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Vista do PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS EM USO DE ANTIBIÓTICOS

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9 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS EM USO DE

ANTIBIÓTICOS

Ana Lucia Cardoso Silva

Enfermeira, Especialista em UTI pela Universidade de Taubaté

Valdinéa Luiz Hertel

Mestre em Educação pela PUCCAMP-SP, Especialista em Enfermagem do Trabalho e professora titular da disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto pela FATEA.

RESUMO

O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil epidemiológico das crianças que utilizaram antibióticos durante o período de internação, em uma instituição de Saúde de Lorena, identificando antibióticos mais utilizados. O método para realização do trabalho foi quantitativo de caráter descritivo, transversal e documental. Foram utilizadas 60 planilhas de controle de antibioticoterapia da C.C.I.H. no setor de Pediatria, referentes aos meses de maio de 2011 a maio de 2012. Foram coletados dados de 332 crianças e referiram-se a informações como: gênero, idade, diagnóstico, antibiótico, tempo de uso. Resultados: Encontrou-se grande utilização de antibióticos; dos 585 internados, 332 (56,75%) utilizaram-nos e 253 (43,25%) não os utilizaram. A maior frequência de internações foi verificada na faixa etária de 0-2 anos por motivos pulmonares, com média mensal de 6 a 9 dias. Verificou-se, entre as causas de internação maior predominância de doenças pulmonares nas diversas faixas etárias (70 feminino e 115 masculino), os fármacos mais utilizados foram Ceftriaxona (Cefalosporina de 3ª geração), Celalexina e outros. Tempo médio de terapêutica (0,9 dias). Conclusões: A inexistência e não utilização de protocolos terapêuticos têm resultado em uma grande diferença nos padrões de prescrição, possibilitando o insucesso terapêutico de infecções e resistência.

Palavras-chaves:

Perfil de Saúde, Criança, antibioticoprofilaxia

ABSTRACT

The objective of this study was to characterize the epidemiological of children who used antibiotics during the period of internment, in an institution of Health of Lorena, identifying the most used antibiotics. The method for conducting the study was quantitative character descriptive, transversal and documentary. 60 worksheets of control antibiotics therapy from C.C.I.H were used in the Pediatrics sector referred to the months of May 2011 and 2012. Data from 332 children was collected and referred to information such as: gender, age, diagnosis, antibiotic usage time. Results: Extensive use of antibiotics was found; for 585 inpatients, 332 (56.75%) used and 253 (43.25%) did not use. The highest frequency of internments was found at the age group of 0-2 years of age for lung reasons with a monthly average of 6 to 9 days. It was found among the causes of internments greater prevalence of lung disease in different age groups (70 female and 115 male), the most used medicine were Ceftriaxone (Cefalosporine of 3º generation). Celaxine and others. Mean time of therapeutics (0,9 days). Conclusions: the absence and non usage of therapeutic protocols has a result of

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great difference in the prescription patterns, enabling the therapeutic failure of infections and resistance.

Key words:

Health Profile, Children, antibiotic prophylaxis

INTRODUÇÃO

A utilização, tão racional quanto possível, de antibióticos deve ser uma preocupação fundamental, nomeadamente nos Serviços de Saúde (1).

A resistência de bactérias aos antibióticos disponíveis clinicamente se tornou um problema de saúde pública em todo mundo. Além disso, o custo financeiro de uma terapia fracassada por conta de microrganismos resistentes é muito grande, onerando ainda mais os sistemas públicos de saúde. Bactérias resistentes geram nova consulta, novos exames diagnósticos, nova prescrição, sem contar a provável internação e ocupação de leitos hospitalares. Estima-se que, apenas nos Estados Unidos, o custo com resistência bacteriana está em torno de 4 a 5 bilhões de dólares anualmente (2).

A utilização em larga escala de antibióticos potentes e de largo espectro pode conduzir, contudo, à destruição da flora fisiológica normal do organismo humano e à seleção progressiva de germes que lhes são resistentes (3).

