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Equipamentos viários para transporte coletivo na avenida Maria Lacerda Montenegro, bairro Nova Parnamirim - Parnamirim/RN

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

JOÃO VICTOR DANTAS ARAÚJO BENTO

EQUIPAMENTOS VIÁRIOS PARA O TRANSPORTE COLETIVO NA

AVENIDA MARIA LACERDA MONTENEGRO, BAIRRO NOVA

PARNAMIRIM - PARNAMIRIM/RN

NATAL/RN 2018

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JOÃO VICTOR DANTAS ARAÚJO BENTO

EQUIPAMENTOS VIÁRIOS PARA O TRANSPORTE COLETIVO NA

AVENIDA MARIA LACERDA MONTENEGRO, BAIRRO NOVA

PARNAMIRIM - PARNAMIRIM/RN

Monografia apresentada ao Departamento de Geografia do Centro de Ciência Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para conclusão do referido curso.

Orientador: Prof. Dr. Paulo César de Araújo

NATAL/RN 2018

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA

Bento, João Victor Dantas Araujo.

Equipamentos viários para o transporte coletivo na avenida Maria Lacerda Montenegro, bairro Nova Parnamirim - Parnamirim/RN / João Victor Dantas Araujo Bento. - Natal, 2018.

66f.: il. color.

Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Departamento de Geografia. Natal, RN, 2018.

Orientador: Prof. Dr. Paulo César de Araújo.

1. Equipamentos Viários - Monografia. 2. Mobilidade Urbana - Monografia. 3. Avenida Maria Lacerda Montenegro - Monografia. I. Araújo, Paulo César de. II. Título.

RN/UF/BS-CCHLA CDU 656.121

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EQUIPAMENTOS VIÁRIOS PARA O TRANSPORTE COLETIVO NA AVENIDA MARIA LACERDA MONTENEGRO, BAIRRO NOVA PARNAMIRIM –

PARNAMIRIM/RN

Monografia apresentada ao curso de

Bacharelado em Geografia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Geografia.

Monografia apresentada e aprovada em 14 de dezembro de 2018, pela seguinte Banca Examinadora:

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof. Dr. Paulo César de Araújo – Presidente Universidade federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________

Profa. MSc. Sarah Araujo Costa – Examinadora

Instituto Federal de Educação, Ciencia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

________________________________________

MSc. Welton Paulo do Nascimento – Examinador Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Dedico

Dedico este trabalho, em primeiro lugar a DEUS, que sempre me abençoou e guiou em meus caminhos, a minha família e amigos que estiveram ao meu lado durante esta jornada.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a conclusão deste trabalho a Deus, que sempre esteve presente em minha vida, nos momentos mais tristes e felizes, que me sustentou quando pensei em desistir inúmeras vezes, e se hoje este trabalho está concluído é por ajuda Dele.

Tenho que agradecer principalmente a minha família, em especial a minha mãe, que sempre investiu nos meus estudos e na minha formação como pessoa.

Quero agradecer também aos meus avós, Dona Maria Neuma e Seu Maurílio Araújo, que sempre me incentivaram a estudar e buscar um futuro promissor, e me ajudaram nos momentos mais importantes, contribuindo na minha formação acadêmica.

Agradeço também a minha irmã Iadja Carla, aos meus primos, Daniella Lopes, Daniel Luiz, que sempre estiveram comigo nas horas de alegria e diversão, em especial a Daniel que me ajudou bastante durante o campo da pesquisa.

Venho aqui agradecer ao Prof. Dr. Paulo César de Araújo pela compreensão e pela ajuda na conclusão deste curso, e peço encarecidas desculpas pelos desaparecimento durante esses anos, ao senhor eu lhe dou o meu muito obrigado.

Agradeço também a Profa. MSc. Sarah Araújo Costa que me auxílio e abriu meus olhos para a área da construção civil e aceitou o meu convite para compor a minha banca examinadora, meu muito obrigado.

Ao amigo e hoje componente da minha banca MSc. Welton Paulo do Nascimento pelos momentos vividos durante a graduação, das pesquisas, trabalhos, bate-papos, campos, brigas e muitas alegrias.

Agradeço também as minhas amigas e amigos de curso que sempre estarão no meu coração, pelas alegrias vividas, festas, risadas, saídas, conversas jogadas fora, trabalho e muito amor envolvido. Hoje estamos longe mas saibam que sempre estarei com vocês, Joseane, Daniel Pereira, Marirelly, Lucicleide, Nadeline, Leonardo, Naiara e todos os demais colegas de turma.

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Paula Caroline e Michele, o que seria de mim sem vocês para alegrar o meu viver e abrir meus olhos nas enrascadas, obrigado por sempre estarem comigo e de sempre renovarem a nossa amizade. Obrigado Mix que mesmo ocupada dedicou o seu tempo pra me ajudar, a vocês eu só tenho a agradecer o presente de está em minha vida.

Também venho a agradecer aos maravilhosos amigos do IFRN, que sempre estiveram comigo nesta jornada e que contribuíram com diversão e alegria em nossos momentos juntos, obrigado Marlly, Mylena, Laine e Kaio.

Obrigado também a esses novos amigos que a vida tem me dado, Anderson Victor e Lucas, por me divertirem e me ajudarem neste momento tão importante e me desligarem do stress da escrita.

Agradeço ao Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Norte e ao Curso Subsequente em Estradas pela ajuda e apoio institucional de laboratórios e Bibliotecas.

Agradeço a todos os professores do curso de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela minha formação nesta área tão bonita e plural que é a Geografia.

Por fim, venho a agradecer a Universidade Federal do Rio Grande do Norte pela formação de qualidade que presta aos seus alunos.

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Resumo

Este trabalho apresenta como tema os equipamentos viários para o transporte coletivo, do tipo ônibus, presentes na avenida Maria Lacerda Montenegro, bairro de Nova Parnamirim, situado no município de Parnamirim/RN. Neste sentido, a mobilidade urbana e as noções de trânsito e transporte foram utilizadas para fazer o diagnóstico das infraestruturas e equipamentos para o transporte coletivo de passageiros. Esta monografia apresenta como objetivo analisar os equipamentos viários que compõem o sistema de transporte coletivo da avenida Maria Lacerda Montenegro, com destaque para os pontos de ônibus, vias de acesso e qualidade do serviço. Neste contexto foi estabelecida um contextualização histórica a respeito do bairro de Nova Parnamirim e a análise de dados socioespaciais que justificam a atual configuração espacial do bairro e influencia a dinâmica do transporte. Em seguida é elaborado um diagnóstico dos equipamentos viários, destacando as vias de circulação, calçadas, sinalização viária e transporte coletivo. Por fim, acredita-se que as questões abordadas neste estudo retratam a as atuais configurações adotadas pelos equipamentos viários e de como sua estruturação influencia a dinâmica social das cidades.

Palavras-chave: Equipamentos Viários. Mobilidade Urbana. Avenida Maria Lacerda Montenegro.

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Abstract

This work presents as a theme the road transport equipment for buses, present in Maria Lacerda Montenegro Avenue, Nova Parnamirim neighborhood, located in the municipality of Parnamirim / RN. In this sense, urban mobility and notions of transit and transportation were used to make the diagnosis of infrastructures and equipment for the collective transportation of passengers. This monograph aims to analyze the road equipment that compose the public transportation system of the Maria Lacerda Montenegro avenue, with emphasis on bus stops, access roads and quality of service. In this context, a historical context was established regarding the neighborhood of Nova Parnamirim and the analysis of socio-spatial data that justify the present spatial configuration of the neighborhood and influences the dynamics of transportation. Next, a diagnosis of the road equipment is elaborated, emphasizing the circulation ways, sidewalks, road signs and collective transport. Finally, it is believed that the issues addressed in this study portray the current configurations adopted by road equipment and how their structuring influences the social dynamics of cities.

