O território na Política de Coesão 2014-2020
Das propostas regulamentares aos
Das propostas regulamentares aos
desafios da programação
Lisboa, 15 de maio 2012
Sumário
• Principais marcos no debate sobre Política Coesão 2014-20
• Calendário de negociação e a proposta de envelope
Calendário de negociação e a proposta de envelope
financeiro (jun 2011)
• As propostas regulamentares da COM (out 2011);
As propostas regulamentares da COM (out 2011);
• Os desafios à incorporação da abordagem territorial na
programação
Propostas da COM para 2014-2020
após um longo debate europeu
…após um longo debate europeu
• Debate(s) iniciado(s) em 2007 na sequência do acordo sobre
• Debate(s) iniciado(s) em 2007, na sequência do acordo sobre
perspectivas financeiras alcançado em 2005
–Budget Review
, F d P lí i d C ãH l h Ch k
d PACFuturo da Política de Coesão,
Health Check
da PAC;• O impasse da ratificação do Tratado de Lisboa;
• A estratégia UE 2020;
• O debate da Coesão
(racionalidade da política; articulação com a• O debate da Coesão
(racionalidade da política; articulação com a Estratégia 2020 e o novo quadro europeu de governação económica;) mecanismos de implementação);
• A agenda territorial – lógica intergovernamental;
Principais marcos
p
• Iniciado em 2007 (4º Relatório da Coesão e 4º Fórum da Coesão) e “enquadrado” pela
Budget Review (compromisso Conselho em 2005)
• 1ª consulta pública finais 2007-Jan.2008– resultados no 5º Relatório intercalar da Coesão [Posição formal do Governo PT]
• Conclusões das Reuniões Informais de Ministros ou de alto-nível das PRES da UE de 2007 a 2011 (PT; SL; FR; CZ; SE; ES; BE; HU; PL)
• Regions 2020 – Nov. 2008 (Os “novos” desafios: globalização; demografia; alterações climáticas; e energia)
• Papers dos Comissários: D. Hubner (Abr.2009) e P. Samecki (Dez.2009) • Relatório Barca (Abr. 2009)
• 5º Relatório da Coesão (Nov. 2010), 5ª Fórum Coesão (Jan2011) e 2ª consulta pública
Outros marcos de relevo
• Livro Verde sobre a Coesão Territorial Europeia: Tirar Partido da
Diversidade Territorial (Out. 2008) com consulta pública – resultados no 6º Relatório intercalar da Coesão [Posição formal do Governo PT]
• Agenda territorial 2020 (2011)
• Estratégia EUROPA 2020 (lançada em Mar 2010 e adoptada pelo Conselho em Jun. 2010)
• Comunicação da CE sobre
Budget Review
(Out. 2009) • Grupos de alto nível da DG REGIO e DG EMP• Posições formais
Ad Hoc
de alguns EM• Papel da PC na resposta à crise p p (e.g. Comunicação da CE "EU Cohesion Policy: ( g ç y Investing in the real economy“ – Dez. 2008)
• Aproximação da CE à matriz de política regional da OCDEp ç p g place-based policy
Calendário
5thReport on Economic, Social and Territorial Cohesion & Public Consultationon Common Entry intoforce and Proposals for Cohesion Cohesion & public consultation on Common Strategic Framework force and adoption of programmes Cohesion Policy 2014-2020 2014 Nov.