As crianças não são apenas pequenos adultos, seu corpo processa os medicamentos de maneira diferente. Por exemplo, o grau de seu metabolismo é reduzido. Especialmente em bebês, a barreira sangüínea do cérebro é mais permeável, os rins e o fígado estão ainda desenvolvendo-se, uma vez que a porcentagem de eliminação dos medicamentos é reduzida. Portanto, uma simples redução proporcional da dose do adulto pode não ser adequada para se obter uma dose pediátrica segura e eficaz (4).

Um número muito grande de fatores influi na escolha de doses adequadas para crianças, além da idade e do peso. A resposta a medicamentos pode apresentar alterações nestes pacientes, especialmente em tratamentos longos, decorrentes de mudanças no crescimento e no desenvolvimento. Quando o médico prescreve um fármaco, a decisão sobre a via e a dose deve considerar a faixa etária e o peso da criança. A dose final deve ser individualizada em função do paciente, do medicamento e da doença (5).

O grande responsável pela disseminação dos genes de resistência e, por conseguinte de microrganismos resistentes, é sem dúvida o próprio homem; seja pela atitude inconsequente ou pela falta de informação, o uso irracional de antimicrobianos tem aumentado, a despeito de todas as publicações, campanhas e informações acerca do fato (6).

É preciso citar o crescente problema em relação ao surgimento de espécies de bactérias resistentes aos diferentes antibióticos. Este talvez corresponda ao principal desafio dos pesquisadores.

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11 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

“Os antibióticos são produtos de enorme importância, não apenas na área de saúde, como também na economia, visto que apenas nos Estados Unidos, cerca de 100.000 toneladas são produzidas anualmente. Embora aproximadamente 8000 substâncias com atividade antimicrobiana sejam conhecidas e, a cada ano, centenas de novas substâncias sejam descobertas, pouquíssimas são efetivamente aproveitadas e utilizadas como agentes antimicrobianos, visto que muitas destas não atendem aos requisitos mínimos para seu emprego terapêutico. Paralelamente, não podemos deixar de mencionar o crescente problema em relação ao surgimento de espécies bacterianas resistentes aos diferentes antibióticos. Este talvez corresponda ao principal desafio dos pesquisadores, visto que a multirresistência vem se tornando diariamente mais disseminada nas populações microbianas, sejam patogênicas ou não. Mais recentemente, outro aspecto que vem sendo cada vez mais levado em consideração refere-se à ocorrência dos biofilmes e sua importância na terapêutica antimicrobiana, pois o conhecimento sobre a ocorrência de biofilmes microbianos em nosso organismo levou a uma quebra do paradigma de tratamento das doenças infecciosas. Certamente, para que os antibióticos possam ser empregados de forma mais eficaz, será necessário um maior conhecimento acerca dos biofilmes formados naturalmente em nosso organismo. Pois, somente a partir da elucidação da ecologia dos biofilmes naturais do homem, teremos maiores chances de tratar de forma adequada as várias doenças infecciosas” (7) .

Os dados desta pesquisa caracterizarão o perfil epidemiológico das crianças internadas com uso de antibióticos e assim contribuirão para o levantamento dos principais antibióticos mais utilizados no serviço de pediatria em nível de atenção secundária à saúde. Desta forma acreditamos que facilitará para os profissionais da equipe de enfermagem que administram estes medicamentos o estudo aprofundado deste tratamento terapêutico, a fim de contribuir com a recuperação da clientela, administrando de forma segura com responsabilidade, qualidade e competência.

É um estudo relevante, haja vista que durante o levantamento de dados bibliográficos deparou-se com a escassez de produção científica acerca deste assunto, no tocante a pesquisas realizadas em nível nacional.

Pesquisas apontam que a utilização de antimicrobianos em crianças é duas vezes maior comparada à utilização em adultos, e que a faixa etária inferior a cinco anos recebe significativa prescrição de antimicrobianos (11,12) .

A padronização da informação escrita em Unidades de Saúde pode também ser uma estratégia que aumente a consistência do conteúdo da informação e melhore a compreensão da prescrição pediátrica, evitando-se erros de medicação e podendo-se, assim, não só contribuir para uma melhor adesão ao tratamento, mas minimizar o fenômeno de resistência antimicrobiana (13).

