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PLANO DE AÇÃO Ano de 2020

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PLANO DE AÇÃO – Ano de 2020

1. IDENTIFICAÇÃO:

1.1. NOME DA ORGANIZAÇÃO: Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância do ABCD – Ficar de Bem – CRAMI

1.2. ENDEREÇO: Rua Humberto Olivieri Nº 114 BAIRRO: Jardim Bela Vista CEP 09041-050 TELEFONE: (11) 4992-1234

EMAIL: ficardebem@ficardebem.org.br 1.3. SITE: www.ficardebem.org.br

1.4. REGISTROS, CERTIFICAÇÕES, INSCRIÇÃO EM ÓRGÃOS PÚBLICOS: Federal: X Qual(is): Utilidade Pública

Estadual: X Qual(is): Utilidade Pública Municipal: X Qual(is): Utilidade Pública CONSELHOS: CMDCA e CMAS

OSCIP: ( )sim ( x )não CEBAS: (X)sim ( )não

2. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE OU ORGANIZAÇÃO:

( X ) Atendimento ( X ) Assessoramento ( X ) Defesa e Garantia de Direitos

3. REPRESENTAÇÃO LEGAL:

3.1. Apresentação qualificada do (a) Presidente Nome: Paulo Roberto Machado

Endereço: Rua do Café, nº 66 – apto. 131

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CEP: 09080-380

RG: 4.854.371-8 Órgão Expedidor: SSP UF: SP Data Expedição: 29/05/2017 CPF: 524.326.298-68 Data Nascimento: 17/08/1952

Nacionalidade: Brasileira Estado Civil: Casado Escolaridade: Superior Profissão: Empresário

3.2. Apresentação qualificada do (a) Técnico Responsável

Serviço: Programa de Atenção a Família Nome: Lígia Maria Vezzaro Caravieri

RG: 19.280.255-0 Órgão Expedidor: SSP UF: SP Data Expedição: 23/02/2011 CPF: 124.324.108-07 Data Nascimento: 08/01/70

Nacionalidade: Brasileira Estado Civil: Casada Escolaridade: Superior Profissão: Psicóloga Órgão de Classe: CRP nº 40.862

Serviço de Abordagem Social

Nome: Melissa Erica Modenez Terron

RG: 27.425.129-2 Órgão Expedidor: SSP UF: SP Data Expedição: 22/12/2002 CPF: 163.597.628-62 Data Nascimento: 12/06/1975

Nacionalidade: Brasileira Estado Civil: Casada

Escolaridade: Superior Profissão: Assistente Social Órgão de Classe: CRESS 45.561

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Nome: Lígia Maria Vezzaro Caravieri

RG: 19.280.255-0 Órgão Expedidor: SSP UF: SP Data Expedição: 23/02/2011 CPF: 124.324.108-07 Data Nascimento: 08/01/70

Nacionalidade: Brasileira Estado Civil: Casada Escolaridade: Superior Profissão: Psicóloga Órgão de Classe: CRP nº 40.862

4. MISSÃO INSTITUCIONAL

Transformar a vida de crianças e adolescentes, protegendo-os de situações de riscos e violações de direitos.

5. INFRAESTRUTURA

Imóvel: X Próprio  Cedido  Alugado  Outros Quantidade Descrição – Imóveis

01 Imóvel próprio, composto por dois andares, sendo que os atendimentos são realizados no pavimento térreo, com quatro salas de atendimento, um ateliê de artes, um auditório, uma biblioteca, uma copa e cinco banheiros (sendo um adaptado para deficientes). No andar superior são seis salas para a equipe administrativa e técnica e três banheiros.

Quantidade Descrição – Material Permanente 03 Automóveis (Gol e UP)

26 Mesas de escritório

50 Cadeiras

01 Geladeira

01 Micro-ondas

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04 Banqueta para cozinha

14 Computadores

04 Impressora

05 Mesas (para as salas de atendimento)

02 Televisão

01 Aparelho de DVD 01 Aparelho de fax 12 Aparelho de telefone

6. JUSTIFICATIVA

A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) publicou em 2006 um relatório sobre a situação da infância brasileira. Este relatório aponta que acidentes e agressões são as principais causas de morte de crianças de 1 a 6 anos no Brasil, respondendo por quase um quarto dos óbitos.

A maior parte dos casos de violência contra a criança acontece no espaço em que ela costuma passar mais tempo: a casa. A família, entendida como um dos primeiros ambientes protetores da criança, pode apresentar, em seu interior, relações não protetoras, causadas por complexos fatores econômicos e/ou culturais.

Ainda segundo o UNICEF, essas relações não protetoras no ambiente familiar podem ser classificadas pelo menos de três formas:

✓ As práticas educacionais que fazem uso de violência física (castigo, palmadas, surras, etc.);

✓ Os acidentes, as negligências, a síndrome do bebê sacudido e os abusos, incluindo o sexual;

✓ As ações ou omissões que levam à morte.

A Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Violência e Acidentes prevê a adoção de medidas de prevenção, detecção e tratamento da violência doméstica, ressaltando que elas devem envolver um conjunto de ações intersetoriais voltadas à família.

Pensando nas questões acima citadas e as contextualizando com a realidade do município de Santo André, é que a Ficar de Bem propõe uma intervenção sistematizada a

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crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica, bem como aos demais membros familiares.

Segundo levantamento constante no site oficial do município de Santo André (www.santoandre.sp.gov.br), 26,31% da população se encontra na faixa de 0 a 19 anos (informação obtida através da base - Microdados da Amostra do Censo 2010 – do IBGE, processadas pelo Departamento de Indicadores Sociais e Econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de Santo André).

