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Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Quero

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Academic year: 2021

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Produtor: Itamir Neves Locutor: Itamir Neves

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Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Quero

saudá-lo em nome de Jesus. É com grande prazer que mais uma vez entro em contato com você com o objetivo de dedicar esse tempo para juntos estudarmos a Palavra de Deus. Desejo que o estudo de hoje sirva para a sua edificação e traga, além dos desafios do texto, as mais preciosas bênçãos divinas para a sua vida. Hoje vamos estudar sobre um tema bem importante e pratico. Vamos refletir novamente sobre o nosso falar. Vamos refletir sobre Tiago 4.11-12, estudando um pouco mais sobre o falar cristão maduro, sobre a tendência que temos de julgar os irmãos. Você que tem acompanhado o programa sabe que logo no início do programa registro as correspondências que vocês enviam. Quero usar esse momento para registrar a carta que o RDL nos enviou da cidade de Martinópolis, no estado de São Paulo, 1014 “Agradeço pelos estudos, pois cada vez mais vem abrindo meus olhos espirituais. Como o cego de Betsaida, também via os homens como arvores, mas pedi a Deus que abrisse meus olhos e vejo hoje com os olhos espirituais, vejo ao longe e distintamente a todos. Graças a Deus hoje me sinto livre das correntes do inimigo de nossas almas, pois foi Deus que me tirou das trevas e da sombra da morte e quebrou minhas cadeias, libertando-me”. RDL –aluno/presidiário – Martinopolis – SP- carta.

Querido amigo, querido irmão somos gratos por suas palavras. Louvamos a Deus pelo seu desejo de se comprometer mais com O Senhor e agradecemos a Deus pelo seu interesse em estudar a Palavra. De fato, somente Deus pode nos mostrar através da visão espiritual as bênçãos que ele tem reservado para nós e, é essa a nossa oração por você: que cada dia mais você perceba o que Deus tem preparado para você. Que Deus te abençoe e que você seja uma bênção no meio onde você está. Agora, quero convidá-lo e, a todos que nos sintonizam nesse momento a buscar ao Senhor através

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da oração: "Pai querido, obrigado pelo tua preciosa graça. Diante da tua misericórdia

nos enchemos de ousadia e penetramos na tua presença pelo precioso sangue de Cristo para buscar graça nesta ocasião. Pai te pedimos que a tua companhia seja experimentada por todos nós, nos mais diversos lugares onde estivermos, em todos os momentos. Também te pedimos que nos ilumine nesse momento de estudo. Que a Tua palavra molde o nosso caráter. Oramos em nome de Jesus. Amém!".

Querido amigo hoje temos como objetivo estudarmos o terceiro parágrafo do capítulo quatro desta carta de Tiago. Vamos estudar Tiago 4.11-12. São apenas dois versos, porém o conteúdo deles é de suma importância para todos nós. Esses dois versos nos chamam a atenção para o julgamento que fazemos uns dos outros, nos chama a atenção para a prática da maledicência, prática que infelizmente vemos em muitas das nossas comunidades e, nos chama a atenção para o perigo de nos colocarmos na posição de juízes, tomando o lugar do único Legislador e Juiz.

Jesus disse: Não julgueis, para que não sejais julgados (Mateus 7:1). Este versículo é citado por muitas pessoas para condenar qualquer pessoa que critica as doutrinas ou práticas religiosas de outros. Ironicamente, as pessoas que assim usam o texto não percebem que elas mesmas estão julgando a outra pessoa por desobedecer esta proibição! Então surge a questão: É pecado julgar? Como é que devemos entender essas palavras de Jesus?

Temos que entender que Jesus condenou o julgamento hipócrita. Ele emprega uma imagem engraçada para ilustrar a sua ordem. Uma pessoa vê um cisco no olho do seu irmão, e se oferece para tirá-lo porque a visão daquele cisco a incomoda. Só que essa pessoa que ter tirar o cisco é o juiz hipócrita, porque tem uma viga no olho dela! Jesus disse que temos que tirar nossas próprias vigas antes de remover os ciscos dos outros.

