• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS URBANOS CURSO IV. Projetos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV 2013

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS URBANOS CURSO IV. Projetos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV 2013"

Copied!
29
0
0

Texto

(1)

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM GESTÃO DE PROJETOS URBANOS

CURSO IV

Projetos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV 2013

Realização:

(2)

Realização:

2 CURSO IV – Projetos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV

1.O PMCMV

O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) é um programa habitacional do Governo Federal que objetiva incentivar a produção e a aquisição de novas unidades habitacionais ou a requalificação de imóveis urbanos e a produção e a reforma de habitações rurais para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00.

Tendo como foco o estimulo à produção de habitação de interesse social (HIS) pelo mercado privado formal, o PMCMV apresenta-se como uma estratégia inovadora para recuperar o passivo social relacionado ao déficit habitacional acumulado, ao mesmo tempo em que gera emprego e renda, por meio do aumento do investimento no setor da construção civil. Desta forma, o programa insere uma parcela maior da população no mercado formal da habitação e promove distribuição de renda e inclusão social.

O Programa apresenta-se como um grande guarda-chuva, englobando as diversas iniciativas do Governo Federal para a promoção da HIS.

Para a distribuição de metas e dos recursos, foram criados subprogramas e modalidades que se adéquam ao perfil das famílias atendidas e às particularidades de cada município, levando em consideração, sobretudo, a faixa de renda familiar dos beneficiários, grupos prioritários, o agente organizador/operador, a característica da área (urbana ou rural) e o porte do município.

O uso da marca PMCMV por municípios, empresas e instituições parceiras deve atender, obrigatoriamente, as diretrizes estabelecidas no Manual de identidade visual, lançado em jan.2013, e disponível no site do Ministério das Cidades.

(3)

Realização:

3 1.1.Fases do Programa: PMCMV e PMCMV 2

Lançado em março de 2009 – pela Medida Provisória Nº459/2009, posteriormente convertida na Lei Nº 11.977/2009 – o Programa iniciou em maio de 2011 a sua segunda fase, denominada PMCMV 2. À meta inicial de um milhão de unidades habitacionais (UHs) do PMCMV “1” foram somadas outras 2,4 milhões, totalizando 3,4 milhões de UHs, a serem contratadas até o fim de 2014. Em dezembro de 2012, foi celebrada a marca parcial de 1 milhão de unidades entregues e 2 milhões de unidades contratadas.

1.2.Recursos e instrumentos

A fim de promover o acesso ao mercado de habitação formal, aumentando a capacidade compra das famílias de baixa renda, e desenvolver o mercado de HIS, o Programa faz uso de dois instrumentos principais: a subvenção econômica e financiamentos com taxas de juros reduzidas em relação às praticadas pelo mercado privado. Para isso, conta com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), contrapartidas do poder público local, recursos próprios dos beneficiários e empréstimos dos agentes financeiros. Em dezembro de 2012, os investimentos somados ultrapassaram R$ 155 bilhões, dos quais, aproximadamente R$ 47 bilhões do OGU.

Organizado em três faixas de renda, até R$ 1.600,00, de R$1600,00 a R$3.275,00 e R$3.275,00 a R$ 5.000,00, o programa prioriza a distribuição da subvenção para as famílias com menor renda familiar, onde a capacidade de financiamento limitada impossibilita o acesso à habitação de mercado.

Juntam-se a estes outros instrumentos para garantir a sustentabilidade do programa como distribuição das metas de acordo com o déficit habitacional, regionalização dos custos das unidades, extensão de prazos de financiamento, introdução de seguros e redução de riscos, incentivo Fiscal – Regime Especial de Tributação e desoneração de impostos e materiais.

1.3.Elegibilidade

(4)

Realização:

4

Poderão ser beneficiadas pelo Programa famílias que se enquadram nos critérios de renda, que não possuam casa própria ou financiamento habitacional e que não tenham sido beneficiadas por programas habitacionais do Governo Federal.

Soma-se a estes critérios a priorização do atendimento às famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas; às famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; e às famílias de que façam parte pessoas com deficiência e, atendendo o Estatuto do Idoso (conforme disposto no inciso I do art. 38 da Lei no 10.741/2003, deverá ser feita a reserva de, no mínimo, 3% das unidades habitacionais para atendimento aos idosos).

Além dos critérios estabelecidos pelo Governo Federal, nacionais, os Estados, Municípios e Distrito Federal poderão fixar outros critérios de seleção de beneficiários, locais, previamente aprovados pelos respectivos conselhos locais de habitação, quando existentes, e em conformidade com as respectivas políticas habitacionais e as regras estabelecidas pelo Governo Federal.

Caberá ao Município, Estado ou Distrito Federal participante a responsabilidade pela seleção dos beneficiários finais, observados os prazos definidos em normativo específico. Para isso, este deverá manter atualizado o cadastro habitacional, contendo informações mínimas necessárias à aplicação dos critérios nacionais e locais de seleção dos beneficiários, conforme normativo do Programa.

O programa prevê também que os contratos e registros efetivados no âmbito do PMCMV sejam formalizados, preferencialmente, em nome da mulher.

1.3.2. Quais localidades podem ser beneficiadas?

O Programa foi organizado em modalidades de forma a atender todos os Estados e Municípios. Em áreas urbanas, o Programa também estabelece como critérios de priorização os municípios com propostas onde houver a doação pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios de terrenos localizados em área urbana consolidada para implantação de empreendimentos vinculados ao programa; a implementação pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios de medidas de desoneração tributária, para as construções destinadas à habitação de interesse social; e a implementação pelos Municípios dos

(5)

Realização:

5

instrumentos da Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, voltados ao controle da retenção das áreas urbanas em ociosidade.

1.4.O papel do Ministério das Cidades

A regulamentação das diversas modalidades do PMCMV é feita por meio de Portarias e Instruções Normativas do Ministério das Cidades ou de Portarias Interministeriais. Entre as atribuições do Ministério está à fixação das diretrizes e condições gerais de execução; à distribuição regional dos recursos e à fixação dos critérios complementares de distribuição; e ao estabelecimento dos critérios adicionais de priorização da concessão da subvenção econômica.

