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Desempenho agronômico do rabanete em diferentes densidades populacionais / Agronomic performance of radish at different population densities

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Desempenho agronômico do rabanete em diferentes densidades populacionais

Agronomic performance of radish at different population densities

DOI:10.34117/bjdv6n6-199

Recebimento dos originais: 07/05/2020 Aceitação para publicação: 09/06/2020

Maria Risocleuda da Costa

Engenheira agrônoma pela Universidade Federal do Ceará Instituição: Universidade Federal do Ceará

Endereço: Av. Mister Hull, 2977, Campus do Pici, CEP 60356-001, Fortaleza - CE, Brasil. E-mail: mariariso.ufc@gmail.com

Marcelo de Almeida Guimarães

Doutor em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa Instituição: Universidade Federal do Ceará

Endereço: Av. Mister Hull, 2977, Campus do Pici, CEP 60356-001, Fortaleza - CE, Brasil. E-mail: mguimara@ufc.br

Hozano de Souza Lemos Neto

Doutor em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal do Ceará Instituição: Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Bolsista de Pós-Doutorado Júnior (PDJ/CNPq; Proc.154458/2018-0) Endereço: Avenida Francisco Mota, 572, CEP 59525- 900, Mossoró - RN, Brasil.

E-mail: hozanoneto@hotmail.com

Janiquelle da Silva Rabelo

Doutoranda em Fitotecnia pela Universidade Federal de Ceará Instituição: Universidade Federal do Ceará

Endereço: Av. Mister Hull, 2977, Campus do Pici, CEP 60356-00, Fortaleza - CE, Brasil. E-mail: rabelojs@hotmail.com

Ana Régia Alves de Araújo Hendges

Doutoranda em Fitotecnia pela Universidade Federal de Ceará Instituição: Instituto Federal do Maranhão

Endereço: BR 230, Km 319 - Zona Rural, CEP 65.840-000, São Raimundo das Mangabeiras - MA, Brasil.

E-mail: ana.alves@ifma.edu.br

Caris dos Santos Viana

Doutoranda em Fitotecnia pela Universidade Federal de Ceará

Instituição: Universidade Federal do Ceará

Endereço: Av. Mister Hull, 2977, Campus do Pici, CEP 60356-001, Fortaleza - CE, Brasil. E-mail: carisviana@hotmail.com

Italo Marlone Gomes Sampaio

Doutorando em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus Belém Endereço: Av. Presidente Tancredo Neves, nº2501, Terra firme, Belém-PA, Brasil

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Iana de Paula Brito Mendes

Graduanda em Agronomia pela Universidade Federal de Ceará Instituição: Universidade Federal do Ceará

Endereço: Av. Mister Hull, 2977, Campus do Pici, CEP 60356-001, Fortaleza - CE, Brasill. E-mail: ianabmendes@gmail.com

RESUMO

O espaçamento e a densidade de plantio estão diretamente ligada a produtividade do rabanete. No entanto, são poucas as pesquisas com a avaliação do arranjo ideal de plantas com esta espécie. Assim, objetivou-se avaliar o desempenho agronômico do rabaneteiro em diferentes espaçamentos e densidades de plantio. O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso em esquema fatorial (4 x 2), com quatro espaçamentos entre plantas (5; 10; 15 e 20 cm), combinados com uma e duas plantas por cova. Foram avaliados a massa fresca e seca da parte aérea (MFPA e MSPA) e da túbera (MFT e MST), comprimento e diâmetro de túbera (CT e DT), firmeza de túberas (FT), percentual de plantas sobreviventes (PS) e produtividade comercial (PC). A densidade de uma planta nos espaçamentos de 5 e 10 cm foram os que possibilitaram a obtenção de maiores massas fresca e seca, comprimento e diâmetro da túbera, além de maior PT. O espaçamento de 5 cm com a densidade de uma planta por cova foi o que possibilitou a maior produtividade. O espaçamento de 5 cm combinado com a densidade de uma planta por cova, por proporcionar maior produtividade e qualidade, é o mais indicado para o cultivo de rabanete.

Palavras-chave: Raphanus sativus L., espaçamento, densidade de cultivo.

