel e fibras têxteis, suas raízes são consideradas abortivas (SILVA, 2018).

No Brasil, há um esforço no sentido de difundi-la como hortaliça rica em vitamina A (AMAYA et al., 1992; KERR et al., 1998; SILVA e KERR, 1999), sendo que suas folhas, com cerca de 23.000 UI dessa vitamina, destacam-se dentre outras olerícolas consagradas, como brócolis, cenoura, couve, espinafre e alface, que possuem, respectivamente, 5.000, 3.700, 2.200, 1.900 e 1.000 UI de vitamina A (SILVA e KERR, 1999), podendo ser utilizadas também na composição de ração animal para aves, peixes, bovinos, caprinos e ovinos nas zonas rurais do Nordeste brasileiro (GERDES, 1997).

Nos estudos etnobotânicos o consumo humano da Moringa oleifera foi apontado como uma das principais razões para seu uso e cultivo em diversos países, sendo usado como fonte de proteínas altamente digestivas, cálcio, ferro, vitamina C e porque também contém elementos nutricionais essências, vitais tanto para pessoas como para animais (ALMEIDA, 2018).

A presença de aminoácidos essências nas folhas da Moringa oleifera e o resultado de sua digestibilidade são a mais adequada quando comparado aos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para serem usadas em crianças

(15)

pequenas, as que estão mais em risco com a falta de proteína na alimentação (ALMEIDA, 2018).

Além das vagens frescas, das folhas, das raízes, sementes e dos invólucros das sementes, várias preparações feitas a base da moringa são exportadas da Índia, como por exemplo: pó das vagens, óleo das sementes, folhas da moringa em pó, pó do fruto da moringa, entre outros produtos (ALMEIDA, 2018).

A farinha produzida pela raiz da moringa também vem se tornando uma opção muito promissora na indústria alimentícia, devido a sua grande quantidade de carboidratos e teor energético, muito parecido com os valores da farinha de batata e mandioca (APRELINI, 2016).

Suas folhas e sementes são frequentemente consumidas como especiarias e legumes, se destacando pela quantidade elevada de vitaminas, minerais, aminoácidos, lipídios e diversos fotoquímicos (FERREIRA et al., 2008).

As folhas podem ser inseridas de diversas maneiras na alimentação humana, podendo ser preparadas como espinafre, tendo a opção também de transformá-la em pó, passando pelo processo de secagem e pilação, tornando-se uma alternativa para incorporação em sopas e molhos (FUNDAÇÃO DEUS MAR QUEIRÓS, 2010).

A produção da Moringa oleifera para administração na alimentação de animais, como farinha de folhagens, é considerada viável por requerer tecnologia acessível e barata, mesmo para pequenos agricultores. Também tem recebido atenção especial de pesquisadores, com resultados promissores, a administração destes compostos a partir de folhagens de Moringa oleifera na produção de peixes, ovinos, galinhas poedeiras, caprinos, suínos e vacas leiteiras, desde que exista um equilíbrio nutricional (SANTOS, 2016).

As características nutricionais e socioeconômicas da Moringa oleifera, fazem dessa planta uma excelente opção para ser usada como forragem fresca para o gado. Além disso, apresenta uma alta produtividade de matéria fresca por unidade de área, em comparação com outras culturas forrageiras, o que permitiria aos pequenos produtores o acesso à suplementação alimentar de forma mais barata e melhoria da economia em pequena escala da produção leiteira (SANTOS, 2016).

(16)

Pesquisas com forrageiras de alto teor de proteína para alimentação do gado em período de seca e a Moringa tem se destacado entre as diversas espécies estudadas, devido ao fato de atingir o ponto de corte com apenas seis meses, ser de fácil cultivo, possuir hastes flexíveis e ser de fácil manejo para o corte, além de ser resistente a pragas (BRUNELLI, 2010). Uma característica interessante presente na

Moringa oleifera é que, ao contrário das plantas nativas do semiárido, ela não perde

suas folhas no período de estiagem e desta forma, pode ser alternativa para grande parte do território brasileiro (SILVA e KERR, 1999).

A Moringa oleifera também vem sendo utilizada para o tratamento de águas. Sais de alumínio e de ferro são os coagulantes mais utilizados no tratamento de água para consumo humano, porém devido seu custo e efeitos que causa no meio ambiente têm motivado o uso de coagulantes orgânicos derivados de plantas (GHEBREMICHAEL et al., 2005). Algumas sementes são coagulantes eficientes, como as de Moringa oleifera (BABU e CHAUDHURI, 2005; GHEBREMICHAEL et al., 2005).

Nesse sentido, muitos autores confirmam que as sementes de Moringa

oleifera agem como um coagulante que remove turbidez e melhora a qualidade

microbiológica da água (BABU e CHAUDHURI, 2005; GHEBREMICHAEL, 2006; ABALIWANO et al., 2008; GHEBREMICHAEL et al., 2005). O extrato da semente, por conter uma proteína catiônica, age como agente clarificante no tratamento de água. A proteína é o composto mais abundante encontrado na semente, as quais desestabilizam as partículas contidas na água e por meio dos processos de neutralização e absorção, floculam os coloides (BORGO, 2016; SANTOS, 2009; THEODORO et al., 2015).

Moreti et al. (2014) relata que as sementes de Moringa oleifera vêm demonstrando tanta eficiência como coagulante e floculante natural, que se associa a um agente floculante apropriado para biomassa de microalgas, alcançando uma atividade comparável ao de sulfato de alumínio.

A utilização da Moringa oleifera pode reduzir o uso de coagulantes químicos, além de apresentar como vantagens, menor geração de lodo, boa remoção da cor e

(17)

turbidez da água, remoção de algumas bactérias (até em 90%), e não alterar o pH da água (BONGIOVANI et l., 2013).

No Nordeste brasileiro, na região denominada “polígono das secas”, a moringa vem sendo cultivada devido principalmente à sua utilização no tratamento de água para uso doméstico onde seu efeito coagulante, servindo para clarificar a água é bastante conhecido há muito tempo (SILVA, 2018).

Os resultados obtidos com esse estudo foram muito satisfatórios, visto que ficou determinado o uso de 3 g de coagulante extraído das sementes da moringa para cada litro de água independente de sua cor. São necessárias 2 horas de decantação para que a água adquira a cor estabelecida pela portaria 518/2004. Para fins potáveis, deve-se acrescentar a etapa de filtração e desinfecção da água, visto que há relatos na literatura que a moringa capta até 90% de bactérias e microrganismos presentes na água. O projeto foi concluído em 2011 com a elaboração de um manual de procedentes para o uso da moringa pela FUNASA, que ficou responsável em implantar os sistemas (INPA, 2011).