Os Ministros de Estado das Cidades, da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão fixarão, em ato conjunto a remuneração da CEF, gestor operacional dos recursos destinados à concessão da subvenção do PNHU, pelas atividades exercidas no âmbito do PNHU; os valores e limites máximos de subvenção; e as condições operacionais para pagamento e controle da subvenção econômica.

No caso específico da modalidade FAR do PMCMV-PNHU, a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades está habilitada, em casos específicos, a realizar a avaliação das propostas de empreendimento apresentadas, no que tange a sua concepção urbanística.

1.5. O papel do gestor público local

A amplitude e escala do programa exige uma participação efetiva do gestor municipal ou estadual como indutor, articulador e parceiro da implantação do PMCMV. Para o sucesso do Programa e sustentabilidade dos empreendimentos, estes possuem papel fundamental:

• Na gestão do território - regulamentando e aplicando no Plano Diretor os

instrumentos urbanísticos que permitem o acesso à terra urbanizada bem localizada e a preço compatível com a demanda; induzindo a ocupação de vazios urbanos e áreas já dotadas de infraestrutura por meio da decretação de Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS; aumentando a oferta de terras para atender a demanda habitacional existente.

(6)

Realização:

6

• Na organização da demanda - mantendo um cadastro atualizado de potenciais

beneficiários com informações que permitam aplicar os critérios de seleção do PMCMV além de fazer um diagnóstico da situação e da demanda habitacional no município para, a partir dele, fazer o planejamento das ações necessárias na área habitacional.

• Na articulação com diversos atores para viabilização de empreendimentos - propondo

a desoneração fiscal de tributos para redução dos custos de produção; identificando áreas prioritárias para implantação dos empreendimentos e incentivando que as propostas sejam para essas áreas; destinando terrenos para a construção de empreendimentos, seja pela desapropriação de terrenos de particulares ou doação de terrenos próprios, e promovendo o chamamento de empresas; articulando com as concessionárias para viabilizar a implantação, operação e a manutenção das redes de energia elétrica, água, saneamento e transporte público, quando houver; estabelecendo parecerias com entidades privadas sem fins lucrativos habilitadas a operarem no Programa. Na gestão dos empreendimentos após a entrega das unidades – apoiando as famílias na gestão e manutenção do empreendimento, inclusive, quando possível, na manutenção de empreendimentos organizados em condomínio.

(7)

Realização:

7 2. Linhas de atuação: Subprogramas e modalidades

O PMCMV é composto por dois subprogramas, o Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU, e o Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR. Uma vez que o PMCMV foca nas localidades onde a maior déficit habitacional, o PNHR correspondeu apenas a cerca de 1% das UHs contratadas na primeira fase do programa.

GRAFICO 01: Programa Minha Casa Minha Vida – subprogramas e modalidades

3. O PNHR

O Plano Nacional de Habitação Rural – PNHR tem por objetivo subsidiar a produção ou reforma de imóveis aos agricultores familiares e trabalhadores rurais cuja renda familiar anual bruta não ultrapasse R$ 60.000,00.

É considerado trabalhador rural toda a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. São também enquadrados como agricultores familiares os beneficiários titulares de DAP que exercem as seguintes atividades: pescadores artesanais, extrativistas, silvicultores, aquicultores, maricultores, piscicultores, comunidades quilombolas, povos indígenas e demais comunidades tradicionais.

O Programa é constituído por duas fontes de recursos: recursos advindos do Fundo de Desenvolvimento Social – FDS (Orçamento Geral da União) e recursos advindos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS. A subvenção econômica será concedida uma única vez por imóvel e por beneficiário, no ato da contratação da operação pelo beneficiário, podendo ser cumulativa com subsídios concedidos no âmbito de programas habitacionais dos Estados,

PMCMV

PNHU PNHR

EMPRESAS

FGTS OFERTA PÚBLICA ENTIDADES RURAL

SUB-PROGRAMA

(8)

Realização:

8

Distrito Federal ou Municípios. Ela corresponde a 96% do valor aportado pelo programa. Os 4% restantes serão pagos pelos agricultores ou trabalhadores rurais em 4 anos, compatível com sua renda bruta familiar anual.

Com o objetivo de integrar o programa com outras políticas públicas voltadas para o meio rural, o Ministério das Cidades firmou termo de cooperação com o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) para a construção de 40 mil cisternas na zona rural. A medida torna possível construir ou reformar unidades habitacionais pelo PNHR e dotá-las de cisternas para estocar a água da chuva, reduzindo-se os efeitos negativos dos períodos de seca prolongada, que afetam a segurança alimentar da família.

A partir de 2013, com a edição da Portaria Interministerial 78/2013, de 08/02/2013, dos ministérios das Cidades, Planejamento, Orçamento e Gestão e do Desenvolvimento Agrário, foram incluídos os agricultores familiares assentados, beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária – PNRA, entre os possíveis beneficiários do PNHR, medida que visa tornar isonômico o tratamento dado aos agricultores familiares no país, no que se refere ao acesso às moradias rurais, já que o crédito de instalação recebido pelos agricultores da reforma agrária é de valor inferior ao valor concedido pelo PNHR, caracterizando a existência de tratamentos distintos a um mesmo público. Esta medida deve aumentar significativamente a participação percentual, em UHs do PNHR no PMCMV.

3.1. Modalidades

O PNHR tem abrangência nacional, e poderá ser contratado na zona rural de qualquer município, independentemente do número de habitantes do município. Foram definidas três modalidades de acordo com a faixa renda familiar bruta anual do beneficiário, apresentada na Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP. Será considerada a renda comprovada por carteira de trabalho ou declaração em papel timbrado de cooperativa/sindicato/associação de que o proponente participa ou, declaração do empregador com firma reconhecida em cartório:

Grupo 1 - subvenção econômica, através de repasse de recursos aos beneficiários finais de

até R$ 25.000,00 para edificação ou até R$ 15.000,00 para reforma. Nesses casos a contrapartida é equivalente a 4% do valor repassado, em 4 pagamentos anuais;

(9)

Realização:

9 • Grupo 2 - financiamento habitacional, com valor calculado conforme o projeto e a capacidade de pagamento do mutuário, com subvenção de R$ 7.000,00 para edificação ou reforma da unidade habitacional;

• Grupo 3 - financiamento habitacional, com valor calculado conforme o projeto e a capacidade de pagamento do mutuário, com subvenção econômica limitada à taxa de juros reduzida, destinada a complementar o valor necessário para assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do financiamento.

