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Aula. Noções de Administração de Materiais p/dpu. Prof. Tiago Zanolla

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Noções de

Administração de

Materiais p/DPU

Prof. Tiago Zanolla

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(2)

AULA INAUGURAL

1. Observações Iniciais ... 3

1.1. Sobre o curso ... 3

1.2. Análise do edital e o estilo da prova ... 4

2. Cronograma de Aulas ... 7

3. Administração de Materiais – Conceitos Gerais ... 8

4. Classificação de Materiais ... 15

4.1. Tipos de Classificação ... 17

4.2. Classificação de Materiais ... 22

4.3. Tipos de Classificação ... 26

4.4. Atributos para Classsificação ... 35

5. Considerações Finais ... 44

6. Questões apresentadas em aula ... 45

Curso de acordo com o Edital nº 01 e nº 02 (retificação) – DPU

NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS. 1 Classificação de materiais. 1.1 Tipos de classificação. 2 Gestão de estoques. 3 Compras. 3.1 Modalidades de compra. 3.2 Cadastro de fornecedores. 4 Compras no setor público. 4.1 Edital de licitação. 5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2 Conferência. 5.3 Critérios e técnicas de armazenagem. 6 Gestão patrimonial. 6.1 Controle de bens. 6.2 Inventário. 6.3 Alterações e baixa de bens

(3)

1. Observações Iniciais

Olá futuro servidor da Defensoria Pública da União.

Estamos iniciando nosso curso de Noções de Administração de Materiais, com teoria e questões comentadas para a DPU. É uma enorme satisfação poder estar aqui. Nosso compromisso com vocês é a preparação de alto nível visando um único objetivo:

SUA

APROVAÇÃO!

O Edital foi publicado em 13 de abril de 2015 (e retificado em 24/04) para provimento de 143 vagas imediatas e formação de cadastro de reserva nos cargos de analista técnico-administrativo, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, psicólogo, sociólogo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social - jornalismo e agente administrativo (níveis médio e superior).

O concurso será executado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (CEBRASPE), doravante denominado Cespe, e pela DPU, com a participação, em todas as fases do concurso, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). São 105 vagas para

AGENTE

ADMINISTRATIVO. O aprovado que for nomeado receberá

subsídio de

R$

3.817,98

para uma carga horária de

40

HORAS SEMANAIS

.

As vagas estão distribuídas entre os Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, e Tocantins.

As provas objetivas para o cargo de nível médio terão a duração de 3 horas e 30 minutos e serão aplicadas na data provável de 21 de junho de 2015, no turno da tarde em todas as capitais dos estados e no DF.

1.1. Sobre o curso

Uma das vantagens dos cursos em .pdf é ser prático, com abordagem objetiva, clara e específica aos tópicos do edital. E nosso curso será assim! Não devemos passar superficialmente na matéria, pois isso pode ser suficiente para acertar algumas questões, no entanto, em uma questão mais elaborada, você pode cair e isso pode ser não apenas a diferença entre ser aprovado ou não, pode ser aquela diferença na classificação que fará você ser lotado em um local perto de casa, ou então em uma região mais distante.

(4)

Nossa disciplina será cobrada dentro da prova de conhecimentos específicos. Esta prova terá 70 questões. Podemos esperar cerca de 12 questões, ou seja, 17% da prova específica e 11,6% da pontuação possível! Vejam a importância da disciplina!

Como não há um referencial teórico claro e único, nosso curso será ESQUEMATIZADO da seguinte maneira:

Teoria

Doutrina

Legislação

Jurisprudência

(caso haja)

Questões

comentadas

Macetes

Esquemas

Exemplos

Abrangeremos, de modo aprofundado, os aspectos mais relevantes de cada tópico do conteúdo exigido. As questões servirão também de revisão, pois iremos dispor, aula após aula, questões de assuntos de aulas anteriores.

Em nosso curso teremos 160 questões comentadas

Por tudo que foi exposto, este curso será completo.É direcionado a você que está iniciando os estudos, bem como àqueles que desejam aprofundar os conhecimentos na disciplina. E mais, ele foi elaborado visando sua única fonte de estudos, ou seja, basta apenas esse material para adquirir o conhecimento necessário para sua prova

1.2. Análise do edital e o estilo da prova

Uma das mais importantes e respeitadas bancas do país, o Cespe/Unb (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília) ganhou destaque, ao longo dos anos, não só por promover os principais concursos públicos federais, mas também por criar um modelo de provas temido pela maior parte dos candidatos.

Isso ocorre geralmente porque as avaliações elaboradas pelo Cespe fogem do padrão comum adotado pela maioria das empresas organizadoras, que valorizam questões de múltipla escolha ou testes, onde o concorrente deve assinalar a opção correta entre quatro ou cinco alternativas. No caso do Cespe é diferente. O critério utilizado é o famoso “uma errada anula uma certa”, ou seja, o candidato julga como certa ou errada a afirmativa e cada erro cometido anula um acerto no cálculo do resultado final. Assim, se o concurseiro decidir por não responder a pergunta, nenhum ponto é somado nem subtraído.

No que se refere ao conteúdo, esta é a ementa-base do CESPE para a disciplina. Em todos os concursos é cobrado o mesmo conteúdo. Portanto, tudo tranquilo!

(5)

Quanto à pontuação, veja o que diz o Edital: Segundo o item 7.1, as provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, valerão 310 pontos

PROVA/TIPO Área de Conhecimentos Qtde questões Peso Total Prova 1 - Objetiva Conhecimentos Básicos 50 2 100 Prova 2 - Objetiva Conhecimentos Específicos 70 3 210

Porém, no item 8.1, é informado que as provas de conhecimentos básicos e de conhecimentos específicos valerão 10 pontos cada! Como assim? É uma média que é feito. Cada questão valerá:

PROVA/TIPO Área de Conhecimentos questões Qtde Peso Total classificação Pontos na Máximo Prova 1 - Objetiva Conhecimentos Básicos 50 2 100 0,200 10 Prova 2 - Objetiva Conhecimentos Específicos 70 3 210 0,143 10

Mas não é só isso! A nota em cada item das provas objetivas, é feita com base nas marcações da folha de respostas, sendo descontados pontos no caso de errar a questão! Veja só o que acontece:

PROVA/TIPO Área de Conhecimentos Acertou a questão questão Errou a Prova 1 - Objetiva Conhecimentos Básicos +0,2 -0,2 Prova 2 - Objetiva Conhecimentos Específicos +0,1429 -0,1429

Basicamente, uma errada anula uma certa! Por isso seja Cauteloso! Imagine o seguinte:

PROVA/TIPO Área de Conhecimentos Questões Total de Acertou branco Em Errou Prova 1 - Objetiva Conhecimentos Básicos 50 35 5 10 Prova 2 - Objetiva Conhecimentos Específicos 70 50 10 10

Contabilizando:

Acertou Valor de cada item Adquiridos Pontos Errou Valor de cada item Perdidos Pontos Nota Final

35 0,2 7 10 0,2 2 5

50 0,1428571 7,1428571 10 0,1428571 1,42857 5,71429 Pontuação na classificação 10,71429

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a) Se não sabe, é melhor não marcar!

b) Caso na hora de transcrever sua resposta para o gabarito, marque equivocadamente, não perca esse ponto. Marque ambas respostas. Por exemplo:

A melhor forma de definir quantas perguntas deixar sem resposta é fazer vários simulados com questões de cargos iguais ou similares, variando a quantidade de questões deixadas em branco.

Segundo informações da própria organizadora, o procedimento de avaliação é justificável em um processo seletivo que visa selecionar o candidato com melhor capacidade de analisar, interpretar e responder a partir do que aprendeu, descartando o “chute” ou a possibilidade de aprovação ao acaso.

Veja como analisar as questões da banca CESPE:

Expressões Exclusivas: Quando a assertiva é muito forte, não deixando brechas para exceções, geralmente é incorreta.

Expressões típicas: nunca, sempre, obrigatoriamente, integralmente, garante, nunca, sempre, obrigatoriamente, não, totalmente, apenas, jamais, em hipótese alguma, em tempo algum, de modo nenhum, só, Somente, unicamente, exclusivamente, tão-só, tão-somente, etc.

Expressões muito usadas pelo CESPE: apenas, será (dando a entender que sempre será), meramente, é suficiente, estritamente, nada, restringe-se a, resume-se em, é imune.

A palavra “não”: Esta palavra pode mudar completamente a resposta por tanto, sempre a sublinhe no texto e analise com atenção a assertiva.

Expressões Inclusivas: Quando preveem exceções ou usam palavras inclusivas, geralmente são corretas. Palavras-chave muito usadas pelo CESPE: a princípio, predominantemente, fundamental, em geral, pode, poderá, é possível, inclui, em regra (mas cuidado!), alguns, parte dos, a princípio, predominantemente. Outras bancas: especialmente, comumente, frequentemente, quase todos, quase nenhum, em média, raramente, predominantemente, muitos etc.

Batata Podre: O item quase todo é correto, mas há a inserção de um pedaço que o invalida (geralmente ao final do período). Esta técnica é bastante usadas pelas bancas “profissionais”. Muito cuidado!

Casca de Banana: O lugar preferido é a letra “a”, mas pode vir abaixo. Muitas vezes é uma verdade, mas que não pode ser inferida do texto como é pedido. Outras vezes é uma mentira tida por uma verdade por muitos, mas que é desmentida pelo texto…

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Causa/Consequência: A assertiva traz duas verdades, mas falseia ao dizer que uma é causa da outra. Outras vezes liga uma verdade a uma causa absurda. Expressões Chave: em virtude de, pois, tanto quanto, mesmo que ocorra x, não ocorre y, ou seja, no entanto, embora, independe, mas não, etc.

Inversões: O item traz definições corretas, mas as liga invertidamente às palavras que representam.

Juízo de Valor: Evitar juízos de valor. Se um item contém palavras que indicam que algo é bom ou ruim, esta afirmação está provavelmente errada. A única exceção é se um especialista a disse. Por exemplo, a afirmação “o capitalismo é um mal” é provavelmente falsa, porque é um juízo de valor. Há ocasiões, no entanto, em que as estas palavras podem estar contidas em uma resposta correta. Isso acontece se nos perguntarem se uma pessoa ou grupo acredita naquele julgamento. A declaração “Karl Marx considerou o capitalismo um mal”, pode estar correta, porque aqui não estamos julgando o capitalismo, mas a opinião de Marx (um teórico comunista) sobre o assunto.

2. Cronograma de Aulas

Nosso curso é baseado no Edital nº 01 publicado em 13 de abril de 2015 e os conteúdos serão ministrados da seguinte forma:

Aula Data

Assunto

1

19/04 1 Classificação de materiais. 1.1 Tipos de classificação.

2 01/05 2 Gestão de Estoques

3 04/05

3 Compras. 3.1 Modalidades de compra. 3.2 Cadastro de

fornecedores

4 08/05 4 Compras no setor público. 4.1 Edital de licitação

5 12/05

5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2 Conferência.

5.3 Critérios e técnicas de armazenagem

6 16/05

6 Gestão patrimonial. 7.1 Controle de bens. 7.2 Inventário. 7.3

Alterações e baixa de bens

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3. Administração de Materiais – Conceitos Gerais

O objetivo da Administração de Materiais é planejar, administrar e controlar o fluxo de materiais desde o fornecedor de matérias primas até o consumidor final. Esse controle deve ser eficiente e o mais desenvolto possível, de forma que agregue valor a todos da cadeia, objetivando um fluxo de materiais com o menor custo e na quantidade e hora certa.

Administração de materiais é "colocar o produto certo, na hora certa, no local certo e ao menor custo possível".

Um exemplo ajuda a entender: imagine uma grande indústria. Durante o processo de produção, haverá determinados materiais em determinados momentos e em determinados locais. Esses materiais devem ser armazenados, transportados, selecionados, contados, entre diversas outras tarefas. É nesse contexto que a administração de materiais atua.

Para Martins (2002) a principal função da administração de materiais é

maximizar o uso de recursos envolvidos na área logística da empresa e com grande efeito dentro dos estoques.

Em princípio, devemos delimitar o objeto de estudo em nosso curso. Em uma organização podemos identificar vários tipos de recursos:

Materiais RECURSOS

Financeiros Humanos Tecnológicos Associados ao Mercado

Nosso foco será o estudo dos recursos materiais. Temos no entanto dois seguimentos: recursos materiais e recursos patrimoniais.

