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Estudo comparativo dos resultados escolares obtidos por alunos praticantes e não praticantes de desporto federado

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Academic year: 2021

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Ricardo Jorge Ferreira Resende

Relatório de Estágio

Estudo Comparativo dos Resultados Escolares obtidos por Alunos

Praticantes e Não Praticantes de Desporto Federado

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS

BÁSICO E SECUNDÁRIO

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO VILA REAL, JANEIRO DE 2015

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Ricardo Jorge Ferreira Resende

Relatório de Estágio

Estudo Comparativo dos Resultados Escolares obtidos por Alunos

Praticantes e Não Praticantes de Desporto Federado

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS

BÁSICO E SECUNDÁRIO

Orientador: Prof. Nuno Garrido Coorientador: Profª. Rosa Peixoto

UTAD VILA REAL, 2015

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Dissertação apresentada à UTAD, no

DEP - ECHS, como requisito para a

obtenção do grau de Mestre em Ensino

de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário, cumprindo o estipulado na

alínea b) do artigo 6º do regulamento dos

Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em

Ensino da UTAD, sob a orientação do

Professor Nuno Garrido e da Professora

Rosa Peixoto.

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AGRADECIMENTOS

Foram várias as pessoas que contribuíram para a realização de todo o trabalho deste ano que passou e, por isso, deixo o meu OBRIGADO.

À Professora Rosa Peixoto, orientadora da escola, por ter oferecido todo o apoio que necessitei todos os dias do ano.

Ao Professor Doutor Nuno Garrido pela ajuda que disponibilizou ao longo de todo este caminho.

A todas as pessoas da Escola Secundária/3 S. Pedro, por me ter recebido da melhor maneira e disponibilizado todos os seus recursos de forma a facilitar e melhorar todo o meu trabalho.

Aos meus colegas do núcleo de estágio, André Pinto e Ricardo Monteiro por todo o companheirismo demonstrado.

Às Turmas do 7ºC, 12ºA e à equipa de voleibol do Desporto Escolar com a qual trabalhei e vivenciei momentos fantásticos.

À minha Mãe e ao meu Pai, que sempre me apoiaram e permitiram que eu chegasse, onde hoje me encontro.

À minha irmã e à minha namorada que sempre estiveram presentes e me apoiaram, ao longo desta dura etapa.

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ÍNDICE GERAL

AGRADECIMENTOS ... VII ÍNDICE GERAL ... VIII ÍNDICE DE TABELAS ... IX ÍNDICE DE GRÁFICOS ...X

PARTE I - RELATÓRIO DE ESTÁGIO... 1

Resumo ... 2

Abstract ... 3

Introdução ... 4

1. Tarefas de Estágio de Ensino-Aprendizagem... 5

1.1 Unidades Didáticas (UD)... 5

1.2 Planos de Aula (P.A.) ... 7

1.3 Práticas de Ensino Supervisionada ... 8

2. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio ... 9

2.1 Estudo de Turma ... 9

2.2 Atividades na Escola ... 13

Conclusão ... 16

Bibliografia ... 18

PARTE II – ESTUDO DESENVOLVIDO ... 19

Resumo ... 20 Abstract ... 21 Introdução ... 22 Revisão da bibliografia ... 24 Metodologia... 28 Resultados ... 29 Discussão... 43 Limitações e Pressupostos ... 47 Conclusão ... 49 Bibliografia ... 50 ANEXOS ... 53

Anexo I – Questionário (Estudo de Turma)... 54

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Desportos Praticados pelos Alunos Federados no Ensino Básico... 31

Tabela 2 - Ocupação dos Tempos Livres no Ensino Básico ... 32

Tabela 3 - Desportos Praticados pelos Alunos Federados no Ensino Secundário ... 37

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Historial de Retenções no Ensino Básico ... 29

Gráfico 2 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Básico ... 29

Gráfico 3 - Tempo Dedicado por Semana ao Estudo no Ensino Básico ... 30

Gráfico 4 - Prática Desportiva no Ensino Básico dos Alunos Não Federados ... 30

Gráfico 5 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Básico ... 31

Gráfico 6 - Tempo Disponível para Treinar durante o Ano Letivo no Ensino Básico.... 32

Gráfico 7 - Historial de Retenções no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos ... 33

Gráfico 8 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos ... 33

Gráfico 9 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos... 34

Gráfico 10 - Historial de Retenções no Ensino Secundário ... 35

Gráfico 11 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Secundário ... 36

Gráfico 12 - Tempo Dedicado por Semana ao Estudo no Ensino Secundário... 36

Gráfico 13 - Prática Desportiva no Ensino Secundário dos Alunos Não Federados .... 37

Gráfico 14 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Secundário ... 38

Gráfico 15 - Tempo Disponível para Treinar durante o Ano Letivo no Ensino Secundário ... 38

Gráfico 16 - Historial de Retenções no Ensino Secundário Desportos Individuais vs Desportos Coletivos ... 40

Gráfico 17 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Secundário Desportos Individuais vs Desportos Coletivos ... 40

Gráfico 18 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Secundário Desportos Individuais vs Desportos Coletivos ... 41

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Resumo

O presente relatório de estágio surge com o objetivo de dar a conhecer a minha experiência pessoal enquanto professor estagiário durante o ano letivo 2013/2014. Esta experiência fez parte do Estágio Pedagógico e este, por sua vez, está inserido no plano de estudos do 2º Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Partilharei as diversas experiências pelas quais passei, nomeadamente as dificuldades com que me deparei, bem como a forma como as superei. Este relatório irá fazer referência a Tarefas de Estágio de Ensino-Aprendizagem, bem como a Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio. Assim, pretendo com o mesmo refletir sobre todo o trabalho desenvolvido na Escola Secundária/3 S. Pedro sob a Orientação da Professora Rosa Peixoto.

Palavras-chave: Estágio pedagógico; Educação física; Ensino; Aprendizagem; Orientação.

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Abstract

The following internship report aims to present my personal experiences as an internship teacher throughout the academic year 2013-2014. This experience arises from the Pedagogical Internship, which belongs to the 2º cycle of studies in Physical Education Teaching, both in the Elementary and Secondary School, in the University of Trás-os-Montes e Alto Douro. In this report were accounted all the different experiences that I went through, such us the difficulties that I endured, as well as the different strategies used to overcome them. This report will refer both to Internship Duties in Educational Learning and Internship Duties in the Report between School and Midst. Thus, it is intended in this report to think over all the work developed in the Escola Secundária/3 S. Pedro, under the guidance of Teacher Rosa Peixoto.

Key Words: Pedagogical Internship; Physical Education; Education; Learning; Orientation.

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Introdução

O estágio pedagógico decorreu na Escola Secundária/3 S. Pedro de Vila Real, sob a orientação da Professora Rosa Peixoto. Do núcleo de estágio fizeram parte mais dois elementos, André Pinto e Ricardo Monteiro. Este estágio contou com a supervisão do Professor Doutor Nuno Garrido, da UTAD.

Antes de iniciar a atividade na escola, realizou-se uma reunião na mesma a fim de tomarmos conhecimento das tarefas que nos cabiam, bem como as turmas a quem iríamos lecionar a disciplina de Educação Física. Posto isto, foram-me atribuídas duas turmas, 7ºC e 12ºA. Foi-me ainda transmitido que não iríamos lecionar às duas turmas em simultâneo, mas sim de forma separada. Ficou então decidido que no primeiro e segundo períodos iria lecionar as aulas do 7ºC e que no terceiro e último período iria lecionar as aulas do 12ºA. Ainda na mesma reunião foi-me garantido por parte da professora já referida todo o apoio necessário desde o primeiro ao último dia.

