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Resumo de Penal - 1º Bimestre - Dafne

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Academic year: 2021

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Penal II – 1º Bimestre

Critério da Valoração?

É valoração atribuída ao bem jurídico tutelado ao estado, foi definido que a vida é o bem jurídico mais importante.

"Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade" (CF88)

Vida - Proteção Legal e Conceito

De acordo com o Art5º da CF\88 a vida é considerada o bem jurídico mais importante, sendo tutelado pelo Estado (tanto na CF\88 quanto no CP nos artigos 121,122,123 e 124)

É considerado vida o momento a partir da concepção (produto da fecundação), a partir dai, portanto, já ocorre a tutela por parte do Estado.

A vida pode ser:

Intra-uterina: Vai da concepção até a 3ª semana (ovo), 3ª semana até 3º mês (embrião), e a partir dai há o feto, se algo interromper há aborto.

Extra-uterina: A partir do parto, se algo a interromper pode haver homicídio ou infanticídio.

Se a interrupção ocorrer durante a transição da vida intra para extra-uterina necessita-se da ciência auxiliar do direito. Docimásia hidrostática de Galeno

Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasceu viva ou morta. Dependendo do momento da morte as conseqüências jurídicas serão diferentes (aborto, infanticídio etc.).

Coloca-se o pulmão em uma bacia com água, se o pulmão voltar a superfície significa que a criança respirou, e portanto nasceu com vida. Se for comprovado que a criança respirou confronta-se com o momento do parto para determinar quando a vida foi interrompida.

Mas: Quando o pulmão for atingido esse método não serve, torna-se necessário usar a pulsação cardíaca e os movimentos circulatórios (presença de alimentação do aparelho digestório, oxigenação no tecido adiposo etc.).

Morte:

Conceito em geral : paralisação da função cardíaca, respiratória e encefálica

Comprovação de morte jurídica de quem é doador: Paralisação encefálica irreversível certificada por dois médicos de equipes diferentes.

 O nosso legislador, preocupado com as imensas filas de pacientes aguardando transplantes, e fundado em estudos conclusivos de que a morte encefálica é irreversível, aprovou a Lei n. 9.434/97, que, em seu art. 3º, declara considerar-se morta a pessoa no momento da cessação da atividade encefálica. Referida lei dispõe, outrossim, que a remoção e retirada dos órgãos, aprovada pelo falecido ou pelos parentes, será permitida após a constatação e registro da morte encefálica por dois médicos que não façam parte da equipe de remoção e transplante.

Prova da morte: A materialidade do homicídio é demonstrada pelo exame necroscópico em que o médico legista atesta a ocorrência da morte e suas causas. O corpo sempre irá ao IML quando:

1. houver morte com violência 2. não se souber a causa da morte HOMICÍDIO(Art.121)

Caput - Homicídio Simples: matar alguém, destruição da vida extra-uterina de outrem.

É crime de dano: O homicídio é também classificado como crime de dano, na medida em que sua configuração exige efetiva lesão ao bem jurídico. consuma-se no momento da morte decorrente da conduta dolosa do agente.

Material: categoria de ilícitos penais que exigem a superveniência do resultado previsto no texto legal para estarem consumados.

Instantâneo: é classificado como crime instantâneo, uma vez que o evento morte ocorre em um momento

exato. Considerando, entretanto, que a morte é irreversível, costuma-se dizer que o homicídio é crime instantâneo de efeitos permanentes.

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Diferença entre a tentativa de homicídio e a lesão corporal seguida de morte:

O elemento subjetivo serve também para diferenciar a tentativa de homicídio do crime de lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do CP). Com efeito, na tentativa o agente quer matar e não consegue, enquanto na lesão seguida de morte ocorre exatamente o oposto, ou seja, o agente quer apenas lesionar, mas, culposamente, acaba provocando a morte.

Sujeitos:

1. Sujeito ativo: O homicídio enquadra-se no conceito de crime comum porque pode ser praticado por qualquer pessoa. 2. Sujeito passivo: Pode ser qualquer ser humano.

Parágrafo 1º - Homicídio Privilegiado

É aquele que favorece o réu, traz beneficio para ele. Requisitos: Uma delas é suficiente.

1. Relevante valor

a. Social (estuprador\patriota): o sujeito que está matando tem a convicção de que esta fazendo bem a coletividade. Ex: pai que mata estuprador acreditando que faz bem aos outros.

b. Moral (eutanásia): o agente mata com convicção de que faz um bem a pessoa que está matando.

