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Anos potenciais de vida perdidos por homicídios em municípios do Paraná, 1998 a 2012

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Rev. Bras. de Iniciação Científica (RBIC), Itapetininga, v. 7, n.2, p. 20-40, 2020. Edição Especial Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)

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ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS POR HOMICÍDIOS

EM MUNICÍPIOS DO PARANÁ, 1998 A 2012

YEARS LIFE LOST BY HOMICIDES IN MUNICIPALITIES

OF PARANÁ, 1998-2012

AÑOS POTENCIALES DE VIDA PERDIDOS EN CIUDADES

DE PARANÁ, 1998-2012

Jeferson Lima Barbosa1 Thiago Luis de Andrade2

Ludmila Mourão Xavier Gomes3

Resumo: Este estudo descritivo de série temporal que objetivou estimar os anos potenciais de vida perdidos

(APVP) por homicídios das oito cidades mais populosas do estado do Paraná entre 1998 e 2012. Constatou-se aumento das taxas de APVP, ao comparar o primeiro e o último triênio (1998-2000 e 2010-2012, respectivamente), na maioria das cidades estudadas. Adultos jovens e adolescentes do sexo masculino foram as principais vítimas dos homicídios. Armas de fogo causaram 73,8% do APVP do Paraná, destacando-se Foz do Iguaçu. A interiorização da violência implica adoção de estratégias preventivas para modificar a perda de APVP por homicídio nesses municípios.

Palavras-chave: Anos potenciais de vida perdidos. Causas externas. Homicídio. Mortalidade.

Abstract: Estudo descritivo de uma série temporal que visa estimar os anos de vida potencial perdida (APVP)

para homicídios das cidades mais populosas do Estado do Paraná entre 1998 e 2012. Aumento constante dos táxons de APVP, para comparação ou primeiro nos últimos três anos (1998-2000 e 2010-2012, respectivamente), na maioria das cidades estudadas. Jovens adultos e adolescentes do sexo masculino foram as principais vítimas de dois homicídios. Armas de fogo causram 73,8% da APVP do Paraná, destacando Foz do Iguaçu. A interiorização da violência implica a adoção de estratégias preventivas para modificar a perda de APVP pelos homicídios nesses municípios.

Keywords: Potencial years of life lost. External causes. Homicide. Mortality. Epidemiology.

Resumen: Este estudio descriptivo de series temporales estima los años potenciales de vida perdidos (APVP)

por los homicidios en las ciudades más pobladas del estado de Paraná, de 1998 a 2012. El APVP aumentó constantemente, comparando el primer y último trienio (1998-2000 y 2010-2012, respectivamente), en la mayoría de las ciudades estudiadas. Los adultos jóvenes y adolescentes fueron las principales víctimas de los homicidios. Las armas de fuego causaron el 73,8% de APVP en Paraná, destacando Foz do Iguaçu. La internalización de la violencia implica adopción de estrategias preventivas para modificar la pérdida de APVP por homicidios en estos municipios.

Palabras-clave: Años potenciales de vida perdidos. Causas externas. Homicidio. Mortalidad. Epidemiología. Envio 20/01/2020 Revisão 30/01/2020 Aceite 15/03/2020

1 Aluno do curso de Medicina. Universidade Federal da Integração Latino Americana. E-mail:

jl.barbosa.2016@aluno.unila.edu.br.

2 Docente. Universidade Federal da Integração Latino Americana. E-mail: thiago.barbosa@unila.edu.br. 3 Docente. Universidade Federal da Integração Latino Americana. E-mail: Ludmila.gomes@unila.edu.br.

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Introdução

Os homicídios têm grande impacto na saúde pública por causar elevados prejuízos econômicos e sociais na sociedade (Barreto et al., 2016; Mascarenhas; Barros, 2015). Juntamente com os acidentes de transporte, é corresponsável pela maior parcela de mortalidade por causas externas, equivalente a dois terços do total de mortes(Rocha et al., 2016; Brasil, 2014).