De forma resumida, as estratégias utilizadas nos três períodos foram as seguintes: Primeiro período: período no qual a primeira unidade didática foi lecionada pela professora e durante a qual me dediquei apenas a observar pormenorizadamente cada passo seu; a segunda modalidade foi já lecionada por mim, mas sempre com a ajuda da professora nos momentos de maior dificuldade.

Segundo período: período no qual continuei a lecionar, mas desta vez com maior liberdade e menos intervenções por parte da orientadora também devido à constante melhoria da qualidade das aulas.

Terceiro período: período durante o qual já trabalhei de forma completamente autónoma e onde os erros foram escassos.

Este relatório irá de encontro às Tarefas de Estágio de Ensino-Aprendizagem e às Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio. Desta forma, irei de forma sucinta resumir todo o percurso por mim realizado.

Durante o ano que passou, pude finalmente contactar de forma direta com a realidade escolar, algo que até hoje nunca se tinha verificado. Posso afirmar que este foi o ano em que mais formação adquiri e mais capacidades desenvolvi e que sem ele nunca estaria preparado para iniciar a carreira de professor de educação física.

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1. Tarefas de Estágio de Ensino-Aprendizagem

1.1 Unidades Didáticas (UD)

A partir do momento em que se realizou a primeira reunião entre orientadora e o núcleo de estágio fiquei a saber quais as turmas a quem iria lecionar e, prontamente, me desloquei ao gabinete de educação física para ter conhecimento das modalidades que iria abordar. Desta forma, apurei que no primeiro período e respetivo ao 7ºC iria contar com Ginástica e Rugby, em que apenas lecionaria a segunda modalidade, que no segundo período iria contar com Natação, Atletismo e Andebol e que no terceiro período iria contar com Basquetebol, mas esta seria já com a nova turma do 12ºA. De salientar que, no segundo período, as duas primeiras modalidades lecionaram-se em simultâneo, isto é, nas aulas de 45 minutos lecionei a modalidade de Atletismo e nas aulas de maior duração (90 minutos), lecionei Natação nas Piscinas Municipais de Vila Real. No terceiro período, na Escola Secundária/3 S. Pedro, opta-se por lecionar apenas uma modalidade devido à curta duração do período em questão.

Fiquei bastante satisfeito com as modalidades que tive de lecionar, todas por razões distintas. Rugby, por ser uma modalidade com a qual os alunos estão menos familiarizados. Natação, por ser uma modalidade completamente diferente de se lecionar, pois não estamos fisicamente tão perto dos alunos o que nos obriga a utilizar estratégias diferentes para observar comportamentos, detetar e corrigir erros. Atletismo, por ser uma modalidade com a qual também os alunos estão menos familiarizados. E basquetebol, por ser uma modalidade para mim muito familiar, enquanto jogador praticante, e que agora se tornou diferente e aliciante lecioná-la como professor estagiário. Assim, posso afirmar que cada uma das modalidades foi mais desafiadora do que a outra.

Segundo Bento (1999), a forma de planificação surge no sentido de promover o sucesso do processo ensino – aprendizagem das modalidades, justificando-se a sua existência pela necessidade de basearmos a nossa atividade em objetivos precisos na tentativa de transmitirmos a matéria aos alunos de forma sistemática.

Não se podia ter verificado de forma mais clara o que acima foi citado. Comecei por realizar sempre cada unidade didática com alguma antecedência para ajustar pormenores que fossem aparecendo de vez em quando e utilizei-as como um guia que levava sempre comigo para a escola. É evidente que a primeira unidade didática foi um autêntico quebra-cabeças. Contudo, anotei todas as dúvidas que persistiam e, no dia seguinte, estava na sala dos professores juntamente com a minha orientadora a resolvê-las, a todas sem exceção. Após esse esclarecimento, fiquei de imediato com

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uma perspetiva completamente diferente do que iria ser o estágio pedagógico. Aquilo que eu pensava ser um poço sem fundo, era afinal um passo essencial para o meu desenvolvimento como professor estagiário.

As tarefas nunca puderam nem foram realizadas em conjunto com os meus colegas de núcleo de estágio, devido ao facto de as turmas serem completamente distintas. Eu poderia estar a realizar uma unidade didática para o 7ºC e o meu colega estaria a realizar uma outra para uma turma de 12º ano. Assim, trabalhamos sempre de forma individual e apenas trocávamos impressões/opiniões.

Após a realização da primeira unidade didática, chegou o momento das primeiras aulas e desde logo reparei que os conteúdos programáticos que eu tinha planeado poderiam não ser cumpridos dentro do prazo estabelecido, não só por causa do nível motor dos alunos, mas também pelo facto de ter descoberto apenas na primeira aula de que nunca tinham tido contacto com a modalidade em questão. Por exemplo, tive que insistir nos dois conteúdos mais básicos da modalidade de rugby durante três aulas, assim como tive que insistir num conteúdo intermédio durante outras três aulas. Estas alterações fizeram com que tivesse que eliminar um ou outro conteúdo mais avançado da unidade didática. Não faria sentido não insistir nos conteúdos em que os alunos sentiram mais dificuldade, pois estes nunca iriam conseguir ter sucesso num contexto de jogo sem terem bases. Assim, tive automaticamente de realizar vários ajustes à unidade didática e fui percebendo a importância que esta tem no processo de ensino-aprendizagem. Daqui, ainda retirei mais uma conclusão que me fez introduzir uma questão à turma antes de realizar cada unidade didática: “Já tiveram contacto com a modalidade X?”. Assim, consegui ajustar de forma mais precisa os conteúdos programáticos das unidades didáticas seguintes.

No segundo período, segui então uma estratégia em relação às unidades didáticas que, quando a modalidade já não fosse nova para a turma consistia em reservar as primeiras aulas para avaliação diagnóstica e revisão de conteúdos. Caso a modalidade fosse nova, utilizaria as primeiras aulas para introduzir a modalidade partindo do mais simples para o mais complexo.

No terceiro período, uma vez que se tratava de uma turma de 12º ano com bastante experiência em todas as modalidades, não poderia aplicar a estratégia acima referida. Por isso, optei por reservar sempre as primeiras aulas para a avaliação diagnóstica e revisão de conteúdos.

A turma do 7ºC caracterizava-se por ser uma turma que, quando devidamente motivada, parecia realizar com mais qualidade os aspetos técnico-táticos ofensivos e defensivos. Por isso mesmo, optei por reservar sempre que possível a última aula de cada unidade didática para a realização de um torneio intra-turma da respetiva

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modalidade. Para mim, isso iria promover uma maior motivação para a próxima modalidade lecionada, fosse ela de maior ou menor agrado para a turma.

Segundo Anastasiou (2010), o conceito de estratégias refere-se aos “caminhos e ações que favorecem o processo de aprendizagem por meio de uma metodologia dialética”, (…), enfatizando o papel do professor como estrategista, no sentido de analisar, estudar, selecionar e propor as melhores ferramentas para a obtenção dos objetivos do processo de ensino e aprendizagem.

Assim, posso afirmar que as unidades didáticas são extremamente fundamentais, pois permitem não só que os conteúdos a abordar sejam pertinentes e adequados ao respetivo nível de ensino, mas também, de certa forma, permitem a obtenção de um maior grau de sucesso ao longo das aulas.

1.2 Planos de Aula (P.A.)

Em relação aos planos de aula, este foi o documento que esteve sempre presente em todas as aulas do ano letivo. Tanto este como a unidade didática tiveram grande importância na atividade que desenvolvi como professor estagiário. No que respeita à elaboração dos planos de aula, verificou-se uma enorme evolução e que se prendeu com o tempo que eu despendia a realizá-los. No primeiro período, demorava horas a fazer um plano de aula, no segundo, já conseguia fazer o mesmo trabalho numa hora e já no final do ano letivo, conseguia esta proeza em cerca de 45 minutos.