RECURSOS MATERIAIS Sentido Estrito Recurso Material Recurso Patrimonial

Sentido Amplo engloba a todos os meios físicos disponíveis para a organização. Por

exemplo, mesas, papeis, computadores, prédios etc.

é ligado aos meios físicos que são utilizados pela instituição na produção de seu produto final, podendo ser um produto material ou serviços são os meios físicos destinados à manutenção

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Outra definição importante é que os recursos materiais não são bens permanentes, enquanto os recursos patrimoniais o são.

Administração de Materiais tem por finalidade principal assegurar o contínuo abastecimento de artigos necessários para comercialização direta ou capaz de atender aos serviços executados pela empresa.

De acordo com Balloui (1993, p.61) uma boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operação. Isto significa aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento de modo a tirar vantagem da oposição das curvas de custo. Explicando: o objetivo da administração de matérias deve ser prover o material certo, no local de operação certo, no instante correto e em condição utilizável ao custo mínimo.

Administração de Materiais

O conjunto de atividades conduzidas em um sistema integrado, visando a maximizar a utilização dos recursos da empresa, suprindo toda a organização, sem desperdícios, com a quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.

Em outras palavras, maximizar a utilização de recursos significa evitar o desperdício. Esse é o objetivo principal da administração de materiais. Porém, para alcançar esse objetivo primário, a gestão de materiais contém objetivos secundários, a saber:

Objetivos secundários Administração de

Materiais

Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando estoques.

Para cumprir esses objetivos, GONÇALVES (2007) define as grandes funções da administração de materiais:

Compras: a função de Compras pode ser dividida em compras no mercado interno e importações. Toda compra envolve fornecedores, contratos (licitações), tomada de preços, pedido de compras (prazos, condições de pagamento, etc.), transporte e controle no recebimento da mercadoria. Caso haja importações, os compradores deverão ter conhecimento das leis e guias de importação, bem como dos processos envolvendo órgão do governo federal mediador das importações.

Transporte: a função de Transportes envolve do fornecedor até o espaço físico de estocagem pode ser feita interna ou por terceiros. Caso seja interna, envolve o processo de gerenciamento

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Armazenagem e conservação: as funções de Armazenagem e Conservação envolvem todos os processos de recebimento das mercadorias, controle de qualidade e fechamento contra o pedido de compra, catalogação dos itens conforme codificação do estoque, armazenagem no local físico (localização) designado para os itens e contabilização dos itens.

Manipulação e Controle de estoques: As funções de Manipulação e Controle dos Estoques envolvem todos os processos de requisição e devolução de itens em seja para fabricação, consumo ou revenda. Cada um desses processos é composto por subprocessos legais. Caso a retirada de itens seja para venda e entrega em um cliente, um processo de emissão de notas fiscais para circulação de mercadorias (pode ser o faturamento direto) deve ser incluído para esta função.

Segundo Chiavenato a administração materiais: “envolve a totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação de matérias, transporte interno e armazenamento no depósito de produtos acabados”.

O autor também diz que os principais desafios da administração de materiais é o armazenamento e a logística para distribuição destes.

Por exemplo: área de vendas enseja ter um estoque máximo, a fim de atender a seus clientes, porém, sob o enfoque financeiro, estoque máximo é custo. É ai que entra a administração de materiais:

A administração de materiais efetiva visa minimizar o conflito existente entre as áreas-fim e as áreas-meio de uma organização, como a área de compras e a área financeira.

Quer dizer então que a área de administração de materiais atuar como conciliadora de interesses conflitantes entre as áreas de vendas e de administração financeira? Exatamente!,

D ep ar ta m en to d e Ve nd as D ep art am en to Fin an ce iro Estoque máximo Elevado Custo Estoque mínimo Baixo curso Administração de Materiais

Essa atuação da Administração de Materiais engloba a sequência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, transporte do bem do fornecedor à empresa, em seu recebimento, sua movimentação interna e armazenagem, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente,

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em sua distribuição ao consumidor final, ou seja, em todas as etapas compreende o agrupamento de materiais de várias origens e a coordenação dessa atividade com a demanda de produtos ou serviços da empresa.

Segundo Razzolini Filho (2012), a área de administração de materiais pode ser sintetizada da seguinte forma:

- Subsistema de normalização, que inclui a normalização, padronização e classificação de materiais;

- Subsistema de controle, que inclui a gestão e valoração de estoques; - Subsistema de aquisição, que inclui a aquisição e alienação de materiais; e

- Subsistema de armazenamento, que inclui o armazenamento propriamente dito; o recebimento, inspeção e controle de qualidade; e movimentação e transporte.

E o que isso tudo quer dizer?

Quer dizer que dentro de um processo de produção, a administração de materiais precisa coordenar:

Administração de Materiais controla

A quantidade

O tempo

Deve sempre manter uma quantidade mínima para suprir a demanda

O material deve estar disponível sempre que for necessário

A localização certo e na quantidade certa. Por isso, a localização O material deve estar no local certo, no tempo deve ser próxima de seu local de uso

Essa coordenação de forma eficiente avoca diversas vantagens para a empresa. Ammer (1979) apresente apresenta nove principais benefícios:

 Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade;  Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno

sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro;

 Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;

(12)

 Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente por este item;

 Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerência de Materiais;

 Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado com menor despesa - em ambos os casos o objetivo é obter maior lucro final. As vezes compensa investir mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto outros objetivos, propiciando maior benefício com relação aos custos;

 Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedores;

 Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal;

 Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Administração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta..

LEVE O SEGUINTE PARA SUA PROVA:

Administração de Materiais

A administração de materiais visa a colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa.

Além do controle de estoques, a área de gestão de materiais engloba as atividades de compra, almoxarifado, movimentação e distribuição de materiais

Uma das funções precípuas do administrador de materiais é otimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência.

Vejamos como isso foi cobrado:

QUESTÃO 01 (CESPE – 2013 – TCE-RO) Uma administração de materiais adequada, que coordena a movimentação de suprimentos com as exigências da operação, deve aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento, de modo a obter vantagem da oposição das curvas de custo.

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COMENTÁRIOS: De acordo com Ballouii (1993, p.61) uma boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operação. Isto significa aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento de modo a tirar vantagem da oposição das curvas de custo. Explicando: o objetivo da administração de matérias deve ser prover o material certo, no local de operação certo, no instante correto e em condição utilizável ao custo mínimo.

