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Relatório Final de Estágio, apresentado à Escola Superior de Tecnologia e de Gestão Instituto Politécnico de Bragança para obtenção do grau de Mestre em Tecnologia Biomédica Bragança, 28 de junho de 2013

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(1)

Manutenções Preventivas no Centro Hospitalar do Tâmega e

Sousa

Marina Filipa Alves Teixeira

Relatório Final de Estágio, apresentado à

Escola Superior de Tecnologia e de Gestão

Instituto Politécnico de Bragança

para obtenção do grau de Mestre em

Tecnologia Biomédica

(2)
(3)

Manutenções Preventivas no Centro Hospitalar do Tâmega e

Sousa

Marina Filipa Alves Teixeira

Relatório Final de Estágio, apresentado à

Escola Superior de Tecnologia e de Gestão

Instituto Politécnico de Bragança

para obtenção do grau de Mestre em

Tecnologia Biomédica

Orientadores

Professora Carla Sofia Fernandes

Eng. Carlos Patrício

“Este Relatório Final de Estágio

não inclui as críticas e sugestões feitas

pelo Júri”

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Talvez não tenha conseguido fazer o

melhor, mas lutei para que o melhor

fosse feito. Não sou o que deveria

ser, mas graças a Deus, não sou o

que era antes.

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(7)

A

GRADECIMENTOS

Gostaria de prestar alguns agradecimentos àquelas pessoas que, de alguma forma, me ajudaram na realização deste trabalho.

Ao Senhor Engenheiro Carlos Patrício, o meu muito obrigado pela orientação no decurso do meu estágio, por todo o apoio prestado e por me ter demonstrado ser uma referência de profissionalismo, pela sua experiência e dedicação no seu trabalho.

Um agradecimento muito sincero aos excelentes técnicos da oficina de eletrónica (Bruno Ferreira, Óscar Moreira, José Moreira, José Nunes e Marco Teixeira) por me terem recebido e me terem aceite na equipa de trabalho. Pelos conhecimentos, pelas palavras amigas, por todo o apoio que me transmitiram e por me terem recebido da melhor forma possível. Todas as atitudes que tiveram comigo foram de alegria e de ânimo durante todo o estágio.

Aos excelentes profissionais que tive o prazer de conhecer no Serviço de Instalação de Equipamentos, por me terem recebido de braços abertos, sempre com o intuito de partilharem conhecimento e demonstrarem sempre atenção constante durante todo o período de estágio.

Um especial agradecimento à professora Doutora Carla Fernandes, pela orientação, pelas críticas, sugestões, pelo tempo despendido, pela amizade e pela humildade por ter aceitado a orientação do meu trabalho.

Gostaria de presentear o meu namorado com um reconhecimento especial de amizade por me ter acompanhado neste percurso de formação e por sempre me ter apoiado e incentivado nesta etapa da minha vida.

À minha família que me ajudaram a concretizar este meu sonho e por todas as coisas boas que me têm proporcionado ao longo da minha vida e a eles lhes dedico este meu trabalho.

(8)
(9)

R

ESUMO

O sucesso de todos os procedimentos envolventes nas manutenções preventivas depende de decisões, uma boa gestão prévia e organização de todos os órgãos envolventes, para que os equipamentos médicos maximizem o seu desempenho e prolonguem a sua vida útil a um custo compensador para a instituição hospitalar.

Dentro deste contexto, foram elaboradas listagens exaustivas aos equipamentos à medida que se executavam as manutenções preventivas, para que contribuíssem na atualização da base de dados do programa MAC e por outro lado, se pudesse efetuar uma estimativa do mês das próximas manutenções preventivas, de acordo com a periodicidade recomendada pelos manuais de serviço dos equipamentos médicos.

O presente trabalho escrito pretende, inicialmente, a descrição de alguns temas essenciais referentes ao estágio desenvolvido e, seguidamente, a apresentação do trabalho prático realizado. O estágio foi desenvolvido ao longo de 6 meses (desde 20 de novembro de 2012 até 24 de maio de 2013) no Serviço de Instalações de Equipamentos do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Todos os dados estatísticos apresentados são referentes a esse período de análise, sendo que são apresentadas algumas estimativas do comportamento esperado de algumas atividades relativas às manutenções preventivas, a fim de retirar algumas conclusões alusivas às manutenções preventivas para o próximo ano.

(10)

A

BSTRACT

The success of all of the preventive maintenance procedures depends on decisions, good management and organization prior to all surrounding organs, so that the medical equipment to maximize its performance and extend its life to a cost-effective for the hospital.

Within this context it was developed comprehensive listings of equipment as they performed preventive maintenance, to contribute in updating the database of the MAC program and secondly, if you could make an estimate of the next month preventive maintenance, according at the intervals recommended by the service manuals of medical equipment.

This work intends initially to describe some key issues related to the developed internship and then the presentation of practical work. The internship was developed over 6 months (from November 20, 2012 to May 24, 2013) in the Service Installations of Equipment to the Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

All statistics shown are for the period of analysis, and presents some estimatives of the expected behavior of some activities related to preventive maintenance in order to draw some conclusions alluding to preventive maintenance for next year.

(11)

Í

NDICE

ÍNDICE DE FIGURAS ... XIII

ÍNDICE DE TABELAS ... XV

LISTA DE ABREVIATURAS ...XVI

INTRODUÇÃO ... 1

1.1ENQUADRAMENTO E OBJETIVOS ... 2

1.2ESTRUTURA DO TRABALHO ... 3

CENTRO HOSPITALAR DO TÂMEGA E SOUSA ... 5

2.1UNIDADE HOSPITALAR PADRE AMÉRICO ... 8

2.2NOVA UNIDADE HOSPITALAR DE AMARANTE ... 10

2.3SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ... 11

MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS HOSPITALARES ... 14

3.1MANUTENÇÃO PREVENTIVA DOS EQUIPAMENTOS HOSPITALARES ... 15

3.1.1MANUTENÇÃO PREVENTIVA SISTEMÁTICA ... 17

3.1.2MANUTENÇÃO PREVENTIVA CONDICIONADA ... 17

3.2MANUTENÇÃO CORRETIVA DOS EQUIPAMENTOS HOSPITALARES ... 18

3.3ORDEM DE TRABALHO ... 19

3.4GESTÃO DOS EQUIPAMENTOS HOSPITALARES ... 21

SOFTWARES INFORMÁTICOS QUE APOIAM O SERVIÇO DE INSTALAÇÕES DE EQUIPAMENTOS ... 24

4.1MANUTENÇÃO ASSISTIDA POR COMPUTADOR (MAC) ... 25

4.2FLUKE BIOMEDICAL ANSUR: VERSÃO 2.9.4 ... 26

4.3HYDROGRAPH: VERSÃO 2.0.5 ... 27

(12)

5.1ANALISADOR DE SEGURANÇA ELÉTRICA:DALE601EFLUKE ... 30

5.2ANALISADOR DE SISTEMAS DE INFUSÃO:IDA4PLUS FLUKE ... 31

5.3SIMULADOR FETAL:PS320FLUKE ... 32

5.4MEDIDOR DE TEMPERATURA:177-T4LOGGERTESTO ... 33

5.5ANALISADOR DE IMPULSOS:IMPULSE 7000DPFLUKE ... 34

5.6SIMULADOR DE SATURAÇÃO DE OXIGÉNIO NO SANGUE:INDEX 2FLUKE ... 35

5.7ANALISADOR DE PRESSÃO NÃO-INVASIVA:CUFFLINK FLUKE ... 36

5.8SIMULADOR MULTIPARÂMETROS:MPS450FLUKE ... 37

CICLO DE VIDA DE UM EQUIPAMENTO HOSPITALAR ... 39

TRABALHO PRÁTICO ... 41

7.1 Manutenções Preventivas ao Encargo do Serviço de Instalação de Equipamentos ... 42

As templates ... 44

7.1.1 Monitores de Sinais Vitais ... 45

7.1.2 Aspirador de Secreções ... 50

7.1.3 Sistemas de Infusão ... 51

7.1.4 Desfibrilhador ... 57

7.1.5 Eletrocardiógrafos ... 62

7.1.6 Ventilador ... 64

7.1.7 Elevador de Doentes ... 66

7.1.8 Cardiotocógrafos ... 67

7.1.9 Frigoríficos ... 70

7.2 Plano de Manutenções Preventivas, dos Equipamentos Hospitalares sob o Encargo do SIE, para o ano de 2014 ... 71

CONCLUSÃO ... 89

(13)