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Não devemos condenar os probleminhas dos outros quando praticamos pecados mais

maiores, muito mais graves.

Temos que entender também que Jesus condenou a atitude negativa daquele que julga. Algumas pessoas vivem para criticar, sempre procurando e destacando as falhas dos outros. Tais pessoas convidam outros a ser críticos, também. Quando condenamos as pequenas falhas de outros, eles terão motivo para nos condenar (considere o exemplo do servo que não perdoou o outro, Mateus 18:23-35).

Entretanto, temos que entender também que Jesus não condena a avaliação dos outros. Mateus 7 mostra claramente que Jesus não está condenando a avaliação dos outros. Temos que discernir entre o certo e o errado, e entre as pessoas que praticam as coisas de Deus e as que andam no erro. Em Mateus 7.6, Jesus exige a avaliação das pessoas que proclamam o evangelho, e a rejeição dos "porcos" e "cães". Do versículo 15 ao 20, ele ensina sobre a avaliação dos mestres, dos professores. Essa avaliação deve ser feito observando-se os frutos produzidos (conf. Mateus 16:6,11-12). Portanto, com muita maturidade e discernimento temos que ter controle sobre o nosso falar. Se por um lado não podemos deixar de avaliar e percebermos os frutos produzidos, por outro lado não podemos julgar colocando-nos no papel de juiz. O título para esse texto, então, é:

Um falar controlado Tg 4. 11-12

Introdução

É digno de nota que Tiago mencione novamente esse tema tão relevante. Em 1.19 ele recomendou que devíamos gastar mais tempo em ouvir do que falar. Em 3.1-12 ele nos alertou sobre o uso correto da língua e, aqui, em 4.11-12 ele novamente trata do

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assunto. Por ser uma carta extremamente prática ele insiste nessa orientação sabendo

que pelo nosso falar podemos edificar pessoas, podemos glorificar a Deus, mas também podemos destruir a vida de alguém. Daí a necessidade de uma falar controlado. Mas, não apenas Tiago nos mostra a seriedade desse princípio, como temos visto, em outras passagens também encontramos orientações claras sobre o tema. Lemos em Jó: Se o ouvirem, e o servirem, acabarão seus dias em bens e seus anos em delicias (conf. Jó 36.11), mostrando que é mais prudente ouvir do que falar. E, na verdade, a Bíblia dá mais valor a quem sabe ouvir do que quem sabe falar. O sábio Salomão nos aconselha: ... chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos ... (Ec.5.1); quando falamos sempre nos arriscamos a errar, e isto é natural. Mas, quando ouvimos sempre podemos aprender com os nossos interlocutores, tanto o que é certo quanto o que é errado. A Bíblia ensina que todo crente seja pronto para ouvir. O profeta Isaias ratifica essa verdade convidando-nos: Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá ... (Is 55.3). O próprio Jesus advertiu aos crentes das sete igrejas da Ásia menor: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas ... (Ap. 2.17). Novamente Salomão recomenda: As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais de quem os gritos de quem governa entre tolos (Ec 9.17); e, além desses textos podemos citar outras recomendações: Jó 42. 4-5; Hc 3.2; Dt 4.10; 5.1; Sl 49.1-4; Is 1.2-3; Ap.1.3). O próprio Deus quando estabeleceu a sua aliança advertiu o povo de Israel: Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos ... (conf. Ex.19.5). Em Eclesiastes 7.5, o sábio nos ensina que é muito melhor ouvir a repreensão da pessoa sábia do que ouvir alguém cantando como tolo. Há um provérbio popular que diz: "Se

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alguém quer ser um bom juiz, ouve o que o outro diz".

Uma grande necessidade hoje está no cuidado que devemos ter com aquilo que falamos; pois como diz o talmude: "a língua do homem é como abelha; tem mel e tem ferrão".