Estudos comprovam que a Moringa oleifera também pode ser utilizada como biocombustível. A escassez de combustíveis fósseis, as crescentes emissões de poluentes gerados durante sua combustão e seus elevados preços tornam a biomassa uma fonte interessante de energia alternativa (SENSOZ et al., 2000). Suas sementes têm aproximadamente 40% de óleo, sendo 76% de ácido oléico (ANWAR e BHANGER, 2003; RASHID et al., 2008), adequado para produção de biodiesel. Segundo Pritchard et al. (2010), o conteúdo médio de óleo das sementes de moringa é maior que o de quatro culturas oleíferas convencionais: algodão (15 a 24%), soja (17 a 21%), cártamo (25 a 40%) e mostarda (24 a 40%), cultivadas nos Estados Unidos, Brasil, China e em outros países asiáticos e europeus. Anwar e Bhanger (2003) observaram que o óleo de moringa apresenta um bom estado oxidativo e consideram que a concentração de δ-tocoferol pode contribuir para a excelente estabilidade oxidativa desse óleo, protegendo-o durante a estocagem e o processamento.

A biomassa gerada da extração do óleo da moringa, seja por extração mecânica (prensa automática) ou por extração química (solvente) é definida como

(18)

torta de moringa. Na literatura, a torta é pouco estudada como fonte de produtora de biocombustíveis, tendo em vista a escassez de aplicabilidade da torta da moringa torna-se relevante o desenvolvimento de estratégias para uso racional desse resíduo. Considera-se relevante aumentar a funcionalidade dos resíduos da obtidos da extração de óleo da Moringa oleifera, aliado ao potencial de empregar em um processo de termo craqueamento desta biomassa para a obtenção do bioóleo. Sendo esta uma forma logica de substituir fontes não renováveis, por fontes mais limpas e biosustentáveis (MACIEL et al., 2015).

Para Rashid et al. (2008), o biodiesel derivado da moringa é ótimo substituto para o petrodiesel. Esses pesquisadores encontraram o valor de 67,07 para o número de cetano do biodiesel derivado da moringa, o que está de acordo com os padrões de qualidade internacionais e representa a principal qualidade desse biodiesel. GERPEN (2006) explica que o número de cetano é uma das propriedades mais importantes do diesel e que os combustíveis com altos valores promovem pequenos retardamentos na ignição dos motores. Os autores reportam que esse biocombustível tem um dos maiores números de cetano já relatados para biodiesel, o que é corroborado pelos valores apresentados por KNOTHE et al. (2006) para os ésteres de diferentes óleos vegetais, óleos utilizados em frituras e gordura animal. Rashid et al. (2008) também obtiveram valores adequados de viscosidade, estabilidade oxidativa, lubricidade e acidez para o biodiesel derivado do óleo de

Moringa oleifera, considerando os padrões de qualidade.

Anwar e Bhanger (2003) verificaram que o resíduo da semente de moringa, resultante da extração do óleo, apresenta um alto conteúdo de proteínas, que variou de 26,5 a 32% entre as sementes coletadas em diferentes localidades. Conforme os autores, esses resíduos, então, poderiam ser acrescentados à dieta de aves e utilizados como fertilizante, conferindo valor aos subprodutos da extração do óleo.

Em experiências realizadas com o biodiesel no laboratório de plantas oleoginosas, óleos, gorduras e Biodiesel da Univesidade Federal de Lavras, feito com óleo vegetal extraído das sementes de Moringa oleifera, foi verificado que devido as suas caracteristicas fisico-quimicas, tem potencial para ser utilizada em misturas com biodieseis provenientes de matéria prima de baixa qualidade, a exemplo de óleos residuais de frituras, aumentando sua establidade oxidativa e

(19)

promovendo sua adequação aos padrões de qualidade determinadas pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis - ANP. Esse produto foi desenvolvido e validado a nível laboratorial, sendo necessários ensaios e estudos futuros para que se torne de fato um produto comercial (CASTRO, 2017).

Com relação as propriedades medicinais, a Moringa oleifera pode atuar como estimulante cardíaco e circulatório, antitumoral, antipirética, antiepilética, antiespasmódica, diurética e hepatoprotetora (RUIZ et al., 2012). Em diversas localidades do mundo, principalmente nos países em desenvolvimento, é amplamente consumida para automedicação por pacientes que apresentam diabetes, hipertensão e HIV/AIDS (DIÈYE et al., 2008; KASOLO et al., 2010; YABESH et al., 2014).

Entre os compostos químicos presente na Moringa oleifera, podemos destacar o ácido clorogênico que, de acordo com estudos, auxiliam no metabolismo da glicose em ratos. Fora isto, suas folhas também contêm fitoesteróis como o b-sitosterol, que tem potencial para reduzir a absorção intestinal de colesterol dietético, além da arginina e histidina-2, aminoácidos que são de extrema importância para a nutrição infantil (FUGLIE, 1999; JAIN, 2010; LIN et al., 2010; ALEGBELEYE, 2018).

Além disto, estudos observaram que ela pode desempenhar papel relevante na prevenção de doenças transmitidas por alimentos. O extrato das folhas apresentou atividade de amplo espectro contra patógenos transmitidos por alimentos, como: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus

aureus e Enterobacter aerogenes (BUKAR et al., 2010; ALEGBELEYE, 2018).

Fahey (2005) constatou que os isotiocianatos presentes na Moringa oleifera mostraram atividade antibiótica contra Helicobacter pylori, microrganismo este, presente principalmente em regiões com menos interesse financeiro, sendo uma das principais causas de gastrite e úlceras duodenais. Conforme Stohs e Hartman (2015), não existem estudos que apresente os efeitos adversos da Moringa oleifera em seres humanos. Podendo a mesma ser consumida pela população, porém faz-se essencial o estudo de suas propriedades toxicológicas e químicas para garantir a segurança do consumidor.

(20)

3.2. Biomassa

O termo biomassa se refere, em sentido amplo, a qualquer tipo de matéria orgânica renovável de origem vegetal, animal ou procedente da transformação natural ou artificial da mesma. Esses materiais têm em comum a origem direta ou indireta do processo de fotossíntese, apresentando-se de maneira periódica e não limitada no tempo, ou seja, de forma renovável (CANTO, 2009).

Do ponto de vista energético, biomassa é toda matéria orgânica, de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na produção de energia. A energia da biomassa é proveniente da luz solar convertida em energia química, através da fotossíntese, base dos processos biológicos de todos os seres vivos, esta energia pode ser convertida em eletricidade, combustível ou calor (CANTO, 2009).

Assim, a biomassa tem diversas origens, podendo ser obtida de vegetais lenhosos e não-lenhosos, de resíduos orgânicos (agrícolas, florestais, urbanos e industriais) e de biofluídos, como óleos vegetais. Estas diversas fontes podem ser abrangidas no aproveitamento energético da biomassa (CANTO, 2009).

Nos dias atuais, o consumo de energia cresce de forma desgovernada. Nos últimos anos vem se usando, principalmente, energia de tipos não renováveis, provocando várias indagações sobre o abastecimento energético e sobre o equilíbrio ambiental e econômico. Tendo em vista esses problemas, várias nações têm buscado alternativas para minimiza-los, usando energias renováveis, dentre elas a lenha (ELOY, 2013).

A lenha é um dos combustíveis mais antigos e já foi um dos mais usados, sendo a primeira fonte de energia utilizada para aquecimento e preparação de alimentos. É utilizada também no ramo das bebidas, cerâmicas, papel e celulose, considerados os maiores consumidores de lenha (EMBRAPA, 2019). Esse material ainda é vastamente utilizado e se constitui em uma alternativa que inclui a aptidão natural do Brasil, empregado em processos de energia térmica, mecânica e elétrica (SOARES et al., 2006).

