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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Proposta de Programa de inclusão social dos Egressos da Escola Pública no Vestibular da UNESP

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Proposta de Programa de inclusão social dos Egressos da Escola Pública no Vestibular da UNESP

1. Introdução

A Pró-Reitoria de Graduação tem consciência da necessidade de ampliar a inclusão social nos cursos da UNESP, considerando as condições socioeconômicas dos jovens e valorizando o mérito acadêmico. Entende que uma maneira de se garantir esta dupla tarefa é atrair para a universidade pública alunos que tenham freqüentado o Ensino Médio em escola pública.

Dados dos últimos cinco anos (de 2003 a 2007) indicam que tem diminuído o número de candidatos de escolas públicas presentes nos vestibulares da UNESP, de 49% em 2003 para cerca de 41% em 2007. Apesar dos esforços recentes no sentido de se ampliar a oferta de isenções de taxas de inscrição, eles não resultaram em acréscimo correspondente de alunos de escolas públicas presentes no vestibular, nem de aprovados, o que aponta para a necessidade de novas estratégias de inclusão. De forma semelhante, dados do vestibular da USP, sobejamente divulgados pela grande imprensa, revelam que o investimento maciço em aumento de inscrições gratuitas não determinou qualquer ampliação do número de alunos de escolas públicas efetivamente aprovados e matriculados. Um fator que influencia o sucesso dos jovens no vestibular é a freqüência a cursos preparatórios. Recentemente a UNESP, através da PROEX, fortaleceu consideravelmente seu programa de oferecimento de cursinhos pré-vestibulares aos jovens com condições socioeconômicas menos favorecidas, fornecendo bolsas para os alunos da Universidade que se dedicam à tarefa de ministrar as aulas e material de alta qualidade aos participantes. Em convênio firmado neste ano entre a Reitoria da UNESP e a Secretaria de Ensino Superior, o número de vagas nos cursinhos comunitários apoiados pelas Unidades cresceu de 2300 para cerca de 3800 lugares.

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público vem se situando, na UNESP, próximo de 40%, merece atenção o fato de que, nessa Universidade, o número daqueles que foram chamados para realizar matrícula situa-se em torno de 60% do total de vagas, de modo que vem ocorrendo perdas - que necessitam explicação - no que diz respeito aos egressos das escolas médias públicas. O esclarecimento das razões que motivam essas perdas poderá levar à adoção de políticas mais efetivas de inclusão, de modo a se evitar o desperdício de recursos, ou simplesmente a adoção apressada de medidas enganosas, ou de fachada, que acabam por constituir apenas uma resposta à pressão social.

Outro fator de inclusão social constatado em relatos de várias experiências é a disponibilidade de vagas no período noturno. No entanto, apenas pouco mais de 33% das vagas das universidades estaduais concentram-se no período noturno, e ainda distribuídas de forma desigual pelas diversas áreas do conhecimento e regiões geográficas do Estado. Portanto, é provável que questões inerentes à estrutura, organização e especificidades do sistema de ensino superior estadual paulista estejam a contribuir para a exclusão do aluno menos privilegiado do ponto de vista socioeconômico, como é, em geral, o caso do egresso do ensino médio público.

Em virtude desses fatos, a PROGRAD em parceria com a VUNESP, vem desenvolvendo pesquisa que visa esclarecer os motivos pelos quais os alunos provenientes do ensino médio público não realizam a matrícula quando são convocados para tal. Espera-se que os dados dessa pesquisa contribuam para a adoção de ações e de medidas afirmativas mais eficazes para a inclusão de camadas menos privilegiadas da população.

No entanto, devido à solicitação do CEPE, que vem analisando a questão da inclusão já por longo tempo, a PROGRAD reapresenta uma proposta de inclusão de alunos egressos do ensino médio público, com modificações no procedimento da computação dos dados.

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O instrumento utilizado para a coleta de dados consiste no Questionário Socioeconômico da VUNESP, aplicado a todos os candidatos quando das inscrições. Foram determinadas a porcentagem de inscritos, a porcentagem de candidatos classificados e a porcentagem de ingressantes que realizaram todo o ensino médio em escola pública nos anos de 2003 a 2007.

