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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO

EXTERNA

DAS

ESCOLAS

2014-2015

A

GRUPAMENTO DE

E

SCOLAS DE

F

IGUEIRA

C

ASTELO

R

ODRIGO

R

ESPOSTA AO

C

ONTRADITÓRIO

ANÁLISE DO CONTRADITÓRIO

O Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo exerceu o seu direito de contraditório relativamente ao relatório da avaliação externa, ocorrida entre os dias 12 e 15 de janeiro de 2015, o qual mereceu, por parte da equipa de avaliação, toda a atenção e uma análise exaustiva do seu conteúdo e das suas considerações.

Assim:

Caraterização do Agrupamento

1. O Agrupamento apresenta discordância relativamente à afirmação presente no relatório “Os

estabelecimentos de educação e de ensino apresentam-se com as condições indispensáveis à missão a que se destinam.”. (p. 3 do relatório).

2. Invoca que as insuficiências dos estabelecimentos são enormes e discriminatórias, pela negativa, face à realidade de outras escolas.

- Ora, o que foi observado é que os estabelecimentos de educação e de ensino apresentam condições semelhantes às de outros estabelecimentos do país que, não sendo ótimas, são as indispensáveis à missão a que se destinam, sendo referido no relatório algumas das suas limitações, designadamente os espaços destinados à prática da educação física.

3. Em relação ao serviço prestado pela psicóloga, o Agrupamento informa que a prestação do seu serviço é feita em horário reduzido (20 horas semanais).

- Na avaliação não é feito qualquer reparo acerca das eventuais insuficiências daquele serviço. Pelo contrário, no domínio 2 do relatório a referência ao trabalho da psicóloga é valorizado pelo empenho e consolidação das suas práticas.

4. O Agrupamento relembra o que consta no relatório relativamente ao seu contexto “os valores das variáveis de contexto do Agrupamento, quando comparados com os de outras escolas públicas, são bastantes desfavoráveis…”.

- A avaliação realizada teve em consideração, no respeito pelo modelo de avaliação vigente, as características do contexto do Agrupamento, nomeadamente ao nível da comparação dos seus resultados académicos com os que se registaram em escolas com valores análogos nas variáveis de contexto.

Resultados

Resultados académicos

1. O Agrupamento considera injusta a frase do relatório “O Agrupamento não apresenta razões fundamentadas para a existência destes resultados escolares, invocando, no entanto, as condições socioculturais do meio envolvente.” (p. 4 do relatório).

- Durante o processo de avaliação, o Agrupamento não apresentou razões fundamentadas para estes resultados. A reflexão nos departamentos curriculares ou no conselho pedagógico não avança com

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razões sustentadas que justifiquem os resultados. O mesmo aconteceu ao longo das entrevistas com os vários intervenientes, onde não apresentaram justificações para tal cenário.

2. Refere o facto de que “Os valores das variáveis do contexto socioeconómico do Agrupamento situam-se maioritariamente aquém da mediana, pelo que são genericamente desfavoráveis.” (p. 4 do relatório) e considera que esta situação não parece ter influência nos resultados da avaliação externa.

- Esta dúvida carece de fundamento, porquanto os resultados académicos são contextualizados e é calculado um valor esperado considerando as variáveis de contexto. Assim, os valores esperados

para os resultados deste Agrupamento são mais baixos do que para outros agrupamentos com

variáveis de contexto mais favoráveis.

- Recorde-se que os resultados observados no Agrupamento ficaram, na sua grande maioria, abaixo dos valores esperados.

3. Concorda com a frase ínsita no relatório relativamente aos cursos profissionais

Nesta perspetiva, tem vindo a diversificar a oferta de cursos profissionais em função das necessidades locais e das opções dos alunos, situando-se as taxas de conclusão destes cursos, em 2011-2012 e 2012-2013, acima da média nacional.” (p. 4 do relatório).

- Pela concordância, nada há a referir em relação a esta tomada de posição.

4. Relativamente à frase do relatório “o Agrupamento não tem dados tratados que permitam

analisar o abandono e desistência” (p. 4 do relatório), diz que se explica pelo facto do abandono

escolar ser inexpressivo em Figueira de Castelo Rodrigo.

- Os documentos estruturantes não apresentam dados tratados acerca desta situação, nem foram apresentados à equipa de avaliação, quando solicitados durante a intervenção. De qualquer forma, no relatório de avaliação está expresso o esforço do Agrupamento na diversificação da oferta educativa, conseguindo que alguns alunos continuem no sistema.

Resultados Sociais

1. Considera o Agrupamento que a frase do relatório “… a inexistência, desde há vários anos, da

associação de estudantes, são fatores limitadores da sua intervenção, do desenvolvimento cívico e da corresponsabilização nas atividades” (p. 5 do relatório), bem como “ os alunos não são, igualmente, envolvidos na elaboração e discussão dos documentos organizativos, dos quais revelam apenas o conhecimento do regulamento interno” (p. 5 do relatório) contradizem outras

em que se refere o envolvimento dos alunos nas atividades do Agrupamento.