ABSTRACT

Planting spacing and density are directly linked to radish productivity. However, there is little research with the evaluation of the ideal arrangement of plants with this species. Thus, the objective was to evaluate the agronomic performance of the rabaneteiro in different spacing and planting densities. The design used was in randomized blocks in a factorial scheme (4 x 2), with four spacing between plants (5; 10; 15 and 20 cm), combined with one and two plants per hole. The fresh and dry mass of shoot (MFPA and MSPA) and tuber (MFT and MST), length and diameter of tuber (CT and DT), firmness of tubers (FT), percentage of surviving plants (PS) and commercial productivity (PC). The density of a plant in the spacing of 5 and 10 cm were the ones that made it possible to obtain greater fresh and dry mass, length and diameter of the tuber, in addition to greater PT. The spacing of 5 cm with the density of one plant per hole was what enabled the highest productivity. The spacing of 5 cm combined with the density of one plant per hole, for providing greater productivity and quality, is the most suitable for the cultivation of radish.

Keywords: Raphanus sativus L., spacing, planting densities. 1 INTRODUÇÃO

O rabanete (Raphanus sativus L.) é uma hortaliça da família brassicaceae. Apresenta porte pequeno, raiz tuberosa e globular de coloração avermelhada, polpa branca e sabor picante, sendo consumida na maioria das vezes, na forma de saladas e conservas. Em geral ela é consumida na forma de saladas e conservas (Maia et al. 2011; Silva et al. 2012).

Essa hortaliça ter um ciclo produtivo muito curto, o que pode conferir um rápido retorno financeiro ao produtor, além de poder ser cultivada praticamente o ano inteiro por pequenos e médios produtores situados ao redor de grandes centros urbanos (Oliveira et al. 2010; Matos et al. 2015). De forma geral, pode-se afirmar que a produção de rabanete é uma boa alternativa de produção para os

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agricultores do Nordeste. Isso porque, além de ser considerada rústica, apresenta porte pequeno, podendo de ser cultivada de forma intercalada com outras culturas de ciclo mais longo (Melo 2017).

No entanto, apesar das boas características da cultura, que a tornam uma importante possibilidade de produção, pesquisas devem serem realizadas com o intuito de melhorar a produtividade e a qualidade das túberas, a fim de atender a demanda crescente por este alimento (Nascimento et al. 2017).

O arranjo ideal de cultivo é aquele otimiza o uso da água, luz, nutrientes, pela sua distribuição bem uniforme de plantas na área, possibilitando aumentar a produtividade da cultura (Bezerra et al. 2014). A população ideal de plantas pode ser alterada por meio do ajuste do espaçamento entre plantas e linhas de cultivo bem como pelo aumento da densidade de plantas na cova, sendo suas combinações consideradas o arranjo ideal para a produção da espécie. A otimização da densidade para um maior número de plantas por área é o manejo adequado que permite ao produtor obter maior eficiência na produção (Gouveia & Cardoso 2016).

Dessa forma, levando em consideração a baixa disponibilidade de informações técnico-científicas sobre o cultivo de rabanete, objetivou-se avaliar o desempenho agronômico do rabanete em diferentes densidades de plantas.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi conduzido em campo, no setor de Horticultura do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE. O regime pluvial acumulado de chuvas no município tem média anual de 1448 mm e temperatura média anual 26,3 °C.

O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso em esquema fatorial (4 x 2), sendo quatro espaçamentos entre plantas (5; 10; 15 e 20 cm) combinados com as densidades de uma e duas plantas por cova. Foram utilizadas três repetições com uma parcela de 1,20 m2 de tamanhoe com dez plantas. O espaçamento entre linhas de cultivo foi mantido fixo em 20 cm para todos os tratamentos.

O preparo do solo foi realizado de forma manual e o mesmo era do tipo arenoso com as seguintes características físico-químicas: P = 356,1 mg dm-3; K+ = 179 mg dm-3; Fe = 23,2 mg dm-3; Cu = 3,8 mg dm-3; Zn = 96 mg dm-3; Mn = 95,5 mg dm-3; M. O = 5,74 dag kg-1; Ca2+ = 8,4 cmol

c dm

-3;Mg2+ = 6,5 cmol

c dm-3; Al3+ =0,0 cmolc dm-3; (H + Al3+)=0,16 cmolc dm-3;SB = 15,3; CTC (t) =

15,3; CTC (T) = 15,3; pH = 8,4; V = 99%; argila = 9%; areia = 83%; silte = 9%.

A semeadura foi realizada em covas com profundidade de 1,5 cm, com três sementes por cova para densidade de cultivo de uma planta e quatro sementes para densidade de duas plantas por cova. A emergência ocorreu no terceiro dia após a semeadura (DAS) e aos sete DAS realizou-se o desbaste das plântulas, sendo mantidas apenas uma e duas plântulas por cova.