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ... 14

2. REFERECIAL TEÓRICO ... 17

3. CAPÍTULO I – CONTEXTO HISTÓRICO E DINÂMICA SOCIOESPACIAL. ... 21

3.1. Contexto Histórico. ... 21

3.2. Caracterização socioespacial. ... 24

4. CAPÍTULO II - CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS EQUIPAMENTOS VIÁRIOS NA AVENIDA MARIA LACERDA MONTENEGRO. ... 35

4.1. Identificação da área estudada... 35

4.2. Características das vias ... 38

4.3. Calçadas. ... 42

4.4. Sinalização viária. ... 46

4.5. Transporte Público Coletivo... 51

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ... 64

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Lista de Figuras

Figura 1: Densidade por setores censitários - 2010. ... 29

Figura 2: Renda - 2010. ... 31

Figura 3 Vista da Avenida Maria Lacerda Montenegro. ... 37

Figura 4: Pistas de Rolamento da Av. Maria Lacerda Montenegro. ... 38

Figura 5: Segregadores de Tráfego. ... 39

Figura 6: Falta de acostamento na Av. Maria Lacerda. ... 40

Figura 7: Interseção com Av. Olavo Montenegro. ... 41

Figura 8: Av. Olavo Montenegro, acesso ao bairro Parque das Árvores. ... 41

Figura 9: Rampa de acessibilidade. ... 43

Figura 10: Trecho sem a presença de pavimento. ... 44

Figura 11: Trecho com desnível em degraus. ... 44

Figura 12: Avanços Irregulares sobre o passeio público. ... 45

Figura 13: Obstrução do passeio público. ... 45

Figura 14: Obstrução das calçadas. ... 46

Figura 15: Placa de advertência de Rotatória. ... 48

Figura 16: Semipórtico indicativo. ... 48

Figura 17: Interseção semafórica. ... 49

Figura 18: Faixa de travessia de pedestres... 50

Figura 19: Rotatória no cruzamento da av. Maria Lacerda com a rua Anibal Brandão. ... 50

Figura 20: Operadora do sistema de transporte de passageiros. ... 52

Figura 21: Ponto de ônibus sem abrigo. ... 60

Figura 22: Ponto de ônibus com ausência de manutenção dos itens de acessibilidade. ... 60

Figura 23: Painéis informativos obstruídos por anúncios publicitários. ... 61

Figura 24: Pontos de parada na av. Maria Lacerda Montenegro. ... 62

Figura 25: Terminal das linhas de Nova Parnamirim. ... 63

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12 Lista de Gráficos

Gráfico 1: População por sexo – 2010. ... 24

Gráfico 2: Pirâmide Etária de Parnamirim - 2010. ... 24

Gráfico 3: População (hab) por bairro de Parnamirim - 2010. ... 25

Gráfico 4: Densidade Dmográfica Parnamirim - 2010. ... 27

Gráfico 5: Produto Interno Bruto - 2015. ... 31

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13 Lista de Mapas

Mapa 1: Localização Geográfica do Bairro de Nova Parnamiirim. ... 21

Mapa 2: Localização Geográfica da Av. Maria Lacerda Montenegro. ... 35

Mapa 3:Maria Lacerda/Ribeira - Via Alecrim. ... 53

Mapa 4: Maria Lacerda/Ribeira - Via Alecrim. ... 55

(14)

14 1 INTRODUÇÃO

Dentre as várias temáticas trabalhadas pela Ciência Geográfica, os meios de transportes estão atrelados ao que se denomina por Geografia dos Transportes (Geografia da circulação, transporte e logística), onde são evidenciados estudos sobre infraestrutura, sistemas e equipamentos de transportes, responsáveis pela organização da estrutura espacial das redes e dos fluxos de mercadorias, pessoas e informações no território.

Em destaque neste cenário, a mobilidade urbana apresenta-se como um desafio ao se pensar o planejamento das cidades, sobretudo pela importância dos sistemas de movimento do transporte, seja individual ou coletivo, na organização espacial das cidades, sendo este o tema central do presente trabalho.

A mobilidade urbana é composta por suas infraestruturas que facilitam o deslocamento da população no espaço, entre estas se destacam os equipamentos viários para o transporte coletivo compostos por complexos viários, terminais rodoviários, estações de transferências e os tradicionais pontos de ônibus.

Nesta perspectiva, o estudo realizado contemplou os equipamentos viários utilizados pelo transporte coletivo de passageiros, na modalidade ônibus, localizados na Avenida Maria Lacerda Montenegro, no bairro de Nova Parnamirim pertencente ao município Parnamirim, que compõem a região metropolitana de Natal.

A investigação realizada foi norteada pelos seguintes questionamentos: Qual o arranjo espacial que os equipamentos viários para o transporte coletivo assumem? Quais as condições físicas desses equipamentos? Estes seguem as normas propostas pelas legislações vigentes (Código de Trânsito Brasileiro, Estatuto das Cidades, Plano Diretor, acessibilidade)? A infraestrutura de transporte coletivo na modalidade ônibus atende as demandas da população residente nesta avenida? Em quais aspectos estes equipamentos beneficiam ou dificultam a mobilidade da população?

A hipótese principal deste trabalho é que os equipamentos construídos para integrar o sistema de transporte do município não apresentam condições ideais de

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acessibilidade, capacidade e demanda, tratando-se de estruturas precárias e que não passam por estudos que possibilitem o seu melhor uso.

Considerando esse problema de pesquisa, definiu-se como o objetivo geral analisar os equipamentos viários que compõem o sistema de transporte coletivo da avenida Maria Lacerda Montenegro, com destaque para os pontos de ônibus, vias de acesso e qualidade do serviço. Os objetivos específicos foram analisar as legislações relacionadas ao espaço urbano e ao transporte público e a forma de fiscalização realizadapelo município; descrever as condições dos equipamentos viários; apontar as fragilidades com relação a acessibilidade, capacidade e demanda dos equipamentos, e identificar as interferências na mobilidade com as práticas sociais.

O trabalho versa sobre uma temática que no decorrer do tempo ganhou significância, sendo centro de debates políticos e investimos em políticas públicas, bem como está relacionado com o bem-estar da população, principalmente da classe trabalhadora que utiliza esse meio de transporte para se locomover na cidade.

A pesquisa cientifica foi de caráter descritivo, com a descrição da configuração dos equipamentos viários presentes na área de estudo; identificando as suas potencialidades e fragilidades; e também se configurou de caráter explicativo, tendo como principal objetivo identificar e compreender a dinâmica do sistema de transporte na região do bairro de Nova Parnamirim, e qual a sua influência nas interações com a cidade do Natal.

Para a elaboração da pesquisa foram utilizados quatro procedimentos técnicos que contribuíram para coleta de informações e dados referentes ao transporte público no Brasil e no município de Parnamirim. Os procedimentos técnicos escolhidos foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, de campo e levantamento de dados.

A pesquisa bibliográfica referente ao Espaço Urbano, Mobilidade Urbana, Geografia dos Transportes e Geografia Urbana, para buscar compreender o funcionamento, a circulação e dinâmica da cidade; e utilizar o sistema de transporte coletivo como um dos responsáveis pela organização da estrutura espacial das redes e dos fluxos de mercadorias, pessoas e informações no território.

A pesquisa documental utilizou-se da coleta de dados referentes ao transporte público do município, tendo destaque para o número de abrigos, quantidade de ônibus presentes no sistema, legislações e imagens. O principal documento que norteou este

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trabalho foi o plano de mobilidade urbana do município de Parnamirim, neles foram extraídos inúmeros dados e diagnósticos e propostas para a melhor eficiência do transporte do município. Em conjunto com o Plano de Mobilidade o Plano Diretor do Parnamirim também enriqueceu a análise sobre a mobilidade urbana.

Na pesquisa de campo realizou-se a observação e descrição dos equipamentos viários, como também a obtenção dos registros fotográficos para a sua descrição e futura análise dos aspectos físicos e informacionais das infraestruturas.

