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Caracterização dos intervenientes em acções de contrato individual de trabalho

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Academic year: 2021

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Caracterização dos intervenientes em acções de contrato

individual de trabalho

No presente documento pretende-se caracterizar os intervenientes (autores e réus) em acções findas relativas a contratos individuais de trabalho, nos tribunais judiciais de 1ª instância, entre os anos de 1996 e 2004. A caracterização dos intervenientes singulares baseia-se no sexo e na profissão e a dos intervenientes colectivos na natureza jurídica e actividade económica.

Os autores em acções relativas a contratos individuais de trabalho são na sua esmagadora maioria pessoas singulares (99,1% em 2004), enquanto que a grande maioria dos réus são pessoas colectivas (89,0%). Conclui-se assim que, na maioria dos casos, este tipo de acções são interpostas por pessoas singulares contra pessoas colectivas.

O tipo de autor mantém-se relativamente semelhante desde 1996, contudo a proporção de réus colectivos tem revelado uma tendência de aumento.

Figura 1 – Tipo de pessoa por autor e réu Autor 1,1% 0,8% 1,6% 2,3% 2,6% 1,5% 1,3% 0,9% 98,9% 99,2% 98,4% 97,7% 97,4% 98,4% 98,5% 98,7% 99,1% 1,6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Pessoa Colectiva Pessoa Singular

Ré u 86,1% 85,4% 84,9% 85,2% 85,4% 86,4% 87,1% 89,0% 13,9% 14,6% 15,1% 14,8% 14,6% 14,5% 13,6% 12,9% 11,0% 85,5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

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Caracterizam-se, de seguida, os autores e réus singulares por sexo e profissão.

Em 2004, a proporção de autores do sexo masculino era de 55,6%, enquanto que a percentagem de réus ascendia a 72,7%. O sexo feminino tem assim uma maior expressão no conjunto dos autores, com percentagens na ordem dos 45%.

O peso do sexo masculino no conjunto dos autores não sofreu alterações significativas desde 1996, enquanto que nos réus se observa uma tendência de descida, contrariada apenas nos últimos dois anos em análise.

Figura 2 – Sexo dos autores e réus

Autor 55,9% 55,9% 54,9% 54,1% 52,3% 52,4%54,3% 55,9% 55,6% 44,1% 44,1% 45,1% 45,9%47,7% 47,6%45,7% 44,1% 44,4% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Masculino Feminino Réu 77,8% 75,3% 74,5% 72,2% 70,1%72,1%69,8% 71,0%72,7% 22,2%24,7% 25,5% 27,8%29,9%27,9%30,2% 29,0%27,3% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Masculino Feminino

A estrutura profissional dos autores em acções findas relativas a contratos individuais de trabalho encontra-se ilustrada na Figura 3. No ano de 2004 os operários, artífices e

trabalhadores similares representavam 29,5% do total de autores deste tipo de acções,

seguindo-se, por ordem de importância, o pessoal dos serviços e vendedores (17,3%), os trabalhadores não qualificados (16,8%) e os operadores de instalações e máquinas (11,8%).

Desde 1996 não se detectam grandes alterações no peso de cada grupo profissional, salientando-se contudo o decréscimo da proporção de operários, artífices e

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Figura 3 – Profissão dos autores Autor 9,4% 8,9% 7,8% 8,1% 8,7% 7,9% 7,9% 8,7% 9,9% 10,4% 11,0% 10,2% 9,1% 8,9% 9,2% 16,4% 16,3% 18,0% 17,8% 19,0% 21,3% 20,4% 17,7% 17,3% 37,4% 33,4% 30,0% 32,9% 28,2% 29,2% 31,0% 29,5% 10,3% 9,6% 9,6% 10,2% 9,6% 11,1% 11,8% 11,9% 15,4% 16,8% 13,6% 14,7% 14,5% 13,7% 15,0% 16,8% 5,6% 5,9% 6,3% 6,7% 7,5% 8,4% 8,7% 8,1% 6,8% 7,8% 9,1% 10,7% 30,9% 11,2% 9,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Outros

Trabalhadores não qualificados

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem Operários, artífices e trabalhadores similares

Pessoal dos serviços e vendedores Pessoal administrativo e similares Técnicos e profissionais de nível intermédio

A mesma análise é efectuada para os réus singulares, concluindo-se que a grande maioria dos indivíduos pertence à categoria quadros superiores, directores e dirigentes (73,4% em 2004), sendo que as restantes categorias profissionais apresentavam, em 2004, pesos inferiores a 7%.

