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Por que este projeto?
Pelos índices apresentados e divulgados pelos meios de comunicação, é possível perceber a situação problemática em que se encontra a aprendizagem da Matemática, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil como um todo e, portanto, o grande desafio é melhorar a qualidade da educação de nossos alunos.
Há alguns anos, a preocupação estava focada no acesso à escola, no aumento do número de vagas, na construção de escolas, mas esta questão já está em grande parte resolvida, principalmente no RS, escopo de abrangência desse projeto. O desafio de expandir o acesso à educação escolar é uma tarefa bem mais simples, e que pode ser resolvida em um inter-valo de tempo menor do que o de melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem, pois essa não se consegue simplesmente construindo uma escola, aumentando o número de matrículas ou contratando mais professores.
Geralmente, em todos setores, melhorar a qualidade é muito mais difícil do que melhorar a quantidade, e na área de educação não é diferente, pois não existe uma fórmula pronta, é preciso primeiro muita investigação para poder propor ações, o que é um processo muito demorado e exige muitos estudos.
A questão também é cultural, pois a própria sociedade se preocupa muito mais com o fator quantidade do que qua-lidade, por exemplo, a população reclama da falta de transporte escolar, da falta de salas de aula ou da falta professores, mas poucas vezes reclama da qualidade do ensino e da aprendizagem.
O governo do estado do RS já tem algumas iniciativas de melhoria da qualidade da educação neste estado, por exem-plo, em junho de 2008 lançou o Programa Estruturante Boa Escola para Todos, com os projetos: Sistema de Avaliação Educacional do Rio Grande do Sul (SAERS); Professor Nota 10; Escola Legal; Sala de Aula Digital e Centros de Refe-rência na Educação Profissional.
ESTUDO PARA A MELHORIA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
1Maria Madalena Dullius Centro Universitário UNIVATES
madalena@univates.br
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Resumo: Neste trabalho apresentamos um projeto de pesquisa em desenvolvimento cujo objetivo é analisar as habilidades e competências necessárias para um bom desempenho, no âmbito da Matemática, nas avaliações externas do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE, bem como verificar se a formação inicial e continuada dos professores contemplam tais habilidades e competências e a partir desses resultados propor ações e desenvolver atividades de intervenção pedagógica que possam contribuir para melhoria dos índices de desempenho nas referidas provas. Para a metodologia de trabalho faremos uso constante dos dados disponíveis no site do INEP e em alguns casos o estudo será in loco. A proposta metodológica da pesquisa abrange estudos de cunho mais qualitativo em alguns casos e em outros o foco predominante será a análise quantitativa. As análises e atividades a serem desenvolvidas são estruturadas a partir da contribuição coletiva de pesquisadores, mestrandos em Ensino de Ciências Exatas, estudantes de Licenciatura em Ciências Exatas e professores da Educação Básica da região do Vale do Taquari, que é a região onde está inserida a Instituição proponente desse projeto. O principal resultado esperado é contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, por meio dos objetivos e metas descritos. Mais especificamente, destacamos: análise da coerência na formação de professores e sua atuação profissional; consolidação de indicativos que podem contribuir no desenvolvimento de habilidade e competências necessárias para melhorar os índices da educação; fortalecimento das relações entre a comunidade acadêmica e escolas de Educação Básica e outras instituições educacionais.
Palavras-chave: Habilidades e competências; Observatório da Educação; Ensino- aprendizagem; Matemática; provas.
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Os resultados das avaliações externas realizadas na última década, entre as quais o SAEB, a PROVA BRASIL, o ENEM, indicam que os esforços e recursos aplicados na capacitação em serviço dos professores não têm impactado po-sitivamente o desempenho dos alunos. É preciso ter claro o que se quer que os alunos aprendam e o que e como ensinar para que essas aprendizagens realmente aconteçam. Não é simplesmente transmitir conteúdos para que se produzam aprendizagens. No ensino de Matemática, os objetivos, as situações, os procedimentos propostos e os recursos utiliza-dos devem proporcionar o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.
O professor deve ser problematizador, isto é, propor a seus alunos a resolução de situações- problema desafiadoras que despertem a curiosidade, que proporcionem o desenvolvimento da criatividade, a construção da autonomia e a autocon-fiança, através das quais os alunos podem aprender a valorizar a Matemática e a apreciar a sua natureza e a sua beleza. Contextualizando as situações propostas e considerando os conhecimentos de seus alunos, bem como suas experi-ências do dia a dia, respeitando-o como um sujeito que pensa e deve ter liberdade de expressar suas opiniões, de debater, e argumentar, o professor estará contribuindo para o desenvolvimento do aluno, dando-lhe uma perspectiva de futuro. É necessário enfatizar que a Matemática deve ser uma experiência significativa que vai além da simples memorização e aplicação de fórmulas e definições que rapidamente caem no esquecimento. Organizar situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam tratados em contexto requer relacionar o conhecimento científico a questões reais da vida do aluno, ou a fatos que o cercam e lhe fazem sentido.
