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Aula nº o nome do capitão, e o do carregador e consignatário (podendo omitir-se o nome deste se for à ordem), e o nome e porte do navio;

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Curso/Disciplina: Direito Empresarial

Aula: 57

Professor(a): Priscilla Menezes

Monitor(a): Ricardo Patrick Alvarenga de Melo

Aula nº. 57

DIREITO EMPRESARIAL TITULOS REPRESENTATIVOS CONHECIMENTO DE TRANSPORTE

CONHECIMENTO DE TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Se subdivide em marítimo (em vias de mar aberto) e hidroviário (vias fechadas, nos casos de rios). Qual é a legislação aplicável? O código comercial de 1850 e subsidiariamente, o decreto 19473/1930.

Art. 575, Código Comercial – O Conhecimento deve ser datado, e declarar:

1 – o nome do capitão, e o do carregador e consignatário (podendo omitir-se o nome deste se for à ordem), e o nome e porte do navio;

OBS: Carregador é quem entrega as mercadorias para o destinatário. Consignatário é o destinatário. OBS: Se pode se omitir o nome do destinatário, significa que o título pode circular ao portador.

2 – a qualidade e a quantidade dos objetos da carga, suas marcas e números, anotados à margem; 3 – o lugar da partida e do destino, com declaração de escalas, havendo-as;

4 – o preço do frete e primagem, se for estipulada, e o lugar e a forma do pagamento; OBS: Primagem é o valor pago ao capitão do navio. Considerado um acessório do frete.

5 – a assinatura do capitão (artigo nº. 577), e a do carregador.

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Quando a mercadoria for disponibilizada para embarcação, o remetente receberá um recibo provisório. Quando o navio estiver pronto para zarpar, você vai trocar o seu recibo provisório pelo conhecimento de transporte. O prazo para o recebimento do conhecimento de transporte é de 24 horas após o carregamento completo do navio. (Art. 578 do Código Comercial).

O capitão pode, com base nos artigos 585 e 528 para que o capitão possa declarar a carga abandonada. Esta carga abandonada será encaminhada para um depósito judicial e vai ser nomeado um depositário e os custos desse depósito correm por conta da pessoa indicada no conhecimento de transporte ou por conta do remetente se o título for ao portador e não tiver pessoa indicada.

Quais são as formas de circulação de um conhecimento de transporte marítimo?

O proprietário será o remetente ou o destinatário. A circulação, portanto, se dará a partir desta pessoa. O título, então, se for à ordem, circulará por endosso ou ao portador (por meio de tradição). – Art. 587 do Código Comercial.

OBS: Pelo CAPUT de o art. 587 do Código Comercial pode se tirar a conclusão de que o conhecimento de

transporte marítimo é um título executivo extrajudicial. Ocorre que este tem apenas força probatória e não executiva. O título emitido pelo transportador é uma promessa de entrega de coisa. A contraprestação da entrega da coisa é o valor do frete, que não é cobrado pelo título, mas sim pelo contrato de transporte. Este sim tem força executiva.

CONHECIMENTO DE TRANSPORTE AÉREO

A legislação aplicável seria o código brasileiro de aeronáutica (LEI 7565/1986) e subsidiariamente, o decreto 19473/1930.

O código brasileiro de aeronáutica trata do tema a partir do artigo 235. A estrutura é a mesma, o que muda é que ao invés de ser emitido um CTM (Conhecimento de Transporte Marítimo) será emitido um CTA (Conhecimento de Transporte Aéreo)

Art. 235, Lei nº 7565/86 – No contrato de transporte aéreo de carga, será emitido o respectivo conhecimento, com as seguintes indicações:

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I – O lugar e a data de emissão; II – Os pontos de partida e destino;

III – O nome e endereço do expedidor; (leia-se: remetente) IV – O nome e o endereço do transportador;

V – O nome e o endereço do destinatário; VI – A natureza da carga;

VII – O número, acondicionamento, marcas e numeração dos volumes; VIII – O peso, quantidade e o volume ou dimensão;

IX – O preço da mercadoria, quando a carga for expedida contrapagamento no ato da entrega e, eventualmente, a importância das despesas;

X – O valor declarado, se houver;

XI – O número das vias do conhecimento;

XII – Os documentos entregues ao transportador para acompanhar o conhecimento;

XIII – O prazo de transporte, dentro do qual deverá o transportador entregar a carga no lugar do destino, e o destinatário ou expedidor retirá-la.

É importante ressaltar a importância dos prazos contidos no artigo 243 do código brasileiro de aeronáutica.

Quando a mercadoria chega ao destino é enviado um aviso e este, em um primeiro momento, é enviado ao destinatário. Se em 15 dias ninguém aparecer para buscar essa mercadoria, é emitido um segundo aviso, mas este é emitido para o remetente com alerta de declaração de abandono. Também de 15 dias. Se ainda assim, ninguém aparecer, será lançada uma declaração de abandono. Depois de lançada esta declaração, a mercadoria é encaminhada a um depósito público ou para um leiloeiro.

Há previsão de protesto no código brasileiro de aeronáutica (não se assemelhando ao protesto da lei de protestos) no artigo 244, onde há duas modalidades de protesto:

Protesto por Avaria: Quando a mercadoria chega com algum “defeito”. Este terá que ser feito no prazo de 7

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Protesto por Atraso: Tem que ser feito no prazo de 15 dias contados do dia do efetivo recebimento da

mercadoria.

