PROFa. VERA MARIA CORRÊA QUEIROZ
Mestre em Direito Previdenciário PUC/SP
Especialista em Direito Previdenciário pela EPD Advogada e Consultora Jurídica
Professora de Direito Previdenciário Ex Servidora do INSS
E-mail: veramcq@uol.com.br
Face: Vera Queiroz
CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS
EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO – Art. 20, Lei 8.212/91
• Alíquota não cumulativa sobre o salário de
contribuição:
• SC até R$ 1.693,72 8% • SC de R$ 1.693,73 a R$ 2.822,90 9% • SC de R$ 2.822,91 a R$ 5.645,80 11%
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO
Art. 21 da Lei 8.212/91 e art. 199, RPS
Alíquota: 20% sobre o salário de contribuição Exceção: SEIPREV – Art. 201, § 12, CF (EC 47)
SC = 1 salário mínimo
Exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição
Exclusão do direito à certidão de contagem recíproca.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO
Alíquota: 11% sobre o salário de contribuição
Contribuinte individual que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado.
Segurado facultativo em geral SC = 1 salário mínimo
Exclusão do direito à aposentadoria por tempo de contribuição e à certidão de contagem recíproca.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO
Alíquota: 11% sobre o salário de contribuição Contribuinte individual que preste serviço
eventual à empresa
SC = qualquer valor* até o limite máximo.
* Complementação obrigatória se for inferior ao salário mínimo.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E FACULTATIVO
Alíquota: 5% sobre o salário de contribuição
Contribuinte individual como MEI ( art. 18-A da LC 123/2006)
Segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda.
SC = 1 salário mínimo
SEGURADO ESPECIAL E PRODUTOR
RURAL PESSOA FÍSICA
EMPREGADOR RURAL PESSOA FÍSICA* E SEGURADO ESPECIAL:
Art. 25 da Lei 8.212/91
I – 1,2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção (Lei 13.606/2018).
SEGURADO ESPECIAL E PRODUTOR
RURAL PESSOA FÍSICA
CONTRIBUIÇÃO FACULTATIVA DO SEGURADO ESPECIAL:
Art. 25, § 1º da Lei 8.212/91 - O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no caput,
poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta
Lei.
*FACULTATIVAMENTE = OPCIONALMENTE
Art. 9º, § 11. O segurado especial fica excluído dessa categoria: I – a contar do primeiro dia do mês em que:
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
DOS TOMADORES DE
SERVIÇO
TOMADORES DE SERVIÇO
1. DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
2. DA EMPRESA E PESSOA À ELA
DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
• CONCEITO: a pessoa ou família que
admite
a
seu
serviço,
sem
finalidade
lucrativa,
empregado
doméstico. (Art. 15, II da Lei
8.212/91).
DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
• ALÍQUOTA - Art. 24 da Lei 8.212/91
(Redação da Lei 13.202/2015)
I - 8% (oito por cento); e
II - 0,8% (oito décimos por cento)
para o financiamento do seguro contra
acidentes de trabalho.
DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
• BASE DE INCIDÊNCIA: o salário de
contribuição do empregado doméstico a
seu serviço (remuneração registrada em
CP e/ou CTPS).
• OBRIGAÇÃO: arrecadar e a recolher a
contribuição do segurado empregado a
seu serviço, assim como a parcela a seu
cargo.
DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
• PRAZO DE RECOLHIMENTO:
• até o dia 7 do mês seguinte ao da
competência (art. 30 da Lei 8.212/91 – redação da LC 150/2015), antecipando-se o vencimento para o dia útil anterior se não houver expediente bancário.
-EMPRESA E PESSOA EQUIPARADA
- CONCEITO: Art. 15, inciso I da Lei 8.212/91
EMPRESA - a firma individual ou sociedade
que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional.
EMPRESA E PESSOA EQUIPARADA
PESSOA EQUIPARADA - o contribuinte individual e apessoa física na condição de proprietário ou dono de obra de construção civil, em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras, o operador portuário e o Órgão Gestor de Mão de Obra.
EMPRESA E PESSOA EQUIPARADA
MATRÍCULA:
Art. 49 da Lei 8.212/91 e Art. 256, RPS
É o cadastro perante a previdência social,
para o controle de arrecadação das
contribuições sociais.
Omissão da empresa matrícula de ofício
MATRÍCULA
simultaneamente com a inscrição no CNPJ,
ou
Perante o INSS, quando não sujeita a
inscrição no CNPJ MATRÍCULA CEI
Prazo: 30 dias contados do início de suas
MATRÍCULA
No caso de obra de construção civil, a
matrícula deverá ser efetuada mediante
comunicação obrigatória do responsável
por sua execução, no prazo de 30 dias,
contado do início de suas atividades,
quando obterá número cadastral básico,
de caráter permanente.