3.2. Formas de operacionalização do programa

A exemplo do que ocorre na modalidade Entidades do PMCMV-PNHU, as propostas devem ser encaminhadas às instituições financeiras oficiais federais por entidades organizadoras, EO: Cooperativas, Associações, Sindicatos, Poder Público Municipal, Estadual e Distrital. No PNHR é necessário apenas que a EO esteja com sua documentação regularizada, inexistindo processo de habilitação. Além disso, as propostas podem ser encaminhadas por EO públicas e privadas, ampliando as frentes de proposição e o atendimento às famílias rurais. A EO realiza as seguintes etapas:

• comparece à Superintendência Regional – SR, à GIDUR ou à Agência da CAIXA;

• recebe orientação sobre o produto;

• recebe relação de documentos e formulários;

• providencia documentação;

• providencia análise de risco pessoa jurídica, se for o caso; • apresenta o trabalho de projeto técnico-social;

• apresenta proposta para análise da GIDUR;

• se aprovada, a entidade organizadora, apresenta o grupo de beneficiários.

A EO também é responsável pela realização do Trabalho Social, sob a responsabilidade de profissional de área compatível e com experiência comprovada em desenvolvimento comunitário. Este deverá ser realizado em três etapas: até três meses na etapa pré-obras; até doze meses na etapa de execução das obras e até três meses na etapa pós-ocupação.

(10)

Realização:

10 3.3. Exigências para apresentação da Proposta/Projeto de Intervenção

• Aprovação jurídico/cadastral e técnica de engenharia e do trabalho social da

proposta/projeto de intervenção efetuada pela GIDUR;

• Executar os projetos habitacionais para produção de imóvel residencial com condições de

habitabilidade, salubridade e segurança, dotados de infra-estrutura básica ou no mínimo soluções para abastecimento de água, energia e esgoto sanitário;

• Apresentar demanda correspondente a 100% da proposta/projeto de intervenção;

• Mesmo regime de construção para todas as unidades habitacionais vinculadas ao projeto

de intervenção;

• Mesma forma de construção para todas as unidades habitacionais vinculadas à propostas,

assim entendida a construção e conclusão ou reforma/ampliação;

• Limite de 50 unidades por proposta/projeto de intervenção, sendo no mínimo 4 unidades;

• Comprovar a origem florestal das madeiras nativas utilizadas nas obras do

empreendimento;

• Todas as unidades vinculadas à proposta/projeto de intervenção devem estar localizadas

no mesmo município ou em, no máximo, 3 municípios, desde que limítrofes. • Após a contratação da operação não é permitida a substituição de beneficiários. 4. PNHU

O Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU tem por objetivo promover a produção ou aquisição de novas unidades habitacionais ou a requalificação de imóveis urbanos, para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00. Com o objetivo de compatibilizar a prestação da casa própria com a capacidade de pagamento da família, o PMCMV-PNHU tem suas modalidades definidas segundo o porte do município e a faixa de renda da família beneficiada. O PNHU é constituído por quatro modalidades: FGTS, FAR, Oferta Pública e Entidades. Juntas, as modalidades PMCMV-FGTS e PMCMV-FAR superam 80% da meta PMCMV 2, em número de UHs.

(11)

Realização:

11 GRÁFICO 02: Programa Minha Casa Minha Vida: Meta UHs por modalidade.

META MODALIDADE FAIXA DE RENDA PMCMV 1 PMCMV 2

PNHU PMCMV-EMPRESAS/FAR 860 MIL

PNHU PMCMV-ENTIDADES/FDS 60 MIL

PNHU PMCMV-OFERTA PÚBLICA/ ABAIXO DE 50 1 220 MIL 2 600 MIL PNHU PMCMV-FGTS 3 200 MIL PNHR PMCMV- RURAL 1, 2 E 3 1 MILHÃO 60 MIL 2 MILHÕES + 400 MIL TOTAL 1 MILHÃO 2,4 MILHÕES

GRÁFICO 03: Programa Minha Casa Minha Vida: Subvenção

FAIXA DE RENDA

RENDA FAMILIAR

INSTRUMENTOS MODALIDADES FONTE

1 Até R$ 1.600,00 Subvenção + Retorno beneficiário Empresas/FAR Entidades/FDS Mun. até 50 mil hab.

OGU 2 Até R$ 3.275,00 Subvenção + Financiamento FGTS OGU + FGTS 3 R$ 3.275,00 até R$ 5.000,00 Financiamento FGTS FGTS

(12)

Realização:

12 4.1. MODALIDADE PMCMV-EMPRESAS/FAR

A modalidade PMCMV-EMPRESAS/FAR (Portaria MCidades nº 168/2013) tem por objetivo a aquisição de empreendimentos habitacionais por meio do Fundo de Arrendamento Residencial - FAR, apresentados por empresas do setor da construção civil, destinados à alienação para famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.600,00. Neste processo, a empresa submete a proposta de empreendimento às Instituições Financeiras Oficiais Federais - CAIXA e Banco do Brasil, denominados Agentes Executores do Programa.

Na segunda fase do PMCMV a meta da modalidade é de contratar 860 mil unidades até dezembro de 2014. Essa meta física é distribuída pelas unidades da federação de acordo com a estimativa do déficit habitacional urbano para famílias com renda até três salários mínimos, considerando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD referente ao ano de 2008. Anexo II, da Portaria MCidades nº 168/2011.