Í

NDICE DE

F

IGURAS

FIGURA 1: ORGANOGRAMA DO CHTS [4]. ... 5

FIGURA 2:NOVA UNIDADE HOSPITALAR DE AMARANTE (NUHA)[10]. ... 10

FIGURA 3:UNIDADE HOSPITALAR PADRE AMÉRICO [5]. ... 8

FIGURA 4:ORGANOGRAMA DA UNIDADE HOSPITALAR PADRE AMÉRICO [5]. ... 9

FIGURA 5: ORGANOGRAMA DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS [5]. ... 12

FIGURA 6: ORGANOGRAMA ESTRUTURAL DAS MANUTENÇÕES HOSPITALARES. ... 15

FIGURA 7: JANELA DO MAC, CUJA FINALIDADE É A ABERTURA DE UMA OT... 20

FIGURA 8: JANELA DO MAC, CUJA FINALIDADE É O FECHO DE UMA OT. ... 21

FIGURA 9: ETIQUETA COM NÚMERO DE INVENTÁRIO DE UM EQUIPAMENTO HOSPITALAR UTILIZADA NO CHTS. ... 22

FIGURA 10:ETIQUETA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE UM EQUIPAMENTO UTILIZADA EM CHTS. ... 23

FIGURA 11:ANALISADOR DE SEGURANÇA ELÉTRICA:DALE601E... 31

FIGURA 12: ANALISADOR DE SISTEMAS DE INFUSÃO: IDA 4 PLUS. ... 32

FIGURA 13: SIMULADOR FETAL: PS320. ... 33

FIGURA 14: MEDIDOR DE TEMPERATURA: 177-T4 LOGGER. ... 34

FIGURA 15: ANALISADOR DE IMPULSOS: IMPULSE 7000DP. ... 35

FIGURA 16: SIMULADOR DE SPO2: INDEX 2. ... 36

FIGURA 17:ANALISADOR DE PNI:CUFFLINK. ... 37

FIGURA 18:SIMULADOR MULTIPARÂMETROS:MPS450. ... 38

FIGURA 19:CICLO DE VIDA DE UM EQUIPAMENTO [23]. ... 40

FIGURA 20: COMPLEXO QRS DE UMA ONDA CARATERISTICA DE UM ELETROCARDIOGRAMA [40]. ... 46

FIGURA 21: MONITORES DE SINAIS VITAIS EXISTENTES NO CHTS. ... 47

FIGURA 22: ASPIRADORES DE SECREÇÕES PRESENTES NO CHTS, EPE. ... 50

FIGURA 23: BOMBA DE INFUSÃO PERISTÁLTICA LINEAR. ... 52

FIGURA 24: BOMBA DE INFUSÃO AUTOMÁTICA DE SERINGA. ... 52

FIGURA 25: DESFIBRILHADOR. ... 58

FIGURA 26:ELETROCARDIÓGRAFO EXISTENTE NO CHTS. ... 63

(14)
(15)

Í

NDICE DE

T

ABELAS

TABELA 1: ATIVIDADE HOSPITALAR PARA O ANO DE 2011 E 2012 [4]. ... 6

TABELA 2:EQUIPAMENTOS DO CHTS, AO QUAL O SIE EFETUA A MANUTENÇÃO PREVENTIVA. ... 42

TABELA 3:TOTALIDADE DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS EFETUADAS, AOS EQUIPAMENTOS HOSPITALARES SOB A RESPONSABILIDADE DO SIE. ... 43

TABELA 4: LISTAGEM DA QUANTIDADE DE EQUIPAMENTOS AO ENCARGO DO SIE. ... 44

TABELA 5: APRESENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DA UNIDADE HOSPITALAR PADRE AMÉRICO. ... 72

(16)

L

ISTA DE

A

BREVIATURAS

ACSS: Administração Central do Sistema de Saúde CHTS: Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa EPE: Entidade Pública Empresarial

ISQ: Instituto da Soldadura e Qualidade MAC: Manutenção Assistida por Computador

MCDT: Meios Complementares de Diagnóstico Terapêutico OT: Ordens de Trabalho

PNI: Pressão Não-Invasiva

SpO2: Saturação de Oxigénio no Sangue UHPA: Unidade Hospitalar Padre Américo NUHA: Nova Unidade Hospitalar de Amarante US: Ultrassons

SIE: Serviço de Instalações de Equipamentos SNS: Serviço Nacional de Saúde

(17)

I

NTRODUÇÃO

De acordo com Gomes (2001), “Aliar equipamentos modernos de medicina às técnicas de engenharia demonstram como a interdisciplinaridade das áreas de pesquisa

podem oferecer uma melhoria contínua dos serviços oferecidos aos pacientes, muito à

conta da Engenharia Clínica, que é o elo entre equipamento, corpo clínico e paciente” [1].

De facto, não basta ter bons médicos e bons profissionais de saúde, é necessário que exista o elo de ligação entre eles e a utilização de recursos tecnológicos. A tecnologia biomédica pode, contudo, batalhar com o sistema financeiro dos sistemas de saúde. Apesar disso, é um fator preponderante nos cuidados de saúde prestados e, por conseguinte, deve ser controlado para que se usufrua dos seus benefícios.

A evolução tecnológica e a diversidade de equipamentos são os principais responsáveis pela necessidade de planeamento da manutenção dos equipamentos, contando, para isso, com o apoio informático disponibilizado pelo próprio hospital e, consequentemente, conduzindo a unidade de saúde para uma melhoria da qualidade dos cuidados prestados.

As características que mais distinguem a qualidade dos equipamentos relacionam-se com a sua tecnologia, fiabilidade e relacionam-segurança e, também, com as condições e prazos de garantia, manuais e custos de manutenção [2].

Durante a vida do equipamento este vai comportando gastos. Estes gastos, juntamente, com os custos de aquisição, das intervenções de manutenção preventiva e corretiva tornam-se, no final, em elementos preponderantes da determinação do término da vida dos equipamentos [2].

(18)

1.1 Enquadramento e Objetivos

O interesse pela gestão de ferramentas médicas surgiu em meados dos anos 60 nos Estados Unidos da América, graças aos avanços notados dos equipamentos nos centros de pesquisa avançada. Desde então, o rápido desenvolvimento de equipamentos médicos obrigou à necessidade da criação de responsáveis qualificados. Em Portugal, o primeiro centro de pesquisa avançada surgiu nos anos 70 e, só apenas em 2000 é que se iniciou a qualificação de Engenheiros Biomédicos ou Clínicos [2].

A Engenharia Biomédica ou a Tecnologia Biomédica são áreas de grande interesse para a gestão organizacional dos equipamentos, em ambiente hospitalar e, assim sendo, este estágio permitiu adquirir conhecimentos respeitantes ao funcionamento do serviço de equipamentos e toda a conjuntura envolvente nas manutenções preventivas.

Neste enquadramento, efetuou-se um estágio integrado em ambiente profissional, no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), no SIE, no âmbito do programa de Mestrado em Tecnologia Biomédica – Ramo de Biomecânica e Reabilitação - da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança, com os seguintes objetivos, inicialmente preponderados no plano de estágio:

 Conhecimento da organização e funcionamento do SIE para a aquisição de competências de organização, coordenação e controlo de atividades na área profissional;

 Desenvolvimento de capacidades interpessoais e comunicacionais, bem como, do espírito de iniciativa e autonomia na resolução de problemas;

 Conhecimento de competências no âmbito da Segurança e Higiene no Trabalho;  Desenvolvimento de aptidões técnicas e análise das necessidades de manutenção dos equipamentos hospitalares;

 Definição e resolução dos procedimentos de manutenção preventiva;  Elaboração de um mapa de manutenções preventivas para o ano de 2014.

