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INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA SEM BOLSA NA ECA

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Academic year: 2021

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INICIAÇÃO CIENTÍFICA  PROGRAMA DE  INICIAÇÃO CIENTÍFICA SEM BOLSA NA ECA     ALUNA: Thainá Souza Santos    NºUSP ­ 8948231   ORIENTADOR:  Prof. Dr. Reinaldo Miranda de Sá Teles     TÍTULO: ​ As escolas de samba na produção do espaço urbano como elemento  turístico na cidade de São Paulo.     INTRODUÇÃO  

O mês de fevereiro, no Brasil, traz a memória uma palavra: o carnaval. Neste        cenário, temos o samba como manifestação cultural, e em meio a sua        institucionalização, as escolas de samba (ROSADAS, 2015). Os desdobramentos        históricos das escolas de samba, no recorte geográfico da cidade de São Paulo,        possuem grandes disparidades se comparado com sua origem histórica no Rio de        Janeiro. Essas disparidades são fundamentais para a consagração do próprio        samba nas diferentes cidades. 

Na cidade do Rio de Janeiro, as matrizes do samba, como o samba de        terreiro, partido­alto e o samba­enredo, são reconhecidas como patrimônio cultural        nacional (IPHAN 2007). Consequência do processos que garantiram a infraestrutura        para o espetáculo do carnaval desde a década de 70 (ROSADAS, 2015). A        decorrência na cidade de São Paulo tem como origem o samba­rural, que passou        por transformações em meio a influência do enriquecimento da população favorecida        pela expansão cafeeira no final do século XIX (MESTRINEL, 2010).  

Nesta conjuntura, as escolas de samba são elementos presentes na dinâmica        da cidade, e que por muitas vezes, possuem um vínculo com a sua localização        geográfica e comunidade local, que se faz presente atuando nas atividades        propostas pelas escolas. Esses vínculos se condensam dentro da produção do        espaço urbano, resultando na problemática do seu real papel e influência dentro        deste contexto, que envolve, por sua vez, a sua própria existência, os integrantes da        comunidade e o Estado como agente influente. Não só em suas estruturas físicas, a        quadra da escola, os instrumentos de percussão, ou até mesmo suas majestosas        alegorias que encantam no carnaval, as relações humanas que tangem nessa       

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dinâmica, significam também a conquista do direito à cidade para a comunidade        local. Garantindo a premissa de “direito a vida urbana, e a locais de encontros que        conciliam a vida e empregos do tempo que permitem o uso pleno de momentos e        locais”  (LEFEBVRE, 2006).  

Essas características possuem uma relação fundamental com o turismo na        cidade de São Paulo, sendo o carnaval uma âncora de turistas que despertam a        curiosidade pela interação com escolas de samba, nasce, então, um elo pouco        explorado na perspectiva do turismo. Segundo o Observatório do Turismo, no ano        de 2015, cerca de 31% dos residentes que visitaram o Sambódromo durante o        Carnaval, ficaram exclusivamente por esse motivo. Valor expressivo que        fundamenta a movimentação da cidade para acompanhar as atividades das escolas        de samba durante o carnaval.  

Em meio a essa contextualização alguns personagens desse cenário,        despertam o interesse científico do turismo, levando em consideração seus impactos        econômicos no período carnavalesco, mas também sua repercussão social. A        carência de produções bibliográficas sobre a relação das escolas ­ não da lente da        antropologia urbana no fenômeno carnaval como festa popular ­ mas como        fenômeno também do turismo. Que sofre influência, e por outro aspecto é        influenciada, desperta indagações importantes para a evolução da inclusão da        população local neste ambiente.  

É necessário compreender os recursos e ferramentas que resultam nas        iniciativas públicas em prol da continuidade da cultura do carnaval para os        paulistanos. Assim como, assimilar a importância da criação de departamentos de        turismo dentro das escolas de samba e em suas instituições organizacionais como a        própria Liga Independente de Escolas de Samba da Cidade de São Paulo (LIESP).        Não só promo    ​ver a visitação nas escolas, mas inserir, em conjunto, a comunidade        local na sua própria cidade, através da criação de projetos sociais, que estimulam as        relações das escolas de samba com o turismo. Um exemplo, é o surgimento do        Projeto Descubra São Paulo Samba InfarTour Juvenil, promovido pela LIESP em        2011.  

A perspectiva do turismo neste objeto de estudo, gera questões que ainda        seguem sem respostas embasadas na lente do turismólogo, fundamental para a       

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melhoria e continuidade da organização no carnaval, assim como, o conhecimento        da pluralidade da riqueza cultural das escolas de samba, enquanto elemento        turístico.  

OBJETIVOS 

Investigar a relação, no ponto de vista da geografia urbana, a influência das        escolas de samba na cidade de São Paulo como elemento turístico dentro da        dinâmica da cidade a fim de compreender a sua realidade além do carnaval.  

