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PALAVRAS-CHAVE: Rendimento escolar, fracasso escolar, prática educativa.

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Academic year: 2021

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RENDIMENTO ESCOLAR: ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO PARA ESTIMULOS À APRENDIZAGEM NO ENSINO DE FÍSICA E MATEMÁTICA.

Lidiane Prestes Auad1 Professora Orientadora: Sonia Regina Silva Duarte2

Resumo

O estudo tem o objetivo de mostrar o acompanhamento pedagógico escolar das notas nas disciplinas de Física e Matemática, dos alunos do 1 ano do Ensino Médio da Escola Acy de Jesus Neves Pereira Barros, da rede pública Estadual de ensino na cidade de Belém do Pará. Formulado a partir do Projeto de Rendimento Escolar em Física e

Matemática proposto pelo programa do PIBID, Subprojeto de Gestão Escolar, do

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA. Com o intuito de identificar a dificuldade dos alunos nessas disciplinas, utilizando como proposta alternativa o Xadrez como ferramenta pedagógica para estimular o sistema cognitivo na atenção e concentração de forma a melhorar o aprendizado. Utilizou-se, um questionário para todos os alunos da turma do 1 ano/médio, de perguntas atribuídas ao aluno identificar a que ele atribui sua dificuldade nas disciplinas de Física e Matemática. O artigo está dividido em quatro momentos: o primeiro na coleta de dados para registro no quadro de notas. O segundo na tabulação desses dados. O terceiro na identificação das dificuldades nas disciplinas de Física e Matemática. E o quarto, a proposta de intervenção pedagógica para o estimulo a aprendizagem. Dessa forma, este artigo buscar compartilhar o processo de acompanhamento pedagógico no que tange o rendimento escolar. Dessa forma, valorizando a colaboração efetiva dos profissionais envolvidos para desenvolver um trabalho coletivo com foco a melhorar o rendimento escolar desses alunos. Certamente, levando o próprio profissional da educação à refletir sua prática educativa em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Rendimento escolar, fracasso escolar, prática educativa.

1

Acadêmica do curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, bolsista PIBID/CAPES/MEC. lidiauad@hotmail.com

2

Coordenadora PIBID Pedagogia IFPA Campus Belém. IFPA/PIBID/CAPES/MEC. sreginaduarte@uol.com

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1. DAS PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES DO PIBID Á PRÁXIS ACADÊMICA.

Uma das propostas de intervenções do Projeto de Pedagogia/Gestão do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, é que iniciemos nossas intervenções, com a investigação do ambiente escolar para traçarmos um perfil da escola parceira do projeto. O projeto “Rendimento Escolar” focado nas disciplinas Física e Matemática, por tratarem-se de disciplinas que os alunos possuem baixo rendimento. Nessa perspectiva, utilizamos como recurso pedagógico nas intervenções, o jogo de Xadrez. Considerando que o jogo, estimula o sistema cognitivo do aluno, melhora a sua atenção e concentração, auxiliando assim, no seu processo de aprendizagem e dessa forma contribuir para a melhoria do rendimento escolar dos alunos do 1º ano do Ensino Médio nas disciplinas Física e Matemática da Escola da Acy de Jesus Barros Pereira.

Os acadêmicos de Pedagogia são contemplados no Programa PIBID uma vez que auxilia na sua formação docente de modo que, estes tem a oportunidade de relacionar teoria e a prática, traduzindo em uma práxis diante da realidade do seu oficio profissional.

As propostas de intervenções do Programa permite ao acadêmico um aperfeiçoamento da sua prática, pois como afirma Freire (1996, p. 98) “Ensinar exige

compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo”, reflexões que

auxiliaram nossas intervenções acadêmicas e acreditamos que também serviram de base para a proposta do PIBID. O Projeto de Rendimento Escolar apresenta-se como uma experiência piloto na E.E.E.F.M Prof. Acy de Jesus Barros Pereira, daí percebemos a importância do acompanhamento pedagógico na escola o que nos impulsionou a dar continuidade nos trabalhos. Sobretudo, aprimorar o aprendizado auxiliando nas atividades de classe e extra-classe dos alunos da educação básica .

O desenvolvimento do programa e aplicação dos projetos na escola remete a reflexão da prática em si, a partir dela, que nos formamos e nos transformamos como educadores. Fazendo da prática nosso objeto de pesquisa. Conforme Freire (1996, p 29):

“1.2 – Ensinar exige pesquisa

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. *Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando.

