POTENCIALIDADE DE FERTILIZANTE ORGANOMINERAL NO DESENVOLVIMENTO DO MARACUJAZEIRO.
POTENTIALITY OF ORGANOMINERAL FERTILIZER DEVELOPMENT OF THE MARACUJAZEIRO.
Apresentação: Pôster
Leonardo Brandão Araújo1; Mauro Junior Borges Pacheco2; Tiago Kesajiro Moraes Yakuwa 3; Thiago Costa Viana4; Jessivaldo Rodrigues Galvão 5
DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00617
Introdução
O maracujá (Passiflora edulis) é uma espécie que vem recebendo lugar de destaque na fruticultura tropical, conquistando grande evolução no Brasil durante os últimos anos. Representa uma boa opção entre as frutas por oferecer o mais rápido retorno econômico, bem como a oportunidade de uma receita distribuída pela maior parte do ano (MELETTI, 2011). O Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, com aproximadamente 60% da produção total (EMBRAPA, 2015).
Adubação mineral tem benefício por apresentar concentrações consideráveis de nutrientes, porém uso prolongado de maneira desordenada pode alterar as propriedades químicas e biológicas do solo ocasionando estresse para às plantas, possibilitando perdas por lixiviação e adsorção, e ainda elevando o custo com adubação (BRUM et al., 2013).
A utilização da adubação orgânica propicia a melhor estruturação do solo e aumenta o teor de matéria orgânica elevando também a capacidade de troca de cátions, regula temperatura e aumenta a atividade microbiana entre outros benefícios. Porém o grande volume para suprir a necessidade da planta é um grande entrave para sua utilização (PIMENTEL et al., 2009).
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Graduando do curso de Engenharia agronômica, Universidade Federal Rural da Amazônia, leonardob029@gmail.com
2
Graduando do curso de Engenharia agronômica, Universidade Federal Rural da Amazônia,
mauro.jr720@gmail.com
3 Graduando do curso de Engenharia agronômica, Universidade Federal Rural da Amazônia, tiago.yakuwa@outlook.com
4
Graduando do curso de Engenharia agronômica, Universidade Federal Rural da Amazônia, thiagocostaaa19@gmail.com
5
A adubação organomineral pode conciliar os benefícios dos adubos minerais e orgânicos, e assim compensando as limitações dos dois. E por isso apresenta melhores resultados em termos de produtividade comparada com adubação mineral e orgânica usadas separadamente. A eficiência da adubação sobre a planta vai depender de alguns fatores como o solo, clima, espécie cultivada, tipo de adubo utilizado e a quantidade do adubo (OLIVEIRA et al.,2015).
Objetivou-se com este trabalho analisar a influência de diferentes concentrações de adubo organomineral na produtividade do maracujazeiro.
Fundamentação Teórica
O uso de fertilizantes minerais é um importante componente para o aumento da produção e da produtividade da maioria das culturas, no Brasil importa-se 70% dos produtos que são utilizados na produção dos fertilizantes, no qual deixa o pais em quarto lugar no consumo destes insumos, perdendo apenas para China, India e Estados Unidos (TAVARES & HARBELI, 2011).
A nutrição mineral do maracujazeiro (Passiflora edulis) é um dos fatores que mais contribui para a produtividade e qualidade dos frutos, principalmente em solos tropicais, que na sua maioria apresentam deficiências nutricionais. Apesar da possibilidade de redução da adubação química quando se utiliza matéria orgânica como fonte de adubo orgânico, deve-se entender a sua função, principalmente como condicionador do solo, melhorando as suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
Os fertilizantes organominerais são adubos orgânicos enriquecidos com nutrientes minerais. Nessa composição, a parte orgânica pode ser obtida a partir de fontes diversas, como dejetos processados de suínos e aves, este último mais conhecido como cama de frango, ou pelo uso da turfa, que consiste em um material rico em nutrientes, principalmente carbono.
Os nutrientes dos resíduos orgânicos para serem disponibilizados para as plantas precisam ser mineralizados, processo que depende do clima, das características do solo e da composição química do material orgânico. Aliado a essa questão e diante da aplicação de grandes quantidades de resíduos orgânicos para atender as exigências nutricionais das plantas, a utilização de fertilizantes organominerais são capazes de fornecer os nutrientes em sincronismo com a época de maior demanda das culturas (Teixeira, 2013).