MATRÍCULA
Conceito de obra de construção civil é amplo e inclui reforma, acréscimo ou demolição.
STJ: SERVIÇO DE PINTURA DE PRÉDIO, REALIZADO COMO MANUTENÇÃO ROTINEIRA, NÃO PODE SER ENQUADRADO NO CONCEITO DE CONSTRUÇÃO CIVIL. REsp. 663.278-RS, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 16/8/2005.
MATRÍCULA
A matrícula do produtor rural pessoa física ou segurado especial será atribuída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao grupo familiar em substituição à inscrição no CNPJ.
DIC = DOCUMENTO DE INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE deve ser apresentado pelo
segurado especial e produtor rural pessoa física em suas relações:
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
• Art. 22 da Lei 8.212/91• I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas,
devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
• II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e
58 da Lei nº 8.213/91, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
• a) 1% para as empresas em cuja atividade preponderante o
risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
• b) 2% para as empresas em cuja atividade preponderante
esse risco seja considerado médio;
• c) 3% para as empresas em cuja atividade preponderante esse
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
• III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
• IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhes são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. (execução suspensa pelo Senado Federal
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
COOPERATIVAS DE TRABALHO: também denominada cooperativa de mão de obra, a sociedade formada por operários, artífices, ou pessoas da mesma profissão ou ofício ou de vários ofícios de uma mesma classe, que, na qualidade de associados, prestam serviços a terceiros por seu intermédio. (art. 209 da Instrução Normativa RFB 971/2009).
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
STF entendia que mesmo a base de cálculo sendo o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, esta era decorrente da remuneração paga aos trabalhadores cooperados, e não às cooperativas, sendo, portanto, fonte de custeio prevista no art. 195, I, “a” da CF.
Em 2014 o STF inverteu seu posicionamento, pronunciando a inconstitucionalidade do inciso IV do artigo 22 da Lei 8.212/91, no julgamento RE 595.838, com base em quatro fundamentos:
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
1) Desconsideração inconstitucional da personalidade jurídica das cooperativas de trabalho, que deveriam ser as responsáveis tributárias pelo recolhimento da contribuição, e não o terceiro (tomador de serviços). 2) Ausência de lei complementar, pois a base de
cálculo desta contribuição não é prevista no art. 195 da CF.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
4) Afronta ao Princípio da Capacidade Contributiva, vez que os pagamentos efetuados por terceiros às cooperativas de trabalho, em face de serviços prestados por seus associados, não se confundiriam com os valores efetivamente pagos ou creditados aos cooperados.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
O Senado Federal suspendeu a execução do
inciso IV do art. 22 da Lei 8.212/91, dando eficácia erga omnes do STF:
Art. 1º. É suspensa, nos termos do art. 52,
inciso X, da Constituição federal, a execução do inciso IV do art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, declarado inconstitucional definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO RFB Nº 5, de 25 de maio de 2015 dispõe sobre a contribuição previdenciária devida pelo contribuinte individual que presta serviço a empresa por intermédio de cooperativa de trabalho.
Art. 1º. O contribuinte individual que presta serviço a empresa por intermédio de cooperativa de trabalho deve recolher a contribuição previdenciária de 20% sobre o montante da remuneração recebida ou creditada em decorrência do serviço, observados os limites mínimo e máximo
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
A cooperativa de trabalho não está sujeita à
contribuição patronal incidente sobre a remuneração do contribuinte individual, em relação às importâncias por ela pagas, distribuídas ou creditadas aos respectivos cooperados, a título de remuneração ou retribuição pelos serviços que, por seu intermédio, tenham prestado a empresas.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
BANCOS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS: No caso de bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições sobre faturamento e lucro, É DEVIDA A CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL DE DOIS VÍRGULA CINCO POR CENTO SOBRE A BASE DE CÁLCULO DEFINIDA NA CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS E CONTRIBUINTES
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
Visa atender ao princípio da isonomia em face da
automação.
Atividade altamente informatizada com redução de mão de
obra empregada que diminui a arrecadação previdenciária em detrimento de outros segmentos econômicos.
Aplica-se sobre o total das remunerações do empregado,
trabalhador avulso e contribuinte individual, não incidindo sobre os percentuais de GIILRAT.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
APORTE PATRONAL NA CONTRATAÇÃO DE EMPREGADO E TRABALHADOR AVULSO
Art. 22, I e II da Lei 8.212/91
BASE DE INCIDÊNCIA: É O TOTAL DAS REMUNERAÇÕES PAGAS, DEVIDAS OU CREDITADAS A QUALQUER TÍTULO, DURANTE O MÊS.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
REMUNERAÇÕES PAGAS = remunerações quitadas.
