Universidade Federal da Bahia
Instituto de Matem´aticaCurso de P´os-graduac¸˜ao em Matem´atica Dissertac¸˜ao de Mestrado
Expoentes de Lyapunov n˜ao nulos
e Hiperbolicidade Uniforme
Luciana Silva Salgado
Salvador-Bahia
Salgado, Luciana Silva.
Expoentes de Lyapunov n˜ao nulos e Hiperbolici-dade Uniforme / Luciana Silva Salgado - Salvador : IM-UFBA, 2008. viii, 37p.
Disserta¸c˜ao sob orienta¸c˜ao do Prof. Dr. Augusto Armando de Castro Junior que ser´a apresentada ao colegiado do curso de P´os-Gradua¸c˜ao em Matem´atica da Universi-dade Federal da Bahia, como requisito par-cial para obten¸c˜ao do T´ıtulo de Mestre em Matem´atica.
Banca examinadora:
Prof. Dr. Augusto Armando de Castro Junior (Orientador)
Prof. Dr. Vilton Jeovan Viana Pinheiro
Expoentes de Lyapunov n˜ao nulos e
Hiperbolicidade Uniforme
Agradecimentos
Ao meu amigo e orientador de mestrado Armando Castro por sua sensi-bilidade, aten¸c˜ao, amizade e por me mostrar uma paix˜ao pela matem´atica que ent˜ao desconhecia, vocˆe ´e um grande exemplo para mim.
Aos caros professores do Instituto de Matem´atica da UFBA que sempre me incentivaram a continuar, todos vocˆes s˜ao pessoas fant´asticas. Em par-ticular, Vilton Pinheiro por me mostrar a beleza matem´atica da An´alise pela primeira vez e Enaldo Vergasta por seu carinho com todos, sua paciˆencia e disposi¸c˜ao em ajudar sempre.
A todos funcion´arios do Instituto de Matem´atica da UFBA que desde minha gradua¸c˜ao fazem parte dessa hist´oria. Em particular, D. Zez´e e Tˆania.
Professor V´ıtor Ara´ujo, por sua presen¸ca nesta banca e por aceitar ser meu orientador de doutorado.
Aos meus colegas e amigos que sempre caminham comigo, longe ou perto, a me apoiar.
D. Neuza, minha m˜ae, por estar presente na vida de seus filhos.
Augusto Salgado, meu pai, de quem herdei o gosto pelo estudo.
Meu querido Moara por ser vocˆe comigo, quem me acalma e acende a chama, for¸ca minha, te adoro.
Resumo
Abstract
1
Introduc
¸˜
ao
A no¸c˜ao de sistema dinˆamico uniformemente hiperb´olico foi proposta por Smale, e desde ent˜ao, muitos dos resultados obtidos em Sistemas Dinˆamicos descrevem caracter´ısticas de hiperbolicidade tanto sob o aspecto topol´ogico quanto o da teoria da medida.
Em particular, o estudo das taxas de expans˜ao n˜ao-uniforme e condi¸c˜oes sobre um dado conjunto de pontos e suas rela¸c˜oes com o comportamento uniformemente expansor ´e enfatizado em v´arios artigos recentes.
Desde Oseledets [14], sabe-se que se µ ´e medida invariante para uma aplica¸c˜ao f de classeC1, ent˜ao o n´umero
λ(x, v) = lim
n→+∞ 1
nlogkDf
n(x).v
k (1)
´e definido num conjunto de probabilidade total e ´e chamado de expoente de Lyapunov em x na dire¸c˜ao de v.
No nosso estudo, provamos que se f ´e um difeomorfismo local C1 tal que os expoentes de Lyapunov de toda medida de probabilidadef-invariante s˜ao positivos, ent˜ao f ´e uniformemente expansora. E tamb´em uma vers˜ao deste resultado para difeomorfismo com um conjunto n˜ao-uniformemente hiperb´olico.
Abaixo, apresentamos uma descri¸c˜ao sucinta dos artigos usados na dis-serta¸c˜ao.
Ara´ujo, Alves e Saussol [3], provaram que se f ´e um difeomorfismo local C1 n˜ao-uniformemente expansor (NUE) sobre um conjunto de probabilidade total, ent˜aof ´e uniformemente expansor, usando o conceito de NUE e o teo-rema de Birkhoff para tal fim.
na se¸c˜ao 5.
2
Enunciado dos principais resultados
Defini¸c˜ao 2.1. Seja f : M → M um difeomorfismo local C1 de uma variedade M dotada da m´etrica Riemanniana que induz uma norma k.k no espa¸co tangente e uma forma de volume dita Medida de Lebesgue.A aplica¸c˜ao f´e dita uniformemente expansora se existem contantesc >0 eσ >1 tais que:
kDfxn(v)k≥c.σnkvk,∀x∈M, v ∈TxM, n ≥1.
Proposi¸c˜ao 2.2. Seja f :M → M um difeomorfismo local C1 definido em
uma variedade riemanniana compacta. Se
lim inf
n→+∞ 1
n log(k(Df
n(x))−1
k)<0 (2)
sobre um conjunto de probabilidade total, ent˜ao f ´e uniformemente expan-sora.