Por fim, o levantamento de dados foi elaborado com o auxílio de bases de dados como o IBGE, Censos Demográficos, Rais&Caged, com o objetivo de identificar informações sobre a área de estudo, com destaque para a população, renda, densidade, entre outros.

Os dados da pesquisa foram quantitativos e qualitativos, pois os dados coletados através dos procedimentos técnicos (dados quantitativos), foram tabulados e analisados, gerando itens como tabelas, gráficos e quadros, e por fim uma representação cartográfica com a espacialização dos equipamentos viários.

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17 2 REFERECIAL TEÓRICO

O objeto de estudo do trabalho evidencia os equipamentos para o transporte coletivo de passageiros localizados na avenida Maria Lacerda Montenegro, cujo objetivo principal é analisar os equipamentos que compõem a estrutura viária utilizada por este meio de transporte, mais precisamente, o sistema por ônibus.

O sistema para o transporte coletivo, incluindo os seus equipamentos servem como objetos que auxiliam os fluxos de mercadorias, pessoas e informações, configurando um arranjo espacial, tratam-se de equipamentos que estão inseridos, no espaço, que é definido por Santos (2008, p. 63) como “um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistema de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se dá”.

Como sistemas consideramos os equipamentos viários “fixos”. Já as ações correspondem aos fluxos resultantes de intencionalidades mediante a efetivação do trabalho humano.

O espaço é considerado um dos conceitos chaves da Geografia, podendo ser analisado sobre diversas óticas. O espaço é visto como totalidade. O urbano é conteúdo espacial inserido na noção de espaço enquanto totalidade. Contudo será através da definição de espaço urbano proposta por Corrêa (1995, p.7), que se pode entender melhor a relação que os sistemas de transporte coletivo exercem sobre o espaço. Segundo este autor, o espaço urbano é o “conjunto de diferentes usos da terra justapostos entre si. Tais usos definem áreas [...] Este conjunto de usos da terra é a organização espacial da cidade ou simplesmente o espaço urbano fragmentado.” É neste contexto de fragmentação do espaço que se faz necessário a utilização deste sistema, pois ele proporciona a conexão entre determinadas áreas do espaço urbano.

Para promover o desenvolvimento urbano, são adotadas medidas construída pelo poder legislativo. Uma destas ações foi a elaboração do estatuto das cidades (BRASIL, 2001), que através de lei federal tem o objetivo de promover o desenvolvimento urbano proposto pela constituição nacional, regulamentando os instrumentos de política urbana que devem ser aplicados nas esferas federal, estadual e municipal.

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Uma das ferramentas que auxiliam na elaboração do planejamento das cidades e que tem como principal regulador o Estatuto das Cidades, são os planos diretores municipais, sendo estes instrumentos básicos para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana. O principal locus de investigação da pesquisa está no que entendemos por cidade, onde estes equipamentos estão arranjados espacialmente.

A cidade pode ser entendida como:

“[...] expressão da complexidade e da diversidade da experiência humana. As cidades, em suas configurações, são arranjos produzidos para que seus

habitantes – diferentes grupos, diferentes culturas, diferentes condições

sociais – possam praticar a vida em comum, compartilhando, nesses

arranjos, desejos, necessidades, problemas cotidianos. Elas se formam na e pela diversidade dos grupos que nelas vivem. Elas são o espaço da vida

coletiva, pública. São em si mesmas, um espaço público. ” (CAVALCANTI,

2008, p.149).

Vasconcelos (2001) em uma abordagem sobre a sociologia dos transportes trás no decorrer do seu pensamento as palavras de Dear e Scott sobre o seu entendimento do que é cidade, que para eles é a relação entre três espaços distintos, o da produção, o da reprodução do capital, e um terceiro espaço mediador, destinado as necessidades de circulação. Os autores afirmam que:

“em cada cidade se materializa um sistema espacial complexo, compreendendo uma montagem interdependente de áreas funcionais (privadas e públicas). Estas [...] podem ser denominadas tanto como espaço de produção (no qual o processo de acumulação ocorre) ou de reprodução (no qual a recuperação da força de trabalho ocorre). Ambos os espaços são mediados por um terceiro espaço, dedicado as necessidades de circulação. ” (1981, p.10).

É no âmbito da cidade que o sistema de transporte se concretiza, proporcionando mobilidade da população entre os lugares. Centro de inúmeras discursões a mobilidade urbana é objeto de grande investimento público, através de políticas que promovam o seu desenvolvimento, entre elas podemos citar o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, realizado pelo governo federal, que apresenta um eixo ligado ao desenvolvimento dos transportes e de suas infraestruturas. Sendo assim mobilidade urbana é definida como

[...] um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano. Tais deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a infra-estrutura (vias, calçadas, etc.) [...]. É o resultado

da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade. ”

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Estes deslocamentos são compreendidos a partir do que Contel (2001, p.357) denomina de sistemas de movimento, expresso por “um conjunto indissociável de sistemas de engenharia (fixos) e sistemas de fluxos (materiais ou imateriais) ”.

O transporte é configurado como principal meio de deslocamento da população, sendo este proposto por Vasconcellos (2006, p. 11) como “uma atividade necessária à sociedade e produz uma grande variedade de benefícios, possibilitando a circulação das pessoas e das mercadorias utilizadas por elas e, por consequência, a realização das atividades sociais e econômicas desejadas”.

No entanto com o advento da globalização as relações ocorridas no espaço passaram cada vez mais a serem realizadas através de redes, por meio de conexões, nós e integrações. Este novo modelo vigente também foi estabelecido pra o transporte com exposto por (PEREIRA; SILVEIRA, 2008, p. 43) em que abordam sobre as redes de transportes:

“As redes de transportes representam um dos importantes sistemas arteriais para a organização do território. As redes compõem nós interconectados, que por sua vez requerem uma infraestrutura tecnológica, ou seja, um suporte material que possibilite as interações espaciais e o crescimento do setor. Estas redes definem a função de regulamentação desses nós, na medida em que necessitam de fixos que promovam a fluidez. ”

Porém, o desenvolvimento do sistema não se deu apenas em questões tecnológicas. A acessibilidade é hoje o principal fator no planejamento de um sistema de transporte eficiente, inteligente e prático, sendo empregadas com relação ao acesso aos equipamentos de transportes e demais áreas urbanas (distâncias), como também nos ambientes físicos para o transporte (fixos). Portanto, acessibilidade é definida como:

“Facilidade de acesso e de aproximação na execução da mobilidade espacial de pessoas, de mercadorias e de informações. Para isso, há que se levar em consideração uma complexa relação entre distâncias, velocidade e barreiras físicas, biológicas e humanas”. (SILVEIRA, 2011, p. 40).

Pensar o acesso a cidade e aos meios de reprodução de capital nos dias de hoje, se tornou umas das questões mais importantes na sociedade, a cidade é espaço de reprodução do capital e de suas interações. Observar as dinâmicas do

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transporte de passageiros e de mercadorias é ver em prática a circulação do capital pela cidade, pois a maioria da população que o utiliza o meios de transportes é a classe trabalhadora, então o transporte é o meio mais simples e social de promover o acesso e interação entre os lugares.

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21 3 CAPÍTULO I – CONTEXTO HISTÓRICO E DINÂMICA SOCIOESPACIAL.

Este primeiro capítulo será estrutura em dois momentos, o primeiro abordando uma breve contextualização histórica a respeito do bairro de Nova Parnamirim, e de como ocorreu o seu processo de ocupação e uso do solo.

O segundo momento está associado a uma caracterização sócio espacial do bairro, descrevendo índices e números referentes a população, domicílios e renda.