Metodologia
Experimento foi realizado em área do Instituto de Ciências agrárias, da Universidade Federal Rural da Amazônia, em Belém, PA, em janeiro de 2017. Foi realizado em solo classificado como Latossolo Amarelo distrófico de textura media (EMBRAPA, 2013).
As sementes de maracujá (Passiflora edulis) utilizadas no experimento foram oriundas da Embrapa Amazônia oriental. Foram semeadas em sacos de 2 dm³ e após 40 dias foram levadas para campo. Essas foram conduzidas sobe sistema do tipo espaldeira vertical com um fio de arame, esticado horizontalmente a 180 cm do solo, plantadas em covas de 40 x 40 x 40 cm, espaçadas de 5 x 3 m. Foi realizada a calagem 30 dias antes da implantação do experimento, de acordo com a recomendação de adubação e a partir da análise de solo do local, onde foi obtido o resultado de 2,8t/ha.
Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com 5 tratamentos distribuídos em 7 repetições. Os tratamentos constaram de cinco (5) doses de organomineral (0, 50, 100, 150, 200 kg ha-1) com a formulação 16.16.16. A dose zero (0) foi o tratamento controle, utilizando-se a adubação mineral da cultura com NPK, onde ureia 88,8g/planta, Superfosfato simples 50g/planta e KCl 100g/planta.
. O início da produção ocorreu a partir de seis meses, em que foram avaliadas as varáveis: peso de fruto (PF), diâmetro do fruto no sentido vertical (DFv) e diâmetro do fruto no sentido horizontal (DFh), espessura de casca e rendimento de polpa (RP).
Resultados e Discussão
Foram observados efeitos significativos, dos tratamentos, apenas para a variável (PF), Tabela 1.
O fato das demais variáveis não apresentarem efeitos dos tratamentos, pode-se inferir que a aplicação do NPK, já seria suficiente para estas características da planta, mostrando efeitos semelhantes entre as doses aplicadas dos fertilizantes estudados.
Tabela 1– Resumo da análise de variância para as variáveis PF, EC, DFv, DFh e RP do maracujá (P. edulis) sob
doses de fertilizante organomineral. Fonte: Própria.
FONTE DE
VARIAÇÃO
GL RP EC DFv DFh PF
Tratamentos 4 ns ns ns ns **
CV % - 7,21 21,60 4,84 2,45 2,53 (**) significativo ao nível de 5% de probabilidade, (ns) não significativo ao nível de 5% de probabilidade.
As doses de organominerais para variável PF, se ajustaram ao modelo quadrático de regressão, obtendo os melhores resultados com uma dose máxima de 173,42 g de fertilizante por planta, atingindo um peso médio do fruto igual a 140,04 g (Figura 1). O efeito no peso dos frutos causado pela adubação, pode ter sido influenciado pelos elementos contidos no fertilizante, principalmente N e P, como também a dose considerada de máxima eficiência fornecida, para suprir as necessidades da planta em seus estágios iniciais.
Os adubos orgânicos são fontes de macro e micronutrientes, os quais são liberados para o solo durante o período de decomposição. Seus efeitos podem ser imediatos no solo como também apresentar efeitos residuais de acordo com a intensidade de decomposição destes adubos. Estes efeitos são dependentes das condições do solo, do tipo de resíduo e das condições climáticas locais (COSTA et al., 1989).
Figura 1. Produtividade de frutos do maracujazeiro em função da aplicação de doses de fertilizante organomineral.
Conclusões
A adubação com organomineral proporciona aumento de peso em frutos de maracujá amarelo.
A adubação com fertilizante mineral e organomineral proporcionam resultados semelhantes nos rendimentos de poupa e diâmetro de frutos de maracujá amarelo.
y = 100,95 + 0,4509x - 0,0013x2 R² = 0,8074 0 20 40 60 80 100 120 140 160 0 50 100 150 200 Pes o d o f ru to (g)
Referências
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