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Plano de intervenção para implantação dos testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C nas equipes da Estratégia Saúde da Família no âmbito da Rede Cegonha no município de São Vicente Férrer/MA.

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO – UFRN

GESTÃO DA POLÍTICA EM DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS

NATALIA FERNANDA OLIVEIRA ALVES

PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DOS TESTES

RÁPIDOS DE HIV, SÍFILIS E HEPATITES B E C NAS EQUIPES

DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO ÂMBITO DA REDE

CEGONHA NO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE FÉRRER

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2017

NATALIA FERNANDA OLIVEIRA ALVES

PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DOS TESTES

RÁPIDOS DE HIV, SÍFILIS E HEPATITES B E C NAS EQUIPES

DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO ÂMBITO DA REDE

CEGONHA NO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE FÉRRER

Projeto de intervenção apresentado ao Programa de Especialização UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – para obtenção do título de Especialista em Gestão da Política em DST, AIDS e Hepatites Virais.

Orientadora:Maria Regina Macedo Costa

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2017

PLANO DE INTERVENÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DOS TESTES

RÁPIDOS DE HIV, SÍFILIS E HEPATITES B E C NAS EQUIPES

DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO ÂMBITO DA REDE

CEGONHA NO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE FÉRRER

Natalia Fernanda Oliveira Alves

Secretaria Municipal de Saúde de São Vicente Férrer – Maranhão

Maria Regina Macedo Costa (Orientador)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

RESUMO

É visível que a gestante está com sua atenção voltada quase que exclusivamente para a sua criança, porém os cuidados no pré-natal devem ser uma oportunidade para discutir e orientar sobre as necessidades de forma integral, ou seja, que este momento falar dos riscos para as doenças sexualmente transmissíveis poderá contribuir para discernimento e consciência de situações pouco refletidas na vida e que pode ajudá-la a entender certas dificuldades e melhor lidar com elas. Este projeto de intervenção tem como objetivo de contribuir para a resolução desta problemática, Implantar os Testes Rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C em todas as Unidades de Saúde da Família no município de São Vicente Férrer – MA. A metodologia usada própria dos Projetos de Intervenção levará em consideração a viabilidade da intervenção no cenário local do município, os atores envolvidos, os recursos e as ações que deverão ser implementadas, inserindo neste contexto, a participação direta da Gestão, Conselho Municipal de Saúde, Departamento Estadual de DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais, além de todas as Unidades de Saúde da Família do Município. Espera-se que os resultados sejam totalmente alcançados pois isso impactará diretamente nas taxas e índices do município que está relacionado com gestante (diagnóstico precoce, tratamento em tempo, controle dos agravos) e recém-nascido (redução de transmissãoverticaal, tratamento adequado e imediato, controle dos agravos).

Palavras chaves:Implantação, Testes Rápidos, Gestantes, Transmissão Vertical.

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1. INTRODUÇÃO...5

2. OBJETIVOS ...10

2.1Objetivo geral...10

2.2Objetivo especifico...10

3. METODOLOGIA...11

3.1 Cenário do Projeto de Intervenção...11

3.2 Elementos do Plano de Intervenção...12

3.3. Fragilidades e Oportunidades...13

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...14

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1 . INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Atenção Básica, portaria Nº 2.488, de 21 de Outubro de 2011, caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. E tem como fundamentos, ter território, acesso universal e contínuo aos serviços de saúde, ser porta de entrada aberta e preferencial acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde, estabelecendo mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento, pressupõe uma lógica de organização e funcionamento do serviço de saúde, que parte do princípio de que a unidade de saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado.

A Atenção Básica deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde, são elas: I- Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária; II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais; III -Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. IV - Ordenar as redes:

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reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários.

Nos serviços de saúde que prestam assistência ao pré-natal e puerpério as ações de acolhimento e aconselhamento são imprescindíveis para reduzir as infecções e a transmissão vertical. O bom acolhimento contribui para o estabelecimento de vínculos com o serviço e com o profissional de saúde, o que significa uma condição favorável para o aconselhamento se desenvolver de forma mais efetiva.