Utilizamos aqui esse recorte, visto que é essa a faixa etária prioritariamente abarcada pela demanda atendida pela Ficar de Bem, visto que os casos encaminhados à instituição são de crianças e adolescentes que sofreram (ou sofrem) algum tipo de violência doméstica, ou seja, a faixa etária de 0 a 18 anos incompletos.

Santo André já implantou o CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, e possui 09 CRAS – Centro de Referência da Assistência Social.

A área de atuação da Ficar de Bem engloba todo o território de Santo André, não tendo uma atuação restrita a bairros específicos. A instituição também possui um diagnóstico do público-alvo que atende.

Em 2019 a Ficar de Bem atendeu no Programa de Atenção à Família, em Santo André, 115 famílias, perfazendo um total de 479 beneficiários diretos, gerando 2.856 atendimentos diretos a esta população. A divisão por tipo de violência segue abaixo:

- violência física: 39 - violência psicológica: 16 - violência sexual: 33 - exploração sexual: 01 - negligência/abandono: 26

Ressalta-se, ainda, que, segundo estudo do Laboratório da Criança da Universidade de São Paulo – LACRI/USP, somente cerca de 10% dos casos é que chegam ao patamar da notificação. Ou seja, isso nos indica que há muito trabalho a ser feito, pois, muitas crianças e adolescentes podem estar sofrendo violências diversas e não são contabilizadas nessas breves estatísticas.

Na perspectiva de atendimento a esses casos, de enfrentamento a essa situação de violência e também baseado na Política Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004), faz-se

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necessários programas que possam entender o contexto destas famílias nos quadros de violência, colocando-as como centro da intervenção. Diante disto, a Ficar de Bem, contando com seus 31 anos de experiência, propõe como proteção especial de média complexidade, uma atuação sistemática no município, atendendo à demanda existente dos casos de violação de direitos e violência contra crianças e adolescentes.

7. IDENTIFICAÇÃO DE CADA SERVIÇO, PROJETO OU PROGRAMA SOCIOASSISTENCIAL EXECUTADO:

7.1. Nome do Serviço: Assessoramento e Defesa de Direitos – Programa de Atenção à Família

7.1.1. Objetivos

✓ Promover proteção e apoio psicossocial a crianças, adolescentes, indivíduos e suas famílias, quando da ocorrência de situação de risco pessoal e social, especialmente aqueles relacionadas à violência doméstica e sexual.

✓ Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de sua função protetiva; ✓ Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços

públicos, conforme necessidades, visando à reinserção social e a promoção de direitos;

✓ Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as condições de autonomia dos usuários;

✓ Ampliar o conhecimento público sobre a política de assistência social, com ênfase nos direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;

✓ Contribuir para a reparação de danos e da incidência de violação de direitos; ✓ Prevenir a reincidência de violações de direitos;

✓ Subsidiar a formulação, implementação e avaliação de políticas voltadas a crianças e adolescentes, através de participação no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

✓ Fortalecer o protagonismo dos usuários na defesa dos seus direitos de cidadania, promovendo o acesso aos mesmos;

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✓ Capacitar profissionais para o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes.

7.1.2. Abrangência Territorial:

A Ficar de Bem atua nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. O núcleo de Santo André localiza-se no Bairro Jardim Bela Vista, mas atende a população de todo o município, não se restringindo a bairros específicos.

7.1.3. Endereço local da prestação do serviço:

Rua Humberto Olivieri, 114 – Jardim Bela Vista – Santo André.

7.1.4. Critérios utilizados para a seleção da demanda: - Residir no município de Santo André

- Crianças e/ou adolescentes vítimas de violência doméstica (física, sexual, psicológica, negligência/abandono, fatal), violência sexual extrafamiliar e/ou demais violações de direitos.

- Prioritariamente, encaminhamento feito pelo CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social. Caso haja vagas, a Ficar de Bem aceita demanda espontânea e informa ao CREAS para referenciamento.

7.1.5. Atividades previstas e metodologia

As atividades são desenvolvidas com base nos pressupostos do Estatuto da Criança e do Adolescente e no SUAS – Sistema Único de Assistência Social.

O trabalho é realizado de acordo com a Resolução nº 27, do CNAS, que caracteriza o Serviço de Defesa e Garantia de Direitos.

Com a aprovação do novo termo aditivo 123/2020 de 01 de setembro, prevê a ampliação do quadro de funcionários atuando diretamente nos equipamentos da Proteção Básica e Especial tendo em vista a necessidade de enfrentamento da pandemia decorrente do Coronavírus para atendimento da demanda do serviço de proteção e atendimento especializado às famílias e indivíduos.

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O quadro abaixo detalhará a metodologia utilizada para cada atividade.

Atividade Metodologia

Avaliação psicossocial Realizada por Assistente Social, Psicólogo e estagiários das áreas de Serviço Social e Psicologia, a avaliação compreende entrevista com todos os membros familiares envolvidos na situação de violência, visita domiciliar, contatos com a rede de atendimento. O objetivo é a contextualização da situação de violência,

identificação do nível de risco que a criança/adolescente se encontra e da capacidade protetiva da família.

O prazo para conclusão da avaliação psicossocial é de 75 dias a partir do recebimento do caso pela Ficar de Bem.

Oficina de Sensibilização Realizada com as famílias recém chegadas a Ficar de Bem. É direcionada a pais, responsáveis e demais cuidadores, agressores ou não, de crianças e adolescentes vítimas de

violência doméstica, considerando todas as modalidades: física, sexual, psicológica e negligência.

A oficina possui um único encontro, indicando-se até 1h30 de duração. Mas poderá ocorrer mais que uma oficina por mês, para contemplar todos os casos novos recebidos no mês e a disponibilidade de horário dos participantes.

Acompanhamento psicossocial

Realizada por Assistente Social e Psicólogo, o acompanhamento é feito através de entrevistas, intervenções domiciliares,

orientações e encaminhamentos.