OBJETIVO

Caracterizar o perfil epidemiológico de crianças com uso de antibióticos (quanto ao gênero, idade, diagnóstico, antibiótico, data início do antibiótico e data do término).

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12 METODOLOGIA

Esta parte do trabalho informa os aspectos relacionados com o cenário do estudo, caracterização do local da pesquisa, delineamento metodológico, amostra e amostragem, procedimentos para coleta de dados, instrumentos para coleta de dados, estratégias de análise dos dados, assim como os aspectos éticos da pesquisa.

A pesquisa foi desenvolvida em uma instituição de Saúde no Vale do Paraíba – SP. É uma instituição filantrópica de Direito Privado e sem fins lucrativos. Efetua atualmente cerca de 600 internações/mês (das quais 75% são para o SUS), além de mais de 11.373 procedimentos realizados mensalmente no Pronto Socorro (15).

A pediatria, local da pesquisa do trabalho, possui atualmente 16 leitos voltados para o SUS.

Estudo de abordagem quantitativa de caráter descritivo, transversal e documental. Estudo quantitativo, segundo Polit e Beck, é um método científico positivista tradicional que envolve um conjunto de procedimentos sistemáticos ordenados usados para adquirir informações. Os pesquisadores quantitativos usam o raciocínio dedutivo para gerar predições, que são testadas no mundo real; usam mecanismos destinados a controlar a situação de pesquisa, de modo a minimizar as parcialidades e maximizar a precisão e a validade (16).

Os dados em suas raízes na realidade objetiva são agrupados direta ou indiretamente por meio dos sentidos e não de crenças ou palpites pessoais. Os dados de estudo em um paradigma positivista são reunidos de maneira sistemática, usando-se instrumentos formais de coleta das informações necessárias (16).

Além da abordagem quantitativa, classificamos a pesquisa de forma descritiva. De acordo com Gil, as pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis (17).

Estudos de delineamento transversal são aqueles em que os dados são coletados com um ou mais grupos, em um momento particular do tempo (18).

A pesquisa documental é utilizada em praticamente todas as ciências sociais; vale-se de toda sorte de documentos, elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação etc (17).

A amostra foi de 60 planilhas de controle de antibioticoterapia do setor da pediatria, no período de maio de 2011 a maio de 2012, considerando que cada uma delas está constituída de 6 questões e segundo Yamada, para cada variável se deve utilizar 10 sujeitos, o que, então, justifica o tamanho mencionado da amostra (19).

O tipo de amostragem foi probabilística ou de probabilidade aleatória simples. Essa amostragem envolve a seleção randômica de elementos de uma população. O processo de seleção randômica é aquele em que cada elemento da população tem uma chance igual e independente de ser selecionado (16).

A amostragem aleatória simples consiste basicamente em atribuir a cada elemento do universo um número único, para, depois, selecionar alguns desses elementos de maneira casual (17).

Das planilhas foram utilizadas as seguintes informações: gênero, idade, diagnóstico médico, antibiótico, data início do antibiótico, data término do antibiótico.

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13 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram internadas 585 crianças nesse período, sendo que dentre elas, 332 (56,75%) utilizaram antibióticos e 253 (43,25%) não utilizaram.

Crianças internadas no período de Maio de 2011 a Maio de 2012

Gráfico 1 – Distribuição total de crianças internadas que utilizaram antibióticos

Estudos em outras cidades do estado de São Paulo relatam grande utilização de antibióticos na faixa etária de 0-10 anos, e a inexistência e não utilização de protocolos terapêuticos, tendo como resultado grande diferença nos padrões de prescrição, levando a insucesso terapêutico e à recidiva de infecções - situações frequentemente encontradas (20). Na cidade de São Paulo, um estudo prévio verificou que 68% dos antibióticos prescritos para crianças menores de sete anos com infecções respiratórias agudas eram inadequados; a maioria foi indicada para tratamento do resfriado comum (20).

Conforme gráfico 2, das crianças pesquisadas durante o período de maio de 2011 a maio de 2012 foi verificada uma média de uso de antibiótico de 56,8%. Houve um maior número de internações e de uso de antibióticos, totalizando 79,5% no mês de maio de 2012 , período de temperaturas mais baixas, sendo as causas pulmonares as de maior prevalência entre crianças menores de 2 anos.

