UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
Proex- PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
Movimento Popular de Saúde de Sergipe
Secretaria Municipal de Saúde
PROJETO SENSIBILIZAÇÃO DOS GESTORES E
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Universidade Federal de Sergipe
Proex-UFS
Movimento Popular de Saúde de Sergipe
Secretaria Municipal de Saúde
Grupo de Sensibilização dos Gestores e Profissionais de Saúde
Projeto de Sensibilização dos Gestores e
Profissionais de Saúde
Universidade Federal de Sergipe
Proex-UFS
Movimento Popular de Saúde de Sergipe
Secretaria Municipal de Saúde
Grupo de Sensibilização dos Gestores e Profissionais de Saúde
Projeto de Sensibilização dos Gestores e
Profissionais de Saúde
ALUNOS
:
Áurea Lúcia Siqueira Perrucho MittaraquisCleide Bispo Santos
Edvania Silva Santos Eunice de Andrade Santos
Esdras Rodrigues Alves
Heitor Freitas de Andrade Iracema Maria Silva Fontes José Magno Alves dos Santos Júlia Moreira Prata Paixão Lilia de Figueiredo Prado Maria Claro dos Santos Souza Maria da Conceição Santos Melo Maria das Graças Faria da Silva Marinalva da Silva Conceição Maria Terezinha Marques Fontes
Mirian Leite da Silva Barbosa Nadiége Reis de Santana Góes
Vera Lúcia Teixeira de Almeida Barreto Washington Luiz dos Santos
Rosemary Barbosa dos Santos
Projeto apresentado como atividade final do Curso de Extensão em Fitoterapia sob orientação do Professor Paulo Marcellini.
FOLHA DE APROVAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RELATÓRIO DE PESQUISA
Titulo: Projeto de Sensibilização dos Gestores e Profissionais de Saúde
Autor(es):Grupo de Sensibilização dos Gestores e Profissionais de Saúde
Relatório de Pesquisa
Considerações
Aspectos Gerais:
____________________________________________________
____________________________________________________
Aporte Teórico:
____________________________________________________
____________________________________________________
Metodologia:
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____________________________________________________
Resultado
____________________________________________________
____________________________________________________
Discussão e Conclusão:
____________________________________________________
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Assinatura:
____________________________________________________
____________________________________________________
Qualificação:
□ Aprovado com Louvor
□ Aprovado
□ Avaliado com recomendações – Data de entrega do trabalho revisado __/__/__
□ Avaliação com restrições – Data da entrega do trabalho revisado: __/__/__
A Deus, que nos deu vida, inteligência e força para
continuar a caminhada em busca dos nossos objetivos.
Aos coordenadores do curso Simone Maria Leite
Batista e Rogéria de Souza Nunes pelo
empreendedorismo.
Aos professores pela dedicação e realização deste
curso.
A Esdras Daniel dos Santos representante do Ministério
da Saúde por nos fazer perceber a importância da
Política como referência a prática.
A Adriana Claro por nos dar suporte tecnológico.
Aos colegas que nos deixaram suas contribuições, mas
não concluíram o curso.
E a todas as instituições e entidades que contribuíram
direta ou indiretamente. Em especial a FUNASA e ao
Separada da prática, a teoria é puro verbalismo inoperante; desvinculada da teoria, a prática é ativismo cego.
Lista de Abreviaturas e siglas
ACS – Agente Comunitário de Saúde
ANEPS – Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde
ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
CAPS/AD – Centro de Apoio Psicosocial / Álcool e Drogas
COEPS – Coordenação de Educação Permanente de Saúde
CEPS – Centro de Educação Permanente da Saúde
DST/ AIDS – Doenças Sexualmente Transmissíveis
EMSURB – Empresa Municipal de Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PNPMF – Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
PSF – Programa de Saúde da Família
REAB – Rede de Atenção Básica
REAST – Rede de Atenção à saúde do Trabalhador
SMS – Secretaria Municipal de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
UBS – Unidade Básica de Saúde
UFBA – Universidade Federal da Bahia
UFCE – Universidade Federal do Ceará
UFS – Universidade Federal de Sergipe
UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo
Lista de Gráficos
Gráfico 1 – Identificação dos Profissionais...
Gráfico 2 – Identificação dos Gestores...
Gráfico 3 – Distribuição dos Profissionais e Gestores de acordo com a faixa etária
Gráfico 4 – Distribuição dos Profissionais e Gestores de acordo com o sexo ...
Gráfico 5 – Identificação quanto ao tempo de formação Profissional...
Gráfico 6 – Identificação referente ao tempo de experiência na atenção básica...
Gráfico 7 - Identificação da experiência na área de saúde dos gestores...
Gráfico 8 – O conhecimento sobre plantas medicinais ...
Gráfico 9 – Onde adquiriu a informação...
Gráfico 10 – Utilização das plantas e fitoterápicos...
Gráfico 11 – Indicação para usuários de plantas medicinais nas suas práticas...
Gráfico 12 – Participação de cursos e palestras sob o tema...
Gráfico 13 – Conhecimento sobre a Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos...
Sumário
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ... 9 2 GÊNEROS ACADÊMICOS ... 1
1
2.1 ARTIGO... 1
1
2.2 GLOSSÁRIO...
1
2
2.3 MEMORIAL E CURRICULUM VITAE... 1
3 2.4 PAPER... 1
4
2.5 POSTER... 1
5
2.6 PROJETO DE PESQUISA... 1
6
2.7 PROTOCOLO DE INTENÇÄO... 1
7 2.8 RELATÓRIO ... 1
8
2.7 RESENHA ... 1
9
2.8 RESUMO... 2
0
2.9 TRABALHOS MONOGRÁFICOS... 2
1
ESPECIALIZAÇÃO ... 1
2.9.2.DISSERTAÇÃO... 2
1
2.9.3 TESE ... 2
1 3 CONCLUSÃO ... 2 2
REFERÊNCIAS ... 2
3
1. INTRODUÇÃO
Tendo como proposta a sensibilização dos gestores e
profissionais de saúde sobre a Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), e realizar um diagnóstico
de suas práticas no que se refere ao tema visando subsidiar a
implantação da PNPMF na Rede de Atenção Básica (REAB) do
Município de Aracaju. Nesse sentido foram realizados durante o
Curso de Extensão em Fitoterapia, seminários, fóruns e
palestras visando atingir esse propósito.
No município de Barra dos Coqueiros, promovemos o I
Seminário de Fitoterapia, com a presença do médico Celerino
Carriconde, presidente do Centro Nordestino de Educação
Popular / PE, e da médica Kátia Torres, representante do
Ministério da Saúde, autoridades, profissionais e comunidade.