Tem como finalidade promover a proteção integral da criança e do adolescente e inserção da família na rede socioassistencial e setorial.

Este objetivo é atingido através da oferta de escuta qualificada, orientação e informação às famílias envolvidas em situação de violência, bem como acompanhamento dos encaminhamentos feitos aos usuários.

Grupo de Família Grupos mensais, direcionado a pais, responsáveis e demais cuidadores, agressores ou não, de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica - considerando todas as

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modalidades: física, sexual, psicológica e negligência – e eventuais convidados dos participantes, para que os temas abordados atinjam as comunidades nas quais as famílias em atendimento estão inseridas.

Entre os temas trabalhados, estão: formas de educar sem o uso da violência, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direitos Humanos, Planejamento familiar, Cidadania, Trabalho Infantil, etc.

Grupo de Crianças Para composição dos grupos será considerada a faixa etária e o tipo de violência sofrida. Podem participar crianças a partir de 4 anos de idade e que apresentem demanda relacionada à

violência doméstica. A periodicidade é quinzenal e o limite são cinco encontros, visto que o objetivo é a troca de experiência entre os participantes, reconhecimento de seus direitos e desenvolvimento de sua capacidade autoprotetiva.

Grupo de Adolescentes Para composição dos grupos será considerada a faixa etária e o tipo de violência sofrida. A faixa etária é acima de 12 anos, sendo que cada grupo pode ter de 3 a 10 adolescentes. A

periodicidade é quinzenal e o limite são cinco encontros, visto que o objetivo é a troca de experiência entre os participantes, reconhecimento de seus direitos e desenvolvimento de sua capacidade autoprotetiva.

Oficina de Proteção InfantoJuvenil

Oficina lúdica de cidadania para crianças e adolescentes. São abordados os tipos de violência doméstica e institucional e outras violações de direitos contra esta população, a importância da denúncia e estratégias de enfrentamento. São utilizados recursos lúdicos e gráficos como jogos, desenhos, dinâmicas e brincadeiras coletivas. De forma lúdica, é

apresentada às crianças e adolescentes a Política de Proteção Infantil da instituição.

Grupo Reflexivo Conduzido por Assistente Social e Psicólogo, o grupo tem como objetivos: promover ações reflexivas com os participantes a partir do tema proposto; desenvolver atitude crítica diante da naturalização do fenômeno da violência que incidem no modo como as relações são estabelecidas; propiciar a troca de

experiência entre os participantes, como forma de reconhecer as próprias dificuldades e potencialidades; dialogar de forma

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horizontal, respeitando e considerando o conhecimento dos participantes para a construção coletiva de alternativas frente à situação de violência, auxiliando-os no desenvolvimento de ações mais protetivas no âmbito familiar.

A periodicidade é quinzenal e o limite são cinco encontros. Grupo de Orientação a

Famílias Incestuosas

Sensibilizar e orientar sobre diversos aspectos importantes para interrupção do ciclo de violência.

Conduzido por dupla interdisciplinar, apresenta um enquadre diferenciado, direcionado à pessoa responsável pela criança que sofreu o abuso, desde que não seja o(a) autor(a) da violência. Permite que o(a) cuidador(a) da criança ou adolescente adote uma atitude protetiva junto à mesma, além de sensibilizar e orientar sobre os tipos, causas, consequências e aspectos legais da violência sexual.

Grupo de Orientação a Autores de Violência Sexual

Inserir desde o início a pessoa que foi notificada como autor do abuso em atividade de sensibilização e informação sobre as consequências da violência para toda a família.

Conduzido por dupla multiprofissional, o grupo possui roteiro temático com blocos que são essenciais ao trabalho podendo, de acordo com a necessidade, serem incorporados outros temas pertinentes.

Atendimento Familiar Tem por objetivo mediar e/ou orientar a família com relação a situações pontuais de conflito que impactem a dinâmica familiar. O convite pode ser feito para todos os membros familiares, independente da faixa etária. A ausência ou recusa por parte de um dos membros não é impedimento para realização do

atendimento familiar.

Podem ser utilizadas técnicas de mediação ou outros recursos (lúdicos, dinâmicas, gráficos, etc.) que facilitem a comunicação familiar. Não precisa ocorrer em uma periodicidade específica, podendo se dar através de atendimentos pontuais ou com frequência e quantidade de encontros pré-definidos (ex: quinzenal ou mensal, por cinco encontros).

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como objetivo romper com o distanciamento, facilitando o acesso e adesão das famílias ao acompanhamento.

As ações no território possibilitam à equipe técnica, a

compreensão dos múltiplos fatores sociais e econômicos do território, que podem levar o indivíduo e família a uma situação de vulnerabilidade, e risco pessoal ou social.

Favorece o fortalecimento de vínculo, tanto com os usuários do serviço, quanto com as entidades do território, potencializando as intervenções junto à família.

Visita domiciliar Realizada por dupla profissional devidamente identificada, com o carro da instituição conduzido por motorista.

É realizada para busca ativa, abordagem inicial, observação do ambiente e acompanhamento da família, vinculação da família ao serviço, identificação da rede social e comunitária que a família está inserida, identificação de possíveis facilitadores para a ocorrência da situação de violência, bem como de recursos que potencializem a superação da mesma.

Festa Temática As festas temáticas são direcionadas a toda a família e realizadas em decorrência de datas comemorativas

(Festa Junina

e Natal) podendo também ser trabalhados nestas ocasiões temas voltados à promoção de direitos, fortalecimento de vínculos, etc. Podem ser utilizadas dinâmicas, atividades recreativas, recursos lúdicos, brincadeiras, músicas, histórias, entre outros, que proporcionem momentos de descontração e interação entre os participantes.