Ao planejar as ações da sala de aula, é fundamental que o professor tenha segurança para selecionar experiências de aprendizagem ricas e diversificadas que proporcionem o desenvolvimento das habilidades e competências para ler, es-crever, bem como para analisar e resolver problemas, para raciocinar e comunicar suas ideias e descobertas, tendo pre-sentes os conceitos e os modos de pensar da Matemática. A resolução de problemas, em Matemática, constitui a base das experiências de aprendizagem. São situações desafiadoras que propõem questões que instigam e promovem a inves-tigação na busca de respostas e soluções.
O professor não deve ser um fornecedor de respostas e sim fazer provocações, problematizar, estimular seus alunos a buscá-las. O professor precisa ter claro que para aprender o aluno precisa ter uma participação ativa no processo ensino--aprendizagem e cabe ao professor a tarefa de motivar o aluno para que ele se sinta convidado a participar desse proces-so. Para isto é imprescindível que ele, como professor goste de Matemática, que ele se encante ao resolver um problema, que tenha entusiasmo por aprender e por ensinar, buscando constantemente, atualizar-se.
A formação do professor implica uma complexa rede de conhecimentos que devemos levar em conta ao conceber-mos o currículo de formação sustentado no desenvolvimento de competências profissionais. O domínio dos conteúdos matemáticos é fundamental para o desenvolvimento dessas competências, entretanto, não suficiente para a formação do professor, tendo em vista os desafios inerentes à sua atuação profissional. O professor, além de conhecimento de conte-údos específicos, deve ter sólida formação pedagógica que o permita realizar a transposição didática dos conteconte-údos, le-vando em consideração as necessidades, motivações e nível de desenvolvimento dos aprendizes dos ensinos fundamen-tal e médio.
O domínio de conhecimentos pedagógicos diz respeito ao processo de aprendizagem e produção de conhecimento num contexto de investigação em sala de aula. Saber como crianças, adolescentes e adultos estruturam seus pensamen-tos, como evoluem os conceipensamen-tos, como as ideias são atreladas à ação efetiva de resolução de problemas culturalmente significativos para os alunos.
Para que o professor possa ser um mediador da produção matemática de sua sala de aula, fazendo favorecer o desenvol-vimento do espírito matemático de seus alunos, este profissional tem de, além de dominar os objetos de conhecimentos da Matemática, apropriar-se de habilidades que extrapolam o domínio matemático, levando em conta aspectos cultu-rais, sociais, históricos, estéticos e éticos que estão associados ao processo de fazer matemática e utilizar deste conheci-mento na atuação cidadã.
O que não é justo é que se atribua a culpa do baixo índice no desempenho da área de Matemática somente aos alunos. Por isso temos a tarefa de influenciar nesse processo, considerando que estudos apontam que a metodologia dominante no contexto do ensino de Matemática ainda é a aula expositiva, mas os recursos hoje disponíveis permitem ir além, as necessidades indicam para outras possibilidades e, neste sentido pretendemos na presente pesquisa fomentar e explorar diferentes metodologias que possam auxiliar no processo de ensino de Matemática.
Não é necessário grande esforço para perceber que pouco do conteúdo estudado no ensino médio e superior, da forma como é abordado, estimula o aluno a se envolver de forma significativa no processo ensino-aprendizagem. Além
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disso, percebe-se que as aulas seguem praticamente sempre a mesma metodologia, ou seja, aula expositiva onde o pro-fessor explica e os estudantes só realizam exercícios repetitivos, sem contextualização com a realidade em que vivem e/ ou com as tecnologias disponíveis atualmente. Então nos vem a pergunta: o que estamos nós professores fazendo para mudar este cenário?
Diversificar a forma de trabalho, usar várias técnicas no fazer pedagógico pode colaborar para facilitar a aprendiza-gem pois proporciona uma integração entre teoria e prática, busca caminho inverso, o de pesquisar informações e re-solver problemas a partir de situações concretas e/ou contextualizadas. As diferentes estratégias favorecem o trabalho colaborativo entre os alunos, com atitudes de companheirismo e solidariedade, aprendendo uns com os outros. A relevância dessa proposta reside no acompanhamento e avaliação de propostas investigativa-reflexivas cujos resul-tados podem servir de referência para a definição de políticas e estratégias (acadêmicas ou administrativas) para a for-mação docente na área de Matemática, bem como de outras áreas da Educação Básica.