No Brasil, a principal fonte de lenha (obtido em reflorestamento) é o eucalipto. Apesar de não ser nativo, o eucalipto com mais de 600 espécies encontrou

(21)

condições favoráveis para seu desenvolvimento em solo brasileiro, contribuindo para produção de energia primária no país. A espécie eucalipto é a principal espécie para reflorestamento e produção de lenha, todavia o Brasil tem a melhor tecnologia do mundo para implantação, manejo, e exploração de florestas plantadas com outras espécies (EMBRAPA, 2019).

Entre as diversas fontes de energia renováveis existentes no Brasil, a biomassa se destaca. O seu uso está sendo largamente estimulado, através de diversas medidas, como o projeto de lei 3529/12 (BRASIL, 2016), que pretende instituir uma política nacional de geração de energia a partir de biomassa. A política permite que as unidades responsáveis por gerar energia através de biomassa fiquem isentas do pagamento de tarifas referentes ao uso de sistema de transmissão durante 15 anos. Os estudos a respeito do potencial de geração de energia a partir de biomassa florestal têm sido realizados em todo o mundo, enaltecendo o potencial da biomassa, para geração de “energia limpa”. Quando se fala em energia limpa, está se falando em um tipo de energia que causa pouco impacto ambiental, não intensifica o efeito estufa e não agrava o problema do aquecimento global.

A biomassa apresenta-se como boa fonte energética, pois o resultado do processo de conversão pode gerar três tipos de combustíveis diferentes, solido, liquido e gasoso, o que o caracteriza como um privilégio em comparação as demais fontes energéticas. A biomassa solida é obtida através de produtos e resíduos de agricultura, os resíduos da floresta, e a fração considerada biodegradável dos resíduos industriais e urbanos, a biomassa liquida é aquela usada através de biocombustíveis líquidos todo com origem na chamada “culturas energéticas limpas”, podemos utilizar como exemplo mais famoso deles: o biodiesel. Também podemos citar o etanol, produzido através da fermentação de hidratos de carbono (açúcar, amido e celulose) e o metanol, gerado pela síntese de gás natural, a biomassa gasosa pode ser encontrada nos gases gerados nas diferentes atividades humanas e que são descartados na natureza. Uma das principais fontes são os aterros de RSU (Resíduos Sólidos Urbanos), que se transformam pela degradação biológica anaeróbicos que resultaram numa mistura de metano e gás carbônico (MÜLLER, 2005).

(22)

Embora boa parte do mundo esteja desprovida de florestas, a quantidade de biomassa existente na terra é na ordem de dois trilhões de toneladas, o que significa cerca de 400 toneladas per capita. Em termos energéticos, isso corresponde a aproximadamente a 3000 EJ por ano, ou seja, oito vezes o consumo mundial primário (da ordem de 400 EJ por ano) (ANEEL, 2012).

Apesar de grande parte de biomassa ser de difícil contabilização, devido ao uso não comercial, estima-se que, na atualidade ela possa representar até cerca de 14% de todo consumo mundial de energia primária. Em países em desenvolvimento essa parcela pode subir para 34%, chagando a 60% na África (ANEEL, 2012).

No Brasil, devido a imensa dimensão territorial e sua localização em região tropical e chuvosa, o ambiente tem condições propicias para produção e uso energético da biomassa em larga escala. Em 2007, a biomassa, com participação em 31,1% na matriz energética, foi a segunda principal fonte de energia, superado apenas por petróleo e seus derivados. Ela ocupa a mesma posição entre as fontes de energia elétrica de origem interna, ao responder por 37% da oferta, só foi superado pela hidroeletricidade, que foi responsável pela produção de 77,4% da oferta total segundo dados do Balanço Energético Nacional (BEM) de 2008 (ANEEL, 2012).

A geração e produção de biomassa deverá ser uma das principais alternativas para substituição do petróleo e seus derivados, com ênfase para a biomassa florestal destinada ao atendimento da demanda residenciais urbanas, rurais, do setor industrial, em especial, a siderurgia ressaltando a dependência da população de baixa renda do país por essa fonte energética (GRAUER e KAWAND 2001).

A utilização da biomassa florestal, tradicionalmente é associada ao desmatamento, no Nordeste a principal fonte de lenha é a vegetação nativa da Caatinga, através da exploração ilegal (cerca de 80% da lenha consumida). No entanto, plantios florestais com fins energéticos podem ser cultivados exclusivamente com a finalidade de produzir lenha, carvão vegetal, briquetes e licor negro para uso industrial. Assim, no manejo adequado da plantação, se utilizam de técnicas que permitam a produção de madeira em quantidade e, principalmente em qualidade adequada para o desenvolvimento do setor (ELOY, 2013).

(23)

3.3. Adubações

A agricultura e as culturas florestais são atividades essenciais para a produção mundial de alimentos. Como crescimento populacional era maior que o aumento da produção agrícola/florestal ao longo do tempo, era previsto a escassez de alimentos. Embora isso não tenha ocorrido devido à expansão das áreas e ao incremento da produção agrícola, a população mundial continua crescendo e os agricultores precisam produzir mais e em menor área. Dentre os fatores que fizeram com que aumentasse esta produção, destacam-se os fertilizantes, que oferecem resposta rápida no aumento de produtividade, contribuindo para reduzir o desmatamento, a erosão, a poluição da água, emissão de gases do efeito estufa, o que afetaria a humanidade e o meio ambiente (CAMARGO, 2012).

Os fertilizantes são fontes de nutrientes, os quais são elementos sem os quais as plantas não completam seu ciclo e morrem. Os nutrientes são divididos em nutrientes orgânicos (carbono, hidrogênio e oxigênio), que são provenientes do ar e da água, e nutrientes minerais (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, manganês, cobre, zinco, molibdênio, boro, molibdênio), os quais devem ser fornecidos por meio da adubação quando os teores não estão suficientes no solo para o crescimento e desenvolvimento das plantas (CAMARGO, 2012).

Os fertilizantes podem ser minerais, orgânicos ou organominerais, sendo os últimos uma mistura entre os anteriores. Os fertilizantes minerais são constituídos de compostos inorgânicos, sendo os mais usados na agricultura devido ao alto conteúdo de nutrientes, menor custo por unidade do elemento, menor umidade e efeito mais rápido. Possuem como vantagem a rápida absorção pelo solo e os nutrientes são disponibilizados quase que instantaneamente para os cultivos, no entanto, exigem um cuidado muito maior na aplicação para evitar a superdosagem e não prejudicar a saúde do solo e do plantio. Os fertilizantes orgânicos, por sua vez, são compostos de materiais orgânicos oriundos de matérias-primas industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal (CAMARGO, 2012).

(24)

De acordo com Costa Filho (1992), a adubação mineral tem sido sistematicamente utilizada no Brasil com bons resultados, para espécies dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Contudo, sua utilização para essências florestais nativas tem sido menos frequente.