Reuniões de Equipe Ocorridas semanalmente entre os profissionais da equipe técnica da Ficar de Bem para discussão de casos e

encaminhamentos. Mensalmente é feita uma reunião da equipe técnica com a coordenação técnica para discutir os casos mais complexos, avaliar a eficácia dos dispositivos oferecidos pela Ficar de Bem e definir estratégias e encaminhamentos visando a garantia dos direitos previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ações preventivas Palestras, oficinas e eventos promovidos pela Ficar de Bem junto à comunidade e a profissionais da rede CRAS, CREAS, escolas, creches, Unidades Básicas de Saúde, hospitais, comunidade de bairro, projetos sociais, etc.

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violência e promover a cidadania, principalmente no que concerne à proteção social.

Quando os públicos alvos são profissionais, a ação tem o objetivo de qualificá-los para identificação da violência,

abordagem, canais de denúncia e formas de acompanhamento das ações para garantia e efetivação do direito de crianças e adolescentes.

Articulação com rede setorial e o Sistema de Garantia de Direitos

Visita e contato realizado com outros atores da rede que atendem a criança, o adolescente ou a família. Pode ser a escola frequentada pela criança, serviço médico, instituição de acolhimento, etc. Tem a finalidade de obter dados para melhor compreensão do caso, troca de informações e estabelecimento de parcerias com instituições governamentais e não governamentais. A cooperação com a rede setorial e com os demais atores que compõem o Sistema de Garantia de Direitos, visa a garantia e a efetivação dos direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Também contempla relatórios e solicitação de intervenção aos Conselhos Tutelares sempre que os direitos da criança e do adolescente não estão sendo cumpridos pela família ou pelo Estado, bem como acionamento da Defensoria Pública ou Ministério Público.

7.1.6. Quadro de Funcionários por Serviços

Qtde Cargo/Função Escolaridade

Regime de Contratação Carga horária/ Diária Carga horária/ Semanal

01 Coord. Projeto Superior CLT 08 40

01 Coord. Programas Superior CLT 08 40

01 Auxiliar Administrativo Nível Médio CLT 08 40

07 Técnico Social* Superior CLT 08 40

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09 Assistente Social Superior CLT 06 30

02 Estagiário Cursando nível

superior

Estágio 06 30

*Obs: formação em alguma das seguintes áreas: Psicologia, Direito, Antropologia, Economia Doméstica, Pedagogia, Ciências Sociais, Sociologia ou Terapia Ocupacional.

7.1.7. Quadro de Voluntários por Serviços: Não se aplica

7.1.8. Demonstração da forma de participação dos usuários

A participação do usuário se dará desde o início, pois o Plano de Intervenção é traçado junto com o mesmo. Ele também participa da avaliação feita para acompanhamento do caso e possíveis desdobramentos, estimulando sempre o protagonismo dos usuários na defesa dos seus direitos de cidadania.

A Ficar de Bem disponibiliza um formulário para que os usuários possam expressar suas opiniões e sugestões, havendo a possibilidade de fazê-lo também através de caixa de sugestões disponibilizada na recepção, não havendo a necessidade de se identificarem.

7.1.9. Avaliação e Monitoramento

O trabalho da instituição é todo monitorado. O acompanhamento é realizado através da leitura dos processos, supervisionando os procedimentos adotados por cada técnico da entidade. São realizadas reuniões internas entre a equipe e com a coordenação técnica para discussão e avaliação da evolução dos casos. Este acompanhamento é fundamental para o sucesso final das pessoas envolvidas na situação de violência.

Todas as atividades realizadas são registradas em prontuário da família, em instrumentais específicos para registro dos atendimentos, grupos, reuniões, visitas domiciliares, entrevista social, plano de acompanhamento familiar, entre outros, além de planilha de dados informatizada para registro das informações dos usuários.

Os usuários participam do processo, através de preenchimento de formulário específico para avaliação do serviço e de caixa de sugestões disponibilizada na recepção, não havendo a necessidade de se identificarem.

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Considerando a importância da contínua avaliação, revisão e aprimoramento do atendimento desenvolvido junto às famílias que chegam a Ficar de Bem, além do relacionamento da organização com as redes de serviços de cada município, a instituição possui alguns indicadores para avaliação do trabalho.

Para tanto foi criada uma planilha que contemple três indicadores: um de processo, um de resultado e um estrutural:

1. Indicador de Processo: Adesão e frequência ao atendimento na Ficar de Bem.

Refere-se ao comparecimento da família aos atendimentos propostos a esta pela instituição.

2. Indicador de Resultado: Função protetiva da família e melhora no ambiente familiar. Com este indicador quer-se verificar por exemplo, se houve aumento da função protetiva da família, se as pessoas envolvidas estão buscando novas formas de se relacionar sem o uso da violência, se pais e filhos estão ocupando seus papéis/funções na família; etc.

3. Indicador Estrutural: Efetividade dos Encaminhamentos para a Rede.

Refere-se aos encaminhamentos realizados pela Ficar de Bem para outros serviços e que foram efetivamente atendidos pela rede. Pode incluir: inserção em programas de transferência de renda, programas educativos; etc.

A análise dos dados é feita semestralmente.

A Ficar de Bem também registra o motivo de encerramento dos casos, para podermos avaliar o êxito da intervenção e as dificuldades encontradas no enfrentamento da problemática da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Além disso é realizada uma pesquisa anual, com o perfil das famílias encaminhadas a Ficar de Bem, com o intuito de identificar possíveis grupos de risco e proposição de ações.

Nas ações de capacitação, os participantes preenchem um formulário de avaliação.

