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Sobrevida de pacientes HIV/AIDS em tratamento antirretroviral e fatores associados na região dos Campos Gerais, Paraná: 2002-2014 / HIV/AIDS patients survival on antiretroviral treatment and associated factors in the Campos Gerais region, Paraná state: 20

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761

Sobrevida de pacientes HIV/AIDS em tratamento antirretroviral e fatores

associados na região dos Campos Gerais, Paraná: 2002-2014

HIV/AIDS patients survival on antiretroviral treatment and associated

factors in the Campos Gerais region, Paraná state: 2002-2014

DOI:10.34117/bjdv6n5-339

Recebimento dos originais:20/04/2020 Aceitação para publicação:18/05/2020

Erildo Vicente Müller

Pós Dr. Saúde Coletiva pela Escola Paulista de Medicina. Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço: Av Gal Carlos Cavalcanti 4748-Campus Uvaranas-Depto de Saúde Pública-CEP 84030-900

E-mail: erildomuller@hotmail.com

Pollyanna Kassia de Oliveira Borges

Dra. em Saúde Coletiva - Escola Paulista de Medicina Universidade Estadual de Ponta Grossa

Endereço :Av Gal Carlos Cavalcanti 4748-Campus Uvaranas-Depto de Saúde Pública CEP 84030-900

E-mail: pollyannakassia@hotmail.com

RESUMO

Introdução: o tratamento daqueles que vivem com o HIV/AIDS tem se revelado um fenômeno global, contínuo e instável fizeram da epidemia um desafio e grave problema de saúde. Objetivo: Descrever fatores de influência no tempo de sobrevida dos pacientes em TARV na região dos campos gerais no estado do Paraná. Método: Coorte retrospectiva de pacientes atendidos pelo SAE, no período de 2002 a 2014. Para verificar os fatores que exerceram influência sobre a sobrevida foram utilizadas curvas de Kaplan-Meier e Modelo de Regressão de Cox. Resultados: A idade média de diagnóstico foi de 36,3 anos, 56,1% eram homens, 82,2% brancos, 33,8% com 4 a 7 anos de estudo, 49,2% casados, 98,5% com transmissão sexual e 89,0% declararam ser heterossexuais. Estiveram associadas ao aumento da sobrevida a raça branca, sexo feminino o esquema terapêutico “C”. Conclusão: Os fatores que exerceram influência na sobrevida das pessoas vivendo com HIV/AIDS foram sexo masculino, raça branca, maior escolaridade, peso corporal maior e pressão arterial baixa.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761

ABSTRACT

Background. The treatment of those living with HIV / AIDS has proved to be a global phenomenon, continuous and unstable, making the epidemic a challenge and a serious health problem.To describe factors influencing the survival time of patients in ART in the region of the general fields in the state of Paraná. Method: Retrospective cohort of patients served by the SAE from 2002 to 2014. Kaplan-Meier curves and Cox regression model were used to verify the factors influencing survival. Results: The mean age of diagnosis was 36.3 years, 56.1% were men, 82.2% were white, 33.8% were 4 to 7 years of age, 49.2% were married, 98.5% were sexually transmitted and 89.0% were heterosexuals. The white race was associated to increased survival, the female "C". Conclusion: The factors influencing the survival of people living with HIV / AIDS were male, Caucasian, higher schooling, higher body weight and low blood pressure.

Key-words: HIV / AIDS, antiretroviral therapy, survival.

1 INTRODUÇÃO

Estima-se que mais de 21 milhões de pessoas vivam com HIV no mundo. Ao longo da trajetória da epidemia mundial, metade dos estimados 70 milhões de infectados faleceram. No entanto, esse perfil de alta letalidade se alterou e atribui-se a redução das mortes precoces aos métodos de detecção, aconselhamento e, principalmente, às terapias antirretrovirais disponíveis para o tratamento daqueles que vivem com o HIV/AIDS tem se revelado um fenômeno global, contínuo e instável, cuja dinamicidade do perfil epidemiológico da doença e os indicadores de morbimortalidade fizeram da epidemia um desafio e grave problema de saúde pública mundial e brasileiro.1.

