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Fundo de Pensões VICTORIA Valor Vantagem Duplo Valor PPR

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Fundo de Pensões

VICTORIA Valor

Vantagem

Duplo Valor PPR

Relatório e Contas 2014

VICTORIA - Seguros de Vida, S.A.

(2)

ÍNDICE

ÍNDICE

2

1. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL EM 2014

3

2. ÂMBITO

6

3. ATIVIDADE DO FUNDO

6

4. EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS

7

5. RENTABILIDADE E RISCO

8

6. FINANCIAMENTO DO PLANO DE PENSÕES

9

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

10

8. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

12

9. RELATÓRIO DOS AUDITORES DO FUNDO

17

(3)

1. EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL EM 2014

No decorrer do ano de 2014, muitas foram as alterações politicas registadas, tanto na Europa

como noutros continentes, que em muito influenciaram os mercados financeiros.

No primeiro trimestre do ano, o Partido Democrático venceu as eleições em Itália com maioria

absoluta na Câmara dos Deputados, mas sem maioria absoluta no Senado. Desde novembro

de 2013 que o povo Italiano tinha um Governo Interino liderado por Mário Monti. Foi o fim da

“Era Berlusconi”, com uma mudança radical de forças politicas. No entanto, a transição foi algo

conturbada, uma vez que, Enrico Letta (novo Primeiro Ministro) demorou sensivelmente dois

meses a formar Governo.

Seguiu-se, a crise política na Ucrânia (conhecida como Crise da Crimeia), originando conflitos

violentos entre grupos anti governo e as forças policiais. Protestos em que parte da população

se opôs às decisões de Kiev e reivindicou laços estreitos ou até mesmo a integração com a

Rússia. Estas manifestações levaram a que o presidente Viktor Yanukovych fosse deposto e

que as tropas russas invadissem território ucraniano.

Já no segundo trimestre do ano, registaram-se tensões geopolíticas no Iraque, fenómeno que

em muito contribuiu para as variações dos preços do Brent registadas nesse período do ano.

Em Portugal, o esforço da forte restrição orçamental imposta (redução de despesas estatais e

aumento de impostos) pareceu começar a dar resultado, tendo a economia registado um

crescimento económico positivo. O crescimento do Produto Interno Bruto situou-se nos 0,9%

(-1,5% em 2013), mostrando que o esforço fiscal exigido aos portugueses, terá dado frutos

positivos e com isso, razão ao governo.

Por seu lado, a restante Zona Euro, registou um crescimento em 2014 de 1,0% (-0,4% em

2013).

Também as perspetivas para 2015 apontam numa evolução de crescimento do PIB (0,9% para

a Zona Euro e 1,5% para Portugal), segundo as previsões mais atuais disponibilizadas pelo

Banco de Portugal.

Contrariamente ao verificado no velho continente, a economia Norte-Americana sofreu uma

ligeira desaceleração no seu crescimento para os 2,3% (2,8% em 2013), ainda assim,

apresentando melhor desempenho que as economias do “velho continente”. Para este fator

(4)

terceiro trimestre do ano. Por seu lado a inflação Norte-Americana manteve-se controlada e

em linha com os valores verificados em ano anterior (1,5% em 2013 e 1,6% em 2014).

Também o Japão teve um crescimento bastante inferior ao verificado no ano anterior, tendo

registado uma queda de 110 p.b. (1,4% em 2013 para 0,3% em 2014). De salientar que,

durante o mês de outubro, ocorreram em Hong Kong vários protestos anti governo. Esta

estagnação poderá ser justificada também pela forte inflação registada em 2014 (2,8%), sendo

que em 2013 a mesma tinha sido de apenas 0,3%.

O crescimento da economia global foi neste ano de 2,6% (2013: 2,3%), esperando-se para 2015

uma taxa de crescimento na ordem dos 2,8%.

Mercado Cambial – Ao longo do ano de 2014, o Euro foi constantemente desvalorizando face

ao dólar. Tendo iniciado o ano a cotar a 1,38 e fechado o mês de dezembro a cotar a 1,21

(desvalorização na ordem dos 12%). Para esta variação contribuiu o fato da Reserva Federal

dos EUA ter concluído o seu programa de compra de ativos e aberto a porta para uma subida

de juros em 2015.

Em relação a outras moedas, o dólar valorizou 13,5% face ao iene e 6,2% face à libra.