2. Domínio de violenta emoção (estuprador\adultério): sentimento de forte e repentina comoção ou excitação que pode cometer uma pessoa a vista de alguém ou pela percepção de algo. Ex: raiva, alegria, medo, coragem.

3. Logo em seguida a injusta provocação da vitima. Conseqüência: O juiz pode reduzir.

Parágrafo 2º - Homicídio Qualificado (Lei nº 8.072\90)

Crime mais grave pelos motivos ou pela forma que o crime foi praticado, é um crime hediondo (aqueles entendidos pelo legislador como mas reprováveis e que causam maior aversão a coletividade).

 Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe ( visa adquirir vantagem econômica). Ex: Matador de aluguel\Herança\ Rivalidade profissional.

 Por motivo fútil, também é insignificante mas sem visar vantagem econômica. Ex: Marido x Esposa\ Transito\ Rompimento de namoro

 Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. Ex: Periculosidade\ Risco a varias pessoas

 Por traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Ex: Boa-fé\ Covardia

 Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Ex: Matar testemunhas Conseqüência: Aumento de pena de 12 a 30 anos.

Origem da palavra Assassino: Os lideres davam o haxixe aos seus guerreiros para estimular ainda mais a crueldade de seus homens, se tornavam ainda mais cruéis e sem piedade, dai vem Hashashin e conseqüentemente assassino e assassinato. O assassinato equivale ao homicídio doloso, premeditado.

Parágrafo 3º - Homicídio Culposo

Ocorre quando não há vontade de praticar o crime (há falta de cuidado somado a previsibilidade), ao invés do dolo há culpa, na forma de:

 Negligencia: ato omissivo (culpa passiva), deixou de observar certar condutas de poderiam evitar o resultado. Ex: carro velho.

 Imprudência: o ato é comissivo (culpa ativa), praticar uma conduta alem do permitido. Ex: acima da velocidade permitida.

 Imperícia: praticar conduta a qual não se esta autorizado pelos órgãos oficiais ou mecanismo exigido para praticar essa conduta. É a demonstração de incapacidade ou de falta de conhecimentos técnicos no desempenho de arte, profissão

ou ofício que dá causa ao resultado. A imperícia pressupõe sempre a qualificação ou habilitação legal para a arte ou ofício. Não havendo tal habilitação para o desempenho da atividade, a culpa é imputada ao agente por imprudência ou negligência.

Conseqüência: 1 a 3 anos. Parágrafo 4º - Culposo qualificado

1ª parte - Culposo qualificado - aumenta de 1\3 se:

a. inobservância de regra técnica de profissão, arte ou oficio. Ex: medico que deixa de usar equipamentos esterilizados. b. deixar de prestar imediato socorro a vitima. Ex: atropelar e abandonar.

c. não procurar diminuir as conseqüências do ato. d. foge para evitar prisão em flagrante.

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 ECA (8.069\90): se praticado contra menor de 14 anos.  EI (10.741\03): se praticado contra maior de 60 anos. Parágrafo 5º - Perdão Judicial

 Fundamento jurídico: As conseqüências do ato do agente já provocaram sofrimento nele.  Exigências legais

a. homicídio culposo b. caráter afetivo Parágrafo 6º - Aumento de Pena

 Milícia privada: organização criminosa em geral de oficiais que cobra dinheiro sob o pretexto de prestação do serviço de segurança.

 Grupos de extermínio: ocorre quando os agentes escolhem determinados grupos sociais (cor, condição econômica etc.) Ação penal para homicídio: ação penal publica incondicionada. Promovida por denuncia apresentada pelo promotor de justiça.

 Se pede queixa: ação privada. Ex: crimes contra honra (Art.145)

 Se pedir representação: ação publica condicionada a representação. Ex: crime de ameaça.

Denuncia não é "notitia criminis"! a primeira é apresentada mediante denuncia pelo promotor na ação penal publica, a segunda é feita pelos sujeito (cidadão) que leva a noticia criminosa a autoridade competente.

ART.122 - COLABORAÇÃOPARAOSUICÍDIO.

Conceito: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça.

É direito subjetivo: Não é direito subjetivo, pois o Estado autoriza exercer a violência para impedir o suicídio. De acordo com o Art. 146 §3º, II do CP a coação ocorre quando obriga-se a vitima a fazer ou deixar de fazer algo contra a sua vontade porem ressalta neste mesmo artigo que não se compreende a coação exercida para impedir suicídio.

