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CINEMA E ENSINO: O FILME COMO FERRAMENTA DE AUXÍLIO NO ENSINO DE HISTÓRIA

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Academic year: 2021

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CINEMA E ENSINO: O FILME COMO FERRAMENTA DE AUXÍLIO

NO ENSINO DE HISTÓRIA

Daniel de Farias Chaves1

Resumo: A relação cinema e história vem sendo dialogada pela historiografia durante mais de 50 anos; começando com os estudos de Marc Ferro, Jacques Le Goff e Pierre Nora (1992), historiadores franceses que, no início da década de 70, iniciaram a discussão sobre o valor das produções artísticas para o estudo da história, e o uso das mesmas como ”documento”. A partir disto, o presente artigo tem como principal objetivo levantar a importância de um material didático sobre o uso do cinema em sala de aula, utilizando como temática principal a resistência do negro no Brasil. Esta proposta se dá devido à observação de pouca ou nenhuma menção em livros didáticos para descrever os atos de resistência dos povos escravizados inseridos em uma sociedade racista e escravocrata, o que serve para perpetuar a visão de docilidade desses corpos. Paralelamente, o artigo também salienta a importância do cinema como uma ferramenta didática para o ensino-aprendizagem de História, visto que esse aparato é constantemente subvalorizado no ambiente da sala de aula, tanto pela figura do educador quanto por parte dos estudantes - erroneamente figurando o ensino de história como uma área de conhecimento estática que não progride, não se adapta e/ou não faz uso das tecnologias atuais disponíveis. Logo, pretende-se por em evidência metodologias e obras que tratam da resistência do povo negro dentre os mais de 350 anos de escravidão infligida às populações oriundas do continente africano, com o intuito de apontar eventos, práticas e personalidades que não ganharam importância em livros didáticos, e, através da ferramenta fílmica, aprofundar o debate do ensino de história.

Palavras chave: Ensino; História; Cinema; Educação: Tecnologia. INTRODUÇÃO

Há cerca de 60 anos atrás, na França, a historiografia levantou novas bases para o conceito de documento – o mesmo não mais estaria restringido a papéis esquecidos em arquivos públicos. O mundo passaria a utilizar novas formas de se estudar o passado, como o da literatura e das artes em geral. Esse movimento recebeu o nome de “história das mentalidades”, e foi liderado por três grandes nomes da terceira geração da Escola dos Annales: Marc Ferro, Jacques Le Goff e Pierre Nora. Essa união possibilitou um olhar mais atento para outras formas de pesquisa e análise do passado, buscando novos métodos e ferramentas para levar a história para

1 Graduado em História pelo Centro Universitário Jorge Amado. Pós-Graduando em Política e Sociedade pela Faculdade São Luís.

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as gerações futuras. Dentre essas buscas, uma ferramenta, até então vista com descrédito e de maneira marginalizada, ganhou os holofotes e valorização por parte da Academia historiográfica: o cinema. Durante muito tempo, o diálogo acerca do uso de filmes na sala de aula enfrentou diversos entraves – desde o fator da superficial noção dos educadores brasileiros ao trabalhar com o filme no cotidiano escolar até a substituição do próprio educador.

Para muitos pesquisadores, os filmes continuam sendo apenas uma forma de entretenimento, embora, desde a década de 80, venham acontecendo debates acerca de novas metodologias de ensino-aprendizagem. Recentemente, o cinema vem se destacando no diálogo entre arte e educação no Brasil, debate que deve ser encaminhado para a produção de um material didático-metodológico com o objetivo de auxiliar o professor de história com o seu uso com os filmes, saindo da zona confortável e ineficaz que a sétima arte entrou na educação brasileira.

O presente artigo tem como objetivo levantar novas abordagens para o uso da ferramenta cinematográfica no ambiente escolar, isto, através da criação de um material didático voltado para a utilização do professor de história. Logo, pretende-se com o material levantar pontos de uma análise fílmica com o intuito de desenvolver o início de uma consciência histórica por parte dos estudantes.