Em 2015, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os homicídios alcançaram um quantitativo de aproximadamente meio milhão de mortes no mundo(World Health Organization, 2017). Tal fato está intimamente relacionado ao uso abusivo de álcool, porte ilegal de armas, tráfico e uso de drogas (Brasil, 2014; Drumond et al., 2015; Reichenheim et al., 2011). No mesmo ano, no Brasil, dos 59.080 homicídios registrados 71,9% foram por uso de arma de fogo (Cerqueira et al., 2017). O país ocupou a sétima posição a nível mundial e quarta posição latino-americana dentre os países com as maiores taxas de homicídios em 2015, na faixa etária de 10 a 19 anos(Unicef, 2017). Notavelmente, há predomínio de homicídios que afetam indivíduos do sexo masculino, que podem até triplicar quando comparado ao sexo feminino, conforme região, estado ou município (Cerqueira et al., 2017; Costa et al., 2013; Moura et al., 2015).

Outro fator é que os homicídios estão arraigados a processos socioeconômicos, como a urbanização acelerada que, juntamente com a falta de elementos básicos à manutenção da vida e a incapacidade do Estado em exercer o controle social, determinam em grande medida o aumento das taxas de homicídio(Batista; França, 2016). Para avaliar o impacto dessa causa externa na expectativa de vida na sociedade, tem-se buscado mensurar essa questão por indicadores específicos, como Anos Potenciais de Vida perdidos (APVP). Tal indicador constitui ferramenta importante para realização e condução de pesquisas que permitam estimar o impacto e a tendência dos homicídios, a incidência e os principais grupos acometidos. Nesse sentido, é possível avaliar as mudanças na carga e mortalidade por esta causa na esperança de vida dos indivíduos e elucidar melhor a situação de violência na qual a sociedade está inserida(Dávila-Cervantes; Pardo-Montaño, 2013).

No Brasil, apesar dos esforços para reduzir os homicídios e os fatores associados que levam a esse tipo de óbito, existem lacunas que apontem a avaliação do impacto desses óbitos

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por meio dos APVP nos municípios brasileiros(Schraiber et al., 2016). Esse fato denota a

importância da produção científica no mapeamento dos homicídios para análise e formações de necessárias intervenções. Conhecer esse perfil é essencial para formulação de políticas públicas eficazes contra o impacto na produtividade e bem-estar geral da população. Estudos que abordem a situação do APVP nos municípios do Paraná ainda são escassos. Nesse sentido, torna-se essencial estudar os indicadores de mortalidade das maiores cidades do estado, pois, elas concentram maior densidade populacional, o que determina maior processo de urbanização e, por muitas vezes, enormes disparidades sociais (Moura; Cruz, 2015). Diante dessa situação, este estudo teve por objetivo estimar os APVP por homicídios ocorridos nos oito municípios de maior densidade populacional do Paraná, no período de 1998 a 2012.

Método

Trata-se de estudo descritivo de série temporal (1998-2012) dos APVP por homicídios em municípios do Paraná, sul do Brasil. Foram escolhidos os 08 municípios de maior aporte populacional e importância econômica do estado, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Participaram deste estudo Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.

As informações foram coletadas no banco de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Foram analisados óbitos por agressões/homicídios (X85-Y09), de acordo com a 10ª Classificação Internacional de Doenças (CID-10) por local de residência. As seguintes categorias de homicídio foram investigadas: óbitos por Enforcamento (X91), Arma de fogo (X93 a X95), Objeto cortante ou contundente (X99 e Y00), Força Física (Y04) e Meio não especificado (Y08 e Y09). As outras causas de homicídio não fizeram parte do estudo, uma vez que sua ocorrência não repercute (de modo significativo) nos dados estudados.

Foram avaliadas as variáveis sociodemográficas sexo e faixa etária na avaliação dos óbitos por homicídio. Ressalta-se que as vítimas que apresentaram “sexo ignorado” ou pertencente

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ao grupo faixa etário menor que 1 ano e maior que 70 não foram incluídas entre as variáveis

para o cálculo do APVP e suas taxas.

Foram estimados os APVP segundo o método descrito por Romeder e McWhinnie (Romeder, 1977). Nesse cálculo, a idade de 70 anos é considerada como a expectativa/esperança de vida ao nascer. A partir dessa perspectiva, multiplica-se os anos que cada faixa etária faltou para alcançar a expectativa de vida pelo número de óbitos correspondente. A soma dos subtotais corresponde ao índice APVP. Nota-se que as faixas etárias mais novas tendem a concentrar maior APVP que as faixas etárias que estão próximas da expectativa de vida proposta.

