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Relação entre produtividade e idade dos estabelecimentos no Brasil

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FUNDAC

¸ ˜

AO GET ´

ULIO VARGAS

ESCOLA DE P ´

OS GRADUAC

¸ ˜

AO EM ECONOMIA

Tiago Martins

Rela¸

ao entre produtividade e idade dos estabelecimentos no

Brasil

Rio de Janeiro 26 de Abril de 2019

(2)

Tiago Martins

Rela¸

ao entre produtividade e idade dos estabelecimentos no

Brasil

Disserta¸c˜ao submetida a Escola de P´os-Gradua¸c˜ao em Economia como requisito parcial para a obten¸c˜ao do grau de Mestre em Economia.

Orientador: Pedro Cavalcanti Ferreira

Rio de Janeiro 26 de Mar¸co de 2019

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(4)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas/FGV

Martins, Tiago dos Guaranys

Relação entre produtividade e idade dos estabelecimentos no Brasil / Tiago dos Guaranys Martins. – 2019.

34 f.

Dissertação (mestrado) - Fundação Getulio Vargas, Escola de Pós- Graduação em Economia.

Orientador: Pedro Cavalcanti Ferreira. Inclui bibliografia.

1. Produtividade - Brasil. 2. Alocação de recursos. 3. Empresas brasileiras. I. Ferreira, Pedro Cavalcanti. II. Fundação Getulio Vargas. Escola de Pós-Graduação em Economia. III. Título.

CDD – 338.06

Elaborada por Márcia Nunes Bacha – CRB-7/4403

(5)
(6)

Conte´

udo

1 Introdu¸c˜ao 1

2 Modelo 4

3 Base de dados 6

4 An´alise dos Estabelecimentos Brasileiros 8

5 Produtividade dos estabelecimentos Brasileiros 12

5.1 An´alise da produtividade dos Estabelecimentos Brasileiros . . . 12 5.2 Exerc´ıcios Contrafactuais . . . 16

(7)

Lista de Tabelas

1 N´umero de funcion´arios e estabelecimentos referentes a PIA-Empresa UL de 2011 . . 7 2 N´umero de empresas e funcion´arios da PIA-Empresa UL . . . 8 3 Tabela descritiva da PTF . . . 15 4 Variˆancia da PTF . . . 19

(8)

Lista de Figuras

1 Tamanho relativo dos estabelecimentos (¡5 anos = 1) . . . 9

2 Sa´ıda das firmas entre 2014-2016 . . . 10

3 Rela¸c˜ao entre trabalhadores totais (2011) . . . 11

4 Crescimento do tamanho dos estabelecimentos ao longo dos anos . . . 12

5 Distribui¸c˜ao da PTF entre os estabelecimentos(log(Ai ˜ A)) . . . 14

6 PTF dos estabelecimentos . . . 15

7 Crescimento da produtividade ao longo dos anos . . . 16

8 Exerc´ıcio utilizando SC como Benchmark . . . 17

9 Ciclo de vida caso cada firma s´o tenha o estabelecimento mais produtivo . . . 18

(9)

Abstract

The misallocation of resources could low the aggregate total factor productivity (TFP). With Brazilian establishment microdata, we estimate what would be the dif-ference of the TFP in high productive establishment and low productive establish-ment. Besides that, we estimate the establishment TFP life cycle and we do two counterfactual exercise, where the first one we estimate how the Brazilian aggregate labor productivity would increase if we had the second moment of the Brazilian state Santa Catarina and the second exercise is to suppose that the multiple establishment firms had only the most productive establishment and with that information we re-calculate the TFP life cycle. In the first exercise we find an improvement of at least 20% and in the second exercise we find a more likely path to the US data, where as firms getting older the growth of the TFP is higher.

(10)

Resumo

A m´a aloca¸c˜ao de recursos pode diminuir a produtividade total dos fatores agre-gada (PTF). Utilizando micro dados dos estabelecimentos brasileiros, estimamos qual seria a diferen¸ca entre a PTF dos estabelecimentos mais produtivos e dos me-nos produtivos. Al´em disso, estimamos o ciclo de vida da PTF dos estabelecimentos e fazemos dois exerc´ıcios contrafactuais, onde o primeiro calculamos a quanto cres-ceria a produtividade do trabalho agregada das regi˜oes do Brasil caso tivessem o segundo momento de Santa Catarina e o segundo exerc´ıcio foi supor que as firmas com m´ultiplos estabelecimentos s´o tivessem o estabelecimento mais produtivo e as-sim recalculamos o ciclo de vida da PTF. No primeiro exerc´ıcio encontramos uma melhora de pelo menos 20% e no segundo exerc´ıcio encontramos uma trajet´oria de ciclo de vida mais similar a encontrada nos Estados Unidos, onde a medida que as firmas envelhecem, a PTF cresce mais em rela¸c˜ao ao crescimento do ano anterior.

(11)

1

Introdu¸

ao

Na literatura recente de m´a aloca¸c˜ao, muitos autores buscam responder qual seria uma poss´ıvel causa para as diferen¸cas de renda per capita entre pa´ıses. Sabemos que elas podem ser decompostas entre as diferen¸cas de capital humano, capital f´ısico e produtividade total dos fatores (PTF). Hsieh and Klenow (2010) mostram que existe um consenso de que diferen¸cas no capital humano contam entre 10-30 por cento da diferen¸ca de renda entre pa´ıses, capital f´ısico conta por 20 por cento da diferen¸ca de renda entre pa´ıses e a PTF residual conta entre 50-70 por cento da diferen¸ca de renda entre pa´ıses.

Para entendermos melhor essa disserta¸c˜ao, precisamos primeiro entender o conceito de produtivi-dade. Syverson (2010) define produtividade como eficiˆencia na produ¸c˜ao, isto ´e, o quanto do output ´

e obtido a partir de um dado conjunto de inputs. Assim, firmas mais produtivas produzem mais outputs do que firmas menos produtivas dado uma mesma quantidade de inputs.

Na literatura de m´a aloca¸c˜ao, pouco foi explorado em rela¸c˜ao aos dados brasileiros. Entre os artigos que exploram essa literatura temos: Vasconcelos (2017), onde o autor replica o artigo de Hsieh and Klenow (2008) para os dados brasileiros, Vries (2014) estuda o setor de varejo medindo a produtividade agregada e distor¸c˜oes relacionadas a varia¸c˜ao regional a qual pode criar diferen¸cas no output e no capital que variam de acordo com o tamanho das firmas e WBG (2018), o qual estuda o impacto do cr´edito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econˆomico e Social (BNDES) e encontra algumas evidˆencias que o uso desse cr´edito n˜ao est´a associado `a uma aloca¸c˜ao de recursos mais eficientes.

Como mostrando em Hsieh and Klenow (2010), vemos que o res´ıduo da produtividade total dos fatores responde pela maior parcela da diferen¸ca de renda entre pa´ıses. Assim, nessa disserta¸c˜ao, iremos analisar a rela¸c˜ao da PTF dos estabelecimentos e a idade dos mesmos. Inicialmente, antes de olharmos para a PTF, iremos analisar o tamanho dos estabelecimentos. Assim, analisaremos a rela¸c˜ao entre o tamanho m´edio dos estabelecimentos de acordo com a idade e estimaremos o ciclo de vida do tamanho dos estabelecimentos.

