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INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO DE ARARAQUARA RELATÓRIO CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER

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Academic year: 2021

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INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO DE ARARAQUARA

O Município de Araraquara está localizado no centro do Estado de São Paulo, possuindo uma área total 1.312 Km2 com 77,37 Km2 ocupados pela área urbana. Sua posição geofísica é o fator determinante no mercado de fornecedores/as e consumidores/as, fato esse que é favorecido pelo cruzamento de grandes e importantes rodovias de escoamento, ferrovias, hidrovias e aerovias. Araraquara está localizada na região mais adequada para a fixação de indústrias e elevada tecnologia. Em termos de infra-estrutura básica, a rede elétrica atinge 100% dos domicílios, mas de 98% das vias urbanas são pavimentadas, 100% da população é atendida com abastecimento de água potável e a rede da coleta de esgoto, este tratado em estação de tratamento de esgoto, atende a 100% da população.

De acordo com os dados do Censo (2000) a cidade possui 182.471 habitantes, Mulheres: 93.729 e Homens: 88.742, 80,4% população branca e 18,8% população negra. A expectativa de vida é de 72,17 anos, a taxa de fecundidade é de 2,35 por mulher.

RELATÓRIO CENTRO DE REFERÊNCIA DA MULHER

A violência de gênero atinge milhares de mulheres cotidianamente, em distintos espaços sociais, principalmente no âmbito doméstico, nas relações conjugais. Afetam as mulheres independentemente de classe sociais, etnia, religião, estado civil, opção sexual, escolaridade, idade e nacionalidade. As agressões por parte do marido ou companheiro manifestam-se de diferentes formas: ameaças, relação sexual forçada, espancamento, estrangulamento, agressão durante a gravidez, ofensa, humilhações, destruição de documento, cerceamento do direito de ir e vir, entre outras. Em nossa sociedade esta violência é “justificada”, “ocultada”, e “naturalizada”, em decorrência de relações de poder profundamente desiguais entre os homens e mulheres, as quais legitimam a concepção de que os homens possuem direitos sobre os corpos e a vida das mulheres.

Cotidianamente as mulheres lutam contra discriminações no âmbito público e privado: são as únicas responsáveis pelo trabalho doméstico e cuidados com os/as

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filhos, recebem salários mais baixos que os homens exercendo as mesmas funções, as mulheres negras ocupam cargos de menor qualificação profissional e possuem menos expectativas de vida. As mulheres têm o corpo e a sexualidade controlados e no Brasil a cada 15 segundos, sofrem algum tipo de agressão.

Buscando combater este grave problema social e político, a Prefeitura de Araraquara em seu compromisso com a inclusão social e a participação popular das mulheres, implementou em 13 de Junho de 2001, o Centro de Referência da mulher “Profª. Heleieth Saffioti”. O órgão presta uma homenagem à Professora Doutora Heleieth Saffioti, cidadã araraquarense, que tem dedicado sua vida à luta contra a violência de gênero, particularmente à violência doméstica. Vinculado a Secretaria de governo, com o objetivo de construir para o fortalecimento da autonomia e o resgate da cidadania das mulheres.

Nos oito anos de funcionamento, o órgão se tornou referência para as mulheres do Município de Araraquara, através dos atendimentos prestados:

Acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica Atendimento Psicológico

Encaminhamento social e jurídico

Aulas de Yoga e relaxamento corporal e Dança do Ventre.

Prevenção: Capacitação sobre violência de gênero para população e servidores/as municipais. Oficina de reflexão e resignificação dos padrões imagens que alicerçam relações de poder entre homens e mulheres. Atualmente, o CRM registra 7.769 pessoas, mulheres e homens, atingidos pelas oficinas oferecidas.

O Centro oferece atendimento das 08h00 às 17h00, de segunda a sexta-feira. A mulher maior de 18 anos que se encaminha ao órgão em questão é inicialmente atendida por psicólogas, que realizarão a triagem do caso e em seguida darão os encaminhamentos necessários, que poderão ser: acolhimento psicológico, início de Psicoterapia, orientação jurídica e/ou encaminhamento social para outros serviços.

A equipe do Centro de referência da Mulher é composta por 01 Auxiliar de serviços Gerais, 01 Agente Administrativa de Serviços Públicos, 01 Gerente, 01 Coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres e 02 Psicólogas.

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cidade possuía apenas a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, criada em 1988 e o atendimento jurídico gratuito da Procuradoria Geral do Estado, atualmente denominado Defensoria Pública, criado em 1984.

Dados de atendimento interno do Centro de Referência da Mulher “Heleieth Saffioti”

ANO MULHERES ATENDIMENT OS Acolhimento 2001 81 319 ____ 2002 242 1558 ____ 2003 985 1843 ____ 2004 991 2880 288 2005 854 2737 234 2006 627 1053 245 2007 607 918 250 2008 722 1102 290 2009 janeiro / fevereiro 67 84 37 TOTAL 5.176 12.494 1.344

CASA ABRIGO “ALAÍDE APARECIDA KURANAGA”

Na Política do CRM está englobada a Casa Abrigo “Alaíde Aparecida Kuranaga”, implantada em 08 de março de 2003, através de convênio do município com o Governo Federal.

