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devidamente manejado, pode contribuir muito com o sucesso e com a redução de custo dessas iniciativas de restauração.

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devidamente manejado, pode contribuir muito com o sucesso e com a redução de custo dessas iniciativas de restauração.

Figura 3: Vegetação do Parque do Engenho, fotointerpretação e proposta de adequação ambiental; Piracicaba, SP.

1.3. Terceira dimensão: Contextualização regional do componente vegetação do Projeto Beira Rio

O objetivo dessa dimensão foi elaborar uma proposta regional das necessidades do componente vegetação, no contexto do Projeto Beira Rio, visando uma ordenação das ações de ocupação vegetal dos vários espaços públicos da região, permitindo uma potencialização de seus benefícios.

As características regionais da condição ribeirinha do Rio Piracicaba e seus afluentes permitem uma efetiva integração das ações de adequação à legislação florestal dessa região, de forma a garantir o sucesso dessas iniciativas e possibilitar a racionalização dessas ações, decididas e implantadas de forma intensamente participativa com a população local.

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Nesse sentido, essa proposta de adequação do componente vegetação do Projeto Beira Rio foi concebida considerando sua inserção regional, de forma a interligar os diferentes fragmentos florestais urbanos existentes nessa região, usando para isso os vários espaços públicos, vegetados ou não vegetados, como áreas verdes, parques públicos e a própria arborização de rua, incorporando nessas áreas um possível e novo papel de corredores e/ou trampolins ecológicos, com destacada importância na restauração e manutenção da diversidade regional.

As áreas já vegetadas deverão ser adequadas para cumprimento desse novo papel, através da substituição de espécies exóticas por espécies nativas chaves, com elevada diversidade.

O mesmo deve ocorrer para as áreas públicas não vegetadas na malha urbana local, que deverão ser restauradas com grande número de espécies nativas, de diferentes formas de vida, grupos ecológicos e extratos, para atuarem também como manchas de elevada diversidade regional, podendo atuar como trampolins ecológicos.

A escolha dessas várias áreas verdes municipais, potenciais para o cumprimento desses objetivos, foi realizada através de um trabalho de fotointerpretação dessa região, com posterior checagem de campo, usando para isso foto aérea datada de 2000, na escala de 1:35000, de propriedade da Prefeitura Municipal. Paralelamente, todas as áreas potenciais escolhidas foram checadas institucionalmente e legalmente, para verificação do seu enquadramento institucional, garantindo assim a possibilidade dessas áreas serem devidamente adequadas em termos de ocupação vegetal, para cumprimento dos objetivos citados anteriormente.

Nesse sentido, o projeto em questão identificou as seguintes possibilidades de ação de adequação ambiental de áreas públicas, visando

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integração das iniciativas ambientais regionais, potencializando os benefícios ambientais e sociais do Projeto Beira Rio.

Vale destacar que apesar de não estar detalhado nesse documento, em função das características da proposta inicial e da capacitação do grupo executar, todas as ações citadas nessa proposta, considerando as três dimensões, deverão ser executadas de forma participativa com a população, através de metodologia especificamente definida para isso, por grupo com essa competência, de forma a garantir o seu sucesso, a sustentabilidade e o cumprimento de seu objetivo principal que é o de representar o Rio Piracicaba para a população atual.

Abaixo serão citadas as principais medidas de adequação ambiental propostas para a região, que deverão ser detalhadas em projetos específicos, considerando os conceitos, recomendações e ações apresentadas nas dimensões anteriores dessa proposta.

A. Restauração da Mata Ciliar do Córrego do Enxofre (figura 4):

É indiscutível a necessidade de recuperação e preservação das Matas Ciliares, definida a extensa legislação ambiental. O Córrego do Enxofre apresenta características muito interessantes, cortando área extremamente povoada até chegar no Rio Piracicaba, exatamente num trecho urbano com muitas áreas verdes municipais. O Córrego do Enxofre, além de um efetivo papel ambiental, pode atuar como excelente detentor de diversidade local e como conector florestal interligando os fragmentos da região Sul do município com os do Rio Piracicaba. Tem um excelente potencial para atividades de Educação Ambiental, promovendo a aproximação da população com seus

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devidamente recuperada na sua qualidade e na ocupação de sua faixa ribeirinha.

Figura 4: Faixa ribeirinha do Córrego Enxofre, que deverá ser restaurada para cumprimento de excelente papel social e ambiental; Piracicaba, SP.

B. Formação de corredores e ilhas de diversidade vegetal:

Através da restauração de áreas municipais ou áreas particulares, mas protegidas na legislação ambiental como Unidades de Conservação, em função de suas características, como o morro do Castelinho (figura 5), a Pedreira-Bongue (figura 6), o Parque da Rua do Porto (figura 7), assim como praças e pequenos parques. Essas áreas, se devidamente restauradas, permitirão a interligação regional dos vários fragmentos florestais, atuando assim como corredores ecológicos e possibilitando condições mais promissoras para restauração e manutenção da diversidade regional. Para o

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cumprimento dessa função, é necessário que essas áreas sejam restauradas com espécies nativas regionais, com o máximo de diversidade possível.

Figura 5: Área pública (Morro da Castelinho), com alta declividade, que deve receber ocupação vegetativa, através da utilização de espécies com a maior diversidade possível.

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Figura 6: Pedreira (Bongue), proposta de ocupação vegetativa.

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C. Formação dos corredores e trampolins de interligação entre os fragmentos florestais remanescentes da região:

Através da readequação da arborização urbana e da ocupação dos espaços públicos locais, com vegetação pertinente para o cumprimento desses objetivos. A adequação da arborização urbana da Vila Rezende e Nova Piracicaba (figura 8), por exemplo, priorizando a substituição gradual de espécies exóticas por espécies nativas regionais, proporcionará uma maior permeabilidade desse ambiente urbano para a fauna e flora regionais. O mesmo deve ocorrer com outras áreas públicas urbanas dessa região, como praças, parques e outras áreas verdes, que podem efetivamente ser adequadas para cumprimento das funções de corredor e trampolins ecológicos, mesmo mantendo suas funções principais de atendimentos diversos às demandas sociais. A única intenção dessa proposta é avançar para planejamento regional das questões ambientais, principalmente transformando os ambientes urbanos em ambientes mais permeáveis, cumprindo também funções ambientais, em região urbana, que apresenta quantidade de elementos naturais fundamentais para a restauração e manutenção da qualidade ambiental regional.

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Figura 8: Avenida Paulista e rotatórias no Bairro Nova Piracicaba, formação de corredores ecológicos através de arborização urbana, ligação de pequenos e médios fragmentos de vegetação.

D. Definição de uma linha de ação institucional:

Promover a recuperação e manutenção dos fragmentos florestais regionais localizados em áreas particulares, como os fragmentos contidos na Chácara Nazareth (figura 9), e aqueles do Casarão Luiz de Queiroz, além de inúmeros outros espalhados pela região. Essas ações devem ser concentradas na conscientização dos proprietários para a importância dessas áreas como Unidades de Conservação Municipais, podendo desempenhar papéis imprescindíveis para a melhoria da qualidade ambiental regional.

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Figura 9: Chácara Nazareth, importância da preservação dos fragmentos florestais nas áreas particulares; Piracicaba, SP.

Todas essas medidas ambientais propostas, deverão proporcionar um aumento da permeabilidade da região, no sentido de restaurar e conservar a diversidade regional, reestruturando a paisagem. Isso certamente possibilitará uma maior qualidade de vida da população, além de permitir uma maior atração turística para o Município.

2. Projeto de Adequação Paisagística da margem esquerda do Rio Piracicaba entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato.