A turma com quem trabalhei durante mais tempo (7ºC), era uma turma com um elevado número de alunos, mais propriamente 26 e este aspeto dificultou de certa forma a escolha dos exercícios para o plano de aula. Numa primeira fase, optei por escolher os exercícios mais tradicionais, que requerem que se formem várias filas, mas isso não se verificou eficaz por duas razões. Primeiro, porque em cada fila existiam muitos alunos e, consequentemente, muito tempo de espera e pouca atividade motora. Segundo, porque a turma demonstrava um comportamento geral negativo quando optava por esse género de exercícios, pois estes ficavam na conversa enquanto estavam na fila. Assim, numa segunda fase tive que pôr em prática uma nova estratégia que consistia em escolher preferencialmente exercícios que não implicassem filas ou tempos de espera. À primeira vista, pode parecer fácil, mas aula após aula a tentar criar exercícios que não recorram a filas ou que não obriguem os alunos a estar parados não é tarefa fácil.

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Também as condições meteorológicas influenciaram e muito o cumprimento dos planos de aula, uma vez que tive que improvisar e criar exercícios de forma muito rápida para colocar os alunos em atividade motora.

Por vezes, optei por não cumprir o plano de aula, quando se verificava que os alunos ainda não estavam preparados para um determinado exercício mais complexo, substituindo esse mesmo exercício por outro mais simples ou continuando com o anterior durante mais tempo de forma a consolidar o conteúdo programático em questão.

Assim, percebi desde muito cedo, que temos que nos adaptar de forma rápida às condições que não controlamos.

Segundo Castro (2008), sugere-se um pensamento do planeamento como uma ferramenta para dar eficiência à ação humana.

Assim, o plano de aula pode e deve ser considerado um documento de elevada importância, visto que nos permite seguir uma ordem lógica dos acontecimentos.

1.3 Práticas de Ensino Supervisionada

Em relação a este ponto, posso dizer que durante o primeiro período, lecionei as aulas sempre pensando que estava a ser submetido a um rigoroso sistema de avaliação e isso provocou-me alguns erros desnecessários durante as mesmas. Sentia muita pressão e, por isso várias vezes me esqueci de referir pontos importantes aos alunos, tudo isto por estar a questionar-me com assuntos que nada tinham a ver com a aula, como, por exemplo, “Isto será assim?”, “O que estará a pensar a orientadora?”, “O que estarão a pensar os meus colegas estagiários?”. Já no segundo período e de forma súbita, reparei que essa pressão tinha desaparecido e que já me sentia muito mais à vontade. Aliás, no terceiro e último período, admito que, por vezes, já nem me lembrava que a orientadora estava presente, isto é, pensava que era só eu e os meus alunos, mais ninguém.

Como já referi anteriormente, houve um período durante o qual pude observar as aulas da minha orientadora e daí consegui retirar muitas informações para aplicar posteriormente nas minhas aulas, nomeadamente estratégias de controlo da turma. Estas observações enriqueceram a minha formação enquanto docente, na medida em que, aprendi várias estratégias de controlo da turma, o que em muitos casos penso ser o mais difícil.

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Devo referir um aspeto que me agradou particularmente, foi o facto de a orientadora ter demonstrado, desde o início até ao fim do ano letivo, que o professor da turma era eu e mais ninguém. Esta simples atitude fez com que os alunos demonstrassem mais respeito por mim durante as aulas.

Neste campo, a experiência não poderia ter sido melhor, uma vez que me foi transmitida uma quantidade enorme de conselhos, estratégias, feedbacks e sugestões durante e após todas as aulas que lecionei. Quando digo após, é após o término da aula e também nas reuniões presencias marcadas, várias vezes por semana, para o núcleo de estágio se reunir e trocar impressões. Através de tudo isto, consegui melhorar significativamente a minha prestação.

2. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio

2.1 Estudo de Turma

Para que os professores cumpram com a responsabilidade da escolha e aplicação das soluções pedagógicas e metodológicas mais adequadas que se lhes reconhece é necessário que estes tenham uma caracterização da escola, meio e turma, pois o êxito da planificação depende desta caracterização (Aranha, 2007). Portanto, é muito importante para um professor ter um conhecimento alargado dos seus alunos no que diz respeito aos domínios cognitivo, sócio afetivo e psicomotor, visto que poderá ser uma ajuda na sua intervenção pedagógica, melhorando deste modo o processo de ensino-aprendizagem.

As informações referentes aos alunos poderão ser utilizadas realizando um estudo de turma que nos permite obter um melhor conhecimento do aluno, quer no contexto escolar, quer no contexto familiar, sendo neste último onde se analisa a realidade socioeconómica, afetiva e o relacionamento com a família, expetativas e motivações em relação à escola.

A realidade socioeconómica permite-nos traçar estratégias de intervenção pedagógica, visto que, caso haja uma possível falta de recursos materiais por parte do aluno, deverá haver alguma benevolência com ele relativamente a essas condições. No que diz respeito à afetividade e a problemas familiares, o aluno pode não estar nas melhores condições de desempenho psicomotor, sendo necessárias estratégias de intervenção pedagógicas, como por exemplo, motivá-lo para a prática de atividade física.

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Um aluno, de acordo com o ambiente familiar em que se encontra, pode ser muitas das vezes indisciplinado e/ou agressivo, verificando-se tal facto no relacionamento com os colegas e com o professor nas aulas e em todo o contexto escolar.

As expetativas e capacidades do aluno não lhe permitem um empenho/desempenho e motivação necessária para que ele atinja os objetivos delineados pelo professor, sendo então necessário efetuar adaptações curriculares para o mesmo. Tal facto verifica-se nos alunos com necessidades educativas especiais.

Conhecendo todos os parâmetros referidos anteriormente, como é o caso do meio familiar, as condições socioeconómicas e sócio afetivas, a sua motivação e situação escolar, há uma maior probabilidade de atingir os objetivos previamente definidos, colocando assim os alunos num patamar superior de conhecimento.

A formação dos alunos em relação aos domínios cognitivo e psicomotor presente nos conteúdos programáticos são os principais objetivos da nossa intervenção, contudo, devemos contribuir para um desenvolvimento harmonioso e saudável dos mesmos. É neste aspeto que deveremos dar um pouco de nós aquando do estabelecimento de uma interação multilateral com os alunos, deixando assim que estes partilhem as suas vivências e problemas e ao mesmo tempo tenham disponibilidade e acessibilidade por parte do professor.

Para a conceção deste estudo, foi elaborado um questionário no qual se pode obter informações sobre os vários parâmetros considerados pertinentes, servindo este para potenciar as intervenções no processo ensino-aprendizagem. Dos dados obtidos nos questionários, foram selecionados os que apresentaram maior relevância.

Uma vez que era a primeira vez que tinha contacto com a turma do 7ºC e de forma a obter mais informação sobre a mesma realizei um estudo de turma relativo às aulas de educação física. Esta turma era constituída por 26 alunos, sendo 15 do sexo masculino e 11 do sexo feminino.

Objetivo Geral

O objetivo principal do estudo é a caracterização da turma à qual irei lecionar, o 7ºC. Com o presente estudo, pretende-se adquirir um conhecimento mais profundo, preciso e real da turma em questão, estudando-a através dos alunos que a constituem de forma a poder atuar de uma forma mais correta e adaptada à realidade em que os professores se encontram.

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Objetivos Específicos

Como objetivos específicos para aplicação do estudo de turma pretendo:

• Analisar os diferentes contextos (familiar, social, económico, escolar e desportivo) que afetam os alunos;

• Procurar compreender melhor a sua realidade, pois só assim se poderá desempenhar eficazmente a função para a qual se tem vindo a trabalhar.