Sobre a distribuição dos casos, Schossler e colaboradores (2016)2 indicam que a epidemia mundial da AIDS, apesar de concentrada principalmente em grandes centros, tem se disseminado para municípios de médio e pequeno porte.

Estudos apontam que na década de 90 do século passado a maior parte dos casos notificados de AIDS eram homossexuais e, em menor frequência, casos associados às transfusões de sangue/hemoderivados. No final deste período observou-se aumento progressivo de casos decorrentes de outros grupos de exposição, com crescente transmissão heterossexual, feminilização e interiorização da epidemia3-5. Estudos recentes mostram uma nova mudança no comportamento da epidemia de AIDS, com reemergência de casos em homens que fazem sexo com homens, em faixas etárias jovens6.

Hottz e Schechter (2012)7 em um estudo descritivo de tendência, realizado com dados secundários de mortes por HIV/AIDS disponíveis no Sistema de Informações sobre

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 Mortalidade e comparados aos dados do Estudos de Carga de Doenças no Brasil, verificaram tendência de redução da mortalidade por esta causa entre 2002 e 2014, no Brasil. Porém, foram notados diferentes padrões de ocorrência dos óbitos por HIV/AIDS, segundo as unidades federativas e regiões do país, a saber: nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste houve redução, mas, para Norte e Nordeste houve indicação de aumento das mortes por HIV/AIDS7 mostrando que houve uma diminuição da mortalidade diretamente atribuída à infecção pelo HIV entre 2004 e 2009 e relatando que, apesar da diminuição do crescimento da epidemia, continua havendo aumento do número absoluto de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), em grande parte devido ao aumento da sobrevida associada à disponibilidade da terapia antirretroviral (TARV).

Estimativas da UNAIDS (2016)8 mostraram que 18,2 milhões de pessoas no mundo estavam em terapia antirretroviral (TARV). Dados do Ministério da Saúde (2016)9 indicavam que, no Brasil, aproximadamente 455 mil pessoas faziam uso de TARV. Com a utilização da terapia antirretroviral combinada, verifica-se aumento da expectativa de vida dos pacientes e queda acentuada nas taxas de mortalidade associadas à AIDS. Apesar do aumento da sobrevida dos PVHA por causa da utilização de TARV, autores apontam alterações metabólicas e aumento de risco cardiovascular relacionado aos efeitos adversos dos antirretrovirais10,11.

Assim, o objetivo desta pesquisa foi descrever os fatores (sociais, demográficos, de acesso e comorbidades) que exerciam influência no tempo de sobrevida dos pacientes em tratamento antirretroviral na região dos campos gerais do estado do Paraná.

2 MÉTODO

2.1 DELINEAMENTO

Realizou-se um estudo epidemiológico de coorte retrospectiva com pacientes vivendo com HIV/AIDS.

2.2 CONTEXTO

Os dados foram obtidos a partir de informações das pessoas vivendo com HIV/AIDS que frequentaram o Serviço de Atenção Especializada do Município de Ponta Grossa – PR (SAE), o qual é referência para a Região Centro Sul do Paraná e atende pacientes de 12 municípios pertencentes a terceira Regional de Saúde.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 2.3 PARTICIPANTES

Pacientes atendidos no SAE-Ponta Grossa, no período de 2002 a 2014, diagnosticados com HIV/AIDS e sob tratamento neste serviço.

2.4 VARIÁVEIS

Foram coletadas informações sociodemográficas, comportamentais e de saúde, as quais incluíram: data de nascimento, gênero, raça/cor, escolaridade, ocupação, provável modo de transmissão, comportamento sexual. Também se obteve dados sobre peso (Kg), perfil lipídico (triglicerídeos, colesterol, HDL colesterol e LDL colesterol, medidos em mg/dl), glicemia (mg/dl), níveis de pressão arterial sistêmica (PAS). Os valores referenciais utilizados para classificar as dislipidemias foram os preconizados pela V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose12. Para classificação dos níveis pressóricos utilizou-se como referência as VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial13. Para classificação da glicemia seguiu-se os parâmetros estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Diabetes14.