7.1.10 Recursos financeiros a serem utilizados

Fonte Órgão Público /

Secretaria

Valor Mensal Valor Anual

Municipal Secretaria de Inclusão e Assistência Social

R$ 26.994,76 (até

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R$ 85.364,30 (agosto a dezembro) Estadual

Federal

Fonte Origem Valor Mensal Valor Anual

Próprio Cursos e Palestras R$ 3.127,66 R$ 37.532,00

Doações Sócios Contribuintes e doação sem identificação R$ 5.354,44 R$ 64.253,28 Outros (Fumcad, Emendas Parlamentares, Nota Fiscal Paulista, entre outros).

Nota Fiscal Paulista R$ 5.416,66 R$ 65.000,00

Itens Valor Anual

Recursos Humanos R$ 964.143,60

Material de Consumo R$ 6.840,00

Outras despesas (manutenção, aluguel, etc) R$ 53.388,00

VALOR TOTAL R$ 1.024.371,60

7.1.11 Resumo das atividades a serem desenvolvidas Nome do Serviço Público Alvo Faixa etária Horário de atendimento Periodicidad e Dias da Semana Capacidade de Atendimento Nº de Usuários Assessoram ento e

Crianças, Ilimitad - 2ª a 6ª feira A

periodicidade

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Defesa de Direitos – Programa de Atenção à Família adolescente s, famílias e profissionais o 08h00 às 17h00. -Atendimentos noturnos das 17h00 às 19h00 quinzenais. - Atendimentos aos sábados uma vez ao mês. varia conforme a atividade. Os grupos de orientação e as reuniões são semanais. 50 profissionais capacidade

7.2. Nome do Serviço: Projeto Fênix Programa: Proteção

Modalidade: Direito à Convivência Familiar e Comunitária

7.2.1. Objetivos Geral:

• Possibilitar o desenvolvimento da autonomia, autoestima e perspectiva para o futuro em crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente no município de Santo André.

Específicos:

• Possibilitar para que crianças e adolescentes tenham também o direito enquanto estiverem em situação de acolhimento institucional de conviver em ambientes familiar e comunitário, contribuindo para o seu desenvolvimento social, cognitivo e afetivo. • Instrumentalizar os profissionais que atuam no Sistema de Garantia de Direitos de

Crianças e Adolescentes para o trabalho com as crianças, adolescentes, famílias e articulação com a rede.

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O núcleo de Santo André localiza-se no Bairro Jardim Bela Vista, mas atende a população de todo o município, não se restringindo a bairros específicos.

7.2.3. Endereço local da prestação do serviço:

• Ficar de Bem: Rua Humberto Olivieri, 114 – Jardim Bela Vista – Santo André

IMPORTANTE: Seguindo as orientações governamentais, durante o período de pandemia as atividades serão realizadas remotamente (telefone, chamada de vídeo, grupo via Skype ou Whatsapp, entre outros).

7.2.4. Critérios utilizados para a seleção da demanda:

- Crianças (a partir de 10 anos de idade) e adolescentes acolhidos institucionalmente no município de Santo André, conforme portaria nº 001/2017 dessa comarca.

7.2.5. Atividades previstas e metodologia:

- Palestras sobre Apadrinhamento Afetivo para apresentação do Programa e entrega de material informativo e cronograma de encontros da formação com o objetivo de divulgar o programa e estimular a participação da comunidade para se tornarem futuros padrinhos afetivos;

- Formação com Padrinhos e Madrinhas Afetivos (as) que será realizado em 4 encontros abordando os temas: "Acolhimento Institucional – Características e dinâmicas" e "Por que e Para que crianças e adolescentes são acolhidas" (conduzido pelos profissionais do CRAMI e com a participação da Equipe Técnica das Casas de Acolhimento), “Estatuto da Criança e Adolescente, Aspectos jurídicos, diferença entre Apadrinhamento, Adoção e Guarda" (conduzido por profissional da Defensoria Pública) e "Que referência quero ser para o meu/minha afilhado (a)" e "Especificidades da Adolescência: Comunicação, vínculo e limites" (conduzido pela equipe do Projeto). O objetivo dessa formação é de selecionar o perfil mais indicado para o programa, desmistificar o máximo possível não só o tipo de relacionamento como questões legais e, finalmente, preparar os candidatos para que possam efetivar o apadrinhamento da maneira mais afetiva e assertiva possível contribuindo para o sucesso do programa;

- Formação com Afilhados e Afilhadas para o Apadrinhamento Afetivo que será realizado em 3 encontros abordando os seguintes temas: a apresentação do Programa e levantamento sobre as expectativas e motivações (inscrição dos candidatos a afilhado

(18)

-anuência da criança e adolescente em participar do programa) com o objetivo de esclarecer do que se trata o programa e, assim, termos a oportunidade de prevenir falsas expectativas e fantasias sobre o Apadrinhamento; sobre a Construção do Vínculo (regras, limites, comunicação) para que eles possam compreender melhor como um relacionamento deve se estabelecer de forma sadia e afetuosa e uma Construção do Diário (encontro e convivência com o padrinho) a fim de que eles possam trazer suas impressões, dúvidas e ansiedade sobre o novo relacionamento que será ou está sendo estabelecido e também para que possamos acompanhar como tudo isso está se desenvolvendo sendo uma forma de monitoramento;

- Capacitação com os profissionais das Casas de Acolhimento sobre o Apadrinhamento Afetivo para que eles integrem o trabalho em rede que será feito já que são eles quem mais tem contato na rotina diária com os afilhados e podem contribuir muito com o monitoramento do Programa;

- Acompanhamento com Padrinhos e Madrinhas afetivos (as) e afilhados (as) durante os seis primeiros meses para que eles possam trazer dúvidas, percepções e outras questões que possam ser trabalhadas no grupo. Após esse período os encontros serão semestrais com os padrinhos e afilhados separadamente, para que troquem experiências uns com os outros e tenham a oportunidade de compreender melhor possíveis demandas através da vivência dos demais envolvidos e que possam partilhar da mesma situação;

- Capacitações para os atores do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes dos municípios que compõem a Região do Grande ABC quando serão realizados 2 ciclos de capacitações (contendo 3 cursos) pela Ficar de Bem com o objetivo de qualificar o trabalho desenvolvido com crianças e adolescentes, instrumentalizando os profissionais e proporcionando momentos de reflexões.