3.1 Contexto Histórico.

O bairro de Nova Parnamirim está localizado no município de Parnamirim, que compõem a RMN - Região Metropolitana de Natal. A área em que hoje está situado o bairro, no período dos anos de 1970 apresentava grandes extensões de terras, em sua maioria desocupadas e sem usos, salvo aquelas onde existiam chácaras e sítios (FRANCISCO, 2004). Por se tratar de uma região de tabuleiro costeiro, a área apresentava uma rica paisagem natural, que com o passar dos anos se tornaria um dos principais aspectos para a sua especulação

Segundo Francisco (2004) o processo de especulação imobiliária do Bairro de Nova Parnamirim teve início nos anos de 1990, principalmente pelo fato de se está próximo a Natal, capital do Estado, e com uma área de 8,31 km2, limítrofe a norte com os bairros de Neópolis e Ponta Negra, ao Sul com o Rio Pitimbu, ao leste o Oceano Atlântico, e ao Oeste a BR 101.

A urbanização do bairro se deu de forma não planejada, não atendendo as premissas do desenvolvimento urbano, sem a implantação de infraestruturas básicas, com pavimentação, drenagem de águas pluviais, esgotamento sanitário, acessibilidade e mobilidade intrabairro, resultado este causado pela priorização aos interesses dos agentes imobiliários, na produção de capital, ao invés de pensar no bem-estar social.

O bairro de Nova Parnamirim a partir da Lei n° 1222/2004 pela prefeitura municipal de Parnamirim, surgiu a partir da junção dos bairros Parque dos Eucaliptos e Parque do Pitimbu, que ocupavam o lugar do antigo Distrito de Nova Parnamirim (FRANCISCO, 2004), representado no mapa 1.

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O processo de ocupação de Nova Parnamirim está bastante associado ao crescimento urbano da capital Natal, por apresentar uma área reduzida, o crescimento urbano se deu para as regiões limítrofes com os municípios vizinhos, caso de Parnamirim na zona sul, e São Gonçalo do Amarante e Extremoz na zona norte.

Por esta conurbação entre o município de Natal e o Bairro de Nova Parnamirim, se consegue entender o processo de interação entre as duas localidades, tendo Nova Parnamirim uma relação econômica e social mais interligada com a capital do que com o município que a compõe politicamente, relações estas principalmente de trabalho, estudos, lazer e moradia, principalmente.

Os primeiros moradores do bairro de Nova Parnamirim, viam a região como um local calmo para e seguro de se morar, nos anos de 1980, o governo através do Instituto de Previdência do Estado, construiu o primeiro conjunto de casas do bairro, o conjunto IPE. A partir do final da década de 90, os condôminos verticais se tornaram frequentes na paisagem de Nova Parnamirim, principalmente na avenida Ayrton Senna e Maria Lacerda, como mostra a figura. Outro órgão governamental que instituiu construções na área foi a COOPHAB, construindo condôminos verticais multifamiliares.

Com o processo de descentralização das áreas centrais da capital, a classe média natalense procura novas áreas de moradia que oferecesse as comodidades que tal classe almeja. Ao contrário do que ocorreu na Zona Norte de Natal, onde o fenômeno houve um deslocamento das classes menos favorecidas, a região de Nova Parnamirim por estar próxima da zona sul e das áreas de melhores condições financeiras, o processo de expansão se deu neste sentido, atribuindo ao bairro em conjunto com o seu vizinho Emaús, características urbanas da capital.

O processo de promoção dos agentes modeladores do espaço urbano, trouxeram ao local investimentos e estabelecimentos que desenvolveram a dinâmica econômica do bairro de Nova Parnamirim, principalmente nas Avenidas Ayrton Senna e Maria Lacerda Montenegro, agora este fenômeno pode ser visto ocorrer na avenida Abel Cabral, transformando em uma área com novas interações além da moradia.

É importante destacar que a partir do aumento populacional no bairro que se estabeleceram novos mercados econômicos, onde o fator locacional foi o preço da terra, atraindo assim a população.

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Com os programas de moradias e financiamentos governamentais, a região da avenida Maria Lacerda foi fortemente foco de especulação imobiliária e construção de novos empreendimentos, envolvendo todas as classes sociais, desde os modestos condomínios verticais, aos belíssimos condomínios de alto padrão.

Atrelado a isso o transporte da região apresenta uma nova demanda e novos deslocamentos, porem o sistema viário e as infraestruturas para o transporte não seguiram o mesmo ritmo que o crescimento populacional.

3.2 Caracterização socioespacial.

Os dados sobre a caracterização socioespacial do bairro de Nova Parnamirim foi obtida através da análise do plano de mobilidade de urbana de Parnamirim, com base aos valores divulgados pelo censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Neste contexto a pesquisa num primeiro momento vai abordar os dados na dinâmica do município, em seguida através da divisão em territórios exercida pela prefeitura, e por fim, será dado um enfoque no bairro de Nova Parnamirim.

Os dados obtidos a partir do censo demográfico de 2010, indica que a população neste ano era de 202.456 habitantes residindo em uma área de 123.471 km2. Para o ano de 2018 é estimada uma população de 255.793 habitantes, sendo considerada a terceira maior cidade do Estado do Rio grande do Norte no contingente populacional, e ocupa a segunda colocação no ranking em relação a RMN.

A sua população é considerada totalmente urbana, apesar de apresentar algumas áreas com usos rurais que ainda são identificadas em meio ao aos fluxos e dinâmicas da cidade e também em áreas evidentemente rurais. Ser 100% urbanizada é uma tática utilizada pelos municípios para que haja o encarecimento e valorização de do preço da terra.

Em relação a divisão população por gênero, é notório a maior concentração do sexo feminino, representando 52%, ou seja 105.460 habitantes do município, enquanto que os homens somam 96.996 habitantes, em uma porcentagem de 48% do contingente populacional de Parnamirim, conforme o gráfico 1.

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Gráfico 1: População por sexo, Parnamirim/RN – 2010.

Fonte: Start, 2017.

O gráfico 2 traz a distribuição da população em relação a faixas etárias e sexo. É notório a maior concentração da população na fase adulta, entre 20 e 59 anos, representando 66% dos habitantes do município, seguidas pelas crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos), que são 26% da população, e por fim os idosos, com 60 anos ou mais que somam 8% contingente populacional de Parnamirim.

Gráfico 2: Pirâmide Etária de Parnamirim - 2010.

Fonte: Start, 2017. Homens ; 96.996; 48% Mulheres; 105.460; 52% Homens Mulheres 7.451 7.845 9.069 8.817 9.943 9.618 16.719 13.631 7.714 3.799 2.390 7442 7652 8670 9925 10641 10769 18979 15112 8480 4751 3669 25000 20000 15000 10000 5000 0 5000 10000 15000 20000 0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 anos ou mais Mulheres Homens

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O gráfico 3 explana sobre a população de Parnamirim distribuída através dos bairros. Com base nestes dados é possível destacar os valores que os bairros de Nova Parnamirim, Emaús, Passagem de Areia e Rosas dos ventos assumem. Estes quatro bairros juntos somam 34,4% da população.

Gráfico 3: População (hab) por bairro, Parnamirim - 2010.

Fonte: Start, 2017.

O mais importante na análise deste dado sobre a distribuição por bairros é perceber a forte influência exercida por Natal na configuração espacial do município de Parnamirim. Os bairros de Nova Parnamirim e Emaús, os que estão localizados na área conurbada com a capital, possuem os maiores índices populacionais, com destaque para Nova Parnamirim que em 2010 detinha uma população de 46.462 habitantes, enquanto que Emaús tinha 22.288 habitantes.

O quadro 1 apresenta os valores de população, área, porcentagem e densidade demográfica distribuídos pelos bairros e territórios de Parnamirim.

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 Á re a Mi litar Bel a P arn ami ri m Bo a E sp eran ça Cajup iran ga Ce n tr o Ci d ad e N o va Co h ab in al Co to ve lo Á re a d e e xp an são Ur b an a Ema ú s Jard im P lan alt o Li b e rd ad e M o n te Ca ste lo N o va Es p er an ça N o va P ar n amir im Pa rq u e d e E xp o si çõ es Pa rq u e d o Jiq u i Pa ss ag em d e A re ia Piran gi Piu m R o sa d o s V e n to s San ta T e re za San to s R e is V al e d o S o l

(27)

27

Quadro 1: Dados Demográficos, Parnamirim - 2010.