Em rela¸c˜ao a PTF dos estabelecimentos, temos 4 objetivos principais. Primeiro veremos para o caso brasileiro o qu˜ao grande ´e a diferen¸ca de produtividade na m´edia entre estabelecimentos. Ap´os essa an´alise, iremos ver como a produtividade dos estabelecimentos brasileiros evoluem com o amadu-recimento dos mesmos (ciclo de vida), em terceiro, veremos qual seria a melhora da produtividade do trabalho agregada caso o Brasil tivesse o segundo momento da produtividade total dos fatores de Santa Catarina. Utilizamos o segundo momento da PTF de Santa Catarina pois ´e cerca de 20% menor do que o segundo momento da PTF do Brasil e, por ´ultimo, iremos ver qual seria o ciclo de vida da PTF dos estabelecimentos caso firmas com m´ultiplos estabelecimentos s´o tivessem o estabelecimento mais produtivo.

Para a realiza¸c˜ao desses objetivos, primeiramente temos que calcular a produtividade dos estabele-cimentos brasileiros. O modelo utilizado para o c´alculo da produtividade ´e o de firmas heterogˆeneas

(12)

com competi¸c˜ao monopol´ıstica com elasticidade de substitui¸c˜ao constante (CES), essencialmente Melitz (2003) (apresentado na se¸c˜ao 2). Uma limita¸c˜ao do modelo apresentado nessa disserta¸c˜ao em rela¸c˜ao a literatura ´e que, em nosso modelo, n˜ao usamos capital na nossa fun¸c˜ao de produ¸c˜ao para descobrir a PTF, visto que os dados de estabelecimentos brasileiros n˜ao fornecem dados de capital. Assim, a partir dos microdados fornecidos pela Pesquisa Industrial Anual Empresa Uni-dade Local (PIA-Empresa UL) e a Rela¸c˜ao Anual de Informa¸c˜ao Social (RAIS) conseguimos obter a produtividade de cada firma brasileira.

A PIA-Empresa UL ´e uma base rica em dados que tem por objetivo identificar as caracter´ısticas estruturais b´asicas do segmento empresarial da atividade industrial no pa´ıs, onde s´o temos in-forma¸c˜oes de estabelecimentos com pelo menos 30 funcion´arios, enquanto que a RAIS, de acordo com o IBGE1, ´e um Registro Administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estat´ısticas e de informa¸c˜oes `as entidades governamentais da ´

area social.

Um problema no caso brasileiro ´e que os dados da PIA-Empresa UL s´o come¸caram a ter informa¸c˜oes completas a partir da CNAE (Classifica¸c˜ao Nacional de Atividades Econˆomicas) 1.0, em 1996. Assim, n˜ao conseguimos saber o quanto uma empresa iria crescer em per´ıodos muito longos com esses dados, pois de 1996 at´e 2016 (´ultimo dado da PIA Empresa UL) s´o se passaram 20 anos. Logo, assim como Hsieh and Klenow (2014) para o caso da ´India, iremos medir a evolu¸c˜ao da produtividade dos estabelecimentos (ciclo de vida) fazendo uma m´edia do crescimento de cada grupo avaliado em um intervalo de 5 anos. A partir desse resultado iremos ver como se d´a o crescimento da produtividade de um estabelecimento no Brasil ao longo de 40 anos, como iremos explicar na se¸c˜ao 4.

Olhando para a distribui¸c˜ao do tamanho dos estabelecimentos, Cabral and Mata (2003) utilizando dados das ind´ustrias portuguesas veem que a distribui¸c˜ao do tamanho das firmas ´e significantemente viesada para a direita. Isso est´a de acordo com Atkeson and Kehoe (2005), que afirmam que ind´ustrias tem um ciclo de vida claro, onde nascem pequenas e crescem `a medida que envelhecem. Os autores afirmam que esse ciclo de vida ocorre devido ao que chamam de organiza¸c˜ao do capital. Por´em, como podemos ver em Hsieh and Klenow (2014), onde os autores estudam a rela¸c˜ao entre produtividade e idade dos estabelecimentos localizados no M´exico e na ´India para entender a diferen¸ca da PTF agregada entre pa´ıses ricos e pobres, Hsieh and Klenow (2014) encontram que esses pa´ıses apresentam um crescimento baixo em termos de empregabilidade e de PTF agregada com o passar da idade dos estabelecimentos.

Decker et al. (2018) afirmam que a dinˆamica das firmas - as etapas do neg´ocio, a cria¸c˜ao, o cresci-mento, a queda e a sa´ıda - ´e um fator essencial para o processo de realoca¸c˜ao de fatores de produ¸c˜ao que caracterizam as economias de mercado. Referˆencias cl´assicas para essa literatura s˜ao Baily et al. (1992) e Foster et al. (2001). Mais especificamente, Baily et al. (1992) exploram a heterogeneidade

1https://ces.ibge.gov.br/base-de-dados/metadados/mte/relacao-anual-de-informacoes-sociais-rais.

html

(13)

das plantas para ver como plantas individuais se movem dentro de uma ind´ustria, quais plantas s˜ao respons´aveis pela maior parte do crescimento da produtividade, e o qu˜ao importante a entrada e sa´ıda das firmas s˜ao determinantes para o crescimento das ind´ustrias.

Em rela¸c˜ao ao tamanho das firmas e a idade das firmas, Hopenhayn (1992) modela a evolu¸c˜ao do ciclo de vida de firmas dos Estados Unidos via mecanismo de sele¸c˜ao. O autor mostra que em qualquer ponto do tempo existem uma distribui¸c˜ao de firmas de diferentes tamanhos, idades e n´ıveis de produtividade onde pode ocorrer simultaneamente a sa´ıda e entrada de firmas. Onde firmas mais novas n˜ao enfrentaram nenhum choque fazendo com que tendam a ser menores e saem mais frequentemente enquando que firmas maiores s˜ao, na m´edia, mais eficientes e assim tem um mark-up maior.

Outro resultado mostrado por Hopenhayn (1992) mostra que, um aumento no custo de entrada, protege as firmas j´a existentes das press˜oes criadas pelas firmas mais novas. Esse alto custo al´em de diminuir a quantidade de firmas novas, encoraja firmas antigas com produtividade baixa a n˜ao sair. Como consequenciaa dispers˜ao de produtividade de firmas j´a existentes aumenta.

Como visto em Restuccia and Rogerson (2007) e Hsieh and Klenow (2008), ambos autores querem mostrar que a m´a aloca¸c˜ao de recursos pode explicar a diferen¸ca de renda per-capita entre pa´ıses. Al´em desses artigos podemos citar tamb´em Chari et al. (2004), Foster et al. (2008)2 e Banerjee and Duflo (2005), os quais tamb´em buscam explicar a diferen¸ca da renda per-capita entre pa´ıses via m´a aloca¸c˜ao.

