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I
Ponto
de
V
ista
Educac;ao fisica
e
promoc;ao em
saude
• Alex Antonio Florinda
Faculdade de SaudePublica - Universidade deSao Paulo
INTROOU~AO
PRO
MO~AO
EM SAUOE E SAUOE'PUBLICA
Nas ultimas duas decadas, muitas tern sido asdiscuss6es sobre os novos paradigmas da Sau
-de Publica.
De acordo com 0 grande fil6sofo KUHN (1997), paradigmas sac as realizac;6es cientffi
-cas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e solu~6es model ares para uma comunidade de praticantes de uma ciencia.
CANDEIAS (1998), argumenta que 0 cam
-po da Saude Publica esta atravessando uma fase de mudan9a de paradigmas. As evidencias que
podem corroborar esta afirmac;ao estao centra
-lizadas no fenomeno da transic;ao epidemiol6gica ocorrido no seculo XIX em paises desenvolvidos. Com esta transic;ao, 0
modele epidemiol6gico tradicional, originario de urn discurso centralizado nas doenc;as infecto-contagiosas envolvendo agente, hospe-deiro e ambiente, come90u a ser substituido por urn novo modelo epidemiol6gico, denominado como conceito de campo de saude, envolven
-do ambiente, estilo de vida, biologia humana e sistema de organiza~ao de cuidados (DEVER,
1988). Evidencias indicam que este fenomeno tenha ocorrido, principalmente, em virtude da transi~ao demografica, juntamente com 0 pro
-cesso de industrializac;ao, melhores condic;6es de saneamento basico, alimenta~ao, trabalho e educa~ao, resu1tando numa melhor qualidade de vida e diminuic;ao da mortalidade (KALACHE et al., 1987; DEVER, 1988).
Analisando-se a transi~ao epidemiol6gica em paises em desenvolvimento como 0Brasil,
observa-se que a migra~ao de pessoas das zonas
rurais para as zonas urbanas aconteceu em urn curto espaC;o de tempo. Atualmente, 0 Brasil
possui uma populac;ao essencialmente urbana, com habitos de vida sedentarios, 0que, na mai-oria das vezes, torna-se uma situac;ao favoravel para 0 aparecimento das doenc;as cronico -degenerativas (DCD), porem, percebe-se que este pafs ainda convive com epidemias de doen -c;as infecto-contagiosas, que mesmo em nfveis de prevalencia menores que as DCD, ainda afe-tam muitas regi6es.
o
conceito de promoc;ao em saude, 0qual e considerado como urn novo paradigma do cam -po da Saude Publica, teve sua etiologia formali -zada atraves da Carta de Otawa, promulgada naja Conferencia de Promofiio em Saude, realiza -da em 1986 na ci-dade de Otawa no Cana-da. Este conceito foi caracterizado como 0processo de
capacitac;ao da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saude, in -cluindo uma maior participac;ao no controle deste processo. Este documento acrescenta que para se atingir urn estado de completo bem-estar fi
-sico, mental e social, os indivfduos e grupos devem saber identificar aspiraC;6es, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente 0 meio-ambiente (MINISTERIO DA SAUDE DO
BRASIL, 1996).
Segundo a WORLD HEALTH
ORGA-NIZATION (1986), a promoc;ao em saude carac -teriza-se como urn processo de envolvimento das pessoas para aumentar e melhorar 0 controle
sobre a saude.
CANDEIAS (1997), conceitua promoc;ao emsaude como uma combinac;ao de apoios edu-cacionais e ambientais que visam atingir ac;6es e condic;6es de vida conducentes
a
saude, sendo que, a combinac;ao refere-sea
necessidade de mesclar os multiplos determinantes da saude (fa-tores geneticos, ambiente, servic;os de saude e estilo de vida), com multiplas intervenc;6es oufontes de apoio. Os apoios educacionais referem-se
a
educac;ao em saude caracterizada por quais-quer combinac;6es de experiencias de
aprendi-zagem delineadas com vistas a facilitar ac;6es voluntarias conducentes
a
saude e os apoios ambientais referem-se a circunstancias sociais, polfticas, economicas, organizacionais e regula -doras, relacionadas ao comportamento humano, assim como a todas as polfticas de ac;ao maisSegundo POWELL et al. (1996), ap romo-c;aoem saude pretende nao soinformar, mas tam-bem persuadir, motivar efacilitar a ac;ao.