Como resultado desta sensibilização foi aprovado na Câmera de
Vereadores, o Decreto que institui a implantação das plantas
medicinais e fitoterápicas na rede de atenção básica desse
município.
Na cidade de Laranjeiras tivemos a realização de outro
seminário similar, com a apresentação da Política Nacional de
Plantas Medicinais pela representante do Ministério da Saúde, a
médica Carmem Di Simoni, os alunos do curso Esdras
Rodrigues Alves e o naturopata Luís Antonio Santos Júnior.
Em Aracaju, município foco da nossa pesquisa foi
Educação Permanente em Saúde) dirigido aos profissionais de
saúde e gestores, com a apresentação de Dra. Vera Dantas,
Coordenadora da Residência da SMS de Fortaleza/ CE, sobre a
Experiência da Implantação das Terapias Complementares na
mesma cidade, e com Dr. Ângelo Antonielle, sobre Educação
Popular x Educação Formal e Fitoterapia e Plantas Medicinais.
Ressaltamos ainda a realização de fóruns nos bairros Coqueiral,
Lamarão e Augusto Franco, organizados pelo MOPS
envolvendo os Conselhos Locais de Saúde. O público alvo
destes eventos foi heterogêneo, abrangendo profissionais e
gestores de saúde e usuários.
Este projeto busca reunir informações junto aos
profissionais e gestores de saúde do município de Aracaju, com
o objetivo de subsidiar a gestão municipal na implantação da
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos na
REAB, conforme foi aprovado na Conferência Municipal de
Saúde no ano de 2007.
Considerando que a atual Política Nacional de Saúde
Pública, requer cada vez mais dos profissionais da área uma
formação acadêmica voltada para o binômio: estudar doenças e
conhecer medicamentos que as tratem – através de fundamentos
da farmacologia, que apresentam as trilhas químicas, capazes de
gerar os efeitos terapêuticos desejados, e ressaltando ainda que
a medicina preventiva não tenha ocupado devidamente sua
função, vez que, dados estatísticos comprovam que menos de
1% do orçamento gasto com saúde, destina-se a chamada
medicina preventiva, que tem limitado-se a diagnosticar a
doença no seu início, (Strand,Ray D, 2004).
Em função desta realidade, e baseados no pensamento
de Hipocrates – o pai da medicina “que da natureza extraia seu
alimento e seu remédio”, estamos através deste trabalho
almejando apresentar dados que poderão subsidiar a
implantação da Política Nacional de Plantas Medicinais e
fitoterápicos na REAB de Aracaju, por entendermos a
necessidade de viabilizarmos os meios para que a comunidade
possa ter acesso a essa alternativa terapêutica que tem sua
absolutamente natural, isenta de qualquer processo químico,
atua diretamente na causa, estimulando o desaparecimento dos
sintomas patológicos.
2. OBJETIVOS
Objetivos Gerais:
Sensibilizar os gestores e profissionais de saúde sobre
a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
(PNPMF), e realizar um diagnóstico de suas práticas no que se
refere ao tema visando subsidiar a implantação da PNPMF na
Rede de Atenção Básica (REAB) do Município de Aracaju.
Objetivos Específicos:
Identificar o grau de conhecimento, a utilização e indicação das plantas medicinais e fitoterápicos pelos
profissionais de saúde e gestores;
Quantificar os interesses dos gestores e profissionais de
saúde em participarem de capacitações sobre Fitoterapia;
Avaliar o grau de conhecimento dos gestores e
profissionais de saúde sobre a PNPMF;
Relacionar e qualificar as dificuldades declaradas e
sugestões apontadas pelos gestores e profissionais de saúde na
implantação da PNPMF;
Apontar as contribuições de gestores para implantação
3. REFERENCIAL TEÓRICO
A Organização Mundial de Saúde afirma que
85% da população mundial utilizam as plantas medicinais.
No Brasil devido a consciências popular
mais profunda foi reconhecida esta prática e criada a
Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,
aprovada por meio do Decreto Nº. 5.813, de 22 de junho
de 2006.
Estudos no âmbito internacional têm
evidenciado que entre as principais características de
usuários de fitoterápicos e outras terapias complementares
são os que possuem maiores níveis de escolaridade e
poder aquisitivo (Yu; Ghandour; Huang, 2004; Astin,
1998).
Segundo Matos, José Abreu (1983)
observa-se que a população brasileira carente não só tem
dificuldade para obter os medicamentos convencionais,
mas também adoece muito mais. O uso criterioso da
fitoterapia no sistema público de saúde pode ser uma saída
para a redução do custo dos medicamentos.
Vale ressaltar que enquanto na região
Sudeste os medicamentos convencionais ainda são os mais
prescritos pelos médicos, estados como o Ceará e a
Paraíba desenvolvem algumas iniciativas bem sucedidas
de uso de medicamentos não convencionais.
Temos como experiência mais antiga a
Universidade Federal do Ceará (UFCE) que em 1983
começou a implantar o Programa Farmácias Vivas, sob a
coordenação do professor José Abreu Matos. Seguindo as
orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o
programa oferece assistência farmacêutica fitoterápica de
base cientifica às comunidades mais carentes de Fortaleza,
dotadas de atividade terapêutica comprovada. O programa
vem mostrando seus resultados. Dados de 1995 mostram,
por exemplo, que para os casos de amebíase e giardíase
(doenças parasitarias muito comuns) cápsulas de hortelã
têm efeito comprovado e custavam, à época, R$0,96
enquanto que o medicamento convencional, Flagyl (da RH
o dia) custava R$ 4,12.
Outra iniciativa é a da Secretaria de Saúde do
Estado da Paraíba que a partir de 1998 começou a
implantar o Programa de Alternativas Alimentares,
Terapias complementares, Homeopatia e Acupuntura
(PROACHA), sendo que a fitoterapia está contemplada
dentro das terapias complementares.
Percebe-se que os médicos de modo geral,
aceitam bem a fitoterapia, mas não a prescrevem por falta
de uma educação deficiente nessa área, conforme mostrou
uma consulta realizada pela Secretaria de Saúde. Para
suprir essa demanda, as Universidades Federal e Estadual
da Paraíba já oferecem a disciplina de Fitoterapia para
alguns cursos na área de saúde.