A expressão matemática do APVP é expressa da seguinte forma:

Sendo que,

ai = número de anos que faltam para completar 70 anos, quando a morte ocorre entre as idades de i e i+1 ano

di = número de óbitos ocorridos entre as idades de i e i+1 ano, empregando-se o ajuste de 0,5 quando se arbitra que todas as mortes ocorreram no meio do ano.

As faixas etárias e as médias do número de anos que restam para inteirar 70 anos são tomadas como referência para o cálculo. Tomam-se como referência as faixas etárias e as médias do correspondente número de anos que faltam para completar 70 anos, quando a morte ocorre entre as idades de i e i+1 ano, e o número de óbitos ocorridos entre as idades de i e i+1 ano.

É importante salientar que o cálculo do APVP neste estudo utilizou-se de dados censitários, bem como estimativas e contagem populacionais realizados pelo IBGE. Para o cálculo da taxa padronizada, foi adotada como base a população do censo do ano de 2010 (IBGE, 2018).

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A taxa de APVP e a taxa de APVP padronizada foram utilizadas para comparação de

populações que possuem tamanho e pirâmides populacionais diferentes. A seguir estão representadas suas expressões matemáticas.

Sendo que

N = número de pessoas entre 1 e 70 anos de idade na população real; Obs: ai e di já se encontram definidos acima.

Sendo que

p° = número de pessoas na idade i na população real;

p°° = número de pessoas na idade i na população de referência;

N°° = número de pessoas entre as idades de 1 a 70 anos na população de referência. Obs.: ai, di e N já se encontram definidos acima.

As taxas de APVP foram reunidas em triênios, tomando-se a média das taxas, reunidas em 1998-2000; 2001-2003; 2004-2006; 2007-2009; 2010-2012. Os resultados foram apresentados por meio de tabelas e gráficos de linha por meio do software Microsoft Excel 2016. Os casos com informação ignorada não foram incluídos na descrição dos dados. Para verificação da tendência das taxas de APVP, no período analisado, adotou-se o modelo de regressão linear simples (y = β0 + β1 x). Os modelos foram construídos com base nas taxas APVP por sexo considerando homicídio (y), segundo a variável ano (x). As equações de tendência linear e as estatísticas de ajuste de modelo (valor de R2 ajustado, β, valor de p do teste F de adequação do modelo, tendência: crescente/decrescente) foram obtidas com o software estatístico Bioestat 5.0 da Universidade Federal do Pará (UFPA). O nível de significância adotado foi 5%.

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Nesse estudo, todos os procedimentos realizados estão em harmonia com os princípios

éticos em pesquisa que envolvem seres humanos. Foram utilizados dados secundários de acesso livre ao público, nos quais não há identificação dos sujeitos.

Resultados

Na série temporal, é possível constatar aumento significativo das taxas de APVP totais, comparando o último triênio em relação ao primeiro, na maioria das cidades estudadas (Figura 1-2; Tabela 1). Foz do Iguaçu foi a cidade que apresentou as maiores taxas no período com tendência decrescente, todavia sem significância estatística. Destaca-se que São José dos Pinhais apresentou a maior elevação do risco passando de 8,8 óbitos/1.000 hab. no triênio 1998-2000 para 25,3 óbitos/1.000 hab. entre 2010-2012, o que representou incremento de 186,4% (p= 0,009), superando o Paraná com 86,2% (p= 0,008). Em relação ao sexo masculino, ressalta-se que esta última cidade também exibiu tendência crescente do risco com o maior incremento percentual na mesma comparação de triênios (185,4%; p= 0,010). Em relação ao sexo feminino, Maringá teve destaque com tendência crescente, obtendo aumento de 351,4% (p= 0,004) maior que o estado (63,3%; p= 0,009). Dentre todos os triênios investigados, Foz do Iguaçu foi a única cidade que apresentou tendência decrescente para total e ambos os sexos, porém sem significância estatística. A tabela 2 apresenta a distribuição numérica e percentual dos APVP por homicídios nos municípios estudados. O APVP total do sexo masculino no estado do Paraná, no período analisado, foi igual a 1.530.408, tendo o sexo feminino um quantitativo menor de 146.037 anos perdidos. Observou-se que, para o sexo masculino, os adultos jovens (20 a 39 anos) apresentaram a maior perda de APVP e proporção em todas as cidades analisadas. A maior perda de anos na população masculina foi, especificamente, na faixa etária de 20 a 29 anos com destaque para Curitiba com 143.730 anos perdidos. O município de Colombo apresentou maior proporção de anos perdidos para o sexo masculino (46,2%) e para o sexo feminino (35,7%), nessa faixa etária, enquanto o Paraná obteve 42,1% e 33,6% nas respectivas categorias. As altas taxas de APVP verificadas na faixa etária de 10 a 19 anos fizeram dela o segundo grupo etário mais afetado, superando as taxas de APVP da faixa etária de 30 a 39 anos - exceção para indivíduos do sexo masculino de Maringá e Ponta Grossa, e indivíduos do sexo feminino de Colombo e Maringá.