2010 June2011 2011Oct. 2011Dec. 2012Jan. 2012 – 2013 March 2010 Agreement Communi Proposal Adoption Agreement on MFF and adoption of new legislative package Communi-cation from the Commission: Common Strategic Proposal by the Commission for a Multiannual Financial Adoption of Europe 2020 Strategy package Strategic Framework Financial Framework (MFF) Fonte: CE
Proposta de Envelope financeiro
para Política de Coesão 2014 2020
para Política de Coesão 2014-2020
Cohesion Policy 33 % (€336 billion) Oth li i Connecting Other policies (agriculture, research, external etc.) 63 % (€649 billion) Europe Facility 4 % (€40 billion) Fonte: CE
Eligibilidade 2014-2020
< 75 % of EU average GDP/capita* 75-90 % > 90 % *index EU27=100 3 categorias
de regiões
Canarias Guyane Réunion Guadeloupe/ Martiniquede regiões
Martinique Madeira Açores MaltaLess developed regions
Transition regions
More developed regions
Regional GDP figures: 2006-07-08 GNI figures: 2007-08-09
© EuroGeographics Association for the administrative boundaries
Alocações por categorias
Alocações por categorias
Less developed regions/MS Transition regions More developed regions
15,8 % 90 100 450 500 Cohesion Fund¹ 68.7
Less developed regions 162.6
11,6 % 60 70 80 307.1 300 350 400 p g Transition regions 38.9
More developed regions 53.1
European Territorial 11.7 68,7 40 50 60 200 250 300 Cooperation
Outermost regions and sparsely populated areas
0.9 Total 336 0 % 10 20 30 119,2 72,4 50 100 150 Total 336.0 0 10 119,2 0 50 Budget allocation
(in %) Population covered(in millions)
¹ €10 billion from the Cohesion Fund will be allocated to the Connecting Europe Facility
As propostas regulamentares da COM
As propostas regulamentares da COM
Principais (re)orientações
p
( )
ç
• Alinhamento com EU 2020 e PNR
• Subordinação aos mecanismos de governação económica
(semestre europeu):
• condicionalidade macroeconómica;
• recomendações oriundas desse processo;
• Orientação para resultados:
• indicadores, reporte, monitorização e avaliação
• quadro de performance (metas e milestones) – 5% de reserva de performance a nível nacional
• Concentração temática
maximizar impactos• Concentração temática –
maximizar impactos• Condicionalidades ex-ante –
assegurar condições prévias à eficáciada política da política
Principais (re)orientações
p
( )
ç
• Maior integração:
• Quadro estratégico Comum (QEC)
• Contrato de parceria, com reporte próprio
PO lti f d / lti t i ( i f d
• PO multi-fundos e/ou multi-categorias (mas eixos fundos e mono-categorias)
• Instrumentos que promovem abordagens mais integradas ou orientadas q p g g para resultados:
• Integrated Territorial Investment, para desenvolvimento urbano (5% FEDER) ou outras estratégias territoriais;g ;
• Community Led local development – lógica LEADER;
• Joint Action Plan – contratualização com base em resultados
Instrumentos de programação
THE COMMON STRATEGIC FRAMEWORK ERDF ESF CF EAFRD EMFF
THE COMMON STRATEGIC FRAMEWORK ERDF ESF CF EAFRD EMFF
EU level EU level
p g
ç
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF THE PARTNERSHIP CONTRACT
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF THE PARTNERSHIP CONTRACT
ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF National level
National level ERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFFERDF, ESF, CF, EAFRD, EMFF Operational Programmes
for ERDF
Operational Programmes
for ERDF dd Rural Rural ll OperationalOperational
National or National or
for ERDF
for ERDF development
programmes (EAFRD) development programmes (EAFRD) Operational Programmes for ESF Operational Programmes for ESF Operational Programmes for (EMFF) Operational Programmes for (EMFF) National or
regional levelNational or regional level Operational Programmes for CF Operational Programmes for CF Multifund Operational Programmes for ERDF, ESF, CFMultifund Operational Programmes for ERDF, ESF, CF
Generalapproach
Lógica de programação
EU 2020 headline targets GDP
OPERATIONAL PROGRAMME – INTERVENTION LOGIC
pp
g
p g
ç
Specific objectives corresponding Actions Thematic objectives
Result indicators Output indicators EU 2020 headline targets, GDP,
employment rate
to investment priorities Actions Thematic objectives
Disparities and development needs
National Reform Programme, national targets
THE PARTNERSHIP CONTRACT
needs national targets
THE COMMON STRATEGIC FRAMEWORK
Key territorial challenges Key actions Objectives and targets of EU 2020
Lista de objectivos temáticos
ERDF ESF CF Thematic objective
1 Strengthening research technological development and innovation
j
1. Strengthening research, technological development and innovation
2. Enhancing access to, and use and quality of, information and communication technologies 3. Enhancing the competitiveness of small and medium-sized enterprises, the agricultural 3. Enhancing the competitiveness of small and medium sized enterprises, the agricultural