Conduta de:

1. Induzir: despertar a idéia de suicídio que até então não havia se manifestado (faz surgir a idéia). 2. Instigar: reforçar a idéia já existente de suicídio (a idéia já é preexistência).

3. Auxiliar: conceder as ferramentas, disponibilizar os meios materiais.

Para participar do crime de colaboração do suicídio não deve praticar o ato de execução do contrario há homicídio. Tentativa: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

 Punição: reclusão, de 1 a 3 anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.

 Exceção: Em geral com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços, salvo disposição em contrário.

Nota-se, portanto, que a própria lei excluiu a possibilidade de punição daquele que realizou ato de induzimento, instigação ou auxílio quando a vítima não praticou o ato suicida, ou quando o praticou mas sofreu apenas lesões leves

Qualificação o delito de suicídio:A pena é duplicada: aumento de pena

1. se o crime é praticado por motivo egoístico. Ex: Caráter financeiro/ interesses pessoais 2. se a vítima tem idade entre 14 e 18 anos.

3. tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência (tem capacidade de compreensão reduzida) Ex: Doença mental incompleta e embriaguez incompleta

Dessa forma, existem várias situações fáticas em que é realizado um ato atentatório à própria vida, porém, como a vítima não o fez de forma voluntária e consciente, exclui-se o crime em análise, por não ter havido um suicídio. É o que ocorre quando alguém se aproveita da falta de capacidade de entendimento da vítima, por ser uma criança ou alguém com grave deficiência mental, para convencê-la a pular de uma ponte ou a tomar veneno. Em tais hipóteses, a vítima não tinha compreensão das

consequências de seu ato, de modo que o sujeito deve responder por homicídio: 3. menor de 14 anos

4. Doença mental completa 5. Embriaguez completa Sujeitos:

1. Ativo: qualquer pessoa.

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INFANTICÍDIO (ART.123)

Conceito: Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho (nascente ou recém nascido), durante o parto ou logo após. Pode ser através de:

1. Sufocação 2. Estrangulamento 3. Fratura do crânio

4. Omissão: deixar de amamentar. Infanticídio é um homicídio privilegiado?

Não é, pois embora apresente efeitos semelhantes, o infanticídio é previsto expressamente no Art. 123 do CP enquanto que o homicídio privilegiado é previsto no parágrafo 1º do Art.121. Assim, o infanticídio é um crime autônomo.

Sistema adotado:

1. Fisiológica (estado puerperal): reunião de fatores externos e internos na vida da gestante que leva a mulher a dar fim a vida do filho durante ou logo após o parto (rompimento do saco amniótico).

2. "honoris causa": se imaginava que a mãe punha fim a vida do filho por conta da honra, para não sofrer a pressão social. Característica

1. Influencia do Estado Puerperal 2. Durante/ logo após.

Exigências legais

1. Vida extra-uterina 2. Nascente/ recém nascido

Docimásia hidrostática de Galeno: O infanticídio tem como sujeito passivo os nascentes ou recém nascidos (vida extra uterina) quando a morte ocorre nesse processo de transição da vida intra para extra uterina faz-se necessário descobrir se a criança veio a respirar ou não (ou seja, se nasceu morta), dai a necessidade de realizar a docimásia hidrostática de Galeno ou (no caso de perfuração dos pulmões) dos movimentos circulatórios e pulsações cardíacas.

Se a mãe tentar matar uma criança que nasceu morta denomina-se crime impossível (Art.17). Por isso torna-se necessário a utilização da Docimásia e do Movimento circulatório/ pulsações cardíacas.

Erro sobre a pessoa (Art.20, §3º do CP): a mãe sob influencia do estado puerperal mata a criança de outra mãe. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. Comete portanto, infanticídio.  Concurso de agentes (Art.29 e seguinte do CP): A mãe mata o filho junto com pai, ocorre infanticídio se comunicam as

condições de caráter pessoal, quando elementares ao crimes.

Outro filho: A mãe sob estado puerperal mata o filho de 4 anos, ocorre homicídio, pois a vitima não pode ser qualquer pessoa, somente o nascente nem o recém-nascido.

Morte por culpa: mão sob influencia do estado puerperal logo apos o parto mata o recém nascido e nascente sem desejar, ocorre homicídio culposo, pois não há infanticídio culposo.

Caracterizas do estado puerperal: a mãe direciona uma conduta agressiva em relação ao filho 1. Dor física

2. Abalo mental

3. Perturbação do sistema nervoso 4. Liberação hormonal

5. Redução da capacidade de entendimento

A depressão-pós parto começa apos o parto e não durante, gera uma relação de perigo mas não tem relação com o desencadeamento hormonal que é o estado puerperal.