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Figura 1 – Evolução das taxas de APVP de homicídios, dividida por triênios no Paraná,

Brasil, 1998-2012. Fonte: SIM/MS/Datasus

Figure 1 - Evolution of YPLL rates of homicides, divided by triennia, in Paraná, Brazil, 1998-2012.

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Figura 2 - Evolução das taxas de APVP de homicídios, dividida por triênios, nos municípios do Paraná, Brasil, 1998-2012.

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Figure 2 - Evolution of homicide rates of homicides, divided by triennia, in the municipalities

of Paraná, Brazil, 1998-2012. Source: SIM/MS/Datasus

Tabela 1- Análise da tendência dos homicídios, segundo sexo, nos municípios do Paraná, Brasil, 1998-2012.

Table 1- Analysis of homicide trend, by sex, in the municipalities of Paraná, Brazil, 1998-2012.

Taxa de APVP R2 β F p Tendência

Cascavel Masculino 0,888 0,957 32,74 0,011 crescente Feminino 0,762 0,906 13,82 0,034 crescente Total 0,893 0,959 34,41 0,010 crescente Colombo Masculino 0,983 0,994 236,46 0,001 crescente Feminino 0,323 0,702 2,90 0,187 crescente Total 0,972 0,989 137,77 0,001 crescente Curitiba Masculino 0,721 0,889 11,33 0,044 crescente Feminino 0,855 0,944 24,59 0,016 crescente Total 0,763 0,907 13,86 0,034 crescente Foz do Iguaçu Masculino 0,490 -0,221 0,154 0,721 decrescente Feminino 0,078 -0,279 0,253 0,650 decrescente Total 0,053 -0,230 0,168 0,709 decrescente Londrina Masculino 0,175 0,419 0,638 0,483 crescente Feminino 0,059 -0,243 0,188 0,694 decrescente Total 0,146 0,382 0,512 0,526 crescente Maringá Masculino 0,614 0,843 7,36 0,073 crescente Feminino 0,943 0,978 66,82 0,004 crescente Total 0,775 0,880 10,37 0,049 crescente Ponta Grossa Masculino 0,003 0,051 0,008 0,935 crescente

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Feminino 0,058 0,240 0,184 0,697 crescente Total 0,012 0,108 0,035 0,863 crescente S. J. Pinhais Masculino 0,918 0,958 33,39 0,010 crescente Feminino 0,690 0,831 6,68 0,081 crescente Total 0,922 0,960 35,56 0,009 crescente Paraná Masculino 0,906 0,964 39,36 0,008 crescente Feminino 0,901 0,962 37,27 0,009 crescente Total 0,994 0,998 661,34 0,001 crescente Fonte: SIM/MS/Datasus Source: SIM/MS/Datasus

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Tabela 2 - Distribuição numérica e percentual dos APVP de homicídios, por sexo e idade, nos municípios do Paraná, Brasil, 1998-2012. Table 2 - Distribution and percentage of PYLL of homicides, by sex and age, in the municipalities of Paraná, Brazil, 1998-2012.