O estágio decorreu entre 20 de novembro de 2012 e 24 de maio de 2013. Para atingir os objetivos inicialmente descritos, o estágio foi subdividido em 6 meses (26 semanas), e subdividida em seis períodos:

(19)

 Período 3: Listagem e contabilização dos equipamentos ativos na Unidade Hospitalar Padre Américo (UHPA);

 Período 4: Elaboração de relatórios de apoio à manutenção preventiva dos equipamentos hospitalares existentes na UHPA;

 Período 5: Participação e colaboração nas manutenções preventivas aos equipamentos hospitalares existentes na UHPA;

 Período 6: Elaboração de um mapa de manutenções preventivas para o ano de 2014.

1.2 Estrutura do Trabalho

Este trabalho está dividido em 8 capítulos, nos quais estão apresentados todos os temas importantes para a compreensão do trabalho desenvolvido no CHTS.

Ao longo do Capítulo 2 é apresentado o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, bem como as suas instalações: a Unidade Hospitalar Padre Américo e a Nova Unidade Hospitalar de Amarante. Mais detalhadamente, expõem-se algumas informações relativas ao Serviço de Instalação de Equipamentos, local onde se desenvolveu o trabalho realizado.

No Capítulo 3 são explicados alguns termos técnicos e são efetuadas alusões à manutenção aos equipamentos hospitalares, bem como todo o processo burocrático envolvente.

No Capítulo 4 estão referenciados os softwares informáticos que auxiliam as

manutenções preventivas.

No Capítulo 5, os equipamentos de teste que se utilizam para realizar todas as análises e testes que recomendam o bom funcionamento dos equipamentos hospitalares.

(20)

O trabalho realizado ao longo dos 6 meses é exposto no Capítulo 7. Ao longo deste capítulo estão interligados todos os termos apresentados anteriormente e são referidos todos os equipamentos existente nesta instituição. Apresenta-se, ainda, um plano de manutenções desenvolvido, para todos os equipamentos, para o ano de 2014.

(21)

C

ENTRO

H

OSPITALAR DO

T

ÂMEGA E

S

OUSA

O CHTS é uma Entidade Pública Empresarial (EPE) criada pelo Decreto-Lei nº 326/2007 de 28 de setembro, com início de suas atividades a 1 de outubro de 2007, no qual se encontra definido o organograma da instituição (Figura 1) [3, 4].

Figura 1: Organograma do CHTS [4].

Como entidade prestadora de cuidados de saúde e integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o CHTS compromete-se às orientações do Plano Nacional de Saúde, na geração de um serviço público de promoção e defesa da saúde e qualidade de vida, sobre a tutória do Ministério da Saúde, com o definido na Lei de Bases da Saúde, no Estatuto do SNS e no Estatuto dos Hospitais EPE. Em termos de prestação de serviços públicos, as atividades do CHTS estão definidas pelo Contrato de Programa, celebrado

Órgãos Sociais

Conselho

Consultivo Administração Conselho de

Enfermeiro

Diretor Diretor Clínico Presidente

Serviços

Clínicos Apoio Clínico Serviços de

Serviços de apoio à Gestão

e Logística Outros apoios

Outros Vogais Técnicos e Apoios outros Órgãos

(22)

anualmente pelo CHTS, pela Administração Regional de Saúde do Norte e pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) [4].

Precedentemente ao CHTS existiu o Centro Hospital do Vale do Sousa, que era constituído pelo Hospital de Penafiel, em Penafiel e pelo Hospital de Paredes, um edifício pertencente à Santa Casa da Misericórdia desde 1966 [5]. De modo a comportar outras valências, surgiu o CHTS e, com ele, novas infraestruturas capazes da promoção de cuidados de saúde mais eficazes: o UHPA e mais tarde a Nova Unidade Hospitalar de Amarante (NUHA). O Centro Hospitalar Vale do Sousa foi extinto ficando as duas unidades hospitalares agregadas à Santa Casa de Misericórdia de Penafiel e de Paredes, respectivamente.

Por curiosidade estatística, na Tabela 1 encontram-se registados alguns índices estatísticos relativos ao ano de 2012 e 2011 e respetiva variação.

Tabela 1: Atividade hospitalar para o ano de 2011 e 2012 [4].

Consultas Externas (28

especialidades) Atividade Cirúrgica Programada (10 especialidades por

cirurgia convencional e 10 especialidades por

cirurgia ambulatório)

Meios Complementares de Diagnóstico Terapêuticos

(MCDTs) em doenças cardiovasculares (pacemaker e

cateterismo cardíaco)

Nº Total 2011 263291 14399 741

Nº Total 2012 273875 14660 545

Variação (%)

(2011-2012) 51 50,4 42,4

Total de tempo médio

de resposta

Prioridade normal

91,5 dias Prioridade nível 1

99,2 dias

Consulta realizada até 8 dias após pedido

Prioritário 68,7 dias Prioridade

nível 2 31,2 dias Muito

Prioritário

39,3 dias Prioridade nível 3

4,8 dias

Prioridade

nível 4 >24 h

O Relatório de Benchmarking1, divulgado pela ACSS, a 15 de maio de 2013 apresenta alguns indicadores de qualidade clínica e a comparação de desempenho dos hospitais portugueses (em regime EPE e Parcerias Público Privadas (PPP)) em contexto internacional, no qual o CHTS está incluído. Este relatório inicialmente efetua o

(23)

agrupamento das entidades hospitalares de acordo com a sua dimensão de acesso, qualidade, produtividade e económica. O CHTS está incluído no grupo C juntamente com mais 11 instituições, das quais se encontra o Hospital de Cascais, PPP. No que diz respeito a alguns índices indicados, o CHTS apresenta uma taxa de 86,1% de consultas realizadas em tempo adequado. Este dado é considerado divergente, para além de 10% em comparação com o melhor do seu grupo (apesar de ser a 2ª melhor taxa do grupo): Centro Hospitalar Cova da Beira com uma taxa de 98,4%. Em relação às cirurgias, no total de cirurgias programadas, o CHTS apresenta-se como a melhor instituição com melhor comportamento do grupo, com 99,4% de cirurgias em tempo adequado. Já em regime ambulatório é de 68,2%, sendo ultrapassada pelo Hospital de Cascais, PPP e considerada divergente em mais de 10% com o melhor do grupo [6].

O CHTS está organizado em duas unidades hospitalares: a UHPA e a NUHA. As áreas de influência direta desta instituição abrangem, portanto, os concelhos de Penafiel, Paredes, Felgueiras, Paços de Ferreira, Lousada, Castelo de Paiva, Amarante, Baião, Marco de Canaveses, Celorico de Basto, Cinfães, Resende e Mondim de Basto e assegura a prestação de cuidados, segundo o Instituto Nacional de Estatística, 2006, a cerca de 520000 habitantes [7, 8].

Para além das unidades hospitalares principais, o CHTS conta com o apoio, na prestação de cuidados de saúde, dos Agrupamentos de Centros de Saúde, das Unidades de Saúde Familiar, das estruturas hospitalares das Misericórdias existentes nos concelhos da região, da rede de apoio pré-hospitalar, em articulação com o Instituto Nacional de Emergência Médica e das Unidades Protocolares com a Rede Nacional de Cuidados de Saúde [4].

(24)

2.1 Unidade Hospitalar Padre Américo

A UHPA pertencente ao CHTS e está situada na Região do Vale do Sousa, mais precisamente em Guilhufe, Penafiel, e está ativo desde 27 de outubro de 2001. Anteriormente à UHPA existiam naquele espaço somente o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental (que funcionava só ao nível das Consultas Externas, sendo que o internamento estava ao serviço do Hospital Conde Ferreira, situado no Porto) [5].

Esta unidade ocupa uma área territorial com cerca de 54745 m2, onde estão situados o edifício principal e um pavilhão secundário onde se encontra o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental. O edifício principal é constituído por 11 pisos, dos quais existe acesso externo desde o rés-do-chão ao quarto piso. A UHPA possui ainda um heliporto situado a sul do edifício principal com acesso direto ao serviço de Urgência (Figura 2) [5].

Figura 2: Unidade Hospitalar Padre Américo [5].