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Aos 32 DAS realizou-se a colheita das túberas e a coleta das plantas, para determinação dos seguintes caracteres: número de folhas (NF); comprimento da túbera (CT, mm) - medido com um paquímetro digital desde o ponto de inserção das folhas até o fim da porção dilatada da túbera; diâmetro da túbera (DT, mm) - medido com um paquímetro digital no centro da túbera; massa fresca da parte aérea e das túberas (MFPA e MFT, g planta-1); massa seca da parte aérea e das túberas (MSPA e MST, g planta-1) - o material vegetal foi alocado em saco de papel colocado em estufa com circulação forçada de ar a 65° C por 72 h e em seguida pesados em balança analítica de precisão.

Percentual de tuberização (PT, %) - número de plantas que formaram túberas com diâmetro igual ou superior a 20 mm dividido pelo número total de plantas avaliadas na parcela; firmeza de túberas (FT) - determinado com o auxílio de um penetrômetro digital; Percentual de plantas sobreviventes (PS, %) - contabilizados pela relação do número de plantas em campo no dia da colheita dividido pelo número total de plantas semeadas e produtividade comercial (PC, t ha-1) - através da pesagem das túberas com padrão comercial na parcela, com os valores sendo estimados para uma hectare.

Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância pelo teste F. Para as variáveis que apresentaram significância pelo teste F, fez se a comparação das médias pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de significância. A análise foi realizada pelo software estatístico Sisvar (Ferreira 2011)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pelo resumo da análise de variância, observou-se efeito de interação para o número de folhas (NF), massa fresca e seca da parte aérea (MFPA e MSPA), massa fresca e seca de túberas (MFT e MST), comprimento e diâmetro da túbera (CT e DT), firmeza de túberas (FT), percentual de tuberização (PT), de plantas sobreviventes (PS) e produtividade comercial (PC).

Para o NF não foi observado diferença entre os espaçamentos dentro de densidade, apenas para densidade no espaçamento de 5 cm, sendo a de duas plantas por cova superior (Tabela 1). Sabe-se que as folhas são consideradas órgãos esSabe-senciais às plantas já que são nelas onde ocorre a realização da fotossíntese, que supre a planta com fotoassimilados necessários ao seu crescimento e desenvolvimento, influenciando, de forma decisiva na sua capacidade produtiva (Linhares et al. 2010; Taiz et al. 2017; Guerra et al. 2017).

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Tabela 1 - Médias do número de folhas (NF), massa fresca e seca da parte aérea (MFPA e MSPA) de rabanete em diferentes espaçamentos e densidades de plantio {Average number of leaves (NL), fresh and dry weight (TFW and TDW) of radish in different spacing and planting densities}. Fortaleza, UFC, 2017.

NF MFPA (g) MSPA (g) Espaçamento (m) 1 planta 2 plantas 1 planta 2 plantas 1 planta 2 plantas

0,05 6,54 aA 5,58 bA 19,17 aB 14,07 bC 1,368 aB 1,144 bD 0,10 6,67 aA 6,55 aA 22,33 aA 19,83 bA 1,574 aA 1,327 bA 0,15 6,75 aA 5,92 aA 16,00 aC 13,00 bC 1,446 aB 1,188 bC 0,20 6,42 aA 5,91 aA 21,00 aB 17,11 bB 1,676 aA 1,173 bB

C.V. (%) 7,27 6,50 3,45

Médias seguidas por letras maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 5% de significância, pelo teste de Scott-Knott (Averages followed by equal capital letters in the column and lower case in the line, do not differ at the 5% level of significance, using by Scott-Knott test).

Para massa fresca e seca da parte aérea, a densidade de uma planta por cova com o espaçamento de 10 cm foi a que proporcionou as maiores médias. Tais resultados são importantes, pois indicam a ocorrência de competição, provavelmente por luz, entre as plantas da densidade de duas plantas por cova. Além disso, também indica a existência de um espaçamento entre plantas capaz de proporcionar um maior crescimento da parte aérea, no caso o espaçamento de 10 cm entre plantas.

Tanto o espaçamento quanto o número de plantas de por cova são fatores de produção que podem definir a qualidade e tamanho do produto que se objetiva colher. Portanto, o estabelecimento de uma população de plantas adequada, para melhor utilização da área de cultivo é uma prática importante que permite obter maior eficiência na produtividade (Oliveira 2014; Gouveia & Cardoso 2016; Tavares et al. 2016).

