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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Parafarmácia Pharma2u "Intermarché" (Guarda)

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R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

P R O F I S S I O N A L I I

VERA L ÚCIA ALMEIDA MARTINS

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM FARMÁCIA

julho/2013

Escola Superior de Saúde

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R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

P R O F I S S I O N A L I I

VERA L ÚCIA ALMEIDA M ARTINS

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO 4º ANO / 2º SEMESTRE

LOCAL DE ESTÁGIO: PHARMA2U

SUPERVISOR: DANIELA SEGURA REIS

ORIENTADOR: ANDRÉ RICARDO TOMÁS DOS SANTOS ARAÚJO PEREIRA

julho/2013

Escola Superior de Saúde

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Agradecimentos Em primeiro lugar quero agradecer a todos aqueles que contribuíram para a realização

deste estágio. Agradeço à Dr.ª Daniela e à técnica auxiliar de farmácia Sandra por se mostrarem disponíveis para a realização deste estágio, pela orientação, simpatia e disponibilidade dispensados ao longo deste estágio. Gratifico, ainda, os conselhos e rigor científicos transmitidos, bem como toda a atenção e

paciência. Quero ainda agradecer pelo bom ambiente de trabalho, o bom humor e a amizade sempre

presentes.

Aos professores André Pereira e Sandra Ventura, agradecimento muito importante pela disponibilidade demonstrada ao longo deste estágio e por contribuírem de forma decisiva para a melhor realização do mesmo.

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SIGLAS E ABREVIATURAS

AINE’s – Anti-Inflamatórios Não Esteróides CNP – Código Nacional de Produto

DL – Decreto-Lei Dr.ª – Doutora

FEFO – First Expired First Out FIFO – First In First Out

INFARMED – Autoridade Nacional da Farmácia e do Medicamento, IP IVA - Imposto Sobre o Valor Acrescentado

MNSRM – Medicamento Não Sujeito a Receita Médica PCHC - Produtos Cosméticos e de Higiene Corporal RAM – Reação Adversa a Medicamentos

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Exterior da Pharma2u ... 11 Ilustração 2 - Interior da Pharma2u ... 12 Ilustração 3 - Interior da Pharma2u ... 12

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ... 7

1. O TÉCNICO DE FARMÁCIA NOS LOCAIS DE VENDA DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA ... 9

2. ATIVIDADES PLANEADAS ... 10

3. CARACTERIZAÇÃO DA PHARMA2U ... 11

3.1.LOCAL E POPULAÇÃO ABRANGIDA ... 11

3.2.HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO ... 11 3.3.ESPAÇO EXTERIOR ... 11 3.4.ESPAÇO INTERIOR ... 12 3.5.RECURSOS HUMANOS ... 13 3.6.SISTEMA INFORMÁTICO ... 13 3.7.GESTÃO DE STOCKS ... 14

3.8.AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE ... 15

4. ATIVIDADES REALIZADAS ... 16

4.1.ELABORAÇÃO DE ENCOMENDAS E A SUA TRANSMISSÃO ... 17

4.2.RECEÇÃO E CONFERÊNCIA DE ENCOMENDAS ... 17

4.3.ARMAZENAMENTO E EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS ... 18

4.4.CONTROLO DO PRAZO DE VALIDADE ... 19

4.5.DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS ... 19

4.6.CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS EXISTENTES NA PHARMA2U ... 20

4.7.DISPENSA DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA ... 21

4.8.ENVIO DE CONSUMOS DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA AO INFARMED ... 23

4.9.FARMACOVIGILÂNCIA ... 24

CONCLUSÃO ... 25

BIBLIOGRAFIA ... 27

ANEXOS ... 28

ANEXO A – ELABORAÇÃO DA ENCOMENDA ... 29

ANEXO B – FATURA ... 31

ANEXO C – REGISTO DE NÃO CONFORMIDADES ... 33

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

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INTRODUÇÃO

Este relatório insere-se no âmbito da realização do Estágio de Integração à Vida Profissional, componente da Unidade Curricular de Estágio Profissional II, inserida no 2º semestre do 4º ano do plano de estudos do curso de Farmácia 1º Ciclo, da Escola Superior de Saúde, do Instituto Politécnico da Guarda (1).

O Estágio Profissional II é uma unidade curricular de carácter obrigatório e objeto de avaliação, em que a aprendizagem se desenvolve em contexto real, sendo por isso encarado como um estágio de integração à vida profissional (1).

A componente de Integração à Vida Profissional decorreu entre o dia 6 de maio de 2013 e o dia 21 de junho de 2013, tendo uma carga horária de 250 horas, distribuídas de acordo com o horário ajustado à realidade do local de estágio.

Este estágio foi realizado na Parafarmácia Pharma2u. A coordenação esteve a cargo do docente André Ricardo Tomás dos Santos Araújo Pereira, com a colaboração das docentes Sandra Cristina do Espírito Santo Ventura e Maria de Fátima dos Santos Roque. A supervisão esteve a cargo da responsável técnica, a Dr.ª Daniela Reis.

O estágio é uma importante vertente de formação, permitindo ao estudante uma aprendizagem no seio de uma família multidisciplinar de saúde e um contacto direto com o utente/doente (1).