O indutor do processo que irá levar à construção do empreendimento pode ser uma empresa construtora ou o próprio município. É de grande interesse que o município, por meio da disponibilização de áreas públicas, seja o indutor desse processo.

4.1.1. Elegibilidade Município

Poderão ser contratadas operações desta modalidade em capitais estaduais e respectivas regiões metropolitanas, regiões metropolitanas de Campinas/SP e Baixada Santista/SP, municípios limítrofes à Teresina/PI e que pertençam à respectiva Região Integrada de Desenvolvimento - RIDE, Distrito Federal e municípios com população igual ou superior a 50 mil habitantes. Também poderão ser contratadas operações em municípios com população entre vinte e cinquenta mil habitantes, desde que:

a) possuam população urbana igual ou superior a 70% de sua população total;

b) apresentem taxa de crescimento populacional, entre os anos 2000 e 2010, superior à taxa verificada no respectivo Estado; e

c) apresentem taxa de crescimento populacional, entre os anos 2007 e 2010, superior a 5%.

(13)

Realização:

13

A Secretaria Nacional de Habitação poderá autorizar a contratação de operações em caráter excepcional, independente do porte populacional do município, onde a demanda habitacional apresentou crescimento significa em razão de crescimento demográfico resultante do impacto de grandes empreendimentos; e situação de emergência ou de calamidade pública reconhecida por Portaria da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. Tais autorizações seguem um trâmite próprio e as solicitações devem ser encaminhadas através das Instituições Financeiras Oficiais Federais que operam esta modalidade do Programa.

4.1.2. Elegibilidade famílias

Na modalidade PMCMV Entidades poderão ser beneficiadas famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.600,00, que não seja proprietário de imóvel residencial ou detentor de financiamento habitacional, e não tenha recebido benefícios de natureza habitacional oriundos de recursos da União.

É exigida a participação financeira doa beneficiários, que pagam prestações mensais, equivalentes a 5% da renda bruta familiar, ou mínima de R$ 25,00, durante 10 anos. Será dispensada a participação financeira dos beneficiários e será admitido o atendimento de famílias com renda mensal bruta de até R$3.275,00, exclusivamente em operações quando:

a) forem vinculadas às ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);

b) forem destinadas ao atendimento, nos casos de situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pela União, de famílias desabrigadas que perderam seu único imóvel.

A seleção dos beneficiários será realizada, preferencialmente, pelo Distrito Federal ou município onde será executado o empreendimento. O estado poderá, mediante prévio entendimento entre os entes, promover a seleção dos beneficiários quando aportar contrapartidas ou nos casos em que o município não possua cadastro habitacional consolidado.

No caso de empreendimentos localizados em municípios integrantes de regiões metropolitanas, a seleção poderá ser promovida por um conjunto de municípios limítrofes, mediante entendimento prévio entre esses.

(14)

Realização:

14

Para seleção dos beneficiários, devem ser observados os critérios nacionais de priorização. Além dos critérios nacionais, Distrito Federal, estados e municípios poderão estabelecer até três critérios locais de seleção. Os critérios locais de seleção deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação, ou, na falta deste, pelo Conselho Municipal de Assistência Social. E importante que esses critérios sejam amplamente divulgados nos meios de comunicação do município.

Após selecionados os beneficiários deverão ser inseridos no Cadúnico. Aqueles que já forem cadastrados, deverão ter seus cadastros atualizados.

O processo de seleção deve obedecer ao estabelecido pela Portaria MCidades nº 610/2011.

4.1.3. Valores de aquisição

Os empreendimentos são contratados com base no número de unidades que o compõem. Para fins de contratação dos empreendimentos pelas instituições financeiras, foram estipulados valores máximos que poderão ser pagos pelo FAR para aquisição da unidade habitacional. Os valores máximos de aquisição das unidades variam conforme a região do país, porte do município, se é Capital do estado ou pertencente à região metropolitana da capital, se é capital regional com população acima 250 mil habitantes.

O valor de aquisição poderá contemplar aquisição do terreno, edificação das unidades, equipamentos de uso comum, tributos, despesas de legalização, recursos para execução do trabalho social e execução de infraestrutura interna excetuada a de responsabilidade da distribuidora de energia elétrica nas condições estabelecidas na Resolução Normativa Nº 414, de 9 de setembro de 2010, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. No caso de unidades unifamiliares, o valor contempla, também, o sistema de aquecimento solar.

Item 7, do Anexo I, da Portaria MCidades nº 465/2011.

4.1.4. O empreendimento Habitacional 4.1.4.1. A Unidade Habitacional

Os projetos no âmbito do FAR devem seguir especificações mínimas definidas pelo Ministério das Cidades, conforme a tipologia adotada.

(15)

Realização:

15

Todas as unidades produzidas por esta modalidade deverão ser adaptáveis ao uso por pessoa com deficiência e, todas as unidades destinadas a pessoas com deficiência ou a famílias de que façam parte pessoas com deficiência, deverão ser adaptadas de acordo com o tipo de deficiência por kits de adaptação, observando a especificação técnica mínima. A adaptação da unidade por meio da instalação dos kits não gera nenhum ônus adicional para o beneficiário.

As especificações mínimas das unidades e dos kits de adaptação estão disponíveis no site do Ministério das Cidades.

Item 1, do Anexo IV, da Portaria MCidades nº 465/2011.

4.1.4.2. Equipamentos de uso comum

Obrigatoriamente empreendimentos na forma de condomínio, com mais de sessenta unidades habitacionais, deverão conter equipamentos de uso comum, correspondendo a no mínimo 1% do valor investido na edificação e infraestrutura, obrigatoriamente na seguinte ordem:

a) espaço coberto para uso comunitário,

b) espaço descoberto para lazer e recreação infantil, c) quadra de esportes.

Poderá ser custeada, também, a edificação de equipamentos de educação, saúde e outros complementares à habitação, inclusive em terrenos de propriedade pública – processo ainda em fase de regulamentação.