Por outro lado, Europa, Japão e China deverão continuar a adotar medidas de estímulo e

manter as taxas de juro em níveis historicamente baixos, para animar o ciclo económico nestas

regiões. A deflação é outra das preocupações dos principais governadores mundiais, com os

preços a continuarem pressionados.

Mercado Monetário – Na Europa, o presidente do BCE, Mário Draghi, está comprometido em

impedir um cenário deflacionista. Depois de a taxa diretora ter sido reduzida por duas vezes

(5)

em 2014 e ter anunciado uma série de medidas para fazer obrigar os bancos a fazer chegar o

crédito à economia, o BCE poderá recorrer à “bazuca” em 2015.

A taxa Euribor a 3 meses registou uma queda acentuada, fechado o ano nos 0,078% (2013:

0,287%).

Mercados de Dívida – Em 2014, em linha com o verificado em 2013, o prémio de risco da

Dívida Soberana emitida pelos países europeus de maior risco, registou uma melhoria,

destacando se a redução do spread da dívida portuguesa de 409 para 211 p.b. face à dívida

publica alemã. Por outro lado, a divida soberana de países como França e Alemanha, foi cada

vez mais considerada como ativo de refúgio, fazendo com que o rendimento a 10 anos das

obrigações alemãs descesse de 1,93% para 0,38% e em França a descida fosse de 2,55% para

0,82%.

Contrariamente, a dívida de empresas registou um aumento do rendimento gerado,

principalmente nas emissões com melhor qualidade de crédito. O índice BofA Merrill Lynch

Euro Corporate subiu 11,01% (2013: 2,39%).

Mercados acionistas – Os principais mercados de ações não apresentaram durante o ano de

2014 um comportamento linear, mas encerraram o ano com valorizações positivas: o índice

norte-americano S&P 500 subiu 12,55%, enquanto na Europa o índice EuroStoxx 50 valorizou

1,14%. Em Portugal, o comportamento foi contrário, tendo o índice PSI20 registado uma

desvalorização de 26,79%. Este comportamento é em muito explicado pelas perturbações

verificadas no setor bancário, nomeadamente o “Caso BES”.

(6)

Mercados de matérias primas – Nesta classe de ativos, a maior perda registou-se no Brent.

Depois de, uma subida verificada no início do ano, fruto das tensões no Iraque, o ultimo

trimestre do ano foi desastroso para esta commodity, fechando o ano a cotar a 54,09 dólares o

barril (111,18 dólares em finais de 2013), registando uma desvalorização acima dos 50%.

2. ÂMBITO

O Fundo de Pensões VICTORIA Valor Vantagem – Duplo Valor PPR, foi criado a 4 de dezembro

de 1989 e tem por objetivo o financiamento de Planos de Poupança Reforma. O Fundo

encontra-se encerrado a contribuições de novos subscritores.

3. ATIVIDADE DO FUNDO

A política definida pode ser caracterizada como conservadora, uma que vez que prevê uma

exposição máxima ao mercado acionista de 35% com um valor central de 15%. As principais

classes de ativos são as seguintes:

TIPO DE APLICAÇÃO POR RISCO

DE MERCADO Valor mínimo Valor central Valor máximo

Mercado Monetário 2% 5% 10%

Mercado Acionista 0% 15% 35%

Mercado Obrigacionista 60% 72,5% 98%

Outros Ativos (*) 0% 7,5% 15%

(*) Nomeadamente, fundos de investimento imobiliários, Hedge Funds e outros investimentos alternativos permitidos por lei

(7)

O património do Fundo no final do presente exercício era de 1,47 milhões de euros (2013:

1,79), o que representa uma redução de 320 mil euros face ao final de 2013. Durante o

corrente ano foram processadas saídas no montante de 535 mil euros, face a 539 mil euros no

ano transato.

4. EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2014 a estrutura da carteira de investimentos era a seguinte:

ATIVO 2014 2013 Carteira Objetivo

Mercado Monetário 6,0% 5,8% 5,0%

Mercado Acionista 0,0% 0,9% 15,0%

Mercado Obrigacionista 82,3% 82,2% 72,5%

Mercado Imobiliário 11,7% 11,1% 7,5%

Duração Modificada 1,7 2,0 4,5

Os principais desvios entre a alocação de ativos do Fundo e a prevista pela política de

investimentos residem na exposição ao mercado acionista e ao risco de taxa de juro.