Defini¸c˜ao 2.3. Para cada x∈M ev ∈TxM, o n´umero
λ(x, v) = lim
k→+∞ 1
k logkDf
k x(v)k
´e dito expoente de Lyapunov, sempre que tal limite existir.
Teorema 2.4. Seja f :M → M um difeomorfismo localC1 numa variedade
riemanniana compacta. Se os expoentes de Lyapunov para toda medida de probabilidade f-invariante s˜ao positivos, ent˜ao f ´e uniformemente expansora.
Tamb´em temos uma vers˜ao destes resultados para f : M → M um difeomorfismo local C1 tendo conjuntos invariantes com alguma estrutura n˜ao-uniformemente hiperb´olica.
Lembramos aqui que se M uma variedade diferenci´avel de dimens˜ao n e TxM o espa¸co tangente a M no ponto x, o conjunto
T M ={(x, v), x∈M e v ∈TxM}
Defini¸c˜ao 2.5. Seja Λ ⊂ M um conjunto invariante de f com uma de-composi¸c˜ao cont´ınua Df-invariante do fibrado tangente sobre Λ, TΛM = Ecs ⊕Ecu. Λ ´e dito conjunto hiperb´olico se f tem as dire¸c˜oes de expans˜ao
uniforme emEcue de contra¸c˜ao uniforme emEcs, ou seja, existem constantes
c >0 e σ >1 tais que
kDfn
x(vu)k≥c.σnkvuke kDfxn(vs)k≤c.σ−nkvsk
∀x∈Λ, vs∈Ecs, vu ∈Ecu, n≥1.
Teorema 2.6. Sejaf :M →M um difeomorfismoC1 eΛ um conjunto
pos-itivamente invariante para o qual o espa¸co tangente tem uma decomposi¸c˜ao cont´ınua Df-invariante TΛM = Ecs ⊕Ecu.Se f tem todos os expoentes de
Lyapunov na dire¸c˜ao Ecu positivos e todos os negativos na dire¸c˜ao Ecs, sobre
3
Lemas Preliminares
Nesta se¸c˜ao provamos alguns lemas que ser˜ao usados na demonstra¸c˜ao da proposi¸c˜ao 2.2.
Defini¸c˜ao 3.1. (Convergˆencia fraca-*) SejaX um espa¸co normado eX′
:={l :X → R, l ´e linear e cont´ınua} o seu espa¸co dual. Dizemos que uma sequˆencia (ln)+∞n=1 converge fraca-* se existe l∈X′
tal que
lim
n→+∞|ln(x)−l(x)|= 0,∀x∈X.
Sejam M um espa¸co m´etrico compacto e f : M → M uma aplica¸c˜ao cont´ınua.
Lema 3.2. Seja Mf o espa¸co das medidas f-invariantes, φ uma fun¸c˜ao
cont´ınua sobre M. Se R φdµ < λ,∀µ∈ Mf, ent˜ao para todo x∈M, ∃ n(x)
tal que
1 n(x)
n(x)−1 X
i=0
φ(fix)< λ.
Prova:
Demonstrando por absurdo, suponhamos que ∃ x∈M tal que
1 n
n−1 X
i=0
φ(fix)≥λ,∀ n.
Definimos uma sequˆencia de medidas de probabilidade
µn =
1 n
n−1 X
i=0
δfix(·), n≥1
onde cada δfix ´e uma medida de Dirac suportada em fix.
Seja µum ponto de acumula¸c˜ao fraco desta sequˆencia, quando n →+∞.
Observe que µ ´e f-invariante, isto ´e, µ(f−1(A)) = µ(A): De fato, veja
que δx(f−i(A)) =δfix(A).
Seja δfi(x)(A) = 1 ⇒ fi(x) ∈ A ⇒ x ∈ f−i(A) ⇒ δx(f−i(A)) = 1. Por outro lado, suponha que fi(x) ∈/ A ⇒ δ
fi(x)(A) = 0 ⇒ x /∈ f−i(A) ⇒
δx(f−i(A)) = 0.
Logo,
µ= lim
nk→+∞
µnk = lim
nk→∞
1 nk
nXk−1
i=0
δfi(x)(·) =
= lim
nk→∞
1 nk
nXk−1
i=0
δx(f−i(·)).
Assim,
µnk(f
−1(
·)) = 1 nk
nXk−1
i=0
δ(f−i(f−1(·))) =
= 1 nk
nXk−1
i=0
δ(f−i(·))
| {z }
µnk
+ 1 nk
δ(f−nk(·))− 1
nk
δ(·) |{z}−→
f raca−∗ µ.
Como φ ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua, temos
Z
φdµ= lim
k→+∞ Z
φdµnk = lim
k→+∞ 1 nk
nXk−1
i=o
φ(fix)≥λ.