O ENSINO DE HISTÓRIA E O CINEMA

A história e o cinema possuem uma relação bastante valiosa para o ensino-aprendizagem. Esse vínculo é importante tanto para a área historiográfica quanto para outros campos do conhecimento. Porém, nem sempre foi dessa forma. Desde o surgimento do cinema, existe a discussão acerca do papel do mesmo e de outras áreas artísticas dentro da própria história, assim como o seu valor como “documento”, tendo percorrido todo a primeira metade do século XX com o “rebaixamento” de ser uma demonstração artística concebido para as massas, um “espetáculo de párias” (FERRO, 1992).

A sétima arte não obtinha lugar dentro dos espaços intelectuais, entretanto, foi através das lentes dos diretores nazistas e soviéticos que o cinema começou a ser visto em sua amplitude, ganhando estatuto especial no mundo do saber, da cultura e propaganda. A discussão ganhou um novo fôlego no período do pós guerra, e, na década de 70, nomes conceituados da Escola dos Annales fizeram do cinema o objeto de um novo debate – acerca do uso do mesmo na sala de aula, de como deveria ser visto e quais metodologias deveriam ser adotadas. Isso suscitou o levantamento de outras manifestações artísticas (literatura, música e pintura) acerca da sua classificação ou não de documento

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– ou seja, até onde essas interpretações da realidade poderiam ser vistas como representações da realidade concreta. Assim, esse posicionamento se mostrou como uma característica dominante dentro da academia francesa entre as décadas de 70 e 80.

O efervescente debate realizado pelos estudiosos da área ajudou a levantar importantes reflexões sobre o uso da imagem, mais precisamente, o filme. O artigo de Marc Ferro O filme: Uma

contra-análise da sociedade? (1988) se configurou como um pilar da bibliografia do referente tema, por

exemplo, e esse importante estudo possibilitou a criação do debate de novas metodologias para se fazer uso do cinema em espaço de sala de aula. Nele levantou-se o papel do cinema na capacidade de criar e alimentar a consciência crítica do público ao trazer representações tanto da sociedade original da produção do filme quanto daquela que recebe o material, demonstrando, assim, que existem inúmeras interpretações e maneiras para influenciar outros espaços. Porém, o uso do cinema caiu no lugar comum de representação de determinado período histórico, ou até mesmo atuando apenas como uma substituição do educador em sala de aula. É fato que os filmes, em diversas ocasiões, não são bem trabalhados como material didático e metodológico, e é justamente nesse ponto de observação que grande parte do uso do cinema na educação brasileira está posicionado.

O mesmo debate que vigorou na França, no final da década de 70, só viria chegar ao Brasil no início dos anos 90, e, mesmo assim, de forma bastante tímida. No período da redemocratização do Brasil, as novas normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) possibilitaram uso garantido da sétima arte em sala – pelo menos de forma teórica – o que não vigorou em sua realidade. Isso se deu, pois, conjuntamente de sua obrigatoriedade, não ocorreu uma conscientização e profissionalização de tal ferramenta ao lado do educador. A posição que o filme adquiriu foi a de substituto do professor em sala, como se por se só pudesse transmitir o conteúdo, a reflexão e o saber histórico por meio de suas características. Contudo, esta é uma aplicabilidade que se distancia daquela que é estudada e proposta por pesquisadores que têm como história-cinema, sua área de atuação.

Uma das pioneiras em estudos voltados para História e Cinema, sendo um destaque nacional, é Mônica Kornis, estudiosa que lançou no início da década de 90 o artigo História e Cinema: um debate

metodológico (1992), no qual traz reflexões sobre os usos do filme em sala, demonstrando os

eventuais problemas que o aparelho cinematográfico poderia efetuar no local, ao mesmo instante em que fortalece o papel documental da película e o fortalecimento da produção de metodologias diversas e amplas pelo educador. Demais estudiosos e seus trabalhos destacam-se no assunto, ao exemplo do professor Marcos Napolitano e seu livro Como Usar o Cinema na Sala de Aula (2003), cujo estudo se configurou como um dos mais importantes materiais didáticos acerca do uso do audiovisual nos