Para além das informações mais diretamente relacionadas com o aluno, procurar-se-á com especial atenção estudar o seu envolvimento familiar, pois a família apresenta-se muito provavelmente como o agente sociocultural mais importante na vida de um jovem, seguida na grande maioria dos casos, pela escola, local onde os jovens passam grande parte do seu tempo, junto dos seus colegas e amigos, convivendo de perto com múltiplas realidades.

Instrumentos

Para a recolha dos dados foi usado um questionário individual (anexo I) elaborado pelo grupo de estágio e pela orientadora. O questionário era composto por diversos parâmetros como se pode verificar em anexo, mas após a análise profunda do mesmo decidi considerar apenas alguns desses parâmetros que posteriormente foram discutidos ao longo do estudo. Os parâmetros em causa são:

a) Identificação dos alunos: • Género;

• Idade.

b) Agregado Familiar:

• Composição do agregado familiar; • Profissão dos pais;

• Estado Civil dos pais.

c) Saúde/Hábitos de Higiene: • Problemas de saúde; • Medicação regular;

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d) Educação Física/Atividades Desportivas • Interesse pela disciplina;

• Modalidades preferidas;

• Modalidades onde sente maior dificuldade;

• Avaliação no ano letivo anterior na disciplina de Educação Física; • Prática de modalidade federada;

• Tempo de prática e frequência.

Procedimentos

A fim de preencher o questionário de caracterização individual, este foi entregue no final de uma aula de 90 minutos aos alunos, para que estes o preenchessem em casa. Devendo os mesmos trazê-lo na aula seguinte. Foi pedido, também, que não deixassem qualquer questão por responder e que preenchessem o questionário com a máxima veracidade.

Os dados recolhidos foram tratados no “Microsoft Office Excel” e foi realizada uma análise quantitativa e qualitativa dos resultados.

Conclusões

Após a análise do estudo foi possível verificar que se trata de uma turma dentro dos parâmetros normais, mas que apresenta contudo alguns casos que requerem alguns cuidados extras.

Como conclusões pedagógicas foram elaboradas as seguintes:

• No que concerne aos dados médicos e apesar dos dois casos que estão presentes na turma não impedirem qualquer prática de exercício físico, irei usar as seguintes estratégias:

• Para a realização de atividade física em pessoas asmáticas, Delgado et al (2003, apud Sousa, 2007) sugerem que se evite os locais frios e secos. Recomenda-se também que os alunos respirem pelo nariz, visto que o ar quando passa pelas vias nasais é humidificado e a sua temperatura adequada, além de que as vias nasais funcionarem como filtros para os alergénios, poluentes e irritantes (American College of Sports Medicine, s.d.). Nas atividades realizadas no ginásio devo procurar manter as janelas e portas fechadas, de modo a reduzir a exposição aos alergénios. Delgado et al (2003 apud Sousa, 2007) defendem que é possível que as pessoas com asma realizarem qualquer desporto, desde que bem controlado. No caso da pele atópica que

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uma aluna possui, há poucas evidências de que o controle ambiental possa melhorar o quadro de dermatite atópica. Assim, um ambiente húmido é o que demonstra ser mais eficaz. Portanto, sempre que possível, tentarei proporcionar-lhe este tipo de ambiente. • Uma das modalidades que irei lecionar a esta turma será natação, modalidade preferida de uns e “odiada” por outros. Para tal, a estratégia consistirá na realização de tarefas que promovam bastante motivação e posterior sucesso.

• A avaliação do ano anterior permite-me saber o nível geral da turma, um nível que com base nas notas do ano anterior é muito bom, uma vez que existem apenas dois alunos com nível três, sendo o resto das notas superiores a este nível;

• Tendo a turma vários praticantes federados e alguns de longa data, poderei demonstrar vários aspetos usando-os como modelo durante a lecionação de duas modalidades particulares: a natação e o atletismo.

Concluindo, não existem estratégias certas ou erradas, existem sim estratégias corretamente aplicadas (Aranha).

2.2 Atividades na Escola

Ao longo do estágio pedagógico, eu e os meus colegas estagiários estivemos envolvidos em diversas atividades escolares e ficamos incumbidos da organização destas. Elas têm como objetivo passar a mensagem de que a escola não é apenas estudar, mas também divertimento.

Primeiro Período

No primeiro período, participamos no corta-mato escolar que se realizou em outubro. Neste evento ficamos principalmente responsáveis pela segurança de todos os alunos, uma vez que eram imensos. Não só pela segurança, mas também pelo encaminhamento dos alunos por escalões. Muitas vezes, os alunos estavam distraídos e não respondiam à chamada. Por último, ainda ficamos com a tarefa de fornecer algumas garrafas de água aos alunos que terminavam a prova. Este evento juntou várias escolas da região e foi um sucesso. No dia do Não-fumador, organizámos também uma atividade que consistiu em jogos tradicionais e ao mesmo tempo alertamos para os malefícios do tabaco. Esta atividade foi essencialmente para os que

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pisavam pela primeira vez a Escola Secundária/ S. Pedro, por forma a dar as boas-vindas a um novo mundo. Ainda neste período e no último dia de aulas, em conjunto com o outro núcleo de estágio, organizámos um torneio de gira-vólei e aulas de grupo em simultâneo. Isto porque nem sempre a atividade criada agrava a toda a gente e, por isso, os alunos poderiam escolher a atividade com que mais se identificavam. Nestas últimas atividades, uma vez que eram sensivelmente próximas da época de natal, todos os professores estagiários foram vestidos a rigor.

Segundo Período

No segundo período, chegou a “Semana das Broas” que se realiza sempre na última semana de janeiro e foram organizadas várias atividades durante a mesma. Entre as quais um torneio de três pontos (basquetebol), um percurso de Parkour por nós desenhado e ainda corridas de carrinhos de rolamentos. Eu fiquei essencialmente responsável pelo torneio de três pontos e este foi realizado em todos os intervalos de 15 minutos durante toda a semana. Com isto, conseguimos, só nesta atividade, a participação de quase cem alunos. Nas outras atividades, a adesão foi igualmente boa e, portanto todos ficamos satisfeitos com o sucesso destas iniciativas. Acompanhei também os alunos que foram apurados para a fase regional do Mega Sprint e do Mega Quilómetro que se disputou no Complexo Desportivo da UTAD, fornecendo os lanches e dando instruções relativas à prova sempre que necessário. Já no final do período, organizámos ainda um Torneio de Andebol, que inicialmente era para ser realizado no campo exterior, mas devido às condições meteorológicas, teve que ser realizado dentro do ginásio da escola. Para a realização do mesmo tivemos que improvisar e criar balizas fictícias, mas felizmente isso não impediu que os alunos participassem ativamente.

Terceiro Período

No terceiro e último, foi o momento de apresentarmos a nossa ação de informação com o título “Prática Desportiva e Sucesso Escolar” numa sala especialmente escolhida para a ocasião. Posso afirmar que conseguimos prender a atenção de todos os alunos presentes no auditório, o que nos fez sentir ainda com mais entusiasmo durante a apresentação do nosso trabalho. Para fechar o ano letivo com chave de ouro, optamos por escolher uma atividade que, com certeza, iria atrair não só

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participantes como adeptos da modalidade, o futebol. O futebol é por si só uma modalidade que agrada a muitos alunos e muito praticada entre os mesmos e, por isso, foi uma forma de os cativar para o próximo ano letivo. Assim, no dia 6 de junho, juntámos toda a escola e realizamos um torneio separado para o ensino básico e um outro para o ensino secundário, sendo que após se conhecerem os vencedores de cada ciclo, estes disputaram um jogo entre si.

