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A COMPREENSÃO DO PROCESSO OSMÓTICO POR MEIO DE UMA ATIVIDADE PRÁTICA REALIZADA PELO PIBID

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1541 A COMPREENSÃO DO PROCESSO OSMÓTICO POR MEIO DE UMA ATIVIDADE

PRÁTICA REALIZADA PELO PIBID

Obertal da Silva Almeida (Coordenador PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA) Silvia Souza Santos (Bolsista do PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA) Eláyne Santos Pacheco (Bolsista do PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA) Nathália Rosa Santos (Bolsista do PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA) Regina Neres Oliveira (Bolsista do PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA) Maríllia Botelho da Silva Bomfim (Bolsista do PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA) Nádia Amorim Pereira (Professora supervisora do PIBID/Biologia da UESB/Itapetinga-BA)

RESUMO

O objetivo da atividade foi demonstrar a osmose em célula vegetal, proporcionando aos alunos a oportunidade de visualizar o processo com um melhor entendimento do conteúdo, que é de difícil visualização no âmbito teórico. A atividade foi realizada no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, do município de Itapetinga-BA, com os alunos de ensino médio. Esta foi conduzida pelos bolsistas de iniciação a docência (ID) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) do subprojeto de Biologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Campus de Itapetinga-BA juntamente o professor supervisor. Sua duração foi de 2h/aula e ao final foi possível perceber que atividade prática obteve êxito, pois os alunos conseguiram visualizar os termos e conceitos empregados no conteúdo.

Palavras-chaves: Atividade prática. Biologia. Osmose. PIBID.

1 INTRODUÇÃO

O ensino, mais especificamente o de Biologia, é considerado de difícil compreensão por parte dos alunos, devido a grande quantidade de nomes, ciclos e assuntos abstratos a serem apreendidos, que apresentados, somente com o métodos expositivos de aula, acabam por desestimular e impedir o espírito investigativo diante de um fenômeno estudado (KRASILCHIK, 2008). Dentre os diversos conteúdos a abordagem sobre “transporte passivo:

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osmose” se enquadra nessa situação e isto pode vir a dificultar o aprendizado deste conteúdo por parte dos alunos (SANTOS et al., 2014).

A osmose é um tipo de transporte passivo, ou seja, sem gasto de energia. Ela ocorre quando duas soluções de concentrações diferentes estão separadas pela membrana plasmática que é semipermeável. Na osmose, o solvente (água) desloca-se do meio menos concentrado (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico) (CANCIAN et al., 2005).

É fundamental considerar estratégias e metodologias alternativas que aproximam teoria e prática no Ensino de Biologia. A experimentação, por exemplo, pode contribuir para minimização e/ou anulação da abstração do conteúdo sobre osmose.

Segundo Giordan (1999), os professores têm conhecimento de que a experimentação desperta um forte interesse entre os alunos e que estes atribuem a esta estratégia um caráter motivador, lúdico e essencialmente vinculado aos sentidos. E ratificando isso Freire (1997) afirma que para compreender a teoria é preciso vivenciá-la.

Marandino et al. (2009) pontua em seu trabalho que o uso da experimentação em situação de ensino, já vem sendo discutida no Brasil há bastante tempo desde a existência das aulas de ciências e biologia, tanto para ressaltar sua importância quanto para discutir o modo de incorporá-la de forma mais consistente no cotidiano escolar, tornando-se um método determinante de modernidade e legitimidade do Ensino de Ciências a partir do século XX, visto que ela pode contribuir para a aproximação do Ensino de Ciências das características do trabalho científico, para a aquisição de conhecimentos e para o desenvolvimento dos estudantes.

Com o intuito de aprimorar os futuros professores em relação a problemas desse contexto é que o PIBID oferece aos bolsistas de ID subsídios para minimizar os problemas inerentes as questões de vivência da prática, pois ao ingressar no cotidiano da escola, podem participar ativamente com o professor supervisor em parceria mostrando qual o melhor caminho para a eficácia do ensino e aprendizagem e interação professor-aluno, tornando-nos profissionais competentes (BRASIL, 2008).

O PIBID é uma iniciativa que visa o melhoramento e a valorização da formação de professores da educação básica. O mesmo é administrado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fundação do Ministério da Educação (MEC). O programa concede bolsas a estudantes de licenciaturas, que participam de projetos de iniciação a docência que são desenvolvidos por universidades em conjunto com escolas da educação básica. O projeto tem por objetivos principais promover a inserção dos

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1543 estudantes de licenciatura na realidade da escola pública, visando uma melhor formação acadêmica; incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como co-formadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério e contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura (BRASIL, 2008).