Lema 3.3. Seja Mf o espa¸co das probabilidades f-invariantes, seja φ uma
fun¸c˜ao cont´ınua sobre M. Se R φdµ < λ,∀ µ ∈ Mf, ent˜ao ∃ N tal que
∀n ≥N temos
1 n
n−1 X
i=0
φ(fix)< λ,∀x∈M.
Prova:
Pelo Lema 3.2, para cada x∈M,∃ n(x)∈ N e c(x)< λ,tais que
1 n(x)
n(x)−1 X
i=0
φ(fix)< c(x).
Assim , por continuidade, para cada x∈ M, h´a uma vizinhan¸ca Vx de x tal
que para todo y∈Vx, temos
1 n(x)
n(x)−1 X
i=0
φ(fiy)< c(x).
M ´e compacto,logo existe cobertura finitaV(x1), ..., V(xp)de M por
vizin-han¸cas deste tipo. SejaNe =max{n(x1), ..., n(xp)}ec=max{c(x1), ..., c(xp)}.
Da´ı, temos c < λ. Tome
α=maxx∈Mkφ(x)k=kφk.
Defina, a seguinte sequˆencia de aplica¸c˜oes:
N1(x) =min{n(xi);x∈Vxi, i= 1, ..., p}
e
Nk :M →N, k ≥0,
da seguinte forma
N0(x) = 0, Nk+1(x) = Nk(x) +N1(fNk(x)(x)), para x∈M.
Da´ı,
n−1 X
i=0
φ(fix) =
l−1 X
k=0
NXk+1
j=Nk
φ(fi(x))+
n
X
j=Nk+1
φ(fj(x))≤cNl+αNe ≤cn+ (|c|+α)N .e
J´a que, temos
para c≥0 :cNk+αNe ≤cn+αNe ≤cn+ (|c|+α)N;e
e parac <0 :cNk+αNe =cn−c(n−Nk)+αNe ≤cn+|c|Ne+αNe ≤cn+(|c|+α)N .e
Portanto, se tomarmos N = (2(|c|+α)Ne)/(λ−c), temos
1 n
n−1 X
i=0
4
Prova da Proposi¸
c˜
ao 2.2
Defini¸c˜ao 4.1. Uma aplica¸c˜aoA:N×M →Gl(k,R) ´e um cociclo subaditivo mensur´avel sobre f se verifica as seguintes propriedades:
(i)A(n+m, x)≤A(n, fm(x)) +A(m, x) , para quaisquern, m∈Nex∈X.
(ii) A(n, .) :M →Gl(k,R) ´e uma fun¸c˜ao mensur´avel para cada n∈N.
(iii) A(0, x) =Id,∀x∈X.
Enunciaremos, agora, o teorema erg´odico subaditivo de Kingman que ser´a usado na pr´oxima demonstra¸c˜ao.
Teorema 4.2. (Teorema Erg´odico Subaditivo de Kingman)
SejaA:N×M →Rum cociclo subaditivo sobref tal quemax{0,A(1,·)}=: A+(1,·)∈L1(M, µ). Ent˜ao, para µ-quase todo ponto x∈M existe o limite
A∗ = lim
n→+∞
A(n, x)
n .
Al´em disso, a fun¸c˜ao A∗ est´a em L1(M, µ), ´e f-invariante e satisfaz
Z
M
A∗dµ= lim
n→+∞ 1 n
Z
M
A(n, x)dµ(x).
Defini¸c˜ao 4.3. Um conjunto boreliano A ´e dito de probabilidade total em M se,µ(A) = 1, para toda medida de probabilidade f-invariante em M.
Defini¸c˜ao 4.5. Dados µ ∈ M(M), F = {φ1, ..., φn} um conjunto finito de
fun¸c˜oes cont´ınuas φj :M →R eǫ >0 arbitr´ario, definimos
V(µ, F, ǫ) :={η ∈ M(M);| Z
φjdη−
Z
φjdµ|< ǫ,∀φj ∈F}.
A topologia contendo,para cada medida µ, a cole¸c˜ao de todos os conjuntos V(µ, F, ǫ) como base de vizinhan¸ca em µ, com F e ǫ vari´aveis, ´e chamada Topologia fraca-* em M(M). Esta topologia corresponde `a no¸c˜ao de con-vergˆencia vista em 3.1
Observa¸c˜ao 4.6. Na pr´oxima demonstra¸c˜ao usaremos o fato de Mf ser
compacto, isto ´e devido aos teoremas de Riesz-Markov e Banach-Alaoglu e ´e comentado no apˆendice.
Vamos, enfim, `a
Demonstra¸c˜ao da Proposi¸c˜ao 2.2:
Seja Mf um espa¸co das medidas f-invariantes, munido da topologia
fraca-*.
Definaφn(x) = logk(Dfxn)−1k, n ∈N.
Como f ´e um difeomorfismo local C1 sobre M temos que a aplica¸c˜ao φn(x) ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua sobre M.
Afirma¸c˜ao 1. φn(x) = logk(Dfxn)−1k´e um cociclo subaditivo.
