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A LINGUAGEM CIENTÍFICA EM SALA DE AULA E O USO DO CHEMSKETCH

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Academic year: 2021

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A LINGUAGEM CIENTÍFICA EM SALA DE AULA E O USO DO

CHEMSKETCH

Galvani Pereira Alves* Unifal-MG Thúlio Silva Bastos* Unifal-MG

Sessão Temática: 1. Metodologias de ensino-aprendizagem;

Palavras-Chaves: Ensino de Química, Linguagem Cientifica, Quimica Nova Interativa,

ChemSketch.

INTRODUÇÃO

A atividade foi planejada para que os alunos do 1º Ano da Escola Estadual Judith Viana pudessem ter contato com conceitos científicos, melhorar a interpretação de texto e a partir da análise de moléculas envolvidas na atividade, desenhá-las utilizando um software de uso gratuito, o ACDLabs/ChemSketch (www.acdlabs.com). O motivo levado em consideração para que pensássemos e executássemos tal atividade foi à defasagem do vocabulário do aluno na hora de responder a determinados exercícios em sala de aula e a falta de conhecimentos prévios.

Para Paulo Freire, “a alfabetização é mais que o simples domínio psicológico e

mecânico de técnicas de escrever e de ler. É o domínio destas técnicas em termos

conscientes. (...) Implica numa autoformação de que possa resultar uma postura

interferente do homem sobre seu contexto.” (p.111, 1980). Portanto, a alfabetização

deve possibilitar ao analfabeto, de uma maneira lógica, a capacidade de organizar o seu pensamento, além de auxiliar a construção de uma consciência crítica em relação ao mundo que o cerca.

Autores como, Bybee e DeBoer (1994), Fourez (1994), Hurd (1998), Jiménez-Aleixandre et al. (2000), Yore et al. (2003) e Lemke (2006), relatam à necessidade da escola, proporcionar ao aluno, condições necessárias para a compreensão do saber

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científico sobre Ciências, mas não só noções, também capacitá-los para que possam fazer ciência, sendo defrontados com problemáticas do cotidiano, promovendo a investigação e o desenvolvimento do seu lado critico, preparando-os para o mundo e o meio social.

DESENVOLVIMENTO

Com base nas questões anteriores, levamos 75 alunos do primeiro ano da Escola Estadual Judith Viana para o laboratório de informática da Universidade Federal de Alfenas e apresentamos a eles o site da Química Nova Interativa (QNInt). Este site nos ofereceu materiais para que pudéssemos iniciar o processo de adaptação e incentivo a leitura de textos e conceitos científicos, além de outros aplicativos. Dentre os temas oferecidos pelo QNInt, escolhemos a Qualidade da Água. Pedimos aos alunos que lessem o texto e a partir da leitura respondessem a uma pergunta: Quais os parâmetros físicos e químicos que influenciam a qualidade da água? E como estes influenciam? Explique com suas palavras.

Após a leitura e a resolução da questão, realizamos uma discussão sobre o texto, abordando a importância do tratamento das águas e os aspectos que determinam essa qualidade.

Outra proposta da atividade foi analisar as moléculas envolvidas no texto e desenhá-las no ChemSketch, visualizando-as em 3D, para proporcionar aos alunos os diferentes tipos de moléculas, a quantidade de ligações, os tipos de ligações e os ângulos entre as ligações. Tais observações não constam no conteúdo proposto pelo CBC ao primeiro ano do ensino médio, porém a idéia era de iniciarmos o contato para que num futuro próximo essa atividade possa facilitar a compreensão do aluno pela Química.

Os alunos no inicio da aula, com duração de 100 minutos, estavam motivados por estarem indo a uma aula em um laboratório de informática na Unifal-MG, tinham um sorriso no rosto e os olhos brilhavam por saberem que iam aprender algo diferente. Porém, quando descobriram que teriam que ler um texto, logo ficaram desanimados, isso deve-se ao fato de não estarem habituados a leitura.

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Bolsista: Claro, o texto é muito interessante e importante! E depois deverá responder uma questão sobre o texto.

Aluno: Eu vou entrar no Facebook!

Bolsista: O computador está bloqueado para as redes sociais. Aluno: Vai valer ponto?

Supervisora: Claro! Tudo que vocês fazem vale ponto.

Os alunos ficaram então quietos e começaram a ler o texto. Em seguida responderam a questão. Ao termino das respostas, começamos a conversar sobre o texto e a maioria dos alunos estavam interagindo com nós bolsistas.

Na sequência das atividades pedimos aos alunos que identificassem as moléculas presentes no texto.

Alunos: Tem oxigênio, o CO2.

Bolsista: Isso mesmo, mas tem outras moléculas presentes. Olha no canto direito da tela, moléculas envolvidas.

Pedimos aos alunos que abrissem o ChemSketch para desenharmos essas moléculas. Foram dadas as coordenadas para a execução da atividade, além dos alunos estarem acompanhando o bolsista pelo telão a frente da sala de informática, porém alguns alunos tiveram certas dificuldades ao manusear o mouse, ao clicar e arrastar as moléculas montarem suas ligações. Muitas vezes clicavam duas vezes e as ligações ficavam sobrepostas. Quando a dificuldade surgia, eles chamavam os bolsistas. Nós íamos até o aluno explicávamos como deveria proceder e onde estava a dificuldade deles e pedíamos pra o aluno fazer a molécula de novo para vermos se ele tinha entendido ou se a dificuldade persistia.

Depois mostramos como acertar o ângulo das ligações. Outra dificuldade surgiu, que foi selecionar a molécula para acertar seus ângulos, mas foram poucos alunos e aprenderam com maior facilidade.

Essas dificuldades devem-se a falta de prática, ou seja, a pouca utilização do computador por parte de alunos e a falta de aulas de informática na escola.

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Com as devidas moléculas montadas, mostramos tais moléculas em 3D e em seguida os vários modelos que o software nos proporcionavam, nas formas de palito, bola, entre outras.

O software, gratuito, disponibilizado pela empresa ACDlabs foi gravado em uma mídia (CD) e disponibilizado para os alunos na biblioteca da escola.

Anexo I – Laboratório de Informática (Unifal-Mg)

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Referências Bibliográficas:

Bybee. R.W.; Achieving Scientific Literacy, The Science Teacher, v.62, n.7, 28-33, 1995.

Fourez.G.; Alphabétisation Scientifique et Technique – Essai sur les finalités de

l’enseignement des sciences, Bruxelas: DeBoeck-Wesmael, 1994.

Freire. P., Educação como prática da liberdade, São Paulo: Paz e Terra, 1980.

Hurd. P.D.; “Scientific Literacy: New Minds for a Changing World”, Science

Education, v. 82, n. 3, 407-416, 1998.

Jiménez-Aleixandre. M.P.; Bugallo Rodríguez, A. e Duschl, R.A., ““Doing the Lesson” or “Doing Science”: Argument in High School Genetics”, Science Education, v.84, 757-792, 2000.

Lemke, J.L., “Investigar para el Futuro de la Educación Científica: Nuevas Formas de Aprender, Nuevas Formas de Vivir”, Enseñanza de las Ciencias, v.24, n.1, 5-12, 2006. Yore, L.D., Bisanz, G.L e Hand, B.M., “Examining the Literacy Component of Science Literacy: 25 Years of Language Arts and Science Research”, International Journal of

Science Education, v. 25, n. 6, 689-725, 2003.

Agradecimento:

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