Ciências da Natureza – Física
Prof.: Luiz Felipe
Gases
Para os gases, muitas propriedades podem ser explicadas com o auxílio de um modelo microscópico muito rudimentar, criado quase um século antes da teoria atômica. Em 1738, o suíço Daniel Bernoulli imaginou o gás como sendo composto de um grande número de minúsculas partículas esféricas, em movimento em todas as direções.
Suas partículas:
1º) movem-se desordenadamente (caos molecular) e admite-se que se movimentem com uma mesma velocidade escalar média;
2º) não exercem ação mútua;
3º) chocam-se elasticamente entre si e com as paredes do recipiente; 4º) apresentam volume próprio desprezível.
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Equação de Clapeyron
Para os gases ideais pode-se afirmar que:
pV
nRT
número de mols (n = m/M)
constante universal dos gases ideais:
0, 082
.
8, 3
.
.
atm L
J
R
mol K
mol K
. :
(
)
Obs
equação de Van der Walls gases reais
2 2n a
p
V
nb
nRT
V
As equações a seguir apresentadas não fornecem valores exatos. Os resultados serão tanto mais exatos quanto mais nos aproximarmos das seguintes condições:
1. o gás deve ser rarefeito;
2. deve estar acima da temperatura crítica.
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Equação geral dos gases ideais
Considere uma transformação sofrida por um gás ideal, de modo que não haja mudança na massa do gás.
No início, suas variáveis de estado são: p0, V0 e T0. Então:
0 0 0 0
p V
n RT
No fim, suas variáveis de estado são: p, V e T. Então:
pV
nRT
0 0 0 0 0 0 0p V
pV
p V
pV
n
n
RT
RT
T
T
Logo: Densidade de um gás idealConsidere uma amostra de um gás ideal cuja massa é m e que ocupa um volume V. A densidade do gás será
.
.
m
n M
M
pV M
pM
d
d
d
n
d
d
V
V
V
RT V
RT
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Transformações particulares
Isotérmica (Lei de Boyle)
0 0 0 0 0
cte
p V
pV
T
p V
pV
T
T
“p” e “V”: inversamente proporcionais isoterma 3 2 1T
T
T
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Uma maneira de se conseguir uma transformação isotérmica é fazer com que as variações de pressão e volume sejam bastante lentas, de modo que haja tempo suficiente para que o gás entre em equilíbrio térmico com o ambiente.
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• Inspiração: quando inspiramos, o diafragma puxa a caixa torácica aumentando seu volume e diminuindo a pressão interna. Como a pressão interna fica menor, o ar tende a entrar para equilibrar as pressões. Nesse processo as variações de temperatura são desprezíveis.
• Expiração: quando expiramos, o diafragma empurra a caixa torácica diminuindo seu volume e consequentemente aumentando a pressão interna. Como a pressão interna fica maior que a externa, o ar tende a sair para equilibrar as pressões. Nesse processo as variações de temperatura são desprezíveis.
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Isovolumétrica, isométrica ou isocórica (Lei de Charles)
0 0 0 0 0
V cte
p V
pV
p
p
T
T
T
T
“p” e “T”: diretamente proporcionais 2 1 2 1nR
nR
tg
tg
V
V
V
V
2
V
1
V
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Uma maneira de se conseguir uma transformação isovolumétrica é aprisionar o gás em um recipiente de dilatação desprezível, cujas variações do volume com a temperatura sejam muito pequenas. Poderemos então, nesse caso, desprezar a variação de volume do gás.
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Isobárica (Lei de Charles / Gay-Lussac)
0 0 0 0 0
p cte
p V
pV
V
V
T
T
T
T
“V” e “T”: diretamente proporcionais2
p
1
p
2 1 2 1nR
nR
tg
tg
p
p
p
p
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Obs.: êmbolo móvel de massa constante (com movimentos praticamente uniformes)
gás
Estando o êmbolo em equilíbrio, temos:
embg atm emb g atm
m
g
F
F
P
A
p
p
A
atm
F
P
gás
F
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Calores específicos de um gás
Para os gases, o valor de c depende do modo como variaram a pressão e o volume durante o processo de aquecimento (ou resfriamento) do gás. Assim temos:
• cP : calor específico a pressão constante • cV : calor específico a volume constante
Experimentalmente temos que: Em que: P V
c
c
P Vc
c
expoente de Poisson Calor molar de um gásDefine-se o calor molar como sendo o produto:
.
C
M c
Para os calores molares valem a relação de Mayer:
P V
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Um gás sofre uma transformação adiabática quando ele não troca calor com o meio exterior durante a transformação. Para essa transformação vale a equação de Poisson-Laplace:
Adiabática
0 0