sector (for the EAFRD) and the fisheries and aquaculture sector (for the EMFF) 4. Supporting the shift towards a low-carbon economy in all sectors
5. Promoting climate change adaptation, risk prevention and management 6. Protecting the environment and promoting resource efficiency
7 Promoting sustainable transport and removing bottlenecks in key network 7. Promoting sustainable transport and removing bottlenecks in key network
infrastructures
8. Promoting employment and supporting labour mobility 9. Promoting social inclusion and combating poverty 9. Promoting social inclusion and combating poverty 10. Investing in education, skills and lifelong learning
11. Enhancing institutional capacity and an efficient public administration
Mecanismos de
ringfencing
g
g
temas (Norte, Centro, Alentejo Less developed
e Açores) Transition (Algarve)
More developed (Lisboa, Madeira)
1 strengthening research, technological development and innovationand innovation;
37,5%, incluindo 4,5% no tema 4 (% de FEDER: 50% FEDER, incluindo 6% no tema 4) 48%, incluindo 12% no tema 4 (% de FEDER: 80% FEDER, incluindo 20% no tema 4) 38%, incluindo 10% no tema 4 (% de FEDER: 80% FEDER, incluindo 20% no tema 4)
3 enhancing the competitiveness of small and medium-sized enterprises; 4 supporting the shift towards a low-carbon economy in all sectors;all sectors; 2 enhancing accessibility to and use and quality of information and communication technologies;
Li Li
Livre para estes temas 10%, com restrição adicional de
ã d i i f
5 promoting climate change adaptation and risk prevention;
Livre para estes temas
37,5% Livre para estes temas 12% não poder apoiar infra-estruturas básicas de ambiente (5 e 6), transportes
(7) e TIC (2) prevention;
6 protecting the environment and promoting the sustainable use of resources; 7 promoting sustainable transport and removing bottlenecks in key network infrastructures;bottlenecks in key network infrastructures; 8 promoting employment and supporting labourmobility;*
25% FSE, dos quais 60% em 4 prioridades de
investimento
40% FSE, dos quais 70% em 4 prioridades de
investimento
52% FSE, dos quais 80% em 4 prioridades de
investimento
9 promoting social inclusion and combating poverty;*
10 investing in education, skills and lifelong learning;*
investimento investimento investimento
11 enhancing institutional capacity and an efficient public administration.*
ITI- Sustainable Urban Development 5% do FEDER
Abordagem territorial
g
• Quadro Estratégico Comum:
• principais desafios territoriais (urbano rural zonas costeiras etc ) • principais desafios territoriais (urbano, rural, zonas costeiras, etc.); • prioridades de cooperação;
• mecanismos de coordenação (entre fundos e entre políticas ç ( p europeias);
• Contrato de Parceria e PO
• mecanismos de coordenação de financiamentos;
• abordagens integradas de mobilização dos fundos no desenvolvimento territorial;
desenvolvimento territorial;
• princípios para a utilização dos novos instrumentos (ITI e CLLD), incluindo lista de cidades;
• abordagens territoriais de combate à pobreza e à exclusão.
• Regiões Ultraperiféricas
Novos instrumentos
• Ações de desenvolvimento local (CLLD) - LEADER
• Para estratégias de desenvolvimento local (com plano de ação) g ( p ç )
concebidas e implementadas com forte envolvimento da comunidade (lógica
bottom-up
) – por princípio um território/uma estratégia[COM definirá limiares de área e população];
[ p p ç ];
• Promovidos por consórcios (GAL) onde nenhum parceiro pode deter mais de 49% dos votos;
M bili d fi i t d di f d i l i d FEADER • Mobilizando financiamento de diversos fundos, incluindo FEADER e
FEMP, existindo um fundo principal;
• Mínimo 5% do FEADER nesta abordagem;g ;
• EM definem critérios de seleção destas iniciativas, que cabe a um
comité designado para o efeito pela(s) AG (a selecionar, no máximo, até final de 2015);
2015);
• São elegíveis custos de preparação (até 2 anos) e de implementação, incluindo atividades de preparação e cooperação dos GAL e custos de f i t ti id d d i ã ( á i 25%)
Novos instrumentos
• Investimentos Territoriais Integrados (ITI)
• Para estratégias de desenvolvimento territorial, nomeadamente de á
desenvolvimento urbano sustentável, ou pactos do FSE • Mobilizando financiamento de vários eixos e de vários PO
• Promovidas por organismos intermédiosPromovidas por organismos intermédios (incluindo governos locais e regionais,(incluindo governos locais e regionais, agências de desenvolvimento e ONG), através de delegação de competências
numa escala muito variável;
• Mínimo de 5% do FEDER a aplicar via ITI em ações de desenvolvimento • Mínimo de 5% do FEDER a aplicar via ITI em ações de desenvolvimento
urbano sustentável (sem harmonização europeia de cidade);
• Pode ser
top-down
e não exige parcerias de diversas entidades na sua implementação.• Planos de ação conjunto -
Operações promovidas por beneficiáriosúbli á i l i l t ã tã t l
públicos responsáveis pela sua implementação, com gestão e controlo exclusivamente baseado em resultados.