Para a massa fresca da túbera só houve diferença entre as densidades, com os maiores valores para uma planta por cova combinadas no espaçamento de 5 cm. Já para a massa seca de túbera observou-se que os espaçamentos entre plantas de 5 a 15 cm combinados com a densidade de uma planta por cova, possibilitaram a obtenção dos maiores valores (Tabela 2). Ao trabalharem na região amazônica com a mesma cultivar, Amorim et al. (2014), observaram que a redução do espaçamento para 5 cm entre plantas proporcionou aumento da massa fresca da túbera, o que corroboram com os resultados encontrados nesse trabalho.

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Tabela 2 - Médias da massa fresca e seca da túbera (MFT e MST) e comprimento de túberas (CT) de rabanete em diferentes espaçamentos e densidades de plantio {Average fresh and dry weight tuber (TFW and TDW) and length of radish tubers (TC) in different planting densities and densities}. Fortaleza, UFC, 2017.

MFT (g) MST (g) CT (mm) Espaçamento (m) 1 planta 2 plantas 1 planta 2 plantas 1 planta 2 plantas

0,05 29,73 aA 11,00 bA 1,457aA 0,431bC 46,77aB 38,21bB 0,10 21,00 aA 10,24 bA 1,541aA 0,908bB 61,00aA 43,88bA 0,15 20,55 aA 11,18 bA 1,393aA 1,136bA 39,26bC 47,59aA 0,20 20,92 aA 10,72 bA 1,163aB 0,867bB 39,46bC 49,34aA

C.V. (%) 13,36 10,36 6,04

Médias seguidas por letras maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 5% de significância, pelo teste de Scott-Knott (Averages followed by equal capital letters in the column and lower case in the line, do not differ at the 5% level of significance, using by Scott-Knott test).

Com base nos resultados obtidos, pode-se inferir que o rabanete tolera certo nível de adensamento entre as plantas, no entanto, apresenta redução na capacidade produtiva quando esse adensamento é realizado a partir do cultivo de mais de uma planta por cova. O adensamento ocasionado pela redução no espaçamento entre plantas parece contribuir para um melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes no sistema de cultivo (Bezerra et al. 2014).

Para o diâmetro, os valores médios variaram de 29,61 a 37,63 mm entre os espaçamentos na densidade de uma e duas plantas por cova (Tabela 3). Os maiores valores de diâmetro e comprimento foram obtidos para as plantas cultivadas em espaçamento de 10 cm com apenas uma planta por cova. Respostas similares as observadas neste trabalho, foram observadas por Linhares et al. (2010) e Amorim et al. (2014), onde encontraram diâmetro de 30 a 38 mm. Para a densidade com duas plantas por cova o espaçamento de 20 cm entre plantas proporcionou maiores médias para o comprimento e diâmetro da túbera.

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Tabela 3 - Médias do diâmetro de túberas (DT), percentual de tuberização (T) e firmeza de túberas (FT) de rabanete em diferentes espaçamentos e densidades de plantio {Average diameter of tubers (DT), percentage of tuberization (PT) and firmness of tubers (FT) of radish in different spacing and planting densities}. Fortaleza, UFC, 2017.

DT (mm) PT (%) FT (N) Espaçamento (m) 1 planta 2 plantas 1 planta 2 plantas 1 planta 2 plantas

0,05 32,51aB 29,61bB 100,00aA 64,22bB 6,45aA 6,08bA 0,10 37,28aA 31,57bB 100,00aA 97,22aA 6,36aA 5,68bB 0,15 32,85aB 25,86bC 94,44aB 94,44aA 5,35aB 5,21aB 0,20 35,18aB 37,63aA 91,67aB 94,44aA 5,78aB 5,54aB

C.V. (%) 4,74 6,80 2,84

Médias seguidas por letras iguais maiúsculas na coluna e minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 5% de significância, pelo teste de Scott-Knott (Averages followed by equal capital letters in the column and lower case in the line, do not differ at the 5% level of significance, using by Scott-Knott test).

Quanto ao percentual de tuberização, pode-se observar os maiores valores para os espaçamentos entre 5 e 10 cm combinados com a densidade de uma planta por cova. Os menores espaçamentos proporcionaram 100% de formação de túberas. Os resultados obtidos nesse trabalho foram superiores aos obtidos por Magalhães et al. (2017) avaliando a produção de rabanete em diferentes datas de semeadura.