Recentemente, Hsieh and Klenow (2018), mostram evidˆencias de que o crescimento nos Estados Unidos nas ´ultimas d´ecadas n˜ao foi por conta da realoca¸c˜ao de trabalhadores de firmas menos produtivas para firmas mais produtivas, mas sim por conta da inova¸c˜ao de produtos das firmas j´a existentes. Por´em, ressaltam que em outros pa´ıses, como por exemplo China e ´India, a realoca¸c˜ao de trabalhadores levaria a um crescimento da produtividade total dos fatores agregada, como mostrado em Hsieh and Klenow (2008).

Alfaro et al. (2008) encontram que a m´a aloca¸c˜ao de recursos ´e um determinante crucial para a dispers˜ao de renda entre pa´ıses. Para isso, eles utilizaram uma base de dados de quase 20 milh˜oes de empresas de 80 diferentes pa´ıses. Olhando para a Am´erica Latina, Matias et al. (2013) estudam a PTF de 10 pa´ıses mostrando que a PTF desses pa´ıses n˜ao cresceu relativamente a dos EUA desde a d´ecada de 70 e at´e mesmo que tenha diminu´ıdo.

Na literatura de m´a aloca¸c˜ao, existem artigos que encontram poss´ıveis causas para a mesma. Res-tuccia and Rogerson (2007) mostram que pol´ıticas que criam heterogeneidade nos pre¸cos

encon-2

Na literatura de m´a aloca¸c˜ao existe uma discuss˜ao entre os autores Hsieh e Klenow com o Haltiwanger em rela¸c˜ao ao que chamam de TFPQ e TFPR. Onde TFPQ ´e a medida de eficiˆencia t´ecnica que vem da fun¸c˜ao de produ¸c˜ao (em nosso modelo Ai) enquanto que TFPR ´e definido como o pre¸co a n´ıvel de firma multiplicado pelo TFPQ. Hsieh and

Klenow (2008) encontram que sob algumas hip´oteses na forma da fun¸c˜ao de produ¸c˜ao e de demanda, n˜ao existir´a dispers˜ao na TFPR em uma economia sem dispers˜ao mesmo se houver dispers˜ao na TFPQ. Enquanto que Haltiwanger afirma que o resultado de Hsieh and Klenow (2008) ´e sob uma hip´otese muito forte e tamb´em que em Foster et al. (2008), os autores mostram que a TFPR normalmente apresenta dispers˜ao e ´e correlacionada com a TFPQ mesmo na ausˆencia de distors˜ao.

(14)

trados por produtores podem causar decrescimento no output e na PTF. Guner et al. (2008) desenvolvem um modelo para avaliar pol´ıticas governamentais que imp˜oe restri¸c˜oes no tamanho de firmas grandes ou ajudam firmas pequenas. Em particular, olhando para o caso brasileiro, Djankov et al. (2002) apresentam dados sobre a regula¸c˜ao de entradas de 85 pa´ıses, incluindo o Brasil, onde mostram o n´umero de processos, data oficial e o custo oficial, de quanto uma empresa nova deve gastar antes de come¸car a operar legalmente.

Segue que, na se¸c˜ao 2 apresentaremos o modelo b´asico e suas modifica¸c˜oes para um modelo mais geral, na se¸c˜ao 3 apresentaremos a base de dados utilizada para a obten¸c˜ao dos resultados, na se¸c˜ao 4 iremos estudar a dinˆamica dos estabelecimentos brasileiros, na se¸c˜ao 5 mediremos a produtividade dos estabelecimentos e realizaremos alguns exerc´ıcios contrafactuais e na se¸c˜ao 6 iremos fazer as observa¸c˜oes finais.

2

Modelo

Para encontrarmos a produtividade de cada estabelecimento no Brasil, iremos utilizar as equa¸c˜oes encontradas em Hsieh and Klenow (2018). Inicialmente apresentaremos um modelo mais b´asico (ver apˆendice para contas mais detalhadas) para encontrar as rela¸c˜oes desejadas e, ap´os encontradas, iremos relaxar algumas hip´oteses para obter um modelo mais generalizado.

Assim temos que, em um modelo de firmas heterogˆeneas que s˜ao competidoras monopol´ısticas com elasticidade de substitui¸c˜ao constante (CES), onde o output agregado Y ´e uma combina¸c˜ao CES dos outputs das firmas individuais Yi:

Y =  N X i=1 Y σ−1 σ i σ−1σ

Supondo que o output das firmas ´e dado por Yi = AiLi, onde Ai ´e a produtividade total dos fatores

(PTF) das firmas e Li ´e o input do trabalho. Vemos que nesse modelo n˜ao temos capital como

fator de produ¸c˜ao. Resolvendo o problema das firmas e assumindo que as firmas maximizam seus lucros, obtemos a parcela de emprego li e a produtividade do trabalho yi, onde w ´e o sal´ario.3:

li = Li L =  σ − 1 σ Ai w σ−1 (1) yi= PiYi Li = σ σ − 1w (2)

Rearranjando as equa¸c˜oes (1) e (2) conseguimos obter a produtividade total dos fatores de cada estabelecimento (Ai) e a produtividade do trabalho (yi), pois utilizando a PIA-Empresas UL temos

3

Normalizando o pre¸co agregado para 1, tal que o w seja o sal´ario real.

(15)

acesso `as outras vari´aveis. Vemos nas equa¸c˜oes apresentadas acima que a produtividade do trabalho (receita por trabalhador) ´e a mesma em todas as firmas e assim, n˜ao ´e uma medida de PTF das firmas. Tamb´em podemos perceber que diferen¸cas na PTF das firmas (Ai) aparece como diferen¸cas

no emprego. Isto ´e, firmas com PTF alto crescem at´e a receita do produto marginal do trabalho se igualar ao sal´ario. Al´em disso, em um modelo com demanda CES e competi¸c˜ao monopol´ıstica, temos que a receita marginal do produto ´e proporcional `a receita do produto m´edia (produtividade do trabalho). Assim, impondo a condi¸c˜ao onde a demanda por trabalho agregada ´e igual a oferta de trabalho agregada, temos que a produtividade do trabalho agregada ´e dada por:

y =  N X i=1 Aσ−1i σ−11 (3)

Como ressaltado, esse modelo ´e muito simples, visto que, a produtividade do trabalho ´e a mesma em todas as firmas dado que o sal´ario real ´e igual para todas as firmas, vide equa¸c˜ao 2. Uma hip´otese que pode ser relaxada, ´e assumir que diferen¸cas na produtividade do trabalho ´e dada por impostos, subs´ıdios ou distor¸c˜oes espec´ıficas para cada firma, τi, como feito em Hsieh and Klenow

(2018), onde τiseria uma diferen¸ca de tamanho induzida pela diferente produtividade (Ai) de cada

firma. Utilizando essa hip´otese temos que a produtividade do trabalho agregada4 y ´e dada por:

y = 1 N N X i=1  Ai ˜ A σ−1  τi τ 1−σσ−11  1 N N X i=1  Ai ¯ A σ−1σ−11 Nσ−11 A¯ (4) onde ˜ A =  1 N PN i=1Aσ−1i σ−11

(M´edia generalizada da produtividade) ¯

A =QN

i=1A

1 N

i (M´edia geom´etrica da produtividade)

τ =  PN i=1 PiYi/τi P Y −1

(M´edia generalizada da taxa¸c˜ao bruta)

Temos que na equa¸c˜ao da produtividade do trabalho agregada, o primeiro termo seria a aloca¸c˜ao eficiente, o segundo termo a dispers˜ao de produtividade e o terceiro termo a variedade. Nesse modelo τi ´e um imposto se for maior que 1 e um subs´ıdio caso seja menor que 1. Nessa equa¸c˜ao

temos que o termo de aloca¸c˜ao eficiente captura o impacto sobre a dispers˜ao da produtividade agregada no retorno do trabalho entre firmas por conta da dispers˜ao em τ .