São objetivos gerais do estágio favorecer, em contexto real, a integração das aprendizagens que vão sendo desenvolvidas ao longo do curso, de modo a que o perfil do estudante vá ao encontro das competências necessárias no âmbito da sua formação e preparar o estudante para dar resposta às exigências da sociedade, promovendo a socialização e integração profissional (1).

Outros objetivos deste estágio são: desenvolver competências científicas e técnicas que permitem ao estudante a realização de atividades subjacentes à profissão do Técnico de Farmácia, o enquadramento das várias áreas de intervenção profissional; aplicar os princípios éticos e deontológicos subjacentes à profissão; identificar, desenvolver e avaliar planos de intervenção adequadamente integrados numa equipa multidisciplinar e responder aos desafios profissionais com inovação, criatividade e flexibilidade (1).

A realização do relatório de estágio é fundamental para a avaliação, sendo este de carácter explorativo, descritivo e informativo. Para a realização do mesmo recorreu-se a

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

8 várias informações de carácter teórico, teórico-prático e prático que foram adquiridos ao

longo dos três anos de formação do curso de Licenciatura em Farmácia.

Este relatório possui uma descrição pormenorizada de todas as atividades realizadas durante este estágio (1).

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

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1. O TÉCNICO DE FARMÁCIA NOS LOCAIS DE VENDA DE

MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA

Segundo o Decreto-Lei (DL) nº 564/99 de 21 de dezembro – Estatuto Legal da Carreira de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, faz parte da competência do Técnico de Farmácia o desenvolvimento de atividades no circuito do medicamento, tais como análises e ensaios farmacológicos, interpretação da prescrição terapêutica e de fórmulas farmacêuticas, sua separação, identificação e distribuição, controlo da conservação, distribuição e stocks de medicamentos e outros produtos, informação e aconselhamento sobre o uso de medicamentos (2). Deste modo o perfil do Técnico de Farmácia pressupõe a existência de um profissional competente, ativo, consciente e responsável (1).

Cada vez mais, as farmácias e os locais de venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) são a primeira opção do cidadão quando este enfrenta dúvidas relacionadas à sua saúde e bem-estar, sendo por isso importante que o Técnico de Farmácia assuma um papel de educador para a saúde e prevenção da doença, faça um aconselhamento para o uso racional do medicamento e uma monitorização constante dos utentes e não fique só pelo papel de técnico do medicamento.

O principal exercício na parafarmácia é a dispensa de MNSRM e o melhor aconselhamento sobre a sua utilização. À partida esta pode parecer uma atividade trivial e monótona, mas que acaba por se mostrar uma experiência sempre diferente consoante a pessoa que está à nossa frente.

É na dispensa do medicamento ou de outros cuidados de saúde que o Técnico de Farmácia tem obrigação de desempenhar um papel fundamental, quer na dispensa de informações necessárias ao uso racional do medicamento ou à orientação para uma consulta médica, quer no esclarecimento de quaisquer dúvidas que o utente possa ter.

Em suma, é importante que o Técnico de Farmácia encontre um equilíbrio entre a ética, o profissionalismo e a prosperidade do negócio para que possa ser bem-sucedido na sua profissão.

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

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2. ATIVIDADES PLANEADAS

Na realização deste estágio foram realizadas as seguintes atividades:

Caracterização da Pharma2u;

Identificação dos profissionais que constituem a equipa da Pharma2u;

Elaboração de encomendas e sua transmissão aos fornecedores; Receção e conferência de encomendas;

Arrumação técnica MNSRM e outros Produtos de Saúde; Gestão de stocks;

Verificação e controlo de lotes e prazos de validade;

Identificação de motivos de devolução de MNSRM e outros Produtos de Saúde a fornecedores/laboratórios;

Devolução de MNSRM e outros Produtos de Saúde;

Aconselhamento e dispensa de MNSRM e outros Produtos de Saúde;

Envio do consumo de MNSRM à Autoridade Nacional da Farmácia e do Medicamento, IP (INFARMED).

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3. CARACTERIZAÇÃO DA PHARMA2U

3.1. LOCAL E POPULAÇÃO ABRANGIDA

A Pharma2u localiza-se no interior do espaço comercial do Intermarché® da Guarda. A população que recorre a este local de venda de MNSRM é bastante heterogénea e pertence a diversas faixas etárias e sociais, pelo que importa utilizar uma linguagem simples e acessível que possa ser entendida por todos os utentes.

É importante também que os profissionais sejam dotados de uma grande capacidade de ouvir e que saibam gerir, sempre da melhor forma, todos os dilemas com que são confrontados diariamente.

3.2. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A Pharma2u está em funcionamento todos os dias das nove horas e trinta minutos até às vinte e uma horas.

3.3. ESPAÇO EXTERIOR

A Pharma2u encontra-se no interior do espaço comercial do Intermarché® da Guarda e, para ser mais fácil a sua distinção das outras lojas, possui uma cruz luminosa.

A sua fachada é constituída pela porta e uma montra de vidro que permite uma melhor visualização do interior da loja e permite, também, a exposição de alguns produtos que são renovados com alguma periocidade (Ilustração 1).