Inscritos são todos os que tiveram sua inscrição confirmada e poderiam ter realizado as provas, candidatos ou classificados são os que não foram eliminados por qualquer motivo (ausência às provas ou notas insuficientes), e ingressantes são os que realizaram a matrícula e permaneceram na UNESP.

Foram determinadas as porcentagens de candidatos (PC) e de ingressantes (PI) dos egressos do Ensino Médio Público, por curso, nos anos de 2003 a 2007. A seguir, foram calculadas as médias da porcentagem de candidatos (MPC) e de ingressantes (MPI). A diferença entre essas duas médias, quando positiva, indica a porcentagem de ingressantes que deverão ser incluídos para que a proporção de ingressantes provenientes de escola pública seja igual a proporção de candidatos.

Uma das justificativas para a inclusão dos egressos da escola pública se baseia na distribuição dos candidatos e dos ingressantes nas faixas de renda familiar, como pode ser observado nas Figuras 1, 2 e 3, construídas com os dados referentes ao vestibular de 2007. Os egressos de escola pública concentram-se nas três primeiras faixas de renda (93,5% dos candidatos e 92% dos ingressantes), enquanto que os egressos de escola particular concentram-se nas faixas de renda mais elevadas. A Figura 3 evidencia a semelhança das distribuições de candidatos e de ingressantes que realizaram todo o ensino médio em escola pública.

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Unesp 2007 - Candidatos classificados 0 10 20 30 40 50 60 até 1,9 SM 2 a 4,9 SM 5 a 9,9 SM 10 a 14,9 SM 15 a 19,9 SM 20 SM ou mais Renda Familiar P or ce nt ag em

Ensino Médio Público Ensino Médio Particular

Figura 1. Distribuição dos candidatos classificados segundo a realização do ensino médio em escola pública ou particular e faixa de renda familiar, em salários mínimos (SM).

Unesp 2007 - Ingressantes 0 10 20 30 40 50 60 até 1,9 SM 2 a 4,9 SM 5 a 9,9 SM 10 a 14,9 SM 15 a 19,9 SM 20 SM ou mais Renda Familiar P or ce nt ag em

Ensino Médio Público Ensino Médio Particular

Figura 2. Distribuição dos ingressantes segundo a realização do ensino médio em escola pública ou particular e faixa de renda familiar, em salários mínimos (SM).

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Unesp 2007 - Ensino Médio Público 0 10 20 30 40 50 60 até 1,9 SM 2 a 4,9 SM 5 a 9,9 SM 10 a 14,9 SM 15 a 19,9 SM 20 SM ou mais Renda Familiar P or ce nt ag em Candidatos Ingressantes

Figura 3. Distribuição de candidatos classificados e de ingressantes que realizaram o ensino médio em escola pública segundo a faixa de renda familiar, em salários mínimos (SM).

Nas Tabelas 1, 2 e 3 a seguir estão relacionadas as porcentagens médias de cinco anos, de candidatos que realizaram todo o ensino médio em escola pública e as de ingressantes, por curso, das áreas de Ciências Biológicas, de Ciências Exatas e de Humanidades. Duas outras colunas completam as tabelas com as informações sobre número de vagas e de alunos que deveriam ter sido incluídos, em cada curso, para que as porcentagens de candidatos se repetissem na matrícula. Estes seriam os parâmetros se a proposta tivesse sido implementada em 2007. Evidentemente, pequenos ajustes e atualizações serão realizados quando da inclusão dos dados do próximo processo de seleção.

A proposta se resume em criar novas vagas em cada curso, visando a igualar a porcentagem média de candidatos à porcentagem média de ingressantes que realizaram todo o ensino médio em escola pública. O número de vagas a serem criadas deverá ser estabelecido a cada ano, uma vez que as porcentagens são calculadas com base nos dados dos últimos cinco anos. Poderá ficar facultativo a cada Unidade propor o número máximo

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infra-estrutura para absorver a ampliação proposta.

