• Nenhum resultado encontrado

Logística Empresarial

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Logística Empresarial"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Logística Empresarial

Aula 05

(2)

Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE.

Uso consciente do papel.

(3)

Aula 05: O comércio e a manufatura na cadeia de distribuição

OBJETIVO: demonstrar a estreita e nem sempre perfeita relação entre a manufatura

e o comércio.

Caro aluno, estamos na quinta aula e agora vamos falar de comércio e manufatura. A minha pergunta é: quem veio primeiro, a manufatura ou o comércio? Como o ovo e a galinha, ficamos em dúvida, pois argumentos ambos têm para ganhar a preferência, mas o que podemos afirmar é que os dois fazem parte da mesma corrente, da mesma cadeia e são complementares.

A manufatura requer tradicionalmente muita tecnologia e investimento e, na busca da minimização dos custos, investimentos diversos são necessários para que se mantenha forte no mercado, como em:

 Equipamento revisado e apto à produção

 Pessoal treinado

 Implantações de ferramentas de melhoria e qualidade

 Racionalização e otimização do processo

 Controle de custos e aplicação financeira segura

 Minimização dos custos

 Maximização dos lucros

 Visão macro do mercado

 Foco no cliente

 Prática da sustentabilidade

 Fomento da melhoria constante

Essa condição de grandeza citada a coloca em vantagens na escolha do que produzir, e o varejista aceita essa condição. Tradicionalmente, o que sempre tivemos foi a segmentação da cadeia, em que a produção era um elo isolado, os fornecedores outros, o comércio outro, ou seja, não havia um verdadeiro sincronismo, uma visão sistêmica e era cada um por si e todos mais ou menos juntos quando conviesse. Claro que o fluxo de informação era limitado e algumas das informações que circulavam não eram confiáveis. Outro fator que muito ajudou

(4)

nessa “ditadura” foi a sua limitação na flexibilização da produção, ou seja, a dificuldade de mudanças, restringindo a produção.

Alguns exemplos de aspectos sobre os quais a manufatura estabelece a sua condição prioritária:

 Lançamentos de novos produtos

 O preço

 A forma de pagamento

 A forma de distribuição

 O lote mínimo de compra

 Os reajustes

Nos últimos anos, vêm-se observando, no mundo, alterações sensíveis nesse processo; de um lado o uso intensivo da robotização, da informática e da terceirização da produção de componentes têm facilitado, em muito, a flexibilização da manufatura. Hoje, com os instrumentos de gerenciamento da produção e com as técnicas de manufatura disponíveis, é possível atender com mais facilidade às demandas dos varejistas.

A cadeia de fornecimento ganhou importância não apenas de status, mas de estratégia, pois é a responsável pela operacionalização.

A globalização e a participação da China nos mercados com situações praticamente impossíveis de serem batidas também ajudaram a enfraquecer o poder até então inabalável da manufatura. O comércio começou a ter outra opção de fornecimento, e isso elevou o poder de barganha junto à manufatura, o que não faz muito tempo.

O elemento primordial nesse novo cenário e de ligação é a necessidade absoluta de atender às exigências do consumidor final, pois o varejista, melhor do que ninguém na cadeia de suprimentos, é o agente mais capacitado para avaliá-las e atendê-las de forma satisfatória. Como consequência, observa-se nos países desenvolvidos uma tendência de transferência de poder dos fabricantes para as grandes cadeias varejistas, pois elas, além de estarem muito próximas ao cliente final, investem em formas de conhecer ainda mais ele, despendendo valores significativos para tal.

(5)

A forma como o comércio está se posicionando não é rancorosa ou vingativa, mas de total consenso, harmonia e união de esforços com a manufatura em busca de condições ideais. Três exemplos desse sucesso são explicados a seguir:

1. VMI — vendor managed inventory (estoque administrado pelo fornecedor) 2. ECR — efficient consumer response (resposta eficiente ao consumidor) 3. Smart tag — etiqueta inteligente

VMI — estoque administrado pelo fornecedor

Uma empresa produtora com baixa flexibilidade e pouca informação da outra ponta corre o risco de produzir de mais ou de menos nas sazonalidades, o que gera alto estoque ou quebra de gôndola. O pior para a cadeia é a quebra de gôndola, que abre espaço para que outra cadeia, a concorrente, entre.

