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PERFIL CLÍNICO E SÓCIO-ECONÔMICO DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO DE HIDROGINÁSTICA NA FEF/UFG.

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Academic year: 2021

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PERFIL CLÍNICO E SÓCIO-ECONÔMICO DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO DE HIDROGINÁSTICA NA FEF/UFG.

PRADO, Elen Cristine Gomes1; BRITO, Giulia Gam Moraes2;

DALLA DÉA, Vanessa Helena Santana3.

Palavra chave: Idoso, hidroginástica, perfil.

Introdução:

Há um considerável aumento da população idosa decorrente dos “indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida.” (BRASIL 2006, p 8) e desta forma muda-se as características demográficas de forma significativa. Nesse sentido se fez necessário o estudo a cerca do envelhecimento considerando que a maioria dos alunos do projeto de extensão de hidroginástica da UFG são idosos.

O envelhecimento não é o adoecimento necessariamente. No entanto as modificações fisiológicas são caracterizadas como um declínio nas capacidades e habilidades motoras, o que pode levar a maior probabilidade de algumas patologias em relação a um jovem (SOUZA et al., 2007).

Um aspecto bastante marcante para o idoso é a aposentadoria, pelo fato de vivermos em uma sociedade capitalista onde “o homem vale o que produz”, e a produção esta relacionada ao trabalho (VIEIRA et al., 2008).

É por tanto muito importante que haja o auxilio ao idoso de conduzi-lo a lidar com as transformações que acontecem com ele desde os aspectos físicos aos cognitivos sociais e psicológicos, aprendendo a aproveitar suas potencialidades da melhor forma possível, conquistando sua autonomia, pois somos todos autores de nossas próprias histórias junto com outras, e essa história é escrita de acordo com as nossas experiências e o que fazemos dela.

Historicamente a prática dentro da água tinha como objetivo único a terapia e posteriormente abriu se o leque tomando então as características da hidroginástica

Resumo revisado por Vanessa Helena Santana Dalla Déa. Coordenadora do Programa de Hidroginástica, Código da Ação: FEF-89.

1 Universidade Federal de Goiás – email: elencristine88@gmail.com

2 Universidade Federal de Goiás – email:giuliagamedf@hotmail.com

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A hidroginástica é uma atividade física segura, que não causa danos nas articulações, e que promove bem estar físico e mental (BONACHELA, 1994).

A Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás oferece varias práticas corporais dentre elas um projeto de extensão de hidroginástica para adultos e idosos. Este projeto objetiva além da melhora das capacidades e habilidades físicas, melhora da socialização, de sintomas depressivos e da qualidade de vida dos participantes. Dessa forma para atingir tais objetivos é essencial que o professor e os monitores conheçam as características e os determinantes sociais e biológicos dos seus alunos por meio do perfil clínico e sócio-econômico destes.

Para conhecer a abrangência do tema foi realizada uma pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde, a qual incluiu-se os principais bancos de dados como Lilacs, Medline, entre outros, a respeito dos estudos sobre perfis, com os mais diferentes temas e áreas de estudo, foram encontrados 89.488 artigos. No entanto artigos relacionados a perfil e hidroginástica foram encontrados apenas três. Com esse dado é possível afirmar que o perfil é um assunto bastante valorizado e pesquisado em trabalhos científicos, no entanto perfil de alunos de hidroginástica é um tema pouco pesquisado, por esta razão este trabalho é pertinente e traz contribuições para a área. Em nenhum dos três artigos encontrados encontra-se a avaliações do perfil sócio-econômico e clinico como o estudado neste trabalho, apresentando uma lacuna na literatura. Sendo que um dos artigos aborda transtorno de ansiedade (LOPES et al, 2009), o segundo estudo aborda a aderência na hidroginástica (MELLO et al, 2009) e o terceiro trabalho avalia humor e estado de depressão (VIEIRA et al, 2008).

Nesse sentido esse estudo objetivou analisar o perfil sócio-econômico e clinico dos alunos com 60 anos ou mais participantes do projeto de hidroginástica da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás.

Materiais e métodos

Este estudo é caracterizado como Empírico analítico, que segundo Martins (1994 p.26), refere-se a abordagens que “privilegiam estudos práticos. Suas propostas têm caráter técnico, restaurador e incrementalista. Têm preocupação com a relação causal entre as variáveis”.

Participaram deste estudo todos os alunos acima de 60 anos praticantes da modalidade de hidroginástica deste projeto, sendo o fator idade (acima de 60 anos),

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o único critério de inclusão ou exclusão de participação na pesquisa. Participaram um total de 46 idosos com idade entre 60 e 78 entre homens e mulheres.

Utilizamos para a coleta de dados um questionário contendo questões que abordaram aspectos sócio-culturais, fisiológicos, clínicos e os objetivos dos alunos em relação a pratica da modalidade, sendo as questões distribuídas entre questões abertas e fechadas.

Resultados e Discussão:

Quanto ao gênero dos participantes idosos do projeto de hidroginástica da FEF/UFG foi possível verificar que 80% são mulheres e apenas 20% são homens. Este fato pode ser associado a fatores culturais (CERRI; SIMÕES, 2007).

Quanto ao estado civil dos idosos pesquisados 56,5% são casados, 19,6% são viúvos, 6,5% são solteiros, 8,7% são casados mais de uma vez e 8,7% possuem separação legal. Dos pesquisados apenas 4,3% não tem filhos, 10,9% tem um filho, 17,4% tiveram dois filhos, 24% tem três filhos, 37% tem quatro filhos e 4,3% não responderam.

Quanto às condições de moradia 87% possuem casa própria, onde apenas 15,2% moram sozinhos. Esse dado confere com o do Perfil Sócio-Demografico dos idosos brasileiros (2007) que relata que 79% dos idosos tem sua casa própria.