Em relação à sua constituição, a UHPA possui, atualmente ativos [4]:

 435 camas de internamento, distribuídas por diversas valências médicas e cirúrgicas;

 Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental;  Serviço de Consulta Externa;

(25)

 Hospital de Dia, médico e cirúrgico;

 Unidade de Cirurgia de Ambulatório, com 4 salas;

 Bloco Operatório, com 7 salas para cirurgia programada e urgente;  Unidade de Cuidados Intensivos e Polivalentes, com 6 camas;  Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, com 4 camas;  Unidade de Cuidados Intensivos Coronários, com 4 camas;  Unidade de Partos, com 7 salas de parto;

 Diversas unidades laboratoriais e técnicas complementares de diagnóstico. De entre as unidades laboratoriais e técnicas, esta unidade contém serviços de apoio à prestação de cuidados, do qual se destaca a unidade de operações e logística que reúne um conjunto de ferramentas indispensáveis à gestão de instalação de equipamentos, responsável, mais propriamente, pelo SIE e onde foi desenvolvido o estágio ao qual se refere o presente relatório (Figura 3). O SIE é responsável, sobretudo, pela implementação de uma estratégia de manutenção e monitorização que assegure o funcionamento dos equipamentos com qualidade e ao menor custo concretizável para proporcionar uma prestação de cuidados equilibrada. Na secção seguinte irá ser abordado o trabalho mais concreto realizado pelo SIE.

Figura 3: Organograma da Unidade Hospitalar Padre Américo [5].

Órgãos Sociais

Conselho

Consultivo Administração Conselho de

Serviços de apoio à Gestão

(26)

2.2 Nova Unidade Hospitalar de Amarante

A NUHA pertencente ao CHTS está situada na freguesia de Telões, em Vila Garcia, junto à variante do Tâmega, em Amarante. Ocupa uma área de terreno com cerca de 76500 m2 e oferece os seus serviços de assistência hospitalar desde 21 de dezembro de 2012. Por ser bastante recente, este hospital foi idealizado de acordo com um modelo centrado no doente e, por isso, denominado por Hospital de Proximidade (Figura 4) [9].

Figura 4: Nova Unidade Hospitalar de Amarante (NUHA) [10].

Esta unidade hospitalar, existente desde o início do século XVI, vem sendo albergada por vários locais da cidade, sendo que a anterior se localizava, desde 19 de dezembro de 1961, no local onde outrora se instalava o antigo quartel de Artilharia da cidade de Amarante e designada por Unidade Hospitalar de São Gonçalo [10].

A NUHA tem três pisos onde estão localizados os serviços técnicos, administrativos e os serviços cujo principal objetivo consiste na assistência hospitalar ao doente. Em relação aos serviços que prestam, a NUHA pretende garantir [11]:

 Serviço de urgência 24 h/dia;

(27)

 Diminuição dos tempos de resposta e de espera;

 Conceito de “ato único”, para diminuir deslocações dos utentes ao hospital;  Introdução de novas especialidades médicas;

 Serviço de farmácia a funcionar 24 h/dia;  Disponibilidade de heliporto de apoio.

Em relação à sua constituição, a NUHA possui, atualmente ativos [4]:

 Serviço de Urgência básica, em articulação com o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico em Penafiel, a funcionar 24 h/dia;

 Consulta Externa;

 Serviço de Cirurgia Ambulatório, equipado com Bloco Ambulatório, composto por 3 salas;

 Serviço de internamento de Medicina Interna, com 60 camas, sendo que 30 destinadas aos doentes com patologias agudas;

 Hospital de Dia que presta cuidados ambulatórios;

 Unidade de Saúde Mental direcionada para a psiquiatria, pedopsiquiatria, e psicologia, juntamente com Hospital de Dia;

 Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (fisioterapia);

 MCDTs com centros de colheita, patologia clínica, imunohemoterapia e imagiologia.

2.3 Serviço de Instalação de Equipamentos

O CHTS disponibiliza a prestação do apoio técnico do SIE às UHPA e NUHA e é dirigido por um órgão habilitado, nomeado pelo Conselho de Administração.

(28)

Figura 5: Organograma do Serviço de Instalação de Equipamentos [5].

A oficina de eletrónica, local onde se desenvolveu o estágio, é responsável, essencialmente, por detetar e reparar as avarias ou deficiências de sistemas eletrónicos e elétricos, proceder à instalação de aparelhos e equipamentos. Para além disso, é de extrema importância o bom funcionamento desta oficina, já que assegura a manutenção dos bens técnicos dos profissionais de saúde e, consequentemente, contribui para a segurança e recuperação do doente.

Em suma, os principais objetivos do SIE são [4, 5, 12, 13]:

 Receção, monitorização, encerramento e arquivo de Ordens de Trabalho (OT)2;  Gestão de contratos de assistência técnica e autorização de despesas;

 Controlo de notas de encomenda e faturação de equipamentos hospitalares;  Inventariação de bens hospitalares do CHTS;

 Monitorização e controlo das condições ambientais, energéticas e sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado das centrais térmicas, gases medicinais e estações de tratamento de água do CHTS;

 Gestão e manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos hospitalares e contratos de assistência técnica, em parceria com o Serviço Telemático e Biomédico (STB);

2 Informação disponibilizada na Secção 3.5.

Diretor de Serviço Gabinete de Apoio Técnico Secretariado Administrativo Atendimento/ Receção Coordenador Técnico Armazém de manutenção Oficina de Construção Civil Oficina de

Pichelaria Serralharia Oficina de Oficina de Eletrónica

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 Garantir o fornecimento e armazenamento de materiais e fluidos, pelo armazém do serviço, para garantir o funcionamento das oficinas;

 Elaboração de cadernos de encargo, programas de concurso e programas funcionais, com especificações técnicas, para adquirir novos equipamentos, de acordo com os princípios mencionados pelo Regulamento para Aquisição de Bens, Serviços e Contratação de Empreitadas, aprovado pelo Conselho de Administração a 24 de outubro de 2011 [14, 15];

O SIE conta com o apoio técnico de uma entidade externa prestadora de serviços de manutenção por um determinado universo de equipamentos hospitalares: a STB, pertencente à multinacional TBS.

A TBS é uma empresa que presta serviços técnicos de Engenharia Clínica, desde informática médica, teleassistência e telemedicina. Está distribuída por vários países (Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Inglaterra, Itália, Holanda, Portugal, Sérvia, Espanha, Índia e Arábia Saudita) e segue com uma forte política de internacionalização [16].

(30)

M

ANUTENÇÃO DOS

E

QUIPAMENTOS

H

OSPITALARES

Num ambiente hospitalar, a prática de uma boa organização, a relação com os clientes e fornecedores, internos e externos, a motivação e a satisfação no trabalho decide, inevitavelmente, a forma como as pessoas trabalham.

Segundo a norma EN 13306:2001, versão portuguesa, a manutenção é definida como a “combinação de todas as ações técnicas, administrativas e de gestão, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a mantê-lo ou repô-lo num estado em que ele pode

desempenhar a função requerida” [17].

A manutenção dos equipamentos hospitalares consiste, portanto, na reparação e inspeção dos bens envolvidos e está diretamente relacionada com o funcionamento dos serviços técnicos da instituição: o SIE, o Serviço de Aprovisionamento e a Contabilidade.

Em relação aos serviços prestados, espera-se que a qualidade do funcionamento global dos técnicos esteja relacionada com as atividades praticadas. Assim sendo, uma manutenção correta influencia o desempenho dos equipamentos e, consequentemente, a qualidade de um diagnóstico e a melhoria do doente. Implicitamente, a manutenção dos equipamentos deve gerir as ações realizadas de acordo com um gasto global otimizado.

As manutenções aos equipamentos hospitalares comportadas pelo SIE devem certificar os seus gastos de modo a que não se verifiquem desgovernos associados à gestão do serviço. Cada vez que são efetuadas manutenções aos equipamentos devem ser contabilizados os seguintes parâmetros [18, 19, 20]:

 Todos os custos que advêm da mão-de-obra que efetua a manutenção, bem como outros custos de operação;

(31)

 A amortização do equipamento de manutenção;

 Paragem de produção, no caso de interrupção em tempo de laboração;

 Diminuição da “vida” do equipamento;

 Avaliação da deterioração do equipamento e que o pode levar ao abate prematuro;

 Custo de capital empregue em estudos, design, maquinaria, instalação e

componentes.