A saída encontrada foi a discussão entre as partes, o que gerou a solução, que foi o acesso direto em real tempo da manufatura aos dados estratégicos de vendas desse produto nas lojas e, dessa forma, o varejista foi suprido de forma automática.

ECR — resposta eficiente ao consumidor

Segundo o site www.ecrbrasil.com.br, ECR é um movimento no qual empresas industriais e comerciais, com os demais integrantes da cadeia de fornecimento, trabalham em conjunto na busca de padrões comuns e processos eficientes que permitem minimizar os custos e otimizar a produtividade em suas relações.

Um exemplo consistiu na padronização de unidades de carga (paletes) e caminhões, de modo a agilizar o processo de carregamento dos produtos da fábrica para os caminhões, transporte e descarregamento no centro de distribuição. Também foram determinados horários específicos para a realização das entregas durante a noite, de modo a evitar o trânsito e consequentes atrasos. Os ganhos para as empresas que se predispõem a aplicá-lo são muito grandes, os principais são:

(6)

 Redução significativa do tempo do processo de recebimento e descarregamento das mercadorias.

 Em relação ao índice de produtividade palete/homem/hora (medida envolvendo o tempo que os funcionários levam para carregar/descarregar as unidades de carga), os resultados são surpreendentes.

 O tempo médio de permanência do caminhão no centro de distribuição, por exemplo, envolvendo desde a chegada do veículo, manobra para a doca, descarregamento, conferência da carga e liberação, cai significativamente.

 Já o aumento de produtividade no carregamento no próprio centro de distribuição é ainda maior se já estiverem disponíveis cargas paletizadas e normas de prioridade de carregamento.

 Tempo médio de permanência do caminhão nos CDs, ou seja, desde a chegada do veículo, manobra, descarregamento, conferência da carga e liberação, fica muito baixo.

Claro que, com uma implantação dessa magnitude, se faz necessário um grande trabalho de coordenação entre as áreas logísticas, ou seja, manufatura, varejista e transportadora, de modo a garantir a implementação dos padrões, e o reflexo é melhor atendimento ao cliente final, inclusive com possível redução do preço final.

Etiqueta inteligente — smart tag

A nova tecnologia que está sendo adotada por empresas dos EUA e da Europa deverá reduzir problemas crônicos do varejo, e os supermercados estão entre as empresas mais beneficiadas com a implementação da etiqueta inteligente (smart tag), que utiliza a tecnologia de radiofrequência para a identificação de produtos.

Entre a falta de um produto na gôndola e o pedido pelo fornecedor da reposição, há um intervalo, que é um período muito longo, demandando a formação de estoques de retaguarda correspondentes, e isso não é bom. Isso ocorre sobretudo por causa da falta de precisão nas informações e demora na transmissão

(7)

dos dados, que prejudicam toda a operação de planejamento e reposição dos produtos.

A vantagem da etiqueta é a de proporcionar um grande número de informações que podem ser acessadas em tempo real, com alto grau de confiabilidade. É possível rastrear em tempo real desde o momento em que o item sai da linha de produção até a hora em que é retirado da gôndola pelo consumidor. Assim, além da maior confiabilidade das informações (que deve reduzir os erros no pedido), o uso da etiqueta também deverá tomar mais ágil o ciclo do pedido.

REFERÊNCIA

Referências

Documentos relacionados

Por sua vez, a complementação da geração utilizando madeira, apesar de requerer pequenas adaptações do sistema, baseia-se em um combustível cujas origens são mais diversifi

As inscrições serão feitas na Comissão Permanente de Vestibular da UFMG (COPEVE), situada no Prédio da Reitoria da UFMG, à Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 – Campus da

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Quanto às suas desvantagens, com este modelo, não é possível o aluno rever perguntas ou imagens sendo o tempo de visualização e de resposta fixo e limitado;

The challenges of aging societies and the need to create strong and effective bonds of solidarity between generations lead us to develop an intergenerational

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no