A edificação dos equipamentos será condicionada à existência de compromisso prévio do Governo Estadual, Municipal ou Distrital em assumir a operação, a guarda e a manutenção do equipamento imediatamente após a conclusão da obra, e colocá-lo em funcionamento em prazo compatível com o atendimento da demanda do empreendimento.

Quando a edificação tiver que ser realizada em terreno cuja propriedade não seja do ente público responsável pela operação, o termo de compromisso deverá contar com a participação de todos os entes envolvidos como também prever a obrigação de transferência do uso ou da propriedade para o mencionado ente responsável pela operacionalização.

(16)

Realização:

16 4.1.4.3. Trabalho Social

O Trabalho Social tem por objetivo proporcionar a execução de um conjunto de ações de caráter informativo e educativo junto às famílias beneficiárias, que promova o exercício da participação cidadã, favoreça a organização da população e a gestão comunitária dos espaços comuns, na perspectiva de contribuir para fortalecer a qualidade de vida e organização comunitária das famílias além da sustentabilidade dos empreendimentos.

Deverá ser elaborado Projeto de Trabalho Social que deverá ser apresentado e aprovado pela Instituição Financeira que contratou o empreendimento. As atividades serão desenvolvidas antes e após a assinatura dos contratos com os beneficiários, e as principais ações terão o objetivo de:

• Promover capacitações e ações geradoras de trabalho e renda;

• Prestar informações aos beneficiários sobre o programa e sobre o empreendimento;

• Disseminar noções de educação patrimonial e ambiental, de relações de vizinhança e

participação coletiva;

• Assessorar e acompanhar a implantação da gestão condominial, quando for o caso;

• Orientar beneficiários em relação ao planejamento e gestão do orçamento familiar;

• Promover a articulação do Trabalho Social com demais políticas públicas.

O Trabalho Social é de extrema importância para garantir um maior envolvimento do poder público na implantação dos empreendimentos, garantir a fixação das famílias no empreendimento e a auxiliar na sua integração sócio territorial.

Os recursos para execução do Trabalho Social são provenientes do FAR e a responsabilidade por sua execução é do Poder Público Local onde está sendo executado o empreendimento, ou, no caso em que o Estado aportar contrapartidas, a responsabilidade será definida entre os entes públicos envolvidos.

Anexo V, da Portaria MCidades nº 465/2011.

4.1.5. Operacionalização

Nesta modalidade empresas do setor da construção civil propõem projeto de empreendimento, que depois de aprovado pelo Município, é apresentado à uma Instituição

(17)

Realização:

17

Financeira. O empreendimento é então adquirido pelo FAR e posteriormente as unidades habitacionais são alienadas aos beneficiários selecionados pela Poder Público Local.

Para a contratação de operações do FAR é necessário que seja firmado pelo Distrito Federal, Estado ou Município, Termo de Adesão ao PMCMV. O Termo de Adesão tem por objetivo estabelecer uma parceria com o ente público local que, no âmbito de suas competências, assume uma série de atribuições visando a execução do programa e a sustentabilidade dos empreendimentos. O modelo do Termo de Adesão encontra-se no Anexo VI da Portaria MCidades nº 168/2011.

Para a implantação do empreendimento no âmbito do FAR, o município deve cumprir algumas condições, dentre elas fornecer a infraestrutura básica no entorno do empreendimento, bem como a disponibilização do transporte público e equipamentos públicos necessários ao atendimento da demanda gerada pelo empreendimento. Ao aderirem ao Programa, os municípios assumem as seguintes atribuições:

• Identificar as regiões e zonas de intervenção prioritárias para implantação dos projetos;

• Promover ações facilitadoras e redutoras dos custos de produção dos imóveis, apresentando propostas legislativas, quando for o caso, que disponham sobre a desoneração de tributos incidentes sobre os imóveis e as operações de aquisição e alienação sem prévio arrendamento;

• Providenciar as autorizações, alvarás, licenças e outras medidas necessárias à aprovação e viabilização dos projetos arquitetônicos, urbanísticos, complementares e de implantação de infraestrutura básica;

• Adotar medidas em seu âmbito de atuação que contribuam para a celeridade do licenciamento ambiental junto aos órgãos competentes e nas situações envolvendo concessionárias de serviços públicos de energia elétrica, água e saneamento;

• Estender sua participação no Programa, sob a forma de aportes financeiros, bens ou serviços economicamente mensuráveis, necessários à realização das obras e serviços do empreendimento;

(18)

Realização:

18 • Apresentar proposta legislativa que disponha sobre os critérios e a forma de reconhecimento do empreendimento a ser construído como de Zona Especial de Interesse Social – ZEIS;

• Manter atualizado cadastro habitacional, contendo informações mínimas necessárias à

aplicação dos critérios de seleção dos beneficiários;

• Responsabilizar-se pela seleção dos beneficiários finais, observados os critérios de elegibilidade e seleção assim como os prazos definidos em normativo específico do MCidades;

• Inserir as famílias selecionadas no Cadúnico;

• Responsabilizar-se pela execução do Trabalho Social;

• Instituir o Grupo de Análise de Empreendimentos;

• Elaborar o Relatório de Diagnóstico da Demanda por Equipamentos e Serviços Públicos

e Urbanos, expresso em Matriz de Responsabilidades;

• Firmar, a cada empreendimento, Instrumento de Compromisso de instalação ou de ampliação dos equipamentos e serviços necessários para o atendimento da demanda gerada pelo empreendimento;

• Apresentar cronograma de implementação da Matriz de Responsabilidades à

Instituição Financeira, ao ser comunicado da contratação do empreendimento;

• Responsabilizar-se pela guarda e conservação do empreendimento após a conclusão dos imóveis, até a data de entrega dos imóveis aos beneficiários finais;

• Implementar ações para viabilizar a manutenção das vias, calçadas e áreas verdes comuns internas dos empreendimentos organizados sob a forma de condomínio.