GABARITO: CERTO

QUESTÃO 02 (CESPE – 2008 – FUB) A conservação dos estoques em perfeito estado, que tem por objetivo reduzir as perdas da organização, é uma atividade típica da administração financeira.

COMENTÁRIOS: Segundo Gonçalves (2007): é de responsabilidade da Administração de Recursos Materiais, que a Gestão de Estoque; Gestão de Compras; Gestão de Centros de distribuição.

GABARITO: ERRADO

QUESTÃO 03 (CESPE – 2010 – ABIN) Em um hospital, o médico de plantão, em 13/10/2010 prescreveu o medicamento A para determinado paciente. Em 14/10/2010, um segundo médico prescreveu, para o mesmo paciente, embora não tenha havido qualquer alteração em seu quadro clínico, o medicamento B, que apresenta a mesma indicação e o mesmo efeito do medicamento A.

Nessa situação hipotética, do ponto de vista exclusivo da gestão de materiais, a adoção de apenas um dos medicamentos pelo hospital facilitaria sua normalização.

COMENTÁRIOS: Antes que você não entenda, o item está correto. SIM! Segundo Razzolini Filho (2012) o subsistema de normalização, inclui a normalização, padronização e classificação de materiais.

Podemos entender o seguinte: diante de várias aplicações que surjam o mesmo efeito, devemos padronizar e utilizar apenas uma, pois isso maximiza a gestão do estoque, ou seja, ao invés de termos vários itens, temos apenas um.

Parece pouco, mas imagine isso em um universo de um milhão de itens. Se de cada dois medicamente pudesse apenas ter o estoque de um deles. O estoque já cairia a metade. GABARITO: CERTO

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QUESTÃO 04 (CESPE – 2012 – MPE-PI) A administração de materiais pode ser conceituada como um sistema integrado que garante o suprimento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo

COMENTÁRIOS: Administração de materiais é o conjunto de atividades conduzidas em um sistema integrado, visando a maximizar a utilização dos recursos da empresa, suprindo toda a organização, sem desperdícios, com a quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.

GABARITO: CERTO

QUESTÃO 05 (CESPE – ANTAQ – 2009) A administração de materiais efetiva visa minimizar o conflito existente entre as áreas-fim e as áreas-meio de uma organização, como a área de compras e a área financeira.

COMENTÁRIOS: Segundo Chiavenato, os principais desafios da administração de materiais é o armazenamento e a logística para distribuição destes.

Por exemplo: área de vendas enseja ter um estoque máximo, a fim de atender a seus clientes, porém, sob o enfoque financeiro, estoque máximo é custo. É ai que entra a administração de materiais:

A administração de materiais efetiva visa minimizar o conflito existente entre as áreas-fim (vendas/clientes) e as áreas-meio de uma organização, como a área de compras e a área financeira.

GABARITO: CERTO

QUESTÃO 06 (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência. COMENTÁRIOS: Nessa questão temos uma pegadinha de prova. Uma das funções precípuas do administrador de materiais é OTIMIZAR o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência. Ou, a questão estaria certa se falasse em MAXIMIZAR os recursos.

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QUESTÃO 07 (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de materiais visa a colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa.

COMENTÁRIOS: Nessa questão, é cobrado conhecimentos sobre os objetivos secundários da Administração de materiais. Não podemos esquecer que a gestão de materiais contempla, inclusive, os materiais auxiliares.

Objetivo Principal

Maximizar a utilização dos recursos da empresa, isto é, evitar o desperdício, que pode se manifestar das mais diversas maneiras: excesso de estoque, aquisição de materiais desnecessários ou de baixa qualidade etc.

Objetivo Secundário

Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando estoques

Gabarito: CORRETA.

4. Classificação de Materiais

A Administração de Materiais é um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades. Um de seus subsistemas é o de classificação de materiais, que aglutina os materiais em estoque por características semelhantes. Os estoques de classificação “materiais críticos” são aqueles que precisam ser bem planejados, devido a especificidades relacionadas a problemas de obtenção, razões econômicas, previsão, segurança, armazenagem e transporte. ´

A classificação é necessária para aperfeiçoar o controle dos estoques, visando à identificação, codificação e catalogação de todos os itens da empresa.

Segundo Fernandes (1981) “A classificação de materiais surge por necessidade,

uma vez que com o aumento da industrialização e da introdução da produção em série, foi necessário, para que não ocorressem falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de peças em estoque”.

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Trata-se de um procedimento de unir de materiais por características parecidas, servindo de informação gerencial ao administrador de materiais, que se torna capaz de voltar sua atenção a determinadas categorias, ao invés de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais.

Um sistema de classificação deve ser detentor de alguns atributos para que seja eficiente. Segundo Viana (2000), essas qualidades são::

ABRANGÊNCIA

A classificação deve abordar uma série de características dos materiais, caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros, contábeis. São todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente.

PRATICIDADE A classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos

FLEXIBILIDADE

Segundo Viana (2000), um sistema de classificação flexível é aquele que permite interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com as características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os tipos

(MEMORIZE. TENHO CERTEZA QUE CAIRÁ ISSO NA SUA PROVA):

A classificação é o processo de aglutinação de materiais por características semelhantes, no qual são utilizados os critérios de abrangência, flexibilidade e praticidade.

Além das qualidades acima, um sistema de classificação de materiais deve ter certos princípios, os quais dão as características específicas para cada grupo na classificação de materiais:

CATALOGAÇÃO Arrolamento de todos os itens de material existentes em estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto

SIMPLIFICAÇÃO

Redução da diversidade de itens de material em estoque que se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que são empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão no catálogo de materiais de apenas um deles. A simplificação é uma etapa que antecede a padronização

ESPEDIFICAÇÃO Minuciosa do material, possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao mercado

NORMALIZAÇÃO

Estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, ou para seu emprego com segurança. Pode-se dizer, da mesma forma, que a normalização de itens de material é necessária para a consecução da padronização em sua completude. A entidade oficial de normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

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PADRONIZAÇÃO

Uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.);

CODIFICAÇÃO

Atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as características do item. Cada item terá, assim, um único código

4.1. Tipos de Classificação

O sistema de classificação é de extrema importância para qualquer área de controle de materiais, pois, não havendo um sistema eficiente, não há como existir um planejamento de estoques, compras e despachos corretos, nem mesmo controle de utilidade dos itens.