É visível que a gestante está com sua atenção voltada quase que exclusivamente para a sua criança, porém os cuidados no pré-natal devem ser uma oportunidade para discutir e orientar sobre as necessidades de forma integral, ou seja, que este momento falar dos riscos para as doenças sexualmente transmissíveis poderá contribuir para discernimento e consciência de situações pouco refletidas na vida e que pode ajudá-la a entender certas dificuldades e melhor lidar com elas. Considerando este momento como uma ajuda estruturada e personalizada a oferta do teste para o HIV deve ser bem explicada, pois este exame tem um impacto importante, incluindo mudanças necessárias a serem feitas a partir de um resultado positivo, que contrariam expectativas na maternidade para a maioria das mulheres, como a amamentação e parto normal.

Os profissionais de saúde aptos a realizarem os testes rápidos como diagnóstico da infecção pelo HIV deverão ser capacitados exclusivamente por multiplicadores treinados para a replicação da técnica. Cabe ressaltar que o programa de capacitação deverá ser definido pelo Ministério da Saúde em parceria com Programas Estaduais.

O aconselhamento a estas gestantes deve: I. Promover reflexão da importância da realização das sorologias neste momento da vida (gestação e momento do parto); II. Discutir possíveis resultados e seus significados, bem como formas e importância do tratamento; III. Registrar em prontuário as formas de contato; IV. Discutir possíveis formas de manter contato (contrato de sigilo) nos casos em que o serviço de saúde necessitar passar informações; V. Discutir a importância do diagnóstico e tratamento do parceiro sexual em caso de resultados reagentes e discutir possíveis formas de manter contato nos casos em que o serviço de saúde necessitar passar informações; VI.

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Monitorar e documentar (prontuários e carteira da gestante) o tratamento administrado na gestante e no seu parceiro sexual.

O MS estimula a convocação, bem como rastreamento do parceiro sexual, contribuindo assim para diagnóstico precoce e tratamento de doenças que possam afetar a saúde da mulher e o bebê consequentemente e eliminar a sífilis congênita. (Realização do Teste Rápido para HIV e Sífilis na Atenção Básica e Aconselhamento em DST/AIDS – Curso, 2012)

A Rede Cegonha é uma estratégia que visa assegurar a todas as brasileiras umatendimento adequado, seguro e humanizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS),desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto e pós-parto, até aatenção infantil, conforme a Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011.

A usuária deve ser esclarecida sobre a importância da testagem no pré-natal e osbenefícios do diagnóstico precoce, tanto para o controle da infecção materna quantopara a prevenção da transmissão vertical.No momento da testagem, faz-se necessário um ambiente de confiança e respeito,que favoreça o vínculo e a avaliação de vulnerabilidades, permitindo atenção resolutivae articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência.

Recomenda-se que todas as gestantes realizem teste rápido (TR) para HIV naprimeira consulta, ou no primeiro trimestre de gestação. As gestantes cujos resultadossejam reagentes para o HIV devem ser encaminhadas para o seguimento ao pré-natalem serviços de atenção especializada em DST/aids de referência. Em caso de resultadonão reagente, recomenda-se a testagem para HIV no terceiro trimestre, segundo oCaderno de Atenção Básica nº 32 de Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco.

Recomenda-se que todas as gestantes realizem teste rápido (TR) para HBV naprimeira consulta, ou no primeiro trimestre de gestação, ou quando iniciarem o pré-natal.Gestantes diagnosticadas com infecção pelo HBV devem ser encaminhadas paraunidades obstétricas que assegurem a administração de vacina e da imunoglobulinaespecífica para o vírus da hepatite B (HBIg) ao RN.

Recomenda-se também que todas as gestantes realizem teste rápido (TR) para sífilisna primeira consulta do pré-natal, idealmente no primeiro trimestre da gravidez,

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noinício do terceiro trimestre (28ª semana), no momento do parto (independentemente deexames anteriores) e em caso de abortamento. Quando o TR for utilizado como triagemnos casos reagentes, uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada pararealização de um teste não treponêmico. Em caso de gestante, o tratamento deve seriniciado com apenas um teste reagente, treponênico ou não treponêmico, sem aguardaro resultado do segundo teste.