De acordo com a Carta de Otawa (MINIS -TERIO DA SAUDE DO BRASIL, 1996), de s-taca-se na promoc;ao em saude, os papeis de defesa das causas da saude, a capacitac;ao ind i-vidual e social para a saude e a mediac;ao entre os diversos setores envolvidos. Este documento preconiza cinco campos de atuac;ao caracteriza -dos por:
· elaborac;ao e implementac;ao de poIfticas publicas saudaveis;
·criac;ao de ambientes favoraveis
a
saude; · reforc;o da ac;ao comunitaria;· desenvolvimento de habilidades pessoais; · reorientac;ao dos sistemas e servic;os de saude.
Os princfpios da promoc;ao em saude carac -terizam-se pelo envolvimento das ac;6es no coti -diano da populac;ao, focalizando riscos para do -enc;as especfficas; pelas ac;6es diretas sobre os determinantes ou causas da saude; pela combi-nac;ao de diversos metodos complementares, in -cluindo comunicac;ao, educac;ao, legislac;ao, fis -calizac;ao,mudanc;as organizacionais, desenvol -vimento da comunidade e atividades locais es -pontaneas contra os riscos para a saude; pela participac;ao efetiva e concreta da populac;ao; pela atuac;ao sobre os fatores sociais determinantes da saude, nao somente servic;os medicos, mas sim atraves dos cuidados primarios com a sau -de, envolvendo profissionais de saude em geral (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1986).
Segundo GREEN & KREUTER (apud
CANDEIAS, 1997), a expressao condic;6es de vida, permite que 0 conceito de promoc;ao em
saude ultrapasse os limites daqueles fatores es -tritamente comportamentais, observaveis em geral durante 0relacionamento interpessoal que ocorre no ambito do nfvellocal, para prender-se a uma teia de interac;6es muito mais complexa, constitufda pela cultura, por normas e pelo am -biente socio-economico, cada urn deles se asso -ciando com 0 significado historico mais amplo
do que se convencionou denominar estilo de vida As ac;6es e condic;6es de vida estao direta-mente relacionadas
a
saude e qualidade de vida. De acordo com o Artigo 3° da Lei 8080 de 1990, a saude possui urn conjunto de fatores determinantes e condicionantes caracterizados por alimentac;ao, moradia, saneamento basico, transporte, meio-ambiente, trabalho, renda, edu-cac;ao, lazer e servic;os essenciais.Em relac;ao
a
qualidade de vida, FORATTINI (1992), argumenta que e urn con-ceito diffcil de ser definido, sendo por isso, muito mais diffcil de ser medido. De acordo com este autor, para esta estimativa, aventa-se 0emprego
de varios dados dos quais resultariam medidas que, de forma generica, podem ser tidas como objetivas e subjetivas. As objetivas seriam as que se fundamentam na utilizac;ao de indicadores concretos, como a taxa de desemprego e a den
-sidade habitacional e as subjetivas decorreriam do uso de indicadores abstratos, baseados prin
-cipalmente em informac;6es colhidas diretamente dos indivfduos, tais como satisfac;ao em viver e as condic;6es em que vivem.
Uma forma de se analisar a qualidade de vida, pode ser atraves do grau de acesso em cada conceito do campo de saude determinado pelo ambiente, estilo de vida, biologia humana e ser
-vic;os de saude (CANDEIAS, 1998). Acredita
-se que esta anali-se esteja mais especificamente relacionada ao acesso aos fatores determinantes da saude como alimentac;ao, moradia, saneamen-to basico, transporte, meio-ambiente, emprego, educac;ao, lazer e servic;os essenciais.