A manutenção dos equipamentos hospitalares pode ser efetuada por dois mecanismos distintos, a saber: manutenção preventiva, devidamente planeada pelo serviço, para garantir que os equipamentos estão devidamente calibrados e funcionais, e manutenção corretiva, despoletada pela avaria de um equipamento (Figura 6).

Figura 6: Organograma estrutural das manutenções hospitalares.

3.1 Manutenção Preventiva dos Equipamentos Hospitalares

A manutenção preventiva corresponde à manutenção efetuada à priori com vista a

prevenir avarias que possam vir a acontecer. Esta manutenção pretende verificar o estado geral do equipamento, como as condições do seu funcionamento, limpeza, calibração, entre outros testes. Para autenticar as valências dos equipamentos, os técnicos responsáveis possuem peças-alvo de manutenção, que servirão, caso necessário, para a substituição das danificadas, manuais de utilização dos equipamentos

(32)

hospitalares e de equipamentos de teste3, para autenticar algumas funcionalidades características, tais como a segurança elétrica dos equipamentos, a avaliação da pressão não invasiva, a avaliação da frequência respiratória, verificação da pressão de oclusão e deteção de bolus4.

Assim sendo, os principais objetivos da manutenção preventiva são [21, 18, 22, 20, 23]:

 Aumentar a fiabilidade e disponibilidade dos equipamentos, pela redução do número de avarias;

 Diminuição dos custos de manutenção corretiva, através da diminuição do número total de intervenções corretivas;

 Diminuição do número de intervenções corretivas em locais ou momentos inadequados, como no caso das intervenções cirúrgicas;

 Contribuir para melhor conservação e duração dos equipamentos;

 Disponibilizar maior segurança nos equipamentos e aumentar a qualidade das intervenções;

 Redução de custos nos equipamentos e processos.

Para que estes objetivos sejam inteiramente alcançados, o SIE disponibiliza um plano de manutenção preventiva que auxilia na gestão e organização das manutenções a efetuar, na altura recomendada. Este plano, no CHTS, está disponibilizado pela Manutenção Assistida por Computador (MAC)5 e é auxiliado pelo Coordenador Técnico do Serviço e posteriormente enviado para o Diretor do Serviço para avaliação e aprovação, consentindo as recomendações do fabricante, as boas práticas, as normas e legislação em vigor.

Em relação aos testes efetuados aquando das manutenções preventivas aos equipamentos hospitalares, estes dependem, inevitavelmente, do equipamento em questão. Na Secção 5 irão ser abordados os testes mais utilizados para a deteção de avarias.

A manutenção preventiva dos equipamentos hospitalares pode ser caracterizada da seguinte forma: manutenção preventiva sistemática, caso a manutenção se limite à

3 Informação disponibilizada na Secção 5.

4 Refere-se a um doseamento rápido de uma medicação, com objetivo de aumentar rapidamente a sua concentração no sangue para um nível eficaz, ou seja, é utilizada em situações de dor intensa do paciente e que justificam a necessidade de administração de doses rápidas do fármaco [51].

(33)

verificação de algumas especificidades do equipamento e manutenção preventiva condicionada, caso o equipamento necessite de alguma reparação corretiva, detetada aquando esta intervenção.

3.1.1 Manutenção Preventiva Sistemática

A manutenção preventiva sistemática é a manutenção efetuada de acordo com um planeamento prévio para autenticar e certificar o funcionamento de um determinado equipamento. Este tipo de intervenções é efetuado de acordo com uma dada frequência, dependendo das recomendações do fabricante do equipamento ou então do número de horas de trabalho que o equipamento exerça [15, 22].

As principais vantagens associadas a este tipo de intervenção estão centralizadas com a diminuição de gastos em reparações, gestão financeira simplificada e a programação de operações de paragem de acordo com a produção. Por outro lado, este tipo de manutenções leva ao aumento de custo de cada operação devido à mão-de-obra necessária, à frequência de intervenções e aos riscos associados às paragens sistemáticas [15, 22].

3.1.2 Manutenção Preventiva Condicionada

A manutenção preventiva condicionada diz respeito às manutenções preventivas que revelam alguma anomalia num equipamento e que, consequentemente, implica uma reparação do mesmo por parte de um técnico. A deteção desta anomalia poderá prevenir erros no diagnóstico de doentes e avarias cujas reparações são demasiado dispendiosas [15, 22, 21].

(34)

As vantagens associadas a este tipo de manutenção estão relacionadas com o tempo de vida do equipamento, o aumento da sua produtividade, a redução de custos em manutenções corretivas, a redução de peças de substituição em stock e a redução de

avarias imprevisíveis [18, 23].

3.2 Manutenção Corretiva dos Equipamentos Hospitalares

As manutenções corretivas correspondem a reparações não programadas aos equipamentos hospitalares que ocorreram devido a alguma anomalia e que impedem o bom funcionamento do equipamento. Este tipo de manutenções pressupõe a paragem do equipamento e a reparação dele por parte de um técnico especializado. Consequentemente, o equipamento deverá ser alvo de análise detalhada do estado geral em funcionamento, incluindo os pontos mais críticos e as avarias em causa [18, 22, 23, 21].

No CHTS os pedidos de manutenção corretiva que chegam ao SIE são acompanhados pelo próprio equipamento e pela respetiva OT que relata a avaria que o equipamento demonstrou, enquanto em funcionamento.

Este tipo de manutenções pressupõe que a sua reparação seja o mais breve possível para que a sua reposição, não planeada, no serviço não afete a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos doentes. Para isso é que se justifica a necessidade otimizada de materiais de reserva em armazém [21, 23, 24].

Naturalmente, este tipo de reparações não apresenta não são planeadas e que podem gerar custos elevados.

As manutenções corretivas aos equipamentos hospitalares, no CHTS, são executadas do seguinte modo:

1º. O serviço utilizador notifica o SIE da necessidade de manutenção ao equipamento;

2º. O responsável desse serviço abre uma OT;

3º. O SIE define o responsável técnico para a execução da reparação do equipamento;

(35)

a. Se o equipamento está coberto pela garantia, este é enviado para o seu fabricante e/ou fabricante;

b. Se o equipamento tem contrato de manutenção por uma empresa externa, este é enviado para a empresa prestadora;

c. Se equipamento não verifica nenhuma das situações anteriores, é enviado ao SIE para reparação;

6º. Técnico inicia a reparação do equipamento; 7º. Caso:

a. Se a reparação é possível e os custos otimizados, então o equipamento é reparado. Caso o equipamento verifique elevados gastos de manutenção (próximos do custo de um novo equipamento), o técnico de serviço comunica o abate do equipamento;

b. Se o equipamento necessita de substituição de peças, o técnico abre um pedido de aquisição de material de reserva em armazém, podendo este estar dependente de um tempo de espera, caso a peça não se encontre em stock;

8º. Técnico executa reparação do equipamento;

9º. Técnico procede a uma avaliação geral do equipamento, para garantir que equipamento se encontra em bom estado de funcionamento;

10º. Técnico procede à entrega do equipamento reparado no serviço, junto com um parecer de manutenção e prova de entrega;

11º. Técnico executa o fecho da OT, registando a sua mão-de-obra e os materiais e peças utilizadas e, no final, é devidamente arquivada no historial do equipamento.

3.3 Ordem de Trabalho

Quando um equipamento, de forma inesperada, fica inoperacional, o responsável do serviço utilizador abre uma OT, através do software MAC e dirigido ao SIE para

(36)

de inventário, breve discrição da anomalia e a identificação da pessoa que emitiu o pedido de manutenção (Anexo A: OT).

Figura 7: Janela do MAC, cuja finalidade é a abertura de uma OT.

Assim, as OTs constituem um elemento central para qualquer processo de manutenção e, de outro modo, dar uma resposta profissional, organizada e preparada a uma necessidade anormal, possibilitando uma transmissão de informações importantes sobre a execução da reparação.