Prova:
Da´ı, pelo teorema erg´odico subaditivo (teorema 4.2), temos que o limite
lim
n→+∞ 1
nφn(x) =:φ(x)e
existe para µ−qtp x e toda medida µ f-invariante. Al´em disso, φe´ef-invariante e integr´avel.
Afirma¸c˜ao 2. φn
n ´e dominada.
Prova:
De fato,
k(Dfn)−1k=k[Πnj=0−1(Df(fj(x)))]−1k ≤Πnj=0−1k(Df(fj(x)))−1k.
Como f ´e difeomorfismo local (Df)−1 ´e uniformemente limitada superi-ormente, digamos por uma constante S >0. Assim,
k(Dfn)−1k ≤Sn⇒ 1
nlogk(Df
n)−1
k ≤ 1
n logk(Df) −1
k ≤logS.
Por outro lado,Df−1 tamb´em ´e limitada inferiormente j´a que
k(Dfn(x)−1)k−1 = inf
kvk=1k(Df
n)
·vk= inf kvk=1k[(Π
n−1
j=0Df(fj(x)))·v]k ≤
≤ inf
kvk=1{Π
n−1
j=0k(Df(fj(x)))k · kvk} ≤ kDfkn⇒
kDfk−n≤ k(Dfn)−1(x)k ⇒ −logkDfk ≤ logk(Df
n(x))−1k
n .
Portanto, tomandor=max{logkDfk,logS} temos kφn
n k ≤r,∀n.
Provando assim a afirma¸c˜ao 2.
Portanto, pelo Teorema da Convergˆencia Dominada de Lebesgue, temos
lim
n→+∞ Z φ
n
n dµ= Z
e
Por hip´otese,
lim inf
n→+∞ 1
n logk(Df
n
x)−1k<0
num conjunto de medida de probabilidade total. Isto implica que φ <e 0, para µ−qtp x para qualquer medida invariante µ.
Assim, R eφdµ <0,∀µ∈ Mf.
Agora provemos que∃ L∈N eλ <0 tais que
1 L
Z
φLdµ < λ,∀µ∈ Mf :
Ora, para uma dada medidaµ∈ Mf, pelo teorema 4.2, temos
lim
n→+∞ Z
φn
n dµ= Z
e φdµ.
J´a que R eφdµ <0,∃ nµ∈N tal que
R φn
ndµ <
1
2R eφdµ,∀n ≥nµ. Note que fixada µ, a aplica¸c˜ao x7−→ φnµ
nµ ´e cont´ınua.
Para provarmos a uniformidade usaremos argumento padr˜ao de compaci-dade da esfera unit´aria na topologia fraca-* e a consequente compacicompaci-dade do subconjunto Mf das probabilidadesf-invariantes.
(O argumento aqui usado ´e similar ao do Lema 3.3, s´o que refere-se `a compacidade de Mf no lugar da de M)
Assim, tomandoǫµ = 14kR eφdµk, temos que o conjunto
Vµ={µ′;k
Z φ nµ nµ dµ− Z φ nµ nµ
Da´ı,∪Vµ´e uma cobertura de Mf e j´a que este ´e compacto (teoremas 7.1
e 7.2), podemos achar uma subcobertura finita, digamos V µ1, ..., V µl.
Se denotarmos nj =nµj e λ=max{−ǫµj, j = 1, ..., l}, ent˜ao, λ <0 e
∀ν∈ Mf, existe uma vizinhan¸ca
(V µj)∋ν,para algum j, tal que vale
1 nj
Z
φnjdν < λ.
Observe que
kDfnjk(x)
k ≤ kΠkt=0−1[Dfnjt(fnj)]
k ≤ ≤Πkt=0−1k[Dfnj(fnjt)]
k ⇒logkDfnjk(x)
k ≤log Πkt=0−1k[Dfnj(fnjt)]
k ⇒
⇒φnjk ≤
k−1 X
t=0 φnj(f
tnj(x)),
para algumk ∈N ej ={1, ..., l} fixado.
Dadaνb∈Vµj, j´a que bν ´ef-invariante,
1 knj
Z
φnj(f
knj(x))d
b ν≤ 1
k k−1 X t=0 1 nj Z
φnj(ftnj(x))dbν=
= 1 k k−1 X t=0 1 nj Z
φnj(x)dbν < λ⇒
Z φ
knj
knj
< λ.
Assim, se fizermos L=mmc{nl}, ent˜ao L1
R
φLdµ < λ.
J´a que (L1)φL´e fun¸c˜ao cont´ınua sobre M, pelo Lema 3.3, ∃Ne ∈Ntal que
1 n n−1 X i=0 1 LφL(f
i(x))< λ,
∀n ≥N ,e ∀x∈M. (3)
(Isto ´e quase o que precisamos: SeL= 1, ent˜ao 1
nφn(x)≤
Pn−1
i=1 φ(fi(x))< λ ⇒φn(x)< λn,∀n ∈Ne que ´e o resultado desejado)
(Aqui ainda n˜ao vale a subaditividade deφL em rela¸c˜ao af, mas sim em
Queremos uma express˜ao em que apare¸ca os intermedi´arios e n˜ao apenas os m´ultiplos deL, portanto usando a subaditividade, temos para todok ∈N
φkL(x)≤ k−1 X
i=0
φL(fiL(x)),
e ent˜ao, para algum 0 ≤j < L,
φkL(x)≤φj(x) + k−2 X
i=0
φL(fiL+j(x)) +φL−j(f(k−1)L+j(x)).