Fonte: Start, 2017.

A partir da tabela pode-se entender a configuração da distribuição populacional do município, com destaque para os bairros de Rosa dos Ventos, Passagem de Areia, Nova Parnamirim e Emaús, que possuem os valores mais expressivos.

No tocante da densidade demografia o gráfico 4 representa a densidade demográfica de Parnamirim, distribuídos através de seus bairros e áreas. Com os valores sobre densidade demográfica se faz uma análise de que os bairros mais centrais de Parnamirim possuem uma área mais reduzida e alta concentração populacional, conforme a figura 1. Já os bairros mais segregados da área central apresentam áreas maiores, mesmo com grande número populacional, como no caso de Emaús e Nova Parnamirim, que possuem grande contingente populacional, mas por serem maiores em extensão territorial, ostentam uma densidade considerável.

Ordem Bairro População (hab) % Área (km²) Densidade (hab/km²)

1 Área Militar 1.209 0,60 35,03 35 2 Bela Parnamirim 8.266 4,13 4,31 1.920 3 Boa Esperança 5.902 2,95 0,98 6.023 4 Cajupiranga 3.017 1,51 4,65 649 5 Centro 4.395 2,20 1,08 4.087 6 Cidade Nova 9.348 4,68 5,06 1.847 7 Cohabinal 3.386 1,69 0,58 5.828 8 Cotovelo 780 0,39 2,28 342

9 Área de expansão Urbana 3.534 1,77 15,13 234

10 Emaús 22.288 11,15 8,56 2.604 11 Jardim Planalto 7.384 3,69 2,11 3.504 12 Liberdade 6.155 3,08 2,13 2.885 13 Monte Castelo 9.050 4,53 1,18 7.638 14 Nova Esperança 8.047 4,02 8,63 932 15 Nova Parnamirim 54.076 23,24 7,21 6.445 16 Parque de Exposições 4.143 2,07 1,85 2.237 17 Parque do Jiqui 2.162 1,08 2,44 887 18 Passagem de Areia 16.727 8,37 2,24 7.460 19 Pirangi 2.952 1,48 2,16 1.370 20 Pium 2.987 1,49 2,80 1.068

21 Rosa dos Ventos 12.435 6,22 1,43 8.711

22 Santa Tereza 6.165 3,08 0,98 6.261

23 Santos Reis 7.595 3,80 1,05 7.243

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28

Gráfico 4: Densidade Demográfica, Parnamirim - 2010.

Fonte: Start, 2017. 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000

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Figura 1: Densidade por setores censitários - 2010.

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No que compete as questões de trabalho e renda, segundo dados IBGE com base no ano de 2016, o município de Parnamirim possui uma população ocupada em 45.328 pessoas, o que corresponde a 35,5% da população, com uma renda média mensal de 2,0 salários mínimos.

A figura 2 aborda uma representação espacial da distribuição de renda em Parnamirim, a partir dos números de salários mínimos.

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31

Figura 2: Renda - 2010.

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O PIB, Produto Interno Bruto de Parnamirim no ano de 2015, com base nas informações obtidas pelo IBGE, foi de 4.597.279,74 mil reais. Já o PIB per capita, também para o ano de 2015, foi de 18.966,93 R$.

O gráfico 6 representa a divisão do PIB de Parnamirim a partir dos setores de atividade econômica para o ano de 2015.

Gráfico 5: Produto Interno Bruto, Parnamirim/RN - 2015.

Fonte1: IBGE, 2018.

Conforme o censo demográfico de 2010 o bairro de Nova Parnamirim contém 54. 076 habitantes, sendo a população masculina composta por 24.986 habitantes e a população feminina 29.090, Em Nova Parnamirim, Parnamirim, existem mais mulheres do que homens, sendo a população composta de 53.79% de mulheres e 46.21% de homens. O gráfico abaixo demonstra essa relação:

30.761.000; 1% 2.126.575.000; 59% 842.707.000; 24% 584.901.000; 16%

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33

Gráfico 6: População Nova Parnamirim, Parnamirim/RN - 2010.

Fonte: IBGE, 2018.

A tabela 2 traz a simplificação dos dados para o bairro de Nova Parnamirim, com base nos dados obtidos a partir do censo demográfico de 2010. Estão elencados valores sobre população e domicílios. É importante destacar a o número de domicílios no bairro, 21.195, onde 82,4% deles são ocupados e 17,6% não são ocupados.

24.986 29.090

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34

Quadro 2: : Dados de População e Domicílios. Domicílios Particulares

Permanentes 21.195

População Residente 54.076

População Homens 24.986

População Mulheres 29.090

Razão de Dependência Jovens 26.8% Razão de Dependência Idosos 5.7%

Razão de Dependência Total 32.5% Índice de Envelhecimento 21.3% Razão de Masculino x Feminino 85.9% Razão Crianças-Mulheres 20.5%

Média de moradores por

Domicílios 3.1

Proporção de domicílios

ocupados 82.4%

Proporção de domicílios não

ocupados 17.6%

Fonte: IBGE, 2010.

O número de domicílios não ocupados, em torno de 3.700 imóveis, está bastante atrelado aos inúmeros condomínios verticais que foram construídos no auge de especulação imobiliária da região, por volta do ano de 2010.

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35 4 CAPÍTULO II - CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DOS EQUIPAMENTOS VIÁRIOS NA AVENIDA MARIA LACERDA MONTENEGRO.

O segundo capítulo desta monografia versa sobre a caracterização e diagnóstico da área de estudo, avenida Maria Lacerda Montenegro, trazendo os aspectos das configurações dos equipamentos viários para o transporte coletivo da região, entre eles os estado de conservação das vias, calçadas, transporte coletivo, acessibilidade e sinalização.

Este capítulo tem como referência o Plano de Mobilidade Urbana de Parnamirim, executado pela empresa Start Pesquisa e Consultoria Técnica Ltda, em que são encontradas informações sobre a dinâmica do transporte e da mobilidade do município de Parnamirim.

A avenida Maria Lacerda, é o recorte espacial deste capítulo, por se tratar de uma das principais vias existentes no território de Parnamirim, concentrando em sua área inúmeros fenômenos sociais e econômicos e palco da circulação de pessoas e mercadorias, ou seja, um fluxo de informações e espaço de reprodução da força de trabalho e do capital.

4.1 Identificação da área estudada

A Avenida Maria Lacerda Montenegro está localizada no bairro de Nova Parnamirim, município de Parnamirim, pertencente a região metropolitana de Natal, capital do Rio Grande do Norte, representada no mapa 2. Trata-se de umas das avenidas mais importantes do bairro, em conjunto com as avenidas Ayrton Senna e Abel Cabral, sendo’ a primeira uma avenida de ligação dos municípios de Natal e Parnamirim, formando um relevante sistema viário para a área, sendo um dos principais acessos ao bairro de Nova Parnamirim, interligando a região com a capital, através da Br 101. A Avenida também é um dos acessos ao bairro Parque das Árvores, habitualmente denominado de COOPHAB.

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A Avenida Maria Lacerda (figura 03), como é comumente chamada, é um dos principais corredores viários de Nova Parnamirim, pois em sua extensão são encontrados estabelecimentos de diferentes seguimentos, tornando a via um polo gerador de viagens. Em seu decorrer são encontrados instituições de ensino, redes de supermercados, agências bancárias, shoppings, galerias, casas de festas, lojas de inúmeros gêneros, tratando-se de uma localidade com forte presença do comércio e dos serviços.

Figura 3 Vista da Avenida Maria Lacerda Montenegro.

Fonte: Emanuel Amaral.

O seu uso é em grande parte residencial, pela presença de inúmeros condomínios verticais e horizontais, porém com o crescimento populacional, estabelecimentos e empreendimentos, foram atraídos para a avenida, exercendo uma nova configuração nos deslocamentos realizados na região.