7.2.6. Quadro de Funcionários por Serviços

Qtde Cargo/Função Escolaridade Regime de Contratação Carga horária/ Diária Carga horária/ Semanal

01 Coordenador de Projetos Superior CLT 08 40

(19)

02 Técnico Social Superior CLT 08 40

01 Assistente Social Superior CLT 06 30

7.2.7. Quadro de Voluntários por Serviços: Não se aplica 7.2.8. Demonstração da forma de participação dos usuários:

As crianças e adolescentes participam ativamente do Programa de Apadrinhamento Afetivo cuja autorização de sua participação no Programa atende sua anuência pelas equipes técnicas da Ficar de Bem, da Casa de Acolhimento e da Vara da Infância e Juventude.

Os (as) padrinhos e madrinhas afetivos (as) recebem informações acerca dos parâmetros legais do Programa além de participarem de encontros com o objetivo de fortalecer sua participação no Programa possibilitando uma ação de apadrinhamento saudável e benéfica para ambos – padrinho/madrinha e afilhado (a).

Os profissionais contribuem para a definição dos temas das capacitações ao preencherem as avaliações pós encontro e trazerem durante os debates as demandas que mais apresentam dificuldades para o cumprimento de suas tarefas junto às crianças e adolescentes.

7.2.9. Avaliação e Monitoramento

Resultados Indicadores Meios de Verificação

Crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional com seu direito a convivência famiiliar e comunitário garantidos no município.

No final do Projeto, 20% das crianças e adolescentes

participantes tenham identificado e aceitado uma pessoa de

referência.

Por cadastro, avaliação psicossocial ,visitas e/ou encontros, e outras formas de comunicação entre a criança, o adolescente e esta pessoa. Educadores e demais profissionais das casas de acolhimento e da rede

No final deste ano do projeto, 70% dos profissionais melhor capacitados para uma atuação mais qualificada no/com o Serviço

Listas de presença e material das

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cumprem seu papel

protetivo e educacional com as crianças e adolescentes sob suas tutelas

de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes.

7.2.10 Recursos financeiros a serem utilizados

Fonte Órgão Público /

Secretaria

Valor Mensal Valor Anual

Outros Instituto KNH –

KinderNotHilfe R$ 27.214,50 R$ 326.574,00

Itens Valor Anual

Recursos Humanos R$ 247.511,77

Despesas Administrativas R$ 64.522,23

Manutenção e Gasto Capital R$ 14.500,00

VALOR TOTAL R$ 326.574,00

7.2.11 Resumo das atividades a serem desenvolvidas Nome do Serviço Público Alvo Faixa Etária Horário de Atendime nto Capacida de Atendim ento Nº de usuários atendido s* Periodic idade Dias da semana Deman da Reprimi da Promoçã o ao Direito de Convivên cia Familiar e Comunitá ria Crianças 10 a 11 anos Flexível: 8h00 às 20h00 De acordo com a demanda 08* 2ª a 6ª

feira Não tem Adolescent es 12 a 17 anos Flexível: 8h00 às 20h00 Trabalhado - Flexível: 8h00 às De acordo

(21)

res 20h00 demanda feira *Variável, visto que há uma rotatividade nas Casas de Acolhimento.

7.3. Nome do Serviço: Serviço Especializado de Abordagem Social de Crianças e Adolescentes

7.3.1. Objetivos:

✓ Identificar crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social como negligência, abandono familiar, trabalho infantil, exploração sexual, uso de drogas, entre outros.

✓ Mapear a localização em espaços públicos, como ruas, avenidas, praças, divisas, semáforos, terminais de ônibus e feiras; mapear a permanência, os fluxos e os pontos de referência significativos para as dinâmicas dos locais de atuação onde haja crianças e adolescentes em situação de rua ou que utilizam estes espaços como meio de sobrevivência.

✓ Identificar as crianças e adolescente e suas famílias com diagnóstico dos direitos violados, a natureza das violações, as condições em que vivem e as estratégias de sobrevivência, procedências, aspirações, desejos e relações estabelecidas com as instituições;

✓ Realizar pesquisa de perfil das crianças e adolescentes identificados pela equipe de abordagem social e suas famílias, possibilitando a caracterização do público-alvo e identificação de grupos e risco, visando proposição de ações de promoção de direitos e contribuição com o sistema de informações sobre a violação dos direitos de crianças e adolescentes;

✓ Promover ações de sensibilização para divulgação do trabalho realizado, direitos e necessidades de inclusão social e estabelecimento de parcerias;

✓ Construir o processo de saída das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais;

✓ Trabalhar, em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, na perspectiva do enfrentamento ao trabalho infantil, nos casos de crianças e adolescentes em situação de rua;

✓ Proporcionar apoio psicossocial às crianças e adolescentes, seus responsáveis/cuidadores e/ou familiares através de procedimentos técnicos especializados do Programa de Acompanhamento Familiar (PAF) da Ficar de Bem;

(22)

✓ Fortalecer a família no desempenho de sua função protetiva;

✓ Contribuir para romper com padrões violadores no interior da família;

✓ Identificar, monitorar e reduzir a ocorrência de riscos, seu agravamento ou sua reincidência;

✓ Assegurar a promoção, defesa e garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas de violência, trabalho infantil, abuso e exploração sexual;

✓ Realizar e acompanhar a efetividade dos encaminhamentos necessários;

✓ Fortalecer a Convivência Familiar e Comunitária, preservando vínculos com a família de origem, salvo determinação judicial em contrário;

✓ Promover a articulação com a rede de serviços, setorial e com os demais profissionais e serviços que compõem o Sistema de Garantia de Direitos;

✓ Desenvolver ações de enfrentamento ao trabalho infantil e exploração sexual, através de ações de promoção e prevenção junto à comunidade e a profissionais que atuam na rede;

✓ Manter infraestrutura adequada e dotada de recursos materiais e equipe de profissionais capacitados para a execução do Programa;

✓ Desenvolver o trabalho com os pressupostos do Estatuto da Criança e do Adolescente e do SUAS – Sistema Único de Assistência Social.