2.1. Introdução:

Para a elaboração do projeto paisagístico deste trecho da margem esquerda do Rio Piracicaba, entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato (Figura 10), foi realizado um levantamento prévio dos indivíduos remanescentes no local, oriundos de plantios paisagísticos ou de arborização anteriores e mesmo de regeneração natural pretérita. Esse censo dos indivíduos e espécies remanescentes nessa margem foi incorporado na proposta de reestruturação paisagística e arquitetural desta área, desenvolvido

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pelo grupo Beira Rio, com a implantação de decks e áreas de contemplação. Essa adequação paisagística e arquitetural desse trecho da margem esquerda virá a proporcionar uma valorização do ambiente na beira do rio, buscando reapresentar a cidade de Piracicaba para o próprio Rio Piracicaba.

Figura 10: Foto aérea da área atuação do projeto de restauração florestal da margem direita e de paisagismo da margem esquerda do trecho do Rio Piracicaba entre a ponte do Mirante e a ponte do Morato; Piracicaba, SP.

O projeto paisagístico dessa margem do rio foi fundamentado na escolha de espécies nativas regionais com potencial ornamental, para a constituição dos módulos paisagísticos. Esses módulos serão constituídos com indivíduos arbustivos e arbóreos, adensados ou não, mas sempre buscando o uso de elevada diversidade, que é a principal característica do ambiente ribeirinho, contribuindo assim no resgate da diversidade vegetal regional.

As características ornamentais dessas espécies nativas regionais foram definidas com base na estrutura do indivíduo, na textura de troncos e folhas,

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nas alterações estacionais da coloração, tanto de copa e tronco, como de flores e frutos. Além disso, será considerada a época em que os caracteres ornamentais se destacam, sua durabilidade e intensidade, a deciduidade ou não das folhas, a renovação de tronco e outros caracteres, de forma a garantir os aspectos paisagísticos e ecológicos, mas garantindo também a segurança dos usuários do local.

2.2. Atividades realizadas:

2.2.1. Censo da arborização remanescente na Região do Calçadão da Rua do Porto

Nos meses de Fevereiro e Março de 2003 foi realizado o censo dos indivíduos arbóreos remanescentes na Região da Rua do Porto, no trecho, compreendido entre o início do calçadão da Rua do Porto até a Ponte do Morato, totalizando 682 indivíduos remanescentes, pertencentes à X espécies e 28 famílias segundo sistema de classificação de Cronquist.

Figura 11: Equipe trabalhando no censo dos indivíduos arbóreos remanescentes na Rua do Porto, Piracicaba, SP.

Este censo foi realizado utilizando uma ficha de campo (Quadro 1), para coleta de várias informações, como: espécie, altura, projeção de copa, estado

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fitossanitário do indivíduo, conformação arquitetural e outros, que serão úteis no projeto paisagístico do local, determinando por exemplo as árvores que deverão ser substituídas por algum motivo e quais deverão ser readequadas e quais apenas preservadas. Junto com a ficha de campo, acompanha uma tabela de legenda ou códigos (Tabela 1), que orienta a caracterização dos indivíduos na ficha de campo. Com essa tabela de códigos, visou-se padronizar a coleta de dados dos indivíduos arbóreos remanescentes e sua posterior digitalização para um banco de dados.

Censo da Arborização Beira Rio.

1. Data:ff/ff/ff 2. Nº do setor: fff 3. Código da árvore:fffff 4. Espécie: _______________________________________________________________

5. Contexto:ffff 6. CAP:ffff 7. Bifurc.:ffff 8. Altura:ffff

9. Proj. Copa: ffff / ffff 12. Larg. da calçada: ffff

11. Tipo de calçada: ff 9. Porte: ff 13. Poda: fff 14. Raízes: fff 15. Canteiro: fff 17. Fiação:fff 18. Pragas/ Doenças: fff 21. Necessidade de manejo: fff 22. Observações: fff

22.Outros:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ Quadro 1. Modelo da ficha usada para se realizar o censo dos indivíduos arbóreos remanescentes na Rua do Porto, Piracicaba, SP.

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Tabela 1: Identificação das legendas ou dos códigos utilizados na caracterização dos indivíduos arbóreos remanescentes na Rua do Porto, Piracicaba, SP.

1. Data 2. nº do setor 3. Código da árvore

4. Espécie (nome vulgar/científico) 5. Contexto que está inserida:

1- presença de lixo 2- erosão 3- solo compactado 4- árvore isolada 5- árvore em maciços 6- árvore de calçada 7- árvore em canteiro 8- problemas com drenagem 9- local com alta declividade 6. CAP (cm) 7. Bifurcação (cm) 8. Altura (m) 9. Projeção da copa (m) 10. Largura da calçada (m) 11. Tipo de calçada 1- concreto 2- terra 3- calçada verde 4- gramado 5- Outros 12. Porte 1- Grande (> 12m) 2- Médio (6 a 12m) 3- Pequeno (1,5 a 6m) 4- Muda (até 1,5m) 13. Poda 1- Nenhuma 2- Leve 3- Moderada 4- Drástica 5- Supressão 14. Raízes

1- Sem danos à calçada

2- Com danos, obstruindo passagem 3- Com danos, sem obstruir

15. Canteiro

1- Dimensões adequadas 2- Dimensões insuficientes 16. Fiação

1- Sem fiação

2- Sob fiação c/ interferência 3- Sob fiação sem interferir. 17. Pragas / Doenças 1- Sadia 2- Levemente atacada 3- Atacada 4- Infestada 18. Necessidade de manejo 1- Remoção 2- Poda de limpeza 3- Poda de condução 4- Tutoramento 5- Controle pragas/doenças 6- Ampliação do canteiro 7- Adubação 19. Observações 1- Espécie inadequada 2- Interfere nas sinalizações 3- Árvore com frutos

4- Próxima a construções 20. Outros

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A seguinte etapa, após o mapeamento dos indivíduos arbóreos remanescentes, foi a realização de visitas de campo, em que foram definidos conceitos a serem aplicados na área como formação de corredores ecológicos e de ligação entre a Mata Ciliar do Rio Piracicaba, o Parque da Rua do Porto e o remanescente florestal existente na Chácara Nazareth. Incluiu-se também neste projeto, ilhas de diversidade para atuarem como trampolins ecológicos, recuperação paisagística da área através de composições arbóreas e ajardinamentos, destaque de elementos de grande importância histórica e arquitetônica, construção de visuais abertos que permitissem a visualização de espaços de interesse paisagístico e/ou ornamental, como o Casarão do Turismo, o Palacete Luiz de Queiroz, o Engenho Central, a Ponte Pênsil e os vários Saltos do Rio Piracicaba, além de outros.

Também foram realizadas visitas a campo a fim de definirem-se locais de intervenção e os que seriam mais representativos e de interesse no Projeto Beira Rio, bem como avaliar as propostas e sugerir as alterações pertinentes as mesmas.

3. Resultados

3.1. Caracterização e quantificação das situações encontradas no censo realizado no calçadão da Rua do Porto e descrição das ações necessárias para a realização do projeto de adequação paisagística:

Com base nos dados obtidos no censo dos indivíduos arbóreos remanescentes e das situações existentes no calçadão da Rua do Porto, foram caracterizadas e quantificadas as diferentes situações onde se encontravam os indivíduos remanescentes. Assim, foram elaboradas as respectivas ações

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necessárias para a realização do projeto de adequação paisagística de cada um desses trechos ou situações, sendo indicados na Tabela 2 a seguir:

Tabela 2. Caracterização e quantificação das situações encontradas com indivíduos remanescentes amostrados no censo do calçadão da Rua do Porto e respectivas ações para a realização do projeto de adequação paisagística, Piracicaba, SP.

Indivíduos arbóreos Situações encontradas

Quantidade %

Árvores remanescentes sem recomendações e que deverão ser preservadas 303 44,42 Árvores remanescentes necessitando de poda de limpeza 177 25,95 Árvores remanescentes necessitando de poda de condução 37 5,43 Árvores remanescentes necessitando de controle de pragas/doenças 17 2,49 Árvores remanescentes necessitando de ampliação de canteiro 4 0,59 Árvores a serem retiradas por inadequação da espécie ao local 67 9,82 Árvores mortas que deverão ser substituídas ou apenas retiradas 11 1,61 Árvores a serem retiradas por risco de proliferação ou de aplicação de danos ao crescimento de

outras espécies 22 3,23

Árvores a serem retiradas por infestação de pragas/doenças 44 6,45

Total 682 100

3.2. Memorial Descritivo, com propostas e justificativas da readequação paisagística da Rua do Porto na margem esquerda do Rio Piracicaba; Piracicaba, SP.