Com o intuito de garantir que sejam equacionadas as demandas geradas pelo empreendimento por serviços públicos, garantindo assim, qualidade de vida e a permanência das famílias nos empreendimentos, deverá ser constituído no município Grupo de Análise de Empreendimentos composto por representantes das áreas de habitação, assistência social, educação, saúde, planejamento e transportes, que será responsável pela elaboração do Relatório de Diagnóstico da Demanda por Equipamentos e Serviços Públicos e Urbanos. O Relatório consiste num documento composto por avaliação da demanda habitacional, mapa

(19)

Realização:

19

do entorno do empreendimento e avaliação da demanda a ser gerada pelo empreendimento por educação, saúde, assistência, transporte, comércio e infraestrutura.

A partir deste Relatório é elaborada uma Matriz de Responsabilidades onde deverá constar quais equipamentos serão construídos, quais os responsáveis pela sua construção e deverão ser indicados os recursos a serem utilizados para tanto.

(20)

Realização:

20 4.1.6. Fluxo PMCMV EMPRESAS/FAR

A Empresa Incorporadora/Construtora apresenta

projeto a Instituição Financeira.

A Instituição Financeira avalia a proposta. Quando necessário, encaminha

para manifestação da SNH.

A Instituição Financeira manifesta-se a favor ou contra.

É feita a contratação do empreendimento A Prefeitura realiza a aprovação dos projetos e

responsabiliza pela dotação de infraestrutura básica e equipamentos comunitários, segundo

instrumento de compromisso e, quando necessário, Relatório de Diagnóstico.

A Empresa inicia a construção do empreendimento e os recursos são liberados conforme cronograma

de execução de obras e medições feitas pela

Instituição Financeira.

Quando a obra atinge 40% de execução, o

Município seleciona os beneficiários, insere ou

atualiza os cadastros no Cadúnico e envia lista de beneficiários à Instituição Financeira para análise

do enquadramento no Programa

Beneficiários selecionados e enquadrados no Programa e o empreendimento concluído, são assinados os contratos e as unidades são entregues

90 dias antes do fim da obra o Município inicia o Trabalho Social com a famílias beneficiárias com

recursos disponibilizados pelo Programa

Município inicia etapa pós-contratual do Trabalho

(21)

Realização:

21 4.2. MODALIDADE PMCMV- OFERTA PÚBLICA/ ABAIXO DE 50

Nesta modalidade são produzidas unidades habitacionais em empreendimentos ou por reposição de unidades isoladas, voltadas ao atendimento de beneficiários com renda bruta familiar de até R$ 1.600,00, por meio da Oferta Publica de Recursos à Instituições ou Agentes Financeiros e da seleção de propostas cadastradas por estados e municípios (proponentes), em áreas urbanas de municípios com até 50 mil habitantes.

A Oferta Pública de Recursos contempla duas modalidades:

Produção de empreendimentos habitacionais: compostos por múltiplas unidades que contemplem infraestrutura básica – terreno deve ser doado pelo proponente - estado ou município; e

Produção ou reposição de unidades habitacionais isoladas: através da substituição de unidades em situação precária de habitabilidade em áreas com infraestrutura básica – terrenos de propriedade do beneficiário.

O valor de subvenção aportado por unidade habitacional, destinado a complementar o valor necessário para produção das novas unidades, é de R$ 25.000,00. Os recursos da subvenção econômica, provenientes do Orçamento Geral da União, não são retornados pelo beneficiário.

É obrigatório o aporte de contrapartida pelo proponente sob a forma de terreno, recursos financeiros ou serviços economicamente mensuráveis. O terreno deverá compor, obrigatoriamente, a contrapartida ou ser de propriedade do beneficiário. O retorno do valor da contrapartida poderá ou não ser cobrado parcial ou integralmente do beneficiário. Na hipótese de haver retorno, a contribuição mensal do beneficiário não poderá exceder 10% de sua renda familiar mensal bruta. A arrecadação deverá ser, preferencialmente, revertida ao Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social do município.

4.2.1. Elegibilidade Município

Os Estados e Municípios cadastram suas propostas em datas pré-estabelecidas no site do Ministério das Cidades preenchendo o formulário com as informações dos projetos

(22)

Realização:

22

habitacionais para que sejam submetidos à análise e seleção levando-se em conta os seguintes critérios:

• realocação de famílias situadas em áreas insalubres ou de risco ou que tenham sido desabrigadas por fenômenos naturais;

• déficit habitacional acima da média da Unidade da Federação correspondente;

• municípios em situação de calamidade pública, reconhecida por Portaria da Secretaria

Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional;

• municípios inseridos no Programa Brasil Sem Miséria;

• municípios integrantes do Território da Cidadania; e

• atendimento à demanda habitacional decorrente do crescimento demográfico

resultante do impacto de grandes empreendimentos de infraestrutura, tais como: usinas, hidrelétricas, portos, aeroportos, rodovias e outros;

Para efeito de desempate das propostas serão considerados os seguintes critérios: • maior déficit habitacional;

• existência prévia de infraestrutura básica (vias de acesso, iluminação pública, abastecimento de água e energia elétrica, solução de esgotamento sanitário e drenagem de águas pluviais) no terreno objeto da proposta; e

• possuir projeto elaborado para o terreno objeto da proposta.

O Município pode apresentar até duas propostas, com até 60 unidades cada. O Estado pode apresentar uma proposta com até 60 unidades para municípios com população de até 20 mil habitantes ou duas propostas de até 60 unidades cada, para municípios com população entre 20 mil e 50 mil habitantes.

4.2.2. Elegibilidade Instituição Financeira ou Agente Financeiro

As instituições financeiras e agentes financeiros interessados em participar da oferta pública de recursos deverão obter autorizações do Banco Central do Brasil – BACEN e do Ministério das Cidades, no âmbito de suas competências, conforme disposto na Lei 11.977/2009.

(23)

Realização:

23

Qualquer instituição financeira ou agente financeiro, que seja autorizado pelo Banco Central e pelo Ministério das Cidades, pode participar do processo de Oferta Pública de Recursos.

As Instituições Financeiras e Agentes Financeiros selecionados serão remunerados, pelo Governo Federal, pelos serviços de análise de viabilidade técnica, jurídica e documental dos projetos, bem como os custos de acompanhamento e vistorias das obras até a conclusão e entrega das unidades habitacionais, sendo vedada a cobrança aos proponentes por esses serviços.