Estudos realizados em espécies florestais, mostram os efeitos da adubação mineral, Vieira (2015), mostra o impacto da adubação com NPK na produção de mudas e no crescimento inicial em campo das espécies Tectona grandis e

Schizolobium amazonicum, onde mostra que a adubação com NPK influenciou no

crescimento em viveiro, em campo e, nos teores de cinzas e de carbono de T.

grandis e S. amazonicum.

Os adubos orgânicos, além do fornecimento de nutrientes, destacam-se por um papel fundamental e mais importante, fornecimento de matéria orgânica para melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Nesse caso, o efeito é o condicionador de solo, considerando a matéria orgânica como um produto químico que melhora as propriedades físicas do solo (SOUZA et al., 2006).

Segundo Malavolta et al. (2004), alguns adubos orgânicos são empregados em doses elevadas, toneladas por hectares, e são pobres nos elementos nutritivos como nitrogênio, fósforo e potássio. Valem especialmente pela matéria orgânica que, incorporada ao solo, se decompõe e forma húmus. Outros, mais concentrados, comportam-se de modo mais semelhante ao dos adubos minerais, funcionando como fonte de nitrogênio, fósforo, potássio e outros elementos.

Souza et al. (2006), realizou estudo que avaliou em condições de campo, o comportamento de quatro espécies florestais, aroeira, cedro rosa, acácia e eucalipto, submetidas a diferentes adubações orgânicas e minerais, e encontrou na adubação orgânica os melhores resultados em todas as espécies, com exceção do eucalipto, que se desenvolveu melhor quando submetido a adubação mineral.

Outra forma de melhorar as condições do solo, é pela adubação com biochar, que é qualquer material rico em carbono obtido de biomassa carbonizada sob baixa atmosfera de oxigênio, para uso como condicionador de solos. Praticamente qualquer fonte de biomassa pode ser carbonizada. A produção de biochar está estreitamente associada à cadeia de bioenergia, como a do carvão e a dos

(25)

processos de pirólise para a produção de bioóleo, entre outras. Os finos de carvão das carvoarias, por exemplo, até recentemente considerados resíduos do processo, hoje são de grande valor para uso agrícola. Entre as vantagens do uso do biochar em solos estão o aumento dos estoques de carbono a longo prazo, tendo em vista sua estabilidade, o aumento de produtividade e da capacidade de retenção hídrica (MAIA, 2010).

A ideia do biochar surgiu de estudos da matéria orgânica das Terras Pretas de Índios (TPI), solos amazônicos antropogênicos com excelentes características agronômicas e ambientais, alta fertilidade e alto conteúdo de carbono estável (de origem pirogênica) em sua fração orgânica, o que forneceu um modelo de solo adequado ao sequestro de carbono (MAIA, 2010).

O biochar é bastante estável no solo e tem potencial de aumentar diretamente a capacidade de retenção de água no longo prazo, por meio de sua natureza frequentemente porosa, reflexo das estruturas celulares da matéria-prima. Também possui cinzas que são fontes de P, K e outros elementos que podem estar em formas mais solúveis e acessíveis do que na matéria-prima não pirolisada. O efeito do biochar na disponibilidade destes elementos pode explicar alguns impactos na produção de algumas culturas a curto prazo, especialmente pelo fato de que alguns elementos não podem ser disponibilizados simplesmente pelo aumento da quantidade de matéria orgânica no solo (TRAZZI et al., 2018).

A utilização de biochar para o crescimento de espécies florestais tem sido testada. Em um experimento em casa de vegetação, avaliando o crescimento de mudas de quatro espécies florestais produzidas em solos adubados com nove tipos de biochar provenientes de coníferas e folhosas, notaram que, em geral, a adição de biochar apresentou efeito positivo ou neutro no crescimento das mudas (TRAZZI et al., 2018).

O uso de biochar de resíduos agrícolas no substrato proporcionou melhoria na emergência das sementes de sete espécies arbóreas avaliadas na Zâmbia. Ainda foi notado que o crescimento das mudas de seis, das sete espécies avaliadas, foi maior quando o biochar foi utilizado como componente de substrato. Apenas para uma das sete espécies avaliadas, a utilização do tratamento-controle, apenas solo

(26)

como substrato para o crescimento das mudas, o biochar proporcionou médias inferiores no crescimento (TRAZZI et al., 2018).

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Área de estudo

O estudo foi realizado na Área de Experimentação Florestal da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizada na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), no município de Macaíba, RN.

O clima local é uma transição entre os tipos As e BSw da classificação de Köppen, com temperaturas elevadas ao longo de todo o ano. A temperatura média anual é cerca de 27ºC, com máxima de 32°C e mínima de 21°C. As precipitações são concentradas entre os meses de março e julho, com índice pluviométrico médio de 1070,7 mm por ano (IDEMA, 2013). Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), a precipitação acumulada nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019, foram respectivamente, 903,8 mm, 901,3 mm, 1183,1 mm e 1201,8 mm, de agosto a fevereiro as precipitações médias mensais são inferiores a 100 mm, delimitando uma estação seca com duração de seis a sete meses (EMPARN, 2019).

A área possui solo do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo, com textura arenosa, e topografia plana. Resultados da análise do solo na área de plantio são apresentados na Tabela 1. Anteriormente ao plantio de moringa, a área era destinada à cajucultura. Posteriormente, os cajueiros foram retirados e a área passou a possuir uma vegetação herbácea com raros indivíduos de porte arbustivo.

Na implantação do experimento foi realizado preparo de solo para plantio, composto por gradagem pesada, seguida por gradagem simples e sulcamento na linha de plantio com profundidade de 50 cm.

(27)

Tabela 1 – Resultados da análise do solo na Área de Experimentação Florestal da UFRN, em Macaíba - RN. Características Profundidade (cm) 0-20 20-40 40-60 Areia (g.kg-1) 909 866 791 Argila (g.kg-1) 33 70 113 Silte (g.kg-1) 58 64 96 pH (1:2,5) 5,32 5,17 5,06 P (mg.dm-3) 2 2 1 K+ (mg.dm-3) 97 90 88 Na+ (mg.dm-3) 15 19 20 Ca++ (cmolc.dm-3) 0,84 0,59 0,77 Mg++ (cmolc.dm-3) 0,36 0,26 0,32 Al3+ (cmolc.dm-3) 0,00 0,04 0,07 H+ + Al3+ (cmolc.dm-3) 0,35 0,46 0,59 SB (cmolc.dm-3) 1,49 1,13 1,37 t (cmolc.dm-3) 1,49 1,17 1,44 T(cmolc.dm-3) 1,84 1,59 1,96 m (%) 0 3,42 4,87 V (%) 80,94 71,05 69,84

SB = Soma de Bases; t = Capacidade de troca Cátions efetiva; T = Capacidade de Troca Cátions a pH 7,0; m = Saturação por alumínio; V = Saturação por bases.

O plantio de moringa foi realizado em 2016, composto por 16 talhões, de 24 m x 24 m, com 64 indivíduos cada talhão (totalizando 1.024 mudas). Os talhões, com as diferentes adubações, foram distribuídos aleatoriamente na área (Figura 1). O espaçamento de plantio foi de 3 m x 3 m. As mudas de moringa foram plantadas com 45 dias de idade e possuíam altura média de 40 cm.

(28)

Figura 1 – Croqui do plantio de Moringa oleifera em Macaíba - RN.