A palavra Fitoterapia, foi criada para designar
tradições de tratamento, nas quais as plantas medicinais
são usadas como medicamento. O uso terapêutico de
plantas medicinais ficou restrito à abordagem leiga desde
o salto tecnológico da indústria farmacêutica ocorrido nas
décadas de 50 e 60.
Pesquisadores dessa área concluíram ser
importante sistematizar e estudar as tradições populares do
uso de plantas medicinais, como forma de ter uma
estratégia para investigação e comprovação farmacológica.
Por isso um ramo da antropologia chamado
determinado grupo cultural) tem resultado importante cada
vez maior para o desenvolvimento de novos
medicamentos à base de plantas medicinais.
A Fitoterapia é a forma mais antiga e fundamental
de medicina da terra, é o recurso de prevenção e
tratamento de doenças, é uma terapia com propriedade de
auxiliar na cura de males profunda e integralmente, de
forma barata e não agressiva, pois estimula as defesas
naturais do organismo e resgata o ser humano às suas
raízes terrestre.
A Política Nacional de plantas Medicinais e
Fitoterápicos, Decreto nº. 5.813, de 22 de Junho de 2006,
estabelece diretrizes e linhas prioritárias para o
desenvolvimento de ações pelos diversos parceiros em
torno de objetivos comuns voltados a garantia do acesso
seguro e uso racional de plantas medicinais e Fitoterápicos
em nosso país.
A Política preconiza diretriz, ações e
responsabilidades dos poderes Municipais, Estadual e
Federal, na sua implantação e implementação, as quais
irão orientar os gestores no estabelecimento da mesma ou
em sua adequação aos programas já implantados.
Atualmente observa-se um crescimento na
utilização de Plantas Medicinais e fitoterápicos pela
população brasileira detentora da maior biodiversidade do
planeta e privilegiada por uma cultura popular
conhecedora das propriedades terapêuticas das plantas.
Alguns fatores poderiam explicar o aumento do uso desses
medicamentos, como o avanço ocorrido na área cientifica
que permitiram o desenvolvimento de fitoterápicos
reconhecidamente seguros e eficazes, como também uma
forte tendência de busca, pela população, por terapias
menos agressivas destinadas ao atendimento primário à
Percebe-se que a legislação consegue
reforçar o critério de segurança e eficácia dos fitoterápicos
registrados no Brasil, ela também privilegia de certa forma
a incorporação, no nosso mercado farmacêutico, daquelas
plantas consideradas exóticas, uma vez que a maioria das
obras na literatura colocada como referência não
contempla estudos clínicos de plantas da flora brasileira
utilizadas na medicina popular. Uma vez que a maior parte
das plantas utilizadas tradicionalmente pela população
ainda não foi avaliada do ponto de vista toxicológico e
farmacológico, o que tornaria proibitivo o seu registro
como fitoterápicos.
Vale ressaltar que existe um arsenal de
informações resultantes de pesquisa da flora brasileira que
nem sempre é compilado de forma que possa servir como
subsídio para a inclusão na lista de referência bibliográfica
para avaliação de segurança e eficácia de medicamentos
fitoterápicos, disponibilizado pela ANVISA.
A utilização das plantas é preciso ter
cautela. A crença popular de que as plantas não fazem
mal, estimulada ainda mais por fortes apelos de marketing,
faz com que o quadro fique um tanto distorcido. “Havia
um conceito pré-estabelecido, popular, de que o que vem
da natureza não faz mal. Isso não é correto”, diz Elisaldo
Carlini (pesquisador do departamento de
Psicofarmacologia da Universidade Federal de São Paulo,
UNIFESP). Todo medicamento, inclusive os fitoterápicos,
4. O PERCURSO METODOLÓGICO
4.1 TIPOS DE ESTUDO
Utilizamos uma pesquisa do tipo descritiva
baseada numa abordagem qualitativa. Na abordagem
qualitativa, por privilegiar os sujeitos sociais, os quais
detêm os atributos que o investigador pretende conhecer
(MINAYO, 1994).
A natureza qualitativa tende a salientar
aspectos dinâmicos, holísticos e individuais tentando
aplicá-los no contexto daqueles que os estão vivenciando
(POLIT; HUNGLER, 1995).
No estudo descritivo salientam-se aquelas que
têm por objetivo estudar as características de um grupo:
sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de
escolaridade, nível de renda, estado de saúde física e
mental etc. (GIL, 1999)
Uma das características do estudo descritivo é
a técnica padronizada da coleta de dados, realizada
principalmente através de questionários e da observação
sistemática. (ANDRADE, 2006).
Para Pereira (1999), o dado qualitativo é uma
forma de quantificação do evento qualitativo que
normatiza e confere um caráter objetivo a sua observação.
necessariamente a mensurações com variáveis qualitativas,
sendo de todo pertinentes que o pesquisador considere a
utilização de medidas mais elementares (ordinais,
discretas) que lhe permitiram maior flexibilidade.
4.2 OS SUJEITOS DO ESTUDO
O universo desta pesquisa foi o município de
Aracaju - SE. O ambiente da pesquisa foi representado
pelas Unidades Básicas de Saúde, onde atuam as equipes
de Saúde da Família (ESF).
Os programas desenvolvidos nessas unidades
são: Programa de Assistência Integral à Saúde da mulher,
Programa de Assistência Integral à Saúde da criança,
Programa de Saúde Bucal, Hipertensão, Tuberculose,
Hanseníase, DST/AIDS, Diabetes, Atenção ao Idoso,
Atividades Básicas e outros.
Nossa população-alvo foi constituída por
todos os profissionais de saúde da atenção básica de
Aracaju/SE, tais como: Agentes Comunitários de Saúde,
Assistentes Sociais, Auxiliares de Enfermagem,
Enfermeiros, Odontólogos e Médicos (Generalistas,
Ginecologistas, Pediatras, Psiquiatras) e outros.
A amostra constou de 234 questionários de
intencional que segundo Alves (1998), é aquela onde o
pesquisador se dirige intencionalmente a grupos de
elementos dos quais deseja saber a opinião [...] Os
resultados têm validade para aquele grupo específico, ou
seja, em um contexto específico.
Sendo enviados via COEPS 600 questionários para os
profissionais e 77 para os gestores de saúde da REAB.
Dos questionários que retornaram foram considerados
válidos 234 questionários de profissionais e 37 de
gestores, pois tivemos que invalidar alguns que retornaram
em branco, em formulário diverso de gestor e ou de
profissional e outros que chegaram após a computação dos
dados.
Nos questionários constaram dados relativos à
identificação, como nome, idade, sexo, profissão, tempo
de formação profissional e de trabalho na atenção básica.