Atendendo, a que o Fundo garante um rendimento mínimo de 4%, a estratégia de

investimentos tem um importante cariz de prudência, do qual resulta uma exposição a ações e

a risco de taxa de juro inferiores ao estabelecido pela Carteira Objetivo do Fundo.

Em 2014 a classe de ativos “Mercado Acionista” passou a representar 0,0% face a 0,9% no ano

anterior, que caracteriza o pendor conservador da estratégia de investimentos. O investimento

(8)

em Obrigações registou uma redução residual para 82,3%, o que foi reforçado pela diminuição

da Duração Modificada do Fundo (de 2,0 para 1,7).

As principais decisões de investimento em 2014 foram:

- O fundo possui um perfil de responsabilidades que exige um perfil muito conservador de

liquidez e disponibilidade de ativos. Assim a exposição ao mercado monetário manteve se

próxima dos 6%, tendo na classe de ativos obrigações optado por reduzir a exposição a dívida

soberana em contrapartida de dívida de empresas;

- Relativamente ao investimento no mercado acionista, eliminou se a exposição na totalidade

encaixando as mais-valias realizadas na participação na operação de privatização dos CTT;

5. RENTABILIDADE E RISCO

A rentabilidade do Fundo medida através da variação da unidade de participação foi em 2014

de 4,0%. O desvio para o benchmark e o nível risco são apresentados na tabela abaixo.

Medidas Rentabilidade 2014 2013 Rentabilidade UP Fundo 4,00% 4,00% Rentabilidade Benchmark 9,04% 3,62% DESVIO -5,04% 0,38% RENDIMENTO GARANTIDO 4,00% 4,00% Medidas Risco Risco1 Fundo 0,03% 0,02%

A rentabilidade TWIRR

2

dos ativos do Fundo foi em 2014 de 0,59%, face a -0,08% em 2013.

Para assegurar que o Fundo cumpre os seus requisitos de rentabilidade mínima garantida, a

entidade gestora assegura o diferencial através de um eventual reforço dos capitais do Fundo.

Para mitigar este risco a entidade gestora definiu uma política e estratégia de investimentos

prudentes.

1O Risco é medido como o Desvio padrão anualizado das rentabilidades semanais;

(9)

Os principais riscos a que o Fundo está exposto são o imobiliário, o risco de taxa de juro e o

risco de crédito. O perfil de risco do Fundo a 31.12.2014 pode ser classificado como

conservador atendendo à alocação de ativos existente.

A exposição aos mercados acionistas é de 0,0%. O investimento no mercado imobiliário é

efetuado via fundos de investimento e corresponde a 11,7% da carteira do Fundo.

A 31 de dezembro de 2014 o Fundo tinha uma exposição ao mercado obrigacionista de 82,3%

(2013: 82,2%) que correspondem a 79,0% em obrigações de rendimento fixo e 3,4% em

obrigações de rendimento variável. A Duração Modificada do Fundo era nesta data de 1,7

(2013: 2,0).

O Fundo não investe em produtos derivados, operações de reporte ou empréstimos de

valores.

6. FINANCIAMENTO DO PLANO DE PENSÕES

(10)

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstração da Posição Financeira em 31.12.2014 e 31.12.2013:

Demonstração de Resultados em 31.12.2014 e 31.12.2013:

Unidade monetária: Euros

2014 2013

Notas Ativo 1.474.189,01 1.794.711,03

Investimentos 1.456.858,11 1.770.495,78

3 Ins trumentos de ca pi tal e uni da des de pa rtici pa çã o 172.270,90 215.232,97

3 Títul os de dívi da públ i ca 873.163,80 1.172.845,55

3 Outros títul os de dívi da 322.439,49 277.855,49

3 Numerá ri o, depós i tos em i ns titui ções de crédi to e a pl i ca ções MMI 88.983,92 104.561,77

Outros ativos 17.330,90 24.215,25

Devedores 0,10 0,05

Outra s entida des 0,10 0,05

3 Acrés ci mos e di feri mentos 17.330,80 24.215,20

Passivo 1.290,70 282,92

Credores 1.290,70 282,92

Es tado e outros entes públ i cos 1.290,64 282,86

Outra s entida des 0,06 0,06

Valor do fundo 1.472.898,31 1.794.428,11

Valor da Unidade de Participação 210,41 200,79

Unidade monetária: Euros

Notas 2014 2013

8 Contri bui ções 0,00 0,00

9 Pens ões , ca pi ta i s e prémi os úni cos venci dos 534.970,58 539.674,92 6 Ga nhos l íqui dos dos i nves ti mentos -28.181,12 -50.700,91 6 Rendi mentos l íqui dos dos i nves ti mentos 37.251,49 49.153,60 Outros rendi mentos e ga nhos 225.858,31 241.056,18