Diferenciando-se da promoc;ao, a educac;ao em saude caracteriza-se por quaisquer combina
-c;6esde experiencias de aprendizagem delineadas com vistas a facilitar ac;6es voluntarias conducentes
a
saude (CANDEIAS, 1997).Partindo-se destes pressupostos, evidencia
-se que algumas necessidades basicas intrfn-secas do homem como felicidade, alegria e prazer es
-tao interrelacionadas com os fatores determinantes da saude.
A promoc;ao em saude enquanto area de atu-ac;ao no campo da Saude Publica, caracteriza-se
por atuar diretamente nos fatores determinantes da saude.
Atraves destas reflex6es, estabelece-se as seguintes quest6es: Sera que a area de Educac;ao Ffsica segue os preceitos das literaturas quando trata do tern a promoc;ao em saude? Que tipos de estrategias de promoc;ao em saude poderiam ser discutidas pela area de Educac;ao Ffsica no am
-bito da Saude Publica?
ESTRATEGIAS DE PROMO~AO EM
SAUDE NA AREA DE
EDUCA~A
FisI-CA: "UMA LUZ NO FIM DO TUNEL"
Em nosso ponto de vista, existem controver
-sias dentre alguns projetos de programas de ativi-dades ffsicas na area de Educac;ao Ffsica quando retratam 0conceito de promoc;ao em saude.
Os program as especfficos na area de Edu
-cac;ao Ffsica que possuem como objetivo princi-pal a mudanc;a de comportamentos atraves de ac;6es de ensino-aprendizagem sac conceituados como programas de educac;ao em saude.
A promoc;ao em saude, alem de incluir a educac;ao em saude em suas ac;6es, refere-se a mudanc;as muito mais amplas de ordem estrutu-ral, que incluem ac;6es polfticas e economicas,
que dificilmente acontecem nas ac;6es de educa
-c;ao em saude.
Segundo CANDEIAS (1996), os planeja
-mentos de programas de promoc;ao em saude,
devem possuir uma abordagem integrada base
-ando-se no modelo tridimensional, 0qual e ca
-racterizado por tres nfveis:
. 0 nfvel institucional ou de sistema, que abrange dois aspectos significativos, urn ao nf-vel macro e outro ao nfnf-vel micro, cabendo-Ihe executar as reformas propostas constitucional
-mente pelo sistema de saude e, ao mesmo tem
-po planejar a infra-estrutura necessaria
a
implementac;ao das atividades da unidade onde se realizam os servic;os de saude, sendo que, e evidente que a poHtica de saude antecedea
implementac;ao programatica no nfvel local, muito embora a realidade local fundamente sem-pre as mudanc;as propostas;-pria unidade onde se espera que0programa seja
implantado, fazendo urn diagnostico da situayao e procurando analisar as funy5es educativas em termos dos problemas de saude em comum, objetivando aprimorar a qualidade tecnica do programa;
.0 nfvel de usuarios, que representa 0alvo terminal da atividades educativas a serem desen-volvidas, sendo que, nesta dimensao torna-se ne
-cessario fazer urn levantamento de necessidades, incluindo-se entre estas as necessidades dos pro
-prios usuarios, que participam do processo de implementayao e avaliayao do plano educativo.
Urn exemplo de programa de promoyao em saude, e0Projeto North Karelia, 0qual foi inici
-ado em 1972 na regiao de North Karelia na Fin
-landia, tendo como objetivos diminuir a mortali
-dade e morbi-dade por doenyas cardiovasculares, com referencia especial para homens de meia-ida
-de, reduzir os fatores de risco como furno, colesterol serico e hipertensao arterial entre a po-pulayao local, promover rapidos diagnosticos, tratamentos e reabilitayao para doenyas cardiovasculares e proporcionar bases para uma possfvel aplicayao em ambito nacional dos meto-dos de campo utilizameto-dos para 0controle das do -enyas cardiovasculares e outros problemas de sau
-de. As estrategias utilizadas consistiram de inter-veny5es na comunidade atraves de metodos de educayao em saude, treinamento especffico de profissionais e organizayao dos serviyos de saude, incluindo exames medicos e fornecimento de informay5es para 0gerenciamento do progra
-ma. A estrutura administrativa envolveu represen
-tay5es em tres nfveis caracterizados pelo Comite Medico Nacional, Departamento Social e de Cui
-dados com a Saude de North Karelia e os Comi-tes de Centros de Saude de North Karelia (KOSKELA et aI., 1976).