7.3.2. Abrangência Territorial:

Município de Santo André, sem restrição de bairros.

7.3.3. Endereço local da prestação do serviço:

Rua Humberto Olivieri, 114 – Jardim Bela Vista – Santo André.

7.3.4. Critérios utilizados para a seleção da demanda: ✓ Residir no município de Santo André;

✓ Crianças e/ou adolescentes em situação de/na ruas;

✓ Identificação da família residente no município de Santo André e referenciamento no CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social.

(23)

7.3.5. Atividades previstas e metodologia:

Todo o trabalho é desenvolvido com base nos pressupostos do Estatuto da Criança e do Adolescente e no SUAS – Sistema Único de Assistência Social.

Oferecemos um conjunto de procedimentos técnicos especializados por meio de abordagem social e atendimento às crianças e aos adolescentes em situação de rua e suas famílias, buscando construir o processo de saídas das ruas e possibilitar condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais; resolução de necessidades imediatas, proporcionando-lhes condições para o fortalecimento da autoestima, função protetiva da família, prevenção do rompimento dos vínculos familiares, superando e/ou minimizando a situação de violação de direitos.

As atividades desenvolvidas ocorrem conforme previsto no Plano de Trabalho, a saber: Identificação e registro dos locais de incidência de crianças e adolescentes em situação rua; preenchimento planilha e apresentação em relatório mensal. Abordagem Social – identificação e registro das crianças e adolescentes em situação rua; apresentação do educador e processo de construção de vínculos; registro com dados da abordagem e da criança / adolescente; encaminhamentos necessários no momento da abordagem. Avaliação Psicossocial - Diagnóstico psicossocial; entrevistas iniciais e visitas domiciliares com a criança, adolescente e sua família. Plano de Ação: Discussão entre equipe técnica e educadores; construção do plano de atendimento; encaminhamentos internos e externos. Modalidades de Atendimento: Oficinas; acompanhamento em conjunto com CREAS; grupos de família, crianças e adolescentes. Reavaliação: avaliar processo de saída da rua e papel protetivo da família; intervenções de outros órgãos; encaminhamentos internos e externos; encerramento do caso.

Em maio do corrente ano ocorreu a licitação para ampliação do quadro de funcionários devido a grande demanda no serviço de abordagem de rua, possibilitando que todos os perímetros demarcados fossem melhor e mais rapidamente atendidos, além das constantes abordagens nas feiras livres e com a inclusão da cidade de Paranapiacaba.

7.3.6. Quadro de funcionários por serviço:

Qtde. Cargo/Função Escolaridade Regime de Contratação

Carga horária/

Carga horária/

(24)

Diária Semanal

01 Assistente Coordenação Superior CLT 08 40

01 Coordenador de Projeto Superior CLT 08 40

01 Assistente Administrativo I Médio CLT 08 40

01 Técnico Social Superior CLT 08 40

01 Assistente Social Superior CLT 06 30

14 Educadores Sociais Médio CLT 07 42

04 Motorista Médio CLT 07 42

7.3.7. Quadro de voluntários por serviço: Não se aplica ao projeto.

7.3.8. Como a Entidade ou Organização fomentou, incentivou e qualificou a participação dos usuários e/ou estratégias que foram utilizadas em todas as etapas do Plano (elaboração, execução, avaliação e monitoramento):

A vinculação do usuário ao projeto se dá através da construção de vínculos com as crianças e adolescentes em situação de/na rua. A partir da vinculação todos os atendidos participam de propostas de atividades semanais/mensais, em rodas de conversas/reflexivas sobre a realidade apresentada e possibilidades de intervenção.

7.3.9. Avaliação e monitoramento:

O trabalho da instituição é todo monitorado. O acompanhamento é realizado através da coordenação do projeto e supervisionado e orientado pela coordenadora geral. Através dos cadastros realizados, formulação e reavaliação dos Planos de Acompanhamento, discussão com equipe CREAS, e articulação com a REDE. Além das ações teórico-metodológicas, técnicas–operativas internas, fundamentais para a minimização das vulnerabilidades apresentadas pelas famílias com crianças e/ou adolescentes em situação de risco e para o processo de saída das ruas.

(25)

Os usuários participam através de preenchimento de formulário específico para avaliação do serviço e de caixa de sugestões disponibilizada na recepção, não havendo a necessidade de se identificarem. E através de rodas de conversa conduzidas pelos educadores sociais.

Considerando a importância da contínua avaliação a revisão e aprimoramento do atendimento desenvolvido junto às famílias. Utilizaremos alguns indicadores para avaliação do trabalho, que serão adaptados contemplando os processos e resultados:

1. Indicador de Processo:

o Vinculação do Educador Social com a criança / adolescente. o Inserção dos usuários em serviços da rede;

o Participação em oficinas e atividades elaboradas pelos educadores; o Acompanhamento das famílias pela equipe técnica do Serviço. 2. Indicador de Resultado:

o Minimização ou resolução da vivência de rua de crianças e adolescentes.

Com este indicador quer-se verificar, por exemplo, se houve inserção na rede de serviços, frequência escolar, aumento da função protetiva da família, se as pessoas envolvidas estão buscando novas formas de sustento, se pais e filhos estão ocupando seus papéis/funções na família; etc.