7 Outra s des pes a s 21.487,90 26.490,52

(11)

Demonstração de Fluxos de Caixa em 31.12.2014 e 31.12.2013:

Unidade monetária: Euros

2014 2013

Atividades operacionais

Pensões, capitais e prémios únicos vencidos 519.570,39 515.076,34

Capitais vencidos 519.570,39 515.076,34

Remições 0,00 10.003,21

Vencimentos 519.570,39 505.073,13

Reembolsos fora das situações legalmente previstas 15.400,19 24.598,58

Remunerações 19.710,77 24.208,84

De gestão 18.343,27 22.459,54

De depósito e guarda de ativos 1.367,50 1.749,30

Outros rendimentos e ganhos 225.858,31 241.056,18

Outras despesas 752,87 2.286,91

Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais -329.575,91 -325.114,49 Atividades de investimento

Recebimentos 363.983,06 412.579,39

Alienação / reembolso dos investimentos 319.847,17 355.226,63

Rendimentos dos investimentos 44.135,89 57.352,76

Pagamentos 49.985,00 36.518,49

Aquisição de investimentos 49.985,00 36.518,49

Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento 313.998,06 376.060,90

Variações de caixa e seus equivalentes -15.577,85 50.946,41

Efeitos de alterações da taxa de câmbio 0,00 0,00

Caixa no início do período de reporte 104.561,77 53.615,36

(12)

8. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Nota 1 – Introdução

O Fundo de Pensões VICTORIA Valor Vantagem – Duplo Valor PPR, é um fundo de pensões PPR. Foi criado em fechado autorizado em 4 de dezembro de 1989 com o objetivo de financiar os planos de poupança reforma. O Fundo encontra-se atualmente encerrado a entregas por novos participantes

Nota 2 – Base de Mensuração usada na preparação das demonstrações financeiras e políticas contabilísticas utilizadas

 Bases de Apresentação: No âmbito do disposto da Norma Regulamentar n.º7/2010 o regime contabilístico deve atender aos princípios gerais estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) 1, nomeadamente os de apresentação apropriada, continuidade, regime contabilístico do acréscimo, consistência de apresentação, materialidade e agregação, compensação e informação comparativa. Adicionalmente os ativos, passivos, rendimentos e gastos decorrentes da atividade dos fundos de pensões devem ser reconhecidos em contas patrimoniais da entidade gestora.

 Reconhecimento e Mensuração: Ativos Financeiros: Devem ser adotados os princípios estabelecidos na Norma Regulamentar n.º9/2007, que definem que os ativos que compõem o património do Fundo devem ser avaliados ao seu justo valor. Os ativos cotados, serão valorizados aos preços praticados nos mercados em que se encontrem admitidos à negociação, reportados ao momento de referência, de acordo com o seguinte: i) Encontrando-se admitidos à negociação em mais do que um mercado regulamentado, o valor a considerar reflete os preços praticados no mercado que apresente maior quantidade, frequência e regularidade de transações, sendo o critério adotado o do preço de fecho ou preço de referência divulgado, pela entidade gestora do mercado em que os valores se encontrem admitidos à negociação no próprio dia da valorização ou, caso este não exista, o preço correspondente à última cotação verificada no momento da valorização; ii) Tratando-se de valores representativos de dívida admitidos à negociação num mercado regulamentado, mas que os preços praticados nesse mercado não sejam considerados representativos, ou inexistentes, ou no caso de ativos não cotados, os mesmos serão valorizados considerando as ofertas de compra firmes ou, na impossibilidade da sua obtenção, o valor médio das ofertas de compra e de venda difundidos através do sistema de informação Bloomberg. Na impossibilidade de aplicação do referido anteriormente, os ativos serão valorizados pelo valor atualizado dos cash flows futuros considerando uma taxa de juro de mercado que reflita uma maturidade aproximada à do ativo a valorizar e o risco do emitente (justo valor); iii) As Unidades de Participação em Fundos de Investimento serão valorizadas ao último valor conhecido e divulgado no momento da valorização; iv) Os depósitos e instrumentos representativos de divida de curto prazo serão valorizados com base no reconhecimento diário do juro inerente a cada operação;

 Rendimentos: Os rendimentos de títulos são contabilizados no período a que respeitam, exceto no caso de dividendos de ações que são reconhecidos quando recebidos.