Este projeto obteve excelentes resultadosja no final de 1972, sendo que, 80% da populayao da regiao na faixa etaria de 25 a 59 anos ja havi-am obtido informay5es referentes ao progrhavi-ama. Em 1974, dentre os principais resultados, em homens na faixa etaria de 25 a 29 anos, obteve
-se reduyao no numero de fumantes (de 54%para 42 %),aumento na utilizayao de leite desnatado (de 17 % para 41 %), aumento na mensurayao
da pressao arterial a cada seis meses (de 28 % para 56 %), participayao em ex ames medicos para identificayao de doenyas cardiovasculares (de 0 % para 32 %). Gradual-mente, elementos que comp5e a comunidade como os serviyos sociais e escolas, organizay5es voluntarias, administray5es locais e produtores de alimentos foram envolvidos com os serviyos de saude. 0projeto preconizou a integray,ao dos serviyos de Saude Publica e de administrayao em saude, sendo que, as atividades foram integra-das com os serviyos de saude existentes (saude materno-infantil, atividades de exames medicos, saude escolar e saude ocupacional), juntamente com a criayao de novos serviyos como clfnicas moveis de hipertensao com enfermeiros de Sau
-de Publica e programas especiais para 0
contro-Ie dos fatores de risco das doenyas cardio-vasculares em homens de meia-idade (KOSKELA et aI., 1976).
Desde 1977algumas ay5es do programa fo
-ram estendidas em ambito nacional na Finlandia e, neste mesmo ano, foi implantada uma legisla-yao anti-fumo no pafs. Em 1978, foram implanta
-dos programas especfficos para influenciar 0com -portamento de crianyas e adolescentes com rela-yao aos fatores de risco. Apos dez anos de exis
-tencia do Projeto North Karelia, houve grande modificayao nos padr5es de morbi-mortalidade na Finlandia, principalmente atraves da diminui-yao na prevalencia das doenyas cardio-vasculares.
o
ponto principal foi integrar os serviyos de sau-de existentes juntamente com a participayao da comunidade como figura principal, moderando o custo total do programa (PUSKA et aI., 1988).
Acredita-se que, em pafses como 0 Brasil,
onde ainda existem pessoas que morrem de fome e epidemias de doenyas infecciosas como saram
-po, dengue e tuberculose, a promoyao em saude e vital para todas as areas no ambito da Saude PU
-blica. Nao e diferente para a Educayao Ffsica, a qual segundo NAHAS & CORBIN (1992), se apresenta como uma profissao que tern a maior responsabilidade em prestar serviyos relaciona-dos com atividades ffsicas e desenvolvimento humano, ou ainda, de acordo FLORINDO &
ARAUJO (1997), alem da tradicional atuayao em escolas, clubes, academias e parques, a Educayao
Ffsica poderia atuar como parte de uma equipe
multidisciplinar na area de saude, inclusive em
centros de saude junto com a comunidade,
orien-tando a pratica de atividades ffsicas, de acordo com as caracterfsticas regionais e populacionais.