Os pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com a terapêutica utilizada. O grupo B foi composto pelos que utilizavam a associação da classe de medicamentos “Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Protease”, grupo C “Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Trancriptase Reversa Não Nucleotídeos”, grupo D “Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Transcriptase Reversa Não Nucleotídeos + Inibidores da Protease”. No Grupo A foram agrupados os sujeitos que faziam uso de outras associações que não se encaixavam nos grupos B, C e D.

2.5 FONTE DE DADOS

Os dados foram coletados com base nos registros dos prontuários e fichas de notificação de agravos. As informações sobre data de nascimento, gênero, raça/cor; escolaridade, ocupação, provável modo de transmissão e comportamento sexual foram obtidas por meio das fichas de notificação de agravos. Já dos prontuários, obteve-se informações sobre peso, (Kg), perfil lipídico (triglicerídeos, colesterol, HDL colesterol e LDL colesterol, medidos em mg/dl), glicemia e PAS. (mg/dl), níveis de pressão arterial sistêmica (PAS).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 2.6 TAMANHO DO ESTUDO

Analisou-se 753 prontuários de pacientes atendidos pelo SAE, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2014. Foram excluídos os prontuários dos pacientes que apresentavam alteração nos parâmetros metabólicos no início do seguimento no serviço de saúde. As informações de cada pessoa foram acompanhadas, nos prontuários, em intervalos de tempo de seis meses.

Os valores referenciais utilizados para classificar as dislipidemias foram os preconizados pela V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose12. Para classificação dos níveis pressóricos utilizou-se como referência as VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial13. Para classificação da glicemia seguiu-se os parâmetros estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Diabetes14.

Os pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com a terapêutica utilizada. O grupo B foi composto pelos que utilizavam a associação da classe de medicamentos “Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Protease”, grupo C “Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Trancriptase Reversa Não Nucleotídeos”, grupo D “Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Transcriptase Reversa Não Nucleotídeos + Inibidores da Protease”. No Grupo A foram agrupados os sujeitos que faziam uso de outras associações que não se encaixavam nos grupos B, C e D.

2.7 MÉTODOS ESTATÍSTICOS

As variáveis estudadas foram descritas por meio de frequências absoluta e percentuais, medidas de tendência central, posição e dispersão. Para verificar os fatores que exerciam influência sobre a sobrevida foram utilizadas curvas de Kaplan-Meier15, sendo que as comparações entre elas foram realizadas a partir do teste de log-rank. Em análise multivariada, os fatores de influência na sobrevida foram verificados com o Modelo de Regressão de Cox

15. Utilizou-se nas análises estatísticas o software R (versão 3.2.2).

2.8 CONTROLE DE VIÉS

Por meio da técnica de Kaplan Meier e do teste log-rank foram selecionados os potenciais fatores de influência da sobrevida, sendo considerado um nível de significância igual a 25%. Posteriormente, a partir das variáveis selecionadas na análise univariada, foi ajustado o modelo multivariado aplicando o método Backward, com um nível de significância

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 de 5% 16. Verificou-se que as variáveis colesterol, colesterol HDL, colesterol LDL e glicemia

apresentaram valor-p menor que 0,25 no teste log-rank. Todavia, essas variáveis possuíam muitos valores perdidos e, dessa forma, não foram incluídas nas análises multivariadas. Ainda, as variáveis modo de transmissão e esquema D também apresentaram valor-p menor que 0,25, porém apresentavam pouca variabilidade, o que prejudicou o ajuste do modelo e por essa razão não foram incluídas nas análises multivariadas. A suposição de proporcionalidade dos riscos foi verificada a partir do teste proposto por Grambsch e Therneau (1994)17 e apresentou

valor-p de 0,174. Dessa forma, não houve evidências de violação da suvalor-posição de riscos

proporcionais. O software R (versão 3.2.2) foi utilizado nas análises estatísticas