Devemos estar atentos e orar, para que através do ensino deste estudo o Espírito Santo venha nos ajudar a manter a nossa língua sob freio do temor do Senhor. Que o Senhor nos ajude a viver na pratica da palavra de Deus, como é a ênfase de Tiago, para que não caiamos em descrédito diante daqueles que nos rodeiam. Por isso precisamos vigiar, santificando a língua, para que não venhamos a tropeçar por palavras. O grande pacifista Gandhi disse certa vez a um cristão que tentava evangelizá-lo: Eu conheço e admiro vosso Cristo, mas não aceito o vosso cristianismo. Será que por causa das nossas palavras não estamos estragando ou retardando a obra que Deus quer realizar na vida daqueles que nos cercam? Deixe-me ler o texto que servirá para nossa meditação:

4.11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. 4.12 Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?

Muito bem, diante do que já tratamos e diante desses fois versos bem claros, o princípio que esse texto nos fornece podemos ver através dessa frase bem resumida:

O cristão maduro deve caracterizar-se por um falar controlado.

Neste texto encontramos três considerações sobre o falar controlado A 1ª consideração refere-se a ordem de não falar mal uns dos outros –

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1. É criticar, isto é, é pré-julgar

2. É fofocar, isto é, tagarelar, falar aquilo que não edifica

3. É difamar, isto é, tirar a boa fama ou o crédito, é desacreditar publicamente 4. É caluniar, isto é, é mentir, é acusar sem ter provas, é deixar dúvidas no ar 5. É espalhar informações falsas – é a maledicência, conf. Êx 23.1

A 2ª consideração refere-se a razão da ordem pois quem fala mal está julgando –

1. O que é julgar? 1.1. É condenar,

1.2. É achar erros na vida dos outros,

1.3. É fazer distinção, selecionar, preferir, criar panelas, 1.4. É se intrometer na vida dos outros (conf. Pv 26.7) 1.5. É fazer acepção de pessoas (conf. 2.1)

2. Por que não julgar?

2.1. Porque não é sábio (conf. Rm 2.1; Mt 7.1) 2.2. Porque é irrelevante (conf. 1Co 4.3-5)

2.3. Porque não estamos qualificados (conf. Jo 8.7) 2.4. Porque não é de nossa alçada (conf. Rm 14.4)

2.5. Porque não conhecemos a intenção do coração do irmão (conf. Rm 2.16) 3. Qual a diferença entre julgar e avaliar?

3.1. Ao avaliar observamos os fatos (conf. Ex 18.21; 1Tm3; Tt 1) 3.2. Ao avaliar buscamos discernimento (conf. Lc 12.57; Jo 7.24, 8.15) 4. De quem é a função de Juiz?

4.1. Quando alguém julga assume a função de Juiz 4.2. Quando alguém julga assume o lugar de Deus

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4.3. Quando alguém julga torna-se o legislador, aquele que faz as regras

4.4. Quando alguém julga torna-se um Juiz, e, portanto, o intérprete da lei 4.5. Quando alguém julga torna-se um legalista

5. Quais as características de um legalista? 5.1. Preocupação excessiva com o exterior

5.2. Estar sempre pronto para definir o que é certo e o que é errado 5.3. Gostar de exigir a obediência às regras

5.4. Riqueza de argumentos para sustentar as regras

5.5. Tornar-se orgulhoso, criticando as ações dos outros (conf. Mt 23.23-26)

A 3ª consideração refere-se as conseqüências de falar mal uns dos outros –

1. O que fala mal ou julga seu irmão ...

2. O que fala mal dos outros fala mal da lei e julga a lei ...

3. O que fala mal dos outros julga a lei e não é praticante (conf. 1.22), mas juiz ... 4. Se é juiz coloca-se no lugar do legislador ...

5. Se é legislador, juiz coloca-se no lugar de quem pode salvar e fazer perecer ...

Conclusão

Tu, porém, quem és, que julgas o próximo? (conf. vs. 12)

Querido amigo a conversa descuidada e a língua desenfreada podem estragar nossa motivação pela retidão, pode nos levar a pecar (Ec 5.6) e afeta o nosso relacionamento com Deus (Ec 5.7). Um crente com total maturidade deve controlar com cuidado as suas palavras (Pv 8.6-8). E, devemos orar para que Deus nos ajude a controlar nossa língua (Pv. 10.14).

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