Para sustentar as propostas sugeridas para a área que deverá receber projeto paisagístico, segue a frente o Memorial Descritivo dos vários trechos da área desse projeto em que constam informações e orientações sucintas a respeito de cada intervenção e alguns dos objetivos que deverão ser alcançados com as mesmas.

3.2.1. Contextualização geral da readequação paisagística da Rua do Porto na margem esquerda do Rio Piracicaba; Piracicaba, SP.

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visualização de marcos visuais paisagísticos e/ou arquitetônicos importantes, como o Casarão do Turismo, as chaminés de olarias históricas, das várias atrações da margem direita do Rio Piracicaba e, mais ao longe, da Ponte Pênsil, dos saltos do Rio Piracicaba e do Casarão Luiz de Queiroz.

Figura 12: Chaminé visualizada no calçadão ao lado da casa do artesão, retirada de árvores para visual aberto.

Para isso, procurou-se utilizar, preferencialmente, indivíduos de hábito de crescimento colunar em áreas que necessitam de ângulos de visão com conseqüente necessidade de retirada ou substituições de alguns indivíduos e formação de canteiros com forrações que também não prejudicam a transposição da visão para áreas de relevância.

Dentre as propostas para a área, devemos ressaltar a decisão tomada por este grupo da retirada e substituição total dos indivíduos da espécie Leucaena leucocephala, (leucena), pelo fato de muitas delas encontrarem-se em péssimo estado fitossanitário, pelo ataque de pragas como térmitas (cupins), estado de senescência (envelhecimento e morte), sendo foco difusor de enfermidades às outras espécies locais, além do fato desta espécie ser altamente agressiva e

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com grande efeito alelopático, prejudicando, desta forma, a recuperação/regeneração da mata ciliar.

Frontalmente ao Casarão do Turismo e na área 1 (figura 13), serão retirados (tabela 4) 62 indivíduos de 21 espécies diferentes no total nesta área, devendo-se ressaltar a manutenção do indivíduo de paineira (Chorisia speciosa), na lateral direita do Casarão, por esta espécie ser extremamente ornamental, além de criar um conjunto arquitetônico harmonioso com o casario.

Figura 13: Necessidade de retirada de árvores em frente ao Casarão do Turismo, para a formação de visual aberto em que o elemento de destaque é a própria construção. Importante destacar a manutenção da paineira (Chorisia speciosa) ao lado direito da construção.

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Tabela 4: Lista de espécies a serem retiradas em frente ao Casarão do Turismo e na área 1, para composição de visuais abertos a fim de permitirem visualização do conjunto arquitetônico e melhoria de visão da paisagem da área; retirada de espécies inadequadas ao local, com problemas fitossanitários (presença de cupins, erva de passarinho) e de adaptação em estacionamentos:

Folha 250 Nº árvore Família Nome científico Autor Nome vulgar

1 1 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 02 Anacardiaceae Mangifera indica L. Mangueira

1 03 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 04 Meliaceae Melia azedarach L. Santa-Bárbara

1 05 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 06 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 07 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 08 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 09 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 10 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 11 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 12 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 13 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 14 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 15 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

1 35 Auracariaceae Araucária columnaris (Foster) Hook. Araucária-colunar

1 40 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

1 48 Mimosaceae Ingá vera Willd. Ingá

1 66 Mimosaceae Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Angico

1 67 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 68 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 69 Bignoniaceae Spathodea campanulata L. Espatódea

1 70 Meliaceae Melia azedarach L. Santa-Bárbara

1 71 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 72 Moraceae Morus nigra L. Amoreira

1 73 Moraceae Morus nigra L. Amoreira

1 74 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 75 Caesalpinaceae Caesalpinia echinata Lam. Pau-Brasil

1 110 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

1 116 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

1 117 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

1 129 Bignoniaceae Stenolobium stans (L.) Seem. Ipê-de-jardim

1 142 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

1 143 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

1 144 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

1 145 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

1 146 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

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1 148 Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels Jambolão

1 149 Fabaceae Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Tipuana

1 155 Bignoniaceae Stenolobium stans (L.) Seem. Ipê-de-jardim

1 156 Bignoniaceae Stenolobium stans (L.) Seem. Ipê-de-jardim

1 157 Myrtaceae Eucaliptus citriodora Hook. Eucalipto

1 161 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

1 162 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

1 163 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

1 164 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

1 166 Boraginaceae Cordia mixa L. Baba de boi

1 167 Boraginaceae Cordia mixa L. Baba de boi

1 169 Moraceae Morus nigra L. Amoreira

1 171 Moraceae Ficus benjamina L. Figueira benjamina

1 172 Boraginaceae Cordia mixa L. Baba de boi

1 173 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

1 174 Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau viola

1 175 Meliaceae Melia azedarach L. Santa-Bárbara

1 176 Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau-viola

1 177 Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau-viola

1 178 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa

1 179 Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau-viola

1 180 Boraginaceae Cordia mixa L. Baba de boi

1 181 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

1 182 Bignoniaceae Spathodea campanulata L. Espatodea

Haverá introdução de novas espécies arbóreas, arbustivas e de forrações nesta área, através da formação de maciços, canteiros e corredores laterais que não prejudiquem, também, o ângulo de visão para o Casarão. Foram utilizadas espécies de grande destaque de floração ao longo do ano como Tabebuia impetiginosa, Tabebuia umbellata e Tabebuia roseo-alba (ipês roxo, amarelo e branco respectivamente), espécies bastante estimadas pela população e outras, conforme listagem (Tabela 3).

Uma questão de grande preocupação ao grupo é a necessidade de resolução das pendências judiciais relativas ao casebre existente ao lado esquerdo do Casarão do Turismo. Da forma em que se encontra, este não apresenta nenhuma sintonia com o que vier a ser proposto. Alternativas

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seriam a elevação do muro do entorno do casebre, que deverá ser revestido por pedra ferro, a fim de impedir a visualização da construção, o que seria apenas um paliativo, não resolvendo o problema da invasão dessa área pública e, portanto do uso indevido desse solo. Poderia haver negociação com os moradores do local, através da doação de uma nova moradia mais adequada com as suas necessidades em termos de qualidade de vida, permitindo que o casebre fosse demolido. Deve-se, também, consultar assessoria jurídica municipal para efetivação da melhor alternativa para o caso.

Figura 14: Marco Visual da Chaminé, retirada de árvores do entorno e negociação para retirada do casebre que impede a visualização da mesma.

Outra medida interventora simples, mas de grande impacto seria a poda de levantamento de copa nas árvores do Balão de entrada do Parque da Rua do Porto (figura 15). Elas devem ser preservadas, mantendo os benefícios que já oferecem de sombra e beleza além de permitirem, a visualização de elementos arquitetônicos como o Casarão do Turismo e Chaminés, a partir da rua do SESC, Rua Antônio Corrêa Barbosa. Deverão

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ser retirados os eucalyptus (Figura 16), também na Rua Antônio Corrêa Barbosa, que impedem a visualização de elementos arquitetônicos como as Chaminés e Casarão do Turismo, para que o mesmo visual seja construído.

Figura15: Poda de levantamento de copa, a fim de proporcionar visual aberto da rua da prefeitura ao Casarão do Turismo.

Figura 16: Retirada de Eucaliptos do Parque da Rua do Porto para a formação de visual aberto da Rua Antônio Corrêa Barbosa para a praça dos artistas.

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Figura 17: Visual aberto da avenida para a praça dos artistas. Detalhe da presença de Chaminés e o Casarão do Turismo.