4.2.3. O Empreendimento Habitacional

As unidades habitacionais deverão ser construídas de acordo com especificações mínimas definidas pelo Ministério das Cidades. Todas as unidades produzidas por esta modalidade deverão ser adaptáveis ao uso por pessoa com deficiência.

As unidades poderão ser executadas por administração direta ou autogestão assistida, empreitada global, mutirão ou autoconstrução.

4.2.4. Operacionalização

A operacionalização da Oferta Pública de Recursos se dá da seguinte forma:

1. A União aloca recursos, por meio de oferta pública, divididos em cotas de unidades por região geográfica, com base no déficit habitacional e nos índices de pobreza, para a construção das unidades habitacionais.

2. O Ministério das Cidades disponibiliza, por meio de Portaria, o cronograma da Oferta

Pública de Recursos e incluindo prazos para o envio das propostas pelos Proponentes. 3. Os Proponentes - estados e municípios - cadastram propostas de projetos no sítio

eletrônico do Ministério das Cidades em datas pré-estabelecidas. Nas propostas os proponentes definem de que forma será o aporte de contrapartida - sob forma de créditos tributários, benefícios fiscais, bens ou serviços economicamente mensuráveis, assistência técnica ou recursos financeiros.

4. Instituições Financeiras e Agentes Financeiros participam do processo de Oferta Pública de Recursos e, após habilitação, fazem a análise de viabilidade técnica, jurídica

(24)

Realização:

24

e documental das propostas e firmam Termo de Acordo e Compromisso com os Proponentes, para operar o programa nos municípios com propostas selecionadas; 5. Proponentes selecionam beneficiários, cadastram no Cadúnico e encaminham lista

para análise de enquadramento no Programa;

6. Beneficiários enquadrados firmam contrato com as IF´s ou AF´s;

7. A transferência de recursos para o pagamento da subvenção econômica será efetuada

a partir da data da assinatura dos contratos com os beneficiários;

8. Firmados os contratos é liberada a primeira parcela da subvenção e dentro de 60 dias

as obras deverão ser iniciadas;

9. As parcelas subseqüentes são liberadas até conclusão das obras e entrega das unidades.

(25)

Realização:

25 4.2.5. Fluxo do PMCMV - OFERTA PÚBLICA / ABAIXO DE 50

O MCidades abre, via web, o cadastramento de propostas para Estados ou Municípios interessados

Instituições Financeiras (IF) ou Agentes Financeiros (AF) solicitam

autorização ao BACEN e ao MCidades para participação no processo de

Oferta Pública

Estados e Municípios, na qualidade de proponentes,

firmam Termo de Acordo e Compromisso com as IF´s ou AF´s, de sua escolha, habilitadas na Oferta Pública

O Município seleciona os beneficiários, insere no CadÚnico e encaminha a lista para a IF ou AF para fins de análise de enquadramento no Programa

O MCidades realiza processo de seleção das propostas cadastradas segundo critérios

estabelecidos em Portaria

A última parcela é repassada a IF ou a AF mediante apresentação do Termo de Conclusão da Obra e Termo de Recebimento assinado pelo beneficiário É iniciada a construção das unidades habitacionais

e MCidades repassa recursos em nome dos beneficiários a IF ou a AF de acordo com o

andamento das obras

É realizada a Oferta Pública de Recursos - habilitação das IFs e AFs

A IF ou a AF firma contrato com os beneficiários para a construção das unidades habitacionais

O Município inicia o Trabalho Social a partir da assinatura dos contratos e se estende até a entrega

(26)

Realização:

26 4.3. MODALIDADE PMCMV ENTIDADES

A modalidade consiste na produção e aquisição de unidades habitacionais em área urbana mediante concessão de financiamentos para famílias para famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.600,00, organizadas de forma associativa em cooperativas habitacionais ou mistas, associações, sindicatos e demais entidades privadas sem fins lucrativos, denominadas Entidades Organizadoras - EO's.

Entidades Organizadoras, habilitadas pelo MCidades, propõem o empreendimento que depois de aprovado pelo Município e pela Instituição Financeira é financiado, diretamente aos beneficiários, pelo FDS. A Entidade Organizadora é a responsável pela seleção dos beneficiários antes da contratação do projeto, execução do Trabalho Social e implantação do empreendimento por meio da Comissão de Acompanhamento de Obra - CAO e Comissão de Representantes - CRE. A entidade deverá, ainda, reunir, organizar e apoiar famílias no desenvolvimento de cada uma das etapas dos projetos.

O Poder Público pode participar do programa como agente fomentador, apoiando a participação das famílias no programa, estabelecendo parcerias com a entidades inclusive com a destinação de terrenos, aporte complementar de recursos financeiros, bens e serviços economicamente mensuráveis.

Os recursos são aportados pelo OGU ao Fundo de Desenvolvimento Social – FDS com o objetivo de estimular a parceria com os movimentos populares por meio do cooperativismo habitacional e o princípio de ajuda mútua, para produção habitacional de interesse social.

O beneficiário paga 120 prestações mensais equivalente a 5% da renda bruta familiar, com parcela mínima de R$ 25,00.

4.3.1. Modalidades operacionais

Os empreendimentos PMCMV ENTIDADES poderão ser executados nas seguintes modalidades operacionais:

a) aquisição de terreno e construção;

b) construção em terreno próprio ou de terceiros;

c) construção em terreno de terceiros;

(27)

Realização:

27

e) contratação direta com a entidade, em terreno de sua propriedade, vinculada

à contratação futura com os beneficiários finais;

f) contratação direta com a entidade para aquisição de terreno, pagamento de assistência técnica e despesas com legalização, vinculada à contratação futura com os beneficiários finais.