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Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.”.

2. INVESTIGAÇÃO IN LOCO. PERSPECTIVAS PEDAGÓGICAS PARA O ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

Há uma diversidade muito grande no contexto escolar de profissionais, alunos, comunidade. Seja de formação profissional ou de entendimento enquanto agente formador e responsável por pensar e repensar a prática docente na sala de aula é que estar in loco, ou seja, no futuro local de trabalho nos ajudou a entender o contexto escolar, bem como participar de algumas atividades organizacionais da escola, além de está intervindo em sala de aula, podendo assim, está mais próxima dos alunos e executar nossas propostas de intervenções.

Iniciamos o acompanhamento pedagógico com o levantamento das notas das disciplinas de Física e Matemática que juntamente com a secretaria da escola que é responsável por receber as notas enviadas pelos Professores, e com parceria do professor da disciplina de Física que foi o primeiro a se dispor em compartilhar em tempo hábil “mapa de notas” da turma, que obtivemos as 1º e 2º avaliação e apenas a 1º Avaliação de Matemática. Com isso darmos seguimento ao levantamento das notas, tabulação e intervenções.

2.1 Levantamento de Notas e Tabulação de Dados.

No levantamento de notas usamos como parâmetro : notas acima de cinco, abaixo de cinco e igual a cinco ( +5, -5, =5), consideramos que a média da rede púbica.

A tabulação de dados foi demonstrada no quadro de notas para esse controle conforme segue baixo:

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Figura 1.

Avaliar esses dados nos remete a uma realidade aparente em muitas escolas da rede pública de ensino no Brasil. E que para esses dados não fique em meros números é preciso que se repense o resultado com o que se espera da realidade. Sobretudo por se tratar de um sistema de ensino mais quantitativo do que qualitativo. Podemos refletir esses dados a partir da realidade.

Segundo Barlow:

“A noção de Critério nos permite aprimorar um pouco mais a descrição da operação intelectual de avaliação. No entanto, mudemos de registros para imprimir uma dinâmica nova à análise: em um documento da Delegacia Geral do Planejamento, “entende-se por avaliação a análise sistemática dos efeitos de uma política e a apreciação da conformidade de seus efeitos reais em relação aos efeitos que eram esperados”. Em outras palavras: avaliar é efetuar uma comparação entre o que se constata e o que se esperava; entre o real e o ideal.” (2006, 17).

A autora supracitada traz esse paradigma do real e o ideal. Mas, com esses dados é possível analisarmos a realidade constatada, na grande dificuldade dos alunos no 1º ano do ensino médio da escola “Acy de Barros”, como é conhecida, nessas disciplinas e com um longo percurso à chegar ao ideal esperado pelo melhor desempenho escolar nessas disciplinas. Temos o resultado na forma gráfica:

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Figura 2.

É fato que não podemos analisar e nem atribuímos o baixo rendimento escolar dos alunos nessas disciplinas tendo como referência as notas por si só. Embora elas sejam indispensáveis, identificamos vários fatores que contribuem para esse resultado. Mas, que para o acompanhamento pedagógico seja feito, iniciamos com as notas para termos um eixo referencial e norteador das nossas ações,visando articular às práticas de intervenções e estímulos para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, levando em consideração situações de notas “mascaradas”, sem qualquer cunho qualitativo para suas atribuições.

Contudo, para que tenhamos o controle dessas notas e o acompanhamento seja feito também de forma quantitativa e qualitativa conforme é solicitado pelo sistema de ensino, acompanhamos esses alunos no comparativo das suas notas nas disciplinas de Física e Matemática em um único esquema de planilha, já que o foco está no rendimento escolar. Sendo assim, formulamos o REGISTRO INDIVIDUAL DE ACOMPANHAMENTO DAS DISCIP. FÍSICA E MATEMÁTICA, que consiste em um mesmo quadro a relação de todos os alunos da turma o registro das 4 (quatro) avaliações inclusive e as notas de recuperação, bem como, as observações caso necessário. Conforme modelo abaixo:

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Figura 3.

Essa planilha nos permitiu visualizar de forma mais prática as notas dos alunos das duas disciplinas e com isso acompanhar seu desenvolvimento.