Existem inúmeros critérios para a classificação de materiais. Tais critérios são determinados com base nas informações do gestor de materiais. Vejamos quais os principais tipos de classificação1: Por tipo de demanda: é de grande uso nas empresas. A mesma se divide em:

Materiais NÃO de estoque

São materiais que tem a demanda imprevisível e não há parâmetros para o ressuprimento. Esses materiais são de consumo imediato, ou seja, são adquiridos quando há demanda e imediatamente consumidos, não havendo regularidade de consumo nem de compra Materiais de

estoque

São materiais que devem existir nos estoques para uso atual e futuro. Geralmente, para que não haja falta são criados mecanismos de ressuprimento automático.

Os materiais de estoque se subdividem em: Quanto à aplicação:

Materiais produtivos: É todo material ligado direta ou indiretamente ao processo produtivo. Matérias primas: São os materiais básicos e insumos que compõem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo.

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Produtos em fabricação: São os materiais em processamento, ou seja, são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no almoxarifado porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque final porque ainda não são produtos acabados. Produtos acabados: produtos já prontos.

Materiais de manutenção: materiais usados em manutenção.

Materiais improdutivos: materiais que não fazem parte do produto no processo produtivo. Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da empresa.

Quanto ao valor econômico:

Para que se se tenha sucesso na gestão de estoques é necessário que se separe de forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de consumo. Para isso, existe a chamada de curva ABC ou Curva de Pareto. Nessa é determinado à importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo em determinado período.

Para Gonçalves (2007), o principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada, especialmente por representarem altos valores de investimentos e, muitas vezes, com impactos estratégicos para a sobrevivência da organização.

Materiais A Materiais de grande valor de consumo Materiais B Materiais de médio valor de consumo Materiais C Materiais de baixo valor de consumo Os percentuais aproximados (e não fixos) são os relacionados abaixo:

CLASSE % do critério selecionado % Qtde aproximada em estoque

A

80%

20%

B

15%

30%

C

5%

50%

A CURVA ABC baseia-se no princípio de que a maior parte do investimento está concentrada em um pequeno número de itens. Aplicando-se este conceito à gestão de estoques, obtemos

(19)

uma ferramenta de gestão de estoques, através da qual é possível a identificação dos itens de maior valor financeiro em estoque (ou maior valor de demanda), e sobre eles exercer uma gestão mais refinada.

Quanto à importância operacional:

Esta classificação aprecia a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade para se obter o material.

Materiais X Materiais de aplicação não importante, com similares na empresa

Materiais Y Materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar

Materiais Z

Materiais de tal importância que, sem similar na empresa, sua falta causa paralisação da produção

Para essa classificação, deve-se responder o seguinte:

É imprescindível? Fácil Aquisição? Existe similar? A compra do

original/similar é fácil? CLASSE

SIM NÃO NÃO - Z

SIM SIM NÃO - Y

NÃO NÃO SIM NÃO Y

SIM SIM SIM SIM X

NÃO SIM SIM SIM X

Materiais Críticos

Classificação que é muito utilizada por indústrias. São materiais com sua reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base o risco. A quantidade de material classificada como crítico deve ser mínimo. Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios:

(20)

Classificação Materiais Críticos

Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de difícil obtenção ou fabricação

Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte

Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso

Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção

Perecibilidade

Diz-se perecível aquele material com a possibilidade de extinção de suas propriedades físico-químicas, geralmente pelo fator tempo. assim, quando a empresa adquire um material para ser usado em um período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos.

Quanto à possibilidade de se extinguirem, os materiais podem ser classificados em perecíveis e não perecíveis.

Periculosidade

O uso dessa classificação permite a identificação de materiais que devido a suas características físico-químicas, podem oferecer risco à segurança, seja ela no manuseio, transporte, armazenagem.

Possibilidade de fazer ou comprar

Esta classificação visa determinar quais os materiais que poderão ser recondicionados, fabricados internamente ou comprados:

(21)

Fazer ou comprar

Fazer internamente: fabricados na empresa Comprar: adquiridos no mercado

Decisão de comprar ou fazer: sujeito à análise de custos

Recondicionar: materiais passíveis de recuperação sujeito a análise de custos

Nesse contexto de decidir entre comprar ou fazer – que é tomada pela alta cúpula, há duas possíveis estratégias:

Verticalização Tenta-se produzir internamente tudo o que for utilizado na empresa

Horizontalização

Compra-se o máximo possível de itens que compõem o produto final da empresa, mantendo na empresa apenas os processos fundamentais (core processes)

Materiais permanentes ou de consumo:

Esta é basicamente uma classificação contábil, pois se refere à natureza de despesa, no âmbito do SIAFI.

Material de Consumo

Em razão de seu uso rotineiro, normalmente perde a identidade física e tem sua utilização limitada a dois anos Material

Permanente

É aquele que, mesmo em razão de seu uso rotineiro, não perda a identidade física, tendo durabilidade superior a dois anos.

Dificuldade de Aquisição

Os materiais podem ser classificados pelo grau de dificuldade de serem encontrados no mercado para aquisição:

Fabricação Especial Envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo Há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o

(22)

Sazonalidade Há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano

Monopólio ou

tecnologia exclusiva Dependência de um único fornecedor

Logística Sofisticada Material de transporte especial, ou difícil acesso

Importações Os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos externos

QUADRO SINÓPTICO DOS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO

CLASSIFIC. OBJETIVO VANTAGEM DESVANTAGEM APLICAÇÃO

Valor de consumo Materiais de maior valor (consumo) método ABC Demonstrar os materiais de grande investimento no estoque

Não fornece análise de importância

operacional

Fundamental. Deve ser utilizada em conjunto com

importância operacional Importância operacional Importância dos materiais para funcionamento da empresa Demonstra os materiais vitais para a empresa

Não fornece análise econômica dos

estoques

Fundamental. Deve ser utilizada em conjunto com

valor de consumo

Perecibilidade perecível ou não Se o material é

Identifica os materiais sujeitos à perda por perecimento, facilitando armazenagem e

movimentação.

Básica. Deve ser utilizada com classificação de periculosidade Periculosidad e Grau de periculosidade de material

Determina incompatibilidade com os outros materiais, facilitando armazenagem e

movimentação.

Básica. Deve ser utilizada com a classificação de

perecibilidade Fazer ou

comprar

Se o material deve ser comprado, fabricado

internamente ou recondicionado.