Conhecer os cursos de formação de professores, o perfil do docentes que atuam nesses cursos de licenciatura e dos docentes que atuam na educação básica é fundamental para propor ações de melhoria no processo de ensino da Mate-mática e consequentemente da aprendizagem. È preciso verificar se as habilidades e competências necessárias para um bom desempenho nas provas de Matemática foram trabalhadas com os professores durante a sua formação inicial como professores de Matemática. Pois para intervir nesse cenário é preciso conhecê-lo.
Pretendemos fortalecer o diálogo entre a comunidade acadêmica e os diversos atores envolvidos no processo educa-cional, e através de ações de intervenção desenvolvidas nas escolas avaliar sua contribuição no desenvolvimento de ha-bilidades e competências. Além disso, a divulgação da produção e dos resultados encontrados permitem compartilhar conhecimentos e boas práticas e a integração da pesquisa á dinâmica da Universidade e dos sistemas de Educação Básica.
Objetivos e ações previstas
O objetivo geral do trabalho é analisar as habilidades e competências necessárias para um bom desempenho, no âm-bito da Matemática, nas avaliações externas do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE, bem como verificar se a formação inicial e continuada dos professores contemplam tais habilidades e competências e a partir desses resultados propor ações e desenvolver atividades de intervenção pedagógica que, a médio e longo prazo, possam contribuir para melhoria dos índices de desempenho nas referidas provas.
No Quadro 1 apresentamos os objetivos específicos para o desenvolvimento da proposta, bem como as ações previs-tas para alcançar estes objetivos.
Quadro 1: Objetivos e ações previstas
Objetivos específicos Ações
Analisar as habilidades e competências necessárias para um bom desempenho nas provas de Matemática do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE.
Definição e estudo de referenciais teóricos sobre habilidade e competências.
Categorização das habilidades e competências. Análise das provas segundo categorias teóricas construídas.
Mapear os cursos de Licenciatura de Matemática do RS a partir da base de dados do INEP.
Levantamento dos cursos de Licenciatura de Matemática do RS.
Verificar se os cursos de Licenciatura em Matemática do RS contemplam as habilidades e competências requeridas nas provas de Matemática do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE.
Leitura e análise dos dados disponíveis no INEP sobre cursos de Licenciatura em Matemática do RS. Em caso de disponibilidade, fazer estudo in loco de alguns cursos.
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Objetivos específicos Ações
Verificar qual é a formação dos professores que atuam nos cursos de Licenciatura em Matemática do RS.
Leitura e análise dos dados disponíveis no INEP sobre a formação dos professores que atuam nos cursos de Licenciatura em Matemática do RS.
Traçar um perfil do corpo docente que atua em cursos de licenciatura
Verificar qual é a formação dos professores que estão atuando na área de Matemática nas Escolas de Educação Básica do RS.
Leitura e análise dos dados disponíveis no INEP sobre a formação dos professores que estão atuando na área de Matemática nas Escolas de Educação Básica do RS. Analisar o desempenho dos estudantes de Licenciatura
em Matemática do RS nas provas de Matemática do ENADE.
Leitura e análise dos dados disponíveis no INEP sobre o desempenho dos estudantes de Licenciatura em Matemática do RS nas provas de Matemática do ENADE.
Propor e desenvolver ações de intervenção em escolas, considerando as diferentes habilidades competências necessárias para um bom desempenho nas provas citadas.
Planejamento e desenvolvimento de ações de intervenção em escolas.
Analisar as ações educativas desenvolvidas pelos bolsistas de licenciatura, pelos professores de escola e pelos mestrandos.
Analisar as dificuldades e potencialidades na implementa-ção de diferentes intervenções pedagógicas nas escolas de Educação Básica
Acompanhamento e avaliação de ações educativas desen-volvidas. Sistematização dos resultados e das análises a par-tir das investigações.
Definição de indicadores que podem contribuir no desenvolvimento de habilidade e competências necessárias para melhorar os índices da educação desencadeadas pelas ações educativas.
Propor e disseminar referenciais teóricos e
metodológicos estudados durante o desenvolvimento da proposta de trabalho.
Compartilhar os conhecimentos e as boas práticas propos-tas e desenvolvidas durante o projeto.