Com essas modifica¸c˜oes, a produtividade do trabalhador e a parcela de emprego s˜ao dadas por: yi= PiYi Li = σ σ − 1wτi 4

Podemos perceber que se simplificarmos a equa¸c˜ao 4 encontramos a equa¸c˜ao y = τ PN i=1

Ai

τi

σ−1σ−11 . Note que essa equa¸c˜ao seria a equa¸cao 3 quando introduzimos a hip´otese que diferen¸cas na produtividade do trabalho ´e dada por impostos, subs´ıdios ou distor¸c˜oes espec´ıficas para cada firma.

(16)

li =  σ − 1 σ Ai wτi σ−1 = Ai yi σ−1

Note que uma alta produtividade do trabalho indica que as firmas enfrentam uma alta taxa¸c˜ao efe-tiva. Assim, temos que a dispers˜ao na produtividade do trabalho (receita relativa aos inputs) reflete a dispers˜ao na taxa¸c˜ao. Com isso, podemos concluir que a aloca¸c˜ao eficiente melhora quando a dis-pers˜ao da produtividade do trabalho cai. Conseguimos obter a produtividade do trabalho a partir do valor bruto de um estabelecimento de uma firma (PiYi) dividido pelo n´umero de funcion´arios, e

substituindo o resultado obtido na fun¸c˜ao da parcela do emprego, obtemos a produtividade total dos fatores (Ai) que ´e obtida pela equa¸c˜ao:

Ai = yil

1 σ−1

i

3

Base de dados

Para a an´alise dos estabelecimentos brasileiros, utilizaremos a Pesquisa Industria Anual - Empresa Unidade Local (PIA-Empresa UL) fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat´ıstica (IBGE) e a Rela¸c˜ao Anual de Informa¸c˜oes Sociais (RAIS) fornecida pelo Minist´erio do Trabalho e Emprego.

A PIA-Empresa UL ´e uma base rica em dados que tem por objetivo identificar as caracter´ısticas es-truturais b´asicas do segmento empresarial da atividade industrial no pa´ıs, enquanto que a RAIS, de acordo com o IBGE5, ´e um registro administrativo, de periodicidade anual, criada com a finalidade de suprir as necessidades de controle, de estat´ısticas e de informa¸c˜oes `as entidades governamen-tais da ´area social. A RAIS ´e um instrumento imprescind´ıvel para o cumprimento das normas legais, como tamb´em ´e de fundamental importˆancia para o acompanhamento e a caracteriza¸c˜ao do mercado de trabalho formal.

O estudo em quest˜ao ser´a feito com dados agrupados de 5 em 5 anos entre 1996 e 2016. As vari´aveis que utilizaremos para esse projeto ser˜ao similares as utilizadas por Hsieh and Klenow (2014) que seriam: CNPJ, n´umero de unidades locais (estabelecimentos), n´umero de funcion´arios, idade dos estabelecimentos, sal´arios retirados e outras remunera¸c˜oes, valor bruto da produ¸c˜ao industrial, custos das opera¸c˜oes industriais, valor da transforma¸c˜ao da industria, entre outras (utilizamos a CNAE6 de 4 d´ıgitos). Seguindo a literatura, iremos utilizar as informa¸c˜oes de estabelecimentos no lugar de firmas para fazer o estudo.

Uma vari´avel importante para a nossa an´alise seria a idade dos estabelecimentos, por´em na

PIA-5

https://ces.ibge.gov.br/base-de-dados/metadados/mte/relacao-anual-de-informacoes-sociais-rais. html

6Para o per´ıodo de 1996 a 2007 utilizaremos a CNAE 1.0 e para o per´ıodo de 2008 at´e 2016 utilizaremos a CNAE

2.0

(17)

Empresa UL n˜ao cont´em essa informa¸c˜ao. Para a obten¸c˜ao dessa informa¸c˜ao iremos utilizar duas metodologias distintas, ambas utilizando a RAIS. Primeiramente, iremos utilizar a RAIS Estabe-lecimentos a qual informa a data de abertura dos estabeEstabe-lecimentos. Por´em em alguns casos n´os n˜ao temos esta data de abertura. Assim utilizaremos a segunda metodologia que, como suge-rido por Cabral and Mata (2003), uma boa proxy para esta idade, seria utilizar a informa¸c˜ao de tempo de servi¸co do trabalhador mais antigo no estabelecimento, a qual podemos obter na RAIS de funcion´arios. Assim, utilizando essas duas metodologias distintas, conseguimos obter a idade das firmas de todo o universo presente na PIA-Empresa UL.

Todos os outros dados indicados para a realiza¸c˜ao do nosso estudo ser˜ao obtidos pela PIA-Empresa UL. Como os dados de estabelecimentos com menos de 30 funcion´arios n˜ao ´e coletado para todos os estabelecimentos, em nossa an´alise s´o teremos estabelecimentos com 30 ou mais funcion´arios. Sabemos que, como existe uma restri¸c˜ao em rela¸c˜ao a base de dados, pois a PIA Empresa UL s´o tem dados anuais de estabelecimentos com pelo menos 30 funcion´arios e, existem no Brasil muitos esta-belecimentos com menos de 30 funcion´arios. E, al´em disso, assim como o M´exico, existem tamb´em muito estabelecimentos informais. Logo, acreditamos que os resultados encontrados possam estar subidentificados.

Assim podemos ver na tabela 1 abaixo, referente aos dados de 2011(CNAE 2.0), o n´umero de estabelecimentos brasileiros e o n´umero de funcion´arios de cada subgrupo (empresas entre 30 e 60 funcion´arios, empresas entre 60 e 100 funcion´arios, empresas entre 100 e 200 funcion´arios e empresas com mais de 200 funcion´arios).