 Contribuições: As contribuições efetuadas para o Fundo são reconhecidas quando recebidas.

 Comissões: As comissões suportadas pelo Fundo são reconhecidas no período a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento.

(13)

 Pensões pagas: As pensões são reconhecidas no momento em que são devidas, sendo este momento, em regra, o mesmo no qual ocorre o seu pagamento.

Nota 3 – Inventário da Carteira de Investimentos em 31.12.2014;

Nota 4 – Regime Fiscal Aplicável aos Fundos de Pensões

A 31.12.2014 o regime fiscal aplicável aos Fundos de Pensões era o seguinte:

 Tributação na Esfera do Fundo: Os rendimentos do Fundo estão isentos de tributação em sede de IRS que se constituam e operem de acordo com a legislação nacional.

 Contribuições do Participante: O Participante, poderá deduzir à coleta 20% do valor subscrito no respetivo ano, com um limite máximo de: 400 euros, se o Participante tiver idade inferior a 35 anos; 350 euros se o Participante tiver entre 35 e 50 anos e 300 euros se o Participante tiver idade superior a 50 anos. Não são dedutíveis à coleta de IRS, os valores aplicados por sujeitos passivos após a data de passagem à reforma. Notamos que estes limites integram os limites globais para os benefícios fiscais dedutíveis à coleta estabelecidos no artigo 88º, n.º 2 do Código do IRS, determinados em função do escalão de rendimentos do titular:

Limite dos benefícios fiscais dedutíveis à coleta

Escalão de Rendimento Coletável (€) 2013 (Limite €)

Até 7.000 Sem limite

De mais de 7.000 até 20.000 100

De mais de 20.000 até 40.000 80

De mais de 40.000 até 80.000 60

DESCRIÇÃO MOEDA QTD / VALOR

NOMINAL COTAÇÃO VALIA POTENCIAL

MONTANTE GLOBAL % Títulos de Rend. Variável -26.192,05 172.270,90 11,7% Unid. de Participação de Fundos de Invest. Imobiliário -26.192,05 172.270,90 11,7%

Vision Escritórios EUR 50.750 3,39 -26.192,05 172.270,90 11,7%

Títulos de Rend. Fixo -3.057,75 1.195.603,29 81,2% Dívida Pública 1.516,00 21.368,30 1,5%

O.T. OUT TF 10/15 EUR 7.000 102,35% 162,05 7.164,50 0,5% O.T. OUT TF 07/17 EUR 13.000 109,26% 1.353,95 14.203,80 1,0%

Outros Emissores Públicos 827,25 851.795,50 57,8%

KFW 2% Set/16 EUR 420.000 103,33% -2.289,00 433.986,00 29,5% KFW 4,375% Jul/18 EUR 100.000 115,18% 655,00 115.175,00 7,8% KFW 3,875% Jan/19 EUR 175.000 115,35% 4.051,25 201.862,50 13,7% GEMEINSAME BUND TF 10/15 EUR 100.000 100,77% -1.590,00 100.772,00 6,8%

Outros Emissores -5.401,00 322.439,49 21,9%

Novartis Finance 4,25% 2016 EUR 75.000 105,72% -2.033,25 79.287,00 5,4% Sanofi 4,50% 2016 EUR 75.000 105,75% -2.193,75 79.309,50 5,4% Procter & Gamble 5,125% 2017 EUR 100.000 113,67% -1.236,00 113.671,00 7,7% Rabobank Float 2015 EUR 50.000 100,09% 62,00 50.047,00 3,4% Const. Campo Alegre 91/96 (*) EUR 75 0,00% 0,00 74,82 0,0% Fabrifer 91/96 (*) EUR 50 0,00% 0,00 50,17 0,0%

Aplicações de Curto Prazo 105.024,12 7,1% Depósito a Prazo Depósitos à Ordem 88.983,92 6,0% Juros a receber 17.330,80 1,2% Regularizações -1.290,60 -0,1% VALOR TOTAL -29.249,80 1.472.898,31 100,0% (*) Obrigações em default

(14)

 Reembolso: O valor do benefício poderá ser recebido discricionariamente pelo Participante sob a forma de capital, renda, ou qualquer combinação das duas.