Para a realização do diagnóstico das práticas foram
elaboradas perguntas referentes ao conhecimento, uso,
indicação de plantas medicinais e fitoterápicos, como
também as dificuldades, sugestões e contribuições, no
caso dos gestores, para a implantação da PNPMF na
REAB de saúde de saúde
4.3 INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS.
Como instrumento de coleta de dados elaborou-se
dois questionários distintos para profissionais e gestores
de saúde, contendo perguntas estruturadas e abertas, com a
profissionais de saúde e gestores no que se refere ao
conhecimento e utilização de plantas medicinais e
Fitoterápicos. Os questionários foram enviados as
Unidades de Saúde através da parceria com COEPS para
serem respondidos pelos profissionais e gestores.
A coleta de dados foi realizada no mês de outubro
de 2008, sendo analisado no mês de dezembro.
O instrumento utilizado foi composto inicialmente
por cinco perguntas para conhecer o perfil do cliente,
seguidos por oito perguntas abertas e fechadas que se
fundamentam do objeto de estudo.
Este, para Gil (1999) é uma técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc. (p.128).
Todo o recurso financeiro destinado à realização dessa
pesquisa foi de responsabilidade do CEPES.
4.4 ANÁLISES DOS DADOS
Nesta fase realizamos a análise propriamente dita, a qual
aconteceu desde a coleta de dados.
Entre os tipos de análises existentes na pesquisa
qualitativa, a análise do conteúdo é uma das mais
relevantes, por se destacar nas suas funções: verificação de
hipóteses e/ou questões de pesquisa e descoberta do que
está por trás dos conteúdos manifestos, indo além das
aparências (BARDIN apud ALVES, 1998).
Segundo a autora supracitada, este tipo de análise se
desdobra em três etapas: pré-análise, onde organizamos o
material e fizemos à leitura flutuante; exploração do
material, na qual nos aprofundamos na leitura; e
tratamento dos resultados obtidos e interpretação.
II(apêndice A).
5 REVELANDO, ANÁLISANDO E DISCUTINDO OS RESULTADOS.
5.1 CARACTERIZAÇÕES DOS SUJEITOS
Gráfico 1: Identificação dos Profissionais
8%
22%
5% 17% 18%
20%
10% 0%
Odontologos
Enferm eiros
Assistente Social
Médico
Auxiliar/Tecnico Enferm agem ACS
Outros
Não Identificados
16,7 24,3 28,6 24,3 23,5 32,4 16,2 13,5 15 5,5 0 5 10 15 20 25 30 35
1 2 3 4 5
profissionais gestores 11% 11% 14% 32% 32% 0% Odontologia Enferm agem Mé dico
As sistente Social
Outros
Fatia 6
Dentre os 234 profissionais e 37 gestores de saúde que
responderam à pesquisa, 7.7 % dos profissionais e 10,8%
dos gerentes são odontólogos, 22% dos profissionais e
10,8 dos gerentes são enfermeiros, 5.1% dos profissionais
e 32,4% dos gerentes são assistentes sociais 16.6 % e
13,6% dos gerentes são médicos, e os demais 27% dos
gerentes são de outras profissões. Quanto aos
profissionais, 18% dos profissionais são auxiliares e ou
técnicos de enfermagem, 20% agentes comunitários de
saúde, 10.2% outros profissionais de saúde, como auxiliar
de consultório odontológico, auxiliar de serviço de saúde,
auxiliares administrativos e 0.42 % não se identificou,
18 a 30 anos = 1 31 a 40 anos = 2 41 a 50 anos = 3 + de 50 anos = 4 Sem resposta= 5
GRÁFICO 03: DISTRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS E GESTORES DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA.
Em relação à idade 16.7 % dos profissionais informaram
ter entre 18 e 30 anos, 28.6 % informaram ter idade entre
31 a 40 anos, 23.5 % ter entre 41 a 50 anos e 16.2 % mais
de 50 anos de idade. 15 % dos profissionais não
responderam este item. Entre os gestores, 24.3% informam
ter entre 18 e 30 anos, 24.3% declaram ter entre 31 e 40
anos, 32% entre 41 a 50 anos de idade e mais de 50 anos
apenas 13,5%. Não responderam a questão 5,5% dos
gestores.
87,6 89,1
12,4 10,9 0
10 20 30 40 50 60 70 80 90
feminino masculino
profissionais gestores
GRÁFICO 04: DISTRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE GESTORES DE ACORDO COM O SEXO.
No que se refere ao sexo dos profissionais de saúde,
87.6 % informaram serem do sexo feminino e 12.4 % do
sexo masculino. Os gerentes são, em sua maioria, também
do sexo feminino, sendo apenas 10.9 % do sexo
0 a 05 anos = 1
6 a
10
anos = 2
11 a 15 anos = 3
16 a 20 anos = 4
+ de 20 anos = 5
GRÁFICO 05: IDENTIFICAÇÃO QUANTO AO TEMPO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Quanto ao tempo de formação profissional, 9.9 % dos profissionais e 16.2% dos gestores concentram-se na faixa de 0 a 5 anos de formação, 18.8 % de profissionais e 21.7% de gestores na faixa de 6 a 10 anos, 6.9 % de profissionais e 18.9 de gestores na faixa de 11 a 15 anos de formado, 8.1 % de profissionais e o mesmo percentual de gestores na faixa de 16 a 20, e 27.3 % dos trabalhadores, também, o mesmo percentual de gerentes informam ter mais de 20 anos de formação profissional. Não responderam à questão 29 % dos profissionais e 8.1% dos gerentes.
0
a
03
anos = 1
4 a 06 anos = 2
9,9 16,2 18,8 21,7 6,9 18,9 8,18,1 27,327 29
8,1 0 5 10 15 20 25 30
1 2 3 4 5 6
profissionais gestores 13,2 16,3 24 29,7 12,913,5 7,7 13,5 20 27 0 5 10 15 20 25 30
1 2 3 4 5
07 a 09 anos = 3
10 a 13 anos = 4
+ de 13 anos = 5
GRÁFICO 06: IDENTIFICAÇÃO REFERENTE AO TEMPO DE EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA
No campo da identificação, referente ao tempo de
experiência na atenção básica, 13.2 % dos profissionais
referiram ter entre 0 a 3 anos de trabalho na REAB, 24 %
informaram ter entre 4 a 6 anos, 12.9 concentram-se na
faixa de 7 a 9 anos de experiência, 7.7% estão na faixa de
10 a 13 anos, e 20% estão com mais de 15 anos de
trabalho na atenção básica. 22.2 % dos profissionais não
responderam este campo. Entre os gerentes, 16.3%
declaram ter entre 0 a 3 anos de trabalho na atenção
básica, 29.7 % referem ter entre 4 a 6 anos, 13,5 de 7 a 9
anos e também, 13.5% estão na faixa de 10 a 13 anos.