REMUNERAÇÕES DEVIDAS = remunerações não pagas, se caracterizam em dívidas com o trabalhador, desde o fato gerador da obrigação tributária (regime de competência).
REMUNERAÇÕES CREDITADAS = são os
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
ALÍQUOTAS:
A) 20% + 2,5%*
B) GIILRAT – 1% ou 2% ou 3%
C) ADICIONAL DE GIILRAT – 6% ou 9% ou 12% * (adicional de bancos etc.)
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
GIILRAT (SAT/RAT) – GRAU DE INCIDÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA DECORRENTE DOS RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO, de acordo com a atividade preponderante da empresa.
Quando o risco de acidente do trabalho é considerado:
LEVE 1% MÉDIO 2% GRAVE 3%
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
ADICIONAL DE GIILRAT (SAT/RAT) – se a atividade exercida pelo segurado a serviço da
empresa ensejar a concessão de
aposentadoria especial:
6% após vinte e cinco anos de contribuição. 9% após vinte anos de contribuição.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
APORTE PATRONAL NA CONTRATAÇÃO DE CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Art. 22, III da Lei 8.212/91
BASE DE INCIDÊNCIA: TOTAL DAS REMUNERAÇÕES PAGAS OU CREDITADAS A QUALQUER TÍTULO, DURANTE O MÊS.
CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS
• Art. 26 da Lei 8.212/91
• § 1º O produto da arrecadação da
contribuição será destinado ao
financiamento da Seguridade Social.
• § 2º A base de cálculo da contribuição
equivale à receita auferida nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias.
CONCURSO DE PROGNÓSTICOS
• Art. 26 da Lei 8.212/91 e Art. 212, RPS
• Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo.
• Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades
CONCURSO DE PROGNÓSTICOS
• A contribuição constitui-se de:
I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo.
Renda líquida - o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados ao pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração.
CONCURSO DE PROGNÓSTICOS
II - cinco por cento sobre o movimento
global de apostas em prado de corridas.
Movimento global das apostas - total das
importâncias
relativas
às
várias
modalidades de jogos, inclusive o de
acumulada, apregoadas para o público no
prado de corrida, subsede ou outra
dependência da entidade.
CONCURSO DE PROGNÓSTICOS
III - cinco por cento sobre o movimento
global de sorteio de números ou de
quaisquer modalidades de símbolos.
Movimento global de sorteio de números
- o total da receita bruta, apurada com a
venda de cartelas, cartões ou quaisquer
outras
modalidades,
para
sorteio
OUTRAS RECEITAS
• Art. 27 da Lei 8.212/91 e art. 213, RPS
I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios. (por recolhimento em atraso e multas fiscais)
II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a terceiros. (3,5% do montante arrecadado para SESI, SESC, SENAI, SENAC, SENAR, exceto salário educação)
OUTRAS RECEITAS
III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens;
IV - as demais receitas patrimoniais,
industriais (antiga CEME) e financeiras;
V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais (indenizações);
OUTRAS RECEITAS
VI - 50% dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da CF (glebas com culturas ilegais de psicotrópicos)
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal;
VIII - outras receitas previstas em legislação específica (taxas de concursos do antigo MPS).
OUTRAS RECEITAS
Parágrafo único. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% do valor total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema
Único de Saúde-SUS, para custeio da
assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
A solidariedade previdenciária somente
existe no polo passivo da relação e decorre sempre da lei, não podendo ser presumida.
É a corresponsabilidade de terceira pessoa
em relação à obrigação originária do devedor e que assume as obrigações do responsável in totum, exatamente como elas se apresentam.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Art. 31 da Lei 8.212/91 e Art. 219 do RPS
A empresa contratante de serviços
executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a importância retida, em nome da empresa cedente da mão de obra.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Duas pessoas jurídicas estão presentes na
relação de solidariedade:
1) o fornecedor ou cedente de mão de
obra devedor originário.
2) o tomador, adotante ou receptor de
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
O valor retido, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,
poderá ser compensado por qualquer
estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das contribuições devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. (art. 31, § 1º)
Na impossibilidade de haver compensação integral, o saldo remanescente será objeto de restituição. (art. 31, § 2o ).
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
A retenção pela empresa contratante de
serviços de mão de obra , é obrigatória, independentemente do destaque.