 Beneficio pago sob a forma de Rendas: Tributação em sede de IRS, na categoria H, ao abrigo dos artigos 11º, 53º e 54º do Código do IRS.

 Benefício pago sob a forma de Capital: Tributação em sede de IRS, na categoria E, de acordo com as disposições dos artigos 14º e 21º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. Assim, 2/5 do rendimento auferido será tributado autonomamente em IRS à taxa de 21,5%, isto é, o rendimento será tributado a uma taxa de 8% para entregas efetuadas a partir de 01.01.2006 e a uma taxa de 4% para entregas efetuadas até 31.12.2005.

Nota 5 – Riscos a que o Fundo está exposto

Seguidamente detalham-se os principais riscos a que o Fundo está exposto:

 Risco de Investimento: Atendendo a que a entidade gestora garante um rendimento mínimo ao Fundo, esta encontra-se exposta ao risco de investimento. Contudo, e atendendo a que o Fundo se encontra fechado a novas adesões, a entidade gestora limitou, dentro das suas possibilidades, o aumento da sua exposição a este risco. Por forma a efetuar a monitorização e mitigação do risco de investimento, é efetuado, com uma periodicidade mínima anual, o Teste de Adequação do Passivo / das Responsabilidades (Loss Adequacy Test - LAT) do Fundo em causa. Este teste baseia-se na melhor estimativa dos cash-flows futuros, associados a cada contrato / adesão, os quais são descontados a uma taxa média ponderada por comparação com o valor do Fundo. É constituído, sempre que necessário, um passivo adicional para colmatar a diferença existente. Em 31 12 2014 houve uma redução desta provisão em 31.579 EUR para um total de 629.417 EUR.

 Risco Mercado: Este risco caracteriza-se pela existência de movimentos adversos no valor de ativos do Fundo, relacionados com variações dos mercados de capitais, dos mercados cambiais, das taxas de juro e do valor do imobiliário, intrinsecamente relacionado com o risco de mismatch entre ativos e responsabilidades, e incluindo ainda os riscos associados ao uso de instrumentos financeiros derivados:

o Mercado Acionista e Imobiliário: No final deste exercício a exposição a este risco era de 0% (2013: 0,9%) para o risco acionista e de 11,7% (2013: 11,1%) para o risco imobiliário;

o Risco de Taxa de Juro: A 31 de dezembro de 2014 o Fundo tinha uma exposição ao mercado obrigacionista de 82,4% (2013: 82,2%) que correspondem a 79,0% em obrigações de rendimento fixo e 3,4% em obrigações de rendimento variável. A Duração Modificada do Fundo era nesta data de 1,7 (2013: 2,0), o que nos indica que uma subida paralela estrutura temporal das taxas de juro de 100 p.b. teria um impacto negativo no valor do Fundo de 25 mil euros;

o Risco de ALM (Asset Liability Management) e de Liquidez: O risco de ALM surge de uma desadequação entre a estrutura temporal dos ativos e das responsabilidades do Fundo. Atendendo a que o Fundo avalia os seus ativos a Fair Value, a definição de uma estrutura de investimentos ALM pura teria como consequência um nível de risco de taxa de juro incomportável, o que implica uma gestão ativa deste risco. Adicionalmente, a incerteza face ao momento de ocorrência e ao montante dos fluxos de saída de caixa relacionados com a atividade do Fundo pode afetar a sua capacidade face às responsabilidades, podendo implicar custos adicionais na alienação de investimentos ou outros ativos. A gestão deste risco assenta em duas vertentes: análise ALM para as responsabilidades do fundo e definição da política de investimentos. De acordo com os fluxos de caixa estimados para 2014, o Fundo deverá fazer face a saídas líquidas superiores a 254 mil euros. Os ativos financeiros existentes