A realização do diagnóstico da infecção pelo HIV, sífilis e HBV no pré-natal, parto epuerpério, com o uso de testes rápidos (TR), possibilita a adoção quase imediata de medidasde profilaxia da transmissão vertical dos agravos, em função da rapidez do diagnóstico.

Os TR também devem ser indicados na admissão para o parto e, em último caso, nopuerpério, em situações especiais:

 Gestante sem pré-natal;

 Gestante não testada durante o pré-natal;

 Gestante que não dispõe de resultado do teste (ou do registro do resultadono cartão de gestante);

 Gestante não testada e/ou sem resultado do segundo teste, no últimotrimestre de gestação;

 Gestante que se encontre em situação de risco acrescido, como, por exemplo:mulher soronegativa para o HIV que tenha parceiro infectado; profissional dosexo; usuária de álcool e outras drogas; troca de parceiro durante a gestação;ocorrência de uma infecção sexualmente transmissível (IST) durante agestação, ou parceria sexual com IST; imigrante proveniente de região de altaprevalência de HIV; infecção por tuberculose, independentemente do tempotranscorrido desde a realização do último teste anti-HIV.

O parto e o puerpério não constituem momentos ideais para a realização dodiagnóstico da infecção pelo HIV, sífilis e HBV, uma vez que o

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diagnósticoprecocepossibilitaria a adoção de medidas mais efetivas para redução da transmissão vertical.Entretanto, como o momento do parto representa ainda elevado risco, devem-serealizar TR em parturientes e puérperas nas situações descritas acima. O diagnósticode qualquer uma das infecções deve ser definido e informado à puérpera antes da altahospitalar.

O parto e o puerpério não constituem momentos ideais para a realização do diagnóstico da infecção pelo HIV, sífilis e HBV, uma vez que o diagnóstico precoce possibilitaria a adoção de medidas mais efetivas para redução da transmissão vertical. Entretanto, como o momento do parto representa ainda elevado risco, devem-se realizar TR em parturientes e puérperas nas situações descritas acima. O diagnóstico de qualquer uma das infecções deve ser definido e informado à puérpera antes da alta hospitalar.

No caso de diagnóstico reagente com a utilização de TR, e considerando o curtoperíodo de permanência na maternidade, é fundamental criar oportunidades quevisem à orientação quanto às medidas de prevenção, adesão às recomendações eacompanhamento necessário. (Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais, MS, 2015)

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2. OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

Implantar os Testes Rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C em todas as Unidades de Saúde da Família no âmbito da Rede Cegonha no município de São Vicente Férrer – MA no ano de 2017, dando ênfase ao diagnóstico precoce no período gestacional como medida de redução da transmissão vertical.

2.2 Objetivos Específicos

 Ampliar o acesso e a melhoria da qualidade do pré-natal na Atenção Básica;  Ofertar testes rápidos para 100% das gestantes atendidas na ESF;

 Captar precocemente as gestantes para iniciar o pré-natal ainda no primeiro trimestre de gestação;

 Assegurar o tratamento e seguimento a todas as gestantes e parceiros sexuais portadores de sífilis;

 Qualificar 100% dos profissionais da ESFpara execução de testes rápidos e aconselhamento em IST/AIDS;

 Monitorar e dar suporte a essas equipes, bem como fornecer testes, materiais e impressos necessários para realização dos mesmos.

 Referenciar todas as gestantes portadoras de HIV/AIDS para o Serviço de Atendimento Especializado (SAE).

 Referenciar às gestantes com exames de Hepatites B e C para exames complementares, e possível tratamento, caso seja indicação.