Quanto ao nível de instrução 10,9% se declaram sem escolaridade, 32,6% possuem apenas ensino fundamental incompleto, 8,7% possuem ensino fundamental completo, 13% possuem ensino médio incompleto, 8,7% possuem ensino médio completo, 10,89% possuem ensino superior incompleto, 10,9% possuem ensino superior completo e 2,17% possuem pós graduação. 2,17% não responderam a esta questão.

Quanto a situação econômica e de trabalho 56,5% são aposentados, 13% são pensionistas, 4,3% são aposentados e pensionistas, 6,5% se declararam donos de casa, 2,7% trabalham fora de casa e 4,3% trabalham em casa com renda. 13% dos entrevistados não responderam a esta questão. Ao questionar a renda mensal familiar 32,6% relatam ter renda até um salário mínimo, 26% possuem renda de um a dois salários mínimos, 6,5% de dois a três, 13% de três a quatro, 10,9% mais de quatro e 2,17% não possuem renda 2,17%. 8,7% não responderam. Ao responder o número de contribuintes para esta renda mensal a resposta foi: Uma pessoa 39,1%, duas pessoas 41,3%, três pessoas 8,7%, quatro pessoas 4,3%. Não responderam esta questão 6,52% dos participantes.

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Quanto a limitações e dependência física foi perguntado se o pesquisado depende de outras pessoas e as respostas foram as seguintes: para nada 69,5%, para locomoção 6,52%, para ajudar na higiene 2,17%, nas atividades diárias 15,2%, ninguém relatou precisar de alguém para subir escadas e 4,3% não responderam. Quanto às condições de acesso a assistência médica 67,3% relataram ter planos de saúde privado, 26% não possuem e 6,5% não responderam. O numero de idosos com plano de saúde aumentou, entre os anos de 1998 e 2003 (Veras e Parahyba, 2007).

Quanto ao perfil clínico os resultados mostraram algumas patologias que são relatadas entre os alunos pesquisados do projeto de hidroginástica da FEF/UFG com maior frequência. Com base nas respostas, as enfermidades mais encontradas foram as seguintes: hipertensão com 56,5%, artrose com 34,8%, artrite com 19,6%, osteoporose com 28,3%, dores na coluna com 67,4%, diabetes com 34,8% (não foi encontrando nenhum insulinodependente), bronquite foi detectada em 6,52% e asma em 8,7% dos participantes.

Os resultados quanto a hipertensão se assemelham com os dados do estudo de Souza et al (2007) e de acordo com a V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (2006), no Brasil 27,4% das mortes em 2003 se deram por problemas cardiovasculares.

Conclusão

É preciso conhecer os alunos com os quais se trabalha, sabendo de suas limitações e os possíveis riscos daquela prática a saúde deste. Porém conhecendo-os, é também possível considerar os benefícios que a hidroginástica tem a oferecer a esse publico.

Tratando em sentido geral, através do questionário aplicado aos idosos, ficou concluído que o perfil dos idosos do projeto de extensão de hidroginástica da UFG é o seguinte: a maioria dos idosos possuem plano de saúde, não tem alergia, já praticaram atividade física antes de ingressarem no projeto de extensão de hidroginástica da UFG, possuem casa própria, ensino fundamental incompleto, tem um carro, possui um computador com acesso a internet, porém não utilizam, são aposentados, tem renda mensal de ate um salário mínimo, duas pessoas contribuem com a renda mensal, duas pessoas são sustentadas com a renda familiar, moram com apenas com mais uma pessoa e essa pessoa geralmente é o cônjuge, tem

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quatro filhos, são católicos, não dependem de outras pessoas para nada, não caíram nenhuma vez este ano, nunca sofreram maus tratos.

Referencia Bibliográfica

BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica Envelhecimento e saúde da pessoa idosa Caderno de Atenção Básica n. 19 Brasília 2006

MELLO, A..S.; VOTRE, S.J.; GÓIS, J.B. Hora Entrada e permanência de mulheres em projeto para jovens: um caso de cidadania reclamada. Motriz rev. educ. fís. (Impr.); 15(3): 574-581, jul.-set. 2009.

VIEIRA, J. L. L.; ROCHA, P. G. M.; PORCU, M. Influência do exercício físico no humor e na depressão clínica em mulheres. Motriz rev. educ. fís. (Impr.); 14(02): 179-186, abr.-jun. 2008.

LOPES, V. J. L.; PORCU, M.; BUZZO, V. A. S. A prática da hidroginástica como tratamento complementar para pacientes com transtorno de ansiedade. J Bras Psiquiatr; 58(1): 8-16, 2009.

BONACHELA, V. Manual Básico de Hidroginástica. 2ª edição, Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

SOVA, R. Hidroginástica na Terceira Idade. 1. ed. São Paulo: Manole LTDA, 1998, SOUZA, P. S; FALCÃO, J. T. R.; LEAL, C. C., MARINO, J. G. Avaliação do desempenho cognitivo em idosos. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(1):29-38 MARTINS, G. A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2. ed. São Paulo : Atlas, 1994.

CERRI, A. S.; SIMÕES, R.. Hidroginástica e Idosos: por que eles praticam? Movimento. Porto Alegre, v.13, n. 01, p.81-92, 2007.

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, V. Sociedade Brasileira de Hipertensão; Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2006.

VERAS, R.; PARAHYBA, M. I. O anacronismo dos modelos assistenciais para os idosos na área da saúde: desafios para o setor privado. Cad. Saúde Pública [online]. 2007, vol.23, n.10, pp. 2479-2489.

Fonte Financiadora:

PROEXT – Programa de Extensão Universitária

Referências

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