27% do total de gestores declaram ter mais de 13 anos de
0 a 05 anos = 1
06 a 10 anos = 2
11 a 15 anos = 3
16 a 20 anos = 4
+ de 20 anos = 5
+ de 25 anos = 6
GRÁFICO 07: IDENTIFICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE SAÚDE DOS GESTORES
Para a identificação dos gestores, levando em
consideração que muitos são de outras áreas de
conhecimento como administração, jornalismo, educação
física, entre outros, foi acrescentado o campo tempo de
experiência na área da saúde. Neste campo, 27% dos
gestores declararam ter de 0 a 5 anos de experiência,
29.7% estão na faixa de 6 a 10 anos de experiência e 43.3
se encontram com mais de 11 anos de experiência de
trabalho na área de saúde.
5.2 COMPREENDENDO O SIGNIFICADO DAS PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICAS.
Após incessantes leituras flutuantes da análise do conteúdo e dos dados coletados
através do levantamento dos questionários, conseguimos chegar ao delineamento de
categorias que vem expressar o conhecimento da utilização das plantas medicinais e
fitoterápicas. Os resultados foram agrupados e apresentados de acordo com os 27
29,7
10,8
2,7 19
10,8
0 5 10 15 20 25 30
1 2 3 4 5 6
enunciados que se seguem:
CATEGORIA – O CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS
Sub-categoria A – Refere ou demonstram conhecer
Sub-categoria B - Refere ou demonstram conhecer pouco
Sub-categoria C – Refere ou demonstram não conhecer
Sub-categoria D – Não respondeu
35 51,3
43,5
10,9 12 35,1
9,5 2,7 0
10 20 30 40 50 60
A B C D
profissionais gestores
Do total de 234 profissionais 35% demonstraram ou declararam
ter conhecimento consistente sobre o tema, 43.5% referiram ou
demonstraram ter pouco conhecimento sobre o assunto e 12%
declararam que nada sabem sobre plantas medicinais e
fitoterápicos. Não responderam esta pergunta 9.5% dos
entrevistados. Entre os gestores, 51.3 % referem ou demonstram
conhecer o tema, e 10.9%informam conhecer pouco. 35.1%
destes referem não conhecer nada sobre o tema e apenas 2.7%
CATEGORIA – ONDE ADQUIRIU A INFORMAÇÃO
Sub-categoria A – Escola/Universidade
Sub-categoria B - Comunidade
Sub-categoria C – Família
Sub-categoria D – Capacitação
Sub-categoria E – Outros (livros, internet, televisão, revistas)
0 a 05 anos = 1
06 a 10 anos = 2
11 a 15 anos = 3
16 a 20 anos = 4
+ de 20 anos = 5
+ de 25 anos = 6
GRÁFICO 07: IDENTIFICAÇÃO DA EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE SAÚDE DOS GESTORES
27 29,7
10,8
2,7 19
10,8
0 5 10 15 20 25 30
1 2 3 4 5 6
Para a identificação dos gestores, levando em
consideração que muitos são de outras áreas de
conhecimento como administração, jornalismo, educação
física, entre outros, foi acrescentado o campo tempo de
experiência na área da saúde. Neste campo, 27% dos
gestores declararam ter de 0 a 5 anos de experiência,
29.7% estão na faixa de 6 a 10 anos de experiência e 43.3
se encontram com mais de 11 anos de experiência de
trabalho na área de saúde.
5.2 COMPREENDENDO O SIGNIFICADO DAS PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICAS.
Após incessantes leituras flutuantes da análise do
conteúdo e dos dados coletados através do levantamento
dos questionários, conseguimos chegar ao delineamento
de categorias que vem expressar o conhecimento da
utilização das plantas medicinais e fitoterápicas. Os
resultados foram agrupados e apresentados de acordo com
os enunciados que se seguem:
CATEGORIA – O CONHECIMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS
Sub-categoria A – Refere ou demonstram conhecer
Sub-categoria B - Refere ou demonstram conhecer pouco
Sub-categoria C – Refere ou demonstram não conhecer
35 51,3
43,5
10,9 12 35,1
9,5 2,7 0
10 20 30 40 50 60
A B C D
profissionais gestores
Do total de 234 profissionais 35% demonstraram ou
declararam ter conhecimento consistente sobre o tema,
43.5% referiram ou demonstraram ter pouco
conhecimento sobre o assunto e 12% declararam que nada
sabem sobre plantas medicinais e fitoterápicos. Não
responderam esta pergunta 9.5% dos entrevistados. Entre
os gestores, 51.3 % referem ou demonstram conhecer o
tema, e 10.9%informam conhecer pouco. 35.1% destes
referem não conhecer nada sobre o tema e apenas 2.7%
não responderam este item.
CATEGORIA – ONDE ADQUIRIU A INFORMAÇÃO
Sub-categoria A – Escola/Universidade
Sub-categoria B - Comunidade
Sub-categoria C – Família
Sub-categoria D – Capacitação
9,8 5,9 28 25,5 37,741,2 7,69,8 16,917,6 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
A B C D E
profissionais gestores
No que se refere à questão onde adquiriu as informações,
foram obtidas um total de 326 respostas de profissionais, sendo
que 17 destes não responderam e, dos que responderam, alguns
marcaram varias alternativas. A alternativa mais referida foi
família com 123 citações de profissionais, equivalendo a 37.7 %
do total de respostas destes, e 21 citações pelos gestores
equivalendo a 41.7% do total, seguida pela opção comunidade
com 91 citações ou 28 % das respostas de profissionais e 13
citações dos gestores , que correspondem a 25.5% do total de
respostas. A alternativa “outros”, foi assinalada 55 vezes pelos
trabalhadores, contabilizando 16.9 % de referências e 9 vezes
pelos gestores, correspondendo a 17.6% das respostas. A opção
escola / universidade foi escolhida 32 vezes pelos profissionais,
o que perfaz 9.8% do total, tendo apenas 3 respostas pelos
gerentes, equivalentes a 5.9% . Por fim, o item capacitação foi
referido apenas 25 vezes pelos profissionais perfazendo 7.6 %
do total de respostas e 5 citações pelos gestores perfazendo um
total de 9.8%.