(37)

Figura 8: Janela do MAC, cuja finalidade é o fecho de uma OT.

3.4 Gestão dos Equipamentos Hospitalares

Uma boa gestão da manutenção dos equipamentos é crucial para que não hajam, não só, gastos desnecessários, como também um aumento da disponibilidade dos equipamentos em funcionamento.

Os principais fatores que influenciam a gestão e as estratégias da manutenção de equipamentos resultam do planeamento da produção a curto e a longo prazo, tendo em conta as instalações e recursos humanos dos serviços técnicos, a capacidade interna de materiais em armazém e a subcontratação de serviços externos [25].

Uma prática otimizada dos custos de manutenção permite transparecer uma boa eficiência do trabalho desenvolvido pelas entidades técnicas, bem como rentabilizar os ganhos, permitindo:

 Investir ou substituir equipamentos antigos;

(38)

Assim sendo, controlar o desempenho das manutenções efetuadas diariamente permitirá compreender as dificuldades encontradas e gerir melhor a falta de peças, a falta do pessoal especializado, entre outros [25]. Por outro lado, as manutenções dentro de um ambiente hospitalar, sobretudo, têm de apresentar resultados que compreendam, não só a eficiência, mas também a eficácia, ou seja, é necessário que para além da reparação do equipamento, este se mantenha útil pelo maior período de tempo possível. É fundamental, portanto, que a gestão da manutenção esteja centralizada para maximizar a produção e minimizar os gastos com as reparações dos equipamentos [24].

Desde a aquisição até ao abate do equipamento, o SIE é o principal responsável pelo seu bom funcionamento. Numa fase inicial de aquisição, o SIE, juntamente, com o serviço utilizador e o Serviço de Aprovisionamento deve elaborar os cadernos de encargo, de modo a garantir que o equipamento em questão cumpre os pré-requisitos inicialmente propostos. Posteriormente, o equipamento é instalado na instituição e todas as avarias existentes devem ser reportadas ao SIE e verificadas pelos seus profissionais. No CHTS, é fixado no equipamento um número de inventário (é um registo codificado de dados no qual identifica o património do CHTS) para que possa ser inserido, legalmente, nos softwares que auxiliam o serviço na gestão das manutenções (Figura 9)

– o MAC [26].

Figura 9: Etiqueta com número de inventário de um equipamento hospitalar utilizada no CHTS.

(39)

manutenções já foram efetivadas e, consequentemente, aquelas cuja manutenção está em falta (Figura 10) [26].

(40)

S

OFTWARES

I

NFORMÁTICOS QUE

A

POIAM O

S

ERVIÇO DE

I

NSTALAÇÕES DE

E

QUIPAMENTOS

O SIE conta com o apoio de 4 softwares informáticos para as manutenções

preventivas aos equipamentos de eletromedicina: o programa MAC, Fluke Biomedical Ansur, HydroGraph e Testo Comfort.

A existência de sistemas computorizados nos serviços técnicos do CHTS contribui, essencialmente, para a organização e gestão de todos os processos referentes às manutenções. As principais atividades dirigidas por estes permitem identificar as tarefas e procedimentos executadas, os recursos necessários, o tempo gasto, o custo envolvido, os materiais aplicados, os registos históricos, a assistência técnica e outros dependendo do sistema utilizado.

Segundo Renaud Cuignet (2006) e Roni Vinhas (2007) as finalidades de um serviço informático devem contribuir para [21, 24]:

 Organização e padronização das atividades ligadas aos serviços de manutenção, desde a solicitação de serviços (abertura das OTs), programação dos serviços e disponibilização de informações relacionadas com essas atividades;

 Gestão administrativa dos custos de manutenção, do próprio equipamento, da

sua performance e das características técnicas;

 Programação de planos preventivos, automaticamente, dirigidos às capacidades técnicas de cada técnico responsável;

 Controlo do estado dos equipamentos, quer estejam em fase de reparação ou a aguardar material de suporte;

(41)

Assim sendo, um controlo informático é indispensável para um bom funcionamento de uma instituição hospitalar. As principais vantagens associadas à implementação dos sistemas informáticos no SIE referem-se, sobretudo, na disciplina das atividades praticadas. Mais detalhadamente reportam [15]:

 Maior produtividade das manutenções, já que proporciona melhor utilização dos recursos de manutenção;

 Redução dos custos de manutenção, através do conhecimento rigoroso dos parâmetros de custos envolventes e a tomada de decisões em tempo oportuno;

 Redução dos tempos de imobilização, graças ao planeamento das manutenções preventivas;

 Aumento do ciclo de vida dos equipamentos, como consequência das manutenções planeadas atempadamente;

 Redução dos tempos de espera, como resultado de uma melhor organização e gestão dos recursos.

4.1 Manutenção Assistida por Computador (MAC)

O programa de Manutenção Assistida por Computador é um software informático

desenvolvido pela Tecnologia de Gestão de Imóveis para auxiliar determinada empresa na gestão das intervenções de manutenção e na instalação de equipamentos. Esta ferramenta possibilita a tomada de decisões sustentada nas informações técnicas, nos procedimentos de trabalho e de segurança, nas referências históricas e nas análises estatísticas de custo, tempo, avarias, entre outros [27]. Está ativo no SIE desde fevereiro de 2012, em substituição de um anterior, que estava ultrapassado.

As principais funcionalidades deste software permitem a realização das seguintes

tarefas (no Anexo B podem visualizar-se algumas janelas disponíveis no MAC):  Gestão de armazém e stocks;

 OTs;

(42)

 Controlo de mão-de-obra;

 Fichas técnicas dos equipamentos;

 Acesso multiposto e remoto à informação;  Gestão e controlo de outsourcing6;

 Relatórios de gestão.

4.2 Fluke Biomedical Ansur: versão 2.9.4

O Fluke Biomedical Ansur é utilizado, principalmente, para a racionalização e inspeção de equipamentos médicos, aquando as manutenções planeadas, proporcionando o aumento da qualidade e produtividade no processo dos testes que este efetua [28].

Em relação ao seu manuseamento, este software apoia a realização de testes pelos

equipamentos: Analisador de Impulsos - Fluke Impulse 7000 DP, Analisador de Sistemas de Infusão - IDA 4Plus Fluke, Simulador Multiparâmetros - MPS 450 Fluke e Analisador da Saturação de Oxigénio no Sangue (SpO2) - Index 2 Fluke.

Para além da realização dos testes, esta ferramenta permite a construção de relatórios elucidativos do estado geral dos equipamentos: as templates. Estas templates

registam o estado geral e funcional dos equipamentos, através da autenticação de certos parâmetros. Os mais testados advertem de: inspeções ao aspeto visual do equipamento (que consiste na verificação da integridade física e limpeza do equipamento) e parâmetros funcionais (onde são verificados os testes de desempenho e segurança, leitura e verificação de indicadores, displays e alarmes). Para além disso, é também

indicado o registo de mão-de-obra e do equipamento, data da manutenção, localização do equipamento e indicação dos equipamentos de testes utilizados (Anexo C).

(43)

4.3 HydroGraph: versão 2.0.5

O software HydroGraph foi desenvolvido para acompanhar e reproduzir a leitura

efetuada pelo Analisador de Sistemas de Infusão. Este software possui a capacidade de

reter informação de 4 leituras de sistemas de infusão distintos e em simultâneo.

Esta ferramenta está diretamente conectada ao equipamento de teste e as principais vantagens associadas ao seu uso são [29]:

 Realização de testes precisos e eficientes;

 Reprodução de testes visualmente guiados e com limites previamente determinados;

 Redução do erro humano;

 Registo de informação, reprodução e impressão de relatórios analíticos e ilustrativos da eficiência dos sistemas de infusão;

 Apresentação de resultados em 3 unidades metrológicas distintas;

 Armazenamento de informação referente aos equipamentos hospitalares em análise (número de série, número de inventário e localização), técnico responsável, data, identificação do teste em análise (teste de fluxo,oclusão ou bolus) e parâmetros

introduzidos no teste, como velocidade de infusão, volume total de infusão, volume

de bolus, limites atribuídos à leitura e tempo de leitura/ infusão.