No calçamento para pedestres, em frente ao Parque da Rua do Porto, deve-se realizar a abertura de canteiros contínuos na dimensão de 1m de largura, a fim de constituir uma calçada verde, aumentar a permeabilidade e aeração do solo, pelo fato das árvores inseridas neste local estarem em condições bastante ruins, com afloramento de raízes, tortuosidade, amarelecimento da folhagem e crescimento debilitado. Também propõe-se a substituição dos indivíduos de pau-brasil (Caesalpinia echinata) da área, pela espécie guaraiúva (Savia dictiocarpa). Essa substituição deve ser feita através de plantio intercalado dos indivíduos de guaraiúva com as árvores de pau-brasil já existentes e substituição gradual, assim que as árvores atingirem o porte pretendido. As árvores plantadas intercaladamente seriam sombreadas, inicialmente, pelas já existentes, facilitando seu pegamento, desenvolvimento e também produzindo menor impacto visual aos cidadãos usuários desse local.

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Figura 18: Necessidade de retirada de todos os indivíduos locais de pau brasil devido a não adaptação destes a área em que se encontram. Substituição dos mesmos por guaraiúva (Savia dictiocarpa)

Figura 19: Continuação de calçada verde na largura de 1m, retirada de espécies invasoras, goiabeira (Psidium guajava), Freixo (Fraxinius americanus) – foto 36.

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Figura 20: Ampliação dos canteiros atuais para calçadas verdes na largura de 1m, com execução de projeto paisagístico para a área, aumentando área de infiltração e favorecendo futuras árvores a serem plantadas no local. As árvores de pau-brasil (Caesalpinia echinata) presentes no local encontram-se em situação bastante desfavorável, devido a intenso sombreamento, competição, levando a necessidade de substituição por nova espécie.

As espécies escolhidas para arborização de calçadas e como sombreadoras para o estacionamento foram escolhidas, seguindo-se critérios como resistência à locais passíveis a encharcamento, já que esse trecho do relevo local, pode apresentar encharcamento subsuperficial do solo, além do formato e densidade da copa, para permitir boa oferta de sombra, frutos pequenos, pouca queda de folhas e dimensões que não prejudiquem a limpeza urbana; ainda, devem apresentar rusticidade e crescimento relativamente rápido. As espécies escolhidas para os estacionamentos estão listadas na Tabela 3.

Margeando o Rio Piracicaba, especificamente ao longo da trilha já proposta pelo projeto de adequação arquitetônica do local, após verificar se tal caminho será mesmo aprovado pelos órgãos competentes, pelo fato da mesma se encontrar em APP (Área de Preservação Permanente), serão plantadas forrações adequadas ao ambiente ribeirinho, conceito inovador que priorizará espécies ocorrentes nesse ambiente no Brasil

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preferencialmente, mas de algumas outras localidades também. É importante ressaltar a viabilidade desse projeto arquitetônico nesse local, pelo fato de estar sujeito à inundações temporárias, o que certamente comprometerá a manutenção adequada do mesmo. A lista de forrações ribeirinhas relacionadas para esse ambiente está contida na Tabela 3.

A estação pertencente ao SEMAE, será cercada pelo plantio de Flamboyant Mirim (Caesalpinia pulcherrima) a fim de minimizar seu impacto visual e integrá-la, de alguma forma, ao projeto paisagístico proposto (Figura 21).

Figura 21: Aspecto do visual do Posto Hidrométrico do DAE, que receberá medida interventora (plantio de flamboyanzinho Caesalpia pulcherrima) para reduzir poluição visual causada por ele.

Na mesma margem, serão criados maciços de algumas espécies de notório aspecto ornamental a fim de compor agrupamentos ao longo do trajeto, dando ao transeunte a clara diferença entre as espécies utilizadas, sua diversidade, beleza e encantamento por aspectos como caules expostos de diferentes texturas e colorações, folhagens, floração e frutificação, ao longo do ano. Também deverão ser utilizados espaçamentos de separação entre os maciços a fim de potencializar o efeito de diferenciação entre as

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espécies. Nos conjuntos utilizados, destacam-se a formação de coleções de árvores de grande beleza como as eritrinas (que são muito atrativas de beija-flores e outros pássaros), o chorão brasileiro (Salyx humboldthiana), a melaleuca (Melaleuca leucadendron), o jerivá (Syagrus romanzoffiana), a sapucaia (Lecythis pisonis), entre outras que despertarão o interesse dos munícipes, além de atraí-los mais a descobrir/conviver com a natureza.

No setor 4, último nos mapas apresentados pela Prefeitura, propõe-se o aproveitamento da área vegetada para a formação de trilha interpretativa, com o objetivo de dar mais uso a esta área praticamente esquecida, utilizando espécies frutíferas a serem degustadas e conhecidas pela população; de espécies com sementes coloridas, para terem efeito lúdico sobre as crianças, que aprenderão junto às brincadeiras. Na trilha, também serão utilizadas espécies de floração exuberante e de porte avantajado, conforme listagem Anexa (Tabela 3).

Outras propostas de adequação paisagística devem ser citadas. Dentre as principais medidas interventoras sugeridas, que embora necessitem de recursos, trabalho a longo prazo e participação da comunidade do entorno, fatores fundamentais para o êxito da proposta destacam-se:

Limpeza de árvores ao redor da chaminé, próximo a casa do artesão (Área 4), para compor visual aberto.

Formação de canteiro quadrado, com 6m de largura ao redor da chaminé (Área 4) para destacá-la, substituição do solo por terra fértil e composição com a espécie Odontonema strictum (Nees) Kuntze – Odontonema, de intensa floração vermelha, atrativa de beija-flores. Ao redor do canteiro, sugere-se a confecção de piso trabalhado em espiral, para dar a idéia de circunscrito e condução do olhar para cima.

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• substituição da atual fiação aérea, de grande impacto visual negativo, por cabos subterrâneos ou ao menos, fiação compacta (Figura 22);

Figura 22: Poluição visual causada pela fiação aérea aparente na região do calçadão da Rua do Porto, necessitando de transformação para rede compacta ou subterrânea (mais adequadas ao aspecto paisagístico do local).

• reforma e revitalização do casario, ao longo de toda extensão da Rua do Porto, a fim de proporcionar a melhoria total da área aos piracicabanos, também atraindo turistas, movimentando o comércio e sendo alternativa de trabalho e renda;

• oferecimento de sanitários públicos e locais para depósito e recolhimento de lixo comum e reciclável, a fim de evitar o despejo destes materiais nas margens do Rio;

• identificação das espécies plantadas através de placas com o nome científico, popular, família e principais características, além da data

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de plantio, para esclarecimento maior da população, sobre as áreas visitadas;

• projetos de educação ambiental efetivos e permanentes na área;

• necessidade constante de manejo, envolvendo retirada e substituições de indivíduos mortos ao longo do tempo, para que o projeto não perca suas características; tratamento de possíveis doenças e problemas fitossanitários, como infestações de cupins e erva de passarinho, roçagem e podas, sempre que necessárias a fim de manter a área em condições de uso e segurança para os usuários. Deve-se deixar claro que todas as atividades devem ser orientadas e acompanhadas por um técnico devidamente capacitado;

• resolução da questão do casebre na lateral esquerda do Casarão do Turismo, priorizando sua eliminação ou, ao menos, escondendo-o através de muretas revestidas ou erguidas por pedra ferro, comum na região de Piracicaba;

• comprometimento de outras administrações municipais para a efetiva implantação do projeto;

• revitalização da margem direita do Rio Piracicaba, já que se constitui exatamente no pano de fundo do atual projeto paisagístico, sem o qual qualquer proposta paisagística, por mais bela e cara que seja, ficará extremamente frágil;

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Figura 23: Visual da outra margem do Rio Piracicaba a partir do casarão e do calçadão da Rua do Porto, destaque para degradação da área, invasão de gramíneas, invasoras e árvores mortas..

Figura 24: margem direita do Rio Piracicaba visualizada da Ponte do Morato, necessidade de um enfoque paisagístico na área para destacar a vegetação (no local há muitas árvores tombadas e presença de touceiras de capim, depreciando a vegetação).