Tabela 1. Média de porcentagens de cinco anos (2003 a 2007) de candidatos (MPC) e de ingressantes (MPI) que realizaram todo o ensino médio em escola pública, por curso da área de Ciências Biológicas, e o número de vagas a serem criadas para a inclusão.

Curso Tipo de curso Período Cidade MPC MPI Vagas Inclusão Vagas

Botucatu 31,2 19,5 80 9

Ilha Solteira (FA) 44,5 43,1 40 1 Ilha solteira (MA) 30,8 23,1 40 3 Jaboticabal 26,5 18,0 100 9 Agronomia integral Registro (MA) 40,4 37,0 40 1 Biotecnologia integral Assis (MA) 21,2 10,0 40 4

Bac Ger Cost ou Biol Mar

integral São Vicente 32,4 23,9 40 3 Bac Mod Méd integral Botucatu 20,4 9,3 30 3 Assis 41,3 22,2 40 8 Botucatu 27,8 6,0 40 9 Rio Claro 31,5 14,0 40 7 integral

S.J.do Rio Preto 36,9 24,4 50 6 Jaboticabal 49,1 24,0 40 10 Bac/Lic

noturno Rio Claro 61,5 32,0 25 7

integral Bauru 31,9 15,7 30 5 Bauru 57,4 34,7 30 7 Botucatu 56,3 33,8 36 8 Ciências Biológicas Lic noturno Ilha Solteira 57,1 41,8 30 5

Ecologia integral Rio Claro 33,3 20,0 30 4

Bac integral Rio Claro 34,8 24,0 30 3

Bauru 35,3 23,7 30 3

integral

Rio Claro 45,8 17,3 30 9

matutino Pres. Prudente 55,8 42,2 45 6

Bauru 63,2 43,8 30 6 Educação Física Lic

noturno Pres. Prudente 79,4 69,1 45 5

Enfermagem integral Botucatu 40,7 17,5 30 7

Engenharia Florestal integral Botucatu 29,1 22,1 40 3 integral Araraquara 20,8 7,2 70 10 Farmácia-Bioquímica

noturno Araraquara 45,5 31,3 30 4

Marília 28,9 13,8 40 6

Fisioterapia

integral Pres. Prudente 34,7 20,9 45 6

Fonoaudiologia integral Marília 35,1 25,3 35 3

Medicina integral Botucatu 14,1 7,3 90 6

Araçatuba 30,0 17,8 45 6 Botucatu 23,0 8,0 60 9 Medicina Veterinária integral Jaboticabal 23,4 10,0 50 7

Nutrição noturno Botucatu 30,9 16,7 30 4

Araçatuba 21,2 10,3 80 9 Araraquara 20,3 10,8 75 7 integral S.J.dos Campos 22,7 14,0 50 4 Araçatuba 35,6 30,0 30 2 Odontologia

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Botucatu 29,3 20,7 60 5 Ilha Solteira 31,6 23,1 40 3 integral Jaboticabal 31,9 23,6 50 4 FA: Vestibular de Final de Ano e MA: Vestibular de Meio de Ano.

Tabela 2. Média de porcentagens de cinco anos (2003 a 2007) de candidatos (MPC) e de ingressantes (MPI) que realizaram todo o ensino médio em escola pública, por curso da área de Ciências Exatas, e o número de vagas a serem criadas para a inclusão.

Descrição Tipo de curso Período Cidade MPC MPI Vagas Inclusão Vagas

Bauru 32,4 24,7 30 2

integral

S.J.do Rio Preto 31,8 26,3 35 2 Ciência da Computação Bac

noturno Pres. Prudente 52,9 34,1 35 7 integral Rio Claro 33,1 22,0 30 3 Ciências da Computação Bac

noturno Rio Claro 60,6 52,0 30 3 Sorocaba (MA) 24,3 14,8 60 6 Pres. Prudente 29,7 12,7 35 6 Engenharia Ambiental integral Rio Claro 24,6 15,0 30 3 Engenharia Cartográfica integral Pres. Prudente 49,4 41,7 40 3

Bauru 25,3 16,0 60 6

Guaratinguetá 35,6 27,8 40 3 Ilha solteira (FA) 34,6 23,4 40 4 Engenharia Civil integral