Na porta encontram-se as informações obrigatórias exigidas pela Portaria nº827/2005 de 14 de setembro, que são: o nome do Responsável Técnico e a respetiva habilitação profissional, bem como os dizeres “Venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica – Registo nº NNNN/200N no INFARMED” (3).

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3.4. ESPAÇO INTERIOR

A Pharma2u é um local onde se adquirem medicamentos e/ou produtos de saúde, sendo também um local de aconselhamento.

Esta possui uma zona de atendimento que usufrui de um balcão de atendimento que divide o espaço em duas áreas, uma com acesso livre aos produtos por parte do utente e outra mais reservada aos profissionais (Ilustração 2). Na parte mais reservada aos profissionais encontram-se em exposição os MNSRM. A sua arrumação está feita de acordo com as indicações terapêuticas de cada medicamento. Assim, temos: laxantes (Microlax®), obstipantes (Imodium®), medicamentos para a azia e antiácidos (Kompensan®), analgésicos (Ben-U-ron® 500mg), Anti-Inflamatórios Não Esteroídes (AINE’s) (Brufen®, Aspirina®), antigripais (Antigripine®), xaropes antitússicos (Mebocatuss®), expectorantes (Bissolvon®) e antivíricos (Zovirax®).

No seguimento destes, encontram-se os cremes e pomadas de aplicação tópica (Bepanthene®, Biafine®), AINE’s de aplicação tópica (Voltaren®), desinfetantes (Betadine®), antitabágicos (Niquitin menta®), produtos de veterinária (Frontline®) material de primeiros socorros (pensos, compressas), testes de gravidez, suplementos vitamínicos (Centrum®, Memovital®,

Memofante®, Vitamegas®), produtos de puericultura, produtos de dermocosmética, produtos capilares, produtos de higiene íntima e produtos de higiene bucodentária (Ilustração 3).

Por baixo dos expositores dos medicamentos encontram-se algumas gavetas devidamente identificadas que servem para o armazenamento de produtos. Por baixo do balcão de

Ilustração 2 - Interior da Pharma2u

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

13 atendimento também se encontra uma gaveta devidamente identificada onde se

arrumam os medicamentos para a devolução aos fornecedores.

3.5. RECURSOS HUMANOS

A Pharma2u tem como funcionários a responsável técnica e uma técnica de vendas. As suas funções vão de encontro à Portaria nº827/2005 de 14 de setembro e são as seguintes: a responsável técnica está incumbida de supervisionar as atividades relacionadas com a venda, armazenamento e a conservação dos medicamentos; implementar e garantir o sistema de farmacovigilância; implementar e garantir o sistema de recolha de medicamentos; garantir que no ato da venda é disponibilizada ao utente e em tempo útil a informação que permita uma utilização segura e com qualidade do medicamento e garantir o cumprimento da legislação e regulamentação aplicável à atividade. A técnica de vendas está incumbida de cumprir os procedimentos definidos no âmbito da venda de medicamento, bem como dos sistemas de farmacovigilância e recolha de medicamentos e ainda, de cumprir a legislação e regulamentação em vigor aplicável à atividade (3).

3.6. SISTEMA INFORMÁTICO

O programa utilizado para a programação e faturação da parafarmácia é o Orangest V11. Este é um software de gestão comercial que tem um acesso fácil, simples e rápido à informação pretendida (4,5).

Este sistema permite um controlo eficaz de clientes e fornecedores ao permitir criar uma ficha para cada um, onde se pode colocar alguma informação pertinente. Permite, ainda, a gestão de stocks de produtos de forma automática, com o cálculo de preços.

Outro aspeto fundamental é que permite a gestão de lotes e de prazos de validade dos produtos.

Permite, ainda, retirar dados contabilísticos que vão ser úteis na gestão da parafarmácia (4,5).

Este programa reflete todas as situações legais e obrigatórias em vigor, estando licenciado pela Autoridade Tributária. Assim, até ao dia vinte do mês seguinte é

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14 enviado um ficheiro SAFT gerado pelo programa, a esta entidade, onde constam todas

as faturas emitidas.

Este programa também gera um ficheiro onde constam todas as vendas de MNSRM que é enviado até ao dia 8 do mês seguinte ao INFARMED.

3.7. GESTÃO DE STOCKS

O aprovisionamento num local de vendas de MNSRM abrange um conjunto de procedimentos que permite colocar diferentes tipos de produtos à disposição do cliente consoante as suas necessidades.

É deveras importante que o estabelecimento de vendas de MNSRM tenha um sistema de gestão de stocks adequado ao seu funcionamento e que esteja de acordo com as necessidades da população onde está inserida. Um stock elevado significa mais custos, saturação do espaço e um aumento da devolução de medicamentos, sendo o prazo de validade o principal motivo da devolução e um stock muito baixo pode levar à falta de medicamentos, o que pode transmitir uma imagem negativa junto do cliente em relação aos serviços prestados.

Uma ferramenta bastante útil na gestão de stocks é o sistema informático. Este possui uma ficha própria para cada produto farmacêutico, onde cada produto pode ser classificado pelo Código Nacional de Produto (CNP). Esta ficha permite fazer um controlo do stock máximo e mínimo pretendido, entre outras informações.