Sujeitos:

1. Ativo: em principio a mãe e aquele que concorrer para o crime. 2. Passivo:

a. Nascente b. Recém nascido ABORTO: (Arts. 124 a 128 do CP)

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Conceito: destruição do produto a concepção em qualquer momento da gestação (ovo/ embrião/ feto) para caracterizar o aborto não é necessário a expulsão de feto apenas a interrupção da vida intra-uterina.

Causas:

1. Natureza econômica 2. Natureza moral Tipos:

1. Espontâneo/ natural: que decorre da própria rejeição do organismo da mulher (não punido)

2. Provocada/ criminoso: pela própria gestante e por terceiro (com ou sem consentimento da gestante).

AUTOABORTO Provocar aborto em si mesma (somente a gestante pode provocar) Pena de detenção, de 1 a 3 anos (Art.124) ABORTOPROVOCADOPORTERCEIRO

Sem consentimento da gestante. Pena de reclusão, de três a dez anos. 1. Força (violência física)

2. Ameaça que caracterize coação irresistível (violência moral)

3. Fraude: feito sem que a mulher tenha conhecimento. Acreditando, muitas vezes que está sendo submetida a outro procedimento.

Aborto consentido:a gestante consente que outrem lhe provoque um aborto. Pena de reclusão de 1 a 4 anos (Art.126):  Exigência Legal:

1) Consentimento valido 2) Expresso ou tácito 3) Gestante capaz

4) Deve ocorrer durante todo o ato

Observação: nesses casos o consentimento não é valido, aquele que pratica incorre no Art.125, aborto sem consentimento. 1. Menor de 14 anos

2. Alienada mental 3. Débil mental

Conseqüência: aumento de pena. ABORTOQUALIFICADO:

Aumento na pena do terceiro que praticou o aborto: Lesão corporal de natureza grave (aos §§1º e 2º do Art.129 do CP) Duplicada de pena: se ocorre morte da gestante (o mesmo procedimento utilizado no aborto gera a morte).

Características: preterdoloso (dolo no antecedente e culpa no conseqüente) ABORTOPERMITIDO: nem a gestante nem aquele que pratica é punido.

Exigências: praticada por médico 1. Aborto necessário (terapêutico)

Exigência legal: se não há outro meio de salvar a vida da gestante.  Estado de necessidade (excludente de antijuridicidade). 2. Aborto sentimental (estupro)

Exigência legal: consentimento da gestante e quando incapaz, de seu representante legal (se houver divergência entre os pais e der ensejo a salvar a vida isso deve ser feito).

 Inexigibilidade de conduta diversa.

É inconstitucional? O CP promove uma inconstitucionalidade do Art.5º da CF que garante inviolabilidade do direito a vida, pois oferece preferência a liberdade de escolha do que à vida, ao mesmo tempo, o aborto sentimental é praticado mediante a inexigibilidade de conduta diversa (o próprio estado que lhe deveria dar proteção não a ofereceu).

Autorização jurídica? Não precisa de autorização judicial pois a lei já permite. Laudo pericial? Comprovação de que ocorreu o Estupro.

Aborto eugênico? A eugenia é a má formação fetal, quando se identifica que aquele feto tem alguma disfunção, pode ser encefálica (total ou parcial), fisiológica, física. Somente no caso de anencefalia não crime.

AULANO FORINHO:

 Formado por: juiz, promotor,advogados da defesa, escrivão, réu e tribunal do júri.

 Como se compõe o tribunal do júri (CAI): Juiz togado que o preside, São 25 convocados mas deve haver no mínimo de 15 presentes para iniciar a sessão, desses, 7 serão sorteados e aceitos. Tanto a acusação e defesa podem recusar até 3 por questões de sexo, filosofia, idade etc.

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Pode haver três tipos de sentença:

1) Pronuncia (CAI): reconheceu-se que houve crime doloso contra a vida, há indícios de autoria e materialidade do fato, somente a sentença de pronuncia leva o réu ao tribunal do júri.

2) Absolvição sumaria houve crime + indícios de autoria MAS agiu dentro de uma excludente de ilicitude. 3) impronuncia: houve o crime MAS não se conseguiu relacionar a conduta do réu à autoria do delito.

4) Desclassificação do crime: houve um crime + indícios de autoria MAS não há crime contra a vida. Não é levado ao tribunal do júri mas ao tribunal comum.