Na adubação de base, realizada no sulco de plantio, foram realizados os seguintes tratamentos: (1) Adubação Mineral (131 kg/ha de Superfosfato Triplo), (2) Composto Orgânico + Adubação Mineral (7 t/ha de composto orgânico + 131 kg/ha de Superfosfato Triplo) e (3) BioChar + Adubação Mineral (3 t/ha + 131 kg/ha de Superfosfato Triplo). Biochar é qualquer material rico em carbono obtido de biomassa carbonizada sob baixa atmosfera de oxigênio, para uso como condicionador de solos. Cada um dos tratamentos adubados foi aplicado em quatro talhões, compreendendo 256 indivíduos por tratamento e totalizando 12 talhões adubados. Além dos talhões adubados, também foram plantados quatro talhões testemunhas (sem adubação).

Após 45 dias de plantio, houve uma adubação de cobertura, 111 kg/ha Sulfato de Amônio, aplicado a lanço na projeção de copa em todos os talhões, exceto nos talhões testemunhas (sem adubação).

4.2. Coleta e análise de dados

A coleta de dados foi realizada três anos após o plantio e compreendeu a mensuração das circunferências e da altura de todos os indivíduos. As circunferências foram medidas com fita métrica na base e na altura do peito (1,30 m do solo) (Figura 2). Posteriormente as circunferências foram convertidas em diâmetros (DB e DAP). A altura total foi medida com régua. Foram estimados os volumes cilíndricos por unidade de área, em razão da carência de fatores de forma e

(29)

equações volumétricas para o plantio da espécie. Além disso, foi avaliada a sobrevivência da espécie, em percentual.

Os dados foram tabulados no software Microsoft Excel e a análise estatística foi realizada no software Biostat 5.3. Inicialmente foi realizado o teste de Lilliefors para verificação da normalidade dos dados, pressuposição para a aplicação de testes estatísticos paramétricos. Posteriormente, foi realizada a análise estatística não paramétrica da variância pelo teste de Kruskal-Wallis, com comparação de médias pelo teste de Dunn.

Figura 2 – Mensuração da circunferência na altura do peito (CAP) da Moringa oleifera com 3 anos de idade, em Macaíba - RN.

(30)

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Tabela 2 apresenta a taxa média de sobrevivência dos talhões de moringa submetidos a diferentes tratamentos aos três anos de idade. Observa-se que a testemunha (sem adubação) apresentou menor sobrevivência em relação aos tratamentos adubados, que apresentaram taxas elevadas, o que evidencia boa adaptação edafoclimática da espécie sob adubação.

Tabela 2 – Taxa média de sobrevivência dos talhões de Moringa oleifera com 3 anos de idade implantados em Macaíba - RN.

Tratamentos Sobrevivência (%)

Testemunha 89,8 b

AM 99,6 a

CO 98,8 a

B 98,8 a

AM = adubação mineral; CO= composto orgânico + adubação mineral; B= biochar + adubação mineral.

Médias seguidas por letras distintas diferem estatisticamente pelo teste de Dunn (α = 0,05).

As taxas de sobrevivência dos talhões de moringa submetidos à adubação foram semelhantes às encontradas por Oliveira (2013) em plantios experimentais de

Mimosa tenuiflora (jurema preta) realizados no mesmo local. Foram encontrados

valores de sobrevivência de 98,5% para as plantas em espaçamento de 2 m x 2 m e 97,9% para as plantas em espaçamento de 3 m x 3 m.

Os valores de sobrevivência da moringa sob adubação encontrados neste trabalho também foram superiores aos encontrados por Barros et al. (2010), na região do Araripe, Pernambuco, em plantios homogêneos de diversas espécies implantados em espaçamento 3 m x 2 m. O referido autor encontrou, aos 6,5 anos de idade, taxas de sobrevivência de 94% para a Mimosa tenuiflora (jurema preta), 89% para o Anadenanthera macrocarpa (angico) e 89% para a Mimosa caesalpiniaefolia (sabiá).

(31)

A sobrevivência da moringa sob adubação também foi superior à média de 95% de sobrevivência de clones híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus

grandis, implantados em Macaíba/RN e avaliados aos 12 meses de idade (DANTAS,

2014).

A Tabela 3 apresenta a estatística descritiva das variáveis dendrométricas da moringa submetida aos diferentes tratamentos. Observa-se que a testemunha (sem adubação) apresentou médias inferiores em relação aos tratamentos adubados. Os indivíduos submetidos à adubação com composto orgânico + adubação mineral (CO) apresentaram maior crescimento em diâmetro e altura, diferindo estatisticamente dos tratamentos com adubação mineral (AM) e biochar + adubação mineral (B).

Tabela 3 – Estatística descritiva das variáveis dendrométricas dos talhões de

Moringa oleifera com 3 anos de idade implantados em Macaíba - RN.

Variáveis Tratamentos Média Máxima Mínima DP

DAP (cm) Testemunha 4,6 c 15,0 1,3 2,66 AM 6,1 b 13,1 2,5 2,08 CO 7,9 a 15,9 2,5 2,05 B 6,7 b 17,5 1,6 2,73 DB (cm) Testemunha 9,7 d 22,9 3,8 4,50 AM 13,0 c 26,4 5,4 3,47 CO 16,2 a 23,2 6,7 3,09 B 14,9 b 31,2 6,0 4,15 Altura (m) Testemunha 3,43 c 9,00 1,50 1,88 AM 4,79 b 9,20 2,05 1,46 CO 5,87 a 9,70 2,70 1,46 B 5,26 b 12,00 2,15 2,03

DP = desvio padrão; DAP = diâmetro à altura do peito; DB = diâmetro na base.

AM = adubação mineral; CO= composto orgânico + adubação mineral; B= biochar + adubação mineral.

Médias das variáveis seguidas por letras distintas diferem pelo teste de Dunn (α = 0,05).

Os tratamentos com adubação mineral (AM) e biochar + adubação mineral (B), diferiram estatisticamente apenas na média do diâmetro na base (DB), apresentando crescimento semelhante em diâmetro à altura do peito (DAP) e em altura.

(32)

No estudo realizado por Rodrigues et al. (2017), nesse mesmo plantio de moringa, aos 90 dias de idade, os autores encontraram maiores resultados de crescimento em altura nos talhões submetidos à adubação com composto orgânico + adubação mineral (CO), corroborando com os resultados encontrados neste trabalho. Segundo os mesmos autores, o composto orgânico melhora as condições do solo, aumentando a capacidade de troca catiônica e a retenção de água no solo.

No que diz respeito à altura, Rangel (1999), afirma que a altura da moringa na fase adulta varia de 5 a 12 metros, enquanto Cysne (2006) fala que a altura varia de 10 a 12 metros. Diante disso, consideram-se satisfatórios os resultados de crescimento em altura encontrados neste trabalho, principalmente comparando-se as médias dos talhões adubados com os resultados encontrados por Nhamirre (2006), em Moçambique, onde um plantio de Moringa oleifera com 4 anos de idade apresentou altura média de 4,07 m e DAP médio de 5,88 cm.