Outro instrumento útil é que o sistema informático permite gerir as entradas e saídas dos produtos bem como a existência destes em armazém, sendo esta informação pertinente no planeamento da aquisição de novos produtos e na boa gestão de compras que evitam a rutura ou um stock em excesso.

Para uma melhor gestão de stocks é importante ter em atenção, na hora da aquisição de novos produtos alguns aspetos como: o perfil e necessidades dos clientes, o capital disponível pelo local de vendas de MNSRM, modalidade e facilidade de pagamentos aos fornecedores, bonificações atribuídas, regularidade das entregas pelos fornecedores, rotatividade dos produtos, o marketing dos mesmos e a relação custo/benefício.

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3.8. AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A

RECEITA MÉDICA E OUTROS PRODUTOS DE SAÚDE

Na hora da aquisição de especialidades farmacêuticas é preciso analisar com os fornecedores no sentido de se fazer a melhor compra. A escolha do fornecedor passa por vários critérios que dependem das exigências do local de vendas de MNSRM e têm em conta: pontualidade e periodicidade da entrega das encomendas, tipo de produtos fornecidos, vantagens em relação ao pagamento, descontos e bonificações apresentadas, estado de conservação das especialidades farmacêuticas e a sua apresentação no ato da entrega, gestão de devoluções e ainda a capacidade dos fornecedores para dar resposta às reclamações e pedidos efetuados.

A Pharma2u tem como principal fornecedor a Mercafar e trabalha, ainda diretamente com alguns laboratórios como é o caso da Dietlab e Laboratórios

Expanscience (Mustela®, Noviderm®). A aquisição de alguns produtos de saúde diretamente aos laboratórios depende de vários fatores, entre os quais as vantagens de pagamento e as bonificações apresentadas.

Importa referir que é preciso sempre analisar e prever a situação do mercado antes de fazer qualquer aquisição de medicamentos ou de produtos de saúde em grandes quantidades, pois uma compra desenfreada pode resultar numa situação de prejuízo.

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4. ATIVIDADES REALIZADAS

As atividades realizadas ao longo deste estágio foram sempre feitas respeitando a ética, a qualidade e o profissionalismo e tendo em conta os cuidados de higiene e o uso racional do medicamento, com a finalidade de despertar no utente uma maior confiança no papel do profissional da área da parafarmácia, na medida em que zela pelos seus interesses, responde às suas dúvidas e cuida pelo seu bem-estar e saúde.

Todas as atividades realizadas ao longo deste estágio integram o circuito do medicamento que se inicia com a elaboração e transmissão da encomenda, passa pela sua receção e conferência, pelo armazenamento dos produtos e termina com a dispensa destes ao utente/cliente.

Para uma melhor compreensão do circuito de medicamento é preciso compreender diversos conceitos como: especialidade farmacêutica e matérias-primas. Dentro das especialidades farmacêuticas deve-se ressaltar o que são MNSRM.

Assim, segundo o DL nº72/91 de 8 de fevereiro – Estatuto do Medicamento, Especialidade farmacêutica é “todo o medicamento preparado antecipadamente e introduzido no mercado com denominação e acondicionamento próprio” (6).

Segundo o INFARMED, MNSRM são todas as especialidades farmacêuticas que não apresentam nenhuma especificação que os possam classificar como sendo Medicamento Sujeito a Receita Médica (MSRM) e a sua dispensa tem que estar de acordo com as indicações terapêuticas que se incluem na lista lançada pelo INFARMED de situações que podem ser passiveis de automedicação, incluídas no despacho nº 17690/2007 – Lista das Situações de Automedicação (7,8). Segundo o INFARMED, o estatuto de MNSRM depende do princípio ativo deste, da sua indicação terapêutica, dosagem e condição de utilização (7).

De acordo com o DL nº176/2006 de 30 de agosto – Estatuto do Medicamento, matéria-prima é “toda a substância ativa ou não que se emprega na produção de um medicamento, que permaneça inalterável, quer se modifique ou desapareça no decurso do processo” (9)

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4.1. ELABORAÇÃO DE ENCOMENDAS E A SUA TRANSMISSÃO

O primeiro passo do circuito do medicamento é o processo da elaboração e transmissão das encomendas. Este é um processo muito importante pois dele dependem a existência ou não dos produtos nos stocks dos locais de venda de MNSRM para a dispensa ao cliente.

A elaboração e transmissão de encomendas podem ser feitas de várias formas como sendo via internet ou através de um delegado de informação médica.

Através destas vias é possível efetuar as encomendas semanais, que têm por norma a satisfação das necessidades da Pharma2u (ANEXO A). Após a verificação e aprovação da encomenda esta é enviada diretamente para o armazenista e uma cópia da lista de produtos encomendados é guardada em suporte digital.

As encomendas realizadas através do Vendedor dos Laboratórios são realizadas quando este passa pela Pharma2u para apresentar novos produtos ou promoções.

No ato da elaboração de qualquer tipo de encomenda é preciso ter-se sempre em atenção a rotação do produto nos últimos meses, a sazonalidade destes, a população que é abrangida pela Pharma2u, a tabela de preços e bonificações oferecidas pelos fornecedores/armazenistas, bem como as facilidades de pagamento apresentadas pelos mesmos.