2.9 ASPECTOS ÉTICOS

A pesquisa foi conduzida respeitando-se as diretrizes e normas da Resolução CNS no 466/2012 com aprovação do pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal e São Paulo (UNIFESP), sob número 1.067.681 de 20/05/2015

3 RESULTADOS

Neste estudo foram incluídos 538 participantes. Ao longo dos 12 anos de seguimento, faleceram 144 pessoas. A idade média que os sujeitos da pesquisa tinham no momento do diagnóstico era de 36,33 anos (DP=10,88). Observou-se, ainda, que o tempo médio decorrido entre o diagnóstico e a última consulta foi de 5,52 anos (DP=4,31). Entre a primeira e a última consulta transcorreram, em média, 5,13 anos (DP=3,67).

Na tabela 1 é apresentada a descrição das variáveis sociodemográficas, modo de transmissão e número de pacientes em TARV. Verificou-se que 56,1% (n=302) dos indivíduos eram do sexo masculino, 82,2% (n=439) brancos, 33,8% (n=152) dos pacientes tinham 4 a 7 anos de estudo, enquanto apenas 87,8% (n=35) não eram escolarizados. Em relação ao estado civil, 49,2% dos pacientes eram casados, e 33,3% eram solteiros. Observa-se ainda que 98,5% (n=509) dos indivíduos tiveram transmissão de modo sexual e, quanto ao comportamento sexual, 89,0% (n=438) declararam ser heterossexuais. Apenas 3,5% (n=19) dos pacientes não utilizaram nenhum tratamento.

Estiveram associadas ao aumento da sobrevida a raça e escolaridade. Os pacientes de raça branca apresentaram um maior tempo de sobrevida (p=0,003) (Figura 1). Em relação à escolaridade, os sujeitos com nenhuma escolaridade ou com até 3 anos de escolaridade

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 apresentaram um menor tempo de sobrevida quando comparados aos pacientes com 4 a 7 anos de escolaridade (p=0,004) e com 8 ou mais anos de escolaridade (p<0,001).

A relação entre sexo e maior tempo de sobrevida, apesar de as pessoas do gênero feminino terem apresentado um maior tempo de sobrevida, não foi estatisticamente significante (p=0,064). Verificou-se, também, que não houve associação (p=0,954) do estado civil sobre o tempo de sobrevida. Mas, o modo de transmissão foi determinante para a maior sobrevida (p<0,001), e os pacientes com modo de transmissão sexual apresentaram um maior tempo de sobrevida, entretanto o comportamento sexual não se associou à maior sobrevivência (p>0,05) (Figura 1).

Com relação aos esquemas de tratamento, não foi observada associação com maior tempo de sobrevivência nos grupos: “sem tratamento” (p=0,340), A (p=0,602), B (p=0,514) e D (p=0,204) (Figura 2). Porém, para o esquema de tratamento C verificou-se associação entre a terapia e a maior sobrevida (p<0,001). Também não se observou influência significativa da idade sobre o tempo de sobrevida (p=0,413), bem como do colesterol total (p=0,181), fração LDL (p=0,181), triglicerídeos (p=0,289) e glicemia (p=0,142). Peso corporal menor que a média (p<0,001), pressão arterial alterada (p<0,001) e HDL normal foram condições que influenciaram para maior sobrevida das PVHA (Figura 3).

A Tabela 2 apresenta o ajuste do Modelo de Cox para a sobrevida antes e depois da aplicação do método Backward. Considerando o modelo final, em análise multivariada (tabela 2), observou-se diferença significativa entre os riscos de morrer (p<0,001) segundo o gênero: homens tiveram aproximadamente 4 vezes mais risco de morrer que as mulheres. Em relação ‘a raça/cor, todas as racas comparadas aos brancos morreram duas vezes mais. [RRmasculino vs feminino= 3,76 (IC95%: 2,06 - 6,55)], raça [RRoutras raças vs brancos= 2,00 (IC95%: 1,14 – 3,52)],