Os empreendimentos poderão ser executados nos seguintes regimes de construção: • autoconstrução - edificações construídas pelos próprios beneficiários;

• sistema de autoajuda em mutirão - edificações construídas pelo sistema de mutirão;

• administração direta da EO - com a utilização de meios próprios, ou contratação de profissionais ou empresas para execução de serviços que demandem especialização;

• empreitada - com contratação, pela EO, de empresas especializadas para

execução da obra ou dos serviços necessários à produção do empreendimento, sob gestão da EO. Nos casos de construção verticalizada é obrigatória a contratação no regime de empreitada.

4.3.2. Elegibilidade Entidades

Para operarem o PMCMV - Entidades, as entidades privadas sem fins lucrativos, cooperativas, associações e entidades da sociedade civil, deverão ser habilitadas pelo Ministério das Cidades de acordo com os procedimentos e cronograma específicos definidos em Portaria. Portaria nº 105, de 2 de março, de 2012.

4.3.3. Valores de aquisição

Os empreendimentos são contratados com base no número de unidades que o compõem. Para fins de contratação dos empreendimentos pela instituição financeira, foram estipulados valores máximos que poderão ser pagos pelo FDS para aquisição da unidade habitacional. Os valores máximos de aquisição das unidades variam conforme a região do país, porte do município, se é Capital do estado ou pertencente à região metropolitana da capital, se é capital regional com população acima 250 mil habitantes.

(28)

Realização:

28

O valor de aquisição poderá contemplar aquisição do terreno, elaboração de projeto, edificação, infraestrutura interna, equipamentos comunitários, pagamento de tributos, custos de legalização e o Trabalho Social. No caso de unidades unifamiliares, o valor contempla, também, o sistema de aquecimento solar.

4.3.4. O Empreendimento Habitacional

As especificações mínimas para as unidades habitacionais estão disponíveis no sítio eletrônico do MCidades. Todas as unidades produzidas nessa modalidade deverão ser adaptáveis ao uso por pessoa com deficiência.

4.3.5. Trabalho Social

O Trabalho Social é executado pela Entidade Organizadora – EO, com recursos provenientes do FDS, sob a responsabilidade de profissional de área compatível e com experiência comprovada em desenvolvimento comunitário.

O desenvolvimento do Trabalho Social deverá se dar em três etapas:

a) Até três meses na etapa pré-obras;

b) Até doze meses na etapa de execução das obras;

c) Até três meses na etapa pós-ocupação.

4.3.6. Operacionalização

A operacionalização das operações do PMCMV - Entidades se dá da seguinte forma:

• A União aloca recursos através da transferência de recursos ao FDS, divididos em

metas por região geográfica, com base no déficit habitacional;

• MCidades faz a habilitação das Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos;

• Entidades habilitadas desenvolvem projetos, selecionam beneficiários e

apresentam propostas à Instituição Financeira - Caixa;

• IF analisa propostas – projetos e enquadramento dos beneficiários;

• MCidades faz a seleção das propostas e divulga resultado em sítio eletrônico;

• Com as propostas selecionadas IF contrata o empreendimento;

(29)

Realização:

29

• Entidade e beneficiários por meio da CAO e da CRE fazem o acompanhamento e a

medição de obra e, mediante o ateste da IF os recursos são repassados para a entidade;

• Finalizadas as obras a entidade faz a legalização das unidades e IF firmam o contrato com os beneficiários e as unidades são entregues

A apresentação da proposta pela EO deverá ser feita junto às suas Gerências ou Representações de Desenvolvimento Urbano e Rural – GIDUR ou REDUR da Caixa.

As propostas deverão estar aptas à contratação, o que significa a apresentação dos projetos arquitetônicos e de infraestrutura, do Projeto de Trabalho Social e da titularidade do terreno, com a matrícula individual dos lotes.

O Programa também admite a aquisição do terreno, denominada compra antecipada, onde a EO figura como representante temporária dos beneficiários até a conclusão das obras e a incorporação do empreendimento, quando se dá a titulação em favor das famílias beneficiárias.

Os agentes financeiros analisam as propostas apresentadas pela EO e, caso haja necessidade, solicitam a complementação à documentação apresentada. As propostas aprovadas são encaminhadas ao Ministério das Cidades e são selecionadas segundo os limites de contratação para cada região, definidos com base no déficit habitacional.

O acompanhamento da execução do projeto deverá ser realizado pela Comissão de Acompanhamento de Obras – CAO e pela Comissão de Representantes – CRE. A CAO é eleita em assembléia realizada entre o grupo de beneficiários vinculados ao empreendimento, composta por no mínimo 3 participantes, dos quais 2 são beneficiários do empreendimento e 1 vinculado à EO. Os componentes da CAO não podem ser integrantes da Comissão de Representantes – CRE.

A Comissão de Representantes – CRE é eleita em assembléia realizada entre o grupo de beneficiários vinculados ao empreendimento, e é composta por no mínimo três pessoas: duas participantes do empreendimento (tomadoras dos financiamentos) e a outra, representante vinculada à EO.

Referências

Documentos relacionados

CONSIDERANDO, por fim, que compete à Congregação do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia estabelecer instruções e normas a que se devam submeter

A análise mostrou a oportunidade de (i) adoção de uma estratégia de planejamento que reflita um modelo sustentável de desenvolvimento que inclua decisões sobre o futuro da Amazônia

The analysis found that there is an opportunity to (i) enact a planning strategy that reflects a sustainable development model and includes decisions about the future of the Amazon

No contexto em que a Arte é trabalhada como recurso didático-pedagógico na Educação Matemática (ZALESKI FILHO, 2013), pode-se conceber Performance matemática (PM) como

FREQUÊNCIA DE ALTERAÇÃO DE PREÇOS POR TIPO DE LOJA (VALORES MENSAIS) Frequência de alteração de preços Frequência de alteração de preços mediana Frequência de alterações

Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Rio de Janeiro - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA-RJ/ MAPA). Comitê Técnico

A Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília, torna público que será realizado Processo Seletivo para a contratação de estagiários remunerados do 3º

Curso Superior na área específica ou de Licenciatura concluído, com comprovação emitida por Instituições de Ensino Superior reconhecidas/autorizadas pelo