Para além da maioria destas atividades que se realizaram apenas durante um dia, estive incluído na equipa de voleibol do desporto escolar durante todo o ano letivo e acompanhei a equipa do início ao fim, indo mesmo a todos os jogos que a equipa realizou, durante a semana ou mesmo ao fim de semana. Durante esta experiência que considero fantástica, tive a oportunidade de dirigir treinos em conjunto com os meus colegas e orientadora, ser árbitro em diversos jogos ao longo da época e preencher fichas de jogo. Não apenas transmiti conhecimento aos que faziam parte da equipa, como também aprendi muito com a orientadora. Desta forma, posso afirmar que esta foi uma das experiências mais enriquecedoras e completas pela qual passei, provavelmente devido ao tempo em que estive envolvido na mesma.

Hoje, posso afirmar que eu e os meus colegas de estágio fomos bem-sucedidos nesta área e que apesar de, por vezes, termos tido alguns contra tempos, superamos com maior ou menor dificuldade e todas se realizaram conforme previsto.

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Conclusão

Este ano que passou foi de encontro às minhas expetativas e até posso afirmar que muitas vezes as superou. Classifico o estágio supervisionado uma fonte de pura formação e conhecimento que me permitiu desenvolver como professor estagiário a uma velocidade estonteante. Hoje, posso garantir que, durante todos os dias do ano letivo senti uma sensação fantástica que consistiu em ter a certeza que no dia seguinte sabia muito mais do que no dia anterior.

Sempre fui a favor de que não há nada como a prática e hoje continuo a defender a mesma ideia. Tudo aquilo pelo que passei, ou seja, bons e maus momentos, momentos difíceis e menos difíceis, momentos de aflição e de descontração moldaram-me até ao que sou hoje não só como professor estagiário, mas também como pessoa. Posso afirmar que estou bastante satisfeito quer com a experiência proporcionada, quer com a evolução por mim sentida. Tenho a certeza de que, acaso fosse já hoje para uma escola, iria trabalhar de forma muito mais competente e eficaz do que trabalharia sem este fantástico ano de estágio. Foram vários os aspetos que contribuíram para o meu desenvolvimento. Tais como a realização das unidades didáticas, a realização dos planos de aula que me obrigaram a uma criatividades constante para proporcionar exercícios que fossem de encontro às necessidades da minha turma, a necessidade de criação de estratégias para controlar comportamentos, a necessidade de saber como motivar cada aluno de forma individual, a participação em atividades de todo o género, ao longo do ano, que me deram um enorme sentido de responsabilidade, a relação entre professor-aluno, as observações das aulas da minha orientadora e dos meus colegas estagiários, a realização de uma ação de informação, a própria realização dos balanços de cada aula, a criação de documentos de apoio para todas as modalidades que lecionei, entre muitos mais.

Não posso esquecer uma das mais emocionantes experiências pelas quais passei, o Desporto Escolar, o que me permitiu ficar ainda mais dentro do assunto, por ter tido contacto com outras escolas, com outros docentes/treinadores e outras crianças provenientes de regiões menos urbanas.

O estágio pedagógico não foi apenas útil para mim, mas também o foi para os meus alunos, pois entre muitas outras mensagens, fiz questão de tentar sempre passar uma em especial: a importância da prática de atividade física para uma vida mais equilibrada e harmoniosa.

Terminada esta etapa do nosso percurso universitário e feito o balanço da mesma, é necessário perceber que agora somos nós e só nós a lecionar futuramente numa escola. Assim, temos que ter o dobro da preparação para cada aula dada. É

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imperativo, guardar tudo aquilo que aprendemos não só neste último ano, mas também nos quatro anteriores e pôr tudo em prática não só dentro da escola, mas também fora dela, contribuindo assim, certamente, para um mundo melhor.

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Bibliografia

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Resumo

O presente estudo comparativo comtempla os resultados escolares obtidos por alunos praticantes e não praticantes de desporto federado, separando os resultados em três subtemas: no ensino básico, no ensino secundário e também a divergência entre os desportos individuais e coletivos em ambos os níveis de ensino. Este estudo foi aplicado não só à Escola onde fiz o estágio pedagógico, mas também aos clubes desportivos Diogo Cão, Basket Clube de Vila Real, Ginásio Clube de Vila Real e Sport Club Vila Real. A amostra foi constituída por 200 alunos/atletas do 5º ao 12º ano de escolaridade de ambos os géneros, subdividindo-se posteriormente em 100 participantes do Ensino Básico e 100 participantes do Ensino Secundário. Como instrumento de recolha de dados foi utilizado um questionário pontual elaborado pelo grupo de estágio e pela orientadora através do qual foram recolhidas todas as informações pertinentes.

Os resultados indicaram que os efeitos da prática desportiva federada no sucesso escolar são consistentes e positivos. Por isso, conciliar a competição e os estudos pode estar associado ao sucesso escolar.

Palavras-chave: Sucesso escolar; Desporto federado; Ensino básico; Ensino secundário.

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Abstract

The following comparative study contemplates the school results achieved by students, whether federate athletes or not, sorting out the results in three different subcategories: elementary school, secondary school and the imparity between individual and team sports, in both educational levels. This study was implemented not only in the school where I carried out my pedagogical internship, but also in sports clubs such us Diogo Cão, Basket Club de Vila Real, Ginásio Clube de Vila Real e Sport Club Vila Real. The subjects were 200 students/ athletes, between the 5th and the 12th grade, including both genders, being subsequently subdivided in 100 participants from elementary school and 100 from secondary school. The instrument utilized to gather data was a point survey, created both by the internship group and by the internship advisor, from which were gathered all the relevant data.

The results demonstrated that the effects of practicing federate sports in educational success are positive and reveal consistency, hence a conciliation between competition and studies can be correlated to academic achievement.

Key Words: Educational Success; Federated Sports; Elementary Education; Secondary Education

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Introdução

No âmbito do Estágio Pedagógico realizado na Escola Secundária/3 S. Pedro, inserido no último ano (2º ano) do Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário foi-nos transmitido, pelo orientador de estágio, que seria necessário a elaboração de um artigo científico, uma Ação de Informação ou uma junção de ambos, tendo sido adotado pelo núcleo de estágio a realização de um estudo num formato de artigo científico e consequente apresentação do mesmo aos alunos da Escola onde está inserido o estágio pedagógico. Para isso, foi realizado um estudo com a seguinte temática: Resultados Escolares obtidos por alunos Praticantes

de Desporto Federado e alunos Não Praticantes, separando os resultados em três

subtemas: no ensino básico, no ensino secundário e também a divergência entre os desportos individuais e coletivos em ambos os níveis de ensino.

A escolha deste tema prendeu-se com a importância de as crianças e jovens começarem cada vez mais cedo a praticar desportos federados, despendendo mais tempo para os treinos e menos tempo para a escola, sendo que é necessário perceber se é possível conciliar o desporto com a escola e se este pode trazer ou não benefícios aos resultados escolares.

Apesar de este ser já um tema bastante debatido, a maioria da comunidade ainda não está consciente dos benefícios do desporto como parte da educação das crianças e de que este pode ajudar a obter melhores resultados escolares, sendo isso, para nós, uma fonte de interesse e motivação dar a conhecer, na ação de informação, esses benefícios da prática desportiva continuada e em ambientes de competitividade a toda a comunidade escolar.

Os resultados escolares obtidos têm uma grande importância na sociedade quotidiana, assumindo por isso a escola um papel preponderante na educação e formação dos jovens. Apesar disso, a escola não é o único responsável pela formação, sendo que o meio onde a criança está envolvida, interfere, positiva ou negativamente no seu desemprenho escolar (Pires, Fernandes, & Formosinho, 1991).