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em decorrência da violência doméstica. É um serviço de caráter sigiloso e temporário, no qual as mulheres poderão permanecer por um período determinado. O abrigamento é definido pela equipe do CRM, “porta de entrada” para Casa Abrigo, de modo que a mulher nunca vai diretamente para o abrigo.

Possui capacidade para abrigar dezesseis pessoas, entre mulheres e seus respectivos filhos/as. O período máximo determinado para abrigamento é de cento e vinte dias. Podendo ser prorrogado de acordo com a avaliação do caso.

A equipe da Casa Abrigo é composta por uma Gerente, uma Motorista e quatro Guardas Municipais que realizam a segurança do local vinte e quatro horas. As psicólogas do CRM efetuam o atendimento terapêutico com as mulheres duas vezes por semana. As mulheres são responsáveis pela manutenção da casa e cuidado com os/as filhos (as).

O processo de abrigamento é definido depois de verificado na triagem com a Psicóloga que a mulher não possui alternativas de segurança. Há que se respeitar o desejo das mulheres em ir para o local ou não. Existem casos em que são realizadas várias entrevistas com as mulheres para que seja tomada a decisão pelo abrigo. É necessário que a mulher registre um Boletim de Ocorrência constando a ameaça eminente de morte.

Antes de serem abrigadas as mulheres assinam um termo de compromisso concordando com as normas de funcionamento do órgão.

As crianças permanecem na escola, mas são transferidas de bairro. Ao ingressarem na Casa são inseridas, caso haja concordância com a mãe em projetos educativos, sociais articulados à Prefeitura. Além disso, são encaminhadas para atendimento psicológico no Centro de Referência do Jovem e Adolescente.

Há uma rede de Casas Abrigo conveniadas, e quando há necessidade de transferência para outra cidade por motivos de segurança e/ou quando a casa encontra-se encontra-sem vaga a mulher e encontra-seus filhos são transferidos. O mesmo acontece quando a mulher já teve passagem pela Casa Abrigo, não podendo permanecer por medidas de segurança. DADOS DE ATENDIMENTOS CASA ABRIGO “Alaíde Ap.

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MULHERES CRIANÇAS TOTAL DE PESSOAS 2003 06 12 18 2004 13 22 35 2005 12 28 40 2006 16 33 49 2007 21 34 55 2008 19 38 57 2009 janeiro / março 04 09 13 Total 91 176 267

COORDENADORIA DE POLÍTICAS PÚBL. PARA MULHERES

Inaugurada em 02 de abril de 2007, a Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres é um organismo ligado diretamente ao Gabinete do Prefeito. Foi criada para garantir a transversalidade de gênero nas diversas instâncias da administração, propor, formular, desenvolver, acompanhar e avaliar a implantação de políticas públicas para as mulheres.

As diretrizes da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres estão articuladas aos eixos do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, nas áreas:

- Educação Inclusiva e Não-Sexista,

- Enfrentamento à Violência contra Mulheres,

- Autonomia, Igualdade no mundo do trabalho e cidadania. - Mulheres e Participação Política,

- Saúde das mulheres, Direitos Sexuais e Reprodutivos.

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A realidade e as demandas do Centro de Referência da Mulher e da Casa Abrigo colocaram novos desafios na arena das Políticas Públicas para as mulheres no município. Uma das grandes questões incide na necessidade de implantar ações de geração de trabalho e renda para que as mulheres possam além de superar a luta contra a violência vivenciada, enfrentar a situação de marginalização e exclusão social a que estão submetidas.

Uma das ações que têm contribuído neste sentido foi a Plenária Temática das Mulheres do Orçamento Participativo, criada em 2002. Nessa são discutidas e definidas as prioridades de investimentos para as mulheres.

Interessante ressaltar que na dinâmica do Orçamento Participativo, mulheres e homens podem se eleger para cargos de delegados/as (realizam a intermediação da população com equipe técnica da Coordenadoria de Participação Popular) e Conselheiros/as (atuam como delegados/as e votam o valor de investimentos para as demandas).

Outra importante ação coordenada pelo Centro de Referência da Mulher, desde 2004, incide na implantação de um Protocolo de atendimento ás Mulheres em Situação de Violência Doméstica, visando à articulação de serviços existentes na cidade (Defensoria Pública do Estado, Instituto Médico Legal, Delegacia de Defesa da Mulher, Promotoria Pública, OAB Ordens dos Advogados do Brasil), Serviços de Saúde, Polícia Civil e Militar. Esse processo foi beneficiado com a promulgação da Lei Maria da Penha, a qual institui a competência de cada órgão no atendimento ás mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O protocolo está em fase de implantação.

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER

O Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Araraquara foi instituído pela Lei nº. 6.401, de 19 de abril de 2006, vinculado à Secretaria Municipal de Governo com a finalidade de defender os direitos humanos das mulheres visando assegurar o pleno exercício de sua participação no desenvolvimento social, econômico, político e

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cultural da cidade, visando garantir a igualdade de oportunidades e de direitos entre homens e mulheres.

O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher é um órgão consultivo, fiscalizador e deliberativo, de participação direta da comunidade, do poder público municipal e de entidades representativas dos movimentos sociais.

Referências

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