N´umero de Estabelecimentos

N´umero total de funcion´arios

Entre 30 e 59 funcion´arios 16544 699615

Entre 60 e 99 funcion´arios 7903 604335

Entre 100 e 199 funcion´arios 5592 774729

Mais de 200 funcion´arios 5413 3307039

Tabela 1: N´umero de funcion´arios e estabelecimentos referentes a PIA-Empresa UL de 2011

Note que, em rela¸c˜ao a PIA Empresa UL de 2011, vemos que o n´umero de estabelecimentos com pelo menos 200 funcion´arios ´e cerca de um ter¸co do n´umero de estabelecimentos que contˆem entre 30 e 59 funcion´arios por´em, tem mais de 4 vezes o n´umero total de funcion´arios. A tabela 2 abaixo ilustra o n´umero de estabelecimentos e o n´umero de funcion´arios de todos os anos que buscaremos estudar nesse trabalho.

(18)

N´umero de Estabelecimentos N´umero total de funcion´arios 1996 19851 3100071 2001 23491 3219858 2006 30038 4334237 2011 35452 5386718 2016 31791 4701749

Tabela 2: N´umero de empresas e funcion´arios da PIA-Empresa UL

Note que, de 1996 a 2011 houve um aumento consider´avel no n´umero de estabelecimentos da PIA Empresa UL, por´em para o ´ultimo ano de estudo, 2016, caiu o n´umero total de estabelecimentos em pelo menos 10%. A raz˜ao por essa queda acentuada foi por conta da crise que o Brasil enfrentou entre 2011 e 2016.

4

An´

alise dos Estabelecimentos Brasileiros

Primeiramente, iremos utilizar a PIA-Empresas UL com 4 d´ıgitos, sendo assim, o que iremos mostrar ´e padr˜ao dentro das ind´ustrias. Al´em disso, dividiremos os estabelecimentos das firmas em 9 grupos de acordo com a idade dos mesmos, dividindo-os em grupos de 5 em 5 anos, fazendo com que o primeiro grupo seja de estabelecimentos com menos de 5 anos e o ´ultimo com os que tenham pelo menos 40 anos. Para nossa an´alise iremos utilizar o sal´ario m´edio, tendo como base nos pesos, o valor adicionado7 de cada empresa.

Vemos na figura 1, a diferen¸ca do tamanho dos estabelecimentos dos diversos grupos em rela¸c˜ao ao primeiro grupo (normalizado para 1), que s˜ao os com menos de 5 anos. Isto ´e, estudamos a diferen¸ca em n´umeros de funcion´arios de estabelecimentos mais antigos para estabelecimentos mais novos. Ao contr´ario de Hsieh and Klenow (2014), temos a distribui¸c˜ao de empregados de todos os anos estudados (2001, 2006, 2011, 2016).

Podemos perceber que para os anos estudados, os estabelecimentos de pelo menos 40 anos em m´edia, s˜ao 50% maiores, que os de menos de 5 anos. Vemos que, em quase todos os casos, quando os estabelecimentos passam do pen´ultimo grupo para o ´ultimo ocorre uma queda. Algo contr´ario ao que a literatura anterior indicava (Cabral and Mata (2003) e Atkeson and Kehoe (2005)), onde afirmavam que com o passar dos anos as firmas continuavam a crescer, por´em est´a de acordo com o que mostrado por Hsieh and Klenow (2014) para o caso do M´exico e da ´India.

7

Diferen¸ca entre o valor bruto da produ¸c˜ao e os consumos intermedi´arios

(19)

Figura 1: Tamanho relativo dos estabelecimentos (¡5 anos = 1)

Como em Hsieh and Klenow (2014), temos tamb´em essa queda do tamanho dos estabelecimentos do pen´ultimo grupo para o ´ultimo grupo. Por conta dessa queda, os autores levantam a hip´otese de que isso poderia estar ocorrendo devido a uma grande sa´ıda de estabelecimentos a medida que envelhecem e assim, uma poss´ıvel explica¸c˜ao para essa queda em rela¸c˜ao ao tamanho das firmas. Seguindo o que foi feito pelos autores, vemos na figura 2 abaixo a porcentagem de sa´ıda das firmas entre os anos de 2014 e 2016 de acordo com a idade das mesmas. Como a taxa de sa´ıda de estabelecimentos mais antigos ´e menor que 10% do n´umero de estabelecimentos que fecharam entre 2014 e 2016, vemos que a hip´otese levantada por Hsieh and Klenow (2014) n˜ao ocorre no caso brasileiro e ent˜ao, podemos continuar nossas an´alises.

(20)

Figura 2: Sa´ıda das firmas entre 2014-2016

Considerando essas duas primeiras informa¸c˜oes, estimamos qual seria a porcentagem de trabalha-dores agregados de cada grupo em rela¸c˜ao aos trabalhadores totais da economia. Atkeson and Kehoe (2005) mostram que o emprego nos EUA fica mais concentrado em firmas mais antigas e que no grupo de firmas com pelo menos 40 anos se encontram quase 30% dos trabalhadores da economia. Como podemos ver na figura 3, que seria em rela¸c˜ao a PIA-Empresa UL 2011, no Brasil os empregados ficam mais concentrados em firmas mais novas, onde firmas com menos de 15 anos tem o equivalente a 50% dos empregados totais.

(21)

Figura 3: Rela¸c˜ao entre trabalhadores totais (2011)

Outra an´alise que faremos seria a rela¸c˜ao entre o tamanho m´edio e a idade dos estabelecimentos. Hsieh and Klenow (2014), para o caso da ´India, n˜ao conseguem acompanhar uma firma durante 40 anos para ver seu crescimento. Isso tamb´em ocorre no caso brasileiro, visto que a PIA-Empresa UL s´o come¸cou a ser feita anualmente, com todos os estabelecimentos que tem pelo menos 30 empregados, a partir de 1996. Com isso, iremos utilizar a mesma metodologia utilizada em Hsieh and Klenow (2014). Assumindo que cada grupo tem o mesmo crescimento, ent˜ao, dado um ano base, vemos qual o tamanho m´edio de um subgrupo em particular (por exemplo o de empresas com menos de 5 anos) e vemos 5 anos depois qual seria o tamanho m´edio do subgrupo seguinte, que iria representar o tamanho m´edio do subgrupo analisado anteriormente passados 5 anos. Fazendo isso para todo os subgrupos, conseguimos uma estimativa de qual seria o tamanho m´edio de um estabelecimento 40 anos depois de ser criado, o que chamamos de ciclo de vida do estabelecimento. Realizamos o que foi descrito acima para os anos de 2001 at´e 2006 e 2011 at´e 2016, pois nesse segundo intervalo ocorreu uma crise no Brasil. Achamos interessante ver como se daria o crescimento sem o efeito da crise e com o efeito dessa crise.

Podemos perceber que no primeiro intervalo (2001-2006) temos que o estabelecimento com pelo menos 35 anos seria em m´edia 3 vezes maior do que o mesmo estabelecimento quando tinha menos de 5 anos, enquanto que, se v´ıssemos no per´ıodo da crise estimar´ıamos que o estabelecimento com pelo menos 35 anos n˜ao seria nem 2 vezes maior do que o mesmo estabelecimento quando tinha menos de 5 anos.