4.2. RECEÇÃO E CONFERÊNCIA DE ENCOMENDAS

A receção e conferência de encomendas devem ser suportadas por procedimentos e verificações que garantem que os produtos são e estão de acordo com as especificações e que o transporte foi feito de acordo com as condições definidas pelo fabricante.

As encomendas entram pela porta da frente da loja e, na presença do transportador, é conferido o número de volumes entregues.

As encomendas são sempres acompanhadas de uma fatura (ANEXO B) onde constam a designação dos produtos – nome comercial, forma farmacêutica, dosagem, o preço de custo ao local de venda de MNSRM, a percentagem do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) a que o produto está sujeito, a quantidade de cada produto que foi encomendada e o valor total da fatura. Outra informação pertinente acontece quando um produto pedido não vem na encomenda. Nesta situação à frente do produto pedido

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18 aparece a informação pela qual o medicamento não foi enviado (esgotado, não

comercializado, entre outros).

A fatura é composta por um documento original e um duplicado.

Após a receção das encomendas, estas estão sujeitas a uma conferência, onde se deve verificar o nome do produto, o código, a forma farmacêutica e dosagem (no caso de MNSRM), o lote, o preço e a data de validade.

Deve, também, verificar-se a rotulagem dos MNSRM e das vitaminas, onde os primeiros devem ter a designação de “Medicamento Não Sujeito a Receita Médica” e “registo no INFARMED n.ºN” e os segundos devem incluir na rotulagem a expressão “Suplemento Alimentar”.

Quando se dá entrada de um produto pela primeira vez é necessário criar uma ficha no sistema onde se devem preencher os campos de acordo com as características específicas do mesmo.

Todas as não conformidades detetadas na conferência das encomendas, tais como, produto não enviado, produto danificado, prazo de validade curto, deverão ser registadas em impresso próprio (ANEXO C).

Após a conferência, os produtos são arrumados.

4.3. ARMAZENAMENTO E EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS

Após a receção e conferência das encomendas, os produtos são armazenados e expostos nos seus respetivos locais. Um correto armazenamento destes possibilita uma ótima rentabilização do espaço disponível e garante todas as condições de segurança e acessibilidade, garantindo uma ótima qualidade e estabilidade dos medicamentos e produtos de saúde.

A Pharma2u recebe encomendas semanalmente, pelo que não se justifica a existência de um stock muito elevado. No entanto, para o armazenamento de alguns produtos, existem algumas gavetas na área de atendimento devidamente identificadas.

Os produtos expostos para venda encontram-se em prateleiras na área de atendimento ao público e a sua exposição segue a ordem descrita anteriormente.

Durante a arrumação é preciso ter em conta que os produtos mais pesados, de maior volume e com maior risco de quebra se encontram nos locais mais baixos.

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19 Importa referir que os primeiros produtos a serem vendidos são os que possuem um

prazo de validade mais curto – FEFO, First expired, first out. Protegendo esta regra, todos os produtos seguem a regra do FIFO – First in First out, ou seja todos os produtos estão armazenados de forma a que os primeiros produtos a entrarem sejam os primeiros a sair, de modo a existir uma rotação do stock e a minimizar a probabilidade de se devolverem produtos fora do prazo de validade.

4.4. CONTROLO DO PRAZO DE VALIDADE

Um controlo dos prazos de validade de todos os produtos existentes na Pharma2u permite assegurar a qualidade, estabilidade e a utilização destes com segurança.

Na receção, durante a conferência de medicamentos e de produtos de saúde, deve-se verificar e registar no duplicado da fatura o prazo de validade das embalagens.

A arrumação destes deve ser feita de forma a que os produtos com um prazo de validade mais curto sejam vendidos primeiro.

Uma vez por mês deve-se verificar o prazo de validade de todos os produtos existentes na Pharma2u e registam-se, em impresso próprio (ANEXO D) todos os produtos que apresentam um prazo de validade igual ou inferior a 4 meses e superior a 3 meses.

No final do mês, verifica-se se os medicamentos assinalados já escoaram, retirando-se para devolução, todos os medicamentos que apreretirando-sentem um prazo de validade inferior a 3 meses.

De seguida deve-se emitir uma nota de devolução ao fornecedor e os produtos devem ser armazenados em local próprio até à sua devolução.

4.5. DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS

A devolução de produtos aos armazenistas pode ocorrer por diversos motivos, entre os quais: produtos enviados por engano pelo fornecedor; produtos com prazos de validade muito curto ou que já expiraram ou, então quando a embalagem se apresenta danificada ou em mau estado de conservação. Outro motivo importante que leva à devolução de especialidades farmacêuticas são as circulares enviadas pelo INFARMED, ou pelos armazenistas a informar a retirada do produto do mercado por algum motivo

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20 como erro de rotulagem, danificação da embalagem, erros nos processos de fabrico ou

falhas de segurança.

Os produtos retirados da exposição são colocados em local próprio e é emitida uma nota de devolução.

Com o intuito de facilitar, nas notas de devolução passadas pela Pharma2u são expressos os motivos pelo qual esta ocorre.