Faixa Etária Cascavel Colombo Curitiba Foz do Iguaçu Londrina Maringá Ponta Grossa S. J. Pinhais Paraná APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % Masculino 01 a 09 anos 0 0.0 516 0.8 838.5 0.3 322.5 0.2 129 0.2 129 0.6 64.5 0.2 193.5 0.3 6063 0.4 10 a 19 anos 16995 30.2 15290 24.3 78650 24.3 39545 30.1 24640 32.3 3795 18.9 5665 19.1 17930 28.9 365365 23.9 20 a 29 anos 22005 39.1 29115 46.2 143730 44.4 56250 42.8 30960 40.6 8550 42.6 11475 38.7 26190 42.2 644985 42.1 30 a 39 anos 11400 20.3 12520 19.9 64680 20.0 24080 18.3 13480 17.7 4760 23.7 7680 25.9 12000 19.3 316480 20.7 40 a 49 anos 4480 8.0 4200 6.7 28560 8.8 8820 6.7 5390 7.1 2135 10.6 3605 12.1 4900 7.9 152215 9.9 50 a 59 anos 1240 2.2 1280 2.0 6680 2.1 2180 1.7 1420 1.9 640 3.2 1100 3.7 800 1.3 40920 2.7 60 a 69 anos 90 0.2 105 0.2 610 0.2 150 0.1 180 0.2 85 0.4 90 0.3 105 0.2 4380 0.3 Total 56210 100.0 63026 100.0 323749 100.0 131348 100.0 76199 100.0 20094 100.0 29679.5 100.0 62118.5 100.0 1530408 100.0 Feminino 01 a 09 anos 129 3.2 64.5 1.3 1225.5 4.4 580.5 5.6 129 2.3 0 0.0 0 0.0 64.5 1.3 4257 2.9 10 a 19 anos 1375 34.5 1155 22.9 6820 24.6 3630 35.1 1760 31.1 385 19.4 715 27.7 1540 30.7 37455 25.6

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20 a 29 anos 1260 31.6 1800 35.7 9135 32.9 2970 28.7 1980 35.0 675 34.1 765 29.6 1575 31.4 49050 33.6 30 a 39 anos 720 18.0 1280 25.4 6240 22.5 2080 20.1 1160 20.5 560 28.3 680 26.3 960 19.2 32280 22.1 40 a 49 anos 350 8.8 630 12.5 3465 12.5 910 8.8 525 9.3 210 10.6 280 10.8 735 14.7 17920 12.3 50 a 59 anos 140 3.5 100 2.0 760 2.7 160 1.5 80 1.4 140 7.1 120 4.6 120 2.4 4520 3.1 60 a 69 anos 15 0.4 15 0.3 85 0.3 15 0.1 25 0.4 10 0.5 25 1.0 15 0.3 555 0.4 Total 3989 100.0 5044.5 100.0 27730.5 100.0 10345.5 100.0 5659 100.0 1980 100.0 2585 100.0 5009.5 100.0 146037 100.0 Fonte: SIM/MS/Datasus Source: SIM/MS/Datasus

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Em relação ao APVP no sexo feminino, houve maior perda na faixa etária de 20 a 29

anos, em 06 cidades: Colombo, Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais. Destas, o percentual de APVP mais elevado evidenciou-se em Colombo e Londrina, com 35,7% e 35,0%, respectivamente. Apenas em Cascavel e Foz do Iguaçu houve maior proporção de perda de anos por homicídio no sexo feminino (34,5% e 35,1%, respectivamente), em outra faixa etária, a saber, a faixa etária de 10 a 19 anos, superando o Paraná (25,6%).

Na análise do APVP total e percentual, segundo o tipo de homicídio, (Tabela 3) constatou-se que, entre 1998 e 2012, houve perda de 1.550.209,5 anos no Paraná, relacionados às causas de óbitos apresentadas neste estudo. Os homicídios por arma de fogo ocasionaram maior perda de anos no estado, sendo responsável por 73,8% de todo APVP, tendo predomínio nas oito cidades estudadas. Foz do Iguaçu superou o percentual estadual, no tocante a essa categoria com 89,6% de todo APVP. Curitiba obteve maior perda numérica de anos nesta categoria com 287.531. Os homicídios causados por objeto cortante ou contundente resultaram na segunda maior perda de anos no estudo. Para esta categoria, Curitiba apresentou os maiores valores de APVP (39.913), enquanto Ponta Grossa exibiu o maior percentual (32,5%). Entre as cidades observadas, notou-se exceção para Colombo, que teve força física como a segunda causa de óbito mais prevalente.