(22)

Figura 4: Crescimento do tamanho dos estabelecimentos ao longo dos anos

Para provar essa metodologia utilizada no caso da ´India, Hsieh and Klenow (2014) realizam o seguinte teste de robustez: Mesmo tendo informa¸c˜oes dos estabelecimentos durante os 40 anos de estudo para os Estados Unidos e para o M´exico, Hsieh and Klenow (2014) utilizam essa metodologia para estimar o ciclo de vida dos estabelecimentos para ambos os pa´ıses. A partir do resultado obtido, eles comparam com o ciclo de vida dos estabelecimentos que est˜ao nos dados que eles tem acesso e encontram que os resultados obtidos a partir da metodologia s˜ao similares aos encontrados nos dados. Assim estamos seguros que no caso brasileiro esse seria o ciclo de vida do tamanho dos estabelecimentos. Podemos perceber que o ciclo de vida do estabelecimento em um per´ıodo de crise (2011-2016) ´e similar com o ciclo de vida dos estabelecimentos do M´exico encontrados em Hsieh and Klenow (2014).

5

Produtividade dos estabelecimentos Brasileiros

5.1 An´alise da produtividade dos Estabelecimentos Brasileiros

Em todas as an´alises, ao contr´ario de Hsieh and Klenow (2014), onde os autores fixam um ano espec´ıfico e fazem a an´alise, faremos a compara¸c˜ao entre os anos com o intuito de entender a evolu¸c˜ao da produtividade do setor manufatureiro brasileiro no passar dos anos. Assim, como na se¸c˜ao anterior, iremos dividir os estabelecimentos em 9 grupos de acordo com a idade deles dividindo-os a cada 5 anos, fazendo com que o primeiro grupo seja de estabelecimentos com menos

(23)

de 5 anos e o ´ultimo com os de pelo menos 40 anos.

Sabemos que um problema nos dados brasileiros em rela¸c˜ao aos estabelecimentos seriam os dados referentes ao capital dos mesmos. Por conta dessa falta de informa¸c˜ao, utilizamos nessa disserta¸c˜ao um modelo onde n˜ao necessita de capital para encontrarmos a produtividade total dos fatores. Visto isso, temos ent˜ao que a PTF encontrada ´e igual ao output por trabalhador. Assim, nessa se¸c˜ao onde apresentamos dados em rela¸c˜ao a produtividade dos estabelecimentos, n˜ao podemos comparar a PTF encontrada nesse artigo aos resultados encontrados na literatura, pois a nossa PTF n˜ao desconta o efeito de estoque de capital. Note que os resultados apresentados em rela¸c˜ao a PTF est˜ao inflados pois temos que os termos na fun¸c˜ao de produ¸c˜ao inclui n˜ao s´o a PTF mas tamb´em o capital.

Um parˆametro importante na inferˆencia das distor¸c˜oes dos outputs e suas implica¸c˜oes para a pro-dutividade agregada ´e a elasticidade de substitui¸c˜ao (σ) entre o valor adicionado das firmas. Como podemos perceber na fun¸c˜ao da parcela do emprego, li =



Ai

yi

σ−1

, ´e um parˆametro necess´ario para encontrarmos a PTF dos estabelecimentos. Broda and Weinstein (2004) estimam a substituti-vidade das manufaturas e encontram que ela varia entre 3 e 10. Hsieh and Klenow (2008) utilizam inicialmente σ = 3 o qual consideram conservador e ao final do artigo como teste de robustez utili-zam σ = 5. Inicialmente utilizaremos σ = 3, por´em, ao final dessa se¸c˜ao realizaremos um teste de robustez para a distribui¸c˜ao de PTF entre os estabelecimentos variando σ para 5, 7 e 9 para ver se os resultados se mant´em.

Antes de analisarmos os dados de produtividade dos estabelecimentos, seria interessante ilustrarmos a distribui¸c˜ao de PTF entre os mesmos, normalizado pelo segundo momento da PTF, log(Ai

˜ A).

Sabemos que uma das formas de ver a m´a aloca¸c˜ao ´e ver a dispers˜ao de produtividade entre firmas, pois temos que uma alta dispers˜ao implica que algumas firmas s˜ao capazes de produzir mais outputs dada uma mesma quantidade de inputs. Como comentado por Hsieh and Klenow (2008), no caso da ´India, percebemos que a cauda do lado esquerdo da distribui¸c˜ao ´e mais grossa do que nos EUA, o que eles afirmam que ´e consistente com pol´ıticas que favorecem a sobrevivˆencia de estabelecimentos ineficientes na ´India relativa aos Estados Unidos.

Pela figura 5, podemos perceber que a distribui¸c˜ao da PTF est´a viesada para a esquerda, isto ´e, existem muito mais estabelecimentos com PTF menor do que o segundo momento de cada ano espec´ıfico8, isto indica que existe uma m´a aloca¸c˜ao de recursos nos estabelecimentos brasileiros. Vemos que com exce¸c˜ao do ano de 1996 todos tem a distribui¸c˜ao parecida. Mais a frente iremos mostrar outro gr´afico relacionando PTF e idade dos estabelecimentos e iremos excluir o ano de 1996 em toda a nossa an´alise.

8Pois, utilizando o σ = 3, faz com que o ˜A =

 1 N PN i=1A σ−1 i σ−11

seja o segundo momento

(24)

Figura 5: Distribui¸c˜ao da PTF entre os estabelecimentos(log(Ai

˜ A))

Uma an´alise interessante apresentada em Syverson (2003) mostra que a diferen¸ca m´edia da PTF em log entre o percentil 90 e o percentil 10 ´e 0.651 nos EUA. Isso corresponde a uma taxa de PTF de e0.651 = 1.92. Podemos concluir com essa an´alise que uma firma do percentil 90 produz quase o dobro que uma firma do percentil 10 com o mesmo n´umero de inputs. Em Hsieh and Klenow (2008) eles encontram que na China essa diferen¸ca para as firmas ´e de 5:1. Levy (2018) estimando a diferen¸ca do percentil 90 e do percentil 10 utilizando dados de estabelecimentos do M´exico no setor de manufaturas encontra que, em 2013, essa diferen¸ca ´e de 16 vezes. Para o caso brasileiro, a tabela 3 abaixo apresenta algumas medidas de dispers˜ao da PTF nos anos estudados. Nessa disserta¸c˜ao, normalizamos a PTF de cada setor da seguinte maneira: seja Yis a log produvidade da firma i no

setor CNAE s, assim, para calcular os percentis e desvio padr˜ao de cada ano utilizamos a vari´avel yis = Yis− ¯Ys, onde ¯Ys ´e a m´edia setorial da log produtividade.

Vemos que para o caso brasileiro, a diferen¸ca entre o percentil 90 e o percentil 10 do ano de 2016 ´e de aproximandamente 19 vezes, enquanto que a diferen¸ca do percentil 75 e o percentil 25 ´

e de aproximadamente 5 vezes. Vale ressaltar que os dados utilizados nessa disserta¸c˜ao, s˜ao de estabelecimentos com pelo menos 30 funcion´arios assim, acreditamos que essa dispers˜ao deve ser maior.