A avenida tem quatro quilômetros de extensão e está ligada com as avenidas Ayrton Senna e a Br-101. A avenida Maria Lacerda Montenegro é considerada uma via arterial, defina pelo Código Brasileiro de Trânsito como:

“Via arterial é aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. Velocidade máxima de 60 km/h, para vias arteriais urbanas.”(BRASIL, 1997)

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38 4.2 Características das vias

As pistas de rolamento possuem pavimento flexível, apresentando no decorrer de sua extensão fissuras e pequenos buracos, causados pelo intenso fluxo de automóveis e veículos pesados.

Segundo Ferraz (2001) aspectos relacionados a qualidades das vias, é um dos fatores de qualidade do transporte coletivo para os usuários, em que a presença de buracos, fissuras e falta de pavimentação, podem causar a redução da velocidade dos veículos, provocando assim gargalos no trânsito ou até mesmo acidentes.

A avenida Maria Lacerda Montenegro contém duas pistas de rolamento, com duas faixas cada, em ambos os sentidos, que atuam de forma compartilhada, ou seja, o transporte coletivo e os automóveis compartilham as mesmas faixas, retratada na figura 4.

Figura 4: Pistas de Rolamento da Av. Maria Lacerda Montenegro.

Fonte: Daniel Luiz, 2018.

A avenida em grande parte apresenta canteiros centrais, dividindo os sentidos dos fluxos, mas em sua maioria esta divisão é estabelecida por segregadores de tráfego, que devido à alta demanda da via foram desgastados e possuem trechos sem os equipamentos (figura 5).

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Figura 5: Segregadores de Tráfego.

Fonte: João Victor, 2018.

Outro aspecto relacionados as características das vias é a ausência de acostamentos, conforme figura 6. Por se tratar de uma região que está em forte crescimento comercial e de serviços, a ausência de acostamentos tem gerado transtornos ao trânsito do local, pelo fato da pista de rolamento ser utilizada para estacionamento de lojas e estabelecimentos comerciais. O trecho de maior gravidade, neste aspecto, está entre as ruas Dos Cajueiros e a avenida Adeodato José dos Reis, pois além da falta de canteiros centrais e a inexistência de acostamento faz com que o trânsito seja lento no local.

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Figura 6: Falta de acostamento na Av. Maria Lacerda.

Fonte: João Victor, 2018.

As intervenções nas vias são por parte do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), órgão da esfera estadual que atua no monitoramento, manutenção e recuperação das vias no estado. Propostas para melhoria no trânsito na região estão em andamento, principalmente após a aprovação do Plano de Mobilidade Urbana de Parnamirim, e pelas obras realizadas pelo DNIT na Br-101, onde foram construídas obras de arte especiais, um viaduto na altura da Avenida Abel Cabral e uma trincheira na para acesso à Avenida Maria Dolores, principais rotas viárias para a entrada no bairro de Nova Parnamirim.

Ainda no que compete a questões relacionadas as vias de circulação de transporte coletivo, é importante ressaltar as interseções existentes no decorrer da avenida, sendo evidente as interferências que essas causam ao tráfego. Tempo de ciclo longos em semáforos podem causar lentidão e engarrafamentos. São nessas intercessões onde o usurário de transporte coletivo perde mais tempo em suas viagens, tempo este que poderia está sendo utilizado em forma de trabalhadora, estudo ou lazer, e principalmente para o descanso da classe trabalho, da população que tem como principal meio de transporte ônibus, o alternativo que muitas vezes não apresentam a qualidade desejada. Dar a preferência ao transporte coletivo nas

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intercessões é uma medida que contribui essencialmente na redução dos tempos de viagem no sistema de transporte.

Figura 7: Interseção com Av. Olavo Montenegro.

Fonte: João Victor, 2018.

Figura 8: Av. Olavo Montenegro, acesso ao bairro Parque das Árvores.

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42 4.3 Calçadas.

As calçadas são importantes elementos na configuração das redes de transporte das cidades, pois nelas são realizadas parte das viagens do modo de transporte não motorizados. Este modal está relacionado aos deslocamentos realizados através do esforço humano. A Lei n°12.587 de 2012 nos art.4 e art. 6, vem reiterar a importância do transporte não motorizado, destacando que o mesmo tem prioridade em relação ao transporte motorizado individual.

São nas calçadas onde ocorrem a forma mais simples de transporte, o transporte a pé. Pensar as configurações das calçadas é primordial na mobilidade da população, ela é uma infraestrutura que deve atender as necessidades de locomoção de toda uma sociedade, de forma igualitária, justa e segura.

As calçadas são um instrumento regulamento por lei municipal estabelecidas no Plano Diretor de Parnamirim que segundo a lei complementar n° 063, de março de 2013, as devem seguir os seguintes parâmetros:

 Artigo 75, § 1º - Sobre a calçada, fica proibida a colocação de trailer, cigarreiras, quiosques ou qualquer elemento fixo ou removível de propriedade privada, que impeçam a circulação dos pedestres.

 Artigo 75, § 2º - Árvores, jardineiras, postes, lixeiras, orelhões, caixas de correio, hidrantes ou outros equipamentos urbanos similares localizados nas calçadas devem deixar uma faixa livre e contínua de no mínimo 1,50m (um metro e meio).

 Artigo 75, § 6º - Todas as calçadas implantadas nas vias deverão obedecer aos parâmetros de acessibilidade exigidos pelas normas técnicas brasileiras e pelas legislações pertinentes ao assunto.

 Artigo 77, § 1º - As calçadas implantadas ao longo das vias deverão obedecer, além da largura mínima de 2,00m (dois metros), aos parâmetros de acessibilidade exigidos pelas normas técnicas brasileiras e à legislação pertinente, no que diz respeito ao dimensionamento para passeio livre, declividades, guias rebaixadas e materiais de revestimento.

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43  Artigo 96, § 2º - Em nenhum caso será permitido o uso da calçada para estacionamento de veículos, nem fazer parte do cálculo do recuo.

Para o entendimento dessas diretrizes foi realizada uma visita área de estudo, com o intuito de identificar as configurações das calçadas da circulação dos pedestres presente no decorrer da avenida. Em conjunto com as observações e descrições foi realizado um levantamento fotográfico para basear as informações presentes no trabalho.

Foi utilizado como critério de análise para o passeio público a identificação e registro fotográfico de obstáculos que impessam a circulação de pedestres nas calçadas assim como a observação de fatores que melhorem a qualidade do passeio, como rampas, piso tátil e iluminação pública, conforme figura 9.

Figura 9: Rampa de acessibilidade.

Fonte: João Victor, 2018.

É notório a presença de partes da circulação de pedestre não apresentar pavimento, em especial na áreas que ainda não possuem uso, ou ainda adquirem caráter mais rural, como exemplo, as granjas (figura 10).

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Figura 10: Trecho sem a presença de pavimento.

Fonte: João Victor, 2018.

Outro critério bastante recorrente na via é a existência de desníveis ou degraus nas calçadas, como exemplificado na figura 11. Os avanços sobre a calçadas e os usos para atividades informais, também estão presentes na avenida Maria Lacerda, a utilização de das calçadas é bastante frequente, isto se dá, de certo modo, pela ausência de acostamento nas vias e pela falta de estacionamentos (figura 12).

Figura 11: Trecho com desnível em degraus.

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Figura 12: Avanços Irregulares sobre o passeio público.

Fonte: Daniel Luiz, 2018.

Outro fator que interfere na mobilidade da calçada é o não cumprimento das dimensões espaciais adequadas, estabelecidas por lei municipal, apresentando trechos com espaçamento menor que cinquenta centímetros, fazendo com que o pedestre utilize a faixa de rolamento para continuar a sua viagem, conforme as figuras 13 e 14.

Figura 13: Obstrução do passeio público.

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Figura 14: Obstrução das calçadas.