CATEGORIA – UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS.
Sub-categoria A – Sempre
Sub-categoria B - Frequentemente
Sub-categoria C – As vezes
Sub-categoria E – Nunca
Sub-categoria F – Não responderam
1513,6 21
10,8 3837,8
15,8 35,1
9,4 2,7
0,8 0
5 10 15 20 25 30 35 40
A B C D E F
profissionais gestores
Nas questões relativas à utilização e indicação das plantas medicinais
e fitoterápicas, foram propostas as alternativas: sempre, freqüentemente, às
vezes, raramente e nunca. Foi detectado que a maioria absoluta dos
profissionais utilizam plantas medicinais e fitoterápicos, apresentando as
seguintes freqüências: Sempre, 15%; freqüentemente, 21%; às vezes 38%; e
raramente, 15.8%. Apenas 9.4% dos profissionais declaram que nunca
utilizam. Não responderam à questão 0.8% dos entrevistados. Entre os
gestores, 13.6% assinalaram que sempre utilizam plantas medicinais e
fitoterápicos, 10,8% informam que frequentemente utilizam e 37,8%
referem que às vezes utilizam. 35.1% dos gestores colocam que raramente
utilizam e 2.7% nunca utilizam.
CATEGORIA – INDICAÇÃO PARA USUÁRIOS DE PLANTAS
MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NAS SUAS PRÁTICAS
Sub-categoria A – Sempre
Sub-categoria B - Frequentemente
Sub-categoria C – As vezes
Sub-categoria D – Raramente
Sub-categoria E – Nunca
10,713,5 21,8
13,5 37,740,5
13,7 24,3
15,3
5,5 9,8
2,7 0
5 10 15 20 25 30 35 40 45
A B C D E F
profissionais gestores
Em relação à indicação de plantas medicinais e
fitoterápicos pelos profissionais, foram obtidos os
seguintes resultados: 10.7%, sempre; 21.8%,
freqüentemente; 37.7% às vezes; 13.7%, raramente e
15.3%, nunca. 0.8% dos entrevistados não responderam.
Os questionários aplicados aos gestores obtiveram a
seguinte freqüência: sempre,13.3%;
frequentemente,13.5%; às vezes, 40.5%; raramente, 24.3%
e nunca 5.5%.
CATEGORIA – PARTICIPAÇÃO DE CURSOS E PALESTRAS OU QUALQUER
OUTRA FORMA DE CAPACITAÇÃO SOBRE O TEMA
Sub-categoria A - Sim
27,4 18,9
72,678,4
0 10 20 30 40 50 60 70 80
A B
profissionais gestores
Na abordagem sobre participação em cursos, palestras
ou qualquer outra forma de capacitação sobre o tema a
maioria ( 72.6% ) dos profissionais declararam nunca ter
participado de nenhuma destas formas de capacitação.
Apenas 27.4 % destes informam já ter participado de
formas variadas de contato com o tema. Quanto aos
gerentes,78.4% referem não haver sido capacitado sobre o
tema e 18.9% ter tido capacitação sobre o assunto.
Na abordagem sobre participação em cursos, palestras
ou qualquer outra forma de capacitação sobre o tema a
maioria ( 72.6% ) dos profissionais declararam nunca ter
participado de nenhuma destas formas de capacitação.
Apenas 27.4 % destes informam já ter participado de
formas variadas de contato com o tema. Ressaltamos as
seguintes citações: visita ao Parque da Sementeira,
palestra sobre naturismo e vegetarianismo
Farmácia viva, pastoral; Encontro Ameps/MOPS;
Secretaria de Saúde; Universidades; encontros de casais
com cristo; Congresso; feira em UBS; Fóruns; escola;
Pastoral; Seminário no CEPS; Tema DST; Inflamação
vaginal; disciplina curricular na universidade; palestra na
UBS; através do A.C.S; especialização do PSF; Farmácia
viva do Augusto franco ( Dona Josefa). Pós – graduação
na UFBA, palestra na igreja e Adventista, curso de
Comparando as declarações referentes à utilização,
indicação e participação em cursos, palestras e similares
observa-se que enquanto a maioria dos profissionais,
utilizam e indicam plantas medicinais e fitoterápicos,
mesmo que com freqüências diferenciadas, a maioria
destes mesmos profissionais nunca participaram de
nenhum tipo de capacitação.
“A falta de informação do profissional de saúde, dos próprios pacientes em reconhecer sua própria doença e seu uso natural, tratamento e diagnóstico. Muitas vezes não sabendo que as plantas medicinais o ajudarão neste processo patológico, sem os efeitos adversos que os medicamentos podem causar, não sabendo real entendimento de um tratamento fitoterápico pode potencializar a sua melhora clínica.” (A.M.C.F) (Celso Daniel)
CATEGORIA – CONHECIMENTOS SOBRE A POLITICA NACIONAL
DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS
Sub-categoria A – Refere ou demonstram conhecer
Sub-categoria B - Refere ou demonstram conhecer pouco
Sub-categoria C – Refere ou demonstram não conhecer
Sub-categoria D – Não respondeu
6,410,8 14,2 10,8 70 54,1 9,4 24,3 0 10 20 30 40 50 60 70
A B C D
profissionais gestores
A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,
aprovada por meio do Decreto Nº 5.813, de 22 de junho de
2006, criada no intuito de estabelecer as diretrizes para
atuação do governo nesta área, é completamente
desconhecida por 70% dos profissionais e 54.1% dos
gestores, enquanto 14.2% dos trabalhadores e 10.8% dos
6.4% dos profissionais e10.8% dos gestores declaram
conhecer a PNPMF. Não responderam à pergunta 9.4%
dos entrevistados do grupo de trabalhadores e 24.3% dos
gerentes.
É paradoxal que uma política que é definida como
constituindo parte essencial das políticas de saúde, meio
ambiente, desenvolvimento econômico e social e como um
dos elementos fundamentais de transversalidade na
implementação de ações capazes de promover melhorias
na qualidade de vida da população brasileira, garantindo o
acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e
fitoterápicos em nosso país, não seja ainda conhecida,
mesmo que superficialmente, pela maioria absoluta dos
dois grupos entrevistados. Contudo, considerando ser esta
uma política recente, e ainda não ter sido implantada no
município de Aracaju, nesta pesquisa, foi solicitado aos
gestores sugestões para a realização de capacitações sobre
esta temática. Do total de 37 gestores, 14 não responderam
a pergunta e entre os que responderam, foram
identificadas algumas sugestões relacionadas abaixo:
informar a REAB sobre a política, realizar cursos teóricos
e práticos nas comunidades, Identificar os profissionais
que já utilizam e indicam plantas medicinais fitoterápicos
ou são sensíveis para a temática, realizar oficinas práticas
sobre fitoterapia e plantas medicinais, capacitar médicos,
comunidades, gerentes e farmacêuticos e sensibilizar
profissionais e gestores para a implantação da política em
todas as unidades.