São várias as estratégias desenvolvidas que fomentam uma melhoria no sucesso escolar dos alunos, salientando-se a importância que o desporto desempenha na promoção do sucesso. É importante referir que os efeitos positivos mediante o tipo de atividades extracurriculares estão relacionados com a estruturação das mesmas. A participação em atividades estruturadas está positiva e significativamente ligada a um

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melhor rendimento escolar (Cooper, Valentine, Nye, & Lindsay, 1999). Entre as atividades extracurriculares, encontra-se a prática desportiva que, está ligada a melhores resultados escolares (Limscomb, 2007).

Estes resultados justificam-se através dos valores que vão sendo incutidos com as competições em que estão presentes, valores tais como o trabalho de equipa, a liderança, a entreajuda, a concentração e o constante enfrentar de desafios.

O presente trabalho consiste na realização de um documento de apoio que sirva de suporte para a ação de informação no qual irão constar resultados escolares de diferentes alunos. Alunos estes que estão inseridos em desportos federados ou não. Para além disso, iremos procurar demonstrar os benefícios de uma prática desportiva continuada quando inseridos num contexto de competitividade.

Em suma, o presente documento de apoio encontra-se dividido em duas partes: na 1ª parte proceder-se-á ao enquadramento concetual dos efeitos da prática desportiva nos resultados escolares. Na 2ª parte iremos proceder à apresentação de um estudo, realizado ao longo do presente ano letivo, na Escola Secundária/3 S. Pedro, concretizado com o intuito de demonstrar, a toda a comunidade escolar, a importância que o Desporto Federado tem no processo de educação dos alunos.

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Revisão da bibliografia

Definições de Sucesso e Insucesso Escolar

Segundo João Formosinho (1991), o sucesso escolar é entendido como o sucesso do aluno certificado pela escola, proposição que sugere que o insucesso é veiculado pela não certificação escolar.

Nos dias de hoje, é uma realidade na nossa sociedade e uma preocupação para toda a comunidade escolar, o insucesso escolar.

A palavra insucesso vem do latim insucessu(m), o que significa acordo com o novo dicionário etimológico de Língua Portuguesa: “Malogro; mau êxito; falta de sucesso que se desejava” (R. Fontinha) ou ainda “mau resultado, mau êxito, falta de êxito, desastre, fracasso” (Costa e Melo).

Segundo Benavente (1980), o insucesso escolar deixou de ser encarado como um problema isolado, e apenas da responsabilidade do aluno, mas sim, um fenómeno social que atinge cada vez mais proporções significativas.

De acordo com Martins (1993:10) diz-se que qualquer entidade apresenta insucesso quando não consegue atingir os objetivos propostos ou isso não acontece no tempo previsto.

Para Fernandes (1991), a definição oficial do insucesso escolar, advém do regime anual de passagem/reprovação dos alunos, inerente à estrutura de avaliação característica do sistema de ensino. (referido por Ana Benavente, Revista “Ágora” nº 2, p.1, sem data).

Conceito de Prática Desportiva

No desporto, para além da maior procura nos últimos anos da prática de lazer, e do ganho de uma maior expressão na nossa sociedade, assistiu-se a uma intensificação da competição desportiva (Marivoet, 2005).

Devido á grande diversificação das atividades físicas e dos seus envolvimentos, torna-se difícil definir a prática desportiva. No entanto, para colmatar os obstáculos da sua definição, tem-se vindo a tomar como referência a definição de desporto, aprovada em 1992, pela Carta Europeia de Desporto que entende por este “todas as formas de atividade física que, através de uma participação organizada ou não, têm por objetivo a expressão ou o melhoramento da condição física e psíquica, o desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados na competição a todos os níveis”, p.40,

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embora o seu carácter demasiado abrangente continue a levantar algumas dificuldades (Marivoet, 2005).

Efeitos da Prática Desportiva na Adolescência

A atividade física é um objeto fundamental em todo o percurso de desenvolvimento do adolescente principalmente a níveis morfofisiopsicológicos. Isto irá permitir que o adolescente consiga aproximar-se mais do seu verdadeiro potencial físico determinado pela genética. A prática desportiva aliada à boa nutrição, induz um crescimento e desenvolvimento aperfeiçoado durante a adolescência, mas também uma diminuição acentuada na probabilidade de surgirem futuras doenças.

Segundo Barbosa (1991), este refere que as principais vantagens da prática desportiva prendem-se com a estimulação e com a socialização, visto que afasta vícios, com o maior empenho na conquista de objetivos e, portanto, associado também a uma maior ambição e ainda com o reforço da autoestima.

Brownell (1995), acrescenta que para além dos inúmeros benefícios fisiológicos, existem também vantagens a nível psicológico como, por exemplo, a melhoria do humor, a redução do stress e aumento da autoestima. Esta última surge em resultado duma melhoria da auto-eficiência e esquemas cognitivos que, por sua vez, vão favorecer o raciocínio otimista.

De acordo com Carazzato (1999), persiste uma dúvida na grande maioria dos pais que se define pela indecisão entre a prática desportiva dos seus filhos com uma via competitiva ou com uma via recreativa. E, segundo o autor, este apoia ambas as escolhas. Primeiro, o desporto de competição ajuda a desenvolver as aptidões e segundo, o desporto recreativo consegue eliminar as inaptidões. Nesta temática, o importante é que o desporto seja escolhido de forma correta, iniciado na idade certa e que haja um equilíbrio entre os efeitos positivos e a performance, isto é, que o organismo dos adolescentes não seja afetado por uma incessante procura por melhores resultados.

Desporto Federado

Todos reconhecem, hoje em dia, o interesse que representa a prática de atividades físicas no desenvolvimento integral da criança. Este desenvolvimento integral da criança é o principal foco de aplicação do desporto nas crianças e jovens, pois “No

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desporto dos jovens, os verdadeiros vencedores não são necessariamente os atletas medalhados” (Kemp, 1991).

De acordo com Coelho (1988), a prática dos desportos deve constituir, para as crianças e jovens, um complemento dos estudos e do trabalho e não sua atividade, ocupação ou centro de interesse exclusivo.

Segundo Moreira e Pestana (s/d), numa sociedade em que os valores estão em constantes alterações no comportamento de cada indivíduo, a identificação desses mesmos valores nos jovens atletas é de vital importância para melhor se entender o processo pelo qual eles tomam determinadas decisões, em situações desportivas. De acordo com Clayes (1987), a Escola e o Desporto acabam por ser tão complementares ao ponto de os jovens que deixam a escola, adquirindo o estatuto de trabalhador, geralmente deixam a prática desportiva.

Tokila (2002) citado por Zenha, Resende e Gomes, afirma que “para combinar com sucesso estudos, treinos, escola e horários de treino, os atletas, têm de ser flexíveis e organizados”.

Segundo Marques (2011), é importante criar objetivos quando se estuda para tornar o estudo num processo ativo. Uma das maneiras de o fazer, consiste em criar pequenas metas a alcançar, as quais permitem uma autoavaliação e, consequentemente, um auto melhoramento da nossa performance.

Desportos individuais e coletivos

Em qualquer desporto, o sucesso ou insucesso de um atleta resulta da combinação entre habilidades físicas (força, velocidade, equilíbrio, coordenação) e habilidades mentais (concentração, confiança, controle da ansiedade). Assim, o desporto na sua prática é considerado pelo menos 50% mental podendo mesmo ser superior em algumas modalidades (Weinberg & Gould, 1999).