Fonte: João Victor, 2018.

A partir das questões elencadas acima, se faz notório que o trecho em análise apresente conceito insatisfatório, por apresentar inúmeros casos de descontinuidade do passeio pela presença de obstáculos como desníveis, pontos de ônibus, árvores, postes, lixeiras e placas mal instaladas, avanço de edificações, estacionamento irregulares.

4.4 Sinalização viária.

A sinalização viária é um importante instrumento para o ordenamento do tráfego nas rodovias e nas cidades. Ela é composta por sinais em placas ou painéis, marcas viárias e dispositivos auxiliares. Tem como principais finalidades o controle do tráfego, advertir e orientar os usuários, fornecendo maior segurança e confiabilidade aos condutores e pedestres. A sinalização pode ser vertical e horizontal.

Sobre a Sinalização Vertical o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito elaborado pelo Conselho Nacional de Transito traz que:

“A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária, que se utiliza de sinais apostos sobre placas fixadas na posição vertical, ao lado ou suspensas sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente ou eventualmente, variável, mediante símbolos e/ou legendas preestabelecidas e legalmente instituídas.” (DNIT, 2010, p.9.)

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“classificada segundo a sua função que pode ser de regulamentar as obrigações, limitações, proibições ou restrições sobre o uso da via; advertir os condutores sobre condições com potencial de risco existentes na via nas suas proximidades, tais como escolas e passagens de pedestre; e indicar direções, localizações, e pontos de interesse turísticos ou de serviços e transmitir mensagens educativas, dentre outras, de maneira a ajudar o condutor em seu deslocamento.” (DNIT, 2010, p.9.)

No que concerne a sinalização horizontal o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito produzido pelo Conselho Nacional de Trânsito define que:

“A sinalização horizontal tem a finalidade de transmitir e orientar os usuários sobre as condições de utilização adequada da via, compreendendo as proibições, restrições e informações que lhes permitam adotar comportamento adequado, de forma a aumentar a segurança e ordenar os fluxos de tráfego.” (DNIT,2010, p.5.)

O manual complementa a definição trazendo os objetivos atrelados a sinalização horizontal, tais como:

Ordenar e canalizar o fluxo de veículos; orientar o fluxo de pedestres; orientar os deslocamentos de veículos em função das condições físicas da via, tais como, geometria, topografia e obstáculos; complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação, visando enfatizar a mensagem que o sinal transmite; e regulamentar os casos previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).(DNIT, 2010, p.5.)

No que compete a sinalização viária presente no trecho da via em estudos pode-se identificar sinalizações verticais de advertência, com uma placa indicando a existência de uma rotatória na interseção entre a avenida Maria Lacerda Montenegro e a rua Anibal Brandão, visto na figura 15.

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Figura 15: Placa de advertência de Rotatória.

Fonte: João Victor, 2018.

Ainda sobre a presença de sinalização vertical, encontra-se semipórticos com placas de indicação de direção, indicando os bairros de Pitimbu e a sede administrativa de Parnamirim, retratado na figura 16.

Figura 16: Semipórtico indicativo.

Fonte: Daniel Luiz, 2018.

Ao longo da avenida são registradas quatro interseções com sinalização semafórica. A primeira no cruzamento com o cruzamento com a rua Antônio Lopes

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Chaves. A segunda interseção está localizada na interseção com a Av. Adeodato José dos Reis, tendo um fluxo de veículos intenso. A terceira interseção é a em frente ao supermercado Nordestão, na rua Carmindo Quadros. A quarta interseção está na rua Ielmo Marinho, é uma interseção com baixo fluxo de veículos. A última interseção é no encontro com a Av. Olavo Montenegro, principal acesso ao bairro Parque das Árvores, e possui um intenso tráfego de veículos.

Figura 17: Interseção semafórica.

Fonte: Daniel Luiz, 2018.

A sinalização Horizontal se faz presente com faixas de retenção seguidas de faixa de travessia de pedestre do tipo zebrada nos dois sentidos, estas podem ser identificadas nas imediações de estabelecimento que atendem um fluxo de pessoas intenso, exemplos disso, são as faixas presentes em frente ao supermercado Extra, ao supermercado Nordestão e a escola Cei Zona Sul, figura 18. Contudo estas sinalizações horizontais se encontram apagadas ou em péssimo estado de conservação.

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Figura 18: Faixa de travessia de pedestres.

Fonte: Daniel Luiz, 2018.

As linhas de divisão de fluxo estão presentes naqueles trechos onde não há presença de canteiro central, onde em sua maior parte está apagada ou em alto grau de degradação. O trecho que apresenta melhor sinalização viária é da interseção com a rua Anibal Brandão (figura 19).

Figura 19: Rotatória no cruzamento da av. Maria Lacerda com a rua Anibal Brandão.

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Por fim, conclui-se que a sinalização viária é um aspecto das infraestruturas para o transporte coletivo que necessita de investimentos por parte do poder público para implantação e manutenção de placas, faixas e demais itens de sinalização.

4.5. Transporte Público Coletivo.

O transporte público coletivo é o meio mais acessível, em relação ao custo e ao meio de transporte para o deslocamento entre os lugares da cidade. Nas cidades brasileiras ele ganha grande destaque na questão de promover acesso a igual da sociedade as suas atividades cotidianas, sejam elas trabalho estudo e lazer. A Política Nacional de Mobilidade Urbana conceitua o transporte público como “serviço público de transporte de passageiros acessível a toda população mediante pagamento individualizado, com itinerários e preços fixados pelo poder público”.

O bairro de Nova Parnamirim conta com dois sistemas de transporte público coletivo. O primeiro serviço prestado é o do sistema semiurbano, que liga o bairro com a capital Natal. O segundo serviço é o do transporte regular municipal denominado interbairros, que faz a ligação do bairro com as demais áreas do município. Neste trabalho iremos enfatizar apenas o serviço semiurbano transporte.

Segundos dados obtidos pela pesquisa de Origem e Destino realizada com intenção de entender a dinâmica dos fluxos de passageiros entre os municípios da RMN, para a elaboração do plano de mobilidade da região metropolitana, retratados no plano de mobilidade de Parnamirim, foram realizados mais de 65,6 mil deslocamentos diários entre Parnamirim e os demais municípios atendidos pelo sistema intermunicipal de transporte. Destes deslocamentos diários cerca de 89% tem com destino Natal, representando um quantitativo de mais de 37,6 mil viagens, 6% tem como origem e destino o próprio município e 5% se destinam os demais municípios do estado.

O bairro de nova Parnamirim, ainda segundo a pesquisa OD citada pelo plano de mobilidade, concentra 47% das viagens diárias por transporte público, que em conjunto com o bairro de Emaús são responsáveis por 61,6% das viagens, que tem como principal destino os bairros das zonas sul e leste de Natal, bairros que concentram inúmeros estabelecimentos nos setores de comércios e serviços.

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Fica evidente com esses dados a influência que Natal exerce nessas áreas que estão mais próximas de seu território. O fato de Nova Parnamirim e Emaús serem juntos um eixo de expansão de natal justificam o número de deslocamento realizados diariamente, sem contar, com os fluxos de veículos de uso privado e partícula, exercendo uma relação de necessidade entre os as duas áreas.

De modo geral os motivos das realizações dos deslocamentos são, residência, trabalho e estudos, respectivamente, fazendo com que se estabeleça uma espécie de transferências entre lugares e deslocamentos através de espaço geográfico. Pode-se aqui pensar que a residência, o trabalho e o estudos, são os fixos, os bens materiais e imateriais, e o transporte coletivo se estabelece com os fluxos, gerando assim uma dinâmica territorial e produzindo e reproduzindo o espaço.