2.2 Identificação das dificuldades nas disciplinas de Física e Matemática

Vinculada a essas premissas norteadoras do acompanhamento pedagógico, utilizamos um questionário para identificarmos a que esses alunos atribuem essas dificuldades. E chegamos ao levantamento desses dados na planilha que se segue:

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É nítido que precisamos ir além das notas. Sobretudo, buscar parcerias com as áreas específicas de Física e Matemática, articular ações integradoras que visem melhorar o desempenho dos alunos, minimizar o fracasso escolar que é desmotivador e podermos dar o suporte pedagógico necessário integrado a esse acompanhamento e desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem escolar.

3. O XADREZ COMO RECURSO PEDAGÓGICO

A realidade dos alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola Acy de Jesus Neves Pereira Barros, não é diferente das muitas da rede pública de ensino. Embora a escola possua uma boa estrutura física, ainda tem muito a ser observado, conservado e direcionado de forma eficaz nas suas práticas educativas de ensino. Oportunizar aos alunos a novos métodos de ensino é de suma importância.

Como proposta de intervenção pedagógica para estimulo ao processo de ensino e aprendizagem levamos o Jogo do Xadrez para escola como recurso pedagógico utilizado para estimular principalmente a atenção e concentração dos alunos.

Durante uma diagnose informal identificamos que a escola já havia recebido o jogo de xadrez por intermédio de outro programa, no entanto, uma prática pontual mas que nos levou a ter um conhecimento prévio e a utiliza-lo na prática. Nossa intervenção iniciou com a oficina “Oficina de Xadrez: Atenção e Concentração, estímulos para aprendizagem”. Para integra-los na atividade, os convidamos para ajudar na ornamentação e posteriormente na prática do jogo do xadrez .

Foto 1. Oficina de Xadrez Foto 2 Oficina de Xadrez Foto 3. Oficina de Xadrez

No decorrer da oficina, levamos os alunos ao Auditório da escola, organizamos as mesas e cadeira em fileiras e demos inícios as orientações das regras de movimentos e captura das peças. Atribuímos a oficina toda à importância relevante de conhecimento

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prévio que já possuíam e com isso a participação durante a prática do jogo do xadrez fluiu de forma significativa e participativa.

Foto 4. Oficina de Xadrez. Foto 5. Oficina de Xadrez

Foto 6. Oficina de Xadrez. Foto 7. Oficina de Xadrez

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O acompanhamento pedagógico das disciplinas de Física e Matemática é um trabalho contínuo. As planilhas que atribuímos para desenvolver o trabalho nos levaram a identificar os procedimentos pedagógicos utilizados pela escola para aquisição das notas bem como, estreitar na relação profissional com os professores das disciplinas e contribuir significativamente para o auxilio nas atividades educativas da escola.

Concomitante ao acompanhamento pedagógico das notas, identificamos que a prática do jogo de Xadrez na escola nos possibilitou como acadêmicos a também estreitar relações profissionais com os alunos, que foram receptivos e participativos. Mostrando-nos um leque de oportunidades para futuras intervenções.

Observamos que com a assiduidade do jogo do xadrez os alunos estavam mais atentos, concentrados e planejando estratégias de jogo. O que nos leva a entender que estão assimilando as regras do xadrez e que na prática formulem novas estratégias. Mas, sempre buscando orientá-los nas dúvidas e na execução. E que o acompanhamento pedagógico integrado as ações de intervenções são fundamentais para a formação como educador e pesquisador da educação. Com isso melhorar o rendimento escolar dos

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alunos e os oportunizando a serem participativos durante a construção do seu processo de ensino e aprendizagem.

5. REFERENCIAS

BARLOW, Michel. Avaliação Escolar: Mitos e realidades. Porto Alegre: Artmed, 2006.

IFPA. Projeto Rendimento Escolar: Física e Matemática. PIBID/CAPES.

MARCHESI, Álvaro; GIL, Carlos Hernández & Colaboradores. Fracasso Escolar:

uma perspectiva multicultural. Porto Alegre: Artmed, 2004, p 17-33.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 2. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

SOUZA, Denise T. Entendendo um pouco mais sobre o sucesso (e fracasso) escolar:

ou sobre os acordos de trabalho entre professores e alunos. In: AQUINO, Júlio

Goppa. Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1999.

Referências

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