escolaridade [RR sem escolaridade vs 4-7 anos de estudo= 0,41 (IC95%: 0,22 – 0,77)]/[RR sem escolaridade vs 8

ou + anos de estudo= 0,38 (IC95%: 0,19 – 0,74)]. O risco de morte de indivíduos com peso menor

que a média foi 2,56 vezes o risco dos sujeitos com peso maior que a média (IC95%: 1,33 - 4,95). Em relação à pressão arterial verificou-se diferença significativa (p<0,001), e o risco de morte para os indivíduos com pressão arterial alterada foi 0,27 [IC95% 0,15 - 0,49] vezes o risco dos indivíduos com pressão arterial normal.

4 DISCUSSÃO

Raça branca, baixa escolaridade, sexo masculino, peso corporal maior e pressão arterial menor foram fatores que exerceram influência no que tange a maior sobrevida dos sujeitos

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 estudados. A sobrevida das pessoas em tratamento antirretroviral foi dependente do tipo de tratamento realizado. Ao final de 12 anos de seguimento, mais de 90% dos sujeitos que se trataram com o esquema terapêutico C estavam vivas, enquanto que no grupo dos demais esquemas de tratamento, 80% sobreviveram.

Os principais achados deste estudo remetem que a maior sobrevida das PVHA em tratamento antirretroviral foi em homens, pessoas de raça brancas, com maior escolaridade, peso corporal maior e pressão arterial baixa.

As limitações deste estudo estão relacionadas à análise de prontuários, diretamente dependentes da qualidade do seu preenchimento. Porém, como medida de cautela, as informações demográficas foram coletadas das fichas de notificação compulsória visto que têm melhor qualidade no preenchimento. Os prontuários também foram analisados em períodos de 06 meses para que se pudessem alcançar melhor quantidade de informações.

O perfil sociodemográfico predominante dos pacientes acompanhados neste estudo é composto de adultos e jovens no momento do diagnóstico, a maioria homens, brancos, com baixa escolaridade, autodeclarados heterossexuais em sua maioria, aproximadamente a metade era casado, quase a totalidade se infectou por via sexual e fazia tratamento. Segundo informações do Ministério da Saúde18, no ano de 2017 foram notificados 829 novos casos de

AIDS no Brasil. Dos 440 casos (aproximadamente 53%) para os quais se sabia a raça, 71% foram declarados como sendo da raça branca. Na série histórica 2002-2014 em que os indivíduos da presente pesquisa foram seguidos, a mesma fonte de dados nacional informa que quase 78% dos casos onde a raça era conhecida, eram brancos. Dessa forma, os pacientes do território estudado, na presente pesquisa, representam a realidade nacional, seja por esta informação ser autodeclarada e o país ter historicamente dificuldades de se auto afirmar um país com muitos pardos e negros, ou porque os sujeitos estudados eram residentes em localidades do sul do país onde a colonização europeia foi predominante e seus moradores são em sua grande maioria brancos19. Mas, se por um lado a sobrevida maior entre sujeitos brancos reflete maior quantidade de sujeitos desta raça na pesquisa, por outro sugere que sujeitos brancos, sendo socialmente mais bem colocados que demais raças, o HIV/AIDS tem sido uma doença excludente20 e que, mesmo tendo medicamento disponível pelo SUS, esse fator não é suficiente para impactar a sobrevida daqueles que fazem uso da medicação. Há vários outros fatores sociais, políticos, culturais que envolvem a adesão ao tratamento, o impacto laboral e a manutenção dos vínculos familiares, tão importantes para a sustentação da vida das PVHA21. De outro modo, assim como visto neste estudo, em nosso país observa-se a

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 predominância de casos de HIV/AIDS em homens. Essa diferença foi diminuindo ao longo da trajetória histórica de infecção e manifestação da doença no Brasil. No início da epidemia no Brasil, as populações mais infectadas estavam diretamente ligadas às vias de transmissão e ao comportamento social da época. Então, frequentemente, se encontrava mais casos entre homens que faziam sexo com homens e nas pessoas usuárias de drogas injetáveis, ou submetidas à transfusão de sangue e hemoderivados. A partir de 1990, a transmissão heterossexual passou a ser a principal via de transmissão do HIV, e esta vinha apresentando maior tendência de crescimento, acompanhada de aumento na participação das mulheres. Observava-se, ainda, o processo de interiorização, feminização e pauperização da epidemia, com aumento dos casos em estratos de menor escolaridade18.