Promoção de encontros e seminários entre os pesquisadores, bolsistas e professores envolvidos no projetos e outros atores envolvidos com a Educação Matemática. Participação em eventos regionais, nacionais e internacionais da área.
Participação dos eventos promovidos pelo INEP e CAPES. Disponibilização de materiais produzidos. Produção de divulgação de dissertações de mestrado envolvendo o tema
Fortalecer o intercâmbio entre a comunidade acadêmica e escolas da Educação Básica.
Promoção de encontros e seminários entre os pesquisadores, bolsistas e professores envolvidos no projetos e outros atores envolvidos com a Educação Matemática.
Fortalecer o intercâmbio entre instituições envolvidas direta ou indiretamente no projeto e outras instituições educacionais.
Participação em eventos regionais, nacionais e internacionais da área.
Participação dos eventos promovidos pelo instituições edu-cacionais INEP e CAPES.
Promover a articulação entre o curso de Licenciatura em Ciências Exatas e do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas da Univates e escolas de educação básica
Promoção de encontros e seminários entre os pesquisadores, bolsistas e professores envolvidos no projetos e licenciandos, mestrandos e professores da educação básica.
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Os pesquisadores, bolsistas de mestrado, bolsistas de graduação e professores da Educação Básica terão reuniões peri-ódicas (semanais ou quinzenais) na instituição e/ou na escola para discussões teóricas, análise de dados, preparação de ações de intervenção, troca de experiências, produção de materiais.
Metodologia
O trabalho que estamos propondo deverá contar com intenso envolvimento de estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Exatas com habilitação integrada em Física, Química e Matemática, do Programa de Pós-Graduação em En-sino de Ciências Exatas do Centro Universitário UNIVATES, e professores da Educação Básica da região do Vale do Taquari, que é a região onde está inserida a Instituição proponente desse projeto.
A região de abrangência desse estudo é o Vale do Taquari, que está situado na região central do Rio Grande do Sul e é formada por 36 municípios. Em 2010, conforme o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Região contava com mais de 327.822 habitantes (3,07% da população gaúcha) - a grande maioria de origem alemã, italiana ou açoriana. Na área da Educação, a Região também ostenta bons índices. Segundo dados do IBGE de 2000, o índice de alfabetização do Vale era de 93,27%. Conforme o Anuário Estatístico do Rio Grande do Sul de 2001, a Região detinha a menor taxa de evasão escolar do Estado: 1,95% no Ensino Fundamental e 3,15% no Ensino Médio.
Todas as análises e atividades a serem desenvolvidas serão estruturadas a partir da contribuição coletiva de pesqui-sadores, mestrandos, licenciandos e professores da Educação Básica. A ideia é garantir que um mesmo tema, foco, pro-blema seja analisado com a articulação de diferentes olhares em níveis distintos de formação.
Para a análise das habilidades e competências necessárias para um bom desempenho nas provas de Matemática do SAEB, Prova Brasil, PISA, ENEM e ENADE usaremos como fonte de dados o INEP e também da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. Assim para possibilitar a compreensão das habilidades e competências a proposta metodológica da pesquisa abrangerá estudos de cunho mais qualitativo. Para esta análise pretendemos contar com pes-quisadores externos, principalmente no que tange a discussões teóricas sobre habilidades e competências.
O mapeamento dos cursos de Licenciatura de Matemática do RS a partir da base de dados do INEP será norteado por um estudo predominantemente quantitativo. Após este mapeamento procuraremos verificar se os referidos cursos de Licenciatura contemplam as habilidades e competências requeridas nas provas de Matemática do SAEB, Prova Bra-sil, PISA, ENEM e ENADE. Para isto contaremos com os dados disponíveis nas bases de dados referidas e se possível, faremos alguns estudo in loco com o objetivo de aprofundar alguma análise documental. Também pretendemos obter dados a partir de um questionário que será elaborado e enviado para os cursos de Licenciatura em Matemática do RS.
Objetivos específicos Ações
Propor ações para a renovação do curso de Licenciatura em Ciências Exatas e do Mestrado Profissional em Ensi-no de Ciências Exatas da Instituição diretamente envol-vida no projeto.
Fortalecer o curso de Licenciatura em Ciências Exatas e do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas da Instituição proponente
Obtenção de subsídios para disciplinas de diversos cursos de graduação da UNIVATES, bem como para o Programa Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas.
Discussões envolvendo os coordenadores dos referidos cursos.
Disponibilização de materiais produzidos. Organizar, sistematizar, produzir e avaliar materiais para
o ensino de alguns tópicos específicos de Matemática, considerando o desenvolvimento de habilidades e competências analisadas nas provas citadas.