• despoluição do Rio Piracicaba, talvez como a atividade mais politicamente correta e almejada, de todo o projeto Beira Rio.

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Tabela 3: Descrição de espécies arbóreas, arbustivas e forrações a serem utilizadas no Projeto, apresentando-se as mesmas por área em que serão inseridas, levando-se em consideração aspectos como floração, espécies adaptadas para ocupação de áreas ribeirinhas susceptíveis a alagamento ou não, atração de pássaros nectívoros, borboletas, fauna, hábitos de crescimento diferenciados a fim de compor conjunto harmonioso e ao mesmo tempo despertar a curiosidade dos cidadãos:

Área 1

Vegetação/local Família Nome científico Autor Nome popular

Acanthaceae Barleria cristata L. Barleria

Acanthaceae Justicia brandegeana Wassh. & LB Sm. Camarão vermelho Acanthaceae Ruellia coerulea Morong Ref Ruellia azul Amaryllidaceae Furcraea gigantea Vent. Piteira

Araceae Hedera canariensis Saxe Hera

Caesalpinaceae Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. Flamboyanzinho Graminae (Poaceae) Cortaderia selloana Asch. & Graebn. Capim dos pampas

Iridaceae Dietes bicolor (Steud.) Sweet ex Klatt. Moréia Malvaceae Malvaviscus arboreus mexicanus Cav. Hibísco colibri

Rubiaceae Ixora coccinea Red. Ixora

Rubiaceae Randia formosa (Jacq.) K. Schum. Estrela do norte Solanaceae Brunfelsia uniflora Benth. Manacá de cheiro

Verbenaceae Lantana camara Kemper Lantana

Arbustiva

Oleaceae Osmanthus fragans Lour. Jasmim do imperador Zingiberaceae Hedychium coronarium J. König. Lírio do brejo

Cannaceae Canna glauca L. Cana

Cannaceae Canna limbata Roscoe Cana

Cappasidaceae Cleome hassleriana Chodat. Cleome Zingiberaceae Hedychium gardnerianum Roscoe Gengibre de Kahili Forração ribeirinha

Achantaceae Ruellia coerulea Morong. Ruélia azul Acanthaceae Ruellia elegans (Gardn.) H. Rob. Ruélia vermelha

Araceae Monstera deliciosa Liebm. Costela de adão Araceae Syngonium angustatum Schott. Singônio Asteraceae Sphagneticola trilobata (L.) Pruski Vedélia Cammelinaceae Tradescantia zebrina (W.) Lambarí

Fabaceae Arachis repens Handro. Grama amendoim

Liliaceae Bulbine frutescens Hallmark. Bulbine Liliaceae Hemerocallis flava L. Lírio de São José

Lytraceae Cuphea gracilis Koehne Érica rosa

Forração canteiro

Solanaceae Lycianthes asarifolia (Kunth &Bouché) Bitter Folha de batata

Arecaceae Euterpe edulis Mart. Juçara

Bignoniaceae Tabebuia róseo-alba (Ridl.) Sand. Ipê branco Bombacaceae Chorisia speciosa A. St. Hil. Paineira Caesalpinaceae Schizolobium parayba (Will.) S.F. Blake. Guapuruvú

Caricaceae Jaracatia spinosa (Aubl.) A. DC. Jaracatiá Arbórea/corredor 1

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Arecaceae Euterpe edulis Mart. Juçara Bignoniaceae Tabebuia umbellata (Sand.) Sand. Ipê amarelo Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl. Ipê roxo Caesalpinaceae Copaifera langsdorfii Delf. Copaiba Myrtaceae Campomanesia xanthocarpa O. Berg. Gabiroba ArbóreaCorredor 2

Verbenaceae Cytharexyllum myriarthum Cham. Pau viola Guttiferae Calophyllum brasiliensis Camb. Guanandí Euphorbiaceae Savia dictiocarpa Muell. Arg. Guaraiuva Arborização

viária/estacionamento

Mimosaceae Pithecoelobium cauliflorum Ingá de flor vermelha

Área 2

Vegetação/local Família Nome científico Autor Nome popular

Arecaceae Syagrus romanzoffiana (cham.) glassm. Jerivá

Arecaceae Euterpe edulis Mart. Juçara

Bignoniaceae Tabebuia umbellata (Sand.) Sand. Ipê amarelo Boraginaceae Cordia superba Cham. Babosa branca

Fabaceae Erythrina falcata Benth. Corticeira da serra Lecythidaceae Lecythis pisaris Camb. Sapucaia

Mimosaceae Pithecoelobium cauliflorum Ingá de flor vermelha Myrtaceae Eugenia leitonii Legrand. Sp Inéd. Goiabão

Salicaceae Salyx humboldthiana Wild. Chorão

Arbórea/ mata ciliar

Sapindaceae Allophillus edulis (A. St. & al.) Radlk. Sinon. Fruta de paraó Bignoniaceae Tabebuia umbellata (Sand.) Sand. Ipê amarelo Boraginaceae Cordia superba Cham. Babosa branca

Fabaceae Andira fraxinifolia Benth. Angelim rosa Guttiferae Calophyllum brasiliensis Camb. Guanandí Lythraceae Lafoensia glyptocarpa Koerne Mirindiba rosa Magnoliaceae Michelia champaca L. Magnólia amarela

Myrtaceae Eugenia leitonii Legrand. Sp Inéd. Goiabão Fabaceae Pterocarpus violaceus Vog. Aldrago Arborização

viária/estacionamento

Myrtaceae Eugenia malaccensis L. Jambo vermelho Bignoniaceae Kigelia pinnata (Jacq.) DC. Árvore da salsicha Bignoniaceae Parmentiera cercifera Seem. Árvore da vela Caesalpinaceae Caesalpinea ferrea Mart. ex Tul. Var. leiostachya Benth. Pau ferro Arbóreas/paisagismo

Rubiaceae Calycophyllum spruceanum Benth. Pau mulato Araceae Monstera deliciosa Liebm. Costela de adão

Araceae Monstera deliciosa Liebm. Monstera

Convolvulaceae Evolvulus glomeratus Nees et Mart. Azulzinho Iridaceae Dietes bicolor (Steud.) Sweet ex Klatt. Moréia

Rubiaceae Ixora coccinea Red. Ixora

Verbenaceae Duranta repens Hort. Pingo de ouro Achantaceae Ruellia coerulea Morong. Ruélia azul Zingiberaceae Hedichium gardnerianum Roscoe Gengibre de Kahili

Liliaceae Sansevieria trifasciata Hort ex pain var. hahnii. Hort. Mini espada de Sâo Jorge Araceae Philodendron bipinnatifidum Schott. Filodendro Solanaceae Lycianthes asarifolia (Kunth &Bouché) Bitter Solanum Forrações/arvustivas

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Área 3

Vegetação/local Família Nome científico Autor Nome popular

Boraginaceae Cordia superba Cham. Babosa branca

Mimosaceae Inga sp Ingá

Oleaceae Fraxinus americanus L. Freixo

Rutaceae Dictyolonema esndellianum Adr. Juss. Tinguí preto Arbórea/

estacionamento

Sapindaceae Sapindus saporaria L. Sabão de soldado Boraginaceae Cordia superba Cham. Babosa branca Caesalpinaceae Brownea grandiceps Jacq. Rosa da mata

Fabaceae Clitoria fairchildiana R. A. Houxard. Sombreiro Arbórea/mata ciliar

Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau rosa

Cannaceae Canna glauca L. Cana glauca

Forrações ribeirinhas

Capparidaceae Cleome hassleriana Chodat. Cleome

Área 4

Vegetação/local Família Nome científico Autor Nome popular

Arbórea/

estacionamento Meliaceae Trichillia claussenii C. DC. Catiguá

Anacardiaceae Schinus molle L. Aroeira salsa

Fabaceae Erythrina speciosa Andrews Eritrina candelabro Fabaceae Erythrina verna Vell. Eritrina mulungú Arbórea/mata ciliar