(Basta fazer fkL = fL−j ◦f(k−1)L ◦fj e aplicar a regra da cadeia e a
subaditividade em φkL)
Somando emj = 0, ..., L−1 e dividindo por L, temos
φkL(x)≤
1 L
L−1 X
j=0
[φj(x) + k−2 X
i=0
φL(fLi+j(x) +φL−j(f(k−1)L+j(x)))] =
= 1 L
L−1 X
j=0
[φj+φL−j(f(k−1)L(fj(x)))] +
1 L k−2 X i=0 L−1 X j=0
φL(fLi+j(x)).
Sejac1 >1 uma cota para
kφL−jk= sup x∈Mk
φL−j(x)k,∀0≤j ≤L,digamos,c1 = max
i=1,...,Lmaxx∈M φi(x).
Da´ı,
φ ≤
L−1 XXk−2
φL
(fiL+j(x))+2c ≤
L(k−1)−1 X φL
Novamente, usando a subaditividade, obtemos
φn(x)≤φkL(x) +φj(fkL(x))≤L(k−1)λ+ 2c1+c1.
Logo, φn(x)≤L(k−1)λ+ 3c1.
Como (k−1)L < n, obtemos
1
nφn(x)≤
L(k−1) n λ+
3 nc1 =
=h(L(k−1)) +L+j
n +
L−j n
i
λ+3c1 n ≤
λ 2 ⇒
⇒φn ≤
nλ
2 ,∀n > N ,
onde
L(k−1)
n −→1 e N >Netal que 3c1
n < ¯ ¯ ¯λ8
¯ ¯ ¯,L
n < 1 8.
Assim, se tomarmos
k= max{Ne+ 2L, 6c1
(−λ)}, obtemos 1
nφn(x)≤ λ
2,∀x∈M, n≥k.
Sejac−1 =max{k(Df
x)−1k, . . . ,k(Dfxk−1)−1k,1}.
Da´ı,
k(Dfx)−1k ≤c−1e
λn
2 ,∀n≥1.
Ademais,∃c >0 e λ <0 tais que
kDfxn(v)k ≥ce−λn2 kvk,∀x∈M, v ∈TxM, n≥1.♦
Esc´olio 1. Seja φn um cociclo subaditivo cont´ınuo em uma variedade M
compacta tal que
lim inf
n→+∞ 1
nφn<0,∀n.
5
Provas dos Teoremas
Apresentamos agora o enunciado do importante
Teorema 5.1. (Teorema de Oseledets - vers˜ao n˜ao invert´ıvel)
Seja A : N×M → Gl(n,R) um cociclo sobre uma transforma¸c˜ao
men-sur´avelf :M → M com log+kA(1,·)k, ondelog+ =max{0, log}, integr´avel
em rela¸c˜ao a uma medida f-invariante µ em M. Para µ−qtp x ∈ M ex-iste um inteiro positivo t(x) ≤ n, n´umeros λ1(x) < . . . < λt(x)(x) e espa¸cos
lineares {0}=F0(x)⊂F1(x)⊂. . .⊂Ft(x)(x) =Rn tais que:
1) Se F ⊂Fi(x)´e um subespa¸co linear com F ∩Fi−1(x) = 0 ent˜ao
lim
n→+∞ 1
nlog infkA(n, x)vk= limn→+∞log supk
A(n, x)vk=λi(x),
onde o ´ınfimo e o supremo s˜ao tomados sobre todos os vetores v ∈ F
tais que kvk= 1;
2)
lim
n→+∞ 1
n log|detA(n, x)|=
t(x) X
i=1
(dimFi(x) +dimFi−1(x))λi(x).
Prova do Teorema 2.4
Pelo Teorema 5.1 , existe um conjunto B ⊂ M tal que µ(B) = 1,∀µ ∈
Mf, com as propriedades:
(1)Existe uma fun¸c˜ao mensur´avel s:B →Z∗ com s◦f =s. (2)Se x∈B, existem n´umeros reaisλ1(x)< ... < λs(x)(x).
(3)Se x∈B, existem subespa¸cos lineares 0 =F0(x)⊂...⊂Fs(x)(x) =TxM.
(4)Se x∈B e 0 < i≤s(x), ent˜ao
lim
n→∞ 1
nlogkDf
n
x(v)k=λi(x),∀v ∈Fi(x)\Fi−1(x).
Por hip´otese, sex∈B, ent˜ao λi(x)>0, para i= 1, ..., s(x).
Da´ı, para todo x∈B,∃N(x) tal que
kDfxn(v)k ≥e(nλ1(x))/2kvk,
para n ≥N(x) e v ∈TxM.