Ilha Solteira (MA) 32,1 23,7 40 3 Engenharia de Alimentos integral S.J.do Rio Preto 19,4 5,3 30 4 Engenharia de Controle e

Automação integral Sorocaba (MA) 25,1 13,5 40 5 Engenharia de Materiais integral Guaratinguetá 26,3 14,5 40 5 Engenharia de Produção noturno Bauru (MA) 24,1 9,4 40 6 Engenharia de Produção

Mecânica integral Guaratinguetá 12,9 9,7 30 1

Bauru 33,4 23,7 60 6

Guaratinguetá 33,8 28,9 40 2 Ilha Solteira (FA) 34,5 20,4 40 6 Engenharia Elétrica integral

Ilha Solteira (MA) 31,4 21,5 40 4 Engenharia Industrial

Madeireira integral Itapeva (MA) 58,5 48,5 40 4

Bauru 20,1 10,6 60 6

Guaratinguetá 26,1 18,9 60 4 Ilha Solteira (FA) 27,1 16,8 40 4 integral

Ilha Solteira (MA) 20,4 8,8 40 5 Engenharia Mecânica noturno Guaratinguetá 62,4 56,3 30 2 Estatística diurno Pres. Prudente 47,0 40,7 30 2 integral Rio Claro 43,8 36,5 40 3 Bac/Lic noturno Guaratinguetá 64,8 54,0 40 4 Bauru 58,1 49,6 40 3 Ilha Solteira 61,0 52,9 30 2 Física Lic noturno Pres. Prudente 70,9 63,3 30 2 Física Biológica integral S.J.do Rio Preto 32,6 27,5 40 2 Física Médica integral Botucatu (MA) 29,8 15,0 40 6

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matutino Pres. Prudente 67,4 60,7 40 3 Bauru 70,9 60,0 40 4 Guaratinguetá 74,9 58,0 30 5 Ilha Solteira 71,2 68,3 30 1 Pres. Prudente 81,5 75,1 50 3 Lic noturno

S.J.do Rio Preto 80,6 72,7 45 4 Bac Quím e Quím Tec integral Araraquara 34,5 19,7 50 7 Araraquara 66,1 48,7 30 5 Bauru 56,5 35,8 30 6 Química Lic noturno Pres. Prudente 67,2 59,0 40 3 Química Ambiental integral S.J.do Rio Preto 37,6 25,2 40 5 Sistemas de Informação Bac noturno Bauru 50,4 50,0 40 0 FA: Vestibular de Final de Ano e MA: Vestibular de Meio de Ano.

Tabela 3. Média de porcentagens de cinco anos (2003 a 2007) de candidatos (MPC) e de ingressantes (MPI) que realizaram todo o ensino médio em escola pública, por curso da área de Humanidades, e o número de vagas a serem criadas para a inclusão.

Descrição Tipo de curso Período Cidade MPC MPI Vagas Inclusão Vagas

diurno Araraquara 21,6 11,2 50 5

Administração

Bac Adm Púb noturno Araraquara 52,5 37,8 50 7

Administração de

Empresas noturno Jaboticabal (MA) 30,8 18,1 40 5

diurno Tupã (MA) 33,9 28,8 40 2

Administração de

Empresas e Agronegócios noturno Tupã (MA) 38,7 31,1 40 3

Bauru 22,9 20,7 45 1

Arquitetura e Urbanismo

integral Pres. Prudente 36,9 26,5 40 4

Arquivologia diurno Marília 55,5 53,3 30 1

Artes Cênicas Lic matutino São Paulo 43,0 30,0 20 3

Artes Visuais Bac/Lic diurno São Paulo 44,3 40,8 40 1

Biblioteconomia diurno Marília 68,8 68,6 35 0

diurno Araraquara 23,1 12,0 50 6

Ciências Econômicas Bac

noturno Araraquara 51,2 34,7 50 8 diurno Araraquara 35,0 26,8 50 4 Matutino Marília 44,4 40,6 35 1 Araraquara 62,4 49,5 50 6 Ciências Sociais Bac/Lic noturno Marília 58,9 52,9 45 3 diurno Bauru 23,3 6,5 40 7 Jornal. noturno Bauru 49,1 29,6 50 10