Na perspectiva da atuação em ciências biológicas ressalta-se que o PIBID vem atender uma das necessidades atuais no Ensino de Biologia. Educadores têm procurado as estratégias didáticas mais diversas na busca de uma educação mais atual e direcionada para que os alunos assimilem o conhecimento necessário e se encaixem em um mundo desenvolvido e dinâmico (ANDRADE; MASSABNI, 2011).

Na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)/Campus de Itapetinga-BA as ações do PIBID, enquanto projeto institucional, se subdividem em diferentes áreas das licenciaturas, sendo uma dessas o subprojeto de biologia intitulado: “Interface didático-pedagógica entre a Universidade e a Escola no contexto do Ensino de Biologia”, apresentando como objetivo a complementação na formação do licenciando em Ciências Biológicas, aperfeiçoando a prática pedagógica a partir da inserção de novos experimentos educacionais que promovam a construção do conhecimento, investigando e refletindo sobre as contribuições de diferentes metodologias de ensino para a aprendizagem nessa modalidade.

A equipe que constitui o subprojeto de Biologia é formada por 13 membros sendo um coordenador, dois professores supervisores e 10 bolsistas de ID. Deste montante descrito anteriormente apenas cinco bolsistas de ID atuam no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães e estes foram os que planejavam e executavam as ações desenvolvidas neste colégio. Ressalta-se que o subprojeto está inserido em outro colégio do município de Itapetinga (Colégio Estadual Alfredo Dutra) onde atuam o restante dos bolsistas de ID e mais um professor supervisor.

Este relato vem externar a cerca de uma atividade prática que teve como objetivo demonstrar de uma forma dinâmica o processo osmótico que é um tipo de transporte passivo, em célula vegetal, e também proporcionar aos alunos a oportunidade de visualizar e participar do processo para se obter um melhor entendimento do conteúdo, que é de difícil visualização no âmbito apenas teórico.

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2 DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO

A dinâmica da atividade prática foi adaptada de Santos et al. (2014) e realizada no mês de outubro de 2015, no laboratório do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães com a turma do 1° Ano C do turno vespertino. Para esta prática foi utilizada os seguintes materiais: pimentão, estilete, espátula pequena (mesma medida de colher de chá), água destilada, cloreto de sódio (sal de cozinha) e Placas de Petri.

A turma foi dividida em 05 grupos e cada grupo sob a orientação de um bolsista de ID. No primeiro momento os grupos estiveram no laboratório para observar a montagem do experimento realizado pelos bolsistas (Figura 1).

Figura 1 - Montagem do experimento. Itapetinga-BA, 2015.

Fonte: Dados da Pesquisa

Com o auxílio de um estilete cada bolsista de ID cortou 09 filetes de pimentão (do tamanho mais ou menos de um palito de fósforo), montou 03 amostras com 03 filetes de pimentão em cada Placa de Petri com água até cobri-los. As etapas da prática foram: (i) cortar três conjuntos de três filetes de pimentão de mesmo tamanho e espessura; (ii) colocar cada conjunto de três filetes em uma placa de petri e identificar cada placa; (iii) preparar duas soluções salinas, uma com uma colher e outra com duas colheres de sal e (iv) colocar na placa 1 água destilada, na placa 2 colocar solução salina de menor concentração (aproximadamente a quantidade de uma espátula de cloreto de sódio) e na placa 3 solução salina de maior concentração (aproximadamente a quantidade de duas espátulas de cloreto de sódio) (Figura 2).

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1545 Figura 2 - Amostras com filetes de pimentão em meios diferentes. Itapetinga-BA, 2015.

Fonte: Dados da Pesquisa

Salienta-se que os alunos foram orientados a anotarem sobre os materiais e procedimentos vistos (Figura 3). Feito isso foi preciso aguardar um período de 50 minutos para posteriormente observarem os resultados.

Nesse período os alunos estiveram no intervalo da escola e após retornarem, cada grupo observou os filetes das amostras montadas pelo seu respectivo orientador. Os alunos observaram as diferentes curvaturas dos filetes, o que denotou uma maior quantidade de entrada ou saída de água nas células do pimentão. Neste momento foram estimulados pelos bolsistas de ID a explicarem o que ocorreu em cada meio, com base no conteúdo ministrado em sala de aula pela professora regente. À medida que surgia alguma dúvida quanto ao processo osmótico os bolsistas de ID esclareciam (Figura 4).

Figura 3 - Anotação dos procedimentos. Itapetinga-BA, 2015.