A maior firmeza de túberas foi encontrada na densidade de uma planta por cova nos espaçamentos de 5 e 10 cm (Tabela 3). Tal resultado permite inferir que as túberas obtidas nestes tratamentos, possivelmente foram as que apresentaram menores problemas com a isoporização. No rabanete, a isoporização é uma anomalia fisiológica que pode ocorrer em cultivos realizados em regiões com temperaturas elevadas, sendo uma possível causa o desequilíbrio hídrico ocasionado nas plantas durante o cultivo. Esse estresse hídrico pode desencadear a formação de um tecido esponjoso e insípido na parte interna da túbera, o que deixa a raiz com menor firmeza e reduz sua qualidade para o consumidor, a isoporização causa redução na qualidade da túbera (Filgueira 2008).

O maior percentual de plantas sobreviventes foram obtidos para a densidade de uma planta por cova (Tabela 4). Tal fato pode estar relacionado a menor competição por água, luz e nutrientes nesta condição.

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Tabela 4 - Médias do percentual de plantas sobreviventes (PS) de rabanete em diferentes espaçamentos e densidades de plantas {Averages of the percentage of surviving radish plants (PS) in different plant spacing and density}. Fortaleza,

UFC, 2017. PS (%) 5 77,78aA 59,86bA 10 53,33aB 46,94bA 15 74,58aA 47,08bA 20 69,72aA 48,47bA CV (%) = 15,93

Médias seguidas por letras iguais maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 5% de significância, pelo teste de Scott-Knott (Averages followed by equal capital letters in the column and lower case in the line, do not differ at the 5% level of significance, using by Scott-Knott test).

A maior produtividade foi observada no espaçamento de 5 cm combinado com a densidade de uma planta por cova (Figura 1). Esse tratamento possibilitou a obtenção estimada de 29,73 t ha-1 de túberas comerciais, ou seja, cerca de 26% a mais do que o espaçamento de 10 cm combinado com uma planta por cova, que foi o segundo mais produtivo. Estes resultados foram superiores aos observados por Cecílio Filho et al. (2017) e Mendoza-Cortez et al. (2010), trabalhando com a cultivar de rabanete sakata 19 e 25, que obtiveram produtividades médias do híbrido 19 (9,5 e 3,95 t ha-1) e híbrido de 25 (11,47 e 7,52 t ha-1), respectivamente.

Figura 1 - Produtividade comercial de túberas em diferentes espaçamentos e densidade de plantas {commercial productivity of tubers in different spacing and plant density}. Fortaleza, UFC, 2017.

Em plantas de ervilha, Bezerra et al. (2014), trabalhando com densidade populacional percebeu que a produção de vagens por planta é maior com uma planta por cova, e a redução no

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 5 cm 10 cm 15 cm 20 cm P rodutivi da de (t.ha -1 )

Espaçamento entre covas de cultivo 1 2 plantas por cova

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espaçamento entre covas promove maior produtividade. Tais observações estão de acordo com os resultados observados deste trabalho, onde o rabanete foi capaz de produzir mais e com melhor qualidade, no menor espaçamento entre plantas (5 cm), indicando que cultivos mais adensados favorecem a produção.

4 CONCLUSÃO

O espaçamento de 5 cm entre plantas combinado com a densidade de uma planta por cova, proporcionou a maior produtividade e melhor qualidade de túberas, sendo o mais indicado para o rabanete.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) pelo concessão de bolsas aos envolvidos no trabalho.

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Imagem

Tabela  1  -  Médias  do  número  de  folhas  (NF),  massa  fresca  e  seca  da  parte  aérea  (MFPA  e  MSPA)  de  rabanete  em  diferentes espaçamentos e densidades de plantio {Average number of leaves (NL), fresh and dry weight (TFW and TDW)  of radish
Tabela  2  -  Médias  da  massa  fresca  e  seca  da  túbera  (MFT  e  MST)  e  comprimento  de  túberas  (CT)  de  rabanete  em  diferentes espaçamentos e densidades de plantio {Average fresh and dry weight tuber (TFW and TDW) and length of  radish tubers
Tabela 3 - Médias do diâmetro de túberas (DT), percentual de tuberização (T) e firmeza de túberas (FT) de rabanete em  diferentes espaçamentos e densidades de plantio {Average diameter of tubers (DT), percentage of tuberization (PT) and  firmness of tubers
Tabela 4 - Médias do percentual de plantas sobreviventes (PS) de rabanete em diferentes espaçamentos e densidades de  plantas {Averages of the percentage of surviving radish plants (PS) in different plant spacing and density}

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