Na presente pesquisa observou-se o número de casos entre homens pouco superior ao das mulheres, uma razão de sexos de 1,28. Estudos mostram que, no início da década de 90, a razão de sexos era de 6 casos de AIDS no sexo masculino para cada caso no sexo feminino. Já no ano de 2010 observava-se uma razão de sexos de 1,622. Em anos mais recentes, nota-se nova mudança na dinâmica da epidemia de AIDS, com novo aumento do número de casos entre homens que fazem sexo com homens, maior concentração da epidemia nos centros urbanos e aumento da razão masculino/feminino, tal fato pode ser explicado pela redução da transmissão do HIV por meio do uso compartilhado de drogas injetáveis e pela desaceleração da transmissão heterossexual23.

Outro aspecto relevante que a presente pesquisa descreve é que a baixa escolarização foi predominante entre os pesquisados. É fato que 44,2% das pessoas tinham 8 ou mais anos de estudo, mas, ainda havia mais da metade sem escolaridade ou com menos de 7 anos de estudo. Pressupondo que a escolarização reflete indiretamente as condições de renda e vida das populações, esse achado remete às hipóteses de que, ou as informações sobre prevenção do HIV/AIDS não estão chegando às pessoas menos favorecidas, ou os brasileiros têm acesso às informações, mas, estas não têm feito sentido ou não ocupam espaço na vida cotidiana das pessoas. O Ministério da Saúde e as instituições ligadas ao cuidado e à prevenção do HIV/AIDS discutem e refletem sobre os métodos pedagógicos e o papel da mídia sobre a temática há muitos anos24. Já houve vários avanços, mas, o fato é que o “como fazer” está diretamente ligado às iniciativas, vivências, culturas e interesses dos atores que colocam em prática as atividades informativas. Ainda há que se aproximar muito da realidade dos sujeitos e tornar a prevenção do HIV/AIDS uma pauta interessante para todos, independentemente da capacidade escolar24.Para tal, iniciativas populares que partam do interesse da comunidade,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 que liguem a doença à vida real e tornem os sujeitos proativos, participativos no controle social do SUS, responsáveis pelo autocuidado e autônomos em prol de sua vida e da saúde dos seus pares são interessantes e podem mostrar resultados positivos25. A baixa escolarização representou um fator diretamente associado à redução do tempo de vida, quando comparada a sujeitos mais escolarizados. A escolarização é um proxy das condições de vida dos sujeitos, do acesso aos bens de consumo, acompanhamento pelos serviços e adesão ao tratamento. Portanto, investir em escolarização dos brasileiros é útil para todas as áreas da vida, incluindo o aumento da sobrevida quando os sujeitos têm uma condição crônica como o HIV/AIDS. O maior tempo de sobrevida em pacientes com maior escolaridade provavelmente está associado à maior regularidade e adesão ao esquema de tratamento proposto e maior compreensão sobre os riscos do uso incorreto dos medicamentos e o possível menor possibilidade de desenvolvimento de resistência viral ao tratamento. Dados semelhantes foram encontrados por Rosi e colaboradores (2012)26. Autores realizaram estudo para avaliar a sobrevida de pacientes com AIDS em município de Santa Catarina e verificaram sobrevida menor entre os pacientes com menor escolaridade27.