Em anexo (Anexo D) são ilustradas algumas janelas que este software

disponibiliza.

4.4 Testo Comfort

O Testo Comfort é um software que apoia o equipamento de teste Medidor de

(44)

Em relação à reprodução de um gráfico, existe a possibilidade de este conter a leitura de um máximo de 4 termopares7 em simultâneo, o que permite análises comparativas de diferentes locais de um equipamento. Para além disso, esta ferramenta possibilita a gestão e manipulação de análises efetuadas anteriormente para preparar o medidor para novas leituras.

No Anexo E apresentam-se algumas figuras respetivas ao ambiente de trabalho deste software de análise (Anexo E).

(45)

E

QUIPAMENTOS DE

T

ESTE

Numa instituição hospitalar, o bom funcionamento dos equipamentos hospitalares é imprescindível para o bom desempenho dos cuidados de saúde.

Quando o serviço de manutenção é ativado num hospital, os equipamentos de teste assumem uma elevada responsabilidade, quer na autenticação de determinados parâmetros, quer na avaliação e análise de testes de eficiência.

Em CHTS a oficina de eletrónica efetua manutenção preventiva para aumentar a esperança média de vida dos equipamentos hospitalares, a redução dos custos de reparações, o aumento da segurança e desempenho e a limitação de recursos materiais, humanos e financeiros.

Os equipamentos de teste que se seguem estão presentes no CHTS e na Secção 5.1 irão ser apresentados mais detalhadamente:

 Analisador de Segurança Elétrica: avalia os sistemas elétricos dos equipamentos;  Analisador de Sistemas de Infusão: destinado a efetuar análises aos sistemas de infusão;

 Simulador Fetal: para averiguar o bom funcionamento dos cardiotocógrafos;  Medidor de Temperatura: destinado a medir temperatura dos frigoríficos e estufas;

 Analisador de Impulsos: para autenticar algumas funcionalidades dos desfibrilhadores e pacemakers;

 Simulador de SpO2: simula variadíssimas situações a fim de testar os sensores de oximetria;

(46)

 Simulador Multiparâmetros: destinado à simulação de variados comportamentos fisiológicos.

Anualmente, estes equipamentos de teste são sujeitos a calibrações, efetuadas pelo seu próprio fabricante (no caso dos equipamentos do CHTS, estas calibrações são efetuadas nos laboratórios de calibração do grupo Fluke Biomedical residente em Portugal). A necessidade destas calibrações são fundamentais pois são estas que garantem o bom funcionamento dos equipamentos médicos e, consequentemente, melhores diagnósticos. Deste modo e para que a produção não seja interrompida, são programados atempadamente períodos alternados para estas calibrações, já que o seu espaço de tempo destinado para a análise pode durar até 2 a 3 semanas, para cada equipamento de teste.

Recentemente foram adquiridos pela instituição mais 4 equipamentos de teste destinados à análise do fluxo de gases, análise de bisturis elétricos, análise de incubadoras e à medição de radiação ionizante. Estes equipamentos não serão descritos no presente relatório pois as manutenções preventivas efetuadas não contaram com estes equipamentos. Contudo, estes equipamentos de testes pretendem apoiar a análise e autenticação de funções aos ventiladores pulmonares, bisturis elétricos, incubadoras e a aparelhos de fototerapia, respetivamente.

5.1 Analisador de Segurança Elétrica: DALE601E Fluke

O Analisador de Segurança Elétrica é um equipamento que pretende efetuar testes de medição aos componentes elétricos dos equipamentos hospitalares. Este analisador considera as seguintes medições: resistência à terra, corrente de fuga para a terra, corrente de fuga do invólucro8, corrente de fuga para o paciente9 e corrente auxiliar do

8 É a corrente que flui dos circuitos principais do equipamento, através de uma ligação externa para a terra [31].

(47)

paciente10 [30]. As medições efetuadas aos equipamentos hospitalares são a resistência à terra e a corrente de fuga para a terra.

A resistência à terra é a resistência do condutor de terra para o terminal de recetáculo, no qual o equipamento está conectado. Depende, portanto, do comprimento do cabo de alimentação, do ponto de junção dos fios das duas extremidades e da resistência do chassi do ponto de terra até ao ponto de medição [31]. Nos equipamentos hospitalares, segundo a norma IEC 62353:2007, o valor máximo admitido para a resistência à terra é de 100Ω [32].

Por outro lado, a corrente de fuga para a terra corresponde ao fluxo de corrente anormal ou indesejada no circuito elétrico devido a uma fuga, geralmente causada por um curto-circuito ou a um caminho anormal de baixa impedância [31]. Em relação aos equipamentos hospitalares, o valor admitido para este fluxo de corrente deverá ser inferior a 20 µA [31].

Na Figura 11 pode visualizar-se o Analisador de Segurança Elétrica: DALE601 Fluke, existente no CHTS, EPE.

Figura 11: Analisador de Segurança Elétrica: DALE601E.

5.2 Analisador de Sistemas de Infusão: IDA 4 Plus Fluke

O Analisador de Sistemas de Infusão é utilizado para efetuar análises a 4 sistemas de infusão simultaneamente e funciona juntamente com o software: HydroGraph,

aquando a análise de resultados obtidos e na obtenção de relatórios conclusivos.

(48)

Este equipamento permite efetuar os seguintes procedimentos [29]:  Verificação de testes de fluxo;

 Estágios de pressão de oclusão até 45 psi;

 Testes de analgesia controlada pelo paciente: incluindo testes de bolus, tempos

de bloqueios pré-programados e acionamento externo automatizado;  Obtenção de gráficos de fluxo diretamente no analisador;

 Possibilidade de guardar numa memória interna resultados obtidos pelos equipamentos hospitalares.

Na Figura 12 pode visualizar-se o Analisador de Sistemas de Infusão: IDA 4 Plus, existente no CHTS.

Figura 12: Analisador de Sistemas de Infusão: IDA 4 Plus.

5.3 Simulador Fetal: PS320 Fluke

(49)

de respostas fetais normais e anormais, quer na atividade anormal da atividade uterina [33].Portanto, este equipamento de teste permite efetuar:

 Simulação por ultrassons (US) dos batimentos cardíacos de um feto, por um coração mecânico;

 Simulação do transdutor TOCO11;  Simulação do transdutor US12;

 Simulação do eletrocardiograma materno (60-160 BPM) e fetal (30-240 BPM);  Registo da atividade uterina.

Na Figura 13 pode visualizar-se o Simulador Fetal: PS320 Fluke, existente no CHTS.

Figura 13: Simulador Fetal: PS320.

5.4 Medidor de Temperatura: 177-T4

Logger

Testo

O Medidor de Temperatura é um equipamento de teste utilizado pelo SIE para a medição de temperatura, em função do tempo, dos frigoríficos. Este equipamento possui

11 Este transdutor é responsável pela captação de variações mecânicas oriundas da atividade uterina e enviá-las para uma tela do monitor, para, posteriormente efetuar a análise das informações [54].

(50)

4 canais para a conexão de 4 termopares e permite efetuar uma medição entre os -40 a 70ºC, ao longo de 24 h ou 48000 leituras [34].

O registo de temperatura dos frigoríficos é guardado na memória do equipamento de teste e, posteriormente, transferido para o software de apoio: o Testo Comfort. A

transferência da informação para o software permite a geração de um gráfico (contendo

o registos dos termopares utilizados), em função do tempo de registo, para posteriores análises.

Na Figura 14 pode visualizar-se o Medidor de Temperatura: 177-T4 Logger Testo,

existente no CHTS.

Figura 14: Medidor de Temperatura: 177-T4 Logger.

5.5 Analisador de Impulsos: Impulse 7000DP Fluke

O Analisador de Impulsos é um equipamento de teste destinado a efetuar testes de manutenção preventiva aos desfibrilhadores e pacemakers. Para além disso, permite,

ainda, simular sinais de eletrocardiograma.

Este equipamento garante um funcionamento manual ou remoto pelo software

Ansur, através da execução de testes pré-programados – as templates. Este software,

para além da padronização de testes, permite a captura de formas de onda e resultados dos testes, bem como imprimir e documentar os resultados.