Disponibilização de materiais produzidos e desenvolvidos nas intervenções pedagógicas, nas dissertações de mestrado.
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A verificação da formação dos professores que atuam nos cursos de Licenciatura em Matemática do RS e dos profes-sores que estão atuando na área de Matemática nas Escolas de Educação Básica do RS será um estudo quantitativo ba-seado nos dados disponíveis na base de dados do INEP. Após esta análise pretendemos traçar um perfil dos docentes e comparar se este contempla os itens de formação necessários para que os mesmos possuam condições para desenvolver com seus alunos as habilidades e competências necessárias para um bom desempenho nas provas já mencionadas. A análise do desempenho dos estudantes de Licenciatura em Matemática do RS nas provas de Matemática do ENA-DE também será um estudo predominantemente quantitativo.
Considerando os resultados obtidos com as análises citadas, faremos estudos com o objetivo de propor e desenvolver ações de intervenção em escolas, considerando as diferentes habilidades competências necessárias para um bom desem-penho nas provas citadas. Estas ações serão desenvolvidas pelos professores pesquisadores desse projeto, pelos mestran-dos, pelos alunos de graduação e pelos professores de escola com o intuito de considerar a visão das diferentes esferas no planejamento de práticas pedagógicas. As ações educativas serão desenvolvidas pelos mestrando, alunos de graduação e professores de escola e estarão em constante avaliação para verificar se permitem desenvolver habilidades e competên-cias requeridas para um bom desempenho nas referidas provas. Também analisaremos, a partir de depoimentos dos en-volvidos no processo, as dificuldades e potencialidades na implementação de diferentes intervenções pedagógicas nas escolas de Educação Básica. Este é um estudo com foco qualitativo.
Para a coleta de dados, faremos cópia dos materiais produzidos pelos alunos da Educação Básica durante as inter-venções pedagógicas realizadas e após faremos análise dos mesmos.
Os estudos teóricos, metodológicos e as ações com resultados positivos no que tange ao desenvolvimento de habi-lidades e competências, nós pretendemos disseminar com o objetivo de compartilhar os conhecimentos e as boas prá-ticas desenvolvidas. Essa disseminação pode ocorrer através de oficinas, assessorias, palestras, minicursos e também em aulas e reuniões do curso de Licenciatura em Ciências Exatas e do Mestrado em Ensino de Ciências Exatas. A partir dos resultados pretendemos propor ações para a renovação do curso de Licenciatura em Ciências Exatas e do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas da Instituição diretamente envolvida no projeto, objetivando contribuir na formação de recursos humanos na área de Educação Matemática.
Estaremos constantemente incentivando o intercâmbio entre a comunidade acadêmica e escolas da Educação Básica e outras instituições educacionais.
Finalmente, pretendemos sistematizar materiais para o ensino de alguns tópicos específicos de Matemática, consi-derando o desenvolvimento de habilidades e competências analisadas nas provas citadas.
Resultados esperados
O principal resultado esperado é contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da área de Matemática, por meio dos objetivos e metas descritos anteriormente. Mais especificamente, destacamos:
1. Produção de dissertações de Mestrado tendo como objeto de análise as experiências e os resultados obtidos du-rante o desenvolvimento do projeto.
2. Análise da coerência na formação de professores da área de matemática e sua atuação profissional.
3. Consolidação de indicativos que podem contribuir no desenvolvimento de habilidade e competências necessá-rias para melhorar os índices da educação desencadeadas pelas ações educativas.
4. Criação de um Banco de Dados com os resultados obtidos a partir do desenvolvimento do projeto. 5. Solidificação do programa de Mestrado em Ensino de Ciências Exatas.
6. Fortalecimento das relações entre universidade e escola de educação básica, reconhecendo-se como parceiros. Esperamos contribuir na melhoria da formação acadêmica dos licenciandos, preparação dos alunos e professores para a elaboração e desenvolvimentos de novas estratégias de ensino, inserção dos alunos em atividades de pesquisa, e no in-centivo de professores para frequentar cursos de Mestrado em Ensino de Matemática
Além disso, esperamos que as ações propostas favoreçam a aproximação dos estudantes, futuros professores, ao mun-do mun-do trabalho. Em relação aos professores da área de Matemática mun-do Vale mun-do Taquari, buscamos contribuir com a
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mação continuada, além de proporcionar e validar a aplicabilidade dos resultados nas escolas participantes, fortalecendo o diálogo entre a comunidade acadêmica e os diversos atores envolvidos no processo educacional, conforme orientação do INEP, PNE, CAPES, MEC, SBPC.
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