Esses protestos específicos tem a mesma finalidade das outras espécies de protesto (protesto por falta de pagamento, por falta de aceite e por falta de devolução). A finalidade do protesto, portanto, é ser um meio de prova de um inadimplemento. Neste caso, o meio de prova se faz valer para mostrar que o transportador tinha que ter entregado a mercadoria intacta e no prazo correto.

Qual é a consequência de um protesto intempestivo ou de uma ausência de protesto? O que ocorre se alguém fizer um protesto por avaria depois dos 7 dias ou um protesto por atraso depois dos 15 dias?

A consequência é que qualquer ação em face desse transportador com base nesse contrato de transporte só é cabível se for provado o DOLO do transportador, isto é, que ele intencionalmente causou prejuízo ao danificar a mercadoria ou que ele atrasou de propósito.

CONHECIMENTO DE TRANSPORTE MULTIMODAL

A legislação aplicável é a lei 9611/98 e, subsidiariamente, o decreto 19473/1930. O conhecimento de transporte se divide em:

Multimodal Segmentado: Um contrato para cada trecho.

Multimodal Sucessivo: Uma única pessoa é contratada para gerir o contrato inteiro. Aqui surge a figura do

operador de transporte multimodal (OTM). Será feito, portanto, um contrato de transporte multimodal sucessivo.

A principal diferença entre as duas modalidades é a RESPONSABILIDADE. Se há um contrato para cada trecho, será responsabilizado o contrato relativo ao trecho onde aconteceu o problema. O operador se responsabiliza por todo o trajeto.

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Art. 2º, Lei nº 9.611/1998 – Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino e é executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal.

Parágrafo Único: O transporte Multimodal de Cargas é:

I – Nacional, quando os pontos de embarque e de destino estiverem situados no território nacional; II – Internacional, quando o ponto de embarque ou de destino estiver situado fora do território nacional.

OBS: O OTM NECESSARIAMENTE É UMA PESSOA JURÍDICA (NÃO PODE SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL). O

operador de transporte multimodal pode usar meios próprios ou meios de terceiros.

Daqui se extrai uma informação importante, qual seja, quem extrai o conhecimento de transporte multimodal é o OTM e nem sempre ele é o transportador, pois ele pode estar utilizando meio de terceiros.

REQUISITOS DO CTMM

Artigo 10 da Lei 9.611/1998 – O conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas apresentará as características e dados próprios deste documento, devendo explicitar o valor dos serviços prestados no Brasil e no exterior, e conter:

I – A indicação “negociável” ou “não-negociável” na via original, podendo ser emitidas outras vias, não negociáveis. II – O nome, a razão ou denominação social e o endereço do emitente, bem como do destinatário da carga ou daquele que deva ser notificado, quando não nominal;

III – A data e o local da emissão; IV – Os locais de origem e destino;

V – A descrição da natureza da carga, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada;

VI – A quantidade de volumes ou peças e o peso bruto;

VII - O valor do frete, com a indicação “pago na origem” ou “pagar no destino”; VIII – Outras cláusulas que as partes acordem.

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Art. 11, Lei nº 9.611/1998 – Com a emissão do Conhecimento, o Operador de Transporte Multimodal assume perante o contratante a responsabilidade:

I – Pela execução dos serviços de transporte multimodal de cargas, por conta própria ou de terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino:

II – Pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avaria às cargas sob sua custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo acordado.

Parágrafo Único: No caso de dano ou avaria, será lavrado o “Termo de Avaria”, assegurando-se às partes interessadas o direito de vistoria, de acordo com a legislação aplicável, sem prejuízo da observância das cláusulas do contrato de seguro, quando houver.

OBS: O operador de transporte multimodal tem direito à ação de regresso em face de quem tinha que fazer o

trecho e causou o prejuízo ou atraso.

OBS: Se a mercadoria for recebida sem ressalvas, considera-se exonerado de responsabilidade o

transportador.

CAUSAS DE EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE DO OTM

Art. 16, Lei nº 9.611/1998 – O operador de transporte Multimodal e seus subcontratos somente serão liberados de sua responsabilidade em razão de:

I – Ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga; II – Inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor da carga; III – Vício próprio ou oculto da carga;

IV – Manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente pelo expedidor, destinatário ou consignatário da carga, ou, ainda, pelos seus agentes ou propostos;

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Parágrafo Único: Inobstante as excludentes de responsabilidade previstas neste artigo, o Operador de Transporte Multimodal e seus subcontratados serão responsáveis pela agravação das perdas ou danos a que derem causa.

DUTY TO MITIGATE THE LOSS – Obrigação de minimizar os prejuízos.

OBS: Em caso de haver extravio ou avaria, a responsabilidade do operador de transporte multimodal, fica

limitada ao valor declarado da carga (art. 17). Aqui há um problema: É muito comum se declarar valores mais baixos por causa de tributação. Além de se estar sonegando impostos, corre-se o risco de receber menos, a título de indenização, se houver algum problema no trajeto, isto é, o proprietário receberá exatamente o valor declarado.

PRAZO PARA PROPOSITURA DE AÇÕES JUDICIAIS

Art. 22 – Prazo prescricional de 1 ano a partir da entrega. Se a mercadoria desaparecer/extraviar de quando começa a contar esse prazo? Se a mercadoria não chegar em 90 dias, considera-se, legalmente, extraviada. Então, a partir do nonagésimo primeiro dia, conta-se o prazo para ajuizar a ação.

Referências

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