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últimos anos. Ele levanta metodologias e didáticas sobre como fazer um uso bem desenvolvido sobre gêneros e filmes a serem escolhidos, por exemplo: a escolha do educador por fazer uso de uma película de gênero ficcional, mesmo que o filme não tenha este propósito, assim, a obra cinematográfica poderia ser utilizada como um instrumento de ensino-aprendizagem, pois ela possui características que a classificam no ramo educacional. Afinal, o mesmo não está desligado da sociedade que lhes faz parte, a mesma influencia todo o processo de criação do filme. A visão do diretor de um filme de fantasia, por exemplo, não rompe o valor que o mesmo tem para discutir com as questões sociais (NAPOLITANO, 2010).

Ademais, as questões sociais são nitidamente esquecidas na abordagem com o filme. Em um período de intenso uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), as características sociais e históricas da sociedade brasileira aparentam ficar em um espaço secundário na educação nacional, e, muitas vezes, não ganhando os devidos holofotes. Temas como a escravidão, de extrema importancia, são trabalhados superficialmente e pouco evidenciados nos livros didáticos, e além disso, são abordados de maneira que não fogem do senso comum de discussão, que seria o de docilidade do escravizado perante o escravocrata branco, ou seja, não demonstra as diversas manifestações de resistência que as populações negras desempenharam em mais de três séculos de escravidão no Brasil. O segmento do conteúdo dos livros didáticos coloca o povo negro como coadjuvante da história brasileira, negando a sua posição como um dos protagonistas da formação do espaço e identidade nacional – essa concepção é inversamente contrária a discutida na historiografia brasileira nas últimas décadas.

A ligação de temas sociais é de grande importância para com a sétima arte. O cinema brasileiro vem demonstrando nas últimas décadas grande capacidade de conscientização na abordagem de temas que permeiam a nossa sociedade. Racismo, preconceito, desigualdade social e violência são exemplos de objetos que vêm, cada vez, mais ganhando espaço na grande tela, e que, por sua vez, tem na população negra suas maiores vítimas. Abordando o último segmento mencionado, a historiadora Edileuza Penha de Souza (2011) desenvolve pesquisas com ênfase na área do cinema negro no Brasil, e o aborda na sala de aula, tendo como temas relevantes a ancestralidade, o racismo e a discriminação, fortalecendo a importância da implementação da lei 10.639/2003 no ensino nacional.

Existe uma grande quantidade de pesquisas referentes a valorização do cinema como fonte histórica e de seu uso como documento, o que não deveria limitar o desenvolvimento de novas abordagens metodológicas que auxiliem o educador com a ferramenta cinematográfica. Entretanto, é perceptível que muitos dos trabalhos que relacionam o cinema e a sala de aula descrevem e levantam

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dados do uso do mesmo no ambiente escolar, não se aprofundando em novas formas de melhorar o ensino-aprendizagem, cujo objetivo deveria ser desenvolver uma consciência histórica mesmo que inicialmente, superficial. É essencial que o diálogo história-cinema se coloque na área metodológica com maior efetividade no sistema de educação brasileiro.

NOVAS ABORDAGENS COM O FILME EM AMBIENTE ESCOLAR

Uma das iniciativas que se destaca no diálogo entre a educação e o cinema no Brasil é a do projeto O cinema vai à escola (2008). Nesse projeto, do Governo do Estado de São Paulo, caixas de filmes chegavam às escolas, acompanhadas de um material didático produzido por pesquisadores como Marcos Napolitano e Eduardo Morettin, com o intuito de auxiliar o ensino. O projeto não visava apenas uma área específica, abrangendo outros campos do conhecimento também, contudo, a experiência não se estendeu por muito tempo, sendo disponibilizadas ao todo seis caixas contendo diversos gêneros cinematográficos. Segundo Helvio Nogueira, em sua tese intitulada O projeto “O

cinema vai à escola: uma abordagem a partir da compreensão dos professores” (2018), as projeções

fílmicas selecionadas para o projeto foram utilizadas de forma inconsciente e sem consultar os cadernos metodológicos que acompanhavam a caixa. Essa afirmação demonstra que mesmo que haja um mínimo de produção metodológica, ainda não se demonstra um comprometimento por parte dos professores de história em adotar a ferramenta, logo, isso causa uma limitação de assuntos que poderiam ser aprofundados.