(25)

1996 2001 2006 2011 2016 Desvio Padr˜ao 2,68 3,12 3,34 3,14 3,14

90 - 10 12,59 20,61 22,37 18,87 18,59

75 - 25 3,58 5,01 5,41 4,75 4,69

N 19851 23491 30038 35452 31791

Tabela 3: Tabela descritiva da PTF

Iremos refazer dois exerc´ıcios da sess˜ao anterior mas agora para a PTF: calcular a diferen¸ca da produtividade dos estabelecimentos dos diversos grupos em rela¸c˜ao ao primeiro (normalizado para 1) e estimar o crescimento da produtividade dos estabelecimentos com o passar da idade do pr´oprio, seguindo a mesma metodologia descrita na se¸c˜ao 4.

Como podemos ver na figura 6 referente a PTF dos estabelecimentos, temos que, como j´a comentado na figura 5, o ano de 1996 aparece como um ano at´ıpico pois apresenta um comportamento bem distinto em rela¸c˜ao aos outros anos. Assim iremos fazer todas as an´alises dessa disserta¸c˜ao com somente os outros anos. Excluindo 1996, temos que dos 4 anos restantes, em 3 (2006, 2011, 2016), a PTF de estabelecimentos com pelo menos 40 anos ´e menor do que a PTF dos estabelecimentos com menos de 5 anos. Por exemplo, no ano de 2016 a PTF m´edia dos estabelecimentos de pelo menos 40 anos ´e cerca de 90% da PTF m´edia de estabelecimentos de menos de 5 anos.

Figura 6: PTF dos estabelecimentos

Realizando o mesmo ex´ercicio do ciclo de vida do estabelecimento por´em em rela¸c˜ao a PTF, po-demos perceber pela figura 7 que para 2001-2006, um estabelecimento com 35 anos teria a metade

(26)

da produtividade de quando tinha menos de 5 anos enquanto que em 2011-2016 (em um cen´ario de crise), a produtividade do estabelecimento com 35 anos seria cerca de 50% maior que de quando tinha menos de 5 anos.

Figura 7: Crescimento da produtividade ao longo dos anos

5.2 Exerc´ıcios Contrafactuais

Nessa subse¸c˜ao, iremos realizar dois exerc´ıcios com a base de dados. O primeiro ´e ver o quanto a produtividade do trabalho agregada cresceria caso tivesse o segundo momento da PTF de Santa Catarina. O segundo seria supor que as firmas que tem mais de um estabelecimentos s´o teriam o estabelecimento mais produtivo e assim veremos como seria o ciclo de vida da produtividade dos estabelecimentos.

Para o caso do varejo brasileiro, Vries (2014) utilizando dados da Pesquisa Anual de Com´ercio (PAC) mede a produtividade do setor para os anos de 1996-2006 utilizando o modelo de Hsieh and Klenow (2008). No exerc´ıcio proposto pelo autor, ele utiliza dados de Bras´ılia como Benchmark para ver qual seria o ganho da produtividade do setor de varejo. Utilizando esta mesma ideia, ao inv´es de utilizar Bras´ılia como Benchmark, gostar´ıamos de usar Santa Catarina e analisar´ıamos se houve melhora de produtividade ao longo dos anos estudados.

A raz˜ao pela qual utilizaremos Santa Catarina como benchmark ´e que o segundo momento da produtividade de seus estabelecimentos ´e cerca de 20% menor do que o segundo momento dos estabelecimentos do Brasil inteiro9. Esse exerc´ıcio ser´a feito olhando para a produtividade do

9

N˜ao utilizamos S˜ao Paulo como benchmark pois, em S˜ao Paulo se localiza quase 50% de nossa amostra e assim

(27)

trabalho agregada, assim, utilizaremos a seguinte metodologia. Primeiramente iremos calcular a produtividade do trabalho agregada das regi˜oes do Brasil e o Brasil como um todo. Ap´os calculada a produtividade agregado do trabalho, iremos fazer uma transforma¸c˜ao linear na produtividade de cada estabelecimento de Santa Catarina, para que tenha a mesma m´edia de cada regi˜ao e do Brasil. Com essa nova produtividade dos estabelecimentos, iremos calcular o ˜A de Santa Catarina10e assim, recalcular a produtividade do trabaho agregada utilizando o ˜A de Santa Catarina. O resultado est´a apresentado na figura 8 abaixo:

Figura 8: Exerc´ıcio utilizando SC como Benchmark

Como podemos perceber, caso as outras regi˜oes do Brasil e o Brasil como um todo tivessem o segundo momento da PTF de Santa Catarina ter´ıamos uma melhora da produtividade do trabalho agregada em todos os anos estudados para todas as regi˜oes. A regi˜ao Centro-Oeste e a regi˜ao Norte seriam as mais beneficiadas, onde a regi˜ao Norte se beneficiaria de um aumento da produtividade do trabalho agregada de pelo menos 30% em todos os anos estudados e a regi˜ao Centro-Oeste teria um crescimento de cerca de 40% da produtividade do trabalho agregada no ano de 2016. Al´em disso vemos que, sem contar a regi˜ao Centro-Oeste, houve uma melhora na dispers˜ao da produtividade visto que as regi˜oes estariam crescendo menos com o passar dos anos estudados.

Outro exerc´ıcio que fizemos com essa base de dados, considerando que estamos trabalhando com estabelecimentos e existem firmas que tem mais de um estabelecimento, foi supor que as firmas s´o teriam o estabelecimento de maior produtividade. Refizemos o exerc´ıcio do ciclo de vida da PTF para os mesmos anos vistos anteriormente.

temos que o segundo momento continuaria elevado. Utilizamos Santa Catarina pois ´e um estado brasileiro que tem uma parcela importante na economia e tˆem um n´umero significante de estabelecimentos da nossa amostra localizados l´a

10Onde, utilizando σ = 3, o ˜A ´e o segundo momento de Santa Catarina

(28)

Figura 9: Ciclo de vida caso cada firma s´o tenha o estabelecimento mais produtivo

Vemos que com somente os estabelecimentos mais produtivos de cada firma para os anos de 2011-2016, uma firma com pelo menos 35 anos teria uma produtividade 3 vezes maior que quando tinha menos de 5 anos. Enquanto que para os anos de 2001-2006, ter´ıamos que os estabelecimentos de pelo menos 35 anos teriam uma produtividade de cerca de 90% da que quando tinha menos de 5 anos. Vemos que em ambos os casos h´a uma melhora no ciclo de vida firma comparando com o mesmo exerc´ıcio feito mas com todos os estabelecimentos das firmas. Por exemplo: quando temos todos os estabelecimentos, para o ano 2011-2016, um estabelecimento com pelo menos 35 anos teria uma PTF 50% maior do que a PTF do mesmo quando tinha menos de 5 anos enquanto que, para o mesmo ano de estudo por´em quando temos somente o estabelecimento mais produtivo, a PTF de um estabelecimento com pelo menos 35 anos ´e cerca de 3 vezes maior do que o mesmo estabelecimento com menos de 5 anos.