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no final de 2014, quer através de amortizações de títulos e quer através do pagamento de juros deverão gerar um fluxo de caixa de aproximadamente 195 mil euros. Desta forma, existirá um desvio negativo de 59 mil euros que poderá ser compensado com as existências em liquidez (aproximadamente 88 mil euros). O mercado de obrigações regressou em 2014 aos níveis anteriores aos da crise soberana, continuando no entanto a ser uma peça chave de uma gestão prudente e conservadora. Para continuar a garantir que as necessidades operacionais de liquidez do Fundo podem em qualquer momento ser satisfeitas, o investimento em títulos de Dívida Pública manteve se em níveis elevados (873 mil euros, representando 60% da carteira de investimento). o Risco Cambial: O Fundo detém apenas ativos denominados em euros, não existindo

portanto risco cambial;

o O Fundo não investe em produtos derivados, operações de reporte ou empréstimos de valores.

 Risco de Crédito: A exposição a este risco é gerida tendo em conta a situação creditícia dos emitentes a que o Fundo está exposto. A política de investimentos seguida neste contexto baseia se em critérios de ratings de elevada qualidade. Mais de 90% do investimento direto em obrigações do Fundo possui notação de rating superior ou igual a AA.

A mitigação do risco de mercado é efetuada através de uma correta política de investimentos. A utilização e análise de indicadores de alerta pré definidos, permite à VICTORIA antecipar possíveis situações de risco e como tal agir de forma rápida e eficiente no desenvolvimento e implementação de medidas de mitigação do risco detetado. Além da monitorização constante dos limites definidos pela política de investimento são utilizados os seguintes alertas

- CVaR (95% a 1 mês): O Conditional Value at Risk do Fundo era de 0,35%, o que se traduz no valor médio das perdas que excedem o valor definido pelo VaR;

- Teste de Stress “Lehman 2008”: Esta simulação captura o efeito caso se verificasse um acontecimento como a falência do banco Lehman em 2008. Neste caso devido ao perfil conservador da carteira de investimentos o impacto estimado é positivo (+0,80%);

- Teste de Stress “Greece Crisis 2010”: Este cenário simula a desvalorização caso o Mercado Português incorresse em perdas verificadas no caso do bailout da Grécia. O cenário prevê uma desvalorização dos ativos do Fundo de -0,90%, o que significa que a alocação conservadora do Fundo seria beneficiada com este cenário;

Rating

2014

2013

Aaa

71.24%

79.50%

AA

26.97%

19.20%

A

0.00%

1.40%

BBB

1.78%

0.00%

BB

0.01%

0.00%

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Nota 6 – Distribuição por categoria de Investimentos dos rendimentos, ganhos e perdas reconhecidos no período

Nota 7 – Segmentação das Comissões pagas

A comissão de gestão é apurada mensalmente e corresponde a 1,32% do valor do Fundo.

A comissão de depósito é devida à entidade custodiante do Fundo (Banco Millennium BCP) de acordo com o estabelecido no contrato de Banco Depositário.

Nota 8 – Contribuições Previstas

O Fundo não se encontra aberto a entregas de novos participantes. Em 2014 não foram efetuadas quaisquer contribuições (2013: 0,00 EUR);

Nota 9 – Benefícios Pagos

Em 31-12-2013, de acordo com os cálculos atuariais eram esperados em 2014 vencimentos no montante de 556 mil euros, o que ficou aquém dos pagamentos efetuados (534.970,58 EUR). No ano de 2013, os pagamentos cifraram-se em 539.674,92 EUR.

Unidade monetária: Euros

Rendimentos líquidos Ganhos líquidos resultantes da valorização e da alienação ou reembolso Rendimentos líquidos Ganhos líquidos resultantes da valorização e da alienação ou reembolso Instrumentos de capital 600,00 3.093,70 201,72

Títulos de dívida do Estado ou de Outros Emissores Públicos 24.796,46 318,25 37.502,05 -42.271,10

Títulos de dívida de Emissores Privados 11.855,03 -5.401,00 11.651,55 -10.419,75

Unidades de Participação em FII -26.192,07 1.837,15

Unidades de Participação em FIM (Harmonizados) - Outros -48,93

Numerário, Depósitos em Instituições de Crédito e Aplicações no MMI

2013 2014 Rubrica 2014 2013 Comissão de Gestão 18.343,27 22.459,54 Comissão de Depósito(*) 1.412,92 1.767,70 Comissões Transação 16,53 100,86 Taxa Supervisão - -Outros 1.715,18 2.162,42 TOTAL 21.487,90 26.490,52

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Referências

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