O serviço de transporte semiurbano regular de passageiros é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio Grande do Norte (DER-RN), sob regulamentação estabelecida pelo Decreto nº 16.225 de 30/07/02, pelo Decreto nº 16.369 de 04/10/02 e pelo Decreto nº 19.362 de 22/09/06. tem a concessão concedida a três empresas de transporte coletivos, que tem sua dinâmica atrelada a Natal mas possuem uma divisão metropolitana, são elas: Viação Cidade das Dunas, Via Sul (Transflor), e a Auto Ônibus Santa Maria Transporte e Turismo.

Figura 20: Operadora do sistema de transporte de passageiros.

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As empresas operam as linhas semiurbanas do bairro de Nova Parnamirim, sendo três delas com destinos a avenida Maria Lacerda Montenegro, são elas Nova Parnamirim/Ribeira – Via Maria Lacerda – Ida Praça/Volta Alecrim, Nova Parnamirim/Ribeira – Via Maria Lacerda – Ida Alecrim/Volta Praça, e Circular Sentido 1 – Maria Lacerda/Ponta Negra.

Segundo o Plano de Mobilidade urbana de Parnamirim (2017) o serviço de transporte de passageiros intermunicipal deve ser ofertado a partir de concessão ou permissão do serviço que deverá ser precedida de licitação pública de responsabilidade do DER/RN, podendo a operadora deter ao máximo 20% demanda total de passageiros.

A Linha Nova Parnamirim/Ribeira – Via Maria Lacerda – Ida Praça/Volta Alecrim (Mapa 3), apresenta 37,4 quilômetros de extensão, estabelece uma conexão entre os bairros de Nova Parnamirim, através da avenida Maria Lacerda e o bairro da Ribeira na zona leste de Natal. Em seu percurso passa pelos bairros de Neópolis, Lagoa Nova, Petrópolis e Cidade Alta e Alecrim, através da Br -101, Salgado Filho, Hermes da Fonseca e Rio Branco, Presidente Bandeira e Bernardo Vieira. É operada pelas empresas Viação Cidade das Dunas e Via Sul. Possui a bilhetagem eletrônica pelo sistema NatalCard, com uma tarifa de R$ 3,65 Inteira e R$ 1,82 a tarifa de estudante. A linha possui uma frota composta por 15 ônibus com frequência de saída na faixa dos 20 minutos, em horários de pico as saídas ocorrem com um intervalo de 10 minutos, realizando 57 viagens em dias úteis.

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A linha Nova Parnamirim/Ribeira – Via Maria Lacerda – Ida Alecrim/Volta Praça (Mapa 4), tem um uma extensão de 34,30 quilômetros de extensão conectando a avenida Maria Lacerda ao bairro da Ribeira em Natal, em seu trajeto as viagens operam pelos bairros de Neópolis, Lagoa Nova, Alecrim, Cidade Alta, Petrópolis e Tirol, bairros da zona sul, leste e central. Fazem parte de sua rota a Br -101 e as avenidas Salgado Filho, Bernardo Vieira, Presidente Bandeira, Coronel Estevam, Rio Branco e Hermes da Fonseca. É operada pelas empresas Viação Cidade das Dunas e Via Sul. Possui a bilhetagem eletrônica pelo sistema NatalCard, com uma tarifa de R$ 3,65 Inteira e R$ 1,82 a tarifa de estudante. A linha possui uma frota composta por 12 ônibus com frequência de saída na faixa dos 20 minutos, em horários de pico as saídas ocorrem com um intervalo de 12 minuto, realizando 61 viagens em dias úteis.

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A Linha circular Nova Parnamirim/Ponta Negra (Mapa 5) tem uma Extensão de 20,30 quilômetros, conectando a avenida Maria Lacerda ao bairro de Ponta Negra em Natal, em seu trajeto as viagens operam pelos bairros de Neópolis, Capim Macio, Ponta Negra e Cidade Verde, bairros da zona sul de Natal. Fazem parte de sua rota a Br -101 e as avenidas Roberto Freire e av. Deputado Antônio Florêncio de Queiroz. É operada pelas empresas Viação Cidade das Dunas, Via Sul e Santa Maria. Possui a bilhetagem eletrônica pelo sistema NatalCard, com uma tarifa de R$ 3,65 Inteira e R$ 1,82 a tarifa de estudante. A linha possui uma frota composta por quatro ônibus com frequência de saída na faixa dos 30 minutos, em horários de pico as saídas ocorrem com um intervalo de 20 minuto.

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É notório pela configuração espacial que a as linhas adotam, sendo elas radias, que tem como origem a área central da cidade, no caso das com destino a Ribeira, e circular, a de acesso ao bairro de Ponta Negra, neste caso áreas pertencentes a Natal, que a demanda dessas linhas são de pessoas que tem como destino os estabelecimentos e repartições localizadas no centro, ou dos shoppings centers, pois foi observado em campo que as paradas que detinham o maior número de subidas e descidas eram aquelas próximas a estas áreas, assim como os pontos próximos as universidades e centros de ensino, como a UFRN, no bairro de Lagoa Nova e as universidades privadas, localizadas na av. Engenheiro Roberto Freire.

As linhas que operam na avenida Maria Lacerda sofrem os mesmos problemas enfrentados pelas linhas do transporte coletivo de Natal, os constantes engarrafamentos, alta demanda e baixa capacidade de suporte. Outro fato importante é a sobreposição das rotas de ônibus, das três linhas que atendem o bairro, duas apresentam a mesma rota, apenas realizando a inversão do itinerário. A falta de acessibilidade, no que tange o fácil acesso aos lugares, não é cumprido pelo fato de não haver integração entre o mesmo modal de transporte, ou entre modais diferentes como o trem urbano.

Ainda discutindo sobre a questão da integração do transporte no espaço urbano da região em estudo, observa-se que é mais fácil estabelecer relações com Natal do que com o próprio município de Parnamirim, pois o sistema está incorporado a dinâmica do transporte da capital, não ocorrendo nenhum tipo de integração entre as linhas da avenida Maria Lacerda com as demais, tanto da capital, quanto de Parnamirim, fragilizando o acesso da pulação as práticas sócias, exceto aquele realizado pelos passageiros da linha N – Parque das Árvores, onde é permito o transbordo no terminal da linha, localizado no conjunto Cidade Verde.

Os pontos de ônibus localizados na avenida, em sua maioria estão faltando a estrutura de abrigo e proteção contra as intempéries, em muitos casos há apenas a placa indicativa de parada, sem apresentar a estrutura do abrigo (figura 21). Instrumentos para a acessibilidade de pessoas com deficiência são encontrados em alguns pontos, porém grande parte está danificada ou apresenta falta de manutenção, são casos comuns a presença do espaço do cadeirante, mas não dispor de rampa de acesso ou piso tátil, como visto na figura 22.

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Figura 21: Ponto de ônibus sem abrigo.

Fonte: João Victor, 2018.

Figura 22: Ponto de ônibus com ausência de manutenção dos itens de acessibilidade.

Fonte: João Victor, 2018.

As paradas contém painéis que poderiam ser utilizados pra a exposição das rotas e horários dos coletivos, porém estes estão obstruídos pela presença de informações publicitárias, a figura 23 mostra a espacialização dos pontos de ônibus no decorrer da avenida Maria Lacerda

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Figura 23: Painéis informativos obstruídos por anúncios publicitários.

Fonte: João Victor, 2018.

A distância entre as os pontos de ônibus não devem ultrapassar o raio de 500 metros, onde o as paradas presentes na Av. Maria Lacerda possuem um raio inferior ao que se é estabelecido (figura 24).

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Figura 24: Pontos de parada na av. Maria Lacerda Montenegro.

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O terminal não apresenta uma estrutura que faça com que os usuários e operadores do sistema fiquem em segurança e comodidade, existindo apenas um ponto de ônibus comum, as vias de acesso no entorno do terminal também não apresentam pavimento rígido ou flexível, retratadas nas figuras 25 e 26.

Figura 25: Terminal das linhas de Nova Parnamirim.

Fonte: João Victor, 2018.

Figura 26: Terminal sem estrutura para os passageiros.

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