Barros et al. (2010), avaliaram plantios homogêneos de diversas espécies, com 6,5 anos de idade, implantados em espaçamento 3 m x 2 m, na região do Araripe, Pernambuco, valores médios de DAP de 3,2 cm para a Leucaena

leucocephala (leucina); 3,9 cm para a jurema preta Mimosa tenuiflora (jurema preta);

4,1 cm para a Mimosa caesalpiniaefolia (sabiá); 4,3 cm para a Acacia mangium (acácia); e 6,2 cm para a Anadenanthera macrocarpa (angico). Diante dos resultados encontrados pelos autores, considera-se que a moringa adubada apresentou bom crescimento em DAP aos três anos de idade.

A Tabela 4 apresenta os volumes cilíndricos (ABPH) médios e o incremente médio anual (IMA) dos talhões de moringa submetidos aos diferentes tratamentos. Observa-se que os tratamentos adubados apresentaram volumes cilíndricos médios e IMA superiores à testemunha (sem adubação), com destaque para as médias do composto orgânico + adubação mineral (CO), superiores aos demais tratamentos adubados.

(33)

Tabela 4 – Volume cilíndrico médio (m³/ha) e IMA (m³/ha.ano) dos talhões de

Moringa oleifera com 3 anos de idade implantados em Macaíba - RN.

Tratamentos Volume (m³/ha) IMA (m³/ha.ano)

Testemunha 21,5482 7,18

AM 37,2596 12,41

CO 72,5069 24,16

B 58,5743 19,52

AM = adubação mineral; CO= composto orgânico + adubação mineral; B= biochar + adubação mineral; IMA = incremento médio anual.

Dantas (2014), avaliou o crescimento de clones híbridos de Eucalyptus

urophylla x Eucalyptus grandis em Macaíba/RN e a produtividade dos clones aos

três anos de idade variou de 53,02 a 121,37 m³/ha. Entretanto, deve-se considerar que o volume estimado pelo autor foi o volume real, calculado a partir da multiplicação do volume cilíndrico pelo fator de forma da espécie.

Barros et al. (2010) também estimaram o volume real a partir da cubagem de árvores em plantios homogêneos com 6,5 anos realizados na região do Araripe, em Pernambuco, onde o angico apresentou volume de 36 m³/ha (IMA de 5,64 m³/ha.ano), a jurema preta apresentou volume de 42,76 m³/ha (IMA de 6,58 m³/ha.ano) e o sabiá apresentou volume de 52,28 m³/ha (IMA de 8,04 m³/ha.ano).

Por outro lado, pode-se fazer uma comparação mais objetiva com os volumes estimados por Câmara (2017) em plantios homogêneos de Mimosa tenuiflora (jurema preta) com cinco anos de idade implantados na mesma área de experimental, em Macaíba/RN. Diante de um fator de forma de 0,985 para a jurema preta, a referida autora apresentou volumes cilíndricos em seu estudo, onde encontrou 41,27 m³/ha (IMA de 8,25 m³/ha.ano), no plantio em espaçamento de 3 m x 3 m, e 64,31 m³/ha (IMA de 12,86 m³/ha.ano), no plantio em espaçamento de 2 m x 2 m. Assim, os resultados de IMA da moringa adubada com composto orgânico + adubação mineral (CO) e biochar + adubação mineral (B) mostram-se superiores aos resultados encontrados por Câmara (2017). Os tratamentos com composto orgânico + adubação mineral (CO) e o bichar + adubação mineral (B) apresentaram melhores resultados possivelmente devido à maior capacidade de retenção de água destes compostos.

Estudo realizado no sertão Norte Riograndense mostra que o volume estimado de produção madeireira para uma área de Caatinga com tipologia

(34)

arbustivo-arbórea fechada é de aproximadamente de 52,60 m³/ha (FRANCELINO et al., 2003). Portanto, investimentos em silvicultura apresentam vantagens em relação ao manejo da vegetação nativa, pois a estimativa de recuperação do estoque madeireiro da Caatinga é de, no mínimo, 15 anos.

6. CONCLUSÕES

A Moringa oleifera respondeu bem à adubação, apresentando melhores resultados de sobrevivência, crescimento e produtividade em relação à testemunha (sem adubação).

O tratamento adubado com composto orgânico + adubação mineral apresentou os melhores resultados de crescimento e produtividade.

7. REFERÊNCIAS

ABALIWANO, J. K.; GHEBREMICHAEL, K. A.; AMY, G. L. Application of the purified Moringa oleifera coagulant for surface water treatment, water mill working paper series. UNESCO-IHE, Delft, n. 5, 2008.

ALEGBELEYE, O. O. How functional is Moringa oleifera: a review of its nutritive, medicinal, and socioeconomic potential. Food and nutrition bulletin, v. 39, n. 1, p. 149-170, 2018.

ALMEIDA, M. S. M. Moringa oleífera Lam., seus benefícios medicinais, nutricionais e avaliação de toxidade. 2018. 50 p. Dissertação de mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2018.

(35)

ALVES, V. N. Desenvolvimento de uma metodologia de pré-concentração em fluxo utilizando cascas tratadas de Moringa oleifera como biadsorvente para determinação de Zn (II) em matrizes alcoólicas. 2010. 113f. Dissertação

(Mestrado em Química Analítica), Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. 2010.

AMAYA, D.R.; KERR, W.E.; GOWI. H.T.; OUVEIRA, A.L; SILVA, F.R. Moringa: Hortaliça arbórea em beta-caroteno. Horticultura Brasileira, v. 10, n.2, p. 126, 1992.

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Energias Renováveis do Brasil – Energia da biomassa. 2012. Disponível

em:http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/05-Biomassa%282%29.pdf. Acesso em: 25 out. 2019.

ANWAR, F.; BHANGER, M. I., Analytical Characterization of Moringa oleifera Seed Oil Grown in Temperate Regions of Pakistan, J. Agric. Food Chem., n. 51, 2003.

ANWAR, F.; LATIF, S.; ASHRAF, M.; GILANI, A. H. Moringa oleifera: a food plant with multiple medicinal uses. Phytotherapy research, v. 21, n. 1, p. 17-25, 2007.

APRELINI LO. Caracterização térmica, mecânica e morfológica de compósitos de polietileno de alta densidade com fibras da casca da semente da Moringa oleífera. Dissertação de Mestrado. 2016. 83 p. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Ouro Preto, 2016.

BABU, R. e CHAUDHURI, M., Home water treatment by direct filtration with natural coagulant. Journal of Water and Health, 3, n. 1, 2005.

BAKKE, I.A.; Souto, J.S.; SOUTO, P.C.; BAKKE, O.A. Características de crescimento e valor forrageiro da moringa (Moringa oleifera Lam) submetida a diferentes adubos orgânicos e intervalos de corte. Engenharia Ambiental, Espírito Santo do Pinhal, v. 7, p. 113-114, 2010.

BARRETO, M. B.; BEZERRA, A. M. E.; FREITAS, J. V. B.; GRAMOSA, M. V.; NUNES, E. P.; SILVEIRA, E. R. “Constituintes químicos voláteis e não-voláteis de Moringa oleifera Lam., Moringaceae.” Revista Brasileira de Farmacognosia. João Pessoa, v. 19, n. 4, p. 893-897, 2009.