Por outro lado, sabendo que o principal modo de transmissão foi a via sexual, a maioria se autodeclarou heterossexual sendo encontrada maior frequência de PVHA com estado civil casado, reforçando que a epidemia da AIDS está ligada a comportamentos de risco, os quais podem se manifestar entre quaisquer populações e estão muito mais ligados ao despreparo para situações de exposição ao vírus, à descrença de que sexo ocasional não transmite o vírus, ou que a doença não mata, portanto, se a infecção acontecer algo será feito pela pessoa para manter sua vida. Outra hipótese que se discute neste estudo é a de que existe a possibilidade de muitas PVHA ainda omitiram a homossexualidade. Sendo uma ou outra situação, sabe-se que os jovens da geração atual, não viram seus pares morrerem por HIV/AIDS e necessitam de intervenções que esclareçam que, a despeito da mortalidade ter sido reduzida, há vários outros fatores envolvidos com a infecção pelo HIV/AIDS: efeitos adversos das medicações, impacto social e sobre a vida cotidiana, preconceitos, estigmas, comorbidades e outros.

Em relação ao tratamento, os pacientes que fizeram o esquema terapêutico C apresentaram maior tempo de sobrevida. Limaverde e colaboradores (2012)28 recomendam esse regime de tratamento como primeira escolha, o também é recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil (2014)29. Estudos mostram que a introdução precoce de TARV aumenta a sobrevida dos pacientes HIV/AIDS29.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 Recomenda-se que o esquema terapêutico de adultos vivendo com HIV/AIDS seja iniciado pelo esquema mais simples. Até 2017, período no qual o estudo foi conduzido, o esquema terapêutico básico nacional era caracterizado por este esquema C, administrado em um mesmo comprimido 2 Inibidores da Transcriptase Reversa Nucleotídeos + Inibidores da Trancriptase Reversa Não Nucleotídeos, o que facilitava a adesão. No esquema terapêutico, quando é administrado o inibidor da protease (esquemas B e D neste estudo), ganha-se em potência porque o tempo para negativar a carga viral reduz, a barreira genética se torna mais vantajosa, no entanto, a adesão é dificultada por causa da administração de mais comprimidos/dia. Segundo as diretrizes nacionais mais recentes, para o tratamento das PVHA adultas, a falha na TARV está diretamente ligada à adesão ao tratamento medicamentoso.28. Efeitos adversos tais como icterícia, intolerância gástrica, tontura, cefaleia, além de posologia complexa, dificuldades de acesso aos serviços e aos medicamentos, comorbidades (depressão, uso de substâncias psicoativas, e outros) são fatores que favorecem a baixa adesão ao tratamento. Quando isso acontece, pode-se ter resistência viral adquirida e subpopulações resistentes aos medicamentos28. Portanto, supõe-se que a maior sobrevida encontrada nos pacientes do esquema terapêutico C esteja associada a melhor adesão ao tratamento que os demais esquemas. No entanto, deve-se monitorar constantemente o paciente principalmente com relação aos níveis de triglicerídeos, pois verificou-se que esse parâmetro foi o mais sensível ao aumento com esse tratamento.

A transmissão sexual foi determinante para um maior tempo de sobrevida neste estudo. Julga-se que este grupo era composto por sujeitos com estado de saúde previamente melhor que aqueles que tiveram outras vias de transmissão. Além disso, o risco de morte de indivíduos com peso menor que a média foi mais que duas vezes o risco dos sujeitos com peso maior que a média, remetendo também a melhor condição de saúde dos sujeitos que conseguiram manter o peso corporal adequado. Logo, como sugere a literatura29, o acompanhamento das PVHA ao longo da vida se faz necessário por uma equipe multi e interdisciplinar que consiga trabalhar os diversos determinantes da adesão ao tratamento para a manifestação menor possível de outras doenças concomitantes que concorram para a redução do peso e para intervir nos efeitos adversos quando presentes no tratamento a fim de garantir a adequada ingesta calórica e de micronutrientes necessários para a manutenção do estado de saudável, a despeito da infecção.

Por fim, o resultado da maior sobrevida entre os pacientes com pressão arterial aumentada, pode ser explicado em parte porque havia maior quantidade de indivíduos vivos ao longo do tempo de tratamento. Dentre os que faleceram observou-se início tardio da TARV

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761 e tempo curto de sobrevida, o que sugere que nesses indivíduos o uso de terapia antirretroviral se deu por menor tempo, ocorrendo assim menor interferência nos níveis pressóricos dos indivíduos com menor tempo de terapia, quando comparados àqueles com maior tempo de tratamento.