Assim,
k(Dfxn)−1k< e(−nλ1(x))/2,
para n ≥N(x) e
lim inf
n→∞ 1
nlogk(Df
n
x)−1k ≤ −
λ1(x) 2 <0.
Portanto, pela Proposi¸c˜ao 2.2,f ´e uniformemente expansora.♦
Vejamos a diferen¸ca entre esta demonstra¸c˜ao e a apresentada em [3].
Defini¸c˜ao 5.2. Um difeomorfismo local C1 f : M → M ´e uma aplica¸c˜ao n˜ao-uniformemente expansora (NUE) em x∈M se
lim inf n→+∞ 1 n n−1 X j=0
logk(Dffj x)
−1
k<0.
Na hip´otese dos lemas em [3] temos NUE num conjunto de probabili-dade total enquanto em [1] o autor percebeu que podia usar R φdµ < λ. Mesmo de maneira impl´ıcita, Ara´ujo-Alves-Saussol passaram por esta inte-gral, chegando a ela pela condi¸c˜ao de NUE, que ´e mais forte que a de todos os expoentes de Lyapunov positivos.
Observe que esses lemas levam `a tese do teorema principal em ambos os artigos. Entretanto, no caso de [3] os lemas s˜ao utilizados diretamente para obter o teorema e em [1] o autor ainda teve de passar pela proposi¸c˜ao 2.2.
O que Cao fez a mais foi supor que os expoentes de Lyapunov s˜ao todos positivos, chegando `a hip´otese 1
L
R
φLdµ < λ, pela aplica¸c˜ao do teorema
erg´odico de Kingman, depois ajustou as contas para poder aplicar os lemas e chegar ao resultado desejado.
Abaixo o enunciado do teorema apresentado no artigo [3]:
Teorema 5.3. Seja f :M → M um difeomorfismo local C1 definido numa
variedade Riemanniana compacta. Se f ´e n˜ao-uniformemente expansora sobre um conjunto de probabilidade total, ent˜ao f ´e uniformemente expansora.
Os lemas usados na demonstra¸c˜ao deste teorema foram os seguintes:
Lema 5.4. Se
lim inf
n→∞ 1 n
n−1 X
j=0
φ(fj(x))<0
vale num conjunto de probabilidade total, ent˜ao ´e v´alido para todo x∈X.
Lema 5.5. Existe c0 > 0 tal que
PmNe−1
6
Um crit´
erio de hiperbolicidade para sistemas
conjugados a expansores
Neste cap´ıtulo apresentamos como a Proposi¸c˜ao 2.2 pode ser aplicada a outros resultados.
Sejag :M →M um difeomorfismo localC2, M variedade riemanniana.
Defini¸c˜ao 6.1. Seja z ∈ M um ponto regular. Dizemos que k ∈ N ´e um tempo ξ-hiperb´olico para z se, parai= 1, ..., k, temos
Πij=1k[Dg|(gk−j(z))]−1k ≤ξi.
O seguinte lema ser´a muito ´util no que segue:
Lema 6.2. (Lema de Pliss)
Dadosλ >0, ǫ >0e H >0, existem N0 =N0(λ, ǫ, H) eδ =δ(λ, ǫ, H)> 0 tais que, se a1, a2, . . . , an s˜ao n´umeros reais, satisfazendo
N
X
n=1
an≤N λ,
N ≥ N0,|an| ≤ H para n = 1, . . . , N, ent˜ao existe l ≥ N δ,1 ≤ n1 ≤
. . .≤nl ≤N tal que
n
X
i=nj+1
ai ≤(n−nj)(λ+ǫ),
Uma propriedade interessante de tempos hiperb´olicos para difeomorfis-mos locais ´e que, sob condi¸c˜oes de proximidade entre segmentos de ´orbitas, um tempo ξ−hiperb´olico para um ponto x ∈ M ser´a tamb´em tempo √ ξ-hiperb´olico para os pontos de uma vizinhan¸ca de x:
Lema 6.3. (Vers˜ao simplificada da Proposi¸c˜ao 2.23em [5])
Seja g : M → M um difeomorfismo local numa variedade riemanni-ana compacta M. Suponha que k seja um tempo ξ−hiperb´olico para x ∈ M.Ent˜ao, existe bδ > 0 tal que, para todo y ∈ M cujo k-segmento de ´orbita dista a menos de bδ do de x, temos k como tempo √ξ−hiperb´olico para y.
Prova:
De fato, seja bδ >0 tal que
k[Dg(y)]−1k ≤ √1
ξ · k[Dg(z)] −1
k,∀y, z ∈M,tais que d(y, z)<bδ.
Considere agoraxj =gj(x) e yj =gj(y) com d(xj, yj)<bδ,e j = 0, . . . , k.