No desporto, existe um leque muito variado de atividades, desde os desportos coletivos aos individuais. A escolha e o interesse por uma modalidade podem contribuir para o desenvolvimento do sucesso de um jovem, pois para atingir o sucesso é necessário uma maior responsabilidade e de algumas restrições, prevenindo assim o surgimento de comportamentos desviantes. A prática de qualquer desporto acarreta por parte do jovem um maior sentido de dever e obrigação, existindo uma maior responsabilidade pelo cumprimento dos compromissos assumidos, nomeadamente a assiduidade e a pontualidade aos treinos.

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Para que um jovem consiga entrar na equipa principal ou superar-se em determinado desporto, implica por parte deste uma maior persistência e trabalho continuado. Ao fazer um transfer dessas competências para o domínio académico, é possível uma maior eficácia no estudo, fazendo prever um maior sucesso académico.

Nos desportos coletivos e devido á grande convivência com outros colegas e também ao resultado obtido que não depende de um só atleta, implica o desenvolvimento de competências de relacionamento social e de trabalho em grupo.

E nos desportos individuais, para além das vantagens que são comuns a qualquer desporto, certas modalidades ajudam no desenvolvimento de competências tais como o autocontrolo, a autoestima, a coordenação de movimentos, etc.

Em qualquer um dos desportos, uma das chaves para o sucesso é a concentração. Nos desportos federados, os atletas estão sempre sujeitos a pressões, quer sejam provenientes de terceiros (pais, treinadores, adeptos, etc.) ou quer sejam pressões internas, isto é, o querer superar-se sempre a si mesmo, o ter medo de errar, e para isso é necessário que este saiba ter a capacidade de se abstrair de tudo o que o rodeia e manter-se focado nos seus objetivos, acabando por ter a capacidade para compreender os erros e arranjar formas de os corrigir. Esse foco em determinados aspetos é o que permite a um atleta atingir o topo.

Num contexto mais escolar, estes após traçarem os objetivos que pretendem, são capazes de se manterem mais focados naquilo que estão a fazer. Conseguindo assim abstrair mais informação daquilo em que estão focados, tirando o máximo proveito do tempo de estudo a que são sujeitos.

Após esta revisão, surgem determinados objetivos que se pretendem alcançar com o estudo realizado. Entre eles, reforçar a ideia de que a prática de desporto federado extracurricular é uma mais valia para o presente e futuro sucesso escolar dos alunos. Consequentemente, pretendo contrariar o mito de que o desporto federado é responsável pelo pouco tempo dedicado ao estudo.

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Metodologia

Amostra

O presente estudo tem como população alvo alunos da escola Secundária/3 S. Pedro e dos clubes: Diogo Cão, Basket Clube de Vila Real, Ginásio Clube de Vila Real e Sport Club Vila Real. A amostra foi constituída por 200 alunos/atletas do 5º ao 12º ano de escolaridade de ambos os géneros, subdividindo-se posteriormente em 100 participantes do Ensino Básico e 100 participantes do Ensino Secundário. A distribuição da amostra foi realizada aleatoriamente em algumas turmas das escolas acima citadas e pelos atletas dos respetivos clubes.

Instrumentos

Foi utilizado um questionário individual para a recolha dos dados necessários ao estudo (anexo II) realizado pelo grupo de estágio e pela orientadora. Durante a realização deste questionário, foram tidas em conta algumas estratégias para cativar os jovens inquiridos como, por exemplo, frases curtas e linguagem corrente. Estes pormenores são sempre necessários quando se pretende obter informação positiva e fidedigna.

Procedimentos

Os inquéritos foram entregues fora das aulas, quer durante os intervalos quer nos outros locais abrangidos pelo estudo. Assim, foram preenchidos no momento da entrega por uma questão de economia de tempo, uma vez que se tornaria impossível recolher 200 inquéritos posteriormente sem que nenhuma informação fosse perdida ou esquecida.

Os dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa e os resultados obtidos foram demonstrados através de gráficos e tabelas o que permite uma melhor visualização dos mesmos.

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Resultados

Alunos Federados vs Alunos Não Federados no Ensino Básico

Gráfico 1 - Historial de Retenções no Ensino Básico

O gráfico 1 diz respeito ao historial de retenções dos alunos, onde os alunos Federados apresentaram uma taxa de reprovações de 10% em que 8% dos mesmos reprovou 1 vez e 2% reprovou 2 vezes. Por outro lado os alunos Não Federados apresentaram uma taxa de reprovações de 14% nomeadamente tendo 12% reprovado 1 única vez e 2% reprovado 2 vezes.

Gráfico 2 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Básico

No presente gráfico podemos observar os níveis médios dos valores obtidos por alunos Federados e Não Federados no ano anterior. Nos alunos Federados o nível

Média: 3.9

Média: 4.2

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inferior atingido foi o nível 3, por 12% dos inqueridos, o nível 4 contou com 54% dos participantes e o nível 5 com 34%. No caso dos alunos Não Federados o nível mais baixo atingido foi o nível 2 por 2% dos alunos, o nível 3 contou com 32%, o nível 4 com 40% e por último o nível 5 com 26%.

Gráfico 3 - Tempo Dedicado por Semana ao Estudo no Ensino Básico

O gráfico 3 refere-se ao Tempo Dedicado por Semana ao Estudo pelos alunos, neste parâmetro houve algumas similaridades nas respostas dos participantes respondendo em ambos os grupos que estudavam entre 2 e 4 horas por semana cerca de 46% dos alunos e mais de 7 horas 16%. Em outros intervalos de tempo de estudo já foi notória alguma discrepância sendo que 18% dos Federados respondeu que estudava menos de 2 horas enquanto os Não Federados foi 16%, o intervalo de 5 a 7 horas foi apontado como preferencial por 20% dos Federados e 22% dos Não Federados.

Gráfico 4 - Prática Desportiva no Ensino Básico dos Alunos Não Federados

O gráfico 4 representa a Prática Desportiva por parte dos participantes não federados no estudo e destes, 56% respondeu que não praticava desporto, 10% respondeu que praticava Desporto Escolar e 34% respondeu que praticava Desporto por lazer.

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Tabela 1 - Desportos Praticados pelos Alunos Federados no Ensino Básico

A tabela 1 enumera os desportos praticados pelos alunos Federados realçando o Basquetebol com 19 praticantes e o Futebol e Ginástica com 8 participantes cada. Com menos participantes aparecem desportos como: a Equitação, o Ténis e o Andebol com apenas 1 aluno Federado cada.

Gráfico 5 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Básico

O gráfico 5 mostra-nos o Tempo Semanal Despendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva, cerca de 40% respondeu que ocupa entre 4 a 5 horas semanais,

Não federados 56% 10% 34%

Prática Desportiva

Não

Desporto escolar Lazer

Futebol Basquetebol Futsal Equitação Ténis Andebol Ginástica Artes

Marciais Natação

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20% entre 6 a 7 horas, 18% entre 8 a 9 horas, 12% entre 2 a 3 horas, 6% mais de 9 horas e por último 4% menos de 2 horas.

Gráfico 6 - Tempo Disponível para Treinar durante o Ano Letivo no Ensino Básico

O gráfico 6 representa as repostas dadas pelos alunos à questão “Na tua opinião, em tempo de aulas, tens tempo suficiente para treinar para a tua modalidade?”, 80% respondeu que sim, enquanto 20% respondeu que não, argumentando que durante as aulas o horário de saída da escola perlonga-se até muito tarde.

Tabela 2 - Ocupação dos Tempos Livres no Ensino Básico

A tabela 2 demonstra quais as principais formas dos alunos que participaram no estudo têm de ocupar os seus tempos livres, sendo que a maioria optou por principais escolhas o “sair com os amigos” e “ver TV” deixando para último plano “jogar videojogos”.