A empresa prestadora de serviço deve
destacar na nota fiscal o valor da retenção a ser efetuada pela contratante.
STF: considera constitucional a retenção dos
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
ADICIONAL DE ALÍQUOTA
:
Quando o serviço for prestado em contato
com agentes nocivos que acarretem a
concessão de aposentadoria especial, é
necessária a complementação de alíquota
de 11% em mais 2%, 3% ou 4% para
atividades
sujeitas
a
aposentadoria
especial
de
25,
20
ou
15
anos,
respectivamente.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Entende-se como cessão de mão de obra
a colocação à disposição do contratante,
em suas dependências ou nas de
terceiros, de segurados que realizem
serviços contínuos, relacionados ou não
com
a
atividade-fim
da
empresa,
quaisquer que sejam a natureza e a
forma de contratação.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Entende-se por empreitada a execução contratualmente estabelecida de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem o fornecimento de materiais ou uso de equipamentos, realizados na suas dependências, nas da contratada ou nas de terceiros, tendo como objetivo um fim específico ou resultado pretendido. (art. 116, IN RFB 971/09)
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
SERVIÇOS REALIZADOS POR CESSÃO DE M.O.
I - limpeza, conservação e zeladoria II - vigilância e segurança
III - construção civil IV - serviços rurais
V - digitação e preparação de dados para processamento
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
> SOMENTE OS SERVIÇOS DOS INCISOS I A V
PODEM SER PRESTADOS MEDIANTE
EMPREITADA.
> TODOS OS SERVIÇOS PREVISTOS NOS INCISOS PODEM SER PRESTADOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO DE OBRA.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
VI- acabamento, embalagem e acondicionamento de produtos
VII - cobrança
VIII- coleta e reciclagem de lixo e resíduos IX- copa e hotelaria
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Prazo de recolhimento
: até o dia 20 do mês
subsequente ao da emissão da nota,
independentemente de quando o serviço
contratado foi pago.
Não
havendo
expediente
bancário
antecipa-se o vencimento.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
XVI - montagemXVII - operação de máquinas, equipamentos e veículos
XVIII - operação de pedágio e de terminais de transporte
XIX - operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de concessão ou subconcessão XX- portaria, recepção e ascensorista
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
XXI - recepção, triagem e movimentação demateriais
XXII - promoção de vendas e eventos XXIII - secretaria e expediente
XXIV - saúde
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
XI - distribuição
XII - treinamento e ensino
XIII- entrega de contas e documentos
XIV - ligação e leitura de medidores
XV - manutenção de instalações, de máquinas e de equipamentos
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
O operador portuário e o OGMO são solidariamente responsáveis pelo pagamento das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à seguridade social.
Exceção: se o OGMO não elaborar a escalação dos avulsos, responderá sozinho porque inviabilizou a fiscalização a ser exercida pelo operador portuário (administrador do porto). REsp 200200165643, de 18.08.2009.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
NA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Considera-se obra de construção civil também a reforma, a demolição e a ampliação.
Considera-se construtor a pessoa física ou
jurídica que executa obra sob sua
responsabilidade, no todo ou em parte. (art. 220, § 4º, RPS)
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
O proprietário, o incorporador, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
BENEFÍCIO DE ORDEM
A solidariedade tributária não comporta
o benefício de ordem, respondendo cada
devedor pela totalidade do débito
perante a RFB.
Não há prioridade na ordem de execução
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
• Exclui-se da responsabilidade solidária
perante a Seguridade Social o adquirente
de prédio ou unidade imobiliária que
realizar a operação com empresa de
comercialização
ou
incorporador
de
imóveis, ficando estes solidariamente
responsáveis com o construtor. (Art. 30,
VII DA Lei 8.212/91)
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
• Nenhuma contribuição à Seguridade
Social
é
devida
se
a
construção
residencial unifamiliar, destinada ao uso
próprio,
de
tipo
econômico,
for
executada sem mão de obra assalariada.
(ART. 30, VIII da Lei 8.212/91)
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
• OBRIGAÇÃO PRINCIPAL – Art. 30 da Lei 8.212/91
• a) arrecadar as contribuições dos segurados a seu
serviço, descontando-as da respectiva remuneração;
• b) recolher os valores arrecadados, assim como as
contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais.
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
• OBRIGAÇÃO PRINCIPAL – Art. 30 da Lei
8.212/91
• PRAZO DE RECOLHIMENTO: até o dia 20 do
mês seguinte ao da competência (antecipa-se se não for dia útil).
ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO
• RECOLHIMENTO PRESUMIDO
Art. 33, § 5º da Lei 8.212/91 e Art. 216, § 5º do RPS
O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.