Da´ı, para l < k, temos
Πl
j=1k[Dg(yk−j)]−1k ≤Πlj=1 1
√
ξk[Dg(xk−j)]
−1k ≤³√1 ξ
´l
·(ς)l = (√ς)l,
implicando que k ´e tempo ξ-hiperb´olico para y.♦
Sejag :M →M um difeomorfismo local C2 topologicamente conjugado a um endomorfismo C1 expansor.
con-Lema 6.5. Suponha que g ´e topologicamente conjugada a uma aplica¸c˜ao expansora f. Seja x um ponto regular recorrente de g. Se Per(g) ´e NUE, ent˜ao todos os expoentes de Lyapunov de x s˜ao positivos.
Prova:
Seja δ > 0 tal que dada qualquer bola B(z, δ) os ramos inversos corre-spondentes de g s˜ao difeomorfismos bem definidos. Se ξ=eη, η <0 como na
defini¸c˜ao de NUE, ξ < ξ′ < 1 fixado e seja ǫ > 0 tal que (√ξ′)−1 −ǫ > 1.
Desde que x seja um ponto regular ∃ n0 ∈N tal que
(ξ1−ǫ)n.kv1k<kDgn(x).v1k<(ξ1+ǫ)n.kv1k,∀v1 ∈E1;∀n≥n0.
Onde os E1 ´e o autoespa¸co de Lyapunov associado a log(ξ1) o menor expoente de Lyapunov.
Agora,pelo lema 6.2, existen1 > n0 tal que para qualquer ponto y en > n1
onde
Πnj=0k[Dg(gj(y))]−1k−1 ≥ξ−n,
temos, ent˜ao que y tem pelo menos n0 tempos hiperb´olicos menores que n.
Fixemos 0< δ′ ≤δ tal que
k[Dg−1(y)]k ≤ √1 ξ′kDg
−1(z)
k,∀z, y;d(z, y)< δ′,
onde g−1 designa qualquer ramo inverso de g.
Escolhemos 0< δ′′ < δ′ tal que se g−n ´e uma composi¸c˜ao arbitr´aria de n
ramos inversos de g, ent˜ao diam(g−n(B(z, δ′′))) < δ′,∀z ∈M,∀n ∈ N. Isto
ocorre pois ´e v´alido para o sistema expansor f que ´e conjugado a g.
Comox´e um ponto recorrente, escolhemos n2 ≥n1 um tempo de retorno tal que uma vizinhan¸ca Vx ⊂B(x, δ′′) de x ´e dada por gn2 sobre B(x, δ′′).
Portanto, escrevendo G := (gn2|
Vx)
−1, G :B(x, δ′′)→ V
x ⊂B(x, δ′′) tem
Por hip´otese, p ´e um ponto peri´odico hiperb´olico para o qual temos
Πn2−1
j=0 k[Dg(gj(p))]−1k−1 ≥ kξ−n2k ⇒ kDG(p)k ≤ kξn2k.
Por nossa escolha den1 e pela equa¸c˜ao acima, existe um tempoξ′-hiperb´olico n0 < n′ < n2 para p. Devido ao lema 6.3, n′ ´e tamb´em √ξ′-hiperb´olico para x. Em particular, isto implica que
kDgn′(x).vk ≥pξ′−n′kvk,∀v ∈T
pM.
Portanto, ξ1 ≥pξ′−1−ǫ >1.
Isto significa que o menor dos expoentes de Lyapunov de x ´e maior que
0, e portanto todos os outros o s˜ao.♦
Defini¸c˜ao 6.6. (Sombreamento por Pontos Peri´odicos)
Seja f : M → M uma aplica¸c˜ao e Λb ⊂ M um conjunto compacto f-invariante.Dizemos que (f,Λ) tem a propriedade de sombreamento por pon-b tos peri´odicos se dados ǫ > 0, α > 0 tais que para todo segmento de ´orbita
{x, . . . , fn(x)} ⊂ Λ comb d(fn(x), x) < α, existe um ponto peri´odico p ∈ M
com per´ıodo n tal que d(fj(p), fj(x))< ǫ,∀0≤j ≤n.
Neste caso, dizemos que a ´orbita de p ǫ-sombreia o segmento de ´orbita
{x, . . . , fn(x)}.
Teorema 6.7. Seja g : M → M um difeomorfismo local C2 sobre uma
variedade compacta M. Suponha que existe um conjunto compacto invari-ante Λ ⊂ M tal que (g,Λ) tem a propriedade de sombreamento por pontos peri´odicos.Se g ´e NUE sobre o conjunto de pontos peri´odicos Per(g), ent˜ao g ´e uma aplica¸c˜ao expansora sobre Λ.
Notamos que o conjunto de pontos recorrentes regulares de Oseledets ´e um conjunto de probabilidade total, devido ao Teorema de Oseledets (teorema 5.1) e ao Teorema de Recorrˆencia de Poincar´e (teorema 7.3). Isto significa que este conjunto tem medida igual a 1 para qualquer medidag-invariante, e o lema 6.3 implica que todos os expoentes de Lyapunov s˜ao positivos. Portanto, nosso teorema 6.7 ´e obtido pela aplica¸c˜ao do lema 6.3 para a proposi¸c˜ao 2.2.♦
Como finaliza¸c˜ao, faremos um breve coment´ario sobre o resultado an´alogo ao que provamos aqui, mas no contexto de difeomorfismos, feito tamb´em em [4].