Estudar Sair com os amigos Jogar videojogos Ver TV Ouvir música Outro 25 40 14 36 26 4

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Alunos Federados no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos

Gráfico 7 - Historial de Retenções no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos

O gráfico 7 mostra-nos uma comparação entre os indivíduos praticantes Federados de desportos Coletivos e Individuais no Ensino Básico. Os praticantes de Desportos Coletivos apresentam uma taxa de retenções de 9% em que 6% reprovou 1 vez e 3% reprovou 2 vezes, os praticantes de Desportos Individuais apresentam uma taxa de retenção de 11% tendo reprovado apenas uma vez.

Gráfico 8 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos

Média: 4.2

Média: 4.3

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No que diz respeito às médias obtidas, os praticantes Federados e os praticantes de desportos Individuais, apresentaram médias um pouco superiores aos praticantes de desportos Coletivos, cerca de 0,1. Dos praticantes de Desportos Coletivos, 16% apresentaram nível 3, 50% nível 4 e 34% nível 5. Por outro lado, dos praticantes de Desportos Individuais, 6% obtiveram nível 3, 33% nível 4 e 61% nível 5.

Gráfico 9 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Básico Desportos Individuais vs Desportos Coletivos

O gráfico 9 mostra-nos as diferenças de Tempo Despendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva entre os praticantes Individuais e Coletivos. O presente gráfico demonstra que 6% dos praticantes de Desportos individuais despendem para a prática desportiva mais de 9 horas, 12% entre 8 e 9 horas, 22% entre 6 a 7, 35% entre 4 a 5 horas, 22% entre 2 a 3 horas e 3% menos de 2 horas. No que toca aos praticantes de Desportos Coletivos, apenas 3% despende mais de 9 horas, 9% entre 8 a 9 horas, 26% entre 6 a 7 horas, 47% entre 4 a 5 horas, 15% entre 2 a 3 horas e 3% menos de 2 horas. Menos de 2 horas Entre 2 a 3 horas Entre 4 a 5 horas Entre 6 a 7 horas Entre 8 a 9 horas Mais de 9 horas 3% 22% 35% 22% 12% 6% 15% 47% 26% 9% 3%

Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos

Federados para a Prática Desportiva

Individuais Coletivos

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Alunos Federados vs Alunos Não Federados no Ensino Secundário

Gráfico 10 - Historial de Retenções no Ensino Secundário

Neste gráfico podemos facilmente observar o “Historial de Retenções”, uma grande percentagem dos alunos federados nunca reprovou (92%) enquanto nos não federados se pode verificar que essa tendência não se verifica de forma tão acentuada cerca de 72%. Ainda acrescentar que 20% dos não federados reprovou uma vez e 8% reprovou duas vezes durante o seu percurso escolar.

Média Não federados: 12,69 valores Média Federados: 15,48 valores

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Gráfico 11 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Secundário

No presente gráfico podemos verificar que os Federados apresentaram 1 participante com média de 20; 4 com média de 19; 8 com média de 18; 5 com média de 17; 10 com média de 16; 3 com média de 15; 6 com média de 14; 7 com média de 13; 4 com média de 12; 1 com média de 11 e 1 com média de 10 valores. Os Não Federados apenas apresentaram valores de média compreendida entre 10 e 16 valores, deste lote, participaram no presente estudo 1 aluno com a média de 16; 8 com média de 15; 5 com média de 14; 14 com média de 13; 9 com média de 12; 9 com média de 11 e 4 com média de 10.

Gráfico 12 - Tempo Dedicado por Semana ao Estudo no Ensino Secundário

Este gráfico diz respeito ao “Tempo Dedicado por Semana ao Estudo”, em ambos os grupos 26% dos inqueridos escolheu a opção de estudar menos de 2 horas por semana; no grupo de alunos Federados 30% optou pelo intervalo de estudo semanal de “entre 2 a 4 horas”; cerca de 32% preferiu o período de “entre 5 a 7 horas” e apenas 12% disse que estudava “mais de 7 horas”.

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Gráfico 13 - Prática Desportiva no Ensino Secundário dos Alunos Não Federados

Neste gráfico podemos constatar que dos alunos não federados, mais de metade (53%) não pratica qualquer tipo de desporto e, quem o faz, fá-lo por lazer (44%). Podemos observar ainda que apenas 3 % dos inquiridos pratica desporto escolar.

Tabela 3 - Desportos Praticados pelos Alunos Federados no Ensino Secundário

Futebo l Basquetebo l Badminto n Téni s Andebo l Ginástic a Artes Marciais Nataçã o 17 16 1 2 4 8 2 1

Nesta tabela podemos observar que os deportos mais praticados pelos federados são o basquetebol e o futebol contando com 16 e 17 praticantes respetivamente e que os menos praticados são a natação e badminton que contam apenas com um praticante cada.

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Gráfico 14 - Tempo Semanal Dispendido pelos Alunos Federados para a Prática Desportiva no Ensino Secundário

Neste gráfico podemos observar o número de horas semanais que os alunos federados ocupam com as suas práticas desportivas. A maior parte (40%), dos mesmos, assume treinar entre 4 a 5 horas semanais, 20% dos alunos despende semanalmente “entre 6 a 7 horas”, 14% “entre 8 a 9 horas” e 16% “entre 2 a 3 horas”. Existem ainda alguns alunos que se situam nos extremos, isto é, que praticam mais de 9 horas por semana (6%) e outros que pelo contrário praticam apenas 2 horas por semana (2%).

Gráfico 15 - Tempo Disponível para Treinar durante o Ano Letivo no Ensino Secundário

Este gráfico pretende demonstrar a opinião dos alunos federados no que toca ao facto dos mesmos terem ou não tempo para praticar as suas atividades desportivas, 70% dos alunos federados afirma ter tempo para praticar enquanto 30% afirma não ter

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tempo para cumprir os horários das suas práticas desportivas. Ainda de acrescentar que a principal razão apontada para a falta de tempo é o facto de as aulas terminarem muito tarde da parte da tarde.

Tabela 4 - Ocupação dos Tempos Livres no Ensino Secundário

Estudar Sair com os amigos Jogar videojogos Ver TV Ouvir música Outro 14 38 16 23 29 5

Nesta tabela podemos observar que as atividades preferidas para ocupação dos tempos livres dos praticantes não federados são ouvir música e sair com os amigos e que as atividades menos apreciadas são estudar e outras atividades não mencionadas.

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Alunos Federados no Ensino Secundário Desportos Individuais vs Desportos Coletivos

Gráfico 16 - Historial de Retenções no Ensino Secundário Desportos Individuais vs Desportos Coletivos

Como podemos observar no presente gráfico, todos os alunos que são federados e praticam desportos individuais nunca obtiveram uma reprovação. Já os alunos ligados aos deportos coletivos reprovaram algumas vezes. Mais especificamente, 11% dos alunos reprovaram uma vez e 3% reprovaram duas vezes.

Gráfico 17 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Secundário Desportos Individuais vs Desportos Coletivos Individuais Coletivos 100% 86% 11% 3%

Historial de Retenções

Não Sim, 1 vez Sim, 2 vezes 10… 11… 12… 13… 14… 15… 16… 17… 18… 19… 20… 1 2 2 5 2 3 1 5 5 4 1 6 1 5 6 1

Média do Ano Letivo 2013/2014

Individuais Coletivos Média Coletivos: 15,51 valores Média Individuais: 15,93 valores

Imagem

Gráfico 2 - Média do Ano Letivo 2013/2014 no Ensino Básico
Gráfico 3 - Tempo Dedicado por Semana ao Estudo no Ensino Básico
Tabela 1 - Desportos Praticados pelos Alunos Federados no Ensino Básico
Gráfico 6 - Tempo Disponível para Treinar durante o Ano Letivo no Ensino Básico
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Referências

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