Figura 4 – Profissão dos réus Réu 63,3% 63,1% 67,9% 70,3% 63,4% 62,8% 67,1% 73,4% 4,9% 9,6% 6,3% 7,0% 5,6% 6,1% 5,6% 6,9% 7,3% 7,6% 5,6% 4,9% 4,8% 6,1% 4,3% 4,2% 11,4% 12,7% 6,0% 5,2% 6,7% 7,0% 6,1% 3,6% 4,4% 2,9% 4,4% 4,5% 3,1% 2,3% 2,8% 6,7% 5,6% 6,4% 7,2% 5,4% 9,7% 9,9% 9,7% 4,9% 3,5% 3,2% 3,0% 3,3% 5,2% 5,8% 4,1% 4,9% 4,5% 59,8% 7,4% 6,7% 4,2% 3,9% 4,1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Outros

Operários, artíf ices e trabalhadores similares Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura Pessoal dos serviços e vendedores

Técnicos e profissionais de nível intermédio Especialistas das profissões intelectuais e científ icas Quadros superiores, directores e gerentes

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A categoria quadros superiores, directores e dirigentes cresceu de 59,8% em 1996 para 73,4% em 2004, enquanto que a proporção de réus dos serviços e vendedores diminuiu de 11,4% para 3,6%.

Passa-se agora à caracterização dos réus colectivos por natureza jurídica e actividade económica. Os autores colectivos não serão, neste caso, alvo de qualquer análise por não terem uma dimensão significativa na população.

A Figura 5 representa a natureza jurídica do réu interveniente em acções de contrato individual de trabalho. As sociedades constituíam, em 2004, 94,9% dos réus neste tipo de acções, as pessoas colectivas de direito público apenas 1,0% e os outros

intervenientes cerca de 4,1%. Os outros intervenientes englobam fundamentalmente associações e fundações que representavam, em 2004, 3,1% do total de acções. Em

termos evolutivos não se assinalam quaisquer mudanças relevantes.

Figura 5 – Natureza jurídica do réu Réu 1,9 1,3 1,0 1,3 1,1 1,4 1,0 0,9 1,0 93,4 93,2 93,3 94,4 94,1 93,8 95,0 94,1 94,9 5,5 4,7 5,6 4,4 4,8 4,9 4,0 4,9 4,1 0% 20% 40% 60% 80% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Outro Sociedades

Pes.Colect.de Dir.Púb.(Estado,autarq.,inst. e serv.púb.pers)

Observando a Figura 6 conclui-se que, em 2004, o comércio, transportes, armazenagem

e comunicações constituía a actividade dominante dos réus intervenientes em acções de

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transformadora com um peso de 28,3%. As outras actividades constituíam 13,1% das

acções findas.

A proporção de réus com actividade na indústria transformadora decresceu no período em análise de 38,6% para 28,3%, tendo sido ultrapassada em importância pelo

comércio, transportes, armazenagem e comunicações. Inversamente a percentagem de

réus com actividades imobiliárias, de aluguer e serviços prestados a empresas aumentou de 2,8% em 1996 para 8,2% em 2004.

Figura 6 – Actividade económica do réu

Reú 38,6% 35,2% 32,2% 30,0% 31,4% 27,7% 26,6% 25,3% 28,3% 7,8% 8,5% 7,6% 7,5% 6,3% 6,6% 7,9% 2,8% 3,9% 3,8% 4,6% 5,4% 7,4% 8,7% 8,2% 5,8% 6,2% 8,2% 7,6% 7,3% 6,8% 5,9% 12,7% 12,5% 12,9% 13,4% 13,6% 14,4% 12,8% 12,1% 13,1% 0,9% 1,5% 1,8% 2,1% 1,5% 1,6% 1,8% 1,9% 1,1% 10,8% 10,9% 32,5% 34,3% 36,4% 37,8% 34,6% 34,8% 33,5% 32,1% 31,3% 8,1% 4,4% 6,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ignorada ou não especificada Outras

Outras actividades de serviços colectivos,sociais e pessoais Actividades imobiliárias, aluguer e serv. prestados às empr. Comércio, transportes, armazenagem e comunicações Construção

Referências

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