(36)

BARROS, B.C; SILVA, J. A. A.; FERREIRA, R. L. C.; REBOUÇAS, A. C. M. N. Volumetria e Sobrevivência de Espécies Nativas e Exóticas no Polo Gesseiro do Araripe, PE. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 4, p. 641-647, 2010.

BEZERRA, A.M.E.; MOMENTE, V.G.; MEDEIROS FILHO S. Germinação de sementes e desenvolvimento de plântulas de moringa (Moringa oleifera lam.) em função do peso da semente e do tipo de substrato. Horticultura Brasileira, Brasília, v.22, n.2, p.295-299, 2004.

BONGIOVANI, M.C., VALVERDE, K.C., BERGAMASCO, R. Utilização do processo combinado coagulação/floculação/uf como processo alternativo ao tratamento convencional utilizando como coagulante a Moringa oleifera lam. Anais. IX Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 9, n. 11, p. 65-76, 2013.

BORGO, C; DELLACQUA, G. S.; DIAZ, H. S. L.; CARDOSO, H. F. G.; MOTTA, L. T. A.; BISPO, Y. M. Tratamento De Água Com Semente De Moringa Oleífera. V Semana De Engenharia QUÍMICA UFES. Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, Brasil. 2016.

BRASIL, República Federativa. Diário da câmara dos Deputados. Ano LXXI-nº005, 03/12/2006 vol I/III. Disponível em:http://imagem.conama.gov.br. Acesso em: 22 out. 2019.

BRUNELLI, R. Moringa é alternativa de alimentação para o gado na seca. Corumbá, MS, EMBRAPA Pantanal, 2010.

BUKAR, A.; UBA, A.; OYEYI, T. Antimicrobial profile of Moringa oleifera Lam. extracts against some food–borne microorganisms. Bayero Journal of Pure and Applied Sciences, v. 3, n. 1, p. 43-48, 2010.

CÂMARA, Y.B. Crescimento de Mimosa tenuiflora (willd.) Poir. (Jurema Preta) em plantios homogêneos com cinco anos de idade. 49 f. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Macaíba, RN, 2017.

CAMARGO, M.S. A importância do uso de fertilizantes para o meio ambiente. Pesquisa & Tecnologia, vol. 9, n. 2, 2012.

(37)

CANTO, J.L. Colheita mecanizada de biomassa florestal para energia. 2009. 139 P. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.

CASTRO, R.P. DESENVOLVIMENTO DE BIOPRODUTOS INOVADORES

DERIVADOS DA MORINGA (Moringa oleifera Lamarck). 2017. 53 p. Dissertação (Mestrado profissional em ciência, tecnologia e inovação)- Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.

COSTA FILHO, R.T. Crescimento de mudas de aroeira (Astronium urundeuva Fr. All. Engl.) em resposta à calagem, fósforo e potássio. Congresso Nacional Sobre

Essências Nativas. Anais. São Paulo. v. 4, p. 537-543, 1992.

CYSNE, J. R. B. Propagação in vitro de Moringa oleifera L. 2006. 81 f.

Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006.

DALLA ROSA, K. R. Moringa oleifera Lam.: a perfect tree for home gardens. Agroforestry Species Highlights, Hawaii, v.1. p.2, 1993.

DANTAS, P.R.L. Crescimento de clones de híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em Macaíba, RN. 42 f. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Macaíba, RN, 2014. DIÈYE, A. M.; SARR, A.; DIOP, S. N. Medicinal plants and the treatment of diabetes in Senegal: survey with patients. Fundamental & clinical pharmacology, v. 22, n. 2, p. 211-216, 2008.

DUKE, J. A., YOUNG, G. The quest of tolerant germplasm Crop tolerance to

subtropical land conditions. American Society Agronomial Special Symposium, v. 32. p. 1-16, 1978.

ELOY, E. Quantificação e Caracterização da Biomassa Florestal em Plantios de Curta Rotação. 2013. 78 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia)- Universidade Federal de Santa Maria, Frederico Westphalen, 2013.

(38)

EMBRAPA. Agencia Embrapa de informação tecnológica. Disponível

em:http://https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT00 0fbl23vn002wx5eo0sawqe3md3rkrs.html. Acesso em: 25 out. 2019.

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE (EMPARN). Meteorologia. Disponível em:

http://meteorologia.emparn.rn.gov.br:8181/monitoramento/monitoramento.php. Acesso em: 15 Nov. 2019.

FAHEY, J. W. Moringa oleifera: A review of the medical evidence for its nutritional, therapeutic and prophylactic properties. Trees for Life Journal, v.1, p.5, 2005.

FERREIRA, P.M.P.; FARIAS, D.F.; OLIVEIRA, J.T.A.; CARVALHO, A.F.U. Moringa oleifera: bioactive compounds and nutritional potential. Revista Nutrição, Campinas, n. 21, v. 4, p. 431-437, 2008.

FOIDL N.; MAKKAR H. P. S.; BECKER, K. The potential of Moringa oleifera for agricultural and industrial uses. The Miracle Tree: The Multiple Attributes of Moringa. Dakar, Se, 2001.

FRANCELINO, M. R. et al. Contribuição da Caatinga na sustentabilidade de projetos de assentamentos no sertão Norteriograndense. Revista Árvore, v. 27, n. 1, p.79-86, 2003.

FRIGHETTO, R. T. S.; FRIGUETTO, N.; SCHNEIDER, R. P.; LIMA, F. P. C. O Potencial da Espécie Moringa oleífera (Moringaceae). I. A Planta como Fonte de Coagulante Natural no Saneamento de Águas e como Suplemento Alimentar. Revista fitos, n. 02, p. 78- 88, 2007.

FUGLIE, L.J. The Miracle Tree: Moringa oleifera: Natural Nutrition for the Tropics. Church World, 1999.

FUNDAÇÃO DEUS MAR QUEIRÓS. “Moringa a Semente da Vida.” Disponível em:http://www.moringa.org . Acesso 23 out. 2019.

GALLÃO, M. I.; DAMASCENO, L. F.; BRITO, E. S. Avaliação química e estrutural da semente de moringa. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 37, n. 1, p. 106-109, 2006.

(39)

GERDES, G. Como limpar e tratar água suja com sementes da moringa. ESPLAR - Centro de Pesquisa e Assessoria, Fortaleza, 18 p., 1997

GERPEN, J. V. Conceitos básicos sobre motores diesel e seus combustíveis. In: KNOTHE, G.; GERPEN, J. V.; KRAHL, J.;RAMOS, L. P. (Ed.). Manual de Biodiesel. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2006.

.GHEBREMICHAEL, K. A.; GUNARATNA, K. R.; HENRIKSSON, H.; BRUMER, H.; DALHAMMAR, G. A simple purification and activity assay of the coagulant protein from Moringa oleifera seed, Water Research, n. 39, 2005.

GHEBREMICHAEL, K. A., Natural Resources for Appropriate Water Treatment. 32º WEDC International Conference, Colombo, Sri Lanka, 2006.

GRAUER, A.; KAWAND, M. Uso de biomassa para produção energia. Disponível em: http://www.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 25 out. 2019.