A escravidão negra, assim como os temas derivados e relacionados aos povos africanos e seus descendentes, é pouco relevada na sala de aula. O negro, na sociedade atual, é descaracterizado de sua ancestralidade, colocado como autor e instrumento da violência urbana. Entretanto, existem certos movimentos que buscam a colocação do negro com o papel de protagonista e com isso denunciar e conscientizar a população sobre a importância e influência da cultura africana na sociedade brasileira. De fato, filmes que trazem a história da população negra no território nacional estão muito centrados no debate referente ao racismo – um diálogo importante, mas que eclipsa acontecimentos históricos de resistência negra no período escravocrata. Deste modo, o povo negro se resume em um papel de não atuante da sua própria história, inerte aos acontecimentos diários do período e aceitando sem nenhum tipo de resistência a posição imposta pelo europeus.

O papel do educador de história no uso do cinema em ambiente escolar, como dito anteriormente, se concentrou em usar o filme como representação de época, não trazendo uma noção reflexiva sobre as imagens e seu estudo. Na atual conjuntura, as imagens, cenas e diálogos de uma

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película não possuem propósito, sendo exibidas sem criar um debate entre o professor e os alunos. As novas abordagens, referenciando o filme e suas linguagens, como som, cores, diálogos e história devem conversar criando uma relação entre os demais “protagonistas” da aprendizagem, e essa questão devem ter como ponto de partida o professor. Cabe ao educador contextualizar e levantar os pontos a serem observados na película, fazendo parte da discussão e encaminhando o debate para se tornar o mais amplo possível.

A questão que se apresenta como entrave é a falta de formação didático-metodológica na construção do professor, isso, ainda no ambiente universitário, onde grande parte das instituições não apresenta em seu componente curricular matérias voltadas para o uso de dispositivos digitais que auxiliem o ensino-aprendizagem. A forma mais eficiente de sanar esse déficit, de modo que não venha a prejudicar os profissionais já atuantes, é através da criação de um material didático-metodológico com o objetivo de guiar os educadores com a sétima arte. E para que isso ocorra da maneira mais eficiente possível, salienta-se que ele seja voltado, inicialmente, com exclusividade para o ensino de história, assim, a metodologia se concentraria em partes efetivas, como a explicação do contexto que o filme se passa, o roteiro e como os eventos históricos retratados dialogam com a posterioridade e seus desdobramentos. Com isso, o objetivo é criar uma consciência histórica nos alunos, colocando-os como protagonistas, afinal, todcolocando-os somcolocando-os o resultado de um longo processo histórico, de eventcolocando-os e ações de pessoas que vieram antes de nós.

O modelo de pesquisa para a criação de um material didático de apoio ao professor deverá ser feito utilizando uma pesquisa-ação de caráter experimental. A opção se baseia na falta de dados extensos sobre a utilização de filmes em sala. Deste modo, o material de auxílio didático deverá conter um guia de primeiros passos, comportando observações sobre o trabalho básico com filmes – questões como faixa etária, se o tema do filme condiz com os assuntos ministrados em sala de aula etc. E o fator primordial para o sucesso dessa dinâmica: o filme só deverá ser exibido após o professor ter ministrado a aula sobre o tema em voga – resistência negra no Brasil, por exemplo. O trabalho com o filme deve ter como ponto secundário essa valorização perante o primeiro plano do filme, que seriam as ideias de história, cultura e ancestralidade passadas para o grande público.