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3. METODOLOGIA

3.1 Cenário do Projeto de Intervenção

O município de São Vicente Férrerpossui uma área de 394,634 km² está a uma altitude de 16 metros e sua população estimada é de 19.692 habitantes.Localizado a 280 quilômetros de São Luís, São Vicente Ferrer fica na região conhecida como Baixada Ocidental Maranhense. Essa região, de clima quente e úmido, se caracteriza pela presença de campos baixos que alagam na estação das chuvas, formando enormes lagoas entre os meses de janeiro e julho. A principal atividade econômica é a criação de gado, complementada pelas lavouras de mandioca, arroz e milho. A vegetação predominante no município é a mata de palmeiras, sobretudo babaçu, açaí, buriti, bacaba, tucum e guarimã. O núcleo urbano de São Vicente é uma povoação bastante modesta, que não dispõe de rede de esgotos. Segundo dados do IBGE, a taxa de alfabetização é de 66,30%. A maioria de seus habitantes recebe apenas um salário mínimo mensal ou menos.

O presente projeto trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter descritivo e exploratório a fim de aprofundar o conhecimento e assim inserir de forma que seja colocada em prática, funcionando da melhor forma possível um fluxograma que se faça valer os objetivos aqui inseridos.

É possível evidenciar inúmeros problemas que dificultam as ações de implantação de testes rápidos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Dentre eles, destacaram-se os problemas relacionados: à dificuldade da gestão em visualizar a magnitude das epidemias de sífilis e HIV; dificuldade em referenciar pacientes com diagnóstico positivo de Hepatites B e C, pois a demanda é maior que a oferta;

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dificuldades de realização de exames complementares para diagnóstico da Hepatite B e C; possíveis desabastecimentos de Testes Rápidos por parte do MS;dificuldades dos profissionais em realizar os testes rápidos nas UBS, bem como falta de interesse e compromisso dos mesmos; Falta de política de incentivo por parte dos gestores, dentre várias outras questões problemas.

Para a implantação dos testes rápidos de HIV e de sífilis no âmbito da Atenção Básica é necessárioa sensibilização, participação e apoio de todos os atores envolvidos neste processo: CoordenaçõesEstaduais e Municipais de Atenção Básica, que em conjunto com a Área Técnica de Saúde da Mulher,Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente, Coordenações de DST e Aids e de HepatitesVirais, os Laboratórios Centrais (LACEN) e Municipais, as Comissões de Integração de Ensino-Serviço (CIES), os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), os Serviços de AssistênciaEspecializada (SAE), bem como o Grupo Condutor e Apoiadores Institucionais e Temáticos daRede Cegonha entre outros profissionais de saúde e usuários.

O apoio do gestor e a articulação entre os parceiros citados acima têm importância crucial parao sucesso da implantação do teste rápido nomunicípio.

3.2 Elementos do Plano de Intervenção

O projeto de intervenção para treinar, capacitar, supervisionar e monitorar os profissionais que irão realizar os Testes Rápidos nas USF e bem como dispor de todo o suporte necessário para diagnóstico dessas gestantes, ofertando um pré-natal de melhor qualidade e garantia de resultado o mais breve possível, permitindo assim o encaminhamento dessas gestantes ao serviço especializado afim de iniciar o mais breve o tratamento necessário, baseia-se na apresentação do Projeto de Intervenção junto ao Gestor Municipal de Saúde, posteriormente ao Gestor Municipal (executivo), com o auxílio do Departamento Estadual de DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais, que farão a avaliação sobre a viabilização do projeto. Após apreciação e autorização dos gestores, o projeto será apresentado ao Conselho Municipal de Saúde, para o qual será de suma relevância mostrar a importância desta implantação nas UBS tendo em vista que será um pontapé inicial para melhoria da qualidade do pré-natal, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do projeto da rede cegonha no município e obviamente diminuir dados importantes como transmissão vertical, taxa mortalidade infantil.