Tendo em vista a perspectiva de implantação da
fitoterapia e plantas medicinais nas unidades básicas, nesta
pesquisa, foram elaboradas questões abertas relativas às
dificuldades visualizadas e/ou enfrentadas no uso de
plantas medicinais e quais as sugestões que os
dificuldades apresentadas pelos profissionais, a falta de
informação sobre o tema foi citada por 142 profissionais;
o descrédito, por parte da população e dos profissionais,
na eficácia das plantas e fitoterápicos foi referido por 28
profissionais e a crença da população na eficácia da
medicação alopática por 17 profissionais. A realização de
poucas pesquisas que comprove a eficácia e a
desinformação foram referidas por 11 e 8 profissionais
respectivamente. Não responderam esta pergunta 33
profissionais.
Nesta pesquisa, percebe-se que, ainda que se
constitua exceção, alguns profissionais apresentam uma
visão bastante clara do problema e demonstram uma
sensibilidade especial para a temática. Como relata um
médico da atenção básica ao falar das dificuldades:
“A falta de informação do profissional de saúde, dos próprios pacientes em reconhecer sua própria doença e seu curso natural, tratamento e prognóstico. Muitas vezes não sabendo que as plantas medicinais o ajudarão neste processo patológico, sem os efeitos adversos que os medicamentos podem causar, não sabendo o real entendimento de que um tratamento fitoterápico pode potencializar a sua melhora clínica.” (A.M.C.F)
No questionário dirigido aos gestores, assim como
no segmento profissional, entre as dificuldades apontadas,
a mais citada é a desinformação sobre o tema, com 14
referências; outras dificuldades referidas relacionam-se ao
preconceito, e à “barreiras culturais” tanto por parte da
população como dos profissionais, como retrata as
seguintes respostas:
-“Predominância da cultura alopática da população e profissionais de saúde que está atrelada ao desenvolvimento da industria farmacêutica que sustenta o sistema de saúde como um todo” (A.R.C);
- “A População urbana não tem a mesma aceitação de plantas medicinais que a população rural.”
- “Resistência dos profissionais e da comunidade”;
Por se tratar de uma questão aberta, as respostas
apresentadas pelos dois segmentos trazem variações e
produção, a distribuição e a utilização de plantas
medicinais e fitoterápicos, além de fatores e interesses
econômicos, políticos e sociais. Elencamos abaixo, para
uma melhor visualização, outras dificuldades expostas
pelos profissionais e gestores.
Dificuldades apresentadas pelos profissionais
- Falta de sensibilidade dos profissionais;
- Encontrar plantas medicinais;
- Preconceito/ Mito;
- Formação médica voltada para medicamentos alopáticos;
- Medicina hospilalocêntrico;
- Os grandes laboratórios;
- Modelo médico- centrado hegemônico;
- Corporativismo;
- Tratamento mais longo que o convencional (ação lenta);
- Falta de acesso às plantas e fitoterápicos;
- Disposição para o preparo;
- Banalização do uso;
- Falta de padronização dos fitoterápicos;
- Falta de interesse da comunidade;
- Falta de credibilidade por parte da população e dos
prescritores;
- Local seguro para obtenção das plantas;
- Resistência dos pacientes;
- Identificar e utilizar as plantas;
- Maneira cultura l- falta de costume da comunidade para
o uso das plantas;
- Não tem onde plantar
Dificuldades apresentadas pelos gestores:
- Falta de articulação com os atores sociais;
- O lobby das industrias farmacêuticas que já produzem
- Preconceito e formação acadêmica, especialmente dos
médicos;
- Desconhecimento para parte da gestão estadual;
- A política não garante recursos para investimento;
- falta de laboratório para produção de fitoterápicos;
- Ausência de política municipal para implantação na
REAB;
Conforme referido anteriormente, ainda na mesma
questão foram solicitadas aos dois segmentos pesquisados,
sugestões para superar estas dificuldades. As sugestões
mais citadas referem-se à capacitação de todos os
envolvidos no processo: profissionais, usuários do sistema
e gestores. Esta sugestão foi apontada 89 vezes pelos
profissionais e 14 vezes pelos gestores. Outra sugestão
que se destaca é a implantação da política na rede, referida
com freqüência por profissionais e gestores. Não
colocaram sugestões 44 profissionais e 8 gestores.
Ressaltamos que variadas propostas foram apresentadas
tanto por profissionais como por gestores, que envolvem
fatores estruturais, recursos humanos, financeiros
capacitações diferenciadas, articulação com outras
Instituições e atores sociais, divulgação para a sociedade
como um todo e estratégias institucionais para viabilização
do projeto, conforme elencadas abaixo:
Sugestões apresentadas pelos profissionais:
- Fazer parte da formação escolar/acadêmica;
- Elaboração de protocolo que estabeleça o manuseio e
como usar;
- Contratação de profissionais desta área;
- Implantação de farmácia viva em locais de fácil acesso à
população com orientação de profissionais: preparados
como plantar, e como cuidar das plantas medicinais;
- Fornecer mudas para população;
- Incentivo para implantação de farmácia viva na UBS./
implantação de herbário;
- Disponibilidade de plantas medicinais e fitoterápicas nas
farmácias básicas;
- Divulgação da proposta para a população;
- Incluir na proposta de capacitação alimentação saudável;
- Apoio logístico da secretaria;
- Publicação de catálogos das plantas com indicação;
- Capacitação intensiva e continuada;
- Disponibilização dos produtos de forma barata e simples;
- Utilizar o espaço do estacionamento da UBS para cultivo
e uso pela comunidade;
-Trabalhar transdisciplinarmente e de forma holística;
-Palestras e capacitações nas UBS;
-Palestras e capacitações nas escolas;
-Palestras e capacitações nas salas de espera;
-Hortas de plantas medicinais nas comunidades.
Sugestões apresentadas pelos Gestores:
- trabalhar com a experiência do uso destes medicamentos
(Planta medicinais e fitoterápicos) com os trabalhadores
da saúde.