3. Indicador Estrutural:

o Efetividade dos Encaminhamentos para a Rede.

Refere-se aos encaminhamentos realizados pela Ficar de Bem para outros serviços e que foram efetivamente atendidos pela rede. Pode incluir: inserção em programas de transferência de renda, programas educativos, educação, saúde, etc.

7.3.10. Quadro resumo das atividades desenvolvidas

Nome do Serviço Serviço de Abordagem Social de Crianças e Adolescentes em situação de/na rua

Público Alvo Crianças, adolescentes e suas famílias. Faixa Etária 0 a 17 anos e 11 meses

(26)

Periodicidade Dias da

Semana Domingo a Domingo

Capacidade Atendimento Crianças e Adolescentes em situação de rua – em média 80 Famílias em acompanhamento junto ao CREAS – Até 60 Demanda Reprimida Não houve

a) A Organização é referenciada ao:

I. CRAS: ( ) sim (X) não. Qual o CRAS? II. CREAS (X)

III. Centro POP

7.3.11. Recursos financeiros a serem utilizados

Fonte Órgão Público /

Secretaria

Valor Mensal Valor Anual

Municipal Secretaria de Inclusão e Assistência Social R$ 58.533,00 (até junho) R$ 91.120,50 (julho) R$ 87.310,50 (agosto a dezembro) R$ 878.871,00 Estadual Federal

Próprio Cursos e Palestras R$ 3.127,66 R$ 37.532,00

(27)

doação sem identificação Outros (Fumcad,

Emendas Parlamentares, Nota Fiscal Paulista, entre outros).

Nota Fiscal Paulista R$ 5.416,66 R$ 65.000,00

Itens Valor Anual

Recursos Humanos R$ 927.219,12

Material de Consumo R$ 9.120,00

Outras despesas (manutenção, aluguel, etc) R$ 155.580,00

VALOR TOTAL R$ 1.091.919,12

8. Informações Adicionais

Política de Proteção Infantil

A Ficar de Bem, elaborou um Guia de normas institucionais para prevenir, proteger, identificar e orientar a conduta de profissionais em situação de violência institucional contra crianças e adolescentes.

Essa Política de Proteção implantada pela instituição, prevê uma série de ações desde a seleção e contratação do funcionário, capacitação sobre a conduta esperada pelos mesmos e uma comissão responsável tanto pela implementação da PPI, planejamento das ações e averiguação no caso de alguma denúncia.

Todas as famílias atendidas são informadas sobre a Política de Proteção Infantil e canais de denúncia, membros da comissão, etc.

Com a implementação da PPI, temos como objetivo reiterar nosso compromisso de ter como absoluta prioridade a proteção das crianças e adolescentes atendidas em nossas unidades.

(28)

Pandemia de COVID-19

Em decorrência da pandemia de Covid-19 e do estado de calamidade pública instaurado pelo Decreto Legislativo n.º 6, de 20 de março de 2020, e conforme recomendações da Portaria n. 337, de 24 de Março de 2020 do Ministério da Cidadaniae do Decreto Municipal N° 7.709, de 18 de março de 2020, a metodologia de trabalho prevista para o ano de 2020 precisou ser revista e adaptada para atender às medidas sanitárias de prevenção ao vírus e, ainda assim, garantir o acompanhamento às famílias referenciadas.

Foram suspensas todas as atividades coletivas como grupos, oficinas e festas, e outras adaptadas para ocorrerem de forma individual e preferencialmente, por atendimento remoto.

As modalidades de atendimento durante a pandemia estão sendo executadas através dos seguintes procedimentos:

Atendimento Remoto: ocorrem tanto na avaliação quanto no acompanhamento psicossocial, através de ligações telefônicas, mensagens de áudio e de texto e chamadas de vídeo. Têm como objetivo manter contato próximo com os atendidos, contribuindo para o mapeamento dos fatores de risco e de proteção no seio familiar, além das orientações pertinentes às demandas individuais.

Visita Domiciliar: com o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), os técnicos procedem com visitas domiciliares para abordagem inicial, observação do ambiente e acompanhamento da família, vinculação da família ao serviço, identificação da rede social e comunitária que a família está inserida, identificação de possíveis facilitadores para a ocorrência da situação de violência e nos casos em que a família não possui recursos tecnológicos para o atendimento remoto.

Lives: Se constitui como recurso para a execução de ações preventivas e ocorrem através das redes sociais da Ficar de Bem.

Especificamente sobre o Serviço Especializado de Abordagem Social de Crianças e Adolescentes, a metodologia do serviço se tornou essencial em suas ações nas ruas. Foi necessária a revisão e adaptação quanto às abordagens nas ruas. Também houve o aumento da equipe de educadores abrangendo maiores pontos de incidência de exploração do Trabalho Infantil em virtude da vinda de famílias às ruas.

As atividades nos espaços públicos, coletivos como grupos, oficinas e festas foram suspensas e outras adaptadas para ocorrerem de forma individual a fim de sensibilizarmos quantos aos riscos causados pela pandemia e orientação quanto aos cuidados com a saúde. Intensificamos estas ações com a distribuição também de kits de higiene aos atendidos

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9. Considerações Finais

A organização atua nos segmentos de atendimento e garantia de direitos. Os atendimentos visam à proteção de crianças e adolescentes, que já tiveram seus direitos violados.

Para tanto a Ficar de Bem mantém convênio com a municipalidade para atendimento psicossocial a famílias em que esteja instaurada a violência contra a criança e/ou adolescente.

Santo André, 23 de setembro de 2020.

___________________ ____________________

Lígia Vezzaro Caravieri Melissa E. M. Terron

Coordenadora Técnica Coordenadora Geral Institucional

__________________________________ Paulo Roberto Machado

Referências

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