As notas de devolução são feitas no sistema informático. Para tal, deve-se escolher o fornecedor para o qual se vai fazer a devolução, deve-se indicar-se o motivo desta, devem indicar-se as respetivas quantidades de cada produto a ser devolvido e o preço de custo ao fornecedor. São retiradas três cópias de cada devolução que devem ser carimbadas e assinadas, duas delas vão com os produtos para o fornecedor, servindo uma cópia como guia de transporte e a outra é arquivada na Pharma2u.

Quando o armazém procede à regularização destas ocorrências envia uma nota de crédito ou o produto em falta. No fim, é necessário regularizar as notas de devolução de acordo com o envio do produto ou da nota de crédito.

4.6. CLASSIFICAÇÃO

DOS

PRODUTOS

EXISTENTES

NA

PHARMA2U

Para um bom atendimento ao cliente da Pharma2u é importante saber a classificação dos medicamentos que fazem parte do stock desta bem como a sua definição.

Assim, segundo o INFARMED, MNSRM são todas as especialidades farmacêuticas que não apresentam nenhuma especificação que os possam classificar como sendo Medicamento Sujeito a Receita Médica (MSRM) e a sua dispensa tem que estar de acordo com as indicações terapêuticas que se incluem na lista lançada pelo INFARMED de situações que podem ser passiveis de automedicação, incluídas no despacho nº 17690/2007 – Lista das Situações de Automedicação (7,8). Segundo o INFARMED, o estatuto de MNSRM depende do princípio ativo deste, da sua indicação terapêutica, dosagem e condição de utilização (7).

Os produtos e medicamentos de uso veterinário, segundo o DL nº314/2009 de 28 de outubro – Código comunitário relativo aos medicamentos veterinários, são substâncias ou associações de substâncias que apresentam propriedades curativas ou preventivas de doenças em animais ou dos seus sintomas e que possa ser administrada

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21 em animais com vista a estabelecer um diagnóstico ou a exercer uma ação

farmacológica, imunológica ou metabólica, a corrigir ou modificar funções fisiológicas

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.

Segundo o DL nº 189/2008 de 24 de setembro – Regime jurídico dos produtos

cosméticos e de higiene corporal (PCHC), estes são substâncias/preparações

destinadas a serem colocadas em contacto com diferentes partes do corpo humano, com as finalidades de limpar, perfumar, modificar o seu aspeto, proteger, manter em bom estado ou corrigir os odores corporais (11).

Por fim, segundo o DL nº145/2009 de 17 de junho – Regras para a investigação, fabrico, comercialização, entrada em serviço, vigilância e publicidade dos dispositivos médicos e respetivos acessórios, os dispositivos médicos são qualquer instrumento, aparelho, equipamento, material ou artigo utilizado isoladamente ou combinado, cujo principal efeito que se pretende no corpo humano não seja alcançado por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos destinados com determinados fins como: diagnóstico, prevenção, monitorização, tratamento ou atenuação de doenças, lesões ou deficiências; investigação, substituição ou modificação da anatomia ou de um processo fisiológico e o controlo da conceção (12).

4.7. DISPENSA DE MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA

MÉDICA

A dispensa de medicamentos deve ser realizada com a maior segurança possível, de forma a garantir uma minimização dos riscos e ao mesmo tempo uma maior efetividade da terapêutica.

Na dispensa de um medicamento é essencial um aconselhamento farmacoterapêutico adequado, dando-se um ênfase especial à posologia, via de administração, cuidados a ter e possíveis interações do medicamento com a medicação concomitante. Outro aspeto a ter em conta é se se trata de uma dispensa para uma primeira utilização ou uma dispensa de repetição. Caso se trate de uma primeira dispensa, o profissional de saúde deve fornecer o máximo de informação possível ao utente, particularmente a posologia (quantidade a tomar e quando tomar), os efeitos secundários, interações e/ou contra-indicações, de forma a contribuir para o uso racional e seguro do medicamento. No segundo caso, deve-se ter em conta os resultados obtidos

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

22 e fazer um reforço das ideias e informações fornecidas aquando da primeira dispensa.

Contudo, é deveras importante que em ambas as situações o utente fique totalmente esclarecido sobre a sua medicação e tratamento.

Para que se consiga um bom atendimento é importante que os profissionais da área da saúde estejam bem instruídos e possuam conhecimentos técnico-científicos atualizados, para que consigam reconhecer os sinais e sintomas apresentados, consigam resolver as situações que lhes são apresentadas no dia-a-dia, o que inclui orientar o utente no sentido de consultar um médico quando a situação assim o exige e no caso de não se sentir capacitado a resolver determinada situação. Importa ainda que estes profissionais possuam uma linguagem simples e que seja acessível a toda a população abrangida.

Os MNSRM têm como finalidade a prevenção ou o alívio dos sintomas de alguns problemas e que não necessitam de uma observação médica. A este tipo de medicação não devem estar associados efeitos adversos e não devem colocar em risco a saúde da população. Alguns exemplos deste tipo de medicação são: vitaminas, antigripais, antitússicos, antipiréticos, laxantes, entre outros.