(51)

 Testes a pacemakers, através dos diversos testes e extensas gamas de cargas

disponibilizadas;

 Testes de desempenho do desfibrilhador, a partir da gama de cargas existentes: 25 a 200Ω e 0.1 a 600J;

 Simulações de eletrocardiograma, pelas 10 saídas independentes que fornecem 12 combinações de condutores de sinais clínicos padronizados.

Na Figura 15 pode visualizar-se o Analisador de Impulsos: Impulse 7000DP Fluke, existente no CHTS.

Figura 15: Analisador de Impulsos: Impulse 7000DP.

5.6 Simulador de Saturação de Oxigénio no Sangue: Index 2 Fluke

O simulador de SPO2 é um equipamento de teste que permite efetuar testes de manutenção preventiva a sensores de SpO2, provenientes nos monitores de sinais vitais

ou oxímetros, e medir a frequência cardíaca. Este simulador possui um “dedo” artificial

no qual é conectado o sensor e, posteriormente, é efetuada a análise.

(52)

Este equipamento possui a capacidade de ser manipulado remota ou manualmente, funcionando juntamente com o software Ansur, através de templates

pré-programadas.

Na Figura 16 pode visualizar-se o Simulador de SpO2: Index 2 Fluke, existente no CHTS.

Figura 16: Simulador de SpO2: Index 2.

5.7 Analisador de Pressão Não-Invasiva: Cufflink Fluke

O Analisador de PNI é um equipamento responsável pelas manutenções preventivas de alguns equipamentos hospitalares que permitem efetuar leituras de PNI, como são o caso dos monitores de sinais vitais. O Cufflink é bastante complexo pois permite efetuar simulações de pacientes normais, hipertensos ou hipotensos, quer se tratem de adultos, infantis ou neonatais, com o auxílio do simulador de braço.

Portanto, este equipamento de teste possui as seguintes características [37]:  Simulação oscilométrica de PNI;

 Diversas sequências de autoteste automatizadas;

 Simulações generalizadas de ritmo normal, bradicardia e taquicardia;

 Possibilidade de efetuar testes de fuga das próprias braçadeiras ou conectores de cabo.

(53)

Figura 17: Analisador de PNI: Cufflink.

5.8 Simulador Multiparâmetros: MPS450 Fluke

O Simulador Multiparâmetros ou Simulador de Paciente é um equipamento de teste que permite efetuar medições de eletrocardiograma. Este dispositivo é portátil e capaz de efetuar variadíssimas simulações, entre as quais, eletrocardiogramas, frequência respiratória, temperatura, marca-passo cardíaco e condições de arritmia [38].

Este equipamento possui as seguintes características [38]:

 Simulação de eletrocardiograma até sensores com 12 elétrodos;  Simulação de 43 seleções de arritmia;

 Simulação de marca-passo cardíaco;

 Simulação da respiração, para os parâmetros 0, 15, 30, 40, 60, 80, 100 e 120 RPM;

 Simulação de temperatura, para os valores de 0, 24, 37 e 40ºC;  Teste de deteção da onda R13;

 Simulação do rendimento cardíaco;

 Simulação de eletrocardiograma materno/fetal, com parâmetros de simulação de 30, 40, 45, 60, 80, 90, 100, 120, 140, 160, 180, 200, 220, 240 e 260 BPM.

(54)

Na Figura 18 pode visualizar-se o Simulador Multiparâmetros: MPS450 Fluke, existente no CHTS.

(55)

C

ICLO DE

V

IDA DE UM

E

QUIPAMENTO

H

OSPITALAR

O ciclo de vida de um equipamento refere-se ao tempo total de utilização de um equipamento, desde a sua aquisição e instalação no serviço, até ao seu abate.

O ciclo de vida de um equipamento está dependente de vários fatores ocorrentes, mas também da própria instituição que o acolhe. A intervenção do Serviço de Aprovisionamento e do SIE principia o seu ciclo de vida, após a sua aquisição, na instituição. A partir desse instante, o SIE é o principal responsável pela sua receção e instalação, elaboração de cadernos de encargos e manutenções.

A qualidade do equipamento é um fator preponderante aquando a sua aquisição, já que se irá traduzir na tecnologia, fiabilidade e segurança adequada ao serviço, no preço que irá exigir no seu ciclo de vida, nas condições e prazos de garantia (sobretudo envolvendo a capacidade técnica e seriedade e solidez da empresa), nos manuais e os custos de manutenção que irá comportar [25].

O ciclo de vida de um equipamento divide-se, sobretudo em 3 fases (Figura 19) [23]:

Fase 1: Fase de juventude do equipamento: é a fase de garantia do equipamento. Esta fase carateriza-se principalmente pela adaptação do equipamento no serviço e pelo número de avarias inicial, decrescendo rapidamente, após a acomodação ao ambiente e condições de funcionamento. Nesta fase são também seletados os bens mais resistentes ao invés dos mais frágeis;

Fase 2: Fase de maturidade do equipamento: esta fase representa a vida útil do equipamento e carateriza-se por avarias constantes dos equipamentos.

(56)

Figura 19: Ciclo de vida de um equipamento [23].

(57)

T

RABALHO

P

RÁTICO

O presente estudo encontra-se inserido no plano curricular do Mestrado em Tecnologia Biomédica e é resultado de um estágio efetuado no SIE da UHPA do CHTS. Todos os equipamentos médicos, independentemente da sua função para o qual

foram concebidos, apresentam um “papel” de extrema importância na prática dos

cuidados de saúde.

A complexidade dos equipamentos hospitalares exige que sejam sujeitos periodicamente, a manutenções preventivas, revisões, reparações e substituição de peças, pelo que a elaboração de ferramentas de gestão e controlo tornou-se essencial para o sucesso destas tarefas.

(58)

7.1 Manutenções Preventivas ao Encargo do Serviço de Instalação de Equipamentos

As manutenções preventivas podem ser encaradas como atividades de apoio à produção, na medida em que contribuem para uma melhor operacionalidade do equipamento. No entanto, é imprescindível uma rigorosa gestão, para não comportar gastos acrescidos para a instituição, além de que a paragem e a ausência do equipamento do serviço deverá ser devidamente coordenada com os restantes equipamentos, para que a manutenção se processe da melhor forma possível.

O CHTS é composto por uma equipa de técnicos que se responsabiliza pelas manutenções preventivas e corretivas a 642 equipamentos hospitalares quer sejam da UHPA ou da NUHA (dados fornecidos pelo software MAC a 30 de abril de 2013). Na

Tabela 2 apresenta-se, discriminadamente, a totalidade dos equipamentos que estão ao encargo do SIE.

Tabela 2: Equipamentos do CHTS, ao qual o SIE efetua a manutenção preventiva.

Sigla Equipamento manutenções Total de

AET Aparelho de Eletroterapia 7

AFT Aparelho de Fototerapia 7

ASP Aspirador de Secreções 87

BE Bicicleta Ergométrica 1

BLC Balança Digitais 9

CDT Cardiotocógrafo 18

CO Cadeira Operatória 9

DSF Desfibrilhador 9

ETC Eletrocardiógrafo 9

EVD Elevador de Doentes 7

EXT Extrator de Leite 4

FRG Frigorífico 39

INC Incubadora 5

MR Mesa de Ressuscitação 6

MSV Monitor de Sinais Vitais 207

PCK Pacemaker 7

SI Sistemas de Infusão 149

VNT Ventilador 14

VPP Ventilador Pulmonar 3

BLR Bilirrubinómetro 1

ETB Eletrobisturi 6

AGT Agitador 15

CLD Coledocofibroscópio 2

CVD Colonovideoscópio 10

BVC Broncovideoscópio 3

GVC Gastrovideoscópio 4

BFC Broncofibroscópio 4

Imagem

Figura 1: Organograma do CHTS [4].
Tabela 1: Atividade hospitalar para o ano de 2011 e 2012 [4].
Figura 2: Unidade Hospitalar Padre Américo [5].
Figura 3: Organograma da Unidade Hospitalar Padre Américo [5].
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Referências

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