Facilita a organização da programação e

planejamento de compras procedimentos de compras Complementar para os

Dificuldade de aquisição

Materiais de fácil ou

difícil aquisição Agiliza a reposição de estoques

Complementar para os procedimentos de compras

4.2. Classificação de Materiais

Assim como as pessoas, os materiais precisam ser identificados, isto é necessário, pois eles devem apresentar um caráter único dentro de uma organização. A classificação dos itens de material é um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque.

(23)

Uma boa identificação de materiais garante que o mesmo atenda às especificações da organização, conforme a necessidade de cada área, com a qualidade desejada. A correta identificação de materiais permite:

Padronização de materiais e equipamentos utilizados na organização;

Maior ganho de escala na compra e redução de custos

Aumento na agilidade nos processos de compras

Otimização da gestão de estoques, redução de falhas (materiais ativos e inativos). O termo classificação de materiais caracteriza a atividade de identificar, codificar e catalogar os materiais de uma organização. A classificação de materiais surge por necessidade, uma vez que com o aumento da industrialização e da introdução da produção em série, foi necessário, para que não ocorressem falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de peças em estoque.

Trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por características semelhantes, servindo de informação gerencial ao administrador de materiais, que se torna capaz de voltar sua atenção a determinada(s) categoria(s) de material(is), ao invés de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais. Sem uma classificação de materiais bem definida, seria quase impossível ao gestor de materiais administrar seus estoques.

Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa. Classificar materiais é reunir itens de estoque de acordo com suas características semelhantes. O sistema classificatório permite identificar e decidir prioridades referentes a suprimentos na empresa. Uma eficiente gestão de estoques, em que os materiais necessários ao funcionamento da empresa não faltam, depende de uma boa classificação dos materiais.

Segue abaixo um quadro resumo com as principais vantagens da classificação de materiais: Uniformizar a linguagem na área da administração de suprimentos

Eliminar a duplicidade de itens em estoque

Considerar a possiblidade de intercâmbio entre os materiais a serem gerenciados Tornar a padronização efetiva, simplificando procedimentos

Facilitar a troca de serviços e cooperação entre as diferentes área da organização Facilitar processos de integração entre os diferentes elos da cadeia de suprimentos Considerar, simultaneamente, necessidades totais de aquisição e/ou utilização

(24)

Dentro das empresas existem vários tipos de classificação de materiais. Estudaremos somente os mais comuns e conhecidos, o que lhe permitirá entender o processo e, se necessário, adaptá-los às necessidades de cada empresa.

Um sistema de classificação deve possuir determinadas qualidades (ou atributos) que o torne satisfatório. Para Viana (2006) um bom método de classificação deve ter algumas características: ser abrangente, flexível e prático.

Abrangência

Deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas materiais para serem classificados. Os aspectos físicos, financeiros e contábeis são todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente.

Abrangência

Deve tratar de um conjunto de características, em vez de reunir apenas materiais para serem classificados. Os aspectos físicos, financeiros e contábeis são todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente.

Praticidade A classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos

Além dos atributos de um sistema de classificação, há de se abordar as etapas (ou princípios) que regem a classificação de materiais, conforme listados a seguir:

 Catalogação: arrolamento de todos os itens de material existentes em estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto;

 Simplificação: redução da diversidade de itens de material em estoque que se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que são empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão no Catalogação Simplificação Especificação Normalização Padronização Codificação catálogo de materiais de apenas um deles.

Catalogação Simplificação Especificação

(25)

 Identificação (Especificação): descrição minuciosa do material, possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao mercado;

 Normalização: estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, ou para seu emprego com segurança. Pode-se dizer, da mesma forma, que a normalização de itens de material é necessária para a consecução da padronização em sua completude. A entidade oficial de normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

 Padronização: uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.);

 Codificação: atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as características do item. Cada item terá, assim, um único código. Dessa maneira, é através da classificação que os itens em estoque são agrupados segundo determinados critérios, sejam eles peso, forma, dimensões, tipo, uso etc. O resultado é a otimização dos controles de estoque, dos procedimentos de armazenagem e da operacionalização dos almoxarifados (= locais de armazenagem dos itens de material, na organização).

QUESTÃO 08 (CESPE - 2014 - ICMBIO - Analista Administrativo) A abrangência, a flexibilidade e a praticidade constituem atributos para a classificação de materiais.

COMENTÁRIOS: Ao se cadastrar os materiais devemos levar em consideração três atributos: • É importante saber estas etapas de classificação, são comuns perguntas

sobre este assunto!! NÃO PERCA A CHANCE DE ACERTAR ESTA QUESTÃO!!

(26)

- Flexibilidade: o sistema de classificação deve SE ADAPTAR A NOVAS CONDIÇÕES.

- Praticidade: o sistema de classificação deve ser PRÁTICO, OU SEJA, DE FÁCIL COMPREENSÃO E UTILIZAÇÃO.

MNEUMONICO:

F

lexibilidade

A

brangência

P

raticidade

Gabarito: Questão CORRETA.

4.3. Tipos de Classificação

Existem diferentes maneiras de se classificar o material dentro das organizações, cada uma poderá adotar seu critério. Alguns dos critérios para tal classificação estão relacionados abaixo: Para Viana (2006, p.52-63) os principais tipos de classificação são:

a) Por tipo e demanda b) Materiais Críticos

c) Perecibilidade d) Periculosidade

e) Possibilidade de fazer ou comprar f) Tipos de estocagem

g) Dificuldade de aquisição h) Mercado fornecedor

(27)

a) Por tipo de demanda

A classificação por tipo de demanda é uma classificação bastante utilizada nas empresas. Ela se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque.

 Materiais não de estoque

São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o ressuprimento. Esses materiais são utilizados imediatamente, ou seja, a inexistência de regularidade de consumo faz com que a compra desses materiais somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se faça necessário.

O usuário é que solicita sua aquisição quando necessário. Devem ser comprados para uso imediato e se forem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente no estoque.

 Materiais de estoques

São materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático. Devem existir no estoque, seu ressuprimento deve ser automático, com base na demanda prevista e na importância para a empresa. Os materiais de estoque se subdividem ainda:

Quanto à aplicação

Quanto ao valor de consumo Quanto à importância operacional

Quanto à aplicação eles podem ser:

 Materiais produtivos: compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao processo produtivo (madeira em indústria de móveis).