Quando ocorre automedicação (instauração de um tratamento medicamentoso por iniciativa do próprio doente), cabe ao profissional de saúde realizar um bom aconselhamento realçando a posologia, as interações com outros medicamentos e promover o uso racional do mesmo. No ato da dispensa e do aconselhamento deste tipo de medicamentos é importante que o profissional alerte para todos os riscos do seu uso indiscriminado, alertando para o aparecimento de possíveis efeitos adversos e que quando usados de forma continuada podem mascarar um problema grave de saúde.

O profissional deve sempre questionar o utente sobre a sua idade, quais os seus sintomas, a sua localização, a frequência com que ocorrem, a intensidade, a duração, a utilização prévia ou não de outro tipo de medicação por iniciativa própria no alívio dos sintomas, se possui alguma alergia e se faz algum tipo de medicação e caso a resposta seja positiva qual o tipo de medicação.

Importa, ainda realçar que em caso de persistência ou agravamento dos sintomas, o utente deverá ser aconselhado a procurar a ajuda de um médico.

No final, o profissional de saúde deve certificar-se que o cliente sai do estabelecimento de venda de MNSRM possuindo todas as informações necessárias para que seja feita uma correta utilização dos medicamentos, como sendo: possíveis efeitos

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

23 secundários, posologia e modo de administração, argumentos para uma boa adesão à

terapêutica e cuidados a ter na conservação do medicamento.

Outro aspeto importante é que a publicidade crescente a MNSRM tem vindo a aumentar a procura destes produtos por parte do utente, não sendo muitas vezes a informação retida a mais correta. Neste caso, cabe aos profissionais, quando se deparam com situações deste tipo, informar corretamente o utente e verificar se o seu uso se aplica ou não nos sintomas apresentados, dando sempre enfase ao uso racional do medicamento.

Durante a dispensa de MNSRM é importante que o profissional de saúde utilize uma linguagem acessível ao utente. A informação deve ser, preferencialmente, escrita na embalagem, desde que se tenha o consentimento do cliente e deve incluir: posologia, quando se deve tomar (antes ou depois das refeições, ao deitar) e duração do tratamento.

4.8. ENVIO

DE

CONSUMOS

DE

MEDICAMENTOS

NÃO

SUJEITOS A RECEITA MÉDICA AO INFARMED

Todos os registos relativos à atividade de comercialização do MNSRM são importantes como histórico e fundamentais para os processos de recolha e reclamações. A Pharma2u deve manter estes registos pelo período de 5 anos.

A comunicação das vendas de MNSRM ao INFARMED é de caracter obrigatório e deve ser feita ate ao dia 8 do mês seguinte a que se reportam as vendas.

No primeiro dia útil de cada mês o Responsável Técnico produz um ficheiro de vendas de MNSRM utilizando o sistema informático. Depois de gravar uma cópia do ficheiro, o Responsável Técnico acede ao site do INFARMED e no link “Locais de Venda de MNSRM ” acede a “Edição, pagamento de registos e comunicação de consumos”. Na página “Edição do registo de estabelecimentos de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica - MNSRM” introduz o nome e a senha de acesso e de seguida acede a “Comunicação de Consumos”. Após selecionar o local e o mês correspondente, deve carregar o ficheiro dos consumos.

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

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4.9. FARMACOVIGILÂNCIA

A farmacovigilância tem como função principal a deteção, registo e avaliação das reações adversas a medicamentos, com o objetivo último da sua prevenção. A implementação eficaz de mecanismos de deteção de reações adversas, tem a finalidade de maximizar o benefício e minimizar os riscos, na utilização de medicamentos ao nível da comunidade.

A farmacovigilância visa melhorar a qualidade e segurança dos medicamentos, em defesa do utente e da Saúde Pública, através da deteção, avaliação e prevenção de reações adversas a medicamentos.

Uma reação adversa a medicamentos (RAM) é uma resposta nociva e não intencional a um ou mais medicamentos.

Devem-se notificar todas as reações adversas a medicamentos graves ou inesperadas e, na dúvida, deve-se notificar qualquer caso suspeito que preocupe o profissional de saúde.

As RAM são notificadas através de uma ficha de Notificação de Reações Adversas Medicamentosas do Sistema Nacional de Farmacovigilância e no preenchimento desta ficha deve ter-se em conta os dados do utente, dados do notificador, dados do medicamento, substância ativa; lote, dosagem; indicação terapêutica; início da administração e tempo de utilização; dados da reação adversa – descrição da reação e a sua evolução e dados complementares como antecedentes familiares e pessoais.

O exercício de práticas de farmacovigilância constitui uma responsabilidade de todos os profissionais da área da saúde, incluindo os profissionais dos locais de venda de MNSRM que têm por obrigação enviar todas as informações sobre o uso de medicamentos que se revele importante ao INFARMED que é o agente responsável pelo acompanhamento, coordenação e aplicação do Sistema Nacional de Farmacovigilância.

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

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CONCLUSÃO

Durante a realização deste estágio pude verificar a importância das atividades que um profissional de saúde desempenha, dentro de um local de venda de MNSRM, tendo como objetivo final um bom atendimento do utente, respondendo a todas as suas necessidades e zelando pelo seu bem-estar e pela sua saúde.