Lecythidaceae Couroupita guianensis Aubl. Abricó de macaco Fabaceae Ormosia arbórea (Vell.) Herms. Olho de cabra Mimoseae Adenanthera pavonina L. Olho de dragão Arbórea/trilha

sementes coloridas

Sapindaceae Sapindus saporaria L. Sabão de soldado Lecythidaceae Couroupita guianensis Aubl. Abricó de macaco

Myrtaceae Eugenia brasiliensis Lam. Grumixama

Myrtaceae Eugenia involucrata DC. Cerejeira

Myrtaceae Eugenia leitonii Legrand. Sp Inéd. Goiabão Myrtaceae Myrciaria cauliflora (Mart.) o Berg. Jabuticaba Myrtaceae Plinia glomerata (Berg.) Amsh. Sinon. Cabeludinha Polygonaceae Tryplaris americana L. Pau formiga Arbórea/trilha frutíferas

Rubiaceae Calycophyllum spruceanum Benth. Pau mulato

Lecythidaceae Couroupita guianensis Aubl. Abricó de macaco

Sterculiaceae Theobroma cacao L. cacau

cuetê

Arbustiva/florífera/ Rutaceae Coffea racemosa Lour. café de flor

odorífera/trilha Oleaceae Osmanthus fragans Lour. jasmim do imperador

Verbenaceae Lantana camara Kemper lantana

Forrações ribeirinhas Acanthaceae Ruellia coerulea Morong Ruelia azul

Acanthaceae Ruellia elegans Ruelia vermelha

Forrações Liliaceae Hemerocallis flava L. Hemerocallis

Iridaceae Belamcanga chinensis (L.) DC. Flor leopardo

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Tabela 5: Lista de espécies a ser retirada na área 2, seguindo critérios como não adaptação ao local em que estão inseridas, problemas fitossanitários e se a espécie é invasora/agressiva Leucaena leucocephala (leucena):

Folha 250 nº árvore Família Nome científico Autor Nome vulgar

3 83 Oleaceae Fraxinus americana L. Freixo

3 84 Oleaceae Fraxinus americana L. Freixo

3 85 Oleaceae Fraxinus americana L. Freixo

3 86 Oleaceae Fraxinus americana L. Freixo

3 91 Fabaceae Pterocarpus violaceus Vog. Aldrago 5 219 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

5 220 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa 5 222 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

5 223 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 224 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 225 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 226 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 227 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira 5 228 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 230 Caesalpinaceae Delonyx regia (Bojer ex Hook.) Raf. Flamboyant 5 231 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 232 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 233 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

5 234 Caesalpinaceae Caesalpinia peltophoroides Benth. Sibipiruna 5 245 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

5 246 Caesalpinaceae Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca 5 247 Caesalpinaceae Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca 5 248 Caesalpinaceae Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca 5 249 Caesalpinaceae Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca 5 250 Nyctaginaceae Bougainvillea spectabilis Willd. Primavera 5 251 Caesalpinaceae Bauhinia variegata L. Pata-de-vaca

5 252 Mimosaceae Inga Vera Willd. Ingá

5 253 Mimosaceae Inga Vera Willd. Ingá

5 254 Anacardiaceae Cedrela fissilis Vell. Cedro-rosa 5 255 Euphorbiaceae Euphorbia cotinifolia L. Leiteiro vermelho 5 256 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira 5 257 Rutaceae Murraya paniculata Jack. Murta 5 258 Bignoniaceae Spathodea campanulata L. Espatódea 5 259 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

5 261 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 263 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 266 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 5 268 Bignoniaceae Tabebuia pentaphylla (L.) Hemsl. Ipê-rosa

(34)

5 272 Combretaceae Terminalia catappa L. Chapéu-de-Sol 5 274 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

5 275 Bignoniaceae Spathodea campanulata L. Espatodea 5 276 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

5 277 Bombacaceae Chorisia speciosa St. Hil. Paineira

Tabela 6: Lista de espécies a ser retirada na área 3, devido a fatores como estarem mortas, com problemas fitossanitários e ser espécie invasora Leucaena leucocephala (leucena) :

nº setor nº árvore Família Nome científico Autor Nome vulgar

4 284 Oleaceae Fraxinus americana L. Freixo

4 292 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa 4 308 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

4 324 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa 4 344 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

4 345 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 4 346 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 4 347 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 4 348 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 4 349 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 4 351 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena 4 410 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

4 411 Árvore morta

4 412 Árvore morta

4 413 Árvore morta

4 417 Caesalpinaceae Delonyx regia (Bojer ex Hook.) Raf. Flamboyant 4 427 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

4 435 Mimosaceae Ingá vera Willd. Ingá

4 436 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa

Tabela 7: Lista de espécies a ser retirada na área 4, seguindo-se critérios como senescência (envelhecimento e morte), árvores inadequadas e em condições fitossanitárias ruins:

nº setor nº árvore Família Nome científico Autor Nome vulgar

4 440 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Sangra-d´água

4 449 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Sangra-d´água

4 490 Meliaceae Melia azedarach L. Santa-Bárbara

6 525 Mimosaceae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico branco

6 527 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa

6 541 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Sangra-d´água

6 544 Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau viola

6 556 Mimosaceae Inga vera Willd. Ingá

(35)

6 572 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa 6 581 Mimosaceae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico branco

6 589 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Sangra-d´água

6 590 Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Sangra-d´água

6 595 Verbenaceae Cytharexyllum myrianthum Cham. Pau viola

6 621 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

6 629 Mimosaceae Leucaena leucocephala (Lam.) De Wit. Leucena

6 632 Árvore morta

6 646 Fabaceae Clitoria fairchildiana Howard. Sombreiro

6 672 Mimosaceae Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Angico branco

6 600 Mimosaceae Inga vera Willd. Ingá

6 601 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

6 602 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

6 603 Lauraceae Persea americana Mill. Abacateiro

6 518 Myrtaceae Psidium guajava L. Goiabeira

6 599 Rutaceae Citrus sp. Tangerina

6 487 Moraceae Morus nigra L. Amoreira

6 488 Moraceae Ficus catappifolia Kunth & Bouché ex Kunth Figueira

6 473 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa

6 474 Mimosaceae Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Angico

6 491 Meliaceae Melia azedarach L. Santa-Bárbara

6 492 Combretaceae Terminalia catappa L. Chapéu-de-Sol

6 486 Polygonaceae Triplaris americana L. Pau-formiga

6 462 Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira-mansa

6 472 Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels Jambolão

4. Projeto de restauração florestal de um trecho da margem direita do Rio Piracicaba, nos domínios do Engenho Central e Parque do Mirante:

Desde o início de sua história, a cidade de Piracicaba vem interferindo diretamente nas suas florestas ribeirinhas, já que foi exatamente na margem do Rio Piracicaba que se iniciou a sua colonização.

A situação atual é de descaso urbano com o Rio Piracicaba e seus afluentes, ou melhor, a cidade está de costas para os seus rios, praticamente ignorando a sua presença, apesar de estreita relação social de parcela da população com estes rios, principalmente o Rio Piracicaba e da beleza cênica

(36)

deste ambiente ribeirinho. O Plano de Ação Estruturador (PAE), estabelece que as margens do Rio Piracicaba sejam objeto também de uma ampla restauração da vegetação local, de forma integrada e complementar às intervenções urbanísticas, que deverão ser implantadas nesse ambiente ribeirinho, como os decks, trilhas para uso da população etc, objetivando o uso social ambientalmente sustentado desse trecho urbano

Nesse projeto maior está incluído o detalhamento do projeto de restauração florestal da margem direita do Rio Piracicaba, no trecho que engloba a faixa ribeirinha do Engenho Central. Esse projeto de restauração está fundamentado no objetivo principal de recuperar esse trecho ribeirinho, com vegetação nativa regional em elevada diversidade, incorporando nessas ações, aspectos paisagísticos, dada a sua condição urbana, atuando como pano de fundo para as intervenções paisagísticas que deverão ser implantadas na margem esquerda do Rio Piracicaba (Rua do Porto).