- Ora, o que é dito no relatório é que "a não existência de reuniões de delegados com a direção que

permitam a auscultação dos alunos sobre os seus problemas e o funcionamento geral dos serviços escolares, a não participação dos delegados de turma nas reuniões dos conselhos de turma e a inexistência, desde há vários anos, da associação de estudantes, são fatores limitadores da sua intervenção, do desenvolvimento cívico e da corresponsabilização nas atividades" (p. 4 e 5 do

relatório).

- Assim, não existe qualquer contradição do relatório, sendo apontadas três situações que são, de facto, limitadoras da intervenção dos alunos e do seu desenvolvimento cívico. São, também, separadas duas situações: (i) participação dos alunos nas atividades através de propostas suas e (ii) participação nas atividades propostas por outros elementos da comunidade educativa.

- O que se observou é que os alunos não propõem atividades para o plano anual de atividades nem colaboraram na elaboração dos documentos estruturantes, no entanto, aderem às ações contantes no plano anual de atividades que foram propostas, designadamente, pelos professores.

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Reconhecimento da comunidade

1. Em relação a este campo de análise, o Agrupamento questiona e tenta justificar a apreciação dos

respondentes aos questionários de satisfação apresentados pela IGEC a professores (78), alunos (138), pais (130) e trabalhadores não docentes (34) no âmbito do processo de avaliação externa, designadamente às questões:

a. “a frequência com que são realizadas experiências nas aulas”, no 1.º ciclo;

b. “uso de computadores em sala de aula”; c. “participação em clubes e projetos”; d. “conforto da sala de aula;

e. “o modo como a escola resolve os problemas de indisciplina”; f. “a segurança na escola”;

g. “os resultados escolares”; h. “o comportamento dos alunos”;

i. “o respeito dos alunos pelos professores e pessoal não docente”; (p. 4 a 7 do contraditório).

- Os dados resultantes da aplicação dos questionários foram utilizados durante a avaliação, particularmente durante as entrevistas, para interpelar e consolidar os juízos avaliativos por parte da equipa de avaliação.

- De um modo geral, os resultados dos questionários de satisfação foram corroborados pela utilização de outras técnicas utilizadas durante a avaliação (p. ex., observação direta).

No final da apreciação aos três campos de análise do Domínio 1 – Resultados, o Agrupamento considera que a classificação atribuída deveria passar de Suficiente para Bom.

Face à apreciação dos campos de análise que integram o domínio, é entendimento da equipa de avaliação que a classificação deve manter-se em “Suficiente”.

Prestação do serviço educativo

Planeamento e articulação

1. O Agrupamento refere “quando se critica o plano anual de atividades pela falta de evidência de

articulação interdisciplinar e logo a seguir se elogiam as atividades transversais a toda a comunidade escolar, não é levado em conta que estas atividades da biblioteca fazem parte do plano de atividades da escola”.(p.7 do contraditório).

- Esta apreciação não leva em conta toda a informação presente no relatório de avaliação, já que aí é expresso que “Nem o plano anual de atividades nem, genericamente, os planos de trabalho das

turmas contemplam qualquer evidência de articulação curricular interdisciplinar. É, assim, incipiente a planificação ao nível da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, desde logo, com ausência de identificação de conteúdos comuns nas diferentes disciplinas. O desenvolvimento curricular é principalmente visto na perspetiva estrita da abordagem dos conteúdos programáticos não havendo qualquer formalização de articulação horizontal ou vertical.” Relativamente às bibliotecas evidencia-se o “dinamismo através da proposta de atividades diversificadas e

desenvolvidas de forma sistemática ao longo do ano letivo, algumas delas transversais a toda a comunidade escolar e outras para públicos-alvo específicos, embora com maior ênfase na educação pré-escolar e nos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico.” (p. 6 do relatório). Pelo exposto, não se vislumbra

qualquer contradição acerca da apreciação em torno do planeamento e da articulação curricular e as

atividades desenvolvidas pelas bibliotecas escolares ao longo do ano. Efetivamente, ao nível do

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Práticas de ensino

O Agrupamento cita a frase “… faltam ainda outras ações que envolvam de forma mais abrangente toda

a comunidade e de modo intencional com enfoque para aprendizagens curriculares e com benefício para a socialização dos alunos” (p. 7 do relatório) para reafirmar que todas as atividades "são sempre pensadas para estarem em sintonia com os conteúdos programáticos e visando a convivência e, portanto, a socialização dos alunos”(p. 8 do contraditório).

- A frase extraída do relatório de avaliação não está completa e pode induzir outra leitura. A frase

completa é “Apesar de tentar envolver os encarregados de educação, faltam ainda outras ações que

envolvam de forma mais abrangente toda a comunidade e de modo intencional com enfoque para aprendizagens curriculares e com benefício para a socialização dos alunos.” e situa-se no final de um

parágrafo onde se faz a avaliação das atividades realizadas pelas bibliotecas (p. 7 do relatório). Por conseguinte, trata-se apenas de um juízo avaliativo sobre o ação da equipa das bibliotecas escolares. - Relativamente à questão do uso das tecnologias da informação e comunicação, a apreciação feita pelo Agrupamento (n.º 2, 3 e 4 - p. 8 e 9 do contraditório) não contradiz o que factualmente é descrito no relatório de avaliação “No que respeita ao uso de tecnologias de informação e comunicação,

evidencia-se uma baixa utilização de computadores como recurso didático, na sala de aula, e no Agrupamento, em geral. Dado que o número de alunos sem computador e Internet em casa é elevado, não se verificando práticas para colmatar essa falta com vista ao desenvolvimento da literacia digital das crianças e jovens.” (p. 7 do relatório).