Urn exemplo concreto de promo<;ao em
sau-de atraves da atividade ffsica, foi 0Projeto de Promofiio e Avaliafiio da Sande Comunitaria, realizado na cidade de Atlanta nos Estados Uni-dos da America em 1986. Atraves de organiza -<;oescomunitarias, foram coletadas opinioes s o-bre os principais problemas da popula<;ao,
jun-tamente com levantamento tecnico realizado por
profissionais de saude. Urn dos principais pro
-blemas levantados foi a hipertensao arterial. A
interven<;ao foi realizada atraves da implanta<;ao de programas de exercfcios ffsicos ereeduca<;ao alimentar. Participaram do projeto, 70 mulheres obesas com idade entre 18 a 59 anos residentes numa regiao pobre da cidade de Atlanta. Medi
-ante urn conjunto de estrategias educativas e
ambientais, caracterizadas pela utiliza<;ao de uma
clfnica, uma escola e urn clube, todos de faci!
acesso para as pessoas, monitora<;ao da dieta, visitas regulares de educadores de saude publi-ca nas casas das pessoas, participa<;ao ativa com comentarios e incorpora<;ao de sugestoes das pessoas nos programas e participa<;ao control a-da procurando evitar absentefsmo, obteve-se re
-sultados excelentes, principalmente com
redu-<;ao do peso corporal e diminui<;ao da pressao arterial das participantes (LASCO et al., 1989).
Acredita-se que as a<;oes de promo<;ao em saude em pafses em desenvolvimento, deveriam ser trabalhadas com base nos fatores determinantes da saude. Isto sejustifica, em vir -tude de grande parte dos problemas em pafses como 0Brasil serem de ordem estrutural. Nao e diferente no caso da area de Educa<;ao Ffsica. Dados recentes de pesquisas em popula<;oes bra -sileiras (OLIVEIRA et al., 1998; ANDRADE et al., 1998) demonstram que afalta de tempo e principal barreira que as pessoas encontram para a aderencia
a
pratica regular de exercfcios ffsi -cos. Refletindo-se sobre os fatores causadores da falta de tempo numa popula<;ao pobre como ado Brasil, acredita-se que estes estejam relaci-onados com os graves problemas estruturais do
pafs, pois existem pessoas que nao possuem
tem-po habil para praticar em virtude do excesso de
trabalho, ou ainda, existem pessoas que possu -em t-empo habil, porem nao tern condi<;oes de
arcar com os custos de uma academia, urn clube
ou principalmente umpersonal training.
PATE et al. (1995), salientam que e nec
es-sario que as organiza<;oes de saude publica, ins -titui<;oes educacionais, 6rgaos de cuidados com
a saude, comunidades, e todos os indivfduos,
consigam efetivamente promover atividades ff -sicas atraves de program as educacionais e a cri-a<;ao de programas que facilitem as situa<;oes para as pessoas se tornarem mais ativas. Neste as
-pecto, aponta-se uma luz no fim do tunel para a
area de EJuca<;ao Ffsica, aqual deve centralizar suas a<;jes nas estrategias de promo<;ao em sau -de. Considerando-se a importiincia destas estra -tegias, listou-se algumas a<;oes relevantes que,
em nosso ponto de vista, poderiam enquadradas
como projetos de promo<;ao em saude na area
de Educa<;ao Ffsica:
· Programas de ciclovias: A implanta<;ao de programas de ciclovias e incentivo
a
utiliz a-<;ao regular de bicicletas para locomo<;ao, alem de estar atuando na melhora da aptidao ffsica,serviria como uma alternativa de transporte;
· Program as de atendimento gratuito em
avaliafiio jfsica eprescrifiio de exercfcios fisi-cos em centros desande: A implanta<;ao destes programas poderiam servir como uma alterna ti-va para as pessoas carentes, oferecendo c ondi-<;oespara a aderencia
a
pratica regular de exer -cfcios ffsicos;•Program as de ginastica laboral: A i
m-planta<;ao de programas de pratica regular de exercfcios ffsicos no ambiente de trabalho, po -deria ser uma alternativa para as pessoas que nao possuem tempo habil para praticar.
Finalizando, deve-se ter maior aten<;ao qua n-do da utiliza<;ao dos conceitos de promo<;ao em saude nos projetos de programas de atividades
ffsicas, eque, no caso depafses como 0Brasil, as
a<;oes de promo<;ao em saude na area de Educa -<;aoFfsica devem ser dirigidas com base nos fato -res determinantes da saude, estabelecendo-se como parte integrante do cotidiano da popula<;ao.
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