- associar a política com o incentivo a alimentação
saudável e a pratica de exercício físicos, ( A fito e as
plantas só fazem efeito com essa associação).
- Fazer convênio com a universidade para produção de
mudas para oficinas na comunidade e produção de
produzidos pelo departamento de farmácia da
universidade;
- Trabalhar com propaganda, profissionais e comunidade
- Mostrar cientificamente os benefícios deste tipo de
medicação e o seu impacto na saúde, adequando este tipo
de tratamento à nossa realidade;
- Sensibilização e capacitação sobre o tema;
- Criação de protocolo para que o enfermeiro possa
prescrever e assim facilitar o processo de trabalho na
UBS;
- Acompanhamento de agrônomo para assessorar a
implantação das hortas;
Nos questionários aplicados aos profissionais, estes foram
questionados se indicariam plantas medicinais no projeto
piloto para implantação das plantas medicinais e
fitoterápicos na atenção básica. A maioria absoluta dos
profissionais (82.9%) afirma que indicariam e apenas
12.4% referem que não indicariam.
Ao serem indagados sobre o motivo da indicação, 40
profissionais responderam que o fariam por acreditarem
que as mesmas apresentam resolutividade, 49, eficácia e
segurança, e 50 por ter conhecimento tradicional da sua
eficácia. Muitos profissionais indicariam com condições,
como: capacitação e desenvolvimento de mais pesquisas,
estrutura, recursos, protocolos e comprovação cientifica.
Transcrevemos a seguir, algumas falas de profissionais
que demonstram a aceitabilidade da política por estes:
-“Porque já está comprovado seu potencial efeito em diversas áreas da medicina, além de ser mais acessível, especifico, e com menores efeitos adversos para o paciente, além de seu menor impacto econômico, biológico e social para o paciente e sua comunidade”
-“Por que são baratos e alguns já tem benefícios comprovados cientificamente”(médico)
-“Os usuários não ficariam limitados a remédios farmacêuticos e estariam fazendo o mesmo tratamento com remédios naturais que não agridem o organismo”.(enfermeira)
-“Ajuda a diminuir a dependência dos medicamentos e ajuda o enfermeiro a diminuir a demanda para o médico e dá resolutividade a alguns casos que não dependem de drogas” (Enfermeiro)
Outros motivos pelos quais os profissionais
indicariam plantas medicinais e fitoterápicos aos seus
pacientes encontrados na pesquisa foram :
Custo-benefício, melhorara a relação de usuários e profissionais,
mais prática e menos risco de toxicidade, por ser mais
barato, por ser menos tóxico, custo beneficio, para resgatar
valores, por ser mais natural e saudável e por ser inovador.
Alguns expressaram que não indicariam por falta de
conhecimento e pesquisa, estrutura e pessoal qualificado.
Questionados sobre como poderiam contribuir para a
implantação da PNPMF na atenção básica os gestores se
pronunciaram disponíveis para: auxiliarem na construção
do projeto, serem multiplicadores, serem capacitado,
organizar a participação da comunidade bem como
aproveitar os recursos desta, apoiar a iniciativa piloto,
divulgar cientificamente os efeitos positivos na saúde
pública da utilização das plantas medicinais, educar a
população quanto ao uso dos fitoterápicos, desenvolver
oficinas na comunidade incentivar o uso de plantas
medicinais, sensibilizar os profissionais.
CONCLUSÃO
Sabe-se que a sociedade brasileira é fruto das
cultura e o uso de conhecimentos para determinada
situação. Assim, no que concerne a utilização de plantas
medicinais, nota-se que a sociedade brasileira herdou de
seus ancestrais o uso freqüente de chás e outro tipo de
utilização das plantas com objetivo de cura. Notou-se após
consolidados os dados da pesquisa, que 74% dos
profissionais de saúde e 62,2% dos gestores utilizam as
plantas medicinais e fitoterápicos de alguma forma:
sempre, frequentemente ou ás vezes. No que refere a
indicação, 82,9% dos profissionais e 67,5% dos gestores
fazem indicação, mesmo que 72,6% dos profissionais e
78,4% dos gestores tenham referido não ser capacitados e
os que referiram ter um algum tipo de capacitação
percebeu-se que estas são incipientes e mesmo,
insuficientes, tendo em vista que a grande maioria dos
entrevistados reclama por mais investimentos em
capacitação e divulgação sobre o tema.
A fitoterapia vem sendo percebida por alguns
estudiosos da comunidade científica como uma prática que
promove resultados terapêuticos e defendidos pelos
movimentos sociais para inserção enquanto política
pública que valoriza a subjetividade e a integralidade.
O que observamos é que atualmente centenas
de plantas são estudadas e aproveitadas nos laboratórios
em todo mundo, para o bem da humanidade. E que apesar
de ser uma cultura milenar, ainda nos deparamos com
profissionais sem o conhecimento necessário acerca dos
efeitos e benefícios oriundos dessa prática, pois a
academia não dá a devida importância e por conta disso,
os profissionais não se sentem seguros ao exercer essa
prática.
É importante, no processo de implantação da
Política de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que se faça
produtiva existente em fitoterapia, não deixando de lado as
parcerias com a comunidade que é a detentora do saber
popular, e esse envolvimento coletivo contribuirá para a
sua efetiva implantação, de forma complementar, mas,
abrangente e eficiente.
Concluímos, ressaltando que os resultados
desta pesquisa demonstram a necessidade e importância da
implantação na rede básica, de uma política municipal de
plantas medicinais e fitoterápicos, como recurso
importante no processo de prevenção e cura do indivíduo.
“Observa-se que existe um enamorar dos remédios
naturais, porque está em nossa natureza usar as plantas em
nosso ambiente para nos equilibrar e nos curar.”
(CHOPRA DEEPAK, MD, 2001).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Brasil,Ministério da Saúde. Secretaria de atenção a Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica.
Política Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico. Brasília, 2007.
Brasil. Ministério da Saúde Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica.
Política Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico. Brasília, 2006.
Carlini, Elisaldo
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MATOS,Francisco José de Abreu,Prescrição Médica de Fitoterapia.1983
Yu; Ghandour; Huang, 2004; Astin, 1998. Revista
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Yunes RA,Pedrosa RC, Cechinel Filho.Fármacos e fitoterápicos:
a necessidade do desenvolvimento da indústria de fitoterápicos e
Fitofármacos.São Paulo, SP, Brasil.2005
Strand,Ray D.,Que Seu Médico Não Sabe Sobre Medicina