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No processo de implantação dos testes rápidos é preciso informar e esclarecer todos osprofissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) sobre a metodologia, procedimentos e definiçãodo público-alvo. É importante que os profissionais médicos e enfermeiros da Atenção Básicasejam particularmente envolvidos uma vez que eles devem ser capazes de reconhecer o fluxo e osprotocolos necessários para o diagnóstico e tratamento desses agravos. É importante envolver todaequipe de Atenção Básica no apoio à implantação dos testes. A coordenação/direção da UBS deveser considerada pessoa-chave para desenvolver esse processo.

As equipes de Atenção Básica podem utilizar espaços como reuniões de equipes, de planejamentopara informar e esclarecer dúvidas dos profissionais e divulgar a estratégia de implantação dostestes rápidos na rede de saúde envolvendo todos os serviços, principalmente os laboratórios e ascoordenações de outros programas.

3.3Fragilidades e Oportunidades

Tendo como oportunização neste projeto, o aspecto de que se oferta à gestante nesta primeira consulta os testes rápidos e consequente resultados imediatos e posterior, encaminhamentos necessários. Tem ainda como oportunidade, a economia de gastos com exames laboratoriais, devido a oferta dos testes rápidos via Ministério da Saúde, de forma gratuita, sendo que no momento, para realização dos exames de HIV, Sífilis e Hepatites B e C se dão devido a contratação de serviços de forma terceirizada à laboratórios particulares no município, o que disponibilizará para muito mais vagas para outros tipos de exames laboratoriais, além do mais, o teste rápido dispõe de resultados num período de no máximo 30 minutos enquanto que os laboratoriais são disponibilizados num período mínimo de 24hs.

Em relação as fragilidades vale ressaltar que o município possui algumas deficiências, tais como: o desconhecimento dos gestores quanto à execução e ações de controle da doença; falta de incentivos por parte dos gestores, para desenvolvimento de ações relacionadas aos agravos, desestruturação e/ou desfalque da equipe dos programas onde serão encaminhadas para serem assistidas, bem como falta de profissionais especializados no município, os entraves políticos, principalmente em relação às ações

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de vigilância, resultando na falta de investimento nesse campo por parte da gestão; o despreparo de alguns profissionais de saúde para desenvolver tais ações, tendo em vista que são diagnósticos específicos nos quais provocarão uma readaptação na vida daquela paciente, inclusive, continuar a ser assistida também pela unidade de saúde onde ela está inserida mesmo após diagnóstico. Por esses motivos, apesar de estar entre as prioridades dos programas da atenção básica e principalmente fazer parte do projeto da Rede Cegonha no qual o município aderiu. É importante ainda considerar, contudo, as dificuldades de aceitação do diagnóstico devido à falta de informação e consequentemente um preconceito relacionado, justamente por conta dessa deficiência.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de implantação dos testes rápidoscomo medida de diagnóstico no âmbito da rede cegonha no município de São Vicente Férrer, prevê uma construção com avanços capaz de transformar a prática de atenção à saúde das gestantes.

O princípio norteador da proposta, caracterizado pela oferta dos testes para todas as gestantes na Unidade Básica de Saúdecontinua sendo uma das finalidade da intervenção. O processo desponta como capaz de ampliar o acesso ao diagnóstico do HIV, Sífilis e Hepatites B e C, permitindo o desenvolvimento de ações que resultem na redução da transmissão vertical desses agravo, e melhorando a qualidade da assistência pré-natal.

A ampliação do acesso e da melhoria da qualidade do pré-natal na Atenção Básica se apoiana oferta e na execução dos testes rápidos. A redução das taxas de transmissãovertical do HIV e a eliminação da sífilis congênita, bem como redução da mortalidade materna einfantil evitáveis são deveres de todos nós. Entretanto, sua

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implantação só será possível por meioda cooperação e do trabalho de gestores, profissionais de saúde e usuários do SUS.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.488, de 21 de Outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, n. 204, 24/10/2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST,Aids e Hepatites Virais. Realização do Teste Rápido para HIV e Sífilis na Atenção Básica e Aconselhamento em DST/AIDS – Curso.Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, n. 121, 27/06/2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica nº 32 de Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco.Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 1. ed.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST,Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais.Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 1. ed.

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