Defini¸c˜ao 6.8. (Conjunto N˜ao-uniformemente Hiperb´olico - NUH)
Seja g : M → M um difeomorfismo sobre uma variedade compacta M. Dizemos que um conjunto invariante S ⊂M ´e um conjunto N˜ao Uniforme-mente Hiperb´olico (NUH) se
(1) ∃TSM =Ecs⊕Ecu decomposi¸c˜ao Dg-invariante;
(2) Existem η >0 e uma m´etrica Riemanniana adaptada para a qual qual-quer ponto p∈S satisfaz
lim inf
n→∞ 1 n
n−1 X
j=0
logkDg(gj(p))|Ecs(gj(p))k ≤η,
lim inf
n→∞ 1 n
n−1 X
j=0
Defini¸c˜ao 6.9. (Decomposi¸c˜ao Dominada)
Sejaf : M →M um difeomorfismo sobre uma variedade compacta M e seja X ⊂M um subconjunto invariante (isto ´e,f(X) =X). Diz-se que uma decomposi¸c˜ao TxM =E⊕Eb ´e dominada se e somente se
(i) A decomposi¸c˜ao ´eDf-invariante, ou seja,Df(E(x)) =E(f(x)) eDf(Eb(x)) = b
E(f(x));
(ii) ∃0< λ <1 e algum l∈N tais que, ∀x∈X
sup
v∈E,kvk=1{k
Dfl(x)·vk} ·( inf
v∈E,bkvk=1{k
Dfl(x)·vk})−1 ≤λ.
Os autores usaram estas defini¸c˜oes para mostrar que se g ´e topologi-camente conjugada a uma aplica¸c˜ao hiperb´olica f, ent˜ao os expoentes de Lyapunov de todo ponto recorrente regular de g s˜ao n˜ao-nulos no seguinte lema:
Lema 6.10. Suponha que g ´e topologicamente conjugado a uma aplica¸c˜ao hiperb´olica f. Seja x um ponto recorrente regular de g. Suponha que Per(g) ´e NUH e que a decomposi¸c˜ao TP er(g)M =Ecs⊕Ecu´e decomposi¸c˜ao dominada.
Ent˜ao, os expoentes de Lyapunov de x s˜ao n˜ao nulos.
e o aplicaram para demonstrar o teorema abaixo:
Teorema 6.11. Seja f :M →M um difeomorfismoC1 sobre uma variedade
Riemanniana compacta, com um conjunto positivamente invariante Λ para o
7
Apˆ
endice
Teorema 7.1. (Banach-Alaoglu)
Seja X um espa¸co normado.Ent˜ao, a bola fechada unit´aria do dual X∗
de X ´e compacta na topologia fraca-*.
Teorema 7.2. (Riesz-Markov)
Seja M um espa¸co m´etrico compacto e C0(M) o espa¸co das fun¸c˜oes
cont´ınuas de M em R. Ent˜ao, o dual de C0(M) ´e o espa¸co das medidas
borelianas finitas com sinal sobre M.
Teorema 7.3. (Recorrˆencia de Poincar´e - Vers˜ao Probabil´ıstica)
Seja f : X → X, X um espa¸co de probabilidade. Ent˜ao, µ−qtp x ∈ X
´e recorrente.
7.1
Compacidade do espa¸
co
M
fPelo teorema de Banach-Alaoglu, a bola fechada unit´aria B∗[0,1] do espa¸co dual de um espa¸co normado ´e compacta na topologia fraca-*. Ora, o teorema de Riesz-Markov d´a-nos que o espa¸co M(M) das medidas de prob-abilidade finitas com sinal de um dado espa¸co M ´e isomorfo (C0(M))∗.
Veja que Mf na prova da proposi¸c˜ao 2.2 ´e um subconjunto fechado de
B∗
M[0,1]:
Com efeito, sejaµn∈ Mf uma sequˆencia convergindo na topologia
fraca-* para uma certa medida µ. Para vermos que µ ∈ Mf, basta mostrarmos
que para toda φ cont´ınua fixada vale Z
M
φ◦f dµ= Z
M
De fato, temos R
Mφ◦f dµn |{z}−→ f raca−∗
R
Mφ◦f dµ e
R
M φdµn |{z}−→ f raca−∗
R
Mφdµ.
Como o limite ´e ´unico e R
Mφ◦f dµn |{z}= µn∈Mf
R
Mφdµn ⇒
R
Mφ◦f dµ =
R
Mφdµ
Referˆ
encias
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[13] Ma˜n´e R, 1988, A proof of the C1 stability conjecture, Publ. Math. I.H.E.S. 66 161-210.
Index
Abstract, viii Agradecimentos, v Apˆendice, 25
Enunciado dos principais resulta-dos, 3
Introdu¸c˜ao, 1
Lemas preliminares, 5
Prova da Proposi¸c˜ao 2.2, 9
Provas dos Teoremas 2.4 e 2.6, 16
Resumo, vii