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14 Gráfico 2 – Distribuição percentual de crianças internadas que utilizaram antibióticos, por mês.

Confrontando informações citadas num estudo de uma cidade do interior de São Paulo constatou-se que as infecções com envolvimento pulmonar foram as mais citadas (20).

Numa cidade do estado de Santa Catarina, 93 crianças e adolescentes foram hospitalizadas com pneumonia, No período de junho a agosto ocorreu o maior número de internações (34,4%) (21).

No gráfico 3, entre as crianças pesquisadas, foi contabilizada uma média de 11 internações do sexo feminino e 14 do sexo masculino, sendo maio de 2012 o mês de maior número de internações.

Gráfico 3 – Distribuição total de crianças que utilizaram antibióticos por mês e gênero

Resultado semelhante foi constatado no estado de Santa Catarina. A predominância de crianças internadas foi do sexo masculino (2:1) com idade média de 3,1 anos (média de 2 anos). As admissões foram mais frequentes no inverno, apresentando baixos índices de complicações (21).

No gráfico 4, foi observado, no mês de maio de 2012, maior número de internação de crianças na faixa etária de 0 – 2 anos com problemas pulmonares, devido ao clima mais frio (final de outono e início de inverno).

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Na faixa etária de 3 – 5 anos além de problemas pulmonares (Pneumonia e Broncopneumonia) outras causas de internação, no mês, foram observadas também: Apendicectomia, Infecção urinária, GECA, Otite.

Na faixa etária de 6 – 8 anos, observou-se um baixo número de internações de causas diversas com predominância no mês de agosto de 2011.

Na faixa etária de 9 – 11 anos foi observado baixo número de internações de causas variadas, ocorrendo maior número em janeiro e fevereiro de 2012.

Na faixa etária de 12 – 14 anos foi observado também baixo número de internações de causas variadas, ocorrendo maior número em março de 2012, tendo como causas : acidente ofídico, trauma de face e ferimento vascular na virilha.

Gráfico 4 – Distribuição total de crianças internadas por faixas etárias que utilizaram antibióticos e por mês.

As afecções respiratórias têm múltiplas causas, sobretudo de natureza infecciosa e alérgica, que frequentemente interagem na determinação de quadros clínicos (22).

Diversos estudos mostram que a maior ocorrência de internações em pediatria tem como causas doenças pulmonares na faixa etária de 0-2 anos.

No gráfico 5, como resultado da coleta de dados entre as causas de internação, foi constatado que as de maior predominância foram pulmonares, totalizando 70 meninas e 115 meninos de idades variadas.

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16 Gráfico 5 – Distribuição de crianças que utilizaram antibióticos, por sexo e por motivo

de internação

Confrontando resultados, constatou-se que a maior incidência de internações foi de crianças do sexo masculino, hospitalizadas com doenças pulmonares, nos meses de temperatura mais baixa (21).

Na enfermaria de pediatria geral, as infecções hospitalares mais frequentes são: pneumonias, infecções da corrente sanguínea, infecções de cavidade oral, infecções de pele e tecidos moles. A pneumonia e as infecções da corrente sanguínea (septicemias) são as infecções hospitalares mais graves em pediatria (23).

Conforme gráfico 6, verificou-se que os antibióticos de maior utilização no setor da Pediatria foram: Ceftriaxona, Cefalexina, Gentamicina, Ampicilina e outros.

Gráfico 6 – Distribuição total de antibióticos utilizados por crianças internadas

Estudos de utilização de medicamentos podem contribuir para a antibioticoterapia racional. Das 262 prescrições emitidas no período, 173 (66%) apresentaram pelo menos um antibiótico. Entre estas, identificou-se a média de 2,9 medicamentos prescritos por receita, 93% sob denominação genérica e 96% constantes na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais. A amidalite foi a causa mais frequente de indicação de antibiótico, seguida de otite e bronquite. O fármaco mais prescrito foi a amoxicilina, exceto para doenças de pele, feridas auriculares e gastroenterocolite. Em 25% das prescrições houve

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associação de antibióticos, sendo 81% amoxicilina associada à penicilina benzatina potássica. A amoxicilina foi prescrita em doses diárias acima do recomendado pelos Guideliness em 63,5% das prescrições e frequentemente em conjunto com o ambroxol. A alta prevalência do emprego conjunto de fármacos de mesma classe terapêutica e o elevado número de vezes em que houve sobredose nas prescrições podem ser prejudiciais à saúde das crianças (24).