A criação do guia, primariamente, faria uso de referências educacionais centradas na área de ensino, dando ênfase ao modelo teórico de Vygotsky (1989) de ensino, cujo principal pensamento é o socioconstrutivismo. Esse modelo decorre do envolvimento do ser humano com a sociedade que o cerca, ou seja, o indivíduo se forma através da relação com o ambiente ao qual ele faz parte. Ao trazer elementos narrativos similares para dentro da sociedade em que os estudantes fazem parte, isso cria

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uma relação de identidade, o que faz com que criem-se bases de consciência histórica; o cinema e o educador se colocariam como instrumentos para se chegar a tal ponto. O filme por si só, sem o auxílio do educador experiente com o seu uso, pode criar um equivocado entendimento da história, nesse aspecto, o manual visaria a correção desse déficit profissional existente em sua formação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação brasileira está atrasada há anos acerca da utilização das TICs no âmbito do ensino. Uma discussão que em países desenvolvidos da Europa e Ásia acontece há quase uma década, no Brasil isso vem se tornando relevante apenas nos últimos anos. A grande dificuldade está relacionada a introduzir o educador na metodologia utilizando o cinema, tanto aqueles que estão ainda no âmbito universitário quanto os que há anos atuam nas salas de aula. Dentro desse diálogo, os educadores da área das ciências humanas, aqueles que aparentemente mais trabalham com películas em ambiente escolar, por isso não é de se estranhar que partam dessa área o aprofundamento sobre sobre a relação do cinema e a realidade concreta, e a educação é um dos pilares centrais da sociedade, é através dela que o indivíduo passa a ter contato mesmo que de forma precária com o mundo ao redor. E o ensino e estudo da história tem uma grande responsabilidade, a de mostrar que o sujeito é tanto parte da história, como atuante da mesma como resultado de uma série de acontecimentos anteriores.

A educação brasileira não deve ser inerte frente o avanço da tecnologia, deve se criar, experimentar e se adaptar a novas metodologias de ensino-aprendizagem, e o cinema, uma arte até pouco tempo no século passado foi caracterizado como uma arte pantomineira, feita apenas para a ralé, ganhou espaço e área de estudo, até se alçada e ganhar status de arte e objeto de pesquisa. Isso não se deve apenas à “permissão” da elite artística e acadêmica, principalmente europeia, e sim por pressão de intelectuais que observaram a grande capacidade educacional de atingir a grande massa.

E cabe pontuar que a utilização do cinema na educação não aspira educar ou transpor o conhecimento completamente, mas sim dar o pontapé inicial para os indivíduos reconhecerem as transformações sociais que ocorreram no mundo ao longo da história. Além disso, intenta-se o início de uma consciência histórica, como protagonistas da mesma. Para fortalecer a afirmação, eis uma citação de Marx (2011, p.25): “Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. É chegado o momento de abordar o cinema não como um mero figurante no ensino-aprendizagem, mas elevando-o à uma categoria que há décadas inúmeros pesquisadores se dedicam: a valorização e prática do cinema tanto quanto meio de expressão artística quanto de

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aprendizagem. Dessa forma, adaptando uma ferramenta antiga, encantadora e expressiva para a sala de aula, pois já passou da hora do ensino de história no Brasil levar a sério a beleza da sétima arte.

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REFERÊNCIAS

FERRO, Marc. O filme: uma contra-análise da sociedade? In: LE GOFF, Jacques & NORA, Pierre (Orgs.). História: novos objetos. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1988. ______. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

KORNIS, M. A.. História e Cinema: um debate metodológico. Estudos Históricos (Rio de Janeiro), Rio de Janeiro, v. 5, n.10, p. 237-250, 1992.

MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. Tradução de Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2011.

NAPOLITANO, Marcos. Como usar o Cinema em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003. ______. A análise de filmes na sala de aula. Youtube. 19 de março de 2010. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=n1UTnjFnBws>. Acessado em 08 de mar. de 2018. NOGUEIRA, Helvio. O projeto “O cinema vai à escola: uma abordagem a partir da compreensão dos professores. Tese (Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2018.

ROSENSTONE, Robert A. A história nos filmes, os filmes na história. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

SOUZA, Edileuza Penha. Negritude, Cinema e Educação: Caminhos para a implementação da Lei 10.639/2003. Belo Horizonte: Mazza, 2011.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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