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Figura 4 - Observação e explicação de cada resultado pelo grupo com a mediação do orientador. Itapetinga-BA, 2015.

Fonte: Dados da Pesquisa

Por fim, cada grupo recebeu um relatório de aula prática elaborado pela professora regente, para responderem às questões propostas sobre o experimento. Esta prática teve a duração de 2h/aula.

Devido ao curto espaço de tempo, o espaço disponível do laboratório e o número de alunos na turma (40 alunos) esta atividade foi realizada nos moldes da atividade experimental classificada por Araújo e Abib (2003) como atividade de demonstração. Segundo os autores essas atividades são aquelas nas quais o professor planeja e executa o experimento enquanto os alunos apenas observam os fenômenos ocorridos. Estas geralmente são utilizadas para ilustrar alguns aspectos dos conteúdos abordados em aula, tornando-os mais perceptíveis aos alunos e, dessa forma, criando condições que contribuam para seu aprendizado. São frequentemente integradas às aulas expositivas, sendo realizadas no seu início, como forma de despertar o interesse do aluno para o tema abordado, ou término da aula, como forma de relembrar os conteúdos apresentados.

Segundo Gaspar e Monteiro (2005) a utilização de atividades experimentais de demonstração, em alguns casos, são até mesmo recomendadas, especialmente quando existem poucos recursos materiais, impossibilitando que vários grupos possam realizar o experimento; quando não se dispõe de um espaço apropriado em que todos os alunos possam participar da execução de um determinado tipo de experimento; ou quando o professor dispõe de pouco tempo para a realização de experimentos, podendo incluí-los no contexto da aula expositiva.

Foi possível perceber que a proposta deste experimento facilitou aos alunos o entendimento quanto ao processo osmótico em células vegetais. A atividade prática trouxe um

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1547 significado à teoria estudada, pois os alunos conseguiram visualizar os termos e conceitos empregados no conteúdo. Isto ficou evidente na breve explicação dada pelos alunos aos bolsistas de ID. Ressalta-se também que durante a realização da atividade prática foi observado uma participação ativa e entusiasmada dos discentes o que leva a considerar a atividade como sendo motivadora no processo de ensino e aprendizagem.

Para Bizzo (2002) a realização de experimentos é uma excelente ferramenta para o aluno concretizar o conteúdo relacionando a teoria e a prática.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O propósito desta prática foi o de proporcionar aos alunos uma oportunidade para aprofundar os seus conhecimentos ampliando a compreensão e o aprendizado, e assim como esperado a metodologia utilizada foi suficiente para realizar todos os procedimentos correspondendo às expectativas e concluindo nossos objetivos com êxito.

Os resultados obtidos para nossa vida profissional não tem comparação, pois essas experiências nos ajudam a tornamos profissionais melhores e mais comprometidos.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. L. F.; MASSABNI, V. G. O desenvolvimento de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de Ciências. Ciência & Educação, v. 17, n. 4, p. 835-854, 2011.

ARAÚJO, M. S. T; ABIB, M. L. V. S. Atividades Experimentais no Ensino de Física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, v.25, n.2, p.176-194, 2003.

BIZZO, N. Ciências: Fácil ou difícil. São Paulo: Ática, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. 2008. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid> Acesso em: 20/05/2016.

CANCIAN, M. A. E. et al. Níveis de conhecimento necessários para alcançar uma aprendizagem significativa: relações hídricas nas células vegetais. In: V ENCONTRO

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NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 9, 2005, Atas... Bauru : ABRAPEC, 2005, p.1-11.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

GASPAR, A.; MONTEIRO, I. C. C. Atividades experimentais de demonstração em sala de aula: uma análise segundo o referencia da teoria de Vigotsky. Investigações em Ensino de Ciências, v.10, n.2, p. 227-254, 2005.

GIORDAN, M. O papel da Experimentação no ensino de ciências. Química Nova na Escola, n. 10, p. 43-49, 1999.

KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

MARANDINO, M. et al. Ensino de Biologia: histórias e práticas em diferentes espaços educativos. São Paulo: Cortez, 2009.

SANTOS, S. S. et al. Atividade prática para auxiliar na compreensão da osmose utilizando células vegetais. In: IV SEMINÁRIO PIBID UESB/CAMPUS DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA, 2014, Anais... Vitória da Conquista: UESB, 2014, p.344-345.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Campus de Itapetinga-BA pelo apoio institucional; a CAPES pelo fomento financeiro e ao Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães pela parceria na realização das atividades do subprojeto de Biologia do PIBID-UESB.

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