As ações de restauração desse ambiente ribeirinho na margem direita do Rio Piracicaba foram definidas considerando as características de cada trecho desse ambiente, principalmente quanto ao seu histórico de degradação, características do entorno e de sua ocupação atual, que acabam por definir o potencial de auto recuperação desses trechos. Esse potencial de auto recuperação, se devidamente manejado, pode contribuir muito com o sucesso dessas iniciativas de restauração e portanto com a redução de seus custos.

Para o cumprimento desses objetivos, a presente proposta considerou as seguintes etapas de trabalho:

(37)

4.1. Diagnóstico do Uso e Ocupação da Vegetação da Margem Direita do Rio Piracicaba entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato:

Nesse diagnóstico foi caracterizado o tipo de degradação e a ocupação atual dos vários trechos da margem direita do Rio Piracicaba nesse intervalo e principalmente as potencialidades de auto-recuperação dessas áreas, de forma a permitir a definição de ações diferenciadas de manejo e/ou recuperação para cada uma das situações identificadas. Esse procedimento visa desencadear e conduzir o processo de regeneração natural, possibilitando que pelo menos parte da vegetação se restabeleça naturalmente, a partir dessas ações de indução e condução dessa regeneração natural com conseqüente redução de custos da reocupação florestal da área.

O zoneamento ambiental da margem direita do Rio Piracicaba, entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato, foi realizado através da análise de fotografias aéreas da área com posterior checagem de campo. Essa fotointerpretação foi executada utilizando fotografia aérea no formato digital, na escala de 1:35000, coloridas, tiradas em 2000.

A fotointerpretação foi feita pela equipe técnica do LERF (Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal), através da sobreposição das fotografias aéreas digitalizadas com os mapas digitais fornecidos pela SEDEMA, utilizando o programa AutoCAD® 2000. Isso permitiu que situações observadas nas fotografias aéreas, como fragmentos florestais (diferenciando-os quanto ao tipo, tamanho e grau de isolamento), áreas brej(diferenciando-osas, traçado de córregos, drenos, e outras situações, fosse transposta para o mapa da área, consolidando assim a primeira etapa da atividade do zoneamento ambiental.

A checagem de campo, foi a atividade subseqüente à fotointerpretação, que consistiu em visitar cada uma das situações

(38)

identificadas na fase do zoneamento, tendo em mãos, cópias dos mapas já fotointerpretados, visando nessa atividade garantir a confirmação em campo das situações identificadas na fotointerpretação, definindo assim a realidade de campo da fotointerpretação e um detalhamento mais acurado dessas situações, bem como corrigir eventuais falhas ocorridas durante a análise da fotografia aérea. Esses erros podem ter ocorrido, devido a alterações no uso da área, posteriores à data da fotografia aérea ou mesmo erros de interpretaçãodas várias situações apresentadas no momento da análise digital da foto aérea.

O Anexo 5 mostra o resultado final da fotointerpretação e da checagem de campo, com a classificação das unidades de zoneamento quanto a ocupação atual, intensidade de regeneração natural e diversidade dessa regeneração.

4.2. Critérios usados para classificação das situações identificadas no zoneamento da margem direita do Rio Piracicaba, entre as Pontes do Mirante e a do Morato:

Para o estabelecimento das ações de recuperação de cada uma das situações identificadas no zoneamento desse trecho da margem direita do Rio Piracicaba, levou-se em consideração a capacidade de auto-recuperação natural dessas situações do zoneamento, capacidade esta definida pelas características históricas de uso e ocupação da área, sua ocupação atual, a intensidade e duração dessas ocupações, também pela presença ou não de fragmentos florestais nas proximidades da área a ser restaurada, que poderiam atuar como fonte dispersora de propágulos de espécies nativas, propágulos esses que poderiam contribuir com a recuperação da referida área, se devidamente manejados.

(39)

Sendo assim, as áreas a serem restauradas foram classificadas em diferentes categorias, de acordo com critérios que definissem a capacidade auto regenerativa dessas áreas, expressos pela sua ocupação atual e pretérita, pelas características da degradação e pela intensidade e qualidade da regeneração natural atual.

As situações encontradas na margem direita do Rio Piracicaba, no trecho entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato, estão apresentadas e quantificadas na Tabela 8.

Tabela 8: Caracterização das unidades do zoneamento ambiental da margem direita do Rio Piracicaba, no trecho entre a Ponte do Mirante e a Ponte do Morato, quanto ao seu potencial de auto recuperação Densidade Alta = mais que 2 indivíduos arbustivo-arbóreos (maiores que 2 metros de altura) regenerantes/10m2, Densidade Baixa = menos que 2 indivíduos arbustivo-arbóreos (maiores que 2 metros de altura) regenerantes/10m2: Riqueza Alta = mais que 6 espécies arbustivo-arbóreos/20 m2, Riqueza Média = mais de 2 e menos de 6 espécies arbustivo-arbóreos /20m2, Riqueza Baixa = 2 ou menos espécies arbustivo-arbóreos /20m2.

Ocupação atual Presença de Dossel Tipo de Ambiente Densidade da regeneração natural Riqueza de espécies regenerantes Área (ha) Área ribeirinha

dominada por Tipuana, Jambolão e Eucalipto

(espécies exóticas)

Sim Ribeirinho Baixa Baixa 0,95

Área ribeirinha dominada por Tipuana,

Jambolão e Eucalipto (espécies exóticas)

Sim Ribeirinho Nula Nula 0,07

Área não ribeirinha dominado por Tipuana, Espatódea, Abacateiro,

etc (exóticas).

Sim Não Ribeirinho Alta Baixa 10,23

Área ribeirinha dominada por Leucena

(espécie exótica)

Sim Ribeirinho Nula Nula 0,20

Área ribeirinha dominada por Leucena,

Espatódea e Ipê-de-Jardim (espécies exóticas) em solo

Não Ribeirinho sobre

(40)

Área ribeirinha dominada por Bambu

(espécie exótica)

Sim Ribeirinho Nula Nula 0,05

Área sem regeneração

em solo encharcado Não

Ribeirinho sobre

solo encharcado Nula Nula 0,96

Área ribeirinha com

regeneração natural. Não Ribeirinho Baixa Baixa 0,53

Parque do Mirante; área ribeirinha ocupada com espécies nativas e com

instrumentos de urbanização (calçada,

iluminação etc).

Sim Ribeirinho Alta Baixa 2,30

Áreas

edificadas(Engenho) ----

Ribeirinho e Não

Ribeirinho Nula Nula 9,44

As áreas denominadas edificadas são aquelas que apresentam algum tipo de construção, como o próprio Engenho Central, que representa uma grande área edificada na faixa ribeirinha da margem direita do Rio de Piracicaba, que é a expressão atual do histórico de ocupação desse trecho ciliar. Estas áreas, que somam 9,44 ha de áreas com algum tipo de edificação, que a princípio não serão consideradas nesse projeto de restauração florestal e, portanto, não foram classificadas quanto ao seu potencial de auto-recuperação. No entanto, essas áreas devem receber especial atenção de uso, para que não continuem se degradando e para que não se tornem vetores de maior degradação para as áreas do entorno, que deverão ser restauradas. Vale destacar o importante papel que essas áreas ribeirinhas edificadas podem exercer na educação ambiental da população piracicabana, considerando a sua importância histórica e as características do ambiente onde está inserida, principalmente com exemplo vivo de como não agir na ocupação antrópica de fronteiras agrícolas e como adequar legal e ambientalmente essas áreas históricamente ocupadas, que atualmente estão irregulares perante a legislação ambiental vigente.