No final da apreciação aos três campos de análise do Domínio 2 – Prestação do Serviço Educativo, o Agrupamento considera que a classificação atribuída deveria passar de Suficiente para Bom.

Face à apreciação dos campos de análise que integram o domínio, é entendimento da equipa de avaliação que a classificação deve manter-se em “Suficiente”.

Liderança e Gestão

Liderança

1. O Agrupamento relativamente ao facto de serem “… patentes insuficiências relativamente à

supervisão pedagógica” (n.º 1, p. 10 do contraditório) queixa-se da falta de orientação da

administração educativa acerca desta questão, mas nada contraria o que consta no relatório sobre esta matéria.

Gestão

1. O Agrupamento questiona a racionalidade e a utilidade da “construção de um plano de formação

interno”(p. 10 do relatório).

- Relativamente a esta situação, apenas nos cabe reafirmar a importância da formação na melhoria do desempenho profissional. Independentemente da oferta proporcionada pelos centros de formação, a formação interna contribui também para o desenvolvimento organizacional das escolas.

2. Relativamente à não nomeação de um coordenador técnico para os serviços administrativos, o

Agrupamento vem dizer que “O director não pode ser responsabilizado pelas políticas de cortes

orçamentais que atingem a escola pública de forma burocrática e indiscriminada. No seguimento da aposentação da última coordenadora técnica foram alertados os serviços responsáveis e feitos apelos para a necessidade de colocação de novo coordenador técnico. É legítimo perguntar porque razão esta escola, contrariamente à maioria das escolas deste país, não tem direito à colocação de um coordenador técnico com a necessária experiência e a devida formação especializada”(p. 10-11

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- Independentemente da colocação ou não, por parte da administração, de um coordenador técnico em substituição daquele que se aposentou, a verdade é que não é dada qualquer explicação para a não nomeação, pelo diretor do Agrupamento, de um coordenador técnico, em falta desde há dois anos, de entre os assistentes técnicos que desempenham funções no Agrupamento.

3. Apresenta surpresa perante o facto de “os trabalhadores não docentes denotam algum

desconhecimento do funcionamento do Agrupamento, verificando-se o seu pouco envolvimento nas decisões estratégicas” (p. 10 do relatório), mas não apresenta qualquer factualidade que

rebata aquela apreciação do relatório.

Autoavaliação e melhoria

1. O Agrupamento vem justificar a morosidade do processo de autoavaliação e as mudanças anuais

nas equipas responsáveis, o que levou a que ainda não tenha sido finalizado um ciclo completo da avaliação, (p. 10 do relatório) com “sistema deficiente de concursos de colocação de professores

e da recusa na abertura de vagas de quadro de escola, de uma enorme precariedade do seu corpo docente, com a colocação ano após ano, de novos professores que não estão enquadrados e não têm qualquer relacionamento com as práticas existentes na escola” (p. 11 do contraditório).

- Os elementos da atual equipa de autoavaliação são docentes que se encontram já há vários anos no Agrupamento. Acresce ainda referir que se o Agrupamento considera como vetor estratégico o processo de autoavaliação, deve, então, indicar para a constituição da equipa profissionais que garantam a continuidade ano após ano. Por outro lado, ao afirmar que "O relatório de autoavaliação

da escola é um documento que exige grande disponibilidade de tempo e de recursos que a escola não possui" parece esquecer que, a ser assim, o mesmo se aplicaria a outras escolas/agrupamentos, o que

não é a realidade observada.

No final da apreciação aos três campos de análise do Domínio 3 – Liderança e Gestão, o Agrupamento considera que a classificação atribuída deveria passar de Suficiente para Bom.

Face à apreciação dos campos de análise que integram o domínio, é entendimento da equipa de avaliação que a classificação deve manter-se em “Suficiente”.

Pontos Fortes e Área de Melhoria

- O Agrupamento questiona a pertinência das áreas de melhoria constantes no relatório de avaliação (p. 12 a 14). Porém, nada acrescenta que possa contrariar os juízos avaliativos produzidos pela equipa de avaliação e que já foram objeto de análise neste documento. As áreas de melhorias apontadas correspondem aos aspetos avaliados nos respetivos domínios, encontrando-se devidamente suportadas pela avaliação realizada.

CONCLUSÃO

Face ao exposto, a equipa de avaliação externa considera não existirem razões substantivas que justifiquem qualquer reapreciação dos juízos formulados ao longo do relatório, mantendo-se na íntegra a versão remetida ao Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo.

Área Territorial de Inspeção do Centro 18-05-2015

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