 Matérias primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo (bancos de carros na indústria automotiva).

 Produtos em fabricação (intermediário): também conhecidos como materiais em processamento são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no almoxarifado porque já não são mais matérias-primas, nem no

(28)

 Produtos acabados: produtos já prontos (cadeira, computador).

 Materiais de manutenção: materiais aplicados em manutenção com utilização repetitiva (rolamentos, buchas)

 Materiais improdutivos: materiais não incorporados ao produto no processo produtivo da empresa (óleo, gás)

 Materiais de consumo geral: materiais de consumo, aplicados em diversos setores da empresa (material de escritório).

Quanto ao valor do consumo:

Para que se alcance a eficácia na gestão de estoque é necessário que se separe de forma clara, aquilo que é essencial do que é secundário em termos de valor de consumo. Para fazer essa separação nós contamos com uma ferramenta chamada de curva ABC ou Curva de Pareto, ela determina a importância dos materiais em função do valor expresso pelo próprio consumo em determinado período.

O Método da Curva ABC ou Princípio de Pareto (ou, ainda, Curva 80-20), é uma ferramenta segundo a qual os itens de material em estoque são classificados de acordo com sua importância, geralmente financeira.

O principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada, especialmente por representarem altos valores de investimentos e, muitas vezes, com impactos estratégicos para a sobrevivência da organização. Devemos frisar que, na sistemática da Curva ABC, os itens de material em estoque são usualmente classificados de acordo com seu valor financeiro, mas existe a possibilidade de adoção de outros critérios, como, por exemplo, impacto na linha de produção, ou, itens mais requisitados pelos setores da organização.

Os materiais são classificados em materiais:

 Materiais A: materiais de grande valor de consumo - itens de maior relevância

 Materiais B: materiais de médio valor de consumo - itens de importância intermediária

(29)

CLASSE % CRITÉRIO SELECIONADO % QUANTIDADE APROXIMADA EM ESTOQUE

A 80% 20%

B 15% 30%

C 5% 50%

A representação gráfica da curva ABC é apresentada a seguir, adotando-se, como critério, o valor dos itens em estoque:

De forma geral, os itens A correspondem a apenas 20% do quantitativo de materiais em estoque. No entanto, apesar dos poucos itens em estoque, esses itens somam aproximadamente 80% do valor acumulado nos almoxarifados. Assim, concluímos que os itens A possuem as características de “poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado”. A Classificação ABC é uma ferramenta de gestão de estoques, através da qual é possível a identificação dos itens de maior valor financeiro em estoque (ou maior valor de demanda), e sobre eles exercer uma gestão mais refinada.

Quanto à importância operacional:

(30)

 Materiais X: materiais de aplicação não importante, com similares na empresa;

 Materiais Y: materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar;

 Materiais Z: materiais de importância vital, sem similar na empresa, e sua falta ocasiona paralisação da produção.

Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam a paralisação de atividades essenciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo.

Os materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da organização. Entretanto podem ser facilmente substituídos em curto prazo.

Os itens “X” por sua vez são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e ainda são fáceis de serem encontrados.

Uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques.

b) Materiais Críticos

Esta classificação é muito utilizada por indústrias. São materiais de reposição específica, cuja demanda não é previsível e a decisão de estocar tem como base o risco. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência. A quantidade de material cadastrado como material crítico dentro de uma empresa deve ser mínima.

Os materiais são classificados como críticos segundo os seguintes critérios:

Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de difícil obtenção ou fabricação.

Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte.

Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões.

(31)

Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso

Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção.

c) Perecibilidade

Trata-se de uma classificação que leva em conta o desaparecimento das propriedades físico-químicas do material. Muitas vezes, o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire um material para ser usado em um período, e nesse período o consumo não ocorre, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos.

Quanto à possibilidade de se extinguirem, seja dentro do prazo previsto para sua utilização, seja por ação imprevista, os materiais podem ser classificados em: perecível e não perecível. Gêneros alimentícios, vacinas, materiais para testes laboratoriais, entre outros, são considerados perecíveis, já que estão sujeitos à deterioração e à decomposição.

Os perecíveis podem ser ainda subdivididos em perecíveis por:

 Ação higroscópica: ex. sal, cal virgem;

 Pela limitação do tempo ex. alimentos, remédios;

 Instabilidade: ex. ácidos, óxido de etileno;

 Volatilidade: ex. amoníaco, éter;

 Contaminação da água: ex. óleo para transformadores;

 Contaminação por partículas sólidas: ex. graxas;

 Gravidade: ex. eixos de grande comprimento;

 Quebra, colisão ou vibração: ex. vidro, cristais;

 Mudança de temperatura: ex. vedantes de borracha;

(32)

 Ação de animais: ex. grãos, madeira.

A utilização da classificação por perecimento permite as seguintes medidas:

 Determinar lotes de compra mais racionais, em função do tempo de armazenagem permitido;

 Programar revisões periódicas para detectar falhas de estocagem a fim de corrigi-las e baixar materiais sem condições de uso;

 Selecionar adequadamente os locais de estocagem, usando técnicas adequadas de manuseio e transporte de materiais, bem como transmitir orientações aos funcionários envolvidos quanto aos cuidados a serem observados.

d) Periculosidade

Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em especial durante as atividades de manuseio e transporte. Nesta categoria, estão inseridos os explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, oxidantes etc.

e) Possibilidade de fazer ou comprar

Esta classificação tem por objetivo prover a informação de quais materiais poderão ser produzidos internamente pela organização, e quais deverão ser adquiridos no mercado. As categorias de classificação podem ser assim listadas:

 Materiais a serem produzidos internamente;

 Materiais a serem adquiridos;

 Materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente;

 Materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso-a- caso pela organização).

(33)

A decisão sobre produzir ou adquirir um item de material no mercado é tomada pela cúpula da organização, considerando os custos e a estrutura envolvida. Nesse contexto, há duas estratégias possíveis: a verticalização e a horizontalização:

 Verticalização: Produz-se (ou tenta-se produzir) internamente tudo o que puder. Essa estratégia foi dominante nas grandes empresas, até o final do século passado, no intuito de assegurar a independência de terceiros (ex: General Motors). Mais raramente, há empresas que ainda se esforçam na verticalização de seus negócios (um exemplo seria a Faber-Castell que, na última década, esforçou-se na conquista da autossuficiência no plantio de madeira, matéria-prima na confecção de lápis). No entanto, verticalizar mostrou-se um negócio arriscado, já que se corre o risco da empresa ficar “engessada”, ou seja, a imobilização de recursos pode tornar o negócio pouco flexível.