(41)

No caso específico do Parque do Mirante, sendo uma área de grande visitação e de grande beleza cênica, além de medidas de restauração recomendadas no item 4.3 e descritas no item 4.4, a manutenção dessa unidade de zoneamento (Parque do Mirante) deve ser decidida e planejada considerando o uso como área consolidada de lazer piracicabano, felizmente ocupada com vegetação florestal nativa remanescente. Dessa forma, a manutenção dessas áreas deve prever a retirada de galhos e árvores senescentes, evoluindo para a condição de mortas, a fim de se evitar acidentes com os usuários, controle de competidores como herbáceas e trepadeiras em desequilíbrio, preenchimento das clareiras naturais com plantio de espécies de rápido crescimento, e outras, devidamente descritas no item 4.4

As áreas ocupadas com bambus, no total de 0,05 ha no ambiente ribeirinho, embora não representem a vegetação natural dessa situação, também não serão restauradas num primeiro momento, uma vez que sua ocorrência é muito baixa, e a área ocupada por essa forma vegetal, além de se encontrar estabilizada, não apresentando riscos de erosão e assoreamento, tem um bom efeito paisagístico local, que é um dos objetivos dessa restauração florestal. No entanto, caso haja necessidade de restaurar essas áreas no futuro, isto deverá ser feito com o plantio total de espécies, após a retirada e controle dos bambus.

A área ribeirinha sem regeneração em solo encharcado (0,96 ha) terá sua porção central ocupada com um lago, resgatando o lago já existente no local em tempos passados, onde suas bordas serão ocupadas com maciços de florestas paludículas (floresta de brejo), que era a formação original que ocorria nas bordas dessas bacias de sedimantação, na faixa ribeirinha do Rio Piracicaba, como alguns exemplos que resistem em trechos do município,

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dependências da “Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP). Essa iniciativa do projeto de resgatar mais de um tipo vegetacional ocorrente na região é extremamente louvável, devida a importância dessa formação como mantenedora de uma diversidade específica, típicas dessas condições ambientais, principalmente como protetora do sistema hídrico regional, já que é a formação que ocorria naturalmente sobre as nascentes, sendo portanto de grande importância na dinâmica hídrica regional. Deve-se manter espaços abertos para a visualização do lago.

4.3. Reconhecimento das situações encontradas na margem direita do Rio Piracicaba e descrição das ações necessárias para a restauração de cada situação de degradação.

A tabela 9 apresenta todas as situações identificadas no zoneamento que deverão ser objetivo de ações de restauração, com exceção das áreas edificadas, no Programa de Adequação Ambiental e Paisagístico do Projeto Beira-Rio, especificando as respectivas medidas para sua conservação e/ou restauração florestal.

(43)

Tabela 9: Identificação e caracterização das situações ambientais encontradas na Margem direita do Rio Piracicaba, e as respectivas medidas de recuperação.

AÇÕES DE RESTAURAÇÃO Atividades a serem executadas* SITUAÇÕES DE DEGRADAÇÃO Prioritárias Complementares AÇÕES DE PREPARO DE SOLO E MANUTENÇÃO PÓS-PLANTIO

Área ribeirinha com dossel de Tipuana, Jambolão e Eucalipto (espécies exóticas), com baixa regeneração natural.

1 – 2 – 3 –

5– 10 6 – 8 13 – 15

Área ribeirinha sem dossel definido, com baixa regeneração natural.

1 – 2 – 4 –

5-10 6 – 8 13 - 15

Área ribeirinha com dossel de Tipuana, Jambolão e Eucalipto (espécies exóticas), sem regeneração natural

1 – 2 – 3 – 5

– 10 6 – 8 13 - 15

Área ribeirinha com dossel de Bambu (espécie exótica), sem regeneração natural

1 – 2 – 4 – 5

– 8 – 10 6 – 7 13 - 15

Área ribeirinha com dossel de Leucena (espécie exótica), sem regeneração natural.

1 – 2 – 3 – 4

– 7 6 – 8 – 10 13 - 15 –(16)

Área ribeirinha sobre solo parcialmente encharcado, sem dossel definido e com regeneração dominada de Leucena, Espatódea e Ipê-de-Jardim (espécies exóticas)

1 – 2 – 3 – 4 – 8 – 10

5 – 6 – (7) -

(8) 11 (12)–13 - 15

Área não ribeirinha com dossel de Tipuana e Espatódea (espécies exóticas), com média regeneração natural

1 – 2 – 3 – 5

– 6 – 10 4 – 7 – 8 13 - 15

Parque do Mirante - Área ribeirinha com dossel, ocupada com espécies nativas e instrumentos de urbanização (calçadas, mirantes etc)

2 – 4 – 7 – 8 5 – 6 - 10 13 - 15- 17

Áreas edificadas (Engenho) - - -

Adaptado de Rodrigues & Gandolfi (1996). X – presença do fator; (_) – Ação dependente do resultado da intervenção anterior; * - vide Tabela 6

Tabela 10: Descrição das atividades a serem executadas. Proteção da Área 1. Isolamento da área

2. Retirada dos fatores de degradação

Controle do dossel de espécies exóticas 3. Controle gradual (20%/ano) das espécies exóticas através da morte em pé.

Manejo da Vegetação Degradada ou da Área Desnuda

4. Eliminação seletiva ou desbaste de

competidores (gramíneas, espécies invasoras, lianas ou outras, em desequílibrio)

5. Indução de regeneração natural com revolvimento do solo

(44)

7. Adensamento com mudas e/ou sementes de espécies iniciais da sucessão

8. Enriquecimento com mudas e/ou sementes de espécies finais da sucessão

9. Implantação de mudas de espécies dos diferentes grupos ecológicos (Pioneiras, Secundárias iniciais, Secundárias Tardias e/ou clímaces).

Manejo de Dispersores 10. Implantação de mudas de frutíferas para

atração de dispersores

Preparo do Solo e Manutenção 11. Construção de murunduns para evitar encharcamento do colo da muda

12. Drenagem do terreno 13. Abertura de covas manual 14. Sulcagem mecanizada

15. Coroamento periódico das mudas e dos regenerantes naturais

16. Manutenção das entrelinhas com plantio agrícola pouco ou não impactantes (SAFs), ou limpezas periódicas

17. Retirada de galhos ou indivíduos senescentes, reduzindo o risco de acidentes nas vias públicas

Adaptado de Rodrigues & Gandolfi (1996)

4.4. Descrição das atividades de recuperação:

A. Isolamento da área e retirada dos fatores de degradação (itens 1 e 2):

O principal fator de degradação de fragmentos florestais, em regiões canavieiras, é o fogo “acidental” e recorrente, oriundo da queima anual do

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canavial como prática agrícola do pré-corte. Para o isolamento e retirada deste fator de degradação, a principal medida que deve ser adotada é o emprego de procedimentos de queima que impeçam que o fogo atinja os fragmentos remanescentes. Uma das possibilidades é a implantação de cinturões de proteção contra incêndios, que consistem em faixas de 100 m ao redor dos fragmentos, onde a cana-de-açúcar deve ser colhida crua (sem queima), com posterior queima controlada da palhada e a partir disso a queima do canavial do entorno. Outra possibilidade é a efetivação do papel dos aceiros, através de seu alargamento, reduzindo assim a possibilidade de incêndios florestais que é o principal fator de degradação dessas formações.

Outro modo de isolamento dos fragmentos florestais é a construção de cercas de isolamento, como medida necessária apenas nas áreas onde existem atividades pastoris no entorno.

No entorno desses fragmentos, outros fatores de degradação que devem ser eliminados são: a descarga de águas pluviais, os processos erosivos nas áreas agrícolas, a retirada seletiva de madeira para lenha ou cerca, entre outros.

As áreas urbanizadas, ocupadas por edificações, estradas pavimentadas ou não pavimentadas, e as áreas sob as redes elétricas (áreas de domínio das companhias elétricas que promovem periodicamente o controle da regeneração natural nestas áreas), a princípio, não serão restauradas. No entanto, é importante que sejam impedidas a formação de novas áreas urbanizadas nas Áreas de Preservação Permanente e, na medida do possível, aquelas já existentes deverão ser abandonadas ao longo do tempo e substituídas por vegetação natural.

Referências

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