Conforme dados representados no gráfico 7, há uma variação quanto á média do tempo de uso dos antibióticos. Não há uma padronização no uso dos mesmos.

Gráfico 7 – Distribuição por gênero de média de tempo de uso de antibióticos

A duração do tratamento – que, quando ausente na prescrição, pode levar à utilização do medicamento por um período de tempo além ou aquém do necessário, pode acarretar gastos desnecessários, desconforto para o usuário, intoxicação medicamentosa ou mesmo a não obtenção dos efeitos terapêuticos desejados (25) .

Os principais fatores responsáveis pela utilização inadequada de antimicrobianos são: • Desconhecimento das doenças infecciosas;

• Incerteza do diagnóstico;

• Falta de consciência da gravidade da resistência bacteriana; • Falta da sensação de segurança por parte dos médicos (26)

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Conforme tabela 1, de causas de internação na Pediatria, foram divididos por grupos os diagnósticos mais encontrados durante o período da pesquisa, permitindo uma visualização do perfil do serviço solicitado e realizado.

Tabela 1 – Causas de internação na Pediatria

As causas mais frequentes de adoecimento de crianças menores de cinco anos e de demanda aos serviços de saúde são as afecções do aparelho respiratório, entre as quais se destacam as infecções respiratórias agudas (27).

Vários são os fatores de risco mencionados na literatura, associados à hospitalização de crianças menores de cinco anos: sexo masculino, baixa renda familiar, ordem de nascimento, número de crianças menores de cinco anos morando no domicílio, local de residência (rural, urbano), exposição ao fumo, frio e umidade,28 desnutrição, desmame precoce, idade da mãe, menor grau de instrução materna, maior densidade domiciliar (28.29.30. 31)

.

Pulmonar Cirúrgico Gástrico Ortopédico Urológico Outras Infecções

Broncopneumonia Apendicectomia GECA Redução de

fratura

ITU Febre

Bronquiolite Adenoamigdalectomia Dor Abdominal Fratura de cotovelo

Pielonefrite Otite média Aguda

Pneumonia Postectomia Vômito Politrauma Abcesso coxo femoral

Bronquite Reversão de colostomia Distensão Abdominal Fratura de maxilar Meningite Broncoespasmo Fratura de polegar

Edema de região cervical

Coqueluche Fratura de antebraço Varicela Asma Trauma de face Amigdalite Purulenta Miíase de couro cabeludo

Sífilis congenital Convulsão febril DM descompensada Sepse precoce Bacteremia Icterícia Neonatal Celulite Periorbitária Acidente Ofídico Impetigo disseminado Constipação intestinal severa

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19 CONCLUSÃO

No estudo realizado observou-se que 56,75% das crianças submetidas a tratamento hospitalar, utilizaram antibióticos e 43,25% não utilizaram.

O maior número de internações com uso de antibióticos ocorreu no mês de maio de 2012, período de temperaturas mais baixas, totalizando 79,5%, sendo as causas pulmonares as de maior prevalência, entre crianças menores de 2 anos, totalizando 70 meninas e 115 meninos de idades variadas.

Das crianças pesquisadas, foi contabilizada uma média mensal de 11 internações do sexo feminino e 14 do sexo masculino.

Dos antibióticos utilizados na pediatria, predominou-se a administração de cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxona e cefalexina).

Há uma variação quanto à média do tempo de uso dos antibióticos. Não há uma padronização no uso dos mesmos.

A existência e utilização de protocolos terapêuticos se fazem necessárias para um resultado satisfatório nos padrões de prescrição, levando ao sucesso terapêutico e evitando recidivas de infecções e resistência antimicrobiana.

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20 REFERÊNCIAS

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Responsável pela Submissão

Ana Lucia Cardoso Silva Email: naluccs@hotmail.com

Referências

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