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Revista de divulgação cientifica do INPA. Ciência para todos, ano. 3, n. 7. Junho. 2011.

Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA). Perfil do Município: Macaíba. Macaíba: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. 23 p, 2013.

JAIN, P. G.; PATIL, S. D.; HASWANI, N. G.; GIRASE, M. V. e SURANA, S. J., Hypolipidemic activity of Moringa oleifera Lam., Moringaceae, on high fat diet induced hyperlipidemia in albino rats. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.20, n. 6, 2010.

JESUS, A. R.; MARQUES, N. S.; SALVI, E. J. N. R.; TUYUTY, P. L. M.; PEREIRA, S. A. Cultivo da Moringa Oleífera. Instituto Euvaldo Lodi – IEAL/BA, Dossiê

Técnico, julho, 2013.

KAFUKU, G.; MBARAWA, M. Alkaline catalyzed biodiesel production from Moringa oleifera oil with optimized production parameters. Applied Energy, Amsterdam, v. 87, n. 8, p. 2561-2565, 2010.

(40)

KASOLO, J. N.; BIMENYA, G. S.; OJOK, L.; OCHIENG, J.; OGWAL-OKENG, J. W. Phytochemicals and uses of Moringa oleifera leaves in Ugandan rural communities. Journal of Medicinal Plants Research, v. 4, n. 9, p. 753-757, 2010.

KERR, W. E.; SILVA, F. R.; RESENDE, A.; GODOI, H. T.; KERR, L. S. Moringa oleifera: distribuição de sementes dessa hortaliça arbórea. Horticultura Brasileira, Brasília, v.16, n. 1, 1998.

KNOTHE, G.; GERPEN, J. V.; KRAHL, J.; RAMOS, L. P. (Ed.). Manual de Biodiesel. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2006.

LAHJIE, A.M.; SIEBERT, B. Kelor or horse radish tree (Moringa oleifera Lam.). A report from East Kalimantan. German Forestry Group, v. 6, p.41–43. 1987. LIN, X.; RACETTE, S. B.; LEFEVRE, M.; SPEARIE, C. A.; MOST, M.; MA, L.,

OSTLUND, J. R. R. E. The effects of phytosterols present in natural food matrices on cholesterol metabolism and LDL-cholesterol: a controlled feeding trial. European journal of clinical nutrition, v. 64, n. 12, p. 1481, 2010.

LO MONACO, P. A. V.; MATOS, A. T.; PEREIRA, M. S.; EUSTÁQUIO JÚNIOR, V.; BATISTA, A. P. S.; BAKKER, S. A. A.Efeito da adição de diferentes substâncias químicas no extrato de sementes de moringa utilizado como coagulante no tratamento de esgoto sanitário. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 34, n. 5, p. 1038-1048, 2013.

MACIEL et al. Produção e Caracterização do Bio-óleo da Moringa oleifera LAM. em Reator de Leito Fixo, Universidade Federal de Sergipe, I congresso Nacional de Engenharia de Petróleo, Gás Natural e Bio Combustíveis, 2015.

MAIA, C.M.B.F. Biochar: uma nova ferramenta no manejo de solos. II Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais. Anais. Irati, PR, 2010.

MALAVOLTA, E.; GOMES,P,F.; ALCARDE, J.C. Adubos e adubações. São Paulo. Nobel, 1970p, 2004.

MATOS, F. J. A. Farmácias vivas: sistemas de utilização de plantas medicinais projetadas para pequenas comunidades. 3 ed. 220p. UFCE, Fortaleza, 1998.

(41)

MORETI, L. O. R.; COLDEBELLA, P. F.; SANTOS, T. R.T.; CAMACHO, F. P.; VALVERDE, K. C.; BAZANA, S. L.; ARAKAWA, F. S.; SHIMABUKU, Q. L.; VIEIRA, M. F.; BERGAMASCO, R. Avaliação de um coagulante natural como agente

floculante de Dolichospermum Flos Aquae, Associado À Flotação Por Ar Dissolvido.

Anais. XX Congresso Brasileiro De Engenharia Química – COBEQ. Florianópolis /

SC, 2014.

MÜLLER, M. D. Produção de madeira para geração de energia elétrica numa plantação clonal de eucalipto em Etamarandiba, MG. 2005, 94 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005.

NHAMIRRE, G. J. Selecção de arvores superiores de Moringa oleífera Lam. Em área de proteção de sementes do instituto de produção animal, na Matola. Projecto Final Universidade Eduardo Mondlane, Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Maputo, 2006.

OLIVEIRA, H. M. A.; CANTO, J. L.; SANTANA, J. A. S.; DUTRA, H. F.; HOLANDA, R. F. Sobrevivência e Crescimento Inicial de Jurema-Preta (Mimosa tenuiflora) em Plantios Homogêneos. IV CONEFLOR, Vitória da Conquista-BA, 2013.

OLIVEIRA, J. T. A.; SILVEIRA, S. B.; VASCONCELOS, I. K. M.; CAVADA, B. S.; MOREIRA, R. A. Compositional and nutritional attributes of seeds from the multiple purpose the Moringa oleifera Lamarck. Journal of the science of food and

agriculture, E.U.A, v. 79, p. 815-820, 1999.

PHIRI, C.; MBEWE, D. N. Influence of Moringa oleifera leaf extracts on germination and seedling survival of three common legumes. International Journal of

Agriculture and Biology, v. 12, n. 2, p. 315-317, 2010.

PIO CORRÊA, M. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: MA/IBDF. v.5. p. 233-234, 1984.

PRITCHARD, M.; CRAVEN, T.; MKANDAWIRE, T.; EDMONDSO, A. S. e O’NEILL, J. G., A comparison between Moringa oleifera and chemical coagulants in the purification of drinking water – An alternative sustainable solution for developing countries, Physics and Chemistry of the Earth, n. 35, 2010.

Referências

Documentos relacionados

Possui um sistema de apontamento por raio laser e um menu digital para auxiliar no processo de alinhamento entre o prisma refletor e o detector. Como o Detector Linear trabalha

Membro da Comissão Científica do Colóquio Internacional As Praças nas Cidades de Origem Portuguesa, Universidade Técnica de Lisboa, Novembro 2011.. Membro da Comissão

Atualmente, esses parâmetros físicos são subutilizados, servindo apenas, nas palavras de Silva (1999:41), " para justificar os tetos financeiros solicitados e incluídos, ou

Nesta pesquisa busquei realizar um estudo sobre os processos formativos percorridos por três alunos de acordeom do curso de Graduação em Música – Licenciatura da UERGS, na qual

Os minerais formadores dessas rochas podem ter três diferentes origens, segundo Mitchell (1986): i) desagregação de xenocristais de xenólitos do manto superior; ü)

Desejando antecipar a liquidação da dívida para o momento atual calcule o valor a ser pago considerando a taxa de juros compostos de 1,9% a.m.. Sugestão: Use

Todos os alunos que possuírem frequência superior a 75% e realizarem as avaliações propostas pelos professores receberão certificados de participação no projeto

Neste último grupo estavam reunidos todos os alunos que não eram iniciantes ao instrumento e possuíam interesse em praticar/ensaiar um repertório destinado a apresentações públicas