Na tabela 4 abaixo, temos a variˆancia da PTF quando utilizamos todos os estabelecimentos e quando s´o temos o estabelecimento mais produtivo de cada firma. Vemos que quando utilizamos somente o estabelecimento mais produtivo, a variˆancia da TFP caiu pelo menos 8%, em 2001, at´e 16%, em 2011.

(29)

2001 2006 2011 2016 Variˆancia da PTF quando

temos todos os estabelecimentos 866291 1391800 1858292 4867862

Variˆancia da PTF quando temos somente os estabelecimentos

mais produtivos de cada firma

797304 1206084 1551194 4137687

Tabela 4: Variˆancia da PTF

Como comentado no in´ıcio dessa se¸c˜ao, o teste de robustez que iremos realizar ser´a variando o σ para 5, 7 e 9 ilustrando a distribui¸c˜ao de PTF entre os estabelecimentos, log(Ai

˜

A) da PIA-Empresa

UL de 2011. Note que a medida que o σ aumenta, iriamos ter cada vez menos estabelecimentos com PTF maiores que o segundo momento como podemos ver na figura 10 abaixo:

Figura 10: Teste de Robustez

6

Observa¸

oes Finais

A partir do que foi mostrado nas se¸c˜oes anteriores, vemos que a diferen¸ca entre o percentil 90 e o percentil 10 da PTF dos estabelecimentos ´e cerca de 19 vezes. Onde temos que levar em considera¸c˜ao que essa diferen¸ca poderia ser maior caso tiv´essemos acesso aos dados de estabelecimentos com

(30)

menos de 30 funcion´arios. Percebemos atrav´es do resultado da diferen¸ca entre PTF de firmas mais novas e firmas mais antigas (Figura 6) e da diferen¸ca entre percentis (Tabela 3), que os resultados apresentados est˜ao de acordo com o que foi encontrado em Hopenhayn (1992) onde o autor mostra que, um aumento no custo de entrada, protege firmas j´a existentes das press˜oes criadas pelas firmas mais novas fazendo com que firmas antigas com PTF baixas n˜ao saem do mercado aumentando a dispers˜ao de PTF entre as firmas.

Note que, caso as firmas com m´ultiplos estabelecientos se concentrassem somente no estabelecimento mais produtivo, a variˆancia da PTF dos estabelecimentos cairia cerca de 15% no ano de 2016. Al´em disso, vemos que o ciclo de vida da PTF (Figura 9) teria uma trajet´oria similar a dos Estados Unidos onde, a medida que os estabelecimentos envelhecem, h´a um crescimento maior da PTF.

Assim, podemos perceber que para os estabelecimentos obterem uma melhora de produtividade, ao inv´es das firmas expandirem o n´umero de estabelecimentos, as firmas deveriam investir e focar em somente um estabelecimento. Tendo isso em vista, acredito que caso as firmas s´o focassem no estabelecimentos mais produtivo, a distribui¸c˜ao de PTF entre os estabelecimentos (Figura 5) n˜ao teria uma concentra¸c˜ao na cauda esquerda.

(31)

Apˆ

endice

Para resolvermos o modelo apresentado na se¸c˜ao 2 temos que primeiro resolver o problema do consumidor e a partir do problema do consumidor resolvemos o problema da firma. O consumidor encara o seguinte problema:

Maximizar Y =  PN i=1Y σ−1 σ i σ−1σ sujeito `a wLσ−1σ =PN

i=1PiYi. Onde a restri¸c˜ao do consumidor

´

e dessa forma pois como o nosso modelo ´e uma competi¸c˜ao monopol´ıstica, as firmas tem lucro diferente de zero. Assim como visto em Garcia-Macia et al. (2016),σ−1σ ´e o markup do monopol´ısta. Tendo assim o lagrangeano no formato abaixo:

L =  N X i=1 Y σ−1 σ i σ−1σ + λ  wL σ σ − 1− N X i=1 PiYi 

Derivando em rela¸c˜ao `a Yi e Yj respectivamente temos:

σ σ − 1  N X i=1 Y σ−1 σ i σ−11 σ − 1 σ Y −1 σ i = Piλ (1) σ σ − 1  N X i=1 Y σ−1 σ i σ−11 σ − 1 σ Y −1 σ j = Pjλ (2)

Dividindo (1) por (2) temos:

 Yi Yj −1σ = Pi Pj (3) Rearrumando temos o produto da firma j em rela¸c˜ao aos pre¸cos da firma j, o produto da firma i e aos pre¸cos da firma i:

Yj =

 Pi

Pj

Yi (4)

Agora, para descobrirmos a produtividade do trabalho yi, temos que o problema da firma

maximi-zadora de lucro tem o formato:

πi = PiYi− wLi (5)

Usando a hip´otese de que Yi= AiLi, e substituindo na equa¸c˜ao acima, temos:

πi= PiYi− w

Yi

Ai

(6)

(32)

Substituindo (4) na equa¸c˜ao acima temos: πi= Pi  Pj Pi σ Yj− w Ai  Pj Pi σ Yj (7) Rearrumando, πi = Pi1−σPjσYj− w Ai PjσPi−σYj (8) Derivando em rela¸c˜ao a Pi, (1 − σ)Pi−σPjσYj + σ w Ai PjσPi−σ−1Yj = 0 (9) σw Ai Pi−σ−1= (σ − 1)Pi−σ (10) yi = PiAi = PiYi Li = σ σ − 1w (11)

Agora, para descobrirmos a parcela de emprego (li), temos que pela restri¸c˜ao do problema do

consumidor e (4), temos que:

wL σ σ − 1 = N X i=1 Pi  Pj Pi σ Yj (12) wL σ σ − 1 = YjP σ j N X i=1 Pi1−σ (13) wLσ−1σ Pj−σ P1−σ1 = Yj (14)

Normalizando P11 para 1 temos:

Yj = wL

σ σ − 1P

−σ

j (15)

Sabendo que Yi= AiLi, temos ent˜ao que,

AjLj = wL σ σ − 1P −σ j (16) 11 Onde P =  PN i=1P 1−σ i 1−σ1 22

(33)

Substituindo Pj, que obtemos rearrumando (11), encontramos a parcela do emprego: lj = Lj L = w Aj σ σ − 1  σ σ − 1 w Aj −σ (17) Rearranjando temos o resultado desejado,

lj =  σ − 1 σ Aj w σ−1 (18) 23

(34)

Referˆ

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Imagem

Tabela 1: N´ umero de funcion´ arios e estabelecimentos referentes a PIA-Empresa UL de 2011 Note que, em rela¸c˜ ao a PIA Empresa UL de 2011, vemos que o n´ umero de estabelecimentos com pelo menos 200 funcion´ arios ´ e cerca de um ter¸ co do n´ umero de
Tabela 2: N´ umero de empresas e funcion´ arios da PIA-Empresa UL
Figura 1: Tamanho relativo dos estabelecimentos (¡5 anos = 1)
Figura 2: Sa´ıda das firmas entre 2014-2016
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Referências

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