• Plataforma de desenvolvimento urbano
Plataforma de desenvolvimento urbano
(rede de boas práticas max 300(rede de boas práticas, max.300 cidades) eações inovadoras de desenvolvimento
Os desafios à incorporação da abordagem
territorial na programação
Equilíbrio Foco-Flexibilidade
q
Necessidades, EU2020 objectivos
temáticos potencialidades e especificidades nacionais e regionais
Prioridades de
investimento Objectivos específicos definidos a nível
O CO B ILID ADE Programa investimento
(definidas a nível da UE) nacional e regionaldefinidos a nível
FO
FLEXI
B
Programa
Indicadores Comuns Indicadores específicos do Programa
acções
(novo) Papel dos fundos comunitários no
contexto económico financeiro de PT
contexto económico-financeiro de PT
• Fundos comunitários assumem-se como a fonte de
financiamento das necessidades de investimentos
estruturais;
• Fortes limitações nas capacidades de (co)financiamento dos
promotores públicos;
p
p
;
• Fundos comunitários centrais no processo de governação
económica reforçada (condicionalidades e recomendações);
económica reforçada (condicionalidades e recomendações);
• “Integração” da programação e gestão de fundos com a
ã
tã
t l
di
í i d
programação e gestão orçamental nos diversos níveis de
governo.
Programação e gestão centrada em
condicionalidades e resultados
condicionalidades e resultados
• A maior exigência sobre condições necessárias à eficácia da
g
ç
política pública cofinanciada – a capacitação institucional;
• A explicitação ex-ante dos resultados a atingir e do
• A explicitação ex-ante dos resultados a atingir e do
contributo dos mesmos para os macro-objetivos da Europa
2020 – enorme desafio à territorialização;
ç ;
• A necessidade de combinar seletividade nas intervenções
com flexibilidade nas escalas territoriais (e g as regiões
com flexibilidade nas escalas territoriais (e.g. as regiões
funcionais);
A
ê i d i t
õ
t
itó i
• A coerência de intervenções no território – um
território/uma estratégia?
Territorialização da Política de Inovação?
Territorialização da Política de Inovação?
2,3 3
% Meta 2020
2003 2008
Despesas em I&D (% do PIB)
1,0 1,5 1,2 1,2 2,3 0 9 2003 2008 0,7 0,6 0,6 , 0,4 0,2 0,4 0,2 0,9 0,4 0,4 0,4 0
Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. Açores R. A. Madeira 2 % 1,9 0,7 0,7 1,5 1,7 1 UE 27 Portugal , , 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Territorialização da Política de educação?
Territorialização da Política de educação?
45 55 48 45 50 % 2005 2010
Taxa de abandono escolar precoce
39 34 30 39 37 29 31 28 23 28 31 37 0 Meta 2020
Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R. A. Açores R. A. Madeira 44 40 % P l 44 39 29 18 16 14 20 40 % Portugal UE 27 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Em síntese…
• O território na Política de Coesão 2014-2020:
• Estratégia Europa 2020 – Aespacial;
• Livro verde coesão territorial – A omnipresença pouco
operacional;
• QEC – O território como espaço de integração?
• Propostas regulamentares:
• o território como elemento importante para potenciar os resultados da política?
• A abordagem matricial – objetivos temáticos vs. operações i t d à did d ifi id d t it i i
Em síntese…
D
fi
• Desafios:
• Do território como elemento autocentrado de programação
(PO/eixos/subvenções globais) à integração territorial de diferentes (PO/eixos/subvenções globais) à integração territorial de diferentes instrumentos de programação e gestão;
• Como construir soluções sobre as experiências QREN e QCA ç p
(ambição e realismo);
• A orientação para resultados – dos consensos aos verdadeiros
i A id d d ti P t T it i i
compromissos – A capacidade de concretizar Pactos Territoriais
(incluindo a maior integração dos “contratos” entre níveis de governo);
• A total integração da programação (e gestão) de fundos comunitários g ç p g ç g na programação (e gestão) da política pública em Portugal;
• A mobilização de conhecimentos “locais” sem questionar a qualidade tifi ã d i t d tã
a certificação do sistema de gestão.
• A capacidade de mobilizar os diversos atores locais de forma alinhada (parceria genuína sem fadiga institucional) e evitando armadilhas de
alinhada (parceria genuína sem fadiga institucional) e evitando armadilhas de proximidade).