Para que o utente tenha um bom atendimento é importante que haja uma otimização de todas as atividades dentro do estabelecimento de venda de MNSRM, desde a elaboração e receção das encomendas, passando pelo armazenamento à dispensa das especialidades farmacêuticas.

Uma boa interação entre o profissional de Saúde e o utente é essencial, devendo o utente ter um acompanhamento permanente de forma a garantir a promoção da saúde e a prevenção da doença.

Este estágio também contribuiu para a minha formação enquanto técnica de farmácia e permitiu-me adquirir novos conhecimentos, bem como consolidar conhecimentos teóricos adquiridos durante os períodos letivos. É de salientar que todas as situações com que me deparei ao longo destes meses também contribuíram para o meu desenvolvimento pessoal.

Foi-me possível participar em todas as atividades do circuito de medicamento, desde a elaboração e transmissão das encomendas, passando pelo armazenamento e arrumação técnica dos mesmos, à gestão de stocks, controlo dos prazos de validade, entre outras atividades.

Neste estágio foi-me dada a oportunidade de fazer atendimento ao balcão de uma forma autónoma, onde tive oportunidade de lidar com diferentes situações que tentei ultrapassar da melhor forma possível.

Alguns aspetos a reter deste estágio é que cada vez mais a Pharma2u, estando localizada numa superfície comercial e onde o cidadão vai com alguma frequência, é um ponto onde este recorre quando tem problemas de saúde, fazendo com que cada vez mais o profissional de farmácia seja uma das figuras mais importantes no dia-a-dia da população, sendo visto como uma pessoa que transmite segurança, aconselha e zela pelos interesses dos seus utentes.

Outro ponto importante é que cada vez mais as pessoas recorrem às parafarmácias para resolverem alguns problemas de saúde e, com isso, aderirem à automedicação.

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26 Cabe ao profissional de saúde tentar aconselhar da melhor forma possível, tendo em

vista a promoção da saúde, não descorando do uso racional do medicamento e do zelo pela saúde e bem-estar dos utentes.

Outro aspeto a realçar é que, apesar de existir uma maior adesão por parte da população aos locais de venda de MNSRM, ainda é visível uma certa apreensão por parte destes para com o profissional de saúde.

Destaco ainda a boa disposição e o bom ambiente dentro da parafarmácia que contribuiu de forma clara para a minha motivação na realização deste estágio.

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Vera Lúcia Almeida Martins | Guarda, 2013

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BIBLIOGRAFIA

1. ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA – Regulamento Especifico Estágio Profissional II – Estágio de Integração à Vida Profissional. Guarda, 2012/2013;

2. Decreto-Lei nº 564/99 de 21 de dezembro. Diário da República – 1ª Série nº 295 (21-12-1999)

3. Portaria nº 827/2005 de 14 de setembro. Diário da Republica – 1ª Série B nº 177 (14-09-2005)

4. METADATA INFORMÀTICA (24 de junho de 2013). METADATA: ORANGEST – CARACTERISTICAS. Acedido em junho, 24 de junho de 2013, em METADATA: http://www.metadata.pt/orangest_caracteristicas.aspx

5. MAGNISOFT (24 de junho de 2013). MAGNISOFT: Software Orangest – Solução Completa de Gestão Comercial e faturação. Acedido em junho, 24 de junho de 2013, em MAGNISOFT:

http://www.magnisoft.pt/OranGest.aspx?AspxAutoDetectCookieSupport=1 6. Decreto-Lei nº 72/91 de 8 de fevereiro. Diário da República – 1ª Série nº 33

(8-2-1991)

7. INFARMED (24 de junho de 2013). INFARMED: Promover a Saúde Publica. Acedido em junho, 24 de junho de 2013, em Infarmed: www.infarmed.pt

8. Despacho nº 17690/2007, de 23 de julho. Diário da República – 2ª Série nº 154 (23-07-2007)

9. Decreto-Lei nº 176/2006 de 30 de agosto. Diário da República – 1ª Série 167 (30-8-2006)

10. Decreto-Lei nº 314/2009, de 28 de outubro. Diário da República – 1ª Série nº 209 (38-9-2009)

11. Decreto-Lei nº 189/2008, de 24 de setembro. Diário da República – 1ª Série, nº 185 (24-9-2008)

12. Decreto-Lei nº 145/2009, de 17 de junho. Diário da República – 1ª Série, nº 115 (17-6-2009)

(29)

ANEXOS

(30)

ANEXO A – ELABORAÇÃO DA ENCOMENDA

ANEXO

A

(31)
(32)

ANEXO B – FATURA

ANEXO

B

(33)
(34)

ANEXO C – REGISTO DE NÃO CONFORMIDADES

ANEXO

C

(35)

IMP 01 EDIÇÃO 1

REGISTO DE NÃO CONFORMIDADES

Data de Recepção

Código do produto

(36)

ANEXO D – CONTROLO DE PRAZOS DE VALIDADE DE MNSRM

ANEXO

D

(37)

IMP 02 EDIÇÃO 1 REVISÃO 0

CONTROLO DE VALIDADES DE MNSRM

De ____/____/____ a ____/____/____

Data de Validade Código do produto

Designação do Medicamento Quantidade Acompanhamento/Seguimento (Vendido, Devolvido)

Referências

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