 Horizontalização: Compra-se de terceiros o máximo de itens que irão compor o produto final. Esta estratégia é a grande tendência das empresas modernas). De modo geral, apenas os processos fundamentais (chamados core processes) não são terceirizados, por razões de segredos tecnológicos.

O quadro abaixo sumariza as vantagens e desvantagens dessas estratégias:

Vantagens Desvantagens

Verticalização

- Independência de terceiros; - Maiores lucros;

- Manutenção de segredo sobre tecnologias próprias.

- Perda de flexibilidade (a empresa fica “engessada”);

- Maior investimento (maiores custos).

Horizontalização

- Garantia de flexibilidade à empresa;

- Menores custos (não há despesa na criação de estruturas internas).

-Perda de controle tecnológico; - Dependência de terceiros; - Lucros menores.

(34)

f) Tipos de estocagem

Os materiais podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e temporária. Veja o detalhamento abaixo:

 Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam de ressuprimento constantes.

 Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque.

g) Dificuldade de aquisição

Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de compra em materiais de difícil aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldade podem advir de:

 Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo;

 Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo produtivo;

 Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano;

 Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor;

 Logística sofisticada: material de transporte especial, ou difícil acesso;

 Importações: os materiais sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos externos.

h) Mercado fornecedor

Esta classificação está intimamente ligada à anterior e a complementa. Assim temos:

 Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país;

(35)

 Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo fornecedores nacionais.

4.4. Atributos para Classsificação

 Materiais Permanentes e de Consumo

A classificação de um bem como permanente ou de consumo é, predominantemente, uma classificação contábil, pois é referente à Natureza de Despesa, no âmbito do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). De modo geral, podemos traçar as seguintes definições:

•Pode-se ter o mesmo item com classificação diferente, pois a classificação pode depender de critérios específicos, por exemplo: Um estoque de chapas de aço, não é porque todos materiais são chapas de aço que terão a mesma classificação, a aplicação pode ser diferente, logo a classificação será diferente.

PONTO DE ATENÇÃO

Material de Consumo

• É aquele que, em razão de seu uso corrente,

perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos.

Material Permanente

• É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua identidade física, mesmo quando

incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superior a dois anos.

(36)

permanente. De acordo com essa norma, é material de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais dos seguintes quesitos:

“Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros excludentes, tomados em conjunto, para a identificação do material permanente:

I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos;

II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade;

III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou perde sua característica normal de uso;

IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal; e

V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação.”

Existe uma redação mais atual destes critérios é apresentada pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Portaria Conjunta STN/SOF nº 01/11):

“Um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir: - Critério da Durabilidade (...);

- Critério da Fragilidade (...); - Critério da Perecibilidade (...); - Critério da Incorporabilidade (...); - Critério da Transformabilidade (...)”

Usualmente, este conteúdo é cobrado de forma simples em concursos. De qualquer modo, vale a pena decorar os (cinco) critérios acima.

VEJA COMO É COBRADO EM PROVAS

QUESTÃO 09 (CESPE / PETROBRAS / 2007 - adaptada) Além do controle de estoques, a área de gestão de materiais engloba as atividades de compra, almoxarifado, movimentação e distribuição de materiais.

Comentários: Todas as atividades listadas na afirmativa são efetivamente inerentes à área de Gestão de Materiais. (Atenção: “almoxarifado”, no enunciado, refere-se à atividade de armazenagem dos itens de material)

(37)

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 10 . (CESPE / FUB / 2008) A conservação dos estoques em perfeito estado, que tem por objetivo reduzir as perdas da organização, é uma atividade típica da administração financeira.

Comentários: A conservação de estoques em perfeito estado é uma atividade típica da Administração de Recursos Materiais.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 11 . (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação e normalização são etapas da classificação de materiais.

Comentários: A assertiva acima está de acordo com o que vimos no que diz respeito às etapas da classificação de materiais. Faltou apenas a menção à padronização, o que não compromete o enunciado.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 12 . (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de uma oficina mecânica, haja vários parafusos de diferentes tipos. Nessa situação, no controle de estoque, todos os parafusos devem ser considerados um mesmo item de consumo, atribuindo-se a esse item uma única codificação.

Comentários: Parafusos de diferentes tipos usualmente têm aplicações distintas. Assim, não há de se falar de simplificação, mas sim de uma especificação apropriada para cada parafuso.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 13 (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda, os materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque.

Comentários: Esta questão foi inserida na aula apenas para reforçar a assimilação do conteúdo

anterior.

(38)

QUESTÃO 14 (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão público adquirir 50 cartuchos de toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser considerados como produtos acabados para o referido órgão.

Comentários: O produto acabado ou final é aquele referente à atividade fim da organização. Em se tratando de órgãos públicos, o mais comum é que a atividade fim seja um serviço, como a fiscalização de tributos ou da aplicação de leis, por exemplo. Dessa forma, o uso de material de expediente, de informática, gráfico, ferramentas, entre outros, não só não se constitui no produto final, como também não são incorporados no produto final. São os chamados materiais auxiliares, como o mencionado toner do enunciado da questão.

Gabarito da questão: Errada

QUESTÃO 15 (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques.

Comentários: A vantagem da utilização da classificação do tipo importância operacional é a

obtenção da informação dos itens de material em estoque considerados vitais para a organização, seja em termos de continuidade da produção ou de segurança às pessoas, ao ambiente e ao patrimônio. Contudo, com base apenas nesse tipo de classificação, o Gestor de Materiais não conseguirá saber quais os itens em estoque responsáveis pelo maior valor financeiro, por exemplo. Este tipo de informação é dada pela Classificação ABC (ou de Pareto), que veremos mais adiante nesta aula.

Gabarito da questão: Certa

QUESTÃO 16 (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital.

• Em órgãos públicos, a aquisição dos materiais não de estoque, nos quais a demanda é imprevisível, é feita, preferencialmente, mediante o chamado Sistema de Registro de Preços, que será abordado posteriormente na aula sobre compras governamentais.

Referências

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