Tendo ainda como interesse, a compreensão dos seguintes objetivos        específicos:  

Identificar o papel das escolas de samba na perspectiva produção do        espaço urbano e o seu vínculo com o Estado em incentivos em benefício da        continuidade das escolas de samba para o carnaval paulistano; 

Compreender os impactos do turismo para as escolas de samba após o        período de carnaval, assim como as funções e estratégias dos departamentos        de turismo dentro das escolas de samba e das organizações que as        institucionalizam.  

 

METODOLOGIA  

A estratégia escolhida, a fim de atingir os objetivos gerais e específicos, será        a realização de uma pesquisa exploratória através da pesquisa bibliográfica para        compreender a relação das escolas de samba com a cidade enquanto agente no        espaço urbano, e sua articulação com o turismo (DENCKER,2007). A pesquisa        descritiva neste contexto, busca auxiliar a identificação das características dos        personagens na produção do espaço urbano, através de estudos de campo.  

Os estudos de campo ocorrerão através de questionários e entrevistas, a fim        de analisar quantitativamente a opinião dos membros e responsáveis pelas escolas,        os gestores dos departamentos de turismo, e as organizações que legitimam as        escolas, como a LIESP. 

Para auxiliar a pesquisa em detalhes qualitativos, reconhece­se a

       

necessidade da pesquisa documental. Acreditando que o material de acervos        particulares e dados históricos, que não constam em bibliografias acessíveis,       

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possam auxiliar na investigação, proporcionando um conhecimento com mais        profundidade. É importante ressaltar ainda, que o período estimado para a pesquisa        documental e a coleta dessas informações, serão preferivelmente realizadas antes e        depois do período de carnaval, excluindo os meses de janeiro e fevereiro, auge das        atividades das escolas de samba.  

 

CRONOGRAMA 

O cronograma planejado, considerando o período destinado a pesquisa, que        será de um (1) ano, de acordo com a vigência do edital constado no Edital IC Sem        Bolsa. Iniciando no mês de Setembro de 2016 e com término em Julho de 2017. A        elaboração do cronograma geral da pesquisa foi construído embasado na metologia        utilizada para esta pesquisa, estimando assim o prazo para a realização das        atividades conforme a tabela abaixo:  

ATIVIDADES 

INICIAÇÃO CIENTÍFICA  CRONOGRAMA GERAL 

2016  2017 

SET  OUT  NOV  DEZ  JAN  FEV  MAR  ABR  MAI  JUN  JUL 

1.Pesquisa Bibliográfica        2.Pesquisa Documental*               3. Pesquisa de Campo        4.Computação dos Dados        5.Análise dos Dados**        6. Redação do Relatório        7. Revisão        8. Relatório Final       

*Intervalo na pesquisa considerando os meses de janeiro e fevereiro, período        fundamental para a consagração das atividades do objeto de estudo.  

**Consta em seu período total de Análise dos Dados a sua sistematização e        tabulação do material recolhido antes da etapa de análise.  

     

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REFERÊNCIAS  

CARLOS, A. F. A. . ​O Espaço Urbano​. Novos escritos sobre a cidade. 1. ed. São  Paulo: Editora Contexto, 2004. 

CENTRO CULTURAL CARTOLA.     ​Dossiê das Matrizes do Samba no Rio de                Janeiro.​ IPHAN, 2007. 

DENCKER, A. F. M. Pesquisa em Turismo: planejamento, métodos e técnicas.                      São Paulo: Futura, 2007. 

LEFEBVRE, Henri. ​O Direito à Cidade​. São Paulo, Centauro, 2006.   

MESTRINEL, Francisco. O samba e o carnaval paulistano.      ​Revista Eletrônica do      Arquivo Público do Estado de São Paulo            ​, nº 40, fev. 2010. Disponível em        <h​ttp://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao40/materia0 6/​ > Acesso em 12 de maio de 2016. 

OBSERVATÓRIO DO TURISMO.     ​Carnaval 2015 ­ Rua, Sambódromo e Mídias​.              São Paulo Turismo, 2015. Disponível em  

<​http://www.observatoriodoturismo.com.br/wp­content/uploads/2015/02/CARNAVAL _2015_RUA_SAMBODROMO_MIDIAS.pdf​ > Acesso em 15 de maio de 2016. 

PELLEGRINI FILHO, Américo.    ​Tradições populares hoje : o oral, o escrito e o                    turismo cultural. ​São Paulo: Centro de Estudos da Cultura Popular, 2004. 

ROSADAS, Michel. As escolas de samba como resultado e resultante do processo        de produção do espaço urbano no/do Rio de Janeiro.       ​Encontros​: ano 13, n23, 2015.          Disponível em <http://www.cp2.g12.br/ojs/index.php/encontros/article/view/280 >        Acesso em 10 de maio de 2016. 

SOCIEDADE ROSAS DE OURO.       ​Projeto Descubra São Paulo Samba InfarTour            Juvenil.  Notícia  publicada,  São  Paulo,  2011.  Disponível  em  <​http://www.sociedaderosasdeouro.com.br/noticias/projeto­descubra­sao­paulo­sam ba­infartour­juvenil/​> Acesso em 17 de maio de 2016.  

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