PROCEDIMENTO:

1. Os depoimentos começam pela vítima, se for possível. Depois, são ouvidas as testemunhas de acusação e, por último, as de defesa.

2. O réu irá se defender, para tentar convencer os jurados.

3. Primeiro fala a acusação e depois defesa (uma hora e meia de oratória para cada): o júri são as pessoas do povo, a defesa deve utilizar uma linguagem simples para que eles possam compreender.

4. Se a acusação replicar a defesa tem direito a tréplica.

5. Os jurados e o juiz se reúnem em uma sala secreta para decidir se o réu deve ser culpado ou absolvido.Quando estiverem preparados para julgar os jurados votam os quesitos do juiz.

6. A decisão dos jurados somente pode ser reformada por um novo corpo de jurados com base em um recurso, em razão da soberania do júri.

Origem histórica: O tribunal do júri teve origem na Inglaterra com o Rei João Sem Terra que era populista e visava descentralizar o poder e conceder ao povo o poder de julgar seus pares.

QUANTOASALGEMAS O réu chega algemado ao fórum, mas os advogados da defesa não devem permitir que ele entre algemado, pedindo a juíza que determine a retirada das algemas.

LESÕESCORPORAIS (Art. 129 CP)

Conceito: ofensa a integridade corporal ou a saúde de outrem, determinada pelo exame de corpo de delito.

Diferença para com a autolesão: a autolesão nunca se enquadra no conceito de lesão corporal. Assim, se o agente o fizer para simular uma agressão e, com isso, receber o valor do seguro que tinha feito em relação à sua integridade corpórea, incorre no crime de fraude para recebimento de seguro (art. 171, § 2º, V, do CP). Em tal caso, contudo, a vítima é a seguradora. Quem se autolesiona para não prestar serviço militar comete o crime do art. 184 do Código Penal Militar. Cuida-se de crime militar aplicável a quem ainda sequer se incorporou.

Dano:

1) Anatômico 2) Fisiológico 3) Mental

Lesão corporal de natureza leve (classificação por exclusão aos §§1º, 2º, 3º): classificada por exclusão quando não se encaixa em nenhum dos outros casos.

§1º Lesão corporal de natureza grave

I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias (Engloba aposentados/ crianças). No 31º dia a vitima precisa passar por um novo laudo pericial que vai caracterizar a lesão grave. Não se aplica a atividade ilícita.

II - Perigo de morte. Ex: Hemorragia/Traumatismo/ Coma.

III - Diminuição da capacidade funcional: de membro, sentido ou função de forma permanente. IV - aceleração de parto, basta que antecipe o momento do parto (riscos).

§2º Lesão Corporal de natureza gravíssima: as sequelas são piores e a pena maior. É considera apenas na doutrina, pois o CP trata esse parágrafo como lesão de natureza grave.

I - Incapacidade permanente para o trabalho. Atividade profissional remunerada e permanente. II - Enfermidade incurável. Ex: HIV

III - perda (mutilação ou amputação) ou inutilização (incapacidade) do membro, sentido ou função. IV - deformidade permanente, não há recuperação natural das células. Ex: Estética/Visual

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§3º Lesão corporal seguida de morte: (ausência de dolo) Se as circunstâncias evidenciam que o agente não quís a morte do outro , nem assumiu o risco de produzi-lo. A vontade do agente é agredir, não matar (Preterdoloso). Quem é competente é o juiz, pois não é crime doloso contra a vida.

§4º Lesão Corporal Privilegiada: Comete o crime de lesão corporal impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima (Igual ao §1º, Art.121 do CP)

§5º Substituição da detenção por multa quando:

I - Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima

II - se as lesões são recíprocas. Possibilidade: "caput" §§6º e 9º.

§8º Perdão Judicial: aplica-se a lesão culposa o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Igual ao do §5º, Art.121 CP)

§6º Lesão corporal culposa: negligencia, imprudência e imperícia. (Igual ao §3º, Art.121 CP)

§7º Aumento:: aumenta-se a pena quando o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. Se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Igual aos §§4º, 6º do 121 CP) §9º Violência Domesticas: Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.

§10º Aumento de pena: se ocorrer lesão corporal grave, gravíssima ou lesão corporal seguida de morte no ambiente domestica haverá um acréscimo, fora desse ambiente segue a regra dos respectivos parágrafos (§§1º, 2º e 3º + 9º).  §11 Agravante Especifica: a pena será aumentada se a lesão corporal foi praticado contra pessoa com deficiência.

Referências

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