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Tabela 3 - Distribuição numérica e percentual dos APVP de homicídios, segundo causa, nos municípios do Paraná, Brasil, 1998-2012. Table 3 - Distribution and percentage of PYLL, according to type of homicide, in the municipalities of Paraná, Brazil, 1998-2012.

Causas de óbito

Cascavel Colombo Curitiba Foz do Iguaçu Londrina Maringá Ponta Grossa S. J. Pinhais Paraná APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % APVP % Arma de fogo (X93 a X95) 46759.5 81.3 46759.5 64.2 287531 82.1 126747 89.6 68729.5 84.4 15889.5 72.1 15910 49.7 53149 79.3 1144015.5 73.8 Objeto cortante ou contundente (X99 e Y00) 9660 16.8 8762.5 12.0 39913 11.4 13462 9.5 9974.5 12.2 4779.5 21.7 10420 32.5 10249 15.3 318982.0 20.6 Força Física (Y04) 539.5 0.9 15889.5 21.8 16373.5 4.7 80 0.1 1405 1.7 715 3.2 3530 11.0 2155 3.2 18928.0 1.2 Enforcamento (X91) 465 0.8 960 1.3 3484 1.0 994.5 0.7 645 0.8 350 1.6 485 1.5 640 1.0 48621.0 3.1 Meio não especificado (Y08 e Y09) 115 0.2 490 0.7 3074 0.9 174.5 0.1 680 0.8 295 1.3 1684.5 5.3 790 1.2 19663.0 1.3 Total 57539 100.0 72861.5 100.0 350376 100.0 141458 100.0 81434 100.0 22029 100.0 32029.5 100.0 66983 100.0 1550209.5 100.0 Fonte: SIM/MS/Datasus Source: SIM/MS/Datasus

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Discussão

O estudo evidenciou ocorrência do aumento das taxas de APVP por homicídios, do ano de 1998 a 2012, na maioria das cidades estudadas - Cascavel, Colombo, Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais, o que configura uma situação importante e alarmante para o estado do Paraná. Essa situação assemelha-se ao que tem sido observado no Brasil nos últimos anos de forma geral e específica nas regiões do país (Moura

et al., 2015; França et al., 2017).

A determinação da violência está intrinsecamente relacionada a aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais que determinada comunidade enfrenta, o que pode causar importantes discrepâncias entre as regiões. A América Latina e Caribe (ALC), por exemplo, que enfrenta grandes desafios socioeconômicos, nas apresentou taxa de homicídios equivalente a quatro vezes a média mundial em 2015, sendo considerada uma das regiões mais violentas(Banco Interamericano de desarollo, 2016).

Pesquisa recente (Cerqueira et al., 2017) sobre o panorama da violência no Brasil revelou que o país e o estado do Paraná apresentaram elevação da taxa e número de homicídios de 2005 a 2012. No presente estudo, houve aumento das taxas de APVP sobre os municípios estudados, com exceção de Foz do Iguaçu, que evidenciou decréscimo das taxas. Mesmo com essa redução, foi a cidade com o maior risco de morte por homicídio no período analisado. Investigação(Salla et al., 2014) com as 588 cidades de fronteira mostrou que Foz do Iguaçu ocupou a nona posição dentre as cidades com maiores taxas de homicídios (80,3 homicídios por 100 mil habitantes, 1997-2010). Por ser cidade de fronteira, o avolumado e crescente quantitativo de atividades ilegais (contrabando, tráfico de pessoas, drogas e armas) aumentam a criminalidade influenciando consideravelmente as taxas de APVP dessa cidade (Reichenheim., 2011). A adição desses fatores com a intensificação das relações políticas internacionais entre os países sul americanos fez com que os governos federal e estadual investissem em ações voltadas à economia e segurança das cidades fronteiriças, intervindo sobre o manejo de saúde e segurança pública, controle aduaneiro e ampliação das rodovias transnacionais(Salla et al., 2013), o que pode estar associado ao decréscimo das taxas de APVP em Foz do Iguaçu.