Os resultados deste estudo podem ser estudados e aplicados em municípios de médio porte como Ponta Grossa porque, exceto pela raça branca que está ligada à colonização da região onde o estudo foi realizado, os sujeitos estudados muito se assemelham a outras realidades e a TARV somente é ofertada no SUS em qualquer território brasileiro. Além disso, o período estudado ‘e longo e pode verificar a determinação das exposições sobre a sobrevida, e foram incluídos todos os sujeitos sob TARV que não tinham alterações metabólicas ao início do tratamento, possibilitando uma amostra bem variada.

Sugere-se que pesquisas do tipo Coorte concorrente possam ser realizadas no futuro sobre tema para que se minimizem perdas de sujeitos, bem como de informações.

As limitações deste estudo estão relacionadas à análise de prontuários, diretamente dependente da qualidade do seu preenchimento. Porém, como medida de cautela, as informações demográficas foram coletadas das fichas de notificação compulsória visto que têm melhor qualidade no preenchimento. Os prontuários foram também analisados em períodos de 6 meses para que se pudessealcançar melhor quantidade de informações. Mas, sugere-se que pesquisas do tipo Coorte concorrente possam ser realizadas para que se minimizem perdas de sujeitos, bem como de informações.

5 CONCLUSÃO

Este estudo contribui ao esclarecimento de fatores que favorecem a sobrevida das PVHA para que as políticas públicas locais e nacionais possam se apoiar no intuito de minimizar mortes evitáveis nesta população. Os fatores que exerceram influência na sobrevida das pessoas vivendo com HIV/AIDS foram sexo masculino, raça branca, maior escolaridade, peso corporal maior e pressão arterial baixa.

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Figura 1. Sobrevida de pacientes em tratamento antirretroviral segundo fatores sociodemográficos. Região dos Campos Gerais, Paraná, Brasil. 2002-2014.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.28523-28542 may. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 2. Sobrevida de pacientes em tratamento antirretroviral segundo fatores sociodemográficos. Região dos Campos Gerais, Paraná, Brasil. 2002-2014.

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TABELA 1 – Características sociodemográficas e modo de transmissão de pacientes em terapia antirretroviral. Região dos Campos Gerais, Paraná, Brasil: 2002-2014 (N=538)*.

Características n % Sexo Feminino 236 43,9 Masculino 302 56,1 Raça/Cor Branca 439 82,2 Parda 86 16,1 Outras 8 1,7 Escolaridade (anos) Nenhuma 35 7,8 1 a 7 213 47,4 8 ou + 199 44,2 Estado civil Casado 247 50,2 Solteiro 164 33,3 Outros 81 16,5 Modo de transmissão Sexual 509 98,5 Outras 8 0,8 Comportamento sexual Bissexual 17 3,5 Heterossexual 438 89,0 Homossexual 37 7,5 Esquema Com tratamento 519 96,5 Sem Tratamento 19 3,5

Apenas nas variáveis sexo e esquema houve dados disponíveis para o total de sujeitos estudados (n=538). Houve perdas de informações para as demais variáveis porque não estavam disponíveis para a totalidade dos sujeitos nos documentos pesquisados.

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Tabela 2 – Associação entre variáveis sociodemográficas e clínicas e a sobrevida de pacientes em tratamento antirretroviral. Região dos Campos Gerais, Paraná, Brasil: 2002-2014.

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Figura 1. Sobrevida de pacientes em tratamento antirretroviral segundo fatores sociodemográficos
Figura 2. Sobrevida de pacientes em tratamento antirretroviral segundo fatores sociodemográficos
TABELA 1 – Características sociodemográficas e modo de transmissão de pacientes em terapia antirretroviral
Tabela 2 – Associação entre variáveis sociodemográficas e clínicas e a sobrevida de pacientes em tratamento  antirretroviral

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