Radial. diurno Bauru 30,3 16,1 30 4

Comunicação Social

Relações

Públicas noturno Bauru 30,7 22,6 50 4

diurno Bauru 18,1 18,7 30 0

Programação

Visual noturno Bauru 42,7 39,4 30 1

Desenho Industrial

Projeto do

Produto noturno Bauru 31,5 22,6 30 3

matutino Franca 14,6 8,8 50 3

Direito

noturno Franca 33,8 17,7 60 10

matutino São Paulo 65,7 48,8 40 7

Educação Artística

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noturno Ourinhos (MA) 54,0 47,6 45 3

integral Rio Claro 44,6 35,4 40 4

matutino Pres. Prudente 60,9 50,9 40 4 Bac/Lic

noturno Pres. Prudente 77,0 70,8 45 3 Geografia

Lic noturno Rio Claro 73,1 67,2 40 2

Matutino Franca 46,3 30,6 50 8 Bac/Lic noturno Franca 73,0 57,7 50 8 Matutino. Assis 50,9 43,7 40 3 História

Lic noturno Assis 71,7 61,4 45 5

Bac Tradutor integral S. J. do Rio Preto 42,6 31,7 32 4

diurno Araraquara 52,0 30,9 60 13

Bac/Lic

noturno Araraquara 77,6 61,6 60 10

diurno S.J.do Rio Preto 57,9 41,8 34 5

Matutino Assis 65,9 56,9 70 6 Assis 77,6 73,0 70 3 Letras Lic

noturno S.J.do Rio Preto 77,1 63,7 34 5 Composição e

Regência vespertino São Paulo 40,3 32,8 20 1 Instrumento:

Cordas vespertino São Paulo 53,5 54,7 10 0

Instrumento:

Percussão vespertino São Paulo 62,9 66,7 3 0 Instrumento:

Sopros vespertino São Paulo 55,0 56,4 10 0

Instrumento:

Teclados vespertino São Paulo 39,3 41,9 12 0 Instrumento:

Violão vespertino São Paulo 49,3 50,0 4 0

Música (Bac.)

Bac Canto vespertino São Paulo 40,1 32,0 5 0

diurno Araraquara 58,0 49,6 50 4 matutino Marília 56,4 55,7 40 0 Araraquara 77,8 76,8 50 1 Bauru 68,9 59,6 50 5 Marília 76,5 74,8 80 1 Pres. Prudente 87,3 87,1 45 0 Rio Claro 71,5 60,9 45 5 noturno S. J. do Rio Preto 73,0 64,4 40 3 Pedagogia Lic

vespertino Pres. Prudente 77,3 78,9 35 -1

matutino /

vespertino Assis 37,1 17,8 45 9

Bac e Formação de Psicólogo

vespertino / noturno Assis 50,4 32,6 45 8

integral Bauru 18,8 9,3 30 3

Psicologia

Formação de

Psicólogo noturno Bauru 50,2 29,1 35 7

Franca 31,8 19,6 50 6 noturno Marília 28,6 10,6 40 7 Relações Internacionais vespertino Franca 14,2 6,4 50 4 matutino Franca 51,7 44,9 40 3 Serviço Social noturno Franca 74,4 69,6 50 2

Turismo diurno Rosana (MA) 39,5 32,6 40 3

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Considerando a metodologia de cálculo, em 2007 teria sido necessário incluir 738 egressos do ensino médio público, o que corresponde a pouco mais de 10% das vagas disponibilizadas no ano.

Como se observa nas Tabelas 1, 2 e 3, de um total de 170 opções de curso, 39 (1 da área de Ciências Biológicas, 13 de Exatas e 25 de Humanidades) já apresentam porcentagem de ingressantes igual ou superior a 50%, meta conceitual indicada anteriormente pelo Conselho Universitário.