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As oito cidades estudadas, apesar de não serem integrantes do rol das 30 cidades mais

violentas do Brasil com população superior a 100 mil habitantes, em 2015, na pesquisa nacional (Cerqueira et al., 2017), merecem atenção das autoridades, uma vez que apresentaram elevação significativas nas taxas de APVP no período estudado. Entre as cidades, duas obtiveram acentuado aumento da variação percentual: Maringá apresentou elevação das taxas no período estudado para o sexo feminino e São José dos Pinhais para o sexo masculino e total, todos com tendência crescente significativa. Particularmente, o aumento das taxas de APVP em São José dos Pinhais, em relação às demais cidades paranaenses, não está dissociada de suas características marcantes, como a dinâmica do capital financeiro e o pertencimento à região metropolitana. Desde 2001 a 2010, a região metropolitana de Curitiba - na qual São José dos Pinhais está inserida - manteve-se entre as cinco regiões com maiores taxas bruta de mortalidade, dentre nove regiões metropolitanas estudadas(Fundação Osvaldo Cruz, 2013). Outro ponto de destaque é o constante crescimento demográfico e econômico dessa cidade, em partes motivado pela implantação de grandes montadoras de automóveis em seu Distrito Industrial, com bilhões de reais movidos pela exportação, sendo o segundo município paranaense que mais exporta, e décimo oitavo no ranking nacional(Costa; Rocha, 2014). A associação desses fatores mais o aumento das taxas de APVP mostram não apenas a ocorrência da elevação da violência, mas também o predomínio da desigualdade social e resposta inadequada da segurança pública e judiciária ao problema da violência(Reichenheim et al., 2011). A permanência dessa situação, por meio dos homicídios, acarreta grandes agravos à sociedade, corroendo a prosperidade política e econômica, por meio da insegurança, medo e elevados custos relacionados às despesas em saúde, justiça criminal, custos de seguros, mobilidade, comércio e transporte (Yang et al., 2013).

No presente estudo, o grupamento etário de 20 a 29 anos teve maior APVP em ambos os sexos nos municípios estudados. Isso se dá pela condição de vulnerabilidade social adquirida desde a infância, embargada por fatores históricos que determinam, em grande medida, o predomínio dos altos índices de mortalidade por homicídio entre os jovens (Reichenheim et al., 2011; Cerqueira et al., 2017). A luta pela sobrevivência e aquisição de bens em meio à falta de oportunidades de trabalho e educação impulsionam os jovens à

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criminalidade e violência (Cerqueira et al., 2017). Estudo ecológico demonstrou que nos

municípios brasileiros, a maiores taxas de mortalidade estão presentes entre jovens do sexo masculino de 18-24 anos que se encontram desocupados, em relação àqueles que frequentam o ensino médio(Melo et al., 2017). Na literatura, apesar de ocorrer grande variabilidade na escolha de anos para compor as faixas etárias utilizadas nos métodos científicos, em geral, resultados de trabalhos científicos apontam que a maior proporção da taxa de mortalidade e perda de anos de vida por homicídio está aglutinada ao redor dos 20 anos de idade (Lachaud

et al., 2017; Amaral et al., 2013). Cabe ressaltar ainda a faixa etária de 10 a 19 anos está na

segunda posição entre as maiores taxas entre os adolescentes, evidenciada neste estudo, revela que o homicídio está ocorrendo em idades cada vez mais precoces nas cidades analisadas. Essa realidade é característica de países e regiões que vivem constantes crises econômicas e lidam com imensos obstáculos na promoção da igualdade e bem-estar social (Moreira et al., 2013).

Em relação ao sexo, os homens são as principais vítimas da violência contribuindo com o maior número de óbitos (Moura et al., 2010; Melo et al., 2017; Moreira et al., 2013). Essa característica é marcante não apenas no Paraná e nas cidades aqui analisadas, como no Brasil e no mundo (Costa et al., 2014; González-Pérez et al., 2017; Vaillant et al., 2013). Nesse quesito, o Paraná assemelha-se ao estado do Rio Grande do Norte, estado brasileiro onde ocorreu perda de 576.892 anos por causas externas e 6.108 óbitos por homicídios entre indivíduos do sexo masculino, no período de 2003 a 2012, contra 77.943 anos por causas externas e 477 óbitos por homicídio de indivíduos do sexo feminino (Moura; Cruz et al., 2015). A vulnerabilidade do homem à violência, como vítima ou agressor, se dá pela presença de processos complexos na sociedade, que incluem, dentre outras causas, o uso da violência como forma de exercer poder, e a naturalização e banalização da violência no espaço doméstico e no público (França; Teixeira et al., 2014).

Em relação ao meio perpetrado para o homicídio, este meio foi o mais comum apresentado no estudo. As mortes perpetradas por esse meio estão no topo do ranking das principais causas de homicídios em diversos municípios brasileiros, no país e na ALC (Rocha

et al., 2016; Melo et al., 2017; França; Teixeira et al., 2014). Os resultados deste estudo

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No período analisado, Foz do Iguaçu obteve o maior percentual de APVP (89,6%) causados

por arma de fogo que as outras cidades. Estudos(Rocha et al., 2016; Cerqueira et al., 2017) corroboram com esse achado ao apontar Foz do Iguaçu como integrante do grupo das cem cidades com as mais elevadas taxas médias de homicídio por arma de fogo. O alto índice de morte por armas de fogo faz-se pela dificuldade de contabilização, controle e registro, provenientes da grande acessibilidade, ainda existente, mesmo após política de desarmamento ocorrida em 2003 com Estatuto do Desarmamento (Silva et al., 2014). Municípios de fronteira, além dos fatores comuns às outras cidades, também são rota de organizações criminais que fazem contrabando de armas, drogas e produtos pirateados(Salla et al., 2014). Esse fato é algo que demanda olhar mais atento, por parte das autoridades no sentido de coibir tais atividades e investir em ações juntamente com as corporações de polícia para impedir a disseminação da violência.

Por fim, este estudo apresenta como limitações metodológicas o fato de ser realizado com dados secundários obtidos a partir do SIM, que utilizou como menor unidade de análise o município. Os indicadores estudados apontam a realidade do Paraná e das cidades investigadas, e não refletem o risco em nível individual. A exclusão dos óbitos de indivíduos menores de um ano e maiores de 70 anos no cálculo do APVP pode acarretar subestimação deste indicador. Outra limitação é que óbitos por homicídio podem estar subestimados na base de dados do SIM, pois existe um componente considerável de causas externas de tipo não especificado (intenção indeterminada). Esse fato pode esconder os óbitos por homicídio, dificultando maior precisão nos resultados dos indicadores analisados; por consequência, gera a necessidade de melhor investigação do óbito.Ainda assim, os resultados descritos mostram o comportamento dos APVP no Paraná e reforçam os achados da literatura relacionados às principais categorias envolvidas à perda de anos por homicídios, corroborando para uma melhor compreensão da realidade dos óbitos e o contexto no qual estão inseridos no Paraná.

Conclusão

Este estudo mostrou predomínio de homicídio entre adultos jovens e adolescentes, as mortes por arma de fogo e perda superior à um milhão e meio de anos entre indivíduos do sexo masculino, o que representa perdas socioeconômicas importantes para uma causa

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prevenível. Há necessidade de repensar e melhorar o planejamento e a execução das ações de

intervenção às causas geradoras desse problema de saúde pública. A interiorização da violência, especialmente em regiões turística e metropolitana do estado, aponta para adoção de estratégias preventivas para modificar esse cenário nos municípios paranaenses. A ênfase na redução das desigualdades sociais entre os principais atores envolvidos se faz necessária na agenda política dos governantes em ações que traduzam na formulação e aplicação de políticas públicas sociais e de segurança que possibilitem o decréscimo de anos perdidos por homicídios para haver redução dos custos gerados.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (Fundação Araucária) pela Bolsa de Iniciação Científica e apoio a este Projeto de Pesquisa.

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Imagem

Figura  1  –  Evolução  das  taxas  de  APVP  de  homicídios,  dividida  por  triênios  no  Paraná,  Brasil, 1998-2012
Figura 2 - Evolução das taxas de APVP de homicídios, dividida por triênios, nos municípios  do Paraná, Brasil, 1998-2012
Figure 2 - Evolution of homicide rates of homicides, divided by triennia, in the municipalities  of Paraná, Brazil, 1998-2012
Tabela 2 - Distribuição numérica e percentual dos APVP de homicídios, por sexo e idade, nos municípios do Paraná, Brasil, 1998-2012

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