Na Figura 4 estão representadas as porcentagens de candidatos e de ingressantes que realizaram todo o ensino médio em escola pública, no período de 2003 a 2007. As linhas de tendência das porcentagens de candidatos e de matriculados são aproximadamente paralelas e mostram decréscimo das porcentagens ao longo do tempo analisado. Esse fato indica que para aumentar o número de ingressantes é fundamental aumentar o número de candidatos, como mostra a correlação entre essas variáveis, representada pelo formato da nuvem de pontos com todos os cursos da UNESP, na Figura 6.

A proposta atual interfere nesse paralelismo elevando apenas a porcentagem de ingressantes provenientes de escola pública, como mostra a figura 5.

0 10 20 30 40 50 60 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Ano P or ce nt ag em Candidatos Matriculados

Figura 4. Porcentagem de candidatos e de ingressantes que realizaram todo o ensino médio em escola pública, de 2003 a 2007.

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0 10 20 30 40 50 60 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Ano P or ce nt ag em Candidatos Matriculados

Figura 5. Porcentagem de candidatos e de ingressantes que realizaram todo o ensino médio em escola pública, de 2003 a 2007 com a intervenção proposta aplicada ao ano de 2007.

y = 1,0274x - 11,666 R2 = 0,9037 0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100 % Candidatos % M at ric ul ad os

Figura 6. Relação entre a porcentagem de candidatos e de matriculados nos cursos da UNESP, que realizaram todo o ensino médio em escola pública.

Analisando esses fatos, algumas considerações podem ser feitas:

• Para aumentar o número de matriculados provenientes do ensino médio público são necessárias políticas que permitam aumento do número desses candidatos classificados. A VUNESP tem atuado fortemente na rede pública divulgando o vestibular e as carreiras disponíveis, com a participação de professores, de

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trazer mais inscritos para os exames.

• Os candidatos da rede pública necessitam de melhor formação, o que aproximaria as duas linhas de tendências (Figura 4) aumentando a probabilidade de sucesso no vestibular. A PROEX vem atuando no oferecimento de cursos preparatórios para o vestibular, investindo em material didático e apoio aos cursinhos existentes na UNESP. Além disso, políticas de capacitação continuada dos professores da rede pública, aliadas à melhoria na carreira docente, também contribuem para a melhoria do ensino e, conseqüentemente, para o sucesso desses jovens no vestibular.

Em 2007 a UNESP ofereceu 687 vagas para transferência interna e posteriormente para transferência externa, número muito próximo do necessário para efetuar a inclusão indicada pela metodologia de cálculo adotada. Resguardada a legislação, tais vagas poderiam ser redirecionadas para o preenchimento a partir dos resultados do concurso vestibular, considerando os candidatos classificados que realizaram todo o ensino médio em escola pública. Embora as vagas oferecidas para transferência não se distribuam com o rigor necessário para a inclusão social proposta, seu redirecionamento para o vestibular pode contribuir para incrementar a inclusão de candidatos menos favorecidos.

4. Proposta

Em face do exposto, a Pró-Reitoria de Graduação formaliza a seguinte proposta para ampliar a inclusão social dos egressos do ensino médio público na UNESP:

• Criação de novas vagas em cada curso, em número correspondente à diferença entre a média das porcentagens de candidatos classificados (aqueles que realizaram todas as provas e não foram eliminados) provenientes do ensino médio público, nos últimos cinco anos, e a média dos ingressantes que realizaram o ensino médio em escola pública no mesmo período. Limitações de infra-estrutura poderão, a critério das Unidades, concorrer para a definição anual do número de vagas a serem ampliadas.

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dependência de modificação da Resolução referente ao processo de transferência, de todas essas vagas, decorrentes de morte, transferência ou cancelamento de matrícula - para a absorção de alunos provenientes do ensino médio público, na ordem de sua classificação no vestibular.

• A implementação do mecanismo de preenchimento das novas vagas (criadas + remanejadas das transferências) dar-se-ia durante o processo de matrícula do vestibular, provavelmente após a matrícula da lista de espera, ou conforme deliberação da CCG/CEPE, ouvida a VUNESP no que se refere à operacionalização.

• Tendo em vista a necessária participação das Unidades da UNESP para o sucesso da presente proposta, sugere-se que ela seja discutida